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QUESTÃO 1 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar de que maneira o mecanismo de Frank-Starling, o sistema nervoso simpático, o mecanismo renina-angiotensina-aldosterona, os peptídeos natriuréticos, as endotelinas e a hipertrofia, assim como a remodelação miocárdica funcionam como mecanismos adaptativos e mal-adaptativos nos casos de insuficiência cardíaca. Distinguir insuficiência cardíaca dos lados direito e esquerdo em termos de causas, impacto sobre a função cardíaca e principais manifestações. Explicar as bases fisiopatológicas dos sintomas, dos sinais e das grandes síndromes. Utilizar o raciocínio fisiopatológico na abordagem de pacientes com distúrbios da função cardíaca. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Um paciente de 50 anos, hipertenso e com antecedentes de coronariopatia, está em acompanhamento ambulatorial na Cardiologia, em uso regular de medicamentos prescritos. Refere, nessa consulta, dispneia aos esforços, sem limitação nas atividades rotineiras, e ausência desse sintoma no repouso. Refere ainda edema postural. Ao exame físico: PA = 120x080 mmHg e FC = 80 bpm; presença de turgência jugular a 45°; murmúrio vesicular audível, sem ruídos adventícios; ritmo cardíaco regular em 2 tempos, sem sopros; abdome sem visceromegalias, edema de membros inferiores bilateral e simétrico (++/4+). Traz ecocardiograma com fração de ejeção estimada em 40%. Sobre a etiopatogenia e a fisiopatologia dessa síndrome clínica, nesse caso, é CORRETO afirmar: (A) Trata-se de insuficiência cardíaca de alto débito. (B) O quadro de dispneia aos esforços indica congestão sistêmica. (C) Há disfunção ventricular diastólica. (D) Disfunção ventricular esquerda seria a causa mais provável da disfunção ventricular direita. GABARITO: Item (D) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Na Insuficiência Cardíaca de Alto débito, há excessiva carga de volume cardíaco por necessidades metabólicas aumentadas. Na IC de baixo débito, há prejuízo à capacidade de bombeamento do coração. A disfunção ventricular esquerda gera congestão pulmonar, manifesta por quadro de dispneia aos esforços, ortopneia e dispneia paroxística noturna. Disfunção ventricular sistólica é caracterizada por fração de ejeção (FE) ≤ 50%. Pacientes com disfunção ventricular diastólica têm FE ≥ 50%. A principal causa de disfunção ventricular direita é a disfunção ventricular esquerda. O paciente tem quadro clínico compatível com ambos os tipos de disfunção, marcadas por congestão pulmonar (dispneia aos esforços) e sistêmica (turgência jugular e edema postural). REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BRAUNWALD, E.; FAUCI, A.S.; HAUSER, STEPHEN L.; LONGO, D.L.; JAMESOW, J.L. Medicina interna de Harrison, 19.ed. Porto Alegre: McGraw Hill, 2016, p. 87-95, 1744-1764. ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 544-549. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 2 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar de que maneira o mecanismo de Frank-Starling, o sistema nervoso simpático, o mecanismo renina-angiotensina-aldosterona, os peptídeos natriuréticos, as endotelinas e a hipertrofia, assim como a remodelação miocárdica funcionam como mecanismos adaptativos e mal-adaptativos nos casos de insuficiência cardíaca. Distinguir insuficiência cardíaca dos lados direito e esquerdo em termos de causas, impacto sobre a função cardíaca e principais manifestações. Explicar as bases fisiopatológicas dos sintomas, dos sinais e das grandes síndromes. Utilizar o raciocínio fisiopatológico na abordagem de pacientes com distúrbios da função cardíaca. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente de 57 anos, hipertenso e diabético, etilista pesado, apresentou quadro de dispneia aos esforços, dispneia paroxística noturna, ortopneia e edema de membros inferiores. Ao exame, encontrava-se com ritmo cardíaco regular e terceira bulha presente, e com edema de membros inferiores. O eletrocardiograma (ECG) revelou sobrecarga ventricular direita e a radiografia de tórax, cardiomegalia. Feito o diagnóstico de insuficiência cardíaca pelos critérios de Framingham e estabelecido o tratamento adequado, o paciente evoluiu com melhora do quadro clínico. De acordo com a classificação de progressão da Insuficiência Cardíaca das American Heart Association e American College of Cardiology, que leva em conta a presença de lesões estruturais correlacionada com a presença de sintomas, esse paciente pode ser CORRETAMENTE classificado no estádio: (A) A. (B) B. (C) C. (D) D. GABARITO: Item (C) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Na classificação em estádios da IC segundo American Heart Association/American College of Cardiology, no estádio A não há lesão estrutural no coração, nem sintomas de IC, mas fatores de risco. No estádio B, há lesão estrutural no coração nem sintomas de IC. No estádio C, há lesão estrutural no coração com sintomas prévios ou atuais de IC. No estádio D, há lesão estrutural com IC refratária ao tratamento clínico. Nesse paciente, o ECG e a radiografia de tórax revelaram lesão estrutural, a qual estava associada a sintomas de IC. Foi estabelecido tratamento adequado, com melhora dos sintomas, não indicando refratariedade. O paciente pode ser classificado, portanto, no estádio C. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BRAUNWALD, E.; FAUCI, A.S.; HAUSER, STEPHEN L.; LONGO, D.L.; JAMESOW, J.L. Medicina interna de Harrison, 19.ed. Porto Alegre: McGraw Hill, 2016, p. 87-95, 1744-1764. ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 544-549. PARECER DO NAPe: Ok - fatores de risco com fator de risco , sem doença perceptível tesao cardíaca , sem sintomas de K lesão cardíaca , com sintomas de la lesão estrutural ao tratamento QUESTÃO 3 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar a etiopatogenia e a fisiopatologia dos choques cardiogênico, hipovolêmico, obstrutivo e distributivo. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: A elevação do lactato sérico, importante marcador na propedêutica e na terapêutica do choque séptico, reflete diretamente: (A) Disfunção mitocondrial. (B) Lesão endotelial. (C) Diminuição da fibrinólise. (D) Inflamação sistêmica. GABARITO: Item (A) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: No choque séptico, a isquemia tecidual, com redução da oferta de O2 para os tecidos periféricos, leva à disfunção mitocondrial, com aumento da glicólise anaeróbia e conversão de piruvato em lactato, cuja dosagem sérica é importante marcador na propedêutica e na terapêutica dessa modalidade de choque. