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Políticas sociais 4º semestre

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O QUE É POLÍTICA? Define-se como política a ciência de governar um povo, formando em Estado. Em um Estado democrático, essa governabilidade é exercida pelo poder público, por meio de representantes dirigidos ao poder, de forma direta ou indiretamente – mas com a participação do povo; 
O QUE SÃO POLÍTICAS SOCIAIS? São ações governamentais desenvolvidas em conjunto por meio de programas que proporcionam a garantia de direitos e condições dignas de vida ao cidadão de forma equânime e justa. São as Políticas que asseguram à população o exercício de direito de cidadania: Educação, Saúde, Trabalho, Assistência Social, Previdência Social, Justiça, Agricultura, Saneamento, Habitação Popular e Meio Ambiente.. 
FUNÇÕES DAS POLÍTICAS SOCIAIS – A função social tem por objetivo a redistribuição dos recursos por meio do acesso aos serviços sociais e assistenciais como forma de complementação de renda à população mais pobre dos países capitalistas. Entretanto, essa função disfarça as verdadeiras intenções no meio do capitalista ao propor mecanismos institucionais que fazem parte de uma rede de solidariedade social que tem como intenção a redução das desigualdades sociais, com a oferta de serviços sociais àqueles que não têm recursos para buscar no mercado
O PAPEL DO ESTADO QUANTO À FUNÇÂO ECONÔMICA DAS POLÍTICAS SOCIAIS - O Estado tem por responsabilidade, neste caso, a transferência direta ou indireta de bens e recursos para a população mais vulnerável. O acesso é por meio de prestação de serviços sociais elementares, como a saúde, a educação e a assistência social. O financiamento desse serviço só é possível mediante impostos que são pagos por toda a população.
O papel do Estado é evitar uma crise por meio da implantação e implementação de ações de políticas sociais. Essas ações colaboram com a subordinação do trabalho ao capital, com os trabalhadores inseridos no mercado e com aqueles que estão disponíveis para o mercado, os chamados excedentes. Além disso, é para se ter o controle da população e para que esta esteja preparada para o consumo.
SURGIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS - O surgimento da política social tem sua origem no capitalismo, na qual se destina prioritariamente à classe trabalhadora e foi acontecendo de forma gradativa e diferenciada entre os diversos países; A política social se origina na luta dos trabalhadores pela reivindicação de direitos de proteção social, nasceu como forma de auxiliar os trabalhadores para que eles pudessem se manter e manter suas famílias quando não tivessem condições de trabalhar. E os fatores para o surgimento das políticas sociais são: a ascensão do capitalismo com a Revolução Industrial; das lutas de classe; e do desenvolvimento da intervenção estatal.
Concepções e história da política social e Política Social da Sociedade Capitalista No modo capitalista de produção da vida social, a política social não constitui, em sua origem, em uma alternativa que objetiva privilegiar o capitalista. Mas é uma política que tem por objetivos estabelecer mecanismos de proteção social a todas as pessoas que não têm condições – temporárias ou definitivas – de prover sua própria sobrevivência, além de prover atendimentos e serviços públicos para a garantia de participação de todos no desenvolvimento nacional, como serviços públicos de saúde, educação, segurança, formação profissional, etc. É uma política que vai contra a lógica do capital, que é a lógica do lucro, que significa ganhar sempre, em qualquer situação. A política social objetiva o atendimento às necessidades básicas de vida e trabalho de indivíduos e grupos sociais sem, em suas origens, objetivar o lucro.
AS TRANSFORMAÇÕES DA POLÍTICA SOCIAL NO BRASIL – 1930/1988. Até 1930 não tínhamos, no Brasil, uma classe trabalhadora organizada como classe. Tínhamos trabalhadores de setores específicos de serviços que se organizavam para, coletivamente, criar mecanismos de proteção social. Tínhamos, também, a assistência social, que era desenvolvida por instituições religiosas e por pessoas da sociedade. A assistência social, nesse período, não era uma política social, não tinha financiamento do Estado nem legislação específica.
