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UNIP – Universidade Paulista
 Educação a Distancia 
Curso: Licenciatura Pedagógica
 
PRINCÍPIOS E PROCESSOS DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO E A METODOLOGIA MONTESSORIANA.
 Amanda Giuliani Rosa / RA: 1506338
Amanda Moreira da Silva / RA: 1532025
Francisca Carvalho Alves / RA: 1505977
Polliana Gomes de S. Lima / RA: 1502455
Roseane de Carvalho Abreu / RA: 1506193
Polo
 Ferraz de Vasconcelos
2017
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
2017
 
Nomes:
Amanda Giuliani Rosa / RA: 1506338
Amanda Moreira da Silva / RA: 1532025
Francisca Carvalho Alves / RA: 1505977
Polliana Gomes de S. Lima / RA: 1502455
Roseane de Carvalho Abreu /RA: 1506193
PRINCÍPIOS E PROCESSOS DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO E A METODOLOGIA MONTESSORIANA.
Projeto de Pesquisa Teórica Prática solicitado para avaliação final, do Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Pedagogia 6º semestre. 
Polo: Unip Universidade Paulista.
Professor 
Polo
 Ferraz de Vasconcelos
2017
AGRADECIMENTOS
Cooperação da Equipe Escolar de Metodologia Montessori
 Colêgio: Waldorf Arcanjo Micael
Apoiou e incentivou a pesquisa com acompanhamento das Atividades e Projetos que são propostos e desenvolvidos para as crianças e alunos com liberdade e busca no saber.
Mostrou com o mesmo carinho e amor as palavras de Maria Motessori:
 “Inteligência da criança se observa amando e não com indiferença – isso é o que faz ver o invisível”
Referências Bibliográficas:
MONTESSORI, Maria. A Criança: Chiaravalle: Contexto, 1970.
MONTESSORI, Maria. La Scoperta Del Bambino: Chiaravalle: Contexto, 1909.
Traduzido: Pedagogia Científica a Descoberta da Criança.
MONTESSORI, Maria. O Segredo da Infância: Chiaravalle: Contexto, 1936.
MONTESSORI, Maria. Para Educar o Potencial Humano: Contexto, 1947.
MONTESSORI, Maria. Mente Absorvente: chiaravalle: Contexto, 1949.
FARACO, Carlos A. Linguagem Escrita e Alfabetização: São Paulo: Contexto, 2012.
MICOTTI, Maria C. de O. Alfabetização: Propostas e Práticas: São Paulo: Contexto, 2012.
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento: São Paulo: Contexto, 2010.
SUMÁRIO
 
Referências ---------------------------------------------------------------------------04
Introdução -----------------------------------------------------------------------------06 
 RESENHA-------------------------------------------------------------------------------5
1. Leitura----------------------------------------------------------------------------------6
2. Linguagem Escrita e Alfabetização --------------------------------------------8 
3. Alfabetização: Propostas e Práticas Pedagógicas-------------------------9 
4. Alfabetização e Letramento -----------------------------------------------------11
5. O caminho percorrido de Maria Montessori---------------------------------12 
6. Seguimento cientifico Montessori----------------------------------------------14
7. Implantação do Ensino Montessoriano e sua Metodologia-------------16 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ----------------------------------------------------18 
 
Introdução
Este trabalho de conclusão de curso tem o objetivo de proporcionar um aprofundamento sobre o processo de alfabetização e letramento, pois muitos problemas ocorrem justamente por causa da falta de informação sobre estes processos distintos, pois sem um aprofundamento adequado sobre o assunto o educador não poderá desenvolver sua prática pedagógica de maneira adequada a favor da construção do sujeito plenamente, assim, o conteúdo deste trabalha visa contribuir com a formação de uma nova visão sobre estes eventos que fazem parte da formação docente que muitas vezes não são apreciados como deveriam, neste sentido é fundamental que o educador se aproprie do assunto explanado no conteúdo deste trabalho elaborado por meio de um pequeno acervo de literaturas que tratam deste assunto. Neste sentido, diante das leituras de três livros que tratam sobre o processo de alfabetização e letramento o leitor poderá compreender as peculiaridades que envolvem este tema e o seu desenvolvimento na escola, pois o professor ao adentrar os portões da escola encontrará muitos problemas que farão parte de sua rotina, devendo ele procurar estratégias para superá-las e proporcionar um ambiente propício para o desenvolvimento do sujeito ativo e construtivo na sociedade em que vive. Diante desta perspectiva é crucial que o processo de alfabetização seja bem compreendido pelo educador a fim de que ele possa oferecer aos alunos, um processo de ensino aprendizagem eficiente, ao ponto de que ele seja, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado, absorvendo desta maneira a cultura que a sociedade, em que vive produz, interagindo com ela de maneira dialética, confrontando as situações problemas e estabelecendo um processo de interação construtiva que favoreça a aquisição de habilidades e competências no caminho da construção do conhecimento. Com um processo de alfabetização adequado que leve em conta o conteúdo que o aluno traz consigo, e as característica da sociedade me que vive é possível utilizar a cultura local para aprimorar o processo pedagógico a favor da construção do sujeito crítico reflexivo.
