Buscar

TEORIA GERAL DOS RECURSOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEORIA GERAL DOS RECURSOS
→ Conceito: recurso é “o remédio voluntário e idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial que se impugna”.
O recurso prolonga o estado de litispendência, não instaura processo novo, daí porque as ações autônomas de impugnação estão fora do conceito de recurso.
→ Natureza Jurídica: o direito de recorrer é conteúdo do direito de ação e seu exercício se revela como desenvolvimento de acesso aos tribunais. É uma faculdade que se reveste como ônus processual.
→ Princípio do duplo grau de jurisdição:
1ª Corrente: não aceita o duplo grau de jurisdição como princípio constitucional (Barbosa Moreira e Nelson Nery).
2ª Corrente: defende o perfil constitucional do duplo grau de jurisdição (Humberto Theodoro Jr)
3ª Corrente: Para Marinoni, o art. 5° da CF garante os recursos através da previsão do contraditório. Em algumas hipóteses, pode o legislador infraconstitucional deixar de prever a revisão do julgado por um órgão superior (tutela provisória, julgamento antecipado da lide e execução imediata da sentença)
– Críticas:
Prolongamento do processo e elevação dos custos.
Desprestígio da 1ª instância.
Quebra da unidade do poder jurisdicional (insegurança).
Afastamento da verdade real (não há instrução probatória no 2° grau).
Inutilidade do procedimento oral.
Ausência de celeridade.
– Vantagens:
Decorre da própria natureza humana de inconformismo.
Falibilidade humana.
Evita que o juiz cometa arbitrariedades na decisão da causa.
Melhora a qualidade da prestação jurisdicional por meio da decisão proferida por um órgão colegiado.
OBS.: Freddie Didier afirma que o princípio não chega a consistir em uma garantia, pois a CF a ele apenas se refere, não o garantindo, sendo possível haver exceções ao princípio.
→ O sistema dos meios de impugnação da decisão judicial
– Instrumentos:
a) Recursos.
b) Ações autônomas de impugnação.
c) Sucedânios recursais.
– Ações autônomas de impugnação: processo novo cujo objetivo é atacar/ interferir decisão judicial. Em regra, são concomitantes ao processo. Ex.: Ação Rescisória, Querela Nullitatis, Embargos de Terceiro, Mandado de Segurança, Habeas Corpus, etc.
– Sucedânios Recursais: não se constituem nem em recurso, nem em ação autônoma de impugnação, desenvolvendo-se no próprio processo no qual a decisão impugnada foi proferida. Ex.: Pedido de reconsideração, correição parcial, reexame necessário.
⇒ Reexame necessário: a sentença proferida contra a União, o Estado, o DF, o Município, as respectivas autarquias e fundações de direito público e afins somente produzirá efeitos após a sua confirmação pelo Tribunal. (comporta exceções)
– Não tem natureza recursal pelos seguintes motivos:
a) Ausência de voluntariedade.
b) Não é dialético, pois não existem razões e contrarrazões, cabendo ao Tribunal tão somente analisar os atos praticados até a sentença. Como consequência, não há contraditório.
c) A previsão de um prazo de interposição é característica de todo e qualquer recurso, o que não ocorre no reexame necessário.
d) Não se encontra previsto como recurso.
e) A legitimação recursal (partes, terceiro prejudicado e MP) não se aplica ao reexame necessário, instituto cuja “legitimidade” é do juízo, que determina a remessa ao Tribunal.
– Ainda que não seja recurso, aplica-se a proibição da reformatio in pejus e admite-se o seu julgamento monocrático pelo relator.
– Não tem reexame necessário quando a sentença é fundada em entendimento do tribunal superior.
– Tetos:
a) União: 1000 salários mínimos.
b) Estados, DF, autarquias, fundações de direito público e capitais dos Estados: 500 salários mínimos.
c) Municípios: 100 salários mínimos.
→ Classificação dos Recursos
– Quanto à extensão da matéria:
a) Parcial: o capítulo não impugnado fica acobertado pela preclusão.
b) Total: abrange todo o conteúdo impugnável da decisão.
– Quanto à fundamentação:
a) Livre: o recorrente pode deduzir qualquer tipo de crítica em relação à decisão. Ex.: Apelação.
b) Vinculada: a lei limita o tipo de crítica que se pode fazer contra a decisão impugnada. Ex.: Recurso Especial.