O primeiro marco da política social brasileira é a Lei Eloy Chaves (Decreto n. 4.682, de 24 de janeiro de 1923), que lança as bases de financiamento das políticas sociais destinadas ao trabalhador assalariado.
Outro marco significativo da política social é a promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em 1943. A CLT foi promulgada durante a presidência de Getúlio Vargas. O período compreendido entre 1930 e 1945 é considerado como um período de política populista.
A PROTEÇÃO SOCIAL NO BRASIL - Ela originou-se na necessidade social de se estabelecer métodos de proteção contra os variados riscos ao ser humano. A Seguridade Social, sob o enfoque mundial, tem origem nos modelos Bismarckiano (1883) e Beveridgiano (1942).  No Brasil, a proteção social evoluiu de forma semelhante ao plano internacional. Inicialmente foi privada e voluntária, passou para a formação dos primeiros planos mutualistas e, posteriormente, para a intervenção cada vez maior do Estado. O marco normativo da Seguridade Social brasileira foi a Lei Eloy Chaves, que criou nacionalmente as Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários, e atualmente é regida pelas Leis nº 8.080/90 e nº 8.213/91, que criaram, sob a égide da Constituição Federal de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Plano de Benefícios da Previdência Social.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA 8ª CONFERÊNCIA DA SAÚDE NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DA PROTEÇÃO SOCIAL UNIVERSAL? A VIII Conferência de Saúde, realizada em 1986, foi um dos principais momentos da luta pela universalização da saúde no Brasil, e contou com a participação de diferentes atores sociais implicados na transformação dos serviços de saúde. Reuniram-se acadêmicos, profissionais da área de saúde, movimentos populares de Saúde, sindicatos, e mesmo grupos de pessoas não diretamente vinculados à saúde. O conjunto dessas forças impulsionou a reforma sanitária, que obteve sua maior legitimação com a promulgação da Constituição Federal de 1988. Segundo LUZ (2000: 302) “a intensa movimentação da sociedade civil teve um papel muito importante para a aceitação, na política oficial, das propostas da VIII Conferência Nacional de Saúde, em grande parte consubstanciadas no SUS”. Esse marco representou uma ruptura inédita com a história anterior das políticas sociais brasileiras, ao garantir o acesso à saúde como direito social universal.
 QUAIS SÃO OS AVANÇOS QUE A CONSTITUIÇÃO TROUXE PARA O CAMPO DOS DIREITOS SOCIAIS E DA SEGURIDADE SOCIAL? A constituição, através da força da lei, assegura a todos os indivíduos direitos sociais básicos como: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados. Do artigo 7º ao 11, o constituinte privilegiou os direitos sociais do trabalhador, em suas relações individuais e coletivas. Vale destacar, que o direito à alimentação foi introduzido pela Emenda Constitucional nº. 64 de 04 de fevereiro de 2010. No título VIII, estão sistematizados os direitos à Seguridade Social (Saúde, Previdência Social e Assistência Social), os direitos relativos à Cultura, à Educação, à Moradia, ao Lazer, ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado e os direitos sociais da Criança e dos Idosos.
COMO O ESTADO ENFRENTA OS PROBLEMAS DA QUESTÃO SOCIAL COM A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO NEOLIBERAL? Mínima participação do Estado na Economia e nas Questões Sociais; Instituição da política de privatizações de empresas estatais; Abertura da economia para entrada de empresas multinacionais.
O QUE É MP? A sigla MP significa Ministério Público, uma instituição com a incumbência de defender os interesses da sociedade brasileira no seu todo, com obrigação de ser apartidária, isenta e profissional nas causas da sua competência.
DEFENSORIA PÚBLICA - Uma vezque todos, sem exceção, têm o direito ao acesso à Justiça, o Estado garante aos cidadãos com poucos recursos financeiros um advogado público; o chamado defensor público. A Defensoria é uma instituição pública que presta assistência jurídica gratuita àquelas pessoas que não possam pagar por esse serviço. 
O QUE É UMA AÇÃO PÚBLICA? É o instrumento utilizado pelo Ministério Público para postular ao Estado a aplicação de uma sanção decorrente de uma infração penal.