Palavras - chaves: alfabetização/ educador/ letramento.
RESENHA
LINGUAGEM ESCRITA E ALFABETIZAÇÃO.
Carlos A. Faraco
São Paulo: Contexto, 2012, p. 192.
Atualmente há um consenso na sociedade contemporânea que ler e escrever pode ser considerado um patrimônio cultural que precisa ser disponibilizado a todos os indivíduos, de preferência no período propício do desenvolvimento humano, no entanto, não havendo restrições para o atendimento fora deste período, neste sentido, considerando que a cultura letrada é um elemento que se constitui na rotina diária do ser humano, ela se apresenta com nuances específicas, diante de segmentos diferenciados da população, deste modo podemos compreender que a leitura e a escrita são elementos que também interessam às crianças, sem deixar de incluir neste interesse as crianças menores de seis anos, pois elas são aguçadas pelas mídias que fazem parte do seu mundo.
Segundo FARACO (2012), a escrita é um desenho e, nesse sentido, dá continuidade à antiga experiência humana com o registro figurativo do mundo que observava (os animais desenhados nas paredes da caverna de Altamira, na Espanha, por exemplo) ou das ações que aí ocorriam (as cenas de caça desenhadas nas paredes da caverna de Lascaux, na França, por exemplo). Progressivamente (e sob determinadas demandas práticas), a humanidade percebeu que podia também desenhar a linguagem verbal, ou seja, transpô-la para uma superfície e fixar seu caráter efêmero e evanescente. Nesse processo, variou o elemento verbal tomado como referência. Em alguns contextos, criaram-se signos gráficos que representavam palavras (sistemas logográficos). É o caso da escrita inicial dos sumérios (desenvolvida por volta do quarto milênio antes de Cristo), dos egípcios (terceiro milênio antes de Cristo) e dos chineses (segundo milênio antes de Cristo) – a única dessas escritas antigas ainda em uso. 
O autor assume esta perspectiva e a partir daí ele percebe a importância de elaborar discussões sobre as práticas pedagógicas apresentando ao leitor uma obra literária que vem enriquecer a prática docente com um aprofundamento teórico e prático para o desenvolvimento de atividades de ensino aprendizagem na etapa da Educação Básica proporcionando o desenvolvimento de um processo de reflexão sobre o trabalhodidático que os educadores desenvolvem na área de linguagem escrita, pois segundo o autor, há a necessidade de referenciais que contribuam de uma maneira mais clara, servindo de eixo orientador da prática educativa. 
Diante desta perspectiva o autor concebe a necessidade de mudar o foco do processo de alfabetização, encarando de maneira negativa o atual quadro de aprendizagem instalado, em que os educadores utilizam os conhecidos exercícios de treino perceptomotor e cópia de letras com a intenção de preparar as crianças para o processo de alfabetização, ou ainda, abandonam qualquer atividade mais sistemática de leitura e produção escrita, neste sentido ele discorda de tudo isso e apresenta argumentamos a favor da possibilidade de estabelecer processos de aprendizagem em que a criança seja levada a ler e escrever na fase de educação infantil, onde as crianças menores de seis anos poderão ampliar suas habilidades de uso da linguagem escrita nas situações de seu cotidiano, começando a aprender alguns princípios do sistema da escrita alfabética. 
Embora não haja propriamente relações biunívocas na representação das unidades sonoras vogais, há significativas regularidades no sistema gráfico, permitindo-nos prever as áreas que podem causar dificuldades para o aprendiz e o usuário. Na representação das vogais e na percepção das eventuais dificuldades, é fundamental ter clareza quanto à natureza da sílaba (forte, fraca final de palavra, fraca pré-forte, etc.). (FARACO; 2012; p.151).
