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Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, 
Out. 2013. | 
23 
 
ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO AMBIENTAL DAS MICRO E 
PEQUENAS EMPRESAS MOVELEIRAS DE MARABÁ 
Ana Cláudia Dias do Nascimento
1
 
Jorge Valdez-Pizarro
2
 
Rinaldo Ribeiro Moraes
3
 
 
 
RESUMO 
Este artigo foi resultado da pesquisa realizada na Associação de Moveleiros de Marabá, 
com objetivo propor estratégias para o fortalecimento ambiental das micro pequenas 
moveleiras do sudoeste paraense. Foi utilizados como parâmetros alguns indicadores de 
sustentabilidade como perfil socioambiental e técnico produtivo dos trabalhadores de 
ambos os sexos, localizados nos três núcleos: Nova Marabá, Velha e Cidade Nova. 
Foram aplicados 225 questionários individuais e posteriormente, projetou-se o 
protocolo para a pesquisa que utilizou a ferramenta marco lógico/BSC que alavancou o 
potencial inovador das micro pequenas empresas moveleiras prevendo consolidar os 
dados para a problemática. Isto é, a partir dos dados obtidos foram encontradas soluções 
que minimizem subsídios e preparar o setor para responder as demandas ambientais 
atuais e futuras com o intuito de desenvolver uma região que tem ganhado destaque 
como sendo responsáveis pela grande empregabilidade. 
 
Palavras chave: Micro pequenas empresas. Estratégias. Marco lógico. Movelaria. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Marabá com sua extensão territorial de 15.092,27 km² situado no interior do 
Estado do Pará. Com aproximadamente 224.014 habitantes (IBGE, 2010), é o município 
de maior concentração industrial devido ao intenso fluxo migratório de pessoas atraídas 
por novas oportunidades de emprego. Velho (1981) afirma que Marabá devido sua 
localização geográfica está se desenvolvendo ocasionando crescimento econômico e 
demográfico. 
 Segundo Resnik (1990), as micro pequenas empresas desempenham um papel 
importante na economia regional, pois exige do proprietário o controle total sobre todos 
os aspectos da empresa visto que uma boa administração é um fator determinante para 
sobrevivência e sucesso. Azolini & Costa (2006) afirmam que empresas bem sucedida 
constitui um futuro embrião para medias e grandes empresas. 
 
1
 Pós Graduada em Perícia Ambiental (iesam-2012). 
2 Doutor em Desenvolvimento Socioambiental pela UFPA. 
3 Professor da Fcat e Doutor em Desenvolvimento Socioambiental pela UFPA. 
Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. 
Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 
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 De acordo com a Associação de Moveleiros de Marabá – ASSIMA (2010), as 
moveleiras caracterizam-se em sua maioria por micro pequenas empresas, de caráter 
familiar, tradicional e que adota em sua maioria estratégias individuais de competição 
no mercado interno o que leva muitas vezes a um aumento de riscos e de insucessos, 
pois as decisões são embasadas no conhecimento do dia a dia o que consiste numa 
postura arriscada. 
 Aliado a isto, não dispõem de informações organizadas prevendo auxilio no 
gerenciamento de suas atividades, por falta de conhecimento das ferramentas que 
auxiliem no processo. Russomano (1979) afirma que o processo produtivo se 
caracteriza por produzir variedade de produtos similares/semelhantes em pequena 
quantidade, por demandar tempo no desenvolvimento e no planejamento da produção, 
em relação ao tempo de fabricação. E a ausência de planejamento estratégico é um 
fator preocupante, pois compromete todo o processo produtivo e a competitividade, 
acarretando o fim precocemente. Assim, o estudo é oportuno, por gerar subsídios para 
preparação do setor para responder as demandas ambientais atuais e futuras. Isto é, com 
o intuito de desenvolver uma região que tem ganhado destaque como sendo 
responsáveis pela grande empregabilidade. 
 Diante deste contexto, este artigo tem por objetivo principal propor estratégias 
para o fortalecimento ambiental das micro pequenas moveleiras do sudoeste paraense. E 
os objetivos específicos: a) diagnosticar a situação sócio ambiental das micro pequenas 
empresas; b) diagnosticar a situação técnico produtivo e definir estratégias para o 
fortalecimento ambiental das micro pequenas empresas. 
 Serão utilizados como parâmetros alguns indicadores de sustentabilidade como 
perfil socioambiental e técnico produtivo dos trabalhadores de ambos os sexos, 
localizados nos três núcleos: Nova Marabá, Velha e Cidade Nova. Foram aplicados 225 
questionários individuais e posteriormente, projetou-se o protocolo para a pesquisa que 
utilizou a ferramenta marco lógico/BSC para alcançar eficácia nas ações estratégias para 
o fortalecimento ambiental das micro pequenas empresas moveleiras prevendo 
consolidar a problemática. 
 O trabalho encontra-se estruturado em cinco capítulos. O primeiro é a introdução 
no qual foram estabelecidos a problemática e os objetivos do trabalho. O segundo é a 
teoria de base – suporte de revisão para validar a análise. O terceiro capítulo é a 
metodologia – onde se aborda o tipo, abordagem e instrumentos de coleta de dados. O 
Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. 
 
Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 
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quarto capítulo trata dos resultados – dentro de um alinhavamento com a teoria, 
problema e objetivo específicos. 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 Este capítulo trata da teoria que dará suporte ao trabalho pesquisado. A primeira 
parte foca o conceito de estratégia dentro de uma perspectiva de negócios. A segunda 
parte apresenta um debate sobre a questão da produtividade em micros e pequenas 
empresas. A terceira parte se alinha com a segunda – e trata da gestão ambiental em 
micro e pequenas empresas. Para finalizar, a quarta parte aborda o panorama das 
empresas moveleiras no Pará. 
 
2.1 ESTRATÉGIAS 
 Estratégias servem para desempenhar um papel efetivo: crescimento e 
sobrevivência de uma empresa. Mintzberg & Quin (1995) apontam que a estratégia 
pode ter cinco definições: como plano para traçar um guia de ação; estratagema para 
realizar competição; modelo focaliza as ações emergentes que afloram pela organização 
e posição que incorpora o ambiente externo e como perspectiva traz para a análise o 
ambiente interno. 
 Cenário Moveleiro (2007), afirma que para se manter no mercado requer 
planejamento estratégico. Isto é, cujo retorno sobre os investimentos seja projetado em 
linha cronológica. Oliveira (1987) corrabora que a estratégia é o ajustamento da 
empresa ao meio ambiente para o alcance de seus objetivos, ou seja, a empresa vive em 
constante ajuste levando em conta as mudanças do meio ambiente. 
 No entanto, Porter (1985) afirma que o objetivo da estratégia é encontrar 
maneiras de defender as empresas das possíveis forças competitivas do mercado externo 
e interno da empresa. 
 Oliveira (2001) por meio de estratégias a organização estabelece quais os 
caminhos que deva trilhar para alcançar os objetivos e resultados estabelecidos, tendo 
em vista o contexto interno e externo. Portanto, o ambiente interno se resume na analise 
das forças e fraquezas internas que pode ser feito através de uma lista de verificação 
prevendo identificar os pontos que precisam ser melhorados e o ambiente externo se 
Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. 
Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 
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configura na analise de forcasmacro ambientais como econômica, demográficas, 
clientes e fornecedores. 
 
2.2 PRODUTIVIDADE EM MICRO PEQUENAS EMPRESAS 
 
2.2.1. Produção mais limpa (P+L) 
 
 Fernandes (2001) faz referencia a produção mais limpa como inovação, 
incremento competitivo e responsabilidade sócio-ambiental, uma vez que tal processo 
prevê em sua origem, a prevenção da poluição e a busca do crescimento e 
desenvolvimento econômico sustentado. 
 Segundo Cetesb (2006) a metodologia da produção mais limpa focaliza-se em 
refletir no processo, prever melhorias definitivas junto a empresa e quando devidamente 
implantada resulta em benefícios, ou seja, rentabilidade dos negócios. 
 