O QUE SÃO OS CONSELHOS? O controle social pode ser feito individualmente, por qualquer cidadão, ou por um grupo de pessoas. Os conselhos gestores de políticas públicas são canais efetivos de participação, que permitem estabelecer uma sociedade na qual a cidadania deixe de ser apenas um direito, mas uma realidade. A importância dos conselhos está no seu papel de fortalecimento da participação democrática da população na formulação e implementação de políticas públicas.
POR QUE VARGAS FICOU CONHECIDO COMO O "PAI DOS POBRES"? Porque ao longo de sua primeira passagem pelo poder (1930-1945), mas principalmente durante o período do Estado Novo (1937-1945), Vargas implementou, pela 1ª vez na História do país, uma abrangente política de direitos sociais e trabalhistas, alguns destes antigas reivindicações das classes populares brasileiras. Além disso, ao longo do Estado Novo essas realizações foram sistematicamente divulgadas por um aparato de propaganda de massas que prestaram um verdadeiro "culto à personalidade" do então ditador.
PARTICIPAÇÃO POPULAR E ASSISTÊNCIA SOCIAL: CONTRADITÓRIA DIMENSÃO DE UM ESPECIAL DIREITO Este texto responde ao interesse de problematizar concepções teóricas referentes às políticas sociais, versando sobre nova cartografia de categorias referentes ao debate sobre participação popular na política de assistência social. Em rota de ruptura com a desabilitação do caráter protagônico das massas, o estudo é parte do compromisso de pensar a política social para além do tradicional âmbito, como mera estratégia de acomodação de conflitos, privilegiando seu potencial político-emancipatório. Procura ainda contribuir na análise das políticas sociais na atualidade, no que se refere às possibilidades ou interdições, enquanto estratégias de combate à desigualdade e de garantia de direitos, lastreada pela disputa política do excedente expropriado das massas.
QUAIS AS MAIORES CONSEQUÊNCIAS DO INVESTIMENTO DO PROJETO NEOLIBERAL? Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem. Mas a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional. Observa-se assim que o NEOLIBERALISMO sempre que tenta levantar-se produz péssimos resultados em função de que é impossível uma sociedade em que uma minoria tenha todos os direitos e a maioria fique escravizada e sem nenhum direito. Isso porque toda sociedade precisa de consumidores de bens e serviços e a classe privilegiada não pode suprir toda a demanda. É preciso que todos tenham acesso aos bens de consumo para que haja circulação de riquezas e essa não fique estagnada na mão de poucos. Por outro lado um grande contingente de pessoas passando fome é um estopim para revoluções e movimentos sociais, pois o homem que nada tem a perder se arrisca a tudo.
O QUE MUDA NA RELAÇÃO DO ESTADO COM A SOCIEDADE CIVIL COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL? A Constituição Federal brasileira de 1988 restabeleceu o Estado Federativo com suas características de democratização política – retomada de eleições diretas em todos os níveis de governo – e descentralização fiscal e administrativa. Assim, o federalismo trouxe, entre outras alterações, uma redefinição de competências e atribuições da gestão das políticas públicas, provocando profundas mudanças na relação entre o Estado e a Sociedade. Nestes termos, a Carta Magna de 1988 instituiu um modelo de gestão estatal mais democrático e participativo, típico dos sistemas poliárquicos, o qual depende fundamentalmente da participação da Sociedade Civil organizada e de uma sólida institucionalidade. Para tanto, instituiu-se um sistema político descentralizado, criando canais institucionalizados de participação popular. Canais estes que, por sua vez, passaram a garantir a possibilidade de a sociedade civil organizada se envolver nos processos de tomada de decisão do Estado como, por exemplo, o planejamento, a execução e a avaliação das políticas públicas. Assim sendo, mesmo que instituídos sob muita resistência – por parte de alguns setores sociais – e sem conseguir eliminar a histórica tensão entre o Estado e a Sociedade Civil, os dispositivos de participação democrática instauraram, no país, arenas públicas de interlocução entre o Estado e a Sociedade Civil.

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