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EXERCÍCIO DE ANÁLISE DE CUSTOS Prof. Sergio Lopes 1o Passo - Separação entre Custos e Despesas Suponhamos que estes sejam os gastos de determinado período da empresa X. A primeira tarefa é a separação dos Custos de produção, desta forma teremos a seguinte distribuição dos Gastos: Separação dos custos: • Custos de Produção Estes custos integrarão os custos dos produtos • Despesas Administrativas • Despesas de Vendas • Despesas Financeiras Despesas que não entrarão no custo de produção e que serão lançadas diretamente na conta de Resultado do exercício, sem serem apropriadas a qualquer produto Custos de Produção Salários da Fábrica 120.000 Matéria-Prima Consumida 350.000 Depreciação da Fábrica 60.000 Seguros da Fábrica 10.000 Materiais Diversos - Fábrica 15.000 Energia Elétrica - Fábrica 85.000 Manutenção - Fábrica 70.000 710.000 Estes custos integrarão o Custo dos Produtos. Despesas Administrativas Salários da Administração 90.000 Honorários da Diretoria 40.000 Correios, Telefone 5.000 Material de Expediente - Escritório 5.000 140.000 Despesas de Vendas Comissão de Vendedores 80.000 Despesas de Entrega 45.000 125.000 Despesas Financeiras 50.000 315.000 Despesas que não entraram no Custo de produção e que serão lançadas diretamente na conta de Resultado do exercício, sem serem apropriada a 2o Passo – A Apropriação dos Custos Diretos • Vamos considerar que esta empresa elabore três produtos diferentes, chamados A, B e C. O passo seguinte é o de se distribuir os custos diretos de produção aos três itens. Suponhamos ainda que nessa empresa, além da Matéria-prima, sejam também custos diretos, parte da mão-de-obra e parte da Energia Elétrica. • O problema agora é saber quanto de Matéria-prima total utilizada, de $ 350.000, quanto da Mão-de-obra Direta e quanto da Energia Elétrica direta foi aplicado no produto A, no B ou no produto C. • Para consumo da Matéria-prima, a empresa mantém um sistema de requisições de tal forma a saber sempre para qual produto foi utilizado o material retirado do almoxarifado. E, a partir dessa informação, conhece-se a seguinte distribuição: • Matéria-prima: 2o Passo – A Apropriação dos Custos Diretos • Para a Mão-de-obra, a situação é um pouco mais complexa, já que é necessário verificar do total de $ 120.000 quanto diz respeito à Mão-de-obra Direta e quanto é a parte pertencente à Mão-de-obra Indireta. • A empresa, para poder conhecer bem esse detalhe, mantém um apontamento (verificação) de quais foram os operários que trabalharam em cada produto no mês e por quanto tempo. Conhecidos tais detalhes e calculados os valores, conclui: • Mão-de-obra: 2o Passo – A Apropriação dos Custos Diretos • A verificação da Energia Elétrica evidencia que, depois de anotado o consumo na fabricação dos produtos durante o mês, $ 45.000 são diretamente atribuíveis e $ 40.000 somente alocáveis por critérios de rateio, já que existem medidores apenas em algumas máquinas. Temos, então, de forma resumida a seguinte distribuição: Custos Diretos Indiretos Total Produto A Produto B Produto C Total Matéria-prima Mão-de-obra Energia Elétrica Depreciação Seguros Materiais Diversos Manutenção Temos, então, de forma resumida a seguinte distribuição: Produto A Produto B Produto C Total Matéria-prima 75.000 135.000 140.000 350.000 - 350.000 Mão-de-obra 22.000 47.000 21.000 90.000 30.000 120.000 Energia Elétrica 18.000 20.000 7.000 45.000 40.000 85.000 Depreciação - - - - 60.000 60.000 Seguros - - - - 10.000 10.000 Materiais Diversos - - - - 15.000 15.000 Manutenção - - - - 70.000 70.000 115.000 202.000 168.000 485.000 225.000 710.000 Custos Diretos Indiretos Total Do total de Custos de Produção, $ 485.000 são Custos Diretos e já estão apropriados e $ 225.000 precisam ainda ser apropriados. 3o Passo – A Apropriação dos Custos Indiretos • Vamos agora analisar a forma ou as formas de alocar os custos indiretos que totalizam, neste exemplo $ 225.000. Uma alternativa simplista seria a alocação dos produtos A, B e C proporcionalmente ao que cada um já recebeu de custos diretos. Esse critério é relativamente utilizado quando os custos diretos representam a grande porção dos custos totais, e não há outra maneira mais objetiva de visualização de quanto dos custos indiretos poderia, de forma menos arbitrária, ser alocado ao produto A, B ou C. Apropriação dos Custos Indiretos, proporcionalmente aos Custos Diretos Produto Custos Diretos Custos Indiretos Total A B C Total Apropriação dos Custos indiretos, proporcionalmente aos Custos Diretos. Produto Total A 115.000 23,71% 23,71% 53.351 168.351 B 202.000 41,65% 41,65% 93.711 295.711 C 168.000 34,64% 34,64% 77.938 245.938 Total 485.000 100,00% 100,00% 225.000 710.000 Custos Diretos Custos Indiretos A última coluna acima nos fornece então o custo total de cada Produto e a penúltima a parte que lhes foi atribuída dos custos indiretos. Suponhamos, entretanto, que a empresa resolva utilizar outro tipo de alocação. Conhecendo o tempo de fabricação de cada produto, pretende fazer a distribuição dos custos indiretos proporcionalmente a ele, e faz uso dos próprios valores em moeda da Mão-de-obra Direta, por ter sido esta calculada com base no tempo de Mão-de-obra efetivamente utilizado em cada produto. Teríamos, dessa maneira: Apropriação dos Custos Indiretos, proporcionalmente à Mão-de- obra Direta Produto Mão-de-obra Direta Custos