2.1.2. Marco Lógico 
 
 As falhas na elaboração de projetos podem ser diminuídas com a utilização da 
ferramenta matriz marco lógico, cujo objetivo é oferecer uma estrutura lógica comum 
que possibilite uma síntese das informações dos projetos como objetivos, atividades e 
indicadores de cada fase voltados para as perspectivas de clientes que são mensurados 
pelo balanced scorecard (BSC). 
 Kaplan e Norton (1997) afirmam que para utilizar a ferramenta BSC a empresa 
necessita ter um pacto ajustado a estratégia, ou seja, sanar a deficiência de indicadores 
de participação da sociedade/comunidade, contribuindo para que um projeto seja 
consistente, estruturado, alinhado aos objetivos e metas da organização e da 
financiadora, previsor de resultados e métricas de desempenho. 
 
2.3. GESTÃO AMBIENTAL EM MICRO PEQUENAS EMPRESAS 
 
A gestão ambiental para as empresas passa a ser decisiva nas negociações, ou 
seja, passam a adotar práticas ambientais como marketing, visando melhorar a imagem 
e suprir uma exigência de um mercado globalizado. 
Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. 
 
Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 
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Donaire (1995), as empresas passam por três fases: controle ambiental nas 
saídas constitui-se na instalação de equipamentos de controle da poluição; integração do 
controle ambiental nas práticas e processos que passa a ser o da prevenção da poluição, 
envolvendo a seleção das matérias-primas, o desenvolvimento de novos processos e 
produtos, o reaproveitamento da energia, a reciclagem de resíduos e a integração com o 
meio ambiente e integração do controle ambiental na gestão administrativa passa a ser 
contemplada na estrutura organizacional, interferindo no planejamento estratégico. 
Segundo D’ avignon (1996) afirma que a gestão ambiental esta intimamente 
relacionada ao planejamento estratégico, processo produtivo, distribuição e disposição 
final do produto. 
 
2.4. PANORAMA DAS EMPRESAS MOVELEIRAS NO PARÁ 
 
Na Amazônia brasileira, o setor moveleiro é caracterizado pela informalidade, 
empresas pouco capitalizadas, mercado restrito e escassez de matéria-prima de origem 
legal. Essa situação gera graves efeitos negativos como a incipiente organização do 
setor, falta de acesso e escassez de programas públicos de crédito e baixo nível de 
capacitação da mão de obra. A informalidade propicia baixa confiança entre os 
moveleiros, pouca cooperação e dificuldade para o surgimento de lideranças. 
 De acordo com os diagnósticos realizados pela equipe do Imazon em parceria 
com o Sebrae (2010), o setor moveleiro conta com aproximadamente 1.15914 
empreendimentos nos municípios de estudo nos Estados do Amapá, Pará, Rondônia e 
Tocantins. Essas movelarias geraram aproximadamente 4,4 mil empregos diretos. 
 SEBRAE (2010) afirma que no Pará, aproximadamente 50% das movelarias do 
Estado estão situadas na Grande Belém; 22% estão em Santarém; e o restante encontra-
se em pólos moveleiros como Paragominas, Paraupebas e Marabá. Veríssimo (2006) 
aponta a Região Norte com potencial para crescer nos próximos anos, pois têm extensas 
florestas nativas, grande estoque de madeira de valor comercial e localização estratégica 
em relação aos mercados nacional e internacional. 
 Porém, há grandes desafios para que o setor moveleiro na Região para que 
atenda às exigências de qualidade, legalidade e sustentabilidade ambiental. 
 
3 METODOLOGIA 
Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. 
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A pesquisa a ser realizada foi do tipo exploratória, descritiva e bibliográfica. A 
pesquisa exploratória foi aplicada com a finalidade de aumentar o conhecimento a cerca 
do tema abordado, pois esse tipo de pesquisa tem como objetivo fazer com que o 
pesquisador tenha uma proximidade com um assunto ainda pouco conhecido e pouco 
explorado. Constitui, na verdade, o primeiro estágio de toda pesquisa científica, 
proporcionando uma maior identificação do pesquisador com o problema, na qual se faz 
necessária a pesquisa bibliográfica ou entrevista do estudo de caso. 
 A pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das 
características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de 
relações entre as variáveis. Significa dizer que a pesquisa descritiva tem por objetivo 
facilitar a análise por meio da observação do objeto de estudo. 
Para Gil (2008, p.44) “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de 
material já elaborado, e constituído principalmente de livros e artigos científicos”. 
Vergara (2005, p. 48), complementa que “a pesquisa bibliográfica é o estudo 
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, 
redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. 
Conforme Gil (2008) e Vergara (2005), toda pesquisa depende de uma 
pesquisa bibliográfica, pois mesmo que o tema a ser pesquisado tenha sido pouco 
explorado e possua poucas referências até o momento, sempre haverá alguma obra, ou 
entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com problemas semelhantes 
ou exemplos que possam vim incitar a abrangência do tema abordado. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Essa parte do artigo apresenta os resultados da pesquisa dentro de uma 
perspectiva de alinhamento com os objetivos específicos. A primeira parte aborda a 
situação socioambiental das micros e pequenas empresas. A segunda, foca a situação 
técnico produtivo das micros e pequenas empresas. A terceira e última parte trata das 
estratégias para o fortalecimento ambiental das micros e pequenas empresas. 
 
