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Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 23 ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO AMBIENTAL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS MOVELEIRAS DE MARABÁ Ana Cláudia Dias do Nascimento 1 Jorge Valdez-Pizarro 2 Rinaldo Ribeiro Moraes 3 RESUMO Este artigo foi resultado da pesquisa realizada na Associação de Moveleiros de Marabá, com objetivo propor estratégias para o fortalecimento ambiental das micro pequenas moveleiras do sudoeste paraense. Foi utilizados como parâmetros alguns indicadores de sustentabilidade como perfil socioambiental e técnico produtivo dos trabalhadores de ambos os sexos, localizados nos três núcleos: Nova Marabá, Velha e Cidade Nova. Foram aplicados 225 questionários individuais e posteriormente, projetou-se o protocolo para a pesquisa que utilizou a ferramenta marco lógico/BSC que alavancou o potencial inovador das micro pequenas empresas moveleiras prevendo consolidar os dados para a problemática. Isto é, a partir dos dados obtidos foram encontradas soluções que minimizem subsídios e preparar o setor para responder as demandas ambientais atuais e futuras com o intuito de desenvolver uma região que tem ganhado destaque como sendo responsáveis pela grande empregabilidade. Palavras chave: Micro pequenas empresas. Estratégias. Marco lógico. Movelaria. 1 INTRODUÇÃO Marabá com sua extensão territorial de 15.092,27 km² situado no interior do Estado do Pará. Com aproximadamente 224.014 habitantes (IBGE, 2010), é o município de maior concentração industrial devido ao intenso fluxo migratório de pessoas atraídas por novas oportunidades de emprego. Velho (1981) afirma que Marabá devido sua localização geográfica está se desenvolvendo ocasionando crescimento econômico e demográfico. Segundo Resnik (1990), as micro pequenas empresas desempenham um papel importante na economia regional, pois exige do proprietário o controle total sobre todos os aspectos da empresa visto que uma boa administração é um fator determinante para sobrevivência e sucesso. Azolini & Costa (2006) afirmam que empresas bem sucedida constitui um futuro embrião para medias e grandes empresas. 1 Pós Graduada em Perícia Ambiental (iesam-2012). 2 Doutor em Desenvolvimento Socioambiental pela UFPA. 3 Professor da Fcat e Doutor em Desenvolvimento Socioambiental pela UFPA. Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 24 De acordo com a Associação de Moveleiros de Marabá – ASSIMA (2010), as moveleiras caracterizam-se em sua maioria por micro pequenas empresas, de caráter familiar, tradicional e que adota em sua maioria estratégias individuais de competição no mercado interno o que leva muitas vezes a um aumento de riscos e de insucessos, pois as decisões são embasadas no conhecimento do dia a dia o que consiste numa postura arriscada. Aliado a isto, não dispõem de informações organizadas prevendo auxilio no gerenciamento de suas atividades, por falta de conhecimento das ferramentas que auxiliem no processo. Russomano (1979) afirma que o processo produtivo se caracteriza por produzir variedade de produtos similares/semelhantes em pequena quantidade, por demandar tempo no desenvolvimento e no planejamento da produção, em relação ao tempo de fabricação. E a ausência de planejamento estratégico é um fator preocupante, pois compromete todo o processo produtivo e a competitividade, acarretando o fim precocemente. Assim, o estudo é oportuno, por gerar subsídios para preparação do setor para responder as demandas ambientais atuais e futuras. Isto é, com o intuito de desenvolver uma região que tem ganhado destaque como sendo responsáveis pela grande empregabilidade. Diante deste contexto, este artigo tem por objetivo principal propor estratégias para o fortalecimento ambiental das micro pequenas moveleiras do sudoeste paraense. E os objetivos específicos: a) diagnosticar a situação sócio ambiental das micro pequenas empresas; b) diagnosticar a situação técnico produtivo e definir estratégias para o fortalecimento ambiental das micro pequenas empresas. Serão