– Quanto ao objeto imediato:
a) Ordinário: proteção de particular interesse da parte. Ex.: Apelação.
b) Extraordinário: proteção de lei federal e constitucional. Ex.: Recurso Especial.
→ Desistência do Recurso
– É fato impeditivo do direito de recorrer.
– Revogação do recurso (parcial ou total, expressa ou tácita)
– O STJ entende que a desistência pode ocorrer até o encerramento do julgamento do recurso.
– Pressupõe recurso já interposto e gera efeitos ex tunc.
– Independe do consentimento da parte adversa e do litisconsorte, bem como de homologação judicial para a produção de efeitos (o que necessita de homologação é a desistência da AÇÃO)
– Se já houve resposta, dependerá de consentimento da outra parte.
– A desistência pode implicar a extinção do processo com ou sem julgamento do mérito ou não implicar a extinção do processo.
– A desistência impede uma nova interposição de recurso de que se desistiu, ainda que dentro do prazo (preclusão).
– Da mesma forma, aquele que desistiu não pode interpor recurso adesivo.
– O poder de desistência é especial, devendo constar expressamente na procuração.
– Verificada a existência de relevante interesse público, o relator pode, mediante decisão fundamentada,  promover o julgamento.
→ Renúncia ao Recurso
– É fato extintivo do direito de recorrer.
– O legitimado abdica do direito de recorrer, independente do consentimento da parte adversa ou do litisconsorte.
– Pode ser total ou parcial, expressa ou tácita.
– É sempre anterior à interposição do recurso, não podendo ser anterior a prolação da decisão que poderia ser impugnada.
– A renúncia expressa impede a posterior interposição de recurso adesivo. É possível, porém, que a parte renuncie ao direito de recorrer de forma independente, reservando-se o direito de interpor recurso adesivo.
→ Juízo de admissibilidade
– Verifica-se a existência dos aspectos formais do recurso (conhece-se, ou não, o recurso; recebe-se, ou não, o recurso).
– Em regra, as questões podem ser conhecidas  e decididas de ofício pelo órgão judiciário.
– Em regra, o juízo a quo e o juízo ad quem têm competência para fazer o juízo de admissibilidade.
→ Juízo de mérito
– Verifica-se a existência ou não de fundamento para o que se postula (dá-se ou nega-se provimento)
– Vícios que podem ser alegados:
a) Formais: error in procedendo (Sentença extra petita ou acórdão sem fundamentação).
b) De conteúdo: error in judicando, podendo ser fático ou jurídico.
→ Requisitos de Admissibilidade
– Intrínsecos (concernentes à própria existência do direito de recorrer): cabimento, legitimação, interesse e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer.
– Extrínsecos (relativos ao modo de exercício do direito de recorrer): preparo, tempestividade e regularidade formal.
→ Cabimento: o ato impugnado deve ser suscetível de ataque.
→ Fungibilidade: princípio através do qual se permite a conversão (e o recebimento) de um recurso em lugar de outro no caso de equívoco da parte. É a aplicação do princípio da instrumentalidade das formas. Pressupostos:
a) Dúvida objetiva: existência de dúvida razoavelmente aceita, a partir de elementos objetivos, como a equivocidade de texto de lei ou divergências doutrinárias e jurisprudenciais.
b) Inexistência de erro grosseiro: não será erro grosseiro quando houver dúvida razoável sobre o cabimento do recurso.
c) Observância do prazo (inexistência de má fé de quem recorre): o recurso interposto deve respeitar o prazo daquele que deveria ter sido.
→ Unirrecorribilidade: em regra, não é possível a utilização de dois recursos contra a mesma decisão. Exceções.: contra acórdãos objetivamente complexos (mais de 1 capítulo), é possível o cabimento simultâneo de REsp e RExtr (dentre outras hipóteses)
→ Taxatividade: a enumeração dos recursos deve ser taxativamente prevista em lei(numerus clausus)
→ Legitimidade: parte vencida ou terceiro prejudicado.
→ Interesse: utilidade + necessidade.
→ Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer
→ Tempestividade: o recurso deve ser interposto dentro do prazo fixado em lei. O termo inicial é a intimação da decisão. Há a possibilidade de suspensão e interrupção do prazo. A tempestividade do recurso deve ser comprovada no momento de sua interposição, sob pena de preclusão consumativa.
→ Regularidade formal: todo recurso deve ser formulado por meio de petição assinada por quem detenha o jus postulandi.