Indiretos A B C Total Por este critério (Mão-de-obra direta), o Custo total de cada produto seria: Conclusão • Esses valores de custos indiretos diferentes e conseqüentes custos totais também diferentes para cada produto podem não só provocar análises distorcidas, como também diminuir o grau de credibilidade com relação às informações de Custos. • Não há, entretanto, forma perfeita de se fazer essa distribuição; podemos, no máximo, procurar entre as diferentes alternativas a que traz consigo menor grau de arbitrariedade. • Por enquanto, o esquema básico é: Separação entre Custo e Despesa; Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos; Rateio dos Custos Indiretos. OBJETIVOS DA APURAÇÃO DO CUSTO DA PRODUÇÃO • A Contabilidade de custos integra a “Contabilidade Gerencial”, ou seja, um sistema cujo objetivo é gerar informações úteis à administração das empresas. • Para atender a legislação do imposto de renda das pessoas jurídicas, as funções da contabilidade de custos se tornaram mais abrangentes, pois o fisco com base no Decreto-lei n° 1.598/77, passou a exigir, dentro de certas características, que a empresa mantenha um sistema de custos integrado ou coordenado com o restante da escrituração contábil. • Essa obrigatoriedade exige uma formalização da contabilidade de custos, no que diz respeito aos seguintes aspectos principais: Sistemática de análise dos gastos; Classificação e contabilização; e Geração de relatórios e informações sobre os custos da produção. • Assim a idéia de se manter um sistema formal de contabilização dos custos dos produtos fabricados em uma empresa decorre, basicamente, duas necessidades: • 1a – Gerencial • 2a – Fiscal e societária OBJETIVOS DA APURAÇÃO DO CUSTO DA PRODUÇÃO • 1a – Gerencial: Para atender às necessidades gerenciais, os controles poderão ser totalmente extracontábeis e não existe a preocupação de se atender aos princípios contábeis geralmente aceitos e muito menos às diversas regulamentações legais e fiscais. • 2a – Fiscal e societária: em razão das exigências feitas pelas autoridades fiscais e pela Legislação Comercial e Societária, a empresa deve manter uma contabilidade de custos integrada e coordenada com o restante da escrituração mercantil. Caso contrário, o fisco poderá arbitrar o valor dos estoques para efeito de cálculo do imposto de renda e da contribuição social, desconsiderando totalmente a escrituração contábil. • Dessa forma, pode-se concluir que a contabilidade de custos, de maneira formal, genericamente falando, tem por objetivos principais: Apurar o custo dos produtos e dos departamentos; Atender as exigências contábeis; Atender as exigências fiscais; Controlar os custos de produção; Melhorar os processos e eliminar os desperdícios; Auxiliar na tomada de decisões gerenciais; Otimizar os resultados. OBJETIVOS DA APURAÇÃO DO CUSTO DA PRODUÇÃO • Os objetivos da apuração de custos e os correspondentes sistemas de custeio que os atendam podem ser resumidos da seguinte forma: CUSTOS PARA CONTROLE • Custo-Padrão ou Standard • Uma das principais utilidades de um bom sistema de custos é servir como ferramenta de controle sobre as atividades produtivas, em todas as suas fases e seus departamentos. • O bom analista de custos obterá excelentes informações para seu trabalho, quando dispuser de um moderno e eficiente sistema para apuração, análise e controle de custos. • Controle, em seu amplo contexto, deve ser entendido como um conjunto de normas e procedimentos administrativos adotados por uma organização, para a proteção de seus bens e direitos. • Controlar – significa conhecer a realidade, compara-la com o que foi previsto, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar atitudes para sua correção. • Para poder ser considerado como parte integrante do conjunto de normas e procedimentos de controles internos, o sistema de custo deve estar estruturado para fornecer respostas às seguintes questões, entre outras: CUSTOS PARA CONTROLE Conhece-se a origem e o destino de cada um dos gastos dos departamentos produtivos e não produtivos da empresa? Estes gastos são realmente necessários para atender às necessidades de produção? Estão dentro dos parâmetros previamente estabelecidos e/ou aceitáveis? Quando ocorrem desvios entre os gastos reais em relação às metas previamente definidas, o sistema permite a rápida constatação desses desvios? É possível, também, a rápida identificação dos motivos para os desvios? As Análises de Custos efetuadas fornecem subsídios para a imediata correção desses desvios? • Caso consiga atender a estas necessidades de informações gerenciais, pode-se afirmar que a organização conta com um bom sistema de custos. • Um dos melhores meios para que a Contabilidade de Custos atenda a tais princípios de controles internos é a adoção do custo-padrão, objeto de nosso estudo. CUSTOS PARA CONTROLE - Custo Padrão • Conceito e Finalidade – A finalidade básica do custo-padrão é proporcionar um instrumento de controle aos gestores da organização. • Conceitua-se custo-padrão como aquele determinado, a priori, como sendo o custo normal de um produto. • É elaborado considerando um cenário de bom desempenho operacional, porém, levando em conta eventuais deficiências existentes nos materiais e insumos de produção, na mão-de-obra etc. De qualquer forma, é um custo possível de ser alcançado. • Caracteriza-se pela determinação, com antecedência e com