4.1 SITUAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DAS MICRO PEQUENAS EMPRESAS 
 
 O setor moveleiro enfrenta um conjunto de problemas para seu desenvolvimento 
na Região Norte. De acordo com os entrevistados, as movelarias possuem, em media, 
Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. 
 
Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 
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cinco marceneiros, os quais são polivalentes e desempenham várias funções na linha de 
produção. Em sua maioria, todos os trabalhadores são do sexo masculino (100%), 
enquanto o sexo feminino se concentra em atividades de colaboração como: escritório 
ou serviços gerais. Foi verificado que a maioria não possui registro em carteira de 
trabalho – CNTPS assinada, ou seja, trabalham por conta própria na atividade. 
 A jornada de trabalho varia de 9 às 10hs, no período de segunda à sexta-feira e 
aos sábados das 8 às 12hs. O intervalo para almoço tem duração de 2 horas, entre 12 e 
14hs. O tempo dos marceneiros na função variou de 2 a 30 anos, sendo 50% deles 
marceneiros há mais de 10 anos. A maioria aprendeu a profissão na empresa em quetrabalha, começando como ajudante de marceneiro. 
 Quanto à atividade mais cansativa desempenhada na movelaria, 56% dos 
trabalhadores apontaram o acabamento do móvel, como lixar/polir e aos ruídos gerados 
pelas maquinas. A poeira está presente em todas as etapas do processo, desde corte ao 
polimento ocasionando doenças respiratórias e contaminação do ambiente. Enquanto, o 
ruído gerado pelas máquinas gera desconforto aos ouvidos. Fernandes (2001) corrabora 
com a Produção mais limpa, pois ela propõe inovação, competitividade e 
responsabilidade sócio-ambiental, pois prevê a origem do problema e sua prevenção da 
poluição. Isto é, o rejeito pode ser aproveitado, pois a escassez da matéria prima 
estimulou seu aproveitamento e estimulou o consumo dos resíduos. 
Outro fator, que a atividade exige concentração o que a torna (cerca de 56%), 
pois exige do profissional máxima atenção no quesito acabamento e montagem. No que 
se refere à segurança no trabalho, registrou-se que nenhum dos trabalhadores (100%) 
utilizam Equipamento de Proteção Individual (EPIs) com a finalidade de evitar 
acidentes no trabalho, infringindo assim a NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual 
no subitem 6.7.1.a “Cabe ao empregado como quanto ao EPI: usar, utilizando-o apenas 
para a finalidade a que se destina;”, onde esclarece que o empregado deve utilizar todos 
os equipamentos fornecidos pelo empregador de maneira correta, o que não acontece no 
real. Pois, acidentes no ambiente de trabalho geram custos, ao empregador e ao 
empregado, além de prejuízo as famílias. 
Apesar de 50% dos trabalhadores considerarem bom o seu ambiente de 
trabalho, as movelarias caracterizavam-se por apresentar espaço físico pequeno, onde os 
trabalhadores deslocavam-se entre as máquinas e a serragem da madeira. D’ avignon 
Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. 
Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 
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(1996) corrabora que a gestão ambiental esta intimamente relacionada ao planejamento 
estratégico, processo produtivo, distribuição e disposição final do produto. 
No que tange, a escolaridade, a porcentagem de funcionários com ensino médio 
incompleto (35%) é muito alta. Embora, existam funcionários com cursos superiores, 
praticamente proprietários ou filhos, cuja formação não tem nada haver com o setor 
moveleiro. 
 O Quadro 1 mostra o perfil socioambiental dos trabalhadores entrevistados, 
além de variáveis relacionadas à percepção dos mesmos do ambiente e atividade de 
trabalho. 
 