utilizados como parâmetros alguns indicadores de sustentabilidade como perfil socioambiental e técnico produtivo dos trabalhadores de ambos os sexos, localizados nos três núcleos: Nova Marabá, Velha e Cidade Nova. Foram aplicados 225 questionários individuais e posteriormente, projetou-se o protocolo para a pesquisa que utilizou a ferramenta marco lógico/BSC para alcançar eficácia nas ações estratégias para o fortalecimento ambiental das micro pequenas empresas moveleiras prevendo consolidar a problemática. O trabalho encontra-se estruturado em cinco capítulos. O primeiro é a introdução no qual foram estabelecidos a problemática e os objetivos do trabalho. O segundo é a teoria de base – suporte de revisão para validar a análise. O terceiro capítulo é a metodologia – onde se aborda o tipo, abordagem e instrumentos de coleta de dados. O Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 25 quarto capítulo trata dos resultados – dentro de um alinhavamento com a teoria, problema e objetivo específicos. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Este capítulo trata da teoria que dará suporte ao trabalho pesquisado. A primeira parte foca o conceito de estratégia dentro de uma perspectiva de negócios. A segunda parte apresenta um debate sobre a questão da produtividade em micros e pequenas empresas. A terceira parte se alinha com a segunda – e trata da gestão ambiental em micro e pequenas empresas. Para finalizar, a quarta parte aborda o panorama das empresas moveleiras no Pará. 2.1 ESTRATÉGIAS Estratégias servem para desempenhar um papel efetivo: crescimento e sobrevivência de uma empresa. Mintzberg & Quin (1995) apontam que a estratégia pode ter cinco definições: como plano para traçar um guia de ação; estratagema para realizar competição; modelo focaliza as ações emergentes que afloram pela organização e posição que incorpora o ambiente externo e como perspectiva traz para a análise o ambiente interno. Cenário Moveleiro (2007), afirma que para se manter no mercado requer planejamento estratégico. Isto é, cujo retorno sobre os investimentos seja projetado em linha cronológica. Oliveira (1987) corrabora que a estratégia é o ajustamento da empresa ao meio ambiente para o alcance de seus objetivos, ou seja, a empresa vive em constante ajuste levando em conta as mudanças do meio ambiente. No entanto, Porter (1985) afirma que o objetivo da estratégia é encontrar maneiras de defender as empresas das possíveis forças competitivas do mercado externo e interno da empresa. Oliveira (2001) por meio de estratégias a organização estabelece quais os caminhos que deva trilhar para alcançar os objetivos e resultados estabelecidos, tendo em vista o contexto interno e externo. Portanto, o ambiente interno se resume na analise das forças e fraquezas internas que pode ser feito através de uma lista de verificação prevendo identificar os pontos que precisam ser melhorados e o ambiente externo se Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 26 configura na analise de forcasmacro ambientais como econômica, demográficas, clientes e fornecedores. 2.2 PRODUTIVIDADE EM MICRO PEQUENAS EMPRESAS 2.2.1. Produção mais limpa (P+L) Fernandes (2001) faz referencia a produção mais limpa como inovação, incremento competitivo e responsabilidade sócio-ambiental, uma vez que tal processo prevê em sua origem, a prevenção da poluição e a busca do crescimento e desenvolvimento econômico sustentado. Segundo Cetesb (2006) a metodologia da produção mais limpa focaliza-se em refletir no processo, prever melhorias definitivas junto a empresa e quando devidamente implantada resulta em benefícios, ou seja, rentabilidade dos negócios. 2.1.2. Marco Lógico As falhas na elaboração de projetos podem ser diminuídas com a utilização da ferramenta matriz marco lógico, cujo objetivo é oferecer uma estrutura lógica comum que possibilite uma síntese das informações dos projetos como objetivos, atividades e indicadores de cada fase voltados para as perspectivas de clientes que são mensurados pelo balanced scorecard (BSC). Kaplan e Norton (1997) afirmam que para utilizar a ferramenta BSC a empresa necessita ter um pacto ajustado a estratégia, ou seja, sanar a deficiência de indicadores de participação da sociedade/comunidade, contribuindo para que um projeto seja consistente, estruturado, alinhado aos objetivos e metas da organização e da financiadora, previsor de resultados e métricas de desempenho. 