base em análises e estudos especializados, dos custos de cada produto ou de uma linha de produção. • É o custo predeterminado das operações, considerando a quantidade de matérias- primas, o tempo de mão-de-obra que se calcula necessários em condições normais de operação, os valores que se espera pagar por materiais e salários, durante determinado período, e ainda os custos indiretos e fixos que serão incorridos, normais em relação à capacidade de produção. CUSTOS PARA CONTROLE – Custo Padrão • Não se pode confundir o custo-padrão com o chamado custo ideal de produção, que seria o custo conseguido em uma situação de laboratório, com a utilização da melhor e, ao mesmo tempo, mais barata matéria-prima, melhor e mais barata mão-de-obra, melhores equipamentos, nível máximo de automação e informatização ao menor custo possível, melhores e mais treinados técnicos e supervisores etc. • O custo ideal seria, em suma, o chamado custo inatingível na realidade, apesar de ser o sonho dos empresários. • O custo-padrão, em sua elaboração e implantação, deve levar em consideração as metas de eficiência e eficácia da organização, visto que irá servir como instrumento de avaliação e melhoria contínua, como será visto posteriormente. • Tais metas podem ser consideradas ambiciosas e difíceis de ser alcançadas, mas não podem ser tidas como metas impossíveis, para não desestimular o pessoal envolvido na produção. • Pelo contrário, sabedores de que os padrões foram fixados tomando como base um ambiente normal e exeqüível de produção, os operários, supervisores e gerentes da produção irão empenhar-se ao máximo para atingir ou superar tais metas, principalmente se houver um bom sistema de avaliação e remuneração para os mais capazes e dedicados. Vantagens do Custo Padrão • Vantagens do Custo-Padrão – A utilização de um sistema de custo-padrão trará as seguintes vantagens para a organização: • 1 - Eliminação de falhas nos processos produtivos • Como já mencionado, os padrões são determinados a partir do estudo e análise das condições normais de produção, dentro de um bom nível de desempenho da mão-de-obra, uso eficiente das matérias-primas, adequada utilização das máquinas e equipamentos etc. • Para a implantação das medidas-padrões, todos esses fatores são criteriosamente ponderados. Esse trabalho permitirá, como uma das naturais conseqüências, a constatação e apuração de falhas nos atuais processos de produção. • 2 - Aprimoramento dos controles • Os padrões de desempenho e de consumo de materiais servirão como um excelente instrumento de controle interno, quando bem utilizados. • A análise de custos, ao comparar o desempenho real com os padrões, constatará rapidamente os desvios ocorridos no período, o que facilitará sobremaneira a identificação de possíveis falhas ou irregularidades ou ineficiências na utilização dos recursos produtivos. • Por exemplo, qualquer variação anormal no consumo de matérias-primas em determinado período ou departamento, será facilmente percebida pelo analista de custos, que deve efetuar as necessárias investigações e averiguações. Vantagens do Custo Padrão • 3 - Instrumento de avaliação do desempenho • Os funcionários, a partir da adoção dos padrões, sabem que existem medidas de fácil aplicação e utilização para a avaliação periódica do desempenho profissional nas diversas atividades. • Portanto, o efeito psicológico do sistema pode contribuir para a maximização do desempenho dos diversos executivos e departamentos. Exemplo, uma compra mal feita pode resultar em variação anormal do custo da matéria-prima adquirida e consumida, fazendo com que o responsável pela compra tenha que justificar e esclarecer a mencionada ineficiência. • 4 - Contribuir para o aprimoramento dos procedimentos de apuração do custo real • Como resultado da análise das variações entre o custo real e o padrão, o analista pode concluir que o custo real não está sendo adequadamente apurado, havendo necessidade de determinados aprimoramentos ou aprofundamento na análise destes custos. Por exemplo, devida às falhas no fluxo da documentação e de informações, parte do consumo real de matérias-primas de um mês foi contabilizado somente no mês seguinte. • É oportuno ressaltar que um bom sistema de custo-padrão nãoelimina a necessidade de ter um bom sistema de apuração do custo real. • Um não elimina o outro, pelo contrário, são complementares e ambos são importantes dentro de uma organização. Vantagens do Custo Padrão • 5 - Rapidez na obtenção das informações • Os padrões agilizam a obtenção de certas informações. • O Departamento Comercial pode necessitar de informações sobre o custo de determinado produto para efetuar uma proposta a um cliente, e não há tempo para a apuração do custo real. • Também podem ocorrer casos em que a Contabilidade dispõe de poucos dias, após o encerramento do mês, para enviar balancetes e relatórios para a matriz ou credores no exterior. O pouco tempo disponível não permite a utilização do custo real, normalmente de apuração mais demorada. • A solução, nesses casos, é a utilização do custo-padrão para a valorização dos estoques e apuração do custo de produção. Possíveis variações relevantes seriam posteriormente informadas, para os devidos ajustes nos relatórios contábeis e financeiros. • Responsáveis pela Determinação dos padrões • Em princípio, todos os funcionários de uma empresa ou organização devem participar