Variáveis Valores 
Tempo de Função 12,5 anos 
Salário em reais 2 mínimos 
Estado Civil 
a) Solteiro 5% 
b) Casado 57% 
c) Viúvo 2% 
d) Divorciado 1% 
e) Emancebado 35% 
Nº de Filhos 
a) Nenhum 3% 
b) De 1 a 3 filhos 36% 
c) Mais de 3 filhos 62% 
Idade 32 anos 
Escolaridade 
a) Fund. completo 33,9% 
b) Fund. incompleto 12% 
c) Médio completo 18% 
d) Médio incompleto 35% 
e) Superior 1% 
f) Pós graduado 0,1% 
Fatores ambientais que incomodam 
a) Poeira 38% 
b) Ruído 47% 
c) Espaço físico 13% 
d) Não soube dizer 2% 
Exigência da atividade realizada 
a) Concentração/stress 56% 
b) Força e rapidez 44% 
Uso de EPIs – NR 6 
a) Utilizam 0% 
Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. 
 
Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 
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b) Não utilizam 100% 
 Fonte: Protocolo de pesquisa/2010 
 
 
4.2 SITUAÇÃO TÉCNICO PRODUTIVO DAS MICRO PEQUENAS EMPRESAS 
 
 Principais resultados da pesquisa de campo foi que as movelarias possuem um 
diversificado sistema de produção, contemplando variedades de matérias primas como a 
madeira, o MDF e outros artigos. 
 Foram constatadas praticas que se caracterizam em projetar e fabricar móveis, 
todos sob encomenda gerando um alto grau de exploração na Região em decorrência da 
estabilidade, ou seja, vantagem da produção artesanal. O processo produtivo se 
consolida pela falta de mão de obra qualificada e treinada (67%) o que resulta no 
acabamento de baixa qualidade dos móveis fabricados. 
 Foi observado um alto índice de concorrência (96%) externa, pois cresce a 
procura por moveis planejados e com qualidade no Município visto que a 
oferta/investimento de compra imóvel tem crescido. Nessas condições, as movelarias 
não têm chances de competir com móveis oriundos de outras regiões do Brasil, 
vendidos largamente nas redes de eletrodomésticos nas principais cidades da Região 
Norte. Porter (1985) corrabora que a estratégia é encontrar maneiras de defender as 
empresas das possíveis forças competitivas do mercado externo e interno da empresa. 
 Outro fator, é que as moveleiros sentem necessidades como: cursos de designs 
para desenvolvimento da Identidade Visual, lay out gráfico de catálogos, treinamentos 
de moveis planos/acabamento de móveis, consultorias para regularização ambiental 
junto ao órgão municipal e associativismo. Pois é imprescindível aprimorar as 
habilidades de gestão empresarial por meio da participação em cursos e palestras e 
adoção de atitudes mais pró-ativas (aperfeiçoamento dos produtos de acordo com a 
evolução dos gostos dos clientes, propaganda e divulgação). 
 Outro gargalo percebido que as movelarias operam na informalidade (97%) em 
função da dificuldade financeira de atender as exigências da legalização, pois não tem 
registro de funcionamento (alvará) e não legalizaram seus funcionários o que gera um 
ciclo perverso de informalidade dificultando o desenvolvimento do segmento. Oliveira 
(2001) corrobora que por meio de estratégias a organização estabelece quais os 
caminhos que deve trilhar para alcançar os objetivos e resultados, tendo em vista o 
contexto ambiental, ou seja, a analise do ambiente interno que se resume na analise das 
Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. 
Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 
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forças e fraquezas internas que pode ser feito através de uma lista de verificação 
prevendo identificar os pontos que precisam ser melhorados e ambiente externo é a 
analise de oportunidades e ameaças das forcas macro ambientais. 
 Segundo a Política Nacional de Meio Ambiente, Lei nº 6.938 de 1981, a Lei 
Estadual nº 5.887 de 1995 e a Lei Ambiental de Marabá nº 16.885 de 2002, todos os 
empreendimentos que de alguma forma forem classificados como efetivamente ou 
potencialmente poluidores devem possuir Licença Ambiental. 
 Isto é, o órgão público municipal e estadual de fiscalização ambiental tem 
inibido o funcionamento das movelarias informais. A fiscalização tem ocorrido no 
sentido de diminuir a informalidade no setor, dificultar o acesso a matéria prima ilegal, 
destinar adequadamente os resíduos da produção e diminuir a poluição. 
 Sendo que a procedência da matéria prima comprada é relevante. Os 84% dos 
entrevistados afirmam que a matéria prima mais utilizada ainda é a madeira, porém 
sentem necessidade de mudança prevendo suprir a demanda através de duas estratégias: 
a inserção do MDF na fabricação de móveis e aquisição de matéria prima nativa. 
Contudo, ambas as matérias primas tem rótulos ambientais, ou seja, procedência sendo 
considerando favorável ao processo de produção de móveis ecologicamente corretos. 
Porém, as pequenas movelarias demandam de pequenos volumes (madeira) e quase 
sempre não podem pagar o preço da madeira processada coma devida documentação 
fiscal e ambiental. 
 Também enfrentam limitações tecnológicas em razão dos recursos financeiros o 
que impede de adquirir equipamentos e ao maquinário novo. Mais da metade do 
maquinário (88%) usado são obsoletos e/ou fabricada de forma artesanal pelo próprio 
moveleiro comprometendo a qualidade e o acabamento final do móvel produzido. No 
entanto, os moveleiros conseguem se mantém informado sobre as tendências de 
mercado, através da participação de feiras do setor, pois a aproximação entre o 
fabricante e seu segmento de consumidores permitirá um maior conhecimento das suas 
demandas e também ampliar as possibilidades de mercado. 
 Com relação aos fornecedores e aos empecilhos até o produto final, se resume: 
custos dos insumos – matéria prima (86%) é relativamente elevado para compra, tempo 
de entrega e localização geográfica (logística do processo). 
 Pois, se as empresas estivessem engajadas em um único local poderiam torná-las 
mais eficientes, produtivas e competitivas gerando: especialização de mão de obra e 
Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. 
 
Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 
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disseminação de conhecimentos. Porter (1999) afirma que haja desenvolvimento é 
fundamental que exista harmonia entre os MPEs, ou seja, um clima de negócios. 
 
 Quadro 2: Principais dificuldades técnico produtivo no mercado moveleiro. 
Variáveis Valores 
Preço da matéria prima (madeira e MDF) 
a) Alta 86% 
b) Baixa 14% 
Concorrência 
a) Lojas 96% 
b) Micro empresário 4% 
Consultoria para Design, Licenças Ambientais, Cursos 
a) Necessário 97% 
b) Não necessário 3% 
Estrutura Física Deficiente para o trabalho 
a) Sim 75% 
b) Não 25% 
Possui produção diversificada 
 
a) Sim 88% 
b) Não 12% 
Necessidades de mais maquina e equipamentos 
a) Sim 88% 
b) Não 12% 
Mão de obra qualificada 
a) Sim 33% 
b) Não 67% 
Receio de investir em Recursos Humanos 
a) Sim 0% 
b) Não 100% 
Matéria prima utilizada 
a) Madeira 55% 
b) MDF 45% 
Procedência das matérias primas adquiridas 
a) Certificada 84% 
b) Não certificada 12% 
Licenciamento Ambiental 
a) Regular 32% 
b) Irregular 68% 
 Fonte: Protocolo de pesquisa/2010 
 
4.3 ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO AMBIENTAL DAS MICRO 
PEQUENAS EMPRESAS 
 
Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. 
Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 
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Série1; 
sim; 98%; 
98% 
Série1; 
não; 2%; 
2% 
Fomentos para Projeto 
sim não 
 Cenário Moveleiro (2007), afirma que para se manter no mercado requer 
planejamento estratégico para que os investimentos sejam projetados em linha 
cronológica. Diante disto, devido seu tamanho as MPes mostram vantagens 
competitivas como se adaptar facilmente as mudanças no mercado, intensificando 
estratégias por meio do planejamento resultando vantagens competitivas. 
 