2.3. GESTÃO AMBIENTAL EM MICRO PEQUENAS EMPRESAS A gestão ambiental para as empresas passa a ser decisiva nas negociações, ou seja, passam a adotar práticas ambientais como marketing, visando melhorar a imagem e suprir uma exigência de um mercado globalizado. Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 27 Donaire (1995), as empresas passam por três fases: controle ambiental nas saídas constitui-se na instalação de equipamentos de controle da poluição; integração do controle ambiental nas práticas e processos que passa a ser o da prevenção da poluição, envolvendo a seleção das matérias-primas, o desenvolvimento de novos processos e produtos, o reaproveitamento da energia, a reciclagem de resíduos e a integração com o meio ambiente e integração do controle ambiental na gestão administrativa passa a ser contemplada na estrutura organizacional, interferindo no planejamento estratégico. Segundo D’ avignon (1996) afirma que a gestão ambiental esta intimamente relacionada ao planejamento estratégico, processo produtivo, distribuição e disposição final do produto. 2.4. PANORAMA DAS EMPRESAS MOVELEIRAS NO PARÁ Na Amazônia brasileira, o setor moveleiro é caracterizado pela informalidade, empresas pouco capitalizadas, mercado restrito e escassez de matéria-prima de origem legal. Essa situação gera graves efeitos negativos como a incipiente organização do setor, falta de acesso e escassez de programas públicos de crédito e baixo nível de capacitação da mão de obra. A informalidade propicia baixa confiança entre os moveleiros, pouca cooperação e dificuldade para o surgimento de lideranças. De acordo com os diagnósticos realizados pela equipe do Imazon em parceria com o Sebrae (2010), o setor moveleiro conta com aproximadamente 1.15914 empreendimentos nos municípios de estudo nos Estados do Amapá, Pará, Rondônia e Tocantins. Essas movelarias geraram aproximadamente 4,4 mil empregos diretos. SEBRAE (2010) afirma que no Pará, aproximadamente 50% das movelarias do Estado estão situadas na Grande Belém; 22% estão em Santarém; e o restante encontra- se em pólos moveleiros como Paragominas, Paraupebas e Marabá. Veríssimo (2006) aponta a Região Norte com potencial para crescer nos próximos anos, pois têm extensas florestas nativas, grande estoque de madeira de valor comercial e localização estratégica em relação aos mercados nacional e internacional. Porém, há grandes desafios para que o setor moveleiro na Região para que atenda às exigências de qualidade, legalidade e sustentabilidade ambiental. 3 METODOLOGIA Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 28 A pesquisa a ser realizada foi do tipo exploratória, descritiva e bibliográfica. A pesquisa exploratória foi aplicada com a finalidade de aumentar o conhecimento a cerca do tema abordado, pois esse tipo de pesquisa tem como objetivo fazer com que o pesquisador tenha uma proximidade com um assunto ainda pouco conhecido e pouco explorado. Constitui, na verdade, o primeiro estágio de toda pesquisa científica, proporcionando uma maior identificação do pesquisador com o problema, na qual se faz necessária a pesquisa bibliográfica ou entrevista do estudo de caso. A pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre as variáveis. Significa dizer que a pesquisa descritiva tem por objetivo facilitar a análise por meio da observação do objeto de estudo. Para Gil (2008, p.44) “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, e constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Vergara (2005, p. 48), complementa que “a pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. Conforme Gil (2008) e Vergara (2005), toda pesquisa depende de uma pesquisa bibliográfica, pois mesmo que o tema a ser pesquisado tenha sido pouco explorado e possua poucas referências até o momento, sempre haverá alguma obra, ou entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com problemas semelhantes ou exemplos que possam vim incitar a abrangência do tema abordado. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Essa parte do artigo apresenta os resultados da pesquisa dentro de uma perspectiva de alinhamento com os objetivos específicos. A primeira parte aborda a situação socioambiental das micros e pequenas empresas. A segunda, foca a situação técnico produtivo das micros e pequenas empresas. A terceira e última parte trata das estratégias para o fortalecimento ambiental das micros e pequenas empresas. 4.1 SITUAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DAS MICRO PEQUENAS EMPRESAS O setor moveleiro enfrenta um conjunto de problemas para seu desenvolvimento na Região Norte. De acordo com os entrevistados, as movelarias possuem, em media, Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 29 cinco marceneiros, os quais são polivalentes e desempenham várias funções na linha de produção. Em sua maioria, todos os trabalhadores são do sexo masculino (100%), enquanto o sexo feminino se concentra em atividades de colaboração como: escritório ou serviços gerais. Foi verificado que a maioria não possui registro em carteira de trabalho – CNTPS assinada, ou seja, trabalham por conta própria na atividade. A jornada de trabalho varia de 9 às 10hs, no período de segunda à sexta-feira e aos sábados das 8 às 12hs. O intervalo para almoço tem duração de 2 horas, entre 12 e 14hs. O tempo dos marceneiros na função variou de 2 a 30 anos, sendo 50% deles marceneiros há mais de 10 anos. A maioria aprendeu a profissão na empresa em quetrabalha, começando como ajudante de marceneiro. Quanto à atividade mais cansativa desempenhada na movelaria, 56% dos trabalhadores apontaram o acabamento do móvel, como lixar/polir e aos ruídos gerados pelas maquinas. A poeira está presente em todas as etapas do processo, desde corte ao polimento ocasionando doenças respiratórias e contaminação do ambiente. Enquanto, o ruído gerado pelas máquinas gera desconforto aos ouvidos. Fernandes (2001) corrabora com a Produção mais limpa, pois ela propõe inovação, competitividade e responsabilidade sócio-ambiental, pois prevê a origem do problema e sua prevenção da poluição. Isto é, o rejeito pode ser aproveitado, pois a escassez da matéria prima estimulou seu aproveitamento e estimulou o consumo dos resíduos. Outro fator, que a atividade exige concentração o que a torna (cerca de 56%), pois exige do profissional máxima atenção no quesito acabamento e montagem. No que se refere à segurança no trabalho, registrou-se que nenhum dos trabalhadores (100%) utilizam Equipamento de Proteção Individual (EPIs) com a finalidade de evitar acidentes no trabalho, infringindo assim a NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual no subitem 6.7.1.a “Cabe ao empregado como quanto ao EPI: usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;”, onde esclarece que o empregado deve utilizar todos os equipamentos fornecidos pelo empregador de maneira correta, o que não acontece no real. Pois, acidentes no ambiente de trabalho geram custos, ao empregador e ao empregado, além de prejuízo as famílias. Apesar de 50% dos trabalhadores considerarem bom o seu ambiente de trabalho, as movelarias caracterizavam-se por apresentar espaço físico pequeno, onde os trabalhadores deslocavam-se entre as máquinas e a serragem da madeira. D’ avignon Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 30 (1996) corrabora que a gestão ambiental esta intimamente relacionada ao planejamento estratégico, processo produtivo, distribuição e disposição final do produto. No que tange, a escolaridade, a porcentagem de funcionários com ensino médio incompleto (35%) é muito alta. Embora, existam funcionários com cursos superiores, praticamente proprietários ou filhos, cuja formação não tem nada haver com o setor moveleiro. O Quadro 1 mostra o perfil socioambiental dos trabalhadores entrevistados, além de variáveis relacionadas à percepção dos mesmos