da determinação e implantação de um sistema de custo-padrão, devido ao envolvimento de quase todos os departamentos produtivos ou auxiliares. • Normalmente, no entanto, tal missão é atribuída principalmente para o pessoal da Contabilidade de Custos e da Engenharia da Produção. Vantagens do Custo Padrão • Para sua implantação (Custo-padrão), torna-se necessária a determinação dos padrões de todos os fatores de produção, que normalmente são: Matérias-primas, materiais de embalagens e outros; Mão-de-obra direta e indireta; Custos indiretos e/ou fixos de produção. • Estes fatores de produção precisam ser desmembrados em seus aspectos quantitativos e monetários. • O Custo-padrão com a matéria-prima, por exemplo, precisa ser detalhado em termos de quantidade (quilos, metros, toneladas, litros, peças, barras, tambor etc.). • A mão-de-obra, por sua vez, precisa ser detalhada pelas quantidades de horas, minutos ou semanas etc. necessárias para a produção de cada unidade do produto acabado. • Além disso, a unidade de consumo de mão-de-obra precisa ser valorada, incluindo os salários, encargos sociais e demais benefícios trabalhistas. Responsabilidade para Determinação dos Padrões Contabilidades de Custos Engenharia de Produção Determinação dos padrões monetários, tais como: Custo das matérias-primas e demais materiais; Salários e encargos da mão-de-obra direta e indiretas; Custos com aluguel do prédio e das máquinas; Custos com seguros; Valor da depreciação das máquinas, prédios e outros ativos utilizados no processo produtivo; Valor do consumo de água, energia elétrica, comunicações etc. Determinação dos padrões técnicos e quantitativos, tais como: Consumo de matéria-prima e demais materiais por unidade produzida; Nível e qualificação da mão-de-obra nos processos de produção; Quantidade de horas de mão-de-obra direta por unidade produzida; Quantidade de horas máquinas utilizadas, ou necessárias; Nível de desperdício de matérias-primas aceitáveis; Espaço físico utilizado pelos Departamentos ou setores produtivos. Naturalmente, a Contabilidade de Custos deve ser assessorada pelos demais departamentos da empresa. Os custos das matérias-primas, por exemplo, devem ser fornecidos pelo Departamento de Compras ou Suprimentos; o custo dos salários e respectivos encargos, pelo Departamento de Pessoal ou Recursos Humanos e assim por diante. No caso, a Contabilidade de Custos seria o órgão centralizador do processo de obtenção das diversas informações de caráter financeiro. Procedimentos para determinação do Custo-padrão • O custo-padrão é determinado a partir das medidas técnicas de produção, as quais são definidas com base nos processos produtivos. • Inicialmente, quantifica-se o consumo e a utilização das matérias-primas, da mão-de-obra, dos custos indiretos de fabricação e dos demais materiais e insumos necessários à produção de uma unidade do produto. • Em seguida, associa-se o custo monetário a esses padrões de consumo de materiais e mão-de- obra, sendo que o custo-padrão será o resultado da multiplicação dos padrões de consumo (medidas de consumo) pelo respectivo padrão monetário. • Tanto os padrões de consumo como os padrões monetários devem ser revisados e alterados sempre que ocorrerem mudanças nas especificações técnicas dos produtos, na qualidade dos materiais, no nível de mão-de-obra, alterações tecnológicas dos equipamentos, custos monetários etc. • Por exemplo, para atender a um mercado consumidor mais sofisticado, há necessidade de melhorar a qualidade e apresentação do produto acabado. Tais alterações nas especificações do produto podem motivar o consumo de uma matéria-prima de melhor qualidade, naturalmente de custo mais elevado, ao mesmo tempo que passa a exigir mão-de-obra mais treinada e mais cara, para o eficiente manuseio da nova matéria-prima. Exemplo prático de determinação de custo-padrão Neste exemplo vamos utilizar as mesmas ferramentas ou métodos utilizados na Departamentalização, baseando-se numa empresa que produz três produtos (Bicicletas) utilizando as seguintes quantidades de horas de mão-de-obra direta e de horas de máquinas determinadas por meio de amostragem estatística, cronometragem do tempo real despendido no processo de montagem e especificações técnicas do departamento de engenharia. Análise das variações entre Custo Real e Custo-Padrão. Uma das principais atribuições do analista de custo (e do administrador) é comparar periodicamente o custo real dos produtos com o respectivo custo-padrão, analisá-lo e tirar suas conclusões sobre a eficiência e eficácia da produção e o desempenho dos diversos executivos envolvidos nos processos. Como ressaltado no item anterior, uma das principais funções da implantação de um sistema de custo-padrão é servir como controle das diversas atividades e departamentos ou divisões produtivas e administrativas. Para que tal meta seja alcançada, faz-se necessário conhecer e analisar as variações ocorridas entre os valores e medidas padrões com o real, identificar suas origens e motivos e, como conseqüência, adotar as providências necessárias para eliminar os possíveis desvios e/ou ineficiências. Análise das variações entre Custo Real e Custo-Padrão. Pode-se afirmar que a qualidade de um sistema de custo-padrão reside fundamentalmente nos seguintes aspectos: Na maneira como tais análises são realizadas; No grau de seriedade e profundidade; Na rapidez na emissão