 Quadro 3: Estratégias para o fortalecimento ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora/2010 
 
 
 Os moveleiros alegaram que o apoio governamental ainda é escasso, porém 
(98%) acreditam que o governo poderia catalisar o processo de legalização da atividade 
através da concessão de linhas de crédito compatíveis às condições do setor com 
promoção de cursos de capacitação e oferta de incentivos fiscais para a produção e 
modernização do maquinário. 
 No entanto, o elevado grau de informalidade generalizada inibe o apoio 
governamental da atividade. Entretanto, os entrevistados reconhecem que a Prefeitura 
Municipal /PMM e com o apoio do Sebrae tem atuado no processo de formalização do 
setor, ou seja, captar recursos financeiros através de projeto socioambiental e 
encaminhar para determinadas instituições financiadoras, em razão da especificação do 
objeto, impactos, atividades, resultados e beneficiários do projeto. 
 Maximiano (2002) corrabora que a preparação de um projeto deve seguir os 
seguintes passos: identificar o problema; justificar; identificar a população-alvo; definir 
a metodologia; selecionar os recursos necessários; verificar a legislação; montar um 
cronograma e orçamento. 
Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. 
 
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 Propõe-se o Projeto “Fortalecimento Ambiental das Micro Pequenas 
Empresas Moveleiras de Marabá” com o objetivo de melhorar os trabalhos 
desenvolvidos pelos moveleiros, ou seja, transformar o problema encontrados no 
decorrer das entrevistas numa solução. Sendo, que a ferramenta utilizada foi marco 
lógico para alcançar eficácia nas ações como definido o problema a ser atacado de 
acordo com a hierarquia de importância. 
Optou-se pela ordem de orientações necessárias para obtenção de licenças 
ambientais junto a SEMMA para as micro pequenas empresas moveleiras, pois resultará 
na melhoria da qualidade ambiental dos serviços, possibilitando aos empresários 
agilidade e o correto processo nas solicitações das referidas licenças ambientais e 
conseqüentemente abertura de mercados. 
Isto é, as instituições financeiras e programas ambientais de incentivo a 
atividade não oferecem programas de credito voltados ao setor moveleiro pela 
informalidade predominante o que, por sua vez, impossibilita a modernização 
tecnológica resultando num ciclo de informalidade, de baixo valor agregado a produção 
e ao mercado restrito. No entanto, através do projeto pode as movelarias podem se 
legalizar e conseqüentemente o governo concederá linhas de credito compatíveis com o 
setor. 
 Quadro 4:Marco Lógico - Projeto Socioambiental 
 Narrativo Objetivos Indicadores Meios de 
Verificação 
Pressuposto
s 
Participantes 
Finalidade 
do 
Programa: 
 
Legalização 
(SEPROF e 
Licenças 
Ambientais
) 
Obtenção de 
licenças 
ambientais junto 
a Semma. 
- Melhoria nos 
trabalhos dos 
moveleiros. 
- Trazer da 
informalidade 
o trabalho. 
- Analise de 
documentos; 
-Levantamento dos 
documentos 
necessários para 
solicitação de 
licença; 
- Acompanhar e 
monitorar os 
processos após ser 
protocolados. 
Patrocinador
es 
- Doadores 
Propósito Saída da 
informalidade 
para o 
desenvolvimento 
% Resultados 
almejados 
com a 
legalização. 
Acompanhamento 
do cronograma, 
metas a serem 
alcançadas no 
período de 2 
meses. 
Continuidade 
dos trabalhos 
Beneficiários 
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do setor 
moveleiro de 
Marabá. 
 
Componente
s 
Reunião com os 
associados. 
Coleta de 
material 
(documentação) 
Controle de 
prazos e nível 
de satisfação. 
Acompanhamento 
do cronograma que 
inclui informes e 
inspeção das 
metas. 
 
Interesse dos 
moveleiros. 
Gestores 
Atividades - Documentos 
para a abertura 
de empresas; 
- Orientações 
para obtenção 
das CND, seja 
municipal ou 
estadual; 
- Agilidade no 
processo de 
emissão de 
certidões. 
- Encontroscom 
empresários. 
Acompanhar 
as atividades 
com base no 
orçamento 
previsto. 
 