No entanto o autor deixa claro que é necessário que o educador preserve o modo como a criança aprende, fazendo prevalecer a maneira lúdica no processo de aprendizagem estabelecendo uma consonância com os interesses e os desejos infantis, desta maneira, as situações de leitura e escrita propostas devem assegurar às crianças o prazer de agir por meio desses recursos que compõe a nossa cultura, promovendo o direito da criança de aprender brincando, diante desta perspectiva, há uma preocupação fundamentada com o espaço institucional da Educação Infantil que precisa ser orientado por uma intencionalidade pedagógica, buscando incentivar o educador a buscar novos subsídios para o desenvolvimento de novas práticas que integrem, na educação infantil, o letramento e a alfabetização.
 Embora seja uma visão bem coordenada de desenvolvimento humano é necessário que se tenha o cuidado de não acabar entendendo esta perspectiva como um processo de ensino aprendizagem estabelecido com fins conteudista ou até mesmo, reduzindo o trabalho pedagógico nessa etapa do desenvolvimento infantil estabelecendo um período em que seja dada ênfase somente à linguagem escrita, pois o currículo na Educação Infantil deve compor-se de modo que favoreça a construção de práticas de leitura e de produção escrita que sejam pautadas em objetivos claros de ensino e de aprendizagem, de tal forma que oportunize o acesso e inserção das crianças na cultura letrada. 
Nesse sentido, é preciso que se estabeleça um processo de reflexão contínuo em que os envolvidos no processo de ensino aprendizagem possam se expressar livremente, atentando-se ao ponto de vista teórico e das orientações metodológicas, a fim de que possa ser organizado de maneira eficiente um processo de intervenção qualificado junto a crianças menores de seis anos que frequentam a instituição escolar, sendo necessário um aprofundamento de qualidade para servir como referencial teórico, como relatos de situações vivenciadas no cotidiano em sala de aula na educação Infantil e sugestões de atividades para as crianças.
 Dessa forma, o livro busca contribuir com o processo de qualificação do educador, a fim de proporcionar o desenvolvimento de uma ação pedagógica sistemática, que seja organizada e disponibilizada para os alunos diante de um processo de reflexão eficiente praticado constantemente pelos profissionais da educação infantil, embora as reflexões suscitadas ao longo do livro sejam válidas para professoras da primeira e segunda etapa da Educação Infantil, fica evidente que as crianças de quatro e cinco anos terão maior possibilidade de participar das atividades de leitura e escrita disponibilizadas nos textos contidos no livro.
 
ALFABETIZAÇÃO: PROPOSTAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.
MICOTTI, Maria C. de O. 
São Paulo, Contexto, 2012, p. 171.
O ser humano em sua jornada se relaciona com o mundo a sua volta interagindo de maneira diferente à medida que vai se desenvolvendo, assim, ele aprende a falar bem antes de chegar à escola, pois a oralidade é um processo de desenvolvimento que provê um primeiro modo de se relacionar com o mundo em que vive, construindo significações como forma de representar o seu entorno, diante disto, cabe à escola cabe o trabalho de providenciar um processo de alfabetização adequado aos indivíduos que adentram seus portões, iniciando-os no ensino da escrita, deste modo o currículo escolar oferece aos estudantes várias disciplinas, antigamente com o intuito de ensinar a ler, escrever e contar. 
Segundo MICOTTI (2012), o desenvolvimento de conhecimentos sobre a escrita (mesmo antes do ensino formal) por parte das crianças pode, por equívoco, conduzir a práticas pedagógicas, orientadas por uma postura apriorista; neste caso o ensino se limita a proporcionar um ambiente cheio de escritos, sem que haja trabalho pedagógico para propiciar a interação das crianças com eles. a alfabetização é vista como uma questão de tempo, pois, “a qualquer momento a criança vai começar a ler”. Um dos pressupostos do construtivismo como proposta pedagógica é que, nas atividades que a criança desenvolve, esforçando-se para ler e escrever, ela descobre a função social da escrita bem como o código alfabético mediante a identificação de seus elementos e das regras da escrita convencional. a criança formula hipóteses a respeito da estruturação da escrita, de suas unidades e de seu funcionamento, para depois modificar as hipóteses que se mostrarem inadequadas e continuar utilizando as que, em seu entender, são válidas. Neste processo, considera-se que a compreensão orienta o desenvolvimento da leitura. As estratégias básicas de leitura são a elaboração de hipóteses e a realização de inferências que permitem antecipar e compreender o conteúdo de um texto, ou seja, identificar palavras sem necessariamente analisar cada letra. neste enfoque, o ato de ler corresponde à conceituação de leitura como processo inteligente; o leitor, recorrendo aos seus conhecimentos anteriores e aos seus recursos cognitivos, antecipa o conteúdo do texto, formulando hipóteses.