dos relatórios conclusivos; e principalmente... Nas tomadas de providências para a regularização dos problemas observados e reportados pelo analista de custos. Evidentemente, se nenhuma providencia for tomada pelos diversos executivos responsáveis pela gestão da empresa, em decorrência das observações contidas nos Relatórios de Custos, todo o trabalho executado passa a ser irrelevante, o que enfraquece o sistema de controles internos da organização. Variações entre custo real e custo-padrão Entende-se por variação a diferença encontrada entre o custo real e custo- padrão. Para facilitar a identificação e a análise, a variação deve ser identificada e analisada para cada um dos produtos, pelo seu custo unitário de produção. A variação pode ser favorável ou desfavorável. A variação favorável ocorre quando o custo real é menor do que o custo-padrão, ou seja, em princípio, a fábrica, os departamentos e os executivos envolvidos foram mais eficientes do que o esperado. Em outras palavras, consumiram menos recursos do que o previsto nos padrões. Ao contrário, a variação desfavorável ocorre quando o custo real é maior do que o custo-padrão. Nesse caso, houve uma margem de ineficiência,visto que foram consumidos, na realidade, mais recursos produtivos do que o previsto ao se estabelecerem os padrões. Exemplos: Resumo dos custos unitários dos produtos da Fabrica Nova, em Agosto de X1. Variações entre custo real e custo-padrão Como demonstrado, a variação entre o custo real e o padrão do Produto Bike foi favorável, já que o custo real unitário foi de $ 22,70 comparado com um padrão de $ 25,00. Ao contrário, os produtos Cross e City custaram, na realidade, mais do que os respectivos custos-padrão. O custo real e o padrão unitário de um produto são apurados com segregação dos três principais componentes: matéria-prima, mão-de-obra direta e custo indireto de fabricação. Para as necessárias atribuições de responsabilidades quanto às variações, as análises de custos devem ser efetuadas para cada um dos fatores que constituem o custo de um produto. Como visto no item anterior, tanto o custo real como o padrão, compõem-se da seguinte maneira: Matérias-primas: quantidade de matérias-primas necessárias para a produção de cada unidade do produto acabado multiplicada pelo custo unitário de cada matéria-prima; Mão-de-obra: quantidade de horas de mão-de-obra necessária para a produção de cada unidade do produto acabado multiplicada pela taxa horária da mão-de-obra; Custos indiretos de fabricação: total dos custos indiretos do período dividido pelo volume de produção. Variações entre custo real e custo-padrão Supondo-se que o analista de custos detalhou a variação favorável de $ 2,30 do produto Bike , tendo obtido as seguintes informações: Produto Bike Custo Real $ Custo-padrão $ Variação $ Conceito Matéria-prima A 8,00 9,50 -1,50 Favorável Mão-de-obra B 9,00 8,00 1,00 Desfavorável C I F 5,70 7,50 -1,80 Favorável Total 22,70 25,00 -2,30 Favorável Por sua vez, a variação desfavorável de $ 0,64 para o produto Cross foi detalhada como a seguir: Produto Cross Custo Real $ Custo-padrão $ Variação $ Conceito Matéria-prima 17,22 16,10 1,12 Desfavorável Mão-de-obra 12,07 13,00 -0,93 Favorável C I F 6,30 5,85 0,45 Desfavorável Total 35,59 34,95 0,64 Desfavorável Variações entre custo real e custo-padrão O Analista de custo ou o Administrador deve preocupar-se tanto com as variações desfavoráveis quanto com as favoráveis. Sua atenção, evidentemente, deve ser dirigida primeiramente e principalmente para as variações mais relevantes. Por exemplo, a variação das matérias-primas observada para o produto Cross foi de quase 7% (1,12/16,10), um nível bastante elevado, se considerarmos que hoje em dia as margens de lucro são mínimas. Seguindo o mesmo raciocínio, todas as variações observadas para o produto Bike foram representativas, exigindo do analista criteriosas análises para as devidas atribuições de responsabilidades e tomadas de providências, visando a regularização do problema. Podem, ser inclusive, casos de padrões calculados e implantados incorretamente, o que exige, da mesma maneira, medidas corretivas. Variações da matéria-prima – Já se sabe, no caso do produto Cross, que a variação da matéria-prima foi de $ 1,12 desfavorável. Sabe-se, também, que o custo da matéria-prima de cada unidade produzida foi obtido multiplicando a quantidade pelo custo. Conclui-se, portanto, que podemos ter variação de quantidade, variação de custo ou ambos os fatores. Variações entre custo real e custo-padrão Para facilitar o entendimento, vamos supor que o custo da matéria-prima contido em cada unidade produzida do produto Cross fosse o seguinte: Quantidade Kg Custo-padrão $ Custo Total $ Real 2,10 8,20 17,22 Padrão 2,00 8,05 16,10 Variação 0,10 0,15 1,12 Desfavorável Desfavorável Desfavorável Decomposição das variações da matéria-prima Para completar a análise, há necessidade de decompor o total da variação de matéria-prima de $ 1,12 para cada unidade produzida do produto Cross, separando o total da variação de quantidade e o total da variação de custo. Para esse detalhamento, pode-se utilizar as seguintes fórmulas, muito simples: Variação de quantidade: (Quantidade real - quantidade-padrão) x custo-padrão Exemplo: (2,10 kg – 2,0 kg) x $ 8,05 = $ 0,805 desfavorável Variação de custo: (Custo real - custo-padrão) x quantidade-padrão Exemplo: ($ 8,20 - $ 