 Investimento: 
98,85 horas x 
R$ 120,00 = 
R$ 11.862,00 
 
Registrar os gastos 
realizados e 
analisar o 
enquadrada mento 
do cronograma 
previsto. 
Meios de 
divulgação. 
Funcionários 
 Fonte: Elaborado pela autora/2010 
 
 Kaplan e Norton (1997) corraboram que a ferramenta BSC, aliada à matriz de 
marco lógico contribui para que um projeto seja consistente, estruturado, alinhado aos 
objetivos e metas da organização e da financiadora, previsor de resultados. Pois, é 
essencial usar as perspectivas do cliente e do beneficiário para medir a participação da 
população e dos doadores, conforme demonstrado no Quadro 5. 
 
 Quadro 5: Indicadores do BSC para o Projeto Socioambiental. 
Perspectiva Objetivos Estratégicos Indicadores de 
resultados 
Indicadores de 
Tendência 
Doador · Aumentar o percentual de 
metas atingidas do projeto. 
Nível de satisfação. 
Retenção do doador. 
Volume de metas 
alcançadas. 
 % de satisfação com o 
projeto . 
 % de satisfação do doador 
com os resultados do 
projeto. 
% de metas concluídas. 
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Beneficiários Identificar o nível da 
satisfação dos beneficiários 
(moveleiros). 
Nível de satisfação % aprendizado dos 
beneficiários de acordo 
com as etapas 
cronológicas do projeto. 
Funcionários ou 
voluntariados 
Identificar o nível de 
satisfação dos consultores. 
Nível de satisfação % de satisfação em 
participar de projetos. 
 Fonte: Elaborado pela autora/2010 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Em Marabá as movelarias são na grande maioria de micro pequena empresas, 
gerando oportunidades de emprego no município, tanto direto quanto indireto. Outro 
fator é a fixação de renda, pois o lucro obtido pela venda dos produtos permanece nos 
locais de produção, promovendo o desenvolvimento local. 
 Para acompanhar este desenvolvimento, as micro pequenas empresas moveleiras 
precisam estar preparadas para lidar com as constantes mudanças ambientais tanto 
internas como externas. E está possibilidade de crescimento estão relacionadas com o as 
formas de gerenciamento, de possuir sempre informações atualizadas, inovações 
tecnológicas, legislações e estratégias para longo prazo. 
 Necessitam, ainda, preocupar-se em ter um planejamento estratégico, com clara 
definição do seu posicionamento estratégico e intensificar o uso de estratégias visando 
um crescimento sustentado para se tornarem empresas competitivas. 
Diante do que foi observado, para que a formalização do setor seja possível, 
algumas ações devem ser adotadas: a) fomento a projetos prevendo sanar a problemática 
levantada com apoio da Prefeitura Municipal e do SEBRAE b) legalização ambiental 
(SEPROF e Licenças Ambientais), pois a legalização é percebida como um entrave aos 
micro pequenos empresários em função da dificuldade financeira em atender as 
exigências bem como em adquirir a matéria prima de origem legal, pois o desafio 
imediato do setor moveleiro é tornar-se um segmento formal e legal do ponto de vista 
tributário, fiscal, trabalhista e ambiental c) devem ser criados incentivos fiscais para as 
movelarias, seja na isenção de impostos ou na criação de um pólo moveleiro no 
município e d) a fiscalização da informalidade deve ser aumentada. 
Conclui-se que a formalização é a chave para o desenvolvimento do setor 
moveleiro de Marabá, pois torna um mercado de trabalho estável livre de 
irregularidades e falhas. Isto é, livre da informalidade resultando no baixo valor 
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agregado na produção e mercado restrito o que impossibilita o setor de se modernizar e 
desenvolver. 
 
ABSTRACT 
This article was the result of research conducted at the Association of Furniture of 
Marabá, aiming to propose strategies for strengthening environmental micro small 
furniture southwestern Pará. Was used as parameters some indicators of socio-
environmental sustainability and technical profile as productive workers of both sexes, 
located in three centers: New Marabá, Old and New Town. 225 individual 
questionnaires were applied and later designed the protocol for search tool that used the 
logframe / BSC that leveraged the innovative potential of small furniture companies 
providing micro consolidate the data for the problem. 
That is, from the data obtained were found solutions to minimize subsidies and prepare 
the sector to meet the current and future environmental demands in order to develop a 
region that has gained prominence as being responsible for the vast employability. 
 
Keywords: micro small businesses, strategie, logframe, furniture. 
 
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Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. 
 
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