do ambiente e atividade de trabalho. Variáveis Valores Tempo de Função 12,5 anos Salário em reais 2 mínimos Estado Civil a) Solteiro 5% b) Casado 57% c) Viúvo 2% d) Divorciado 1% e) Emancebado 35% Nº de Filhos a) Nenhum 3% b) De 1 a 3 filhos 36% c) Mais de 3 filhos 62% Idade 32 anos Escolaridade a) Fund. completo 33,9% b) Fund. incompleto 12% c) Médio completo 18% d) Médio incompleto 35% e) Superior 1% f) Pós graduado 0,1% Fatores ambientais que incomodam a) Poeira 38% b) Ruído 47% c) Espaço físico 13% d) Não soube dizer 2% Exigência da atividade realizada a) Concentração/stress 56% b) Força e rapidez 44% Uso de EPIs – NR 6 a) Utilizam 0% Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 31 b) Não utilizam 100% Fonte: Protocolo de pesquisa/2010 4.2 SITUAÇÃO TÉCNICO PRODUTIVO DAS MICRO PEQUENAS EMPRESAS Principais resultados da pesquisa de campo foi que as movelarias possuem um diversificado sistema de produção, contemplando variedades de matérias primas como a madeira, o MDF e outros artigos. Foram constatadas praticas que se caracterizam em projetar e fabricar móveis, todos sob encomenda gerando um alto grau de exploração na Região em decorrência da estabilidade, ou seja, vantagem da produção artesanal. O processo produtivo se consolida pela falta de mão de obra qualificada e treinada (67%) o que resulta no acabamento de baixa qualidade dos móveis fabricados. Foi observado um alto índice de concorrência (96%) externa, pois cresce a procura por moveis planejados e com qualidade no Município visto que a oferta/investimento de compra imóvel tem crescido. Nessas condições, as movelarias não têm chances de competir com móveis oriundos de outras regiões do Brasil, vendidos largamente nas redes de eletrodomésticos nas principais cidades da Região Norte. Porter (1985) corrabora que a estratégia é encontrar maneiras de defender as empresas das possíveis forças competitivas do mercado externo e interno da empresa. Outro fator, é que as moveleiros sentem necessidades como: cursos de designs para desenvolvimento da Identidade Visual, lay out gráfico de catálogos, treinamentos de moveis planos/acabamento de móveis, consultorias para regularização ambiental junto ao órgão municipal e associativismo. Pois é imprescindível aprimorar as habilidades de gestão empresarial por meio da participação em cursos e palestras e adoção de atitudes mais pró-ativas (aperfeiçoamento dos produtos de acordo com a evolução dos gostos dos clientes, propaganda e divulgação). Outro gargalo percebido que as movelarias operam na informalidade (97%) em função da dificuldade financeira de atender as exigências da legalização, pois não tem registro de funcionamento (alvará) e não legalizaram seus funcionários o que gera um ciclo perverso de informalidade dificultando o desenvolvimento do segmento. Oliveira (2001) corrobora que por meio de estratégias a organização estabelece quais os caminhos que deve trilhar para alcançar os objetivos e resultados, tendo em vista o contexto ambiental, ou seja, a analise do ambiente interno que se resume na analise das Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 32 forças e fraquezas internas que pode ser feito através de uma lista de verificação prevendo identificar os pontos que precisam ser melhorados e ambiente externo é a analise de oportunidades e ameaças das forcas macro ambientais. Segundo a Política Nacional de Meio Ambiente, Lei nº 6.938 de 1981, a Lei Estadual nº 5.887 de 1995 e a Lei Ambiental de Marabá nº 16.885 de 2002, todos os empreendimentos que de alguma forma forem classificados como efetivamente ou potencialmente poluidores devem possuir Licença Ambiental. Isto é, o órgão público municipal e estadual de fiscalização ambiental tem inibido o funcionamento das movelarias informais. A fiscalização tem ocorrido no sentido de diminuir a informalidade no setor, dificultar o acesso a matéria prima ilegal, destinar adequadamente os resíduos da produção e diminuir a poluição. Sendo que a procedência da matéria prima comprada é relevante. Os 84% dos entrevistados afirmam que a matéria prima mais utilizada ainda