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BRAUNWALD, E.; FAUCI, A.S.; HAUSER, STEPHEN L.; LONGO, D.L.; JAMESOW, J.L. Medicina interna de Harrison, 19.ed. Porto Alegre: McGraw Hill, 2016, p. 87-95, 1744-1764. ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier,2016, p. 544-549. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 4 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar a etiopatogenia e a fisiopatologia da endocardite infecciosa e da cardiopatia reumática. Explicar as bases fisiopatológicas dos sintomas, dos sinais e das grandes síndromes. Utilizar o raciocínio fisiopatológico na abordagem de pacientes com distúrbios da função cardíaca. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Um paciente de 29 anos, portador de comunicação interventricular (CIV) não corrigida, iniciou, há cerca de 30 dias, quadro de febre elevada, calafrios e lombalgia. Relata manipulação dentária há cerca de 45 dias para drenagem de abscesso. Foi submetido a ecocardiografia transesofágica, que revelou presença de vegetação em valva mitral. A etiologia mais provável nesse caso seria: (A) Staphylococcus aureus. (B) Streptococcus viridans. (C) Estafilococos coagulase negativos. (D) Streptococcus bovis. GABARITO: Item (B) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: O quadro clínico e a lesão valvar mitral encontrada no ecocardiograma são compatíveis com endocardite infecciosa. Fatores de risco para a etiologia relacionada ao Streptococcus viridans são tratamento dentário ou higiene oral precária. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 557-569, 571-581, 583-590. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 5 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar em bases fisiopatológicas as complicações do infarto agudo do miocárdio. Comparar causas, fisiopatologia e características principais dos choques cardiogênico, hipovolêmico, obstrutivo e distributivo. Explicar as bases fisiopatológicas dos sintomas, dos sinais e das grandes síndromes. Utilizar o raciocínio fisiopatológico na abordagem de pacientes com distúrbios da função cardíaca. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Homem de 55 anos, com antecedentes de infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST recente, passou a apresentar sintomas de insuficiência cardíaca esquerda de natureza aguda. À ausculta do precórdio, identificou-se um sopro sistólico mais intenso no foco mitral. Relacionando esses novos dados clínicos com o infarto do miocárdio em evolução, considera-se como principal lesão cardíaca subjacente: (A) Ruptura da parede livre ventricular. (B) Aneurisma ventricular. (C) Ruptura de músculo papilar. (D) Estenose aórtica degenerativa. GABARITO: Item (C) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: O infarto do miocárdio pode ter como complicações ruptura de músculo papilar, provocando insuficiência mitral aguda, ruptura do septo interventricular, causando CIV, ruptura da parede livre ventricular, causando hemopericárdio, e aneurisma ventricular. O quadro clínico de insuficiência cardíaca esquerda de natureza aguda com sopro sistólico em foco mitral sugere, nesse caso, insuficiência mitral aguda por ruptura de músculo papilar. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 557-569, 571-581, 583-590. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 6 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar a etiopatogenia e a fisiopatologia da endocardite infecciosa e da cardiopatia reumática. Explicar as bases fisiopatológicas dos sintomas, dos sinais e das grandes síndromes. Utilizar o raciocínio fisiopatológico na abordagem de pacientes com distúrbios da função cardíaca. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Um jovem de 16 anos apresenta dor no joelho direito há 2 meses que durou 1 semana e melhorou com paracetamol. Há 1 mês, teve febre e dores no tornozelo direito e punho esquerdo, que duraram 5 dias, cedendo espontaneamente. Poucos dias depois, notou inchaço no joelho esquerdo, melhorando com diclofenaco. Há 3 dias, notou dispneia aos esforços. Ao exame físico, ausculta-se sopro diastólico em foco mitral, e identifica-se leve aumento da temperatura do joelho esquerdo, sem edema e rubor articular. Sobre a etiopatogenia, a anatomopatologia e a fisiopatologia da provável hipótese diagnóstica, é CORRETO afirmar: (A) Trata-se provavelmente de miocardite por infecção viral. (B) Antecedentes de infecção da orofaringe devem ser pesquisados nesse paciente. (C) Lúpus eritematoso sistêmico é doença que pode estar associada a esse distúrbio. (D) A presença de sopro diastólico em foco mitral sugere insuficiência valvar mitral. GABARITO: Item (B) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: O quadro clínico de surtos agudos recorrentes de febre, poliartralgia migratória, dispneia e sopro cardíaco é sugestivo de cardiopatia valvar reumática. O sopro diastólico em foco mitral sugere estenose mitral. A doença reumática é afecção inflamatória sistêmica de natureza imunitária, secundária a infecção da orofaringe por estreptococos do grupo A de Lancefield. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 557-569, 571-581, 583-590. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 7 Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar em bases imunológicas a etiopatogenia das vasculites. Descrever a anatomopatologia dos padrões de lesão das vasculites: granulomatosa, por imunocomplexos e pauci imune. Explicar a fisiopatologia das vasculites. Relacionar o quadro clínico das vasculites aos padrões de lesão. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Um paciente apresenta quadro agudo de comprometimento pulmonar e renal com dosagem positiva para c-ANCA. A biópsia renal mostra inflamação granulomatosa, sem detecção de complemento e de anticorpos à imunofluerescência. Sobre a etiopatogenia, a anatomopatologia e a fisiopatologia da provável vasculite apresentada por esse paciente, é CORRETO afirmar: (A) É provocada por lesão direta pauci imune. (B) É mediada por imunocomplexos. (C) É uma vasculite de vasos de médio calibre. (D) Oclusão vascular é padrão de lesão comum. GABARITO: Item (A) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Trata-se de um homem com comprometimento pulmonar e renal (síndrome pulmão-rim), com dosagem positiva para c-ANCA e sem detecção de complemento e anticorpos na biópsia renal, excluindo vasculite por imunocomplexos. O caso é compatível com granulomatose com poliangeíte (antiga granulomatose de Wegener). Caracteriza, portanto, vasculite de pequenos vasos (que não cursa com obstrução vascular), ocasionada por lesão direta pobre em imunocomplexos (pauci imune), ocasionada pelo ANCA (c-ANCA, no caso), de natureza granulomatosa. Explicar as bases fisiopatológicas dos sintomas, dos sinais e das grandes síndromes. Utilizar o raciocínio fisiopatológico na abordagem de pacientes com distúrbios do fluxo sanguíneo na circulação sistêmica. