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TRABALHO EM GRUPO – TG Gislaine Aparecida de Souza Sifontes. RA: 1642592 POLO Mirassol 2017 Alfabetizar letrando Com fundamento nas observações e pesquisas de hoje em dia, "Alfabetizar letrando" requer: Popularizar a experiência de práticas de uso da leitura e da escrita e auxiliar o aluno a, ativamente, refazer essa descoberta social que é a escrita alfabética. Segundo Santos e Albuquerque pag. 97 Propiciar aos aprendizes a vivência de práticas reais de leitura e produção de textos não é meramente trazer para a sala de aula exemplares de textos que circulam na sociedade. Ao se ler ou escrever um texto, tem-se a intenção de atender a determinada finalidade. É isso que faz com que a situação de leitura e escrita seja real e significativa. Portanto, ao se ler ou escrever um texto em sala de aula, deve-se objetivar uma finalidade clara e explícita para os envolvidos na situação de leitura ou produção. A alfabetização e o letramento são métodos que se misturam, são inseparáveis e precisão ocorrer simultaneamente, pois o ingresso do aluno no mundo da escrita deveria suceder tanto pela obtenção do sistema tradicional de escrita quanto pelo aperfeiçoamento e habilidades de uso desse sistema em exercícios de leitura e escrita, intimamente atadas às práticas sociais. Tendo em vista a reciprocidade desses dois princípios, a concepção de alfabetizar letrando desfaz com a separação entre o momento de assimilar o código escrito e o momento de fazer uso desse código nas práticas sociais. Pesquisas linguísticas recentes sugerem a articulação dinâmica e mutável entre entender a escrita, discernindo suas funções e modos de manifestação; obter a escrita, discernindo suas regras e modos de organização; e emprega a escrita em práticas socialmente consideráveis e adequadas ao que a circunstância determina. Isso porque, como Albuquerque e Santos afirmam (2005, p. 47), “[...] as pessoas escrevem, leem e/ou interagem por meio da escrita, guiadas por propósitos interacionais, desejando alcançar algum objetivo, inseridas em situações de comunicação.” Nessa concepção, compete às escolas proporcionar circunstâncias não só de interação e uso dos inúmeros gêneros e tipos textuais, ressaltando seus conteúdos de comunicação, mas também momentos de meditação acerca da língua, concluindo um trabalho sistemático sobre o desempenho e as propriedades do sistema de escrita alfabético e ortográfico. Ao compreender que a obtenção da escrita não se dá desvinculada do processo de letramento, é necessário que a escola crie formas estratégicas que foquem concomitantemente a leitura, a produção de textos e a reflexão sobre o código, além de acrescentar em seu âmbito práticas autênticas de uso dos inúmeros tipos de material escrito presentes na sociedade, na expectativa de assim colaborar para a formação de aprendizes capazes de ler e escrever com mais autonomia, competência e criticidade. Para Soares (2000), Se alfabetizar significa orientar a própria criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever, uma criança letrada [...] é uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer da leitura e da escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias [...] Alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e a escrever levando-a a conviver com práticas reais de leitura e de escrita Alfabetizar e letrar, apesar de que pareçam ter o mesmo significado à primeira vista, são definições que se utilizam a diferentes práticas. Letrar é transmitir as competências necessárias e a prática de ler e escrever, enquanto alfabetizar ocupa-se com o aprendizado das técnicas para o entendimento da linguagem no que diz respeito a seus contexto gramaticais. No procedimento de letramento é preciso que o aluno tenha contato direto com a leitura, essa interação pode ser feita por meio de jornais, revistas, livros, letras de músicas, quadrinhos e quaisquer outros métodos que possibilitem uma reflexão sobre o que foi lido. Enquanto a alfabetização são discutidos conteúdos fundamentados