8,05) x 2,0 kg = $ 0,30 desfavorável. Variações entre custo real e custo-padrão Variação mista: Quando ocorrem variações tanto na quantidade como nos custos, surge uma terceira variação, a chamada variação mista, que nada mais é do que a mistura, ou o mix, entre as duas variações. Em outras palavras, a variação mista seria a sobra provocada pela existência das duas variações, sobra essa quase impossível de ser identificada como variação de quantidade ou de custo. Para obtenção do valor da variação mista, aplica-se a seguinte fórmula: (Quantidade real – quantidade-padrão) x (Custo real – custo-padrão) Exemplo no produto Cross: (2,10 kg – 2,0 kg) x ($ 8,20 - $ 8,05) = $ 0,015 desfavorável. Resumo da variação da matéria-prima, para cada unidade produzida de Cross. Tipo de Variação $ Conceito Variação de quantidade 0,805 Desfavorável Variação de custo 0,30 Desfavorável Variação mista 0,015 Desfavorável Total para cada unidade produzida 1,12 Desfavorável Variações entre custo real e custo-padrão Conclusões finais sobre a variação da matéria-prima e atribuição de responsabilidades. Finalmente, o analista dispõe das informações necessárias para tirar suas conclusões e atribuições de responsabilidades. Normalmente, as variações observadas nas matérias-primas são: Variação de quantidade: de responsabilidade do pessoal da produção, visto o maior envolvimento na maneira como estes materiais são utilizados; Variação de custo: de responsabilidade do pessoal de Compras ou Suprimentos, visto sua responsabilidade nas compras e negociações de preços. As análises não param por aí, há necessidade de análises mais profundas para a determinação dos verdadeiros motivos das variações. O Analista de custos precisa ter em mente que as variações de matérias-primas podem ocorrer em virtude dos principais motivos: Variações entre custo real e custo-padrão As variações de matérias-primas podem ocorrer em virtude dos principais motivos: Variações entre custo real e custo-padrão Variação da mão-de-obra: No caso do produto Cross, a variação da mão-de-obra foi de $ 0,93 favorável. Sabe-se que o custo da mão-de-obra de cada unidade produzida foi obtido multiplicando-se as horas pela taxa horária. Conclui-se, portanto, que podemos ter variação na quantidade de horas (eficiência), taxa horária ou em ambos os fatores. Para facilitar o entendimento, vamos supor que o custo da mão-de-obra contida em cada unidade confeccionada do produto Cross, fosse o seguinte: Custo Quantidade de horas Taxa de cada hora de MOD Custo Total $ Real 0,85 14,20 12,07 Padrão 0,80 16,25 13,00 Variação 0,05 - 2,05 - 0,93 Desfavorável Favorável Favorável Para completar a análise, também há necessidade de decompor o total da variação de mão-de-obra de $ 0,93 para cada unidade produzida do produto Cross, segregando o total da variação de eficiência e o total da variação da taxa. Variações entre custo real e custo-padrão Os cálculos efetuados para desdobro das variações da mão-de-obra são similares aos utilizados à matéria-prima, como segue: Variação de eficiência: (horas reais – horas-padrão) x taxa-padrão (0,85 hora – 0,80 horas) x 16,25 = 0,8125 desfavorável Variação da Taxa: (taxa real – taxa-padrão) x horas-padrão ($ 14,20 - $ 16,25) x 0,80 hora = $ - 1,64 favorável. Variação mista: da mesma forma que para as matérias-primas, quando ocorrem variações tanto na eficiência como na taxa, tem-se o caso de uma terceira variação, a chamada variação mista. Para obter-se o valor da variação mista, utiliza-se a seguinte fórmula:(horas reais – horas-padrão) x (taxa real – taxa-padrão) (0,85 hora – 0,80 hora) x ($ 14,20 - $ 16,25) = $ - 0,1025 favorável Resumo da variação da mão-de-obra, de cada unidade produzida de Cross. Tipo de Variação $ Conceito Variação de eficiência 0,8125 Desfavorável Variação de taxa - 1,64 Favorável Variação mista - 0,1025 Favorável Total para cada unidade produzida - 0,93 Favorável Variações entre custo real e custo-padrão Conclusões finais sobre a variação da mão-de-obra e atribuição de responsabilidades. Agora de posse destas análises, o administrador por concluir e atribuir as responsabilidades necessárias. Normalmente, as variações na mão-de-obra são: Variação de eficiência: de responsabilidade do pessoal da produção, por ter o maior envolvimento na maneira de utilização da mão-de-obra; e Variação de taxa: de responsabilidade do pessoal do Departamento de Recursos Humanos, visto sua responsabilidade na contratação e negociações salariais. Há necessidade, no entanto, de análises mais aprofundadas para se determinar os verdadeiros motivos para as variações. O analista de custos precisa ter em mente que as variações da mão-de-obra podem ocorrer em virtude dos principais motivos: Motivos p/ ocorrência de variações da mão-de-obra Responsabilidade 1- Alterações nas especificações dos produtos quanto ao tempo de produção Engenharia de Processos 2- Contratação de mão-de-obra de má qualidade, ocasionando ineficiências na produção Recursos Humanos 3- Contratação de mão-de-obra por taxas superiores em relação ao padrão Recursos Humanos 4- Ineficiência da mão-de-obra, aumentando a quantidade de horas para produzir a mesma quantidade Departamento de Produção 5- Utilização de mão-de-obra mal treinada. Recursos Humanos 6- Utilização de mão-de-obra mal remunerada e desmotivada, aumentando o nível de desperdício. Diretoria e Recursos Humanos 7- Utilização de máquinas