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas dasdoenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 503-532. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 8 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar a etiopatogenia da doença vascular hipertensiva. Explicar as bases fisiopatológicas dos sintomas, dos sinais e das grandes síndromes. Utilizar o raciocínio fisiopatológico na abordagem de pacientes com distúrbios do fluxo sanguíneo na circulação sistêmica. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Causou espanto a uma estudante de Medicina o fato de que seu irmão estava com PA = 190x120 mmHg, mais ainda pelo início repentino e pela má resposta à medicação prescrita. Daí, ela o encaminhou a um professor da faculdade com quem estagiou. Este, ao exame do abdome, auscultou um sopro contínuo na loja lombar direita. Sobre a etiopatogenia da provável hipótese diagnóstica, é CORRETO afirmar: (A) Trata-se de hipertensão primária, onde a herança poligênica é mais comum. (B) Produção ou aumento da sensibilidade às catecolaminas são causas possíveis. (C) Obesidade é causa comum do provável distúrbio. (D) A ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona está provavelmente envolvida. GABARITO: Item (D) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Todo paciente com hipertensão de difícil controle e má resposta à terapia anti-hipertensiva deve ser investigado para hipertensão secundária, cuja causa mais comum é a hipertensão renovascular. Essa doença é suspeita pela associação de hipertensão não controlada por medicação e presença de sopro contínuo abdominal devido à estenose da artéria renal por aterosclerose em 90% dos casos. Essa estenose leva à ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que a causa mais provável da hipertensão nesses pacientes. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 503-532. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 9 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar a etiopatogenia da aterosclerose. Relacionar os fatores de risco à etiopatogenia da aterosclerose. Descrever a anatomopatologia dos tipos de placas ateroscleróticas. Explicar a fisiopatologia da aterosclerose. Explicar as bases fisiopatológicas dos sintomas, dos sinais e das grandes síndromes. Utilizar o raciocínio fisiopatológico na abordagem de pacientes com distúrbios do fluxo sanguíneo na circulação sistêmica. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Um paciente de 55 anos, sem comorbidades conhecidas, traz um eletrocardiograma de repouso sem alterações e apresenta dor precordial que o obriga a reduzir o passo no meio de suas caminhadas diárias, cedendo com o repouso. Sobre a anatomopatologia e a fisiopatologia da provável hipótese diagnóstica, é CORRETO afirmar: (A) Há ruptura de placa ateromatosa instável com obstrução parcial de artéria coronária por trombo. (B) A presença de estrias lipídicas é a lesão determinante desse distúrbio. (C) Necrose subendocárdica explica a ausência de alterações no eletrocardiograma nesse caso. (D) Há estenose de pelo menos 75% de artéria coronária por placa ateromatosa. GABARITO: Item (D) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: O quadro clínico do paciente é compatível com angina estável que tem como base fisiopatológica a estenose de pelo menos 75% de artéria coronária por placa ateromatosa. Ruptura de placa ateromatosa instável com obstrução parcial de artéria coronária por trombo ocorre na angina instável. Estrias lipídicas são lesões iniciais na aterosclerose. Necrose subendocárdica ocorre no infarto sem elevação do segmento ST. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 503-532. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 10 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar a etiopatogenia e a fisiopatologia das doenças obstrutivas das vias respiratórias: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bronquiectasia, fibrose cística. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Constitui causa de doença pulmonar obstrutiva crônica não relacionada ao tabagismo: (A) Sarcoidose. (B) Deficiência de alfa-1 antitripsina. (C) Exposição à sílica. (D) Infecção por Necator americanos. GABARITO: Item (B) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: O desequilíbrio metabólico entre proteases e antiproteases parece ser o processo patogenético básico do enfisema. Porque condições que aumentam a atividade das proteases, como o tabagismo, que aumenta a atividade da elastase , estão associadas ao enfisema. A alfa-1 antitripsina é uma antiprotease. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 698-718, 719-720. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 11 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar a etiopatogenia e a fisiopatologia das doenças obstrutivas das vias respiratórias: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bronquiectasia, fibrose cística. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Sobre a etiopatogenia da asma brônquica, é CORRETO afirmar: (A) Envolve a ativação da via Th1. (B) É uma reação de hipersensibilidade tipo III. (C) Na asma induzida por medicamentos, ocorre redução da síntese de PGE2, levando a aumento da síntese de leucotrienos. (D) A remodelagem da via aérea já é observada na reação asmática aguda. GABARITO: Item (C) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: (A) INCORRETA: envolve a ativação da via Th2. A via Th1 desencadeia resposta fisiológica ao contato com partículas estranhas nas vias aéreas. (B) INCORRETA: a asma envolve processo inflamatório associado a reação de hipersensibilidade tipo I. (C) CORRETA: na asma induzida por medicamentos (AAS e outros AINES), ocorre redução da síntese de PGE2, levando a aumento da síntese de leucotrienos. (D) INCORRETA: a remodelagem da via aérea é secundária a reação inflamatória crônica, ou seja, na reação asmática crônica. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 698-718, 719-720. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 12 Disciplina: Anatomofisiopatologia Professor Elaborador: Geison Lira OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Explicar a etiopatogenia e a fisiopatologia das doenças pulmonares intersticiais difusas crônicas (restritivas): doenças fibrosantes, doenças granulomatosas, doenças intersticiais relacionadas ao tabagismo. Explicar as bases fisiopatológicas dos sintomas, dos sinais e das grandes síndromes. Utilizar o raciocínio fisiopatológico na abordagem de pacientes com distúrbios pulmonares obstrutivos e restritivos. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: A.A.M, 65 anos, foi ao hospital com quadro de dispneia aos esforços, há vários meses, com piora nas últimas semanas. Nega tabagismo, etilismo e uso de medicamentos. Refere tertrabalhado por 20 anos como cavador de poços na Serra da Ibiapaba. Ao exame, apresenta taquipneia, estertores crepitantes nas bases pulmonares. Considerando a hipótese de doença pulmonar intersticial difusa por pneumoconiose, uma consequência fisiopatológica esperada para esse paciente é: (A) Aumento da complacência pulmonar. (B) PaCO2 alta (hipercapnia). (C) Hipertensão pulmonar. (D) Redução do volume corrente e aumento do volume de reserva expiratório. GABARITO: Item (C) JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Para um paciente com quadro de dispneia aos esforços, taquipneia e estertores crepitantes nas bases pulmonares, com história de ter trabalhado por 20 anos como cavador de poços leva-nos a considerar a hipótese de doença pulmonar intersticial difusa por pneumoconiose (silicose), um distúrbio pulmonar de natureza restritiva, espera-se como consequência fisiopatológica: redução da complacência pulmonar, pressão intrapleural muito negativa, redução de todos os volumes pulmonares (com taquipneia superficial e PaCO2 normal ou baixa), distúrbio de difusão (com hipoxemia durante o exercício), aumento da resistência vascular pulmonar (com hipertensão pulmonar e cor pulmonale ). REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.). Patologia: Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, p. 698-718, 719-720. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 13 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: Diego Levi TEMA: Abordagem do paciente com edema OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Identificar características semiológicas do edema. Listar as características semiológicas a serem investigadas em um paciente com edema Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com edema. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: O edema é o aumento excessivo de fluido no espaço intersticial. A respeito do edema assinale a alternativa correta: (A) Proteinúria, hipoalbuminemia e edema facial, predominantemente matutino e depressível são características do edema nefrítico. (B) Hipertensão arterial, hematúria, edema em áreas de baixa pressão, como região periorbitária, podendo causar ascite, derrame pleural, hipervolemia, oligúria e anúria são características do edema hepático. (C) Hipertensão portal com acúmulo de líquido na região esplâncnica, distúrbio de coagulação, hipoalbuminemia e ascite são características do edema cardíaco. (D) Edema inicialmente macio e depressível, que evolui para edema duro de difícil compressão, envolvendo extremidades inferiores, sendo por vezes unilateral é característica do linfedema. GABARITO: D JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Proteinúria, hipoalbuminemia e edema facial, predominantemente matutino e depressível são características do edema nefrótico Hipertensão arterial, hematúria, edema em áreas de baixa pressão, como região periorbitária, podendo causar ascite, derrame pleural, hipervolemia, oligúria e anuria são características do edema nefrítico Hipertensão portal com acúmulo de líquido na região esplânica, hipoalbuminemia e ascite são características do edema hepático. Edema inicialmente macio e depressível, que evolui para edema duro de difícil compressão, envolvendo extremidades inferiores, sendo por vezes unilateral é característica do linfedema. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BENSEÑOR, Isabela; ATTA, José Antonio; MARTINS, Mílton de Arruda. Semiologia Clínica . 1a. Edição, São Paulo: SARVIER, 2002.p. 513-521 PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 14 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: Diego Levi TEMA: Abordagem do paciente com dor torácica OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Identificar características semiológicas da dor torácica. Listar as características semiológicas a serem investigadas em um paciente com dor torácica. Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com dor torácica. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: A dor torácica é um dos sintomas mais comuns dos pacientes que procuram serviços de emergência e ambulatórios médicos. A respeito da dor torácica assinale a alternativa correta: (A) A dor torácica anginosa pode durar horas ou dias, é aguda, retroesternal ou em direção ao ápice cardíaco, pode irradiar para o membro superior esquerdo. Sentar-se ou inclinar-se para a frente pode aliviar a dor. (B) A dor torácica da pericardite pode durar até 10 minutos. É caracterizada como peso, aperto, compressão, ou queimação. Tem localização retroesternal, com irradiação para pescoço e mandíbula. Precipitada por exercício, frio ou estresse psicológico. (C) A dor torácica do infarto agudo do miocárdio tem característica anginosa, pode durar mais de 30 minutos, não é aliviada com nitrato e pode gerar arritmias e sintomas de insuficiência cardíaca. (D) A dor torácica da angina estável dura de 10 a 20 min. Surge com níveis mais baixos de esforço e até mesmo durante repouso. GABARITO: C JUSTIFICATIVA DO GABARITO: A dor torácica da pericardite pode durar horas ou dias, é aguda, retroesternal ou em direção ao ápice cardíaco, pode irradiar para o membro superior esquerdo. Sentar-se ou inclinar-se para a frente pode aliviar a dor. A dor torácica anginosa pode durar até 10min. Caracterizada com peso, aperto, compressão, ou queimação. Tem localização retroesternal, com irradiação para pescoço e mandíbula, precipitada por exercício, frio ou estresse psicológico. A dor torácica do infarto agudo do miocárdio tem característica anginosa, pode durar mais de 30min, não é aliviada com nitrato e pode gerar arritmias e sintomas de insuficiência cardíaca. A dor torácica da angina instável dura de 10 a 20 min. Surge com níveis mais baixos de esforço e até mesmo durante repouso REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BENSEÑOR, Isabela; ATTA, José Antonio; MARTINS, Mílton de Arruda. Semiologia Clínica . 