é a madeira, porém sentem necessidade de mudança prevendo suprir a demanda através de duas estratégias: a inserção do MDF na fabricação de móveis e aquisição de matéria prima nativa. Contudo, ambas as matérias primas tem rótulos ambientais, ou seja, procedência sendo considerando favorável ao processo de produção de móveis ecologicamente corretos. Porém, as pequenas movelarias demandam de pequenos volumes (madeira) e quase sempre não podem pagar o preço da madeira processada coma devida documentação fiscal e ambiental. Também enfrentam limitações tecnológicas em razão dos recursos financeiros o que impede de adquirir equipamentos e ao maquinário novo. Mais da metade do maquinário (88%) usado são obsoletos e/ou fabricada de forma artesanal pelo próprio moveleiro comprometendo a qualidade e o acabamento final do móvel produzido. No entanto, os moveleiros conseguem se mantém informado sobre as tendências de mercado, através da participação de feiras do setor, pois a aproximação entre o fabricante e seu segmento de consumidores permitirá um maior conhecimento das suas demandas e também ampliar as possibilidades de mercado. Com relação aos fornecedores e aos empecilhos até o produto final, se resume: custos dos insumos – matéria prima (86%) é relativamente elevado para compra, tempo de entrega e localização geográfica (logística do processo). Pois, se as empresas estivessem engajadas em um único local poderiam torná-las mais eficientes, produtivas e competitivas gerando: especialização de mão de obra e Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 33 disseminação de conhecimentos. Porter (1999) afirma que haja desenvolvimento é fundamental que exista harmonia entre os MPEs, ou seja, um clima de negócios. Quadro 2: Principais dificuldades técnico produtivo no mercado moveleiro. Variáveis Valores Preço da matéria prima (madeira e MDF) a) Alta 86% b) Baixa 14% Concorrência a) Lojas 96% b) Micro empresário 4% Consultoria para Design, Licenças Ambientais, Cursos a) Necessário 97% b) Não necessário 3% Estrutura Física Deficiente para o trabalho a) Sim 75% b) Não 25% Possui produção diversificada a) Sim 88% b) Não 12% Necessidades de mais maquina e equipamentos a) Sim 88% b) Não 12% Mão de obra qualificada a) Sim 33% b) Não 67% Receio de investir em Recursos Humanos a) Sim 0% b) Não 100% Matéria prima utilizada a) Madeira 55% b) MDF 45% Procedência das matérias primas adquiridas a) Certificada 84% b) Não certificada 12% Licenciamento Ambiental a) Regular 32% b) Irregular 68% Fonte: Protocolo de pesquisa/2010 4.3 ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO AMBIENTAL DAS MICRO PEQUENAS EMPRESAS Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 34 Série1; sim; 98%; 98% Série1; não; 2%; 2% Fomentos para Projeto sim não Cenário Moveleiro (2007), afirma que para se manter no mercado requer planejamento estratégico para que os investimentos sejam projetados em linha cronológica. Diante disto, devido seu tamanho as MPes mostram vantagens competitivas como se adaptar facilmente as mudanças no mercado, intensificando estratégias por meio do planejamento resultando vantagens competitivas. Quadro 3: Estratégias para o fortalecimento ambiental. Fonte: Autora/2010 Os moveleiros alegaram que o apoio governamental ainda é escasso, porém (98%) acreditam que o governo poderia catalisar o processo de legalização da atividade através da concessão de linhas de crédito compatíveis às condições do setor com promoção de cursos de capacitação e oferta de incentivos fiscais para a produção e modernização do maquinário. No entanto, o elevado grau de informalidade generalizada inibe o apoio governamental da atividade. Entretanto, os entrevistados reconhecem que a Prefeitura Municipal /PMM e com o apoio do Sebrae tem atuado no processo de formalização do setor, ou seja, captar recursos financeiros através de projeto socioambiental e encaminhar para determinadas instituições financiadoras, em razão da especificação do objeto, impactos, atividades, resultados e beneficiários do projeto. Maximiano (2002) corrabora que a preparação de um projeto deve seguir os seguintes passos: identificar o problema; justificar; identificar a população-alvo; definir a metodologia; selecionar os recursos necessários; verificar a legislação; montar um cronograma e orçamento. Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 35 Propõe-se o Projeto “Fortalecimento Ambiental das Micro Pequenas Empresas Moveleiras de Marabá” com o objetivo de melhorar os trabalhos desenvolvidos pelos moveleiros, ou seja, transformar o problema encontrados no decorrer das entrevistas numa solução. Sendo, que a ferramenta utilizada foi marco lógico para alcançar eficácia nas ações como definido o problema a ser atacado de acordo com a hierarquia de importância. Optou-se pela ordem de orientações necessárias para obtenção de licenças ambientais junto a SEMMA para as micro pequenas empresas moveleiras, pois resultará na melhoria da qualidade ambiental dos serviços, possibilitando aos empresários agilidade e o correto processo nas solicitações das referidas licenças ambientais e conseqüentemente abertura de mercados. Isto é, as instituições financeiras e programas ambientais de incentivo a atividade não oferecem programas de credito voltados ao setor moveleiro pela informalidade predominante o que, por sua vez, impossibilita a modernização tecnológica resultando num ciclo de informalidade, de baixo valor agregado a produção e ao mercado restrito. No entanto, através do projeto pode as movelarias podem se legalizar e conseqüentemente o governo concederá linhas de credito compatíveis com o setor. Quadro 4:Marco Lógico - Projeto Socioambiental Narrativo Objetivos Indicadores Meios de Verificação Pressuposto s Participantes Finalidade do Programa: Legalização (SEPROF e Licenças Ambientais ) Obtenção de licenças ambientais junto a Semma. - Melhoria nos trabalhos dos moveleiros. - Trazer da informalidade o trabalho. - Analise de documentos; -Levantamento dos documentos necessários para solicitação de licença; - Acompanhar e monitorar os processos após ser protocolados. Patrocinador es - Doadores Propósito Saída da informalidade para o desenvolvimento % Resultados almejados com a legalização. Acompanhamento do cronograma, metas a serem alcançadas no período de 2 meses. Continuidade dos trabalhos Beneficiários Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 36 do setor moveleiro de Marabá. Componente s Reunião com os associados. Coleta de material (documentação) Controle de prazos e nível de satisfação. Acompanhamento do cronograma que inclui informes e inspeção das metas. Interesse dos moveleiros. Gestores Atividades - Documentos para a abertura de empresas; - Orientações para obtenção das CND, seja municipal ou estadual; - Agilidade no processo de emissão de certidões. - Encontroscom empresários. Acompanhar as atividades com base no orçamento previsto. Investimento: 98,85 horas x R$ 120,00 = R$ 11.862,00 Registrar os gastos realizados e analisar o enquadrada mento do cronograma previsto. Meios de divulgação. Funcionários Fonte: Elaborado pela autora/2010 Kaplan e Norton (1997) corraboram que a ferramenta BSC, aliada à matriz de marco lógico contribui para que um projeto seja consistente, estruturado, alinhado aos objetivos e metas da organização e da financiadora, previsor de resultados. Pois, é essencial usar as perspectivas do cliente e do beneficiário para medir a participação da população e dos doadores, conforme demonstrado no Quadro 5. Quadro 5: Indicadores do BSC para o Projeto Socioambiental. Perspectiva Objetivos Estratégicos Indicadores de resultados Indicadores de Tendência Doador · Aumentar o percentual de metas atingidas do projeto. Nível de satisfação. Retenção do doador. Volume de metas alcançadas. % de satisfação com o projeto . % de satisfação do doador com os resultados do projeto. % de metas concluídas. Estratégias para o fortalecimento ambiental das micro e pequenas empresas moveleiras de Marabá. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 37 Beneficiários Identificar o nível da satisfação dos beneficiários (moveleiros). Nível de satisfação % aprendizado dos beneficiários de acordo com as etapas cronológicas do projeto. Funcionários ou voluntariados Identificar o nível de satisfação dos consultores. Nível de satisfação % de satisfação em participar de projetos. Fonte: Elaborado pela autora/2010 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em Marabá as movelarias são na grande maioria de micro pequena empresas, gerando oportunidades de emprego no município, tanto direto quanto indireto. Outro fator é a fixação de renda, pois o lucro obtido pela venda dos produtos permanece nos locais de produção, promovendo o desenvolvimento local. Para acompanhar este desenvolvimento, as micro pequenas empresas moveleiras precisam estar preparadas para lidar com as constantes mudanças ambientais tanto internas como externas. E está possibilidade de crescimento estão relacionadas com o as formas de gerenciamento, de possuir sempre informações atualizadas, inovações tecnológicas, legislações e estratégias para longo prazo. Necessitam, ainda, preocupar-se em ter um planejamento estratégico, com clara definição do seu posicionamento estratégico e intensificar o uso de estratégias visando um crescimento sustentado para se tornarem empresas competitivas. Diante do que foi observado, para que a formalização do setor seja possível, algumas ações devem ser adotadas: a) fomento a projetos prevendo sanar a problemática levantada com apoio da Prefeitura Municipal e do SEBRAE b) legalização ambiental (SEPROF e Licenças Ambientais), pois a legalização é percebida como um entrave aos micro pequenos empresários em função da dificuldade financeira em atender as exigências bem como em adquirir a matéria prima de origem legal, pois o desafio imediato do setor moveleiro é tornar-se um segmento formal e legal do ponto de vista tributário, fiscal, trabalhista e ambiental c) devem ser criados incentivos fiscais para as movelarias, seja na isenção de impostos ou na criação de um pólo moveleiro no município e d) a fiscalização da informalidade deve ser aumentada. Conclui-se que a formalização é a chave para o desenvolvimento do setor moveleiro de Marabá, pois torna um mercado de trabalho estável livre de irregularidades e falhas. Isto é, livre da informalidade resultando no baixo valor Ana Cláudia Dias do Nascimento / Jorge Valdez-Pizarro / Rinaldo Ribeiro Moraes. Amazônia em Foco. Edição Especial: Empreendedorismo e Sustentabilidade, n. 1, p. 23-39, Out. 2013. | 38 agregado na produção e mercado restrito o que impossibilita o setor de se modernizar e desenvolver. ABSTRACT This article was the result of research conducted at the Association of Furniture of Marabá, aiming to propose strategies for strengthening environmental micro small furniture southwestern Pará. Was used as parameters some indicators of socio- environmental sustainability and technical profile as productive workers of both sexes, located in three centers: New Marabá, Old and New Town. 225 individual questionnaires were applied and later designed the protocol for search tool that used the logframe / BSC that leveraged the innovative potential of small furniture companies providing micro consolidate the data for the problem. That is, from the data obtained were found solutions to minimize subsidies and prepare the sector to meet the current and future environmental demands in order to develop a region that has gained prominence as being responsible for the vast employability. Keywords: micro small businesses, strategie, logframe, furniture. REFERENCIAS AIMAZON (2010). A atividade madeireira na Amazônia brasileira: produção, receita e mercados. AZOLINI, V.; COSTA, V.M.H.M. A Utilização da Informação Contábil para a Gestão da Apicultura de Pequeno Porte. Revista Uniara, Araraquara, n.17/18, 2005/2006. Cenário Moveleiro (2007). Disponível: <www.cgimoveis.com.br>. Acesso em: 04 jun. 2007, v.5. D’AVIGNON, Alexandre. Normas ambientais ISO 14000: como podem influenciar sua empresa. Rio de Janeiro: CNI, DAMPI, 1996. DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. São Paulo: Atlas 1995. FERNANDES, J. V. G et al. 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