obsoletas, aumentando o nível de utilização de mão-de-obra. Diretoria e Produção 8- Utilização de máquinas sem manutenção, aumentando o nível de paradas improdutivas. Departamento de Manutenção 9- Dissídios coletivos ou aumentos salariais definidos pela Administração. Diretoria e sindicatos 10- Quantidade excessiva de horas-extras, mais caras que as normais, devido a falhas nos Orçamentos e Programação de Vendas. Departamento Comercial Variação no custo indireto de fabricação CIF Normalmente, o total dos custos indiretos de fabricação de determinado período são apropriados para cada unidade produzida com base em uma medida de volume. Supondo-se que, por exemplo, no caso do produto Cross em análise, o padrão dos custos indiretos por unidade produzida foi calculado como segue: Custos indiretos variáveis: $ 2,79 para cada unidade produzida. Custos indiretos fixos: Total de $ 306.000 por mês. Para uma “produção-padrão” de 100.000 unidades, o custo indireto-padrão para cada unidade seria de $ 5,85, como demonstrado: Custos indiretos variáveis = $ 2,79 Custos indiretos fixos = $ 306.000 / 100.000 = $ 3,06 Total do CIF – padrão para cada unidade de produção = $ 5,85 Portanto, para um volume-padrão de 100.000 unidades, os custos indiretos totais seriam de $ 585.000, ou seja, 100.000 unidades x $ 5,85. Quando se comparam tais medidas-padrões com a realidade, pode-se ter as seguintes variações: a. O volume real de produção pode ser diferente das 100.000 unidades previstas; b. O total dos custos indiretos pode ser diferente dos $ 585.000 previstos, e c. Podem ocorrer ambos os fatores, simultaneamente. Variação no custo indireto de fabricação CIF • Continuando com as suposições, vamos imaginar que, ao analisar o custo real do mês, o analista de custos tenha apurado as seguintes informações: • Total real dos custos indiretos de fabricação: $ 567.000; • Produção real do mês: 90.000 unidades; • CIF real por unidade produzida do produto Cross: $ 6,30. • Portanto, houve uma variação desfavorável de $ 0,45 ($ 6,30 – $ 5,85) nos custos indiretos para cada unidade produzida. Para as devidas atribuições de responsabilidade, essa variação precisa ser desmembrada entre o que seria decorrente da variação do volume e a variação de custos propriamente dita. • Os cálculos podem ser realizados da maneira a seguir demonstrada: Variação do volume de produção • Qualquer variação no volume de produção afeta apenas o cálculo dos custos indiretos fixos por unidade. Isso ocorre porque o total-padrão dos custos indiretos fixos, de $ 306.000, foi dividido pelo volume previsto de 100.000 unidades, como demonstrado anteriormente. • No entanto, a fábrica não conseguiu atingir tal meta, produzindo somente 90.000. Como consequência , o rateio do total-padrão dos custos indiretos fixos pelo volume real apresentará uma variação desfavorável. Variação no custo indireto de fabricação CIF • Em outras palavras, o volume de produção previsto era de 100.000 unidades, sendo que, na realidade, somente foram produzidas 90.000. Como consequência, houve uma variação desfavorável no volume de atividades, como reflexo direto na apropriação dos custos indiretos. • Total-padrão dos custos indiretos fixos de fabricação: • $ 306.000 Volume real de produção 90.000 unidades. • CIF fixo por unidade, considerando o volume real: $ 3,40 • CIF fixo-padrão por unidade, considerando o volume-padrão: • ($ 306.000 / 100.000) $ 3,06 • Variação unitária desfavorável, em decorrência de um volume inferior: • ($ 3,40 – $ 3,06) $ 0,34 Variação de Custos • A variação total dos custos indiretos foi desfavorável em $ 0,45 para cada unidade produzida, como demonstrado. Se a variação no volume responde por $ 0,34 desse valor, conclui-se que a variação nos custos é de $ 0,11 para cada unidade. O valor de $ 0,11 pode ser demonstrado como indicado a seguir: Variação no custo indireto de fabricação CIF • Variação de Custos • Para a produção real de 90.000 unidades, o total dos custos indiretos de fabricação deveria ser de $ 557.100, como segue: • Custos fixos $ 306.000 • Custos variáveis 90.000 x $ 2,79 $ 251.100 • Total, se não houvesse variação nos custos $ 557.100. • No entanto, o total real dos custos indiretos foi de $ 567.000, para a produção real de 90.000 unidades. • A variação desfavorável, no total, foi de $ 9.900 ($ 567.000 - $ 557.100), o que resulta em $ 0,11 por unidade ($ 9.900 / 90.000). Tipo de Variação $ Conceito Variação no volume de produção 0,34 Desfavorável Variação dos custos 0,11 Desfavorável Total para cada unidade produzida 0,45 Desfavorável Variação no custo indireto de fabricação CIF • Dessa forma, o analista dispõe das necessárias informações para as devidas análises conclusivas e atribuições de responsabilidade. Normalmente, as variações observadas nos custos indiretos de fabricação são de responsabilidade: Variação do volume: • Do pessoal da produção, visto o envolvimento direto com a produção; • Do departamento comercial, nos casos de problemas de mercado; • Do departamento de suprimentos, nos casos de falta de matérias-primas necessárias para a produção estimada; • Do departamento de recursos humanos ou diretoria, nos casos de greves de funcionários etc. Variação dos custos: • Das concessionárias de serviços públicos, nos casos de aumentos de tarifas de energia elétrica, água, comunicações etc.; • Da diretoria, nos casos de aquisição de novas máquinas, com