1a. Edição, São Paulo: SARVIER, 2002.p. 513-521 PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 15 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: Diego Levi TEMA: Abordagem do paciente com dor torácica OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Identificar características semiológicas da dor torácica. Listar as características semiológicas a serem investigadas em um paciente com dor torácica. Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com dor torácica. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Com relação à dor torácica, assinale a alternativa correta: (A) A dor torácica bem localizada, que piora com a palpação local e com a respiração é característica de dor músculo-esquelética. (B) A dor torácica de forte intensidade, aguda, retroesternal, irradiada para o dorso, podendo haver assimetria ou diminuição do pulso em algum dos membros, é sugestiva das doenças pulmonares e pleurais. (C) A dor torácica em peso ou pontada, que piora com respiração profunda, podendo apresentar assimetria na expansibilidade e dispneia é característica da dissecção aguda de aorta. (D) A dor torácica em queimação ou em cólica, subesternal, intermitente, que piora com as refeições, tem aspecto de doenças agudas do trato gastrointestinal como síndrome dispéptica, refluxo gastroesofágico ou colecistite. GABARITO: A JUSTIFICATIVA DO GABARITO: A dor torácica bem localizada, acentuada, que piora com a palpação local e com a respiração é característica dedor músculo-esquelética. A dor torácica de forte intensidade, aguda, retroesternal, irradiada para o dorso, podendo haver assimetria ou diminuição do pulso em algum dos membros, é sugestiva de dissecção aguda de aorta. A dor torácica em peso ou pontada, que piora com respiração profunda, podendo apresentar assimetria na expansibilidade e dispneia, está relacionada a doenças pulmonares e pleurais. A dor torácica em queimação ou em cólica, subesternal, intermitente, que piora com as refeições, tem aspecto de doenças crônicas do trato gastrointestinal como síndrome dispéptica, refluxo gastroesofágico ou colecistite. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BENSEÑOR, Isabela; ATTA, José Antonio; MARTINS, Mílton de Arruda. Semiologia Clínica . 1a. Edição, São Paulo: SARVIER, 2002.p. 513-521 PARECER DO NAPe: Ok I →crônica QUESTÃO 16 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: João Paulo TEMA: Abordagem do paciente com palpitações e síncope OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Identificar características semiológicas da síncope Listar as características semiológicas a serem investigadas em um paciente com síncope CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente, 70 anos, hipertensa e diabética, relatou, hoje, quadro de palpitação seguido de desmaio após estresse emocional. Paciente relatou também que esse não foi o primeiro episódio de desmaio, ocorrendo vários outros na adolescência, também ocasionados por estresse emocional, mas precedidos de dor abdominal, escurecimento da visão e náusea. Filho, que observou o episódio, descreveu liga-desliga, paciente caiu e logo após retornou a normalidade. Ao exame físico: Bom estado geral, afebril, eupneica, orientada, cooperativa, hidratada, normocorada. Avaliação de cabeça e pescoço com hematoma em região frontal esquerda. Avaliação cardiovascular: ritmo cardíaco regular, em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopro. Pressão arterial deitada e em pé: 140 x 80 mmHg, FC: 82 bpm. Eletrocardiograma normal. Sobre o caso acima, que tipo de síncope a paciente apresentou no dia da consulta? (A) Síncope Vasovagal (B) Hipersensibilidade do seio carotídeo (C) Síncope situacional (D) Síncope cardíaca GABARITO: D JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Paciente quando jovem apresentou quadro sugestivo de síncope vasovagal, com pródromos do sistema nervoso autônomo. Entretanto, hoje, com 70 anos, com fatores de risco cardiovasculares, apresentou um episódio de síncope do tipo liga-desliga e precedido por palpitação. A síncope sugere origem cardíaca. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Exame Clínico: Porto e Porto - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. Editora Guanabara e Koogan. 2014 Semiologia do Adulto: Diagnóstico Clínico Baseado em Evidências - Valdo Mattos 1ª Edição. Editora Medbook. 2017. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 17 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: João Paulo TEMA: Abordagem do paciente com palpitações e síncope OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com palpitação CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente, 89 anos, com doença arterial coronariana prévia, hipertenso, diabético, apresentou quadro de desmaio precedido de mal estar e palpitação. Relata sensação de pulsação no pescoço. Ao exame físico, regular estado geral, afebril, eupneico, orientado, normocorado. Avaliações cardíaca: ritmo cardíaco regular, em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopro. PA: 100 x 60 mmHg, FC: 32 bpm. Qual o exame complementar o médico plantonista deveria solicitar de imediato? (A) Holter 24h (B) Estudo eletrofisiológico (C) Eletrocardiograma (D) Cateterismo cardíaco GABARITO: C JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Paciente com relato de palpitação e síncope, apresentando pulsação no pescoço (sinal do frog) e bradicardia no exame físico. O sinal do frog ocorre quando há contração atrial com as valvas átrio ventriculares fechadas, acontecendo na taquicardia por reentrada e na dissociação atrioventricular (Bloqueio atrioventricular total). O eletrocardiograma seria essencial para o diagnóstico diferencial das arritmias. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Exame Clínico: Porto e Porto - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. Editora Guanabara e Koogan. 2014 Semiologia do Adulto: Diagnóstico Clínico Baseado em Evidências - Valdo Mattos 1ª Edição. Editora Medbook. 2017. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 18 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: João Paulo TEMA: Síndrome Coronariana Aguda OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Identificar características semiológicas de um paciente com síndrome coronariana aguda Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com síndrome coronariana aguda CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Quais pacientes têm maior chance de apresentar dor torácica atípica ou equivalente anginoso como manifestação de isquemia miocárdica? (A) Mulheres, idosos, hipertensos. (B) Homens, jovens, diabéticos. (C) Mulheres, paciente com doença renal crônica, paciente com quadro demencial. (D) Idosos, diabéticos, pacientes com tireoidopatias. GABARITO: C JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Os pacientes têm maior chance de apresentar dor torácica atípica ou equivalente anginoso como manifestação de isquemia miocárdica: mulheres, idosos, com doença renal crônicas, com quadro demencial, diabéticos e com transplante cardíaco. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Exame Clínico: Porto e Porto - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. Editora Guanabara e Koogan. 2014 Semiologia do Adulto: Diagnóstico Clínico Baseado em Evidências - Valdo Mattos 1ª Edição. Editora Medbook. 2017. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 19 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: João Paulo TEMA: Síndrome Coronariana Aguda OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Identificar características semiológicas de um paciente com síndrome coronariana aguda; Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com síndrome coronariana aguda CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente, 49 anos, sexo feminino, diabética há 20 anos, tabagista há 30 anos, procurou atendimento de emergência após aconselhamento de amigo, relatando quadro de dor torácica, em aperto, com duração de 10 minutos, sem irradiação, após exercício físico acima do habitual. Paciente relata que há melhora da dor após o repouso. A dor iniciou há 8 meses, após tentar iniciar atividade física na academia. Na emergência, foi realizado, de forma seriada (0, 6 e 9 h após a admissão), eletrocardiogramas e marcadores de necrose miocárdica. Todos os exames da paciente foram normais. O exame físico da paciente estava dentro da normalidade. De acordo com o caso clínico acima, podemos caracterizar a dor torácica como? (A) Angina instável (B) Angina estável (C) Infarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (D) Dor torácica não anginosa GABARITO: B JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Paciente apresenta dor torácica típica de angina coronariana, além de ter alto risco de doença arterial coronariana (DM2). Entretanto, não conseguimos fechar o diagnóstico de angina instável: dor torácica maior que 20 minutos em repouso (angina em repouso), dor torácica aos pequenos e mínimos esforços (CF III e IV) que surgiu nos últimos 2 meses (angina de início recente) e dor torácica já existente que teve piorada frequência, intensidade ou menos esforços (angina em crescente). Também não há como caracterizar paciente como infarto sem supradesnivelamento do segmento ST, uma vez que nem há dor torácica típica de angina instável, nem há marcadores de necrose miocárdica alterados. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Exame Clínico: Porto e Porto - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. Editora Guanabara e Koogan. 2014 Semiologia do Adulto: Diagnóstico Clínico Baseado em Evidências - Valdo Mattos 1ª Edição. Editora Medbook. 2017. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 20 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: João Paulo TEMA: Insuficiência Cardíaca e Choque Cardiogênico OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Identificar características semiológicas de um paciente com insuficiência cardíaca e choque; Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com insuficiência cardíaca e choque CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente, 74 anos, hipertenso, diabético, veio trazido à emergência pela família com quadro de dispneia em repouso, ortopnéia e edema em membros inferiores. Os sintomas se iniciaram há 6 meses. Ao exame: regular estado geral, dispneico (2/4), hipocorado (¼), hidratado, anictérico, anictérico, sonolento. Exame de cabeça e pescoço: turgência jugular a 45°. Exame cardiovascular: Ritmo cardíaco irregular, em 3 tempos (presença de B3), sem sopro ou desdobramento PA: 80 x 60 mmHg, FC: 110 bpm. Exame respiratório: murmúrio vesicular reduzido em ambos os terços inferiores com estertores crepitantes em bases. SatO2: 89 % em ar ambiente.FR 24 irpm. Abdome semi globoso, com hepatomegalia de 2 cm abaixo do rebordo costal direito, ruídos hidroaéreos presentes, refluxo hepato jugular presente. Extremidades: edemas até os joelhos (3/4), tempo de enchimento capilar de 5 segundos. Sobre o exame físico do paciente acima, marque a alternativa correta? (A) A B3 é um som de alta frequência, devendo ser auscultado com a campânula do estetoscópio (B) A B3 ocorre na sístole, após o relaxamento isovolumétrico (C) A B3 não ocorre em corações estruturalmente normais (D) A B3 é mais audível no ápice de VE, posição em decúbito lateral esquerdo GABARITO: D JUSTIFICATIVA DO GABARITO: A B3 é um som de baixa frequência normalmente associado ao aumento das dimensões ventriculares. Ocorre após B2 durante o enchimento ventricular e indica presença de ventrículo aumentado e de pouca complacência. Deve ser auscultado com a campânula do estetoscópio no ápice cardíaco. A B3 pode ocorrer em indivíduos normais quando há aumento do tônus simpático. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Exame Clínico: Porto e Porto - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. Editora Guanabara e Koogan. 2014 Semiologia do Adulto: Diagnóstico Clínico Baseado em Evidências - Valdo Mattos 1ª Edição. Editora Medbook. 