A teoria de Piaget e o trabalho do professor no processo de alfabetização a teoria de Jean Piaget e a escola de Genebra constituem um dos grandes pilares de amplo movimento pedagógico que floresceu, sobretudo a partir das duas últimas décadas do século XX. Esse movimento, denominado construtivismo, tem afetado o ensino e se, por um lado, oferece elementos para revisões e críticas a antigas concepções e práticas pedagógicas, por outro lado, na realidade, tem sido objeto de várias interpretações, algumas distorcidas, mas bastante difundidas, baseadas em leituras equivocadas da epistemologia e da psicologia genética. (MICOTTI, 2012, p.47)
No entanto, há muito, esta visão reducionista das funções da escola não é suficiente para descrever as competências que ela deve desenvolver, pois antigamente era considerado analfabeto quem não sabia se expressar por escrito, porém nos dias atuais, há vários níveis de analfabetismo, na língua, nas ciências, nas tecnologias informáticas e por aí vai, neste sentido, há uma necessidade de que a escola de adapte com a nova era em que vive, possibilitando a construção de várias competências pessoais a ser desenvolvidas pelo indivíduo, pois com o aumento das necessidades para interagir nessa nova sociedade, ampliou-se de forma significativa, deste modo, apenas aprender a ler, escrever e compreender um texto na língua materna é insuficiente para isso, assim o indivíduo precisa ser capaz de se expressar em diversaslinguagens.
Além disso, o novo homem precisa compreender fenômenos em diferentes contextos e ser capacitado para desenvolver argumentos de maneira consistente enfrentando situações problema que se apresentam no cotidiano nos mais variados contextos e tudo isso em conjunto com outras competências primárias, sabendo que a escola ainda tem em sua primordial atribuição a obrigação de ensinar a escrever. 
Neste aspecto, desenvolve-se um amplo processo de reflexão sobre o significado profundo do ensino e da aprendizagem da escrita, pois durante o desenvolvimento o indivíduo é levado a ler e escrever, tendo o texto como o primeiro elemento com que interage procurando estabelecer suas ideias e organizando-as na busca pela compreensão e sentido das palavras que encontra, partimos para a leitura de fenômenos sócias do seu cotididano de uma maneira mais amplo.
Como já dizia o grande educador Paulo Freire, da leitura stricto senso iniciamos uma jornada a caminho da construção do desenvolvimento de um processo de leitura do mundo, que é uma tarefa complexa e desafiadora, que necessita de um aparato teórico adquirido nas interações diárias, neste sentido, há uma problematização destas questões que deve ser enfrentada no ensino da escrita, por meio de um processo de ensino aprendizagem que seja fecundo, deixando de lado segundo a autora, as práticas escolares excludentes ou ineficientes e dinâmicas equivocadas que são apontadas e analisadas no livro.
 É preciso abandonar as estratégias que se apresentam de forma egocêntrica que se satisfaz com um processo contínuo de preenchimento burocrático de espaços, observando e levando em consideração exemplos extremamente ricos, expressivos de uma realidade educacional viva, que podem contribuir muito com a qualidade do ensino, trabalhando em sintonia com o as mudanças ocorridas na sociedade, estabelecendo uma prática docente de maneira auto crítica, analítica, porém de forma assertiva e propositiva. 
Neste sentido o educador deve tomar todo cuidade para não agir de maneira ingênua ou incipiente à consciência dos meios de produção da escrita, procurando estabelecer diversos artifícios necessários para estimular os alunos a realizar as tarefas escolares utilizando de um processo de criação ativa e efetiva, sem destilar críticas inconsequentes, pois é fundamental que o educador estimule seus alunos incentivando-os de maneira a gerar expectativas de superação das situações problemas, desenvolvendo uma visão positiva colaborando com a construção dos caminhos a ser trilhados, favorecendo o surgimento de uma escola que efetivamente ensine a escrever. 