→ Preparo: adiantamento das despesas relativas ao procedimento. À sanção para a falta de preparo, dá-se o nome de deserção. (o vício é sanável)
São dispensados de preparo o MP, a União, os Municípios e as respectivas autarquias, além daqueles que gozam de isenção legal.
Há recursos que dispensam o preparo.
A insuficiência no valor do preparo implicará deserção se o recorrente não vier a supri-lo no prazo de 5 dias.
Há a possibilidade de relevação da deserção em casos de apelação, quando o apelante provar o justo impedimento (greve bancária, enchente, etc.)
→ Efeitos dos Recursos
– Substitutivo: o julgamento recursal proferido pelo tribunal substituirá o pronunciamento jurisdicional recorrido no que tiver sido objeto de recurso. Somente haverá efeito substitutivo se o recurso for conhecido.
– Obstativo: impede o trânsito em julgado a decisão (o recurso prolonga a litispendência).
– Suspensivo: impede-se a produção imediata de efeitos da decisão que se quer impugnar. A ausência desse efeito deve constar expressamente do texto legal.
– Devolutivo: decorre da interposição de qualquer recurso, equivalendo a um efeito de devolução da matéria à apreciação do judiciário.
Extensão: só é devolvido o conhecimento da matéria impugnada.
Profundidade: em certos casos, serão objeto da apreciação do tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.
– Efeito regressivo ou de retratação: autoriza o órgão jurisdicional a rever a decisão recorrida.
– Expansivo subjetivo: em regra, os efeitos são produzidos somente para o recorrente (personalidade do recurso).
– Efeito diferido: ocorrerá sempre que o recebimento de um recurso depender da admissibilidade de um ou outro recurso, como se dá em relação do recurso adesivo (depende de conhecimento do recurso principal)
RECURSO ADESIVO
– É o recurso contraposto ao da parte adversa, por aquela que se dispunha a não impugnar a decisão, e só veio a impugná-la porque fizera o outro litigante. Por isso, alguns autores o chamam de recurso subordinado.
– Somente é possível em caso de sucumbência  recíproca.
– Não é espécie de recurso, mas forma de interposição do recurso.
– A lei permite a interposição adesiva de Apelação, REsp e RExtr.
– Deve atender a todos os requisitos de admissibilidade.
– O prazo é o mesmo de que a parte dispõe para apresentar as contrarrazões ao recurso principal.
– O mérito do recurso adesivo somente pode ser analisado se o recurso principal for conhecido.
– A desistência do recurso principal impede que seja examinado o recurso adesivo.
– Deve ser feito no momento da intimação para as contrarrazões.
– É quando a parte vencedora, apesar de não ter tido todas as suas providências satisfeitas, aproveita a “carona” do recurso adversário para pedir o restante.
APELAÇÃO
– É recurso ordinário em sentido amplo.
– Da sentença e cabível apelação e as questões resolvidas na fase de conhecimento, (decisões interlocutórias) se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões
– Efeito suspensivo: suspende imediatamente os efeitos da sentença até que esta seja julgada. Exceções: sentença que homologa divisão e demarcação de território, condena à prestação de alimentos, de ação penal pública, etc. (casos de urgência). Requisitos:
a) Razões plausíveis.
b) Risco iminente de dano irreparável ao apelante caso não haja o efeito.
– Efeito devolutivo: impede o trânsito em julgado através da remessa da causa ao Tribunal.
Extensão: só é devolvido o que foi objeto de apelação. Há a vedação da reformatio in pejus.
Profundidade: pode o Tribunal se aprofundar na causa, nos limites da extensão do efeito devolutivo. Abrange o que foi discutido no primeiro grau (que deve ter nexo  causal direto com uma possível reforma da sentença) e as questões de ordem pública cognoscíveis de ofício. Há a possibilidade de reformatio in pejus.
– Requisitos da Apelação:
a) Os nomes e as qualificações das partes.
b) Os fundamentos de fato e de direito.
c) Pedido de nova decisão.
– Custas: o pagamento deve ser comprovado no momento do protocolo da apelação , havendo possibilidade de complementação posterior.
– Recebimento do recurso
a) Revisão de admissibilidade do juízo a quo: se negado, cabe agravo que vai direto para o Tribunal, para que a mesma instância não o recuse novamente.
b) Hipótese excepcional de rejeição do recurso pelo próprio juízo a quo quando este, com certeza, será julgado improcedente.
c) Hipóteses excepcionais de retratação: permitem ao juízo a quo, ao receber a apelação, se retratar ou alterar a sentença, nas ocasiões previstas em lei.