na gramática e na ortografia, assim como seu envolvimento com os sons da linguagem falada. Desta forma, uma criança alfabetizada pode não ser letrada, pois não adquiriu o hábito da leitura e, por isso, não consegue responder adequadamente às deficiências sociais da escrita e da leitura. A alfabetização e o letramento precisam caminhar lado a lado durante o processo de aprendizagem, consequência de que, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o ensino da linguagem deve abordar três aspectos fundamentais: leitura, interpretação e escrita. É fundamental alfabetizar letrando para que os alunos sejam inseridos no contexto cultural da sociedade, que está principalmente relacionado à leitura. Durante o procedimento de ensino/aprendizagem o papel dos professores é essencial, pois eles irão atuar como agentes facilitadores ao incentivar e guiar a criança ao longo de sua vida escolar. Para Santos e Albuquerque pag. 96, Dessa maneira, nega-se a escola como um lugar específico de ensino- aprendizagem, o que, pelas suas peculiaridades, acaba por transformar as práticas de referência nas quais os textos vão ser utilizados e produzidos. Sendo a escola lugar específico de ensino-aprendizagem, não é possível reproduzir dentro dela as práticas de linguagem de referência tais quais aparecem na sociedade. É competência da instituição escolar alfabetizar os alunos em um cenário letrado, em que existam exercícios sociais de leitura e escrita. É fundamental que as crianças façam uso da escrita em suas várias finalidades sociais, ainda que os alunos não estejam alfabetizadas. Dessa maneira, altera-se o objetivo do tratamento pedagógico, ascender-se os procedimentos da mera codificação e decodificação do sistema escrito. A aprendizagem da leitura subentende não só decifrar o código escrito, mas também interpretar e compreende os diversos gêneros textuais; saber a escrever não é somente poder grafar o código escrito e meditar sobre as regras e particularidades da língua, determinando a relação entre letra e som, mas também estar pronto a desenvolver diferentes tipos de textos enquadrados às distintas práticas comunicativas. Desta forma, a participação dos alunos em experiências variadas com leitura e escrita, discernimento e influência com diferentes tipos e gêneros de material, a habilidade de codificação e decodificação da linguagem escrita, o conhecimento e reconhecimento dos métodos de codificação da fala sonora para a forma gráfica da escrita demanda numa imprescindível revisão dos procedimentos e métodos para o ensino, uma vez que toda etapa desse processo requer procedimentos e métodos distintos, uma vez que cada criança e cada grupo de crianças têm necessidade de formas diferenciadas na ação pedagógica. -Tema da atividade: Brincando com o alfabeto -Tempo de duração da atividade: As atividades serão propostas em duas aulas (dois dias), e se for necessário poderá prorrogado por mais um dia. -Objetivo(s) da atividade: Retomar conteúdos trabalhados em sala de aula, reforçandoe melhorando o desempenho dos alunos, reduzindo as diferenças de aprendizagem apresentadas entre eles e o restante da turma. - Reconhecer e trabalhar as dificuldades na leitura, na escrita e na oralidade; - Ampliar o vocabulário oral e escrito, ampliando o conhecimento do aluno; - Organizar o pensamento lógico e a construção de palavras; - Desenvolver o raciocínio através de atividades que estimulem seu pensamento; -Conteúdo(s) da atividade: Fazer o caminho das letras; Imagem 1 - Procurar imagens relacionadas as letras escolhidas; Imagem 2 - Registro das palavras; Imagem 3 - Leitura das palavras; RODA, ROUPA, RATO, RÁDIO, REMO, RABO, REDE, RIO, RALO, RAMO, REI, RODO. - Inventar uma história com as imagens escolhidas; Desenhos da atividade número 3 selecionada pelas crianças. - Registro da história (professora). -Recursos necessários para realizar a atividade: Papel sulfite, canetinha, tesoura, lápis, borracha, lápis de cor, giz de cera, cola, alfabeto manual, rádio, CD. -Desenvolvimento da atividade (descrever como a