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO.
SOARES, Magda. 
São Paulo, Contexto, 2010, p. 117.
Alfabetização e letramento é um assunto atual que vem despertando muitos processos de reflexão em buscar de respostas a alguns questionamentos que se encontram constantemente presentes no processo de desenvolvimento de ensino aprendizagem, deste modo, há uma preocupação muito grande em esclarecer alguns pontos obscuros que se estabelecem nas relações que se constroem no processo de ensino aprendizagem da leitura e da escrita, mais especificamente no processo de alfabetização em que entra em cena os seus usos sociais no desenvolvimento do letramento dentro da sala da aula.
De acordo com SOARES (2010), o alfabetismo envolve assim mais que apenas o saber ler e escrever. Nos países do primeiro mundo, em que todos passam, realmente, pela escolaridade fundamental, e em que, todos aprendem a ler e a escrever, o alfabetismo é definido não como um conjunto de habilidades de leitura e escrita, mas como o uso dessas habilidades para responder às demandas sociais. Por exemplo, em pesquisa realizada para o National Assessment of Educational Progress (NAEP), com o objetivo de avaliar as habilidades de leitura e escrita de jovens adultos norte-americanos, os autores Kirsch e Jungeblut, consideram alfabetismo como “o uso de informação impressa e escrita para funcionar na sociedade para alcançar os próprios objetivos e para desenvolver seus conhecimentos e seu potencial”. 
Fica claro que esse conceito liberal funcional assume que o alfabetismo tem o poder de promover o progresso social e individual; seu pressuposto é a crença de que o alfabetismo tem, necessariamente, consequências positivas, e apenas positivas: sendo o uso das habilidades e conhecimentos de leitura e escrita necessário para “funcionar” adequadamente na sociedade, participar ativamente dela e realizar-se pessoalmente, o alfabetismo torna-se responsável pelo desenvolvimento cognitivo e econômico, pela mobilidade social, pelo progresso profissional ,pela promoção da cidadania. 
Contrária a essa perspectiva liberal do conceito de alfabetismo é a perspectiva anteriormente denominada radical e “revolucionária” — a versão forte das relações entre alfabetismo e sociedade. Enquanto na perspectiva liberal, progressista, o alfabetismo é definido pelo conjunto de habilidades necessárias para responder às práticas sociais em que a leitura e a escrita são requeridas, na perspectiva radical as habilidades de leitura e escrita não são vistas como “neutras”, habilidades a serem usadas em práticas sociais, quando necessário, mas são vistas como um conjunto de práticas socialmente construídas envolvendo o ler e o escrever, configuradas por processos sociais mais amplos, e responsáveis por reforçar ou questionar valores, tradições, padrões de poder presentes no contexto social. 
Neste sentido a autora enfatiza que não é fácil abordar esta temática do processo de alfabetização como aprendizagem inicial da leitura e da escrita, pois no Brasil, essa preocupação em estabelecer um processo adequado de reflexão sobre este assunto está presente desde a criação das primeiras escolas, entretanto quanto se estabelece um processo de análise do processo de alfabetização a fim de se refletir sobre o seu desenvolvimento e o modo como a criança se apropria deste conhecimento construindo para si uma real possibilidade de interação ativa com o meio, levando em conta a perspectiva do letramento, aí podemos compreender que este é um processo realmente novo em nosso país. 
Então o processo de alfabetização ganha novos olhares e nesse contexto surgem questões importantes que levam o educador a se perguntar qual o motivo pelo qual ele precisa trabalhar a alfabetização e o letramento concomitantemente com seus alunos e qual a melhor maneira de se fazer isso, pois uma coisa é alfabetizar e outra é estabelecer um processo de letramento, são dois processos distintos, mas por meio da compreensão aprofundada sobre os conceitos de alfabetização e letramento e sua natureza política e social é possível organizar suas ações a favor do desenvolvimento de propostas pedagógicas que vão ao encontro destas expectativas.