– Prazo: 15 dias a contar da publicação da decisão que se pretende recorrer. O prazo é o mesmo para as contrarrazões.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
– Cabível contra as decisões interlocutórias sobre:
tutelas provisórias;
mérito do processo;
rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
exibição ou posse de documento ou coisa;
exclusão de litisconsorte;
rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
admissão ou não de intervenção de terceiros;
concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
redistribuição do ônus da prova e em outros casos expressamente referidos em lei.
– Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
– Se faltar cópia ou houver outro vício que comprometa a admissão do recurso, o relator concederá prazo de 5 dias para o recorrente sanar a falha.
– Em regra, possuem apenas o efeito devolutivo,  mas é possível requerer que se conceda efeito suspensivo sob a alegação de plausibilidade do recurso e perigo de danos irreparáveis.
– Efeito ativo: pede-se uma providência do Tribunal através do agravo, uma tutela antecipada recursal, por exemplo. Mero efeito suspensivo não conseguiria esse resultado.
– É remetido junto à decisão por ele recorrida e aos documentos necessários, diretamente ao Tribunal.
– É julgado enquanto o processo em primeiro grau corre.
– É cabível contra solução de mérito em liquidação de sentença.
– Prazo: 15 dias.
– Retratação: quando a parte entrar com o agravo, deve comunicar ao juiz que o fez. Quando comunicado, o juiz pode se retratar da decisão interlocutória e mudá-la, prejudicando o objeto do agravo.
EMBARGOS INFRINGENTES
– Cabe contra remédios jurídicos que tenham dado certo, ou seja, apelação que tenha reformado a sentença e ação rescisória que tenha sido julgada procedente.
– A decisão embargada não pode ter sido fruto de julgamento unânime em órgão colegiado.
– A fundamentação se vincula ao requerimento de que se prevaleça o voto vencido.
– O efeito devolutivo se restringe ao que foi dito no voto vencido.
– Prazo: 15 dias.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
– Serve para sanar obscuridades, contradições e/ou omissões na decisão.
– Cabível contra qualquer decisão.
– Não tem o poder de modificar a decisão, mas, às vezes, além de cumprir sua função principal, a decisão acaba por ser alterada. (Efeitos Infringentes)
–Hipóteses em que são autorizados os efeitos infringentes (modificativos) nos embargos de declaração.
a) Correção de erro material claro.
b) Questão de ordem pública cognoscível de ofício.
c) Questão alegada anteriormente no processo, sobre a qual o juiz disse que iria se pronunciar, mas não o fez.
– Mesmo não havendo obscuridade, contradição ou omissão, os embargos de declaração são admitidos nos casos em que não há nenhum outro recurso possível e ainda há elementos a serem discutidos no processo (Ex.: necessidade de se prequestionar).
– Há a interrupção dos prazos para outros recursos para todos os patícipes do processo.
– Não há intimação ao embargado, salvo quando os embargos tiverem efeitos infringentes.
– Quando meramente protelatórios, aplica-se multa ao embargante, mas os prazos para os demais recursos, ainda assim, são interrompidos.
– Quando é interposta apelação sem o conhecimento de que a outra parte entrou com os embargos, esta deve ser ratificada posteriormente. (a ratificação é uma peça requerendo o julgamento da apelação)
– Erro material e matemático não se confunde com obscuridade/omissão/contradição, pois pode ser corrigido a qualquer tempo no processo.
– Prazo: 5 dias.
AGRAVO REGIMENTAL (INTERNO)
– Quando há uma decisão monocrática em Tribunal (segundo o regimento deste), e a parte considera que este entendimento não é o mesmo que seria dado pelo órgão completo.
– A parte entra com o agravo regimental para que a sua causa seja analisada pelo colegiado.
– Prazo: 15 dias.
Prequestionamento
– Essencial para o cabimento do REsp ou RExt.
– O prequestionamento se dá quando, enfrentando a questão, ela foi aplicada de maneira errônea pelo juiz, e isso será posteriormente discutido em sede recursal.
– Pode ter sido enfrentada em qualquer tempo do processo, mas, preferencialmente, deve ter sido incluída na Petição Inicial.
– No STJ o prequestionamento deve vir do juiz, no STF, deve vir das partes.
– Questão de ordem pública também precisa ser prequestionada, podendo ser feio no julgamento da apelação.
– Prequestionamento implícito: enfrentamento da questão mesmo que não se cite o número do artigo, mas que fique claro de qual regra se trate.

Outros materiais