sala e os alunos serão organizados e como a atividade será realizada): A sala deverá ser preparada anteriormente para que os alunos desenvolva melhor a atividade, as carteiras deverão ser agrupadas de quatro em quatro. Cada grupo receberá um alfabeto móvel, que poderá ser confeccionado pelas próprias crianças se o professor preferir. No início o professor pode dar um tempo para que os alunos observem e manuseie o as letra enquanto isso ele observa se eles já conseguem identificar alguma letra. Em seguida propõe-se uma história ilustrativa como a história a baixo; HISTÓRIA A MAGIA DO ALFABETO No castelo encantado da fada rosa moravam todas as letras do alfabeto. Viviam felizes e brincavam muito. Um dia a fada azul do castelo dos números convidou as letras para uma festa, mas a fada rosa não deixou elas irem porque iria chover. Algumas saíram escondidas e foram à festa, e outras ficaram (as vogais). Quando voltavam, caiu uma tempestade com raios e trovões. Um raio caiu na letra h e ela ficou muda, as outras letras ficaram muito assustadas. Ao chegarem no castelo, levaram uma bronca da fada rosa que lhes deu um castigo: nunca mais teriam som próprio, sempre teriam que ter uma vogal acompanhando-as. E assim foi que surgiu as vogais e consoantes. Neste momento será entregue aos alunos uma folha sulfite com imagens de desenhos, os alunos farão a leitura do desenho e deverão formar as palavras ou o nome de cada figura com as letras moveis. Após pedir para as crianças guardarem as letras, inicia-se as atividades escritas como a caminho das letras, será entregue a atividade impressa, lápis de cor, lápis de escrever e borracha, no momento em que as crianças estão desenvolvendo o trabalho o professor poderá colocar como música de fundo, em um som baixo para que não atrapalhe o raciocínio dos alunos, mas que proporcione um ambiente agradável, a música da cantora Aline Barros ABC. A segunda atividade poderá ser aplicada logo em seguida com o uso dos mesmos matérias, e a constante supervisão do professor que dever auxiliar o aluno no desenvolvimento da atividade. O próximo passo é inserir o ditado recortado, serão entregue as crianças lápis de cor, lápis de escrever, tesoura, cola. A ordem será pintar os desenhos, recortar as palavras e colar nos seus respectivos lugares (em baixo da figuras). Ao terminar esta etapa os alunos farão a leitura das palavras do ditado, sempre comparando com a figura á cima e escolherão seis palavras para montarem uma história, por exemplo; RATO, ROUPA, REI, RODO, RÁDIO, RIO. O RATO E O REI O rato Romeu vivia dentro de um rádio que ficava a beira da cama do rei Ricardo. Um dia Romeu muito desastrado, ao sentir muita fome, saiu roendo tudo que via pela frente incluindo a roupa de gala do rei. Ao encontrar sua roupa roída, o rei raivoso saiu correndo com o rodo na mão gritando:_ Rato ridículo, te pego pelo rabo e te jogo no rio. O rato que não era bobo, saiu em disparada e se escondeu dentro do sapato do rei, até que o rei ficou calmo e esqueceu o que aconteceu com sua roupa favorita. Então o Romeu voltou para seu rádio e até hoje vive se escondendo do rei Ricardo, com medo do seu rodo. Avaliação - A avaliação pode ser feita através do entendimento do aluno sobre o assunto, o desenvolvimento em cima dos temas propostos e da execução das atividades. Esse processo de avaliação também servirá para que o professor analise o grau de leitura, escrita e oralidade dos alunos. Referências ALBUQUERQUE, Eliana B. C. et al. Alfabetização e letramento: conceitos e relações. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. SOARES, M.Letrar é mais que alfabetizar. Jornal do Brasil, 26 nov. 2000. Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/%7Eedpaes/magda.htm. SANTOS, Carmi Ferraz; MENDOMÇA, Márcia: Alfabetização e letramento: conceitos e relações - Belo Horizonte: Autêntica, 2007. Imagens atividades 1, 2 e 3 http://profaadrianadezerto.blogspot.com.br/2013/07/atividades-de- alfabetizacao-para.html História Fonte: http://www.scribd.com/doc/19715151/Historia-a-Magia-do-Alfabeto