 Neste sentido a autora apresenta um processo analítico deste processo, apresentando os conceitos de alfabetização e letramento proporcionando o desenvolvimento de uma prática que articula a teoria e prática na construção do sujeito crítico reflexivo e atuante na sociedade em que vive, pois o leitor encontrará um material de qualidade que promove o desenvolvimento de um processo de reflexão sobre a melhor maneira se se estabelecer uma prática pedagógica com o objetivo de favorecer a geração de um processo de alfabetização que considere os usos sociais da leitura e da escrita, por meio de uma análise das práticas de trabalho realizadas em sala de aula. 
Levando-se em consideração a proposta estabelecida Conferência Mundial sobre Educação para Todos de 1990, em que o processo de alfabetização passou a ser compreendido como instrumento fundamental para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, que possibilita a organização dos pensamentos para a elaboração da informação, consequentemente possibilitando a geração de novos conhecimentos por meio de um processo de interação em que haja a participação efetiva de elementos da própria cultura criada pela sociedade de maneira globalizada e ainda, diante dos preceitos estabelecidosna Conferência Mundial de Educação para todos em Jomtien, Tailândia ocorrida em 1990 podemos compreender que o processo de aprendizagem da leitura e da escrita é um elemento fundamental que possibilita o acesso à informação e o desenvolvimento de novos conhecimentos. 
Deste modo, há o entendimento de que a escrita é um instrumento capaz de permitir a entrada do indivíduo no mundo da informação, possibilitando o acesso aos conhecimentos produzidos pela sociedade no decorrer da história contribuindo com a produção de novos conhecimentos, no entanto a escrita, não deve ser vista apenas como um instrumento tecnológico para o indivíduo acessar os conhecimentos, no entanto para usufruir plenamente do mundo do conhecimento, o indivíduo precisa dominar o sistema alfabético e ortográfico, construído por meio do desenvolvimento do processo de alfabetização, além de dominar certas competências que possibilite o seu uso adequadamente, ou seja, leitura e escrita em diferentes contextos sociais, que é o que denominamos processo de letramento. 
Portanto, não basta simplesmente dominar a escrita como um instrumento tecnológico é preciso considerar que o indivíduo deve exercer sua ação social com sujeito ativo, possibilitando sua inserção na sociedade de modo que favoreça o desenvolvimento de habilidades para que ele possa realizar uma leitura crítica das relações sociais e econômicas geradas no cenário em que vive, assim, há uma grande reponsabilidade que a escola assume para si, concebendo um processo adequado de alfabetização e letramento percebendo as múltiplas possibilidades do uso da leitura e da escrita na sociedade, neste sentido, a prática docente deve promover a alfabetização na perspectiva do letramento proporcionando a construção de habilidades e competências para o exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
No processo de alfabetização e letramento não podemos deixar de citar o educador e teórico renomado Paulo Freire, pois ele foi um grande incentivador do processo de alfabetização que considera o letramento como importante instrumento de construção do indivíduo ativo na sociedade, deste modo o trabalho que apresento tem o objetivo de coordenar um incentivo ao aprofundamento teórico a fim de que o educador possa compreender a importância de estabelecer sua prática docente observando a necessidade de organizar um processo de alfabetização que oportunize a ação efetiva do aluno na sociedade, ou seja, o educador dever exercer sua prática docente planejando o uso de variadas forma de expressão da escrita na sociedade, proporcionando o desenvolvimento do processo de letramento efetivo para o aluno. Diante desta perspectiva, é fundamental que o professor tenha em mente que é prioridade do processo educacional, o desenvolvimento da conscientização e politização do aluno, a fim de que ele venha a ser um agente de transformação social, neste sentido, os três livros utilizados para o desenvolvimento deste trabalho são ferramentas potentes para o desenvolvimento da compreensão da realidade que a escola se encontra atualmente, proporcionando a organização dos pensamentos num processo de reflexão que leva a construção de uma nova visão do processo de alfabetização proporcionando o planejamento de atividades que levem o aluno á construção do conhecimento e expressão coerente e eficaz nos mais variados contextos sociais, produzindo mudanças significativas na estrutura social. Portanto, o processo de alfabetização deve caminhar junto com o processo de letramento, a fim de contribuir com a construção plena do indivíduo, capaz de agir de maneira ética e propagar pensamentos e ideias que favoreçam a construção do bem comum, incentivando e contribuindo com a construção de um país mais justo e humanitário em que todos os indivíduos sejam vistos como iguais, independentemente de suas diferenças estética, intelectuais ou de qualquer outra ordem.

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