acréscimos nos custos indiretos de depreciação etc. Resumo de todas as variações entre custo real e custo-padrão Exemplo Prático: Para fixação dos conceitos estudados neste item, vamos trabalhar com um exemplo, utilizando as mesmas informações do item anterior. Determinação do custo-padrão por unidade: Considerando-se o volume normal de produção, determina-se o seguinte custo-padrão por unidade produzida: Para simplificar, vamos analisar somente oproduto S 10, o qual apresentou os seguintes custos: C u s to - p a d rã o d a p r o d u ç ã o M a te r ia is d i r e to s p o r u n id a d e s Q $ P e ç a 1 3 4 1 2 P e ç a 2 5 2 1 0 P e ç a 3 6 3 1 8 T o ta l p o r u n id a d e 4 0 M ã o -d e -o b r a d i r e t a 7 6 4 2 C u s to s p o r u n id a d e S 1 0 P ro d E s t im a d a C u s to - p a d rã o M a te r ia l d i r e to 4 0 ,0 0 1 .2 0 0 4 8 . 0 0 0 M ã o -d e -o b r a d i r e t a 4 2 ,0 0 1 .2 0 0 5 0 . 4 0 0 C IF 4 9 ,1 5 1 .2 0 0 5 8 . 9 8 0 C u s to t o ta l p o r u n id a d e 1 3 1 ,1 5 1 5 7 .3 8 0 C u s to U n i tá r io S 1 0C u s to - p a d rã o d a p r o d u ç ã o M a te r ia is d i r e to s p o r u n id a d e s Q $ P e ç a 1 3 4 1 2 P e ç a 2 5 2 1 0 P e ç a 3 6 3 1 8 T o ta l p o r u n id a d e 4 0 M ã o -d e -o b r a d i r e t a 7 6 4 2 C u s to s p o r u n id a d e S 1 0 P ro d E s t im a d a C u s to - p a d rã o M a te r ia l d i r e to 4 0 ,0 0 1 .2 0 0 4 8 . 0 0 0 M ã o -d e -o b r a d i r e t a 4 2 ,0 0 1 .2 0 0 5 0 . 4 0 0 C IF 4 9 ,1 5 1 .2 0 0 5 8 . 9 8 0 C u s to t o ta l p o r u n id a d e 1 3 1 ,1 5 1 5 7 .3 8 0 C u s to U n i tá r io S 1 0 Valorização e contabilização da produção real pelo custo-padrão Supondo-se que no mês analisado foram produzidas 1.120 unidades, os seguintes valores seriam apurados e contabilizados: Custos por unidade Custo-padrão Prod. Real Custo total Material direto 40,00 1.120 44.800 Mão-de-obra direta 42,00 1.120 47.040 CIF 49,15 1.120 55.048 Custo total por unidade 131,15 146.888 Custos por unidade Custo-padrão Prod. Real Custo total Material direto 40,00 1.120 44.800 Mão-de-obra direta 42,00 1.120 47.040 CIF 49,15 1.120 55.048 Custo total por unidade 131,15 146.888 Contabilização Contas Débito Crédito Produtos em processo 146.888 Variação de materiais 44.800 Variação de MOD 47.040 Variação de CIF 55.048 Contabilização Contas Débito Crédito Produtos em processo 146.888 Variação de materiais 44.800 Variação de MOD 47.040 Variação de CIF 55.048 Obs. As contas de variações de custos serão utilizadas como contas transitórias, apenas para controlar as eventuais variações nestes custos. Valorização e contabilização da produção real pelo custo real. Posteriormente, serão apurados os custos reais da produção que serão contabilizados como segue: : Contabilização : Apuração e Contabilização das variações entre custo-padrão e custo real. As diferenças entre custo-padrão e custo real estão demonstradas nos saldos das contas de variações, como a seguir indicado: Contabilização: Resumo da Contabilização em razonetes: Apuração e Contabilização das variações entre custo-padrão e custo real Com esses lançamentos, as contas de variações estarão com saldo igual a zero e a conta de produtos em elaboração estará com o custo-padrão adicionado das variações, totalizando o custo real. A produção em processo ou em elaboração poderia ter sido parcial ou totalmente transferida para a conta produtos acabados pelo valor do custo-padrão e os produtos acabados também poderiam ter sido parcial ou totalmente baixados para o custo dos produtos vendidos. Nesse caso, a variação apurada entre o custo real e o custo-padrão seria distribuída proporcionalmente nas contas de produtos em processo, produtos acabados e custo dos produtos vendidos, de forma que todas estariam pelo custo real. Análise das Variações Variação dos Materiais Diretos Custo da produção Custo Padrão S 10 Custo Real S 10 Materiais Diretos p/ Unidade Q $ Q $ Peça 1 3,00 4 12,00 2,80 5 14,00 Peça 2 5,00 2 10,00 4,85 3 14,55 Peça 3 6,00 3 18,00 5,40 3 16,20 Total por unidade 40,00 44,75 Decomposição das variações de materiais Materiais Diretos p/ Unidade Custo Padrão (1) Quant. Padrão (2) Custo Real (3) Quant. Real (4) Variação de Custo Quant. Mista 3-1x2 4-2x1 3-1x4-2 Peça 1 3,00 4 2,80 5 -0,80 3,00 -0,20 Peça 2 5,00 2 4,85 3 -0,30 5,00 -0,15 Peça 3 6,00 3 5,40 3 -1,80 0,00 0,00 Total por Unidade 4,75 -2,90 8,00 -0,35 Análise das Variações Mão-de-obra direta por unidade Taxa Padrão (1) Hora padrão (2) Taxa Real (3) Hora Real (4) Variação de: Custo Quant. Mista 3-1x2 4-2x1 3-1x4-2 Total por Unidade 7,00 6,00 7,45 7,20 2,70 8,40 0,54 Variação de mão-de-obra 11,64 Variação dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF) Variação de Volume Quantidade Padrão Quantidade Real Variação de volume Custo fixo total 58.980,00 58.980,00 Quantidade 1.200,00 1.120,00 Custo fixo por unidade 49,15 52,66 3,51 Variação de Custos Custo Padrão Custo Real Variação de custos Custo fixo total 58.980,00 58.016,00 Quantidade 1.120,00 1.120,00 Custo fixo por unidade 52,66 51,80 (0,86) Variação do CIF 2,65 Análise das Variações Conciliação entre custo-padrão e o custo real 131,15 Variação de Materiais Diretos 4,75 Variação de MOD 11,64 Variação de CIF 2,65 Custo Real por unidade 150,19 Variações Matéria-prima Mão-de-obra CIF Total 4,75 11,64 2,65 19,04 Custos Real Padrão 150,19 131,15 19,04
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