2017 PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 21 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: João Paulo TEMA: Insuficiência Cardíaca e Choque Cardiogênico OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Identificar características semiológicas de um paciente com valvopatias CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente, 74 anos, hipertenso, diabético, veio trazido à emergência pela família com quadro de dispneia em repouso, ortopnéia e edema em membros inferiores. Os sintomas se iniciaram há 6 meses. Ao exame: regular estado geral, dispneico (2/4), hipocorado (¼), hidratado, anictérico, anictérico, sonolento. Exame de cabeça e pescoço: turgência jugular a 45°. Exame cardiovascular: Ritmo cardíaco irregular, em 3 tempos (presença de B3), sem sopro ou desdobramento PA: 80 x 60 mmHg, FC: 110 bpm. Exame respiratório: murmúrio vesicular reduzido em ambos os terços inferiores com estertores crepitantes em bases. Sato2: 89 % em ar ambiente.FR 24 irpm. Abdome semi globoso, com hepatomegalia de 2 cm abaixo do rebordo costal direito, ruídos hidroaéreos presentes, refluxo hepato jugular presente. Extremidades: edemas até os joelhos (3/4), tempo de enchimento capilar de 5 segundos. Como pode ser classificado o perfil desse paciente? (A) Perfil quente e seco (B) Perfil quente e úmido (C) Perfil frio e úmido (D) Perfil frio e seco GABARITO: C JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Paciente, com quadro clínico de insuficiência cardíaca, apresenta tanto sinais de congestão sistêmica (edema em membros inferiores, hepatomegalia, turgência jugular, refluxo hepatojugular presente) como pulmonar (estertores crepitantes) no exame físico. Além disso, há sinais de baixo débito cardíaco (hipotensão arterial, má perfusão periférica e sonolência) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Exame Clínico: Porto e Porto - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. Editora Guanabara e Koogan. 2014 Semiologia do Adulto: Diagnóstico Clínico Baseado em Evidências - Valdo Mattos 1ª Edição. Editora Medbook. 2017 PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 22 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: João Paulo TEMA: Valvopatias OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE: Identificar características semiológicas de um paciente com valvopatias CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente , 60 anos, com diagnóstico prévio de valva aórtica bicúspide, relata quadro de dispneia aos moderados/pequenos esforços, além de ortopneia. Ao exame: Regular estado geral, afebril, eupneico, orientado, cooperativo. Avaliação de cabeça e pescoço: oscilação da cabeça para baixo e para frente. Avaliação cardiovascular: Ritmo cardíaco regular, em 2 tempos, bulhas normofonéticas, com sopro diastólico aspirativo em foco aórtico (⅚) com frêmito. Avaliação respiratória: murmúrio vesicular universal com estertores crepitantes finos em ⅓ inferiores de ambos os hemitóraces. Extremidades: sem edema, perfundidas. Qual sinal semiológico foi descrito acima? (A) Sinal de Musset (B) Sinal de Minervini (C) Sinal de Muller (D) Sinal Quincke GABARITO: A JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Paciente apresenta, pela ausculta, insuficiência aórtica importante com sinal sistêmico de Musset. O sinal de Minervini está relacionado com a pulsação na base da língua. O sinal de Muller está relacionado com a pulsação a úvula. O sinal de Quincke está relacionado com a pulsação do leito ungueal. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Exame Clínico: Porto e Porto - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. Editora Guanabara e Koogan. 2014 Semiologia do Adulto: Diagnóstico Clínico Baseado em Evidências - Valdo Mattos 1ª Edição. Editora Medbook. 2017 PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 23 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: João Paulo TEMA: Valvopatias OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com insuficiência cardíaca e choque CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente, 32 anos, com passado de febre reumática, realizou ecocardiograma transtorácico que observou estenose mitral importante, sem insuficiência. Não há acometimento das outras valvas. Ventrículo esquerdo com funções sistólicas e diastólicas normais. Presença de aumento das dimensões de ventrículo direito e de átrios direito e esquerdo. Sobre o caso acima, marque a alternativa correta? (A) Na radiografia de tórax em perfil, pode-se evidenciar o deslocamento posterior do esôfago baritado contra a coluna. (B) Na radiografia de tórax em pósteroanterior, pode-se evidenciar o sinal da bailarina que é a luxação do brônquio fonte direito. (C) Pode-se auscultar um sopro sistólico em ruflar no foco mitral. (D) Na ausculta, pode-se evidenciar, no foco mitral, estalido de abertura, ruflar e reforço pré sistólico mesmo se o paciente apresentar fibrilação atrial no eletrocardiograma. GABARITO: A JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Paciente com estenose mitral importante apresenta ausculta de estalido de abertura da valva mitral, ruflar diastólico e reforço pré sistólico. O reforço pré sistólico é ocasionado pela contração do átrio esquerdo, não ocorrendo na fibrilação atrial. Na radiografia do paciente, pode ser encontrado alterações típicas de aumento do átrio esquerdo (luxação do brônquio fonte esquerdo - sinal da bailarina, 4º arco na silhueta esquerda - aumento da auriculeta esquerda, duplo arco na silhueta cardíaca direita, e deslocamento posterior do esôfago baritado contra a coluna vertebral). REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Exame Clínico: Porto e Porto - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. Editora Guanabara e Koogan. 2014 Semiologia do Adulto: Diagnóstico Clínico Baseado em Evidências - Valdo Mattos 1ª Edição. Editora Medbook. 2017 PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 24 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: Vando TEMA: Abordagem do paciente com dor abdominal e dispepsia OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Identificar características semiológicas da dor abdominal CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Assinale a alternativa correta sobre a avaliação do paciente com dor abdominal. (A) Uma dor inicialmente visceral, mal definida e localizada na linha média, se torna localizada em patologias que evoluem com irritação do peritônio. (B) Dor de evolução gradual e insidiosa exclui o diagnóstico de condições graves, como obstrução intestinal. (C) Piora com pequenos movimentos sugere dor visceral. (D) O exame físico deve ser realizado, preferencialmente, após a administração de analgésicos, evitando o desconforto do paciente. GABARITO: A JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Dor de evolução gradual é típica da obstrução intestinal distal. Várias causas de dor rapidamente progressiva também apresentam esse padrão. Piora da dor com pequenos movimentos sugere peritonite. O exame físico deve ser realizado, preferencialmente, antes da administração de analgésicos que possam interferir nos achados. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: CHAGAS, Aline Lopes; CARRILHO, Flair José. Dor abdominal. In: MARTINS, Mílton de Arruda et al. Clínica médica : volume 4, doenças do aparelho digestivo, nutrição e doenças nutricionais. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2016. Cap. 7. p. 76-89. PARECER DO NAPe: OK QUESTÃO 25 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: Vando TEMA: Abordagem do paciente com dor abdominal e dispepsia OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com dor abdominal . CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente de 34 anos, sexo feminino, apresenta dor abdominal em hipocôndrio direito há 2 dias, acompanhado de febre, náuseas e vômitos. Ao exame, apresenta dor à palpação do ponto cístico durante a inspiração. Qual exame de imagem deve ser realizado? (A) Radiografia simples de abdome. (B) Tomografia de abdome. (C) Ultrassonografia. (D) Colangiorressonância. GABARITO: C JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Ultrassonografia é o exame inicial de escolha para o diagnóstico de várias patologias abdominais, entre elas aneurisma de aorta abdominal (paciente instável), cólica biliar , colecistite , gravidez ectópica, abscesso tuboovariano, litíase renal. O caso clínico descreve uma clínica sugestiva de colecistite aguda, com sinal de Murphy positivo. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: CHAGAS, Aline Lopes; CARRILHO, Flair José. Dor abdominal. In: MARTINS, Mílton de Arruda et al. Clínica médica : volume 4, doenças do aparelho digestivo, nutrição e doenças nutricionais. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2016. Cap. 7. p. 76-89. PARECER DO NAPe: Ok ✗ ✗ × QUESTÃO 26 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: Vando TEMA: Abordagem do paciente com dor abdominal e dispepsia OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com dispepsia. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente de 60 anos, sexo masculino, tabagista, queixa de dor epigástrica intermitente, em queimação, há cerca de 6 meses. Nega perda de peso, disfagia, vômitos e icterícia. Nega história familiar de câncer do sistema digestório. Sobre o caso, assinale a alternativa correta. (A) O exame de endoscopia digestiva não está indicado, dado a ausência de fatores de risco. (B) Endoscopia digestiva alta está indicada na grande maioria dos pacientes com dispepsia. (C) Endoscopia digestiva alta pode ser indicada com base na faixa etária, independente de outros fatores de risco. (D) O diagnóstico de dispepsia funcional pode ser firmado neste caso, independente dos exames complementares. GABARITO: C JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Sobre a indicação de endoscopia, o Colégio Americano e a Associação Americana de Gastrocnterologia (AGA) recomendam que a investigação seja feita na ausência de sinais de alarme, a partir dos 55 anos. Essa recomendação baseada na faixa etária é bastante questionável, pois a incidência de neoplasia gástrica e úlcera péptica varia conforme a região. No Bras il, por exemplo, o câncer gástrico é a terceira causa de maior mortalidade entre as neoplasias no homem e a quarta cm mulheres, razão pela qual o exame endoscópico tem sido recomendado em idade mais precoce. Na Europa, há a tendência de se indicar ED A para os adultos com mais de 45 anos de idade que se apresentam com dispepsia persistente. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: CHINZON, D; SILVA, A.A.C; LOPES, B.B.C. Dispepsia. In: MARTINS, Mílton de Arruda et al. Clínica médica : volume 4, doenças do aparelho digestivo, nutrição e doenças nutricionais. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2016. Cap. 8. p. 90-100. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 27 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: Vando TEMA: Abdome agudo OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Identificar características semiológicas de um paciente com abdômen agudo. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Homem de 68 anos, apresenta quadro de dor intensa em região epigástrica, de início súbito há 3 horas. A radiografia de evidência a presença de pneumoperitônio. Qual a principal hipótese diagnóstica? (A) Infarto mesentérico. (B) Aneurisma de aorta abdominal roto. (C) Pancreatite aguda. (D) Úlcera péptica perfurada. GABARITO: D JUSTIFICATIVA DO GABARITO: A presença de pneumoperitônio indica perfuração de víscera oca, que causa quadro de dor súbita e intensa, como na úlcera perfurada. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: FERES, Omar; PARRA , Rogério Serafim. Abdômen agudo: fundamentos em clínica cirúrgica, 2ª parte, Capítulo I. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, v.41, n. 4, p.430-436, dez.2008. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 28 Disciplina: Semiologia Professor Elaborador: Vando TEMA: Abdome agudo OBJETIVO DE APRENDIZAGEMA QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Seguir uma sequência sistemática de investigação de um paciente com abdômen agudo. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Homem de 75 anos, apresenta dor abdominal em cólica há 24 horas, com vômitos e parada na eliminação de gases e fezes. Ao exame, apresenta-se taquicárdico, agitado, desidratado. O abdome está distendido, com aumento dos ruídos hidroaéreos e doloroso difusamente à palpação. Indique o exame de imagem inicial para investigação. (A) Radiografia simples. (B) Ultrassonografia. (C) Tomografia. (D) Arteriografia. GABARITO: A JUSTIFICATIVA DO GABARITO: A clínica apresentada sugere obstrução intestinal. A radiografia simples do abdome é o exame inicial, permitindo a identificação da dilatação das alças do intestino, podendo haver níveis hidroaéreos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: FERES, Omar; PARRA , Rogério Serafim. Abdômen agudo: fundamentos em clínica cirúrgica, 2ª parte, Capítulo I. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, v.41, n. 4, p.430-436, dez.2008. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 29 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica das Dislipidemias OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Elaborar plano farmacoterapêutico para o tratamento das dislipidemias, considerando os fatores de risco cardiovasculares. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: F.P.B., masculino, empresário, 42 anos, foi ao cardiologista para consulta anual de acompanhamento. 1,66 m, 98 kg, sedentário, não fumante, todo fim de semana costuma fazer churrasco e beber muita cerveja. Histórico de doenças cardiovasculares apenas na família paterna. Ao avaliar seus exames, foram observados: colesterol total = 159 mg/dL (referência: <190 mg/dL), HDL-c = 42 mg/dL (referência: >40 mg/dL), LDL-c = 115 (referência: <130 mg/dL para baixo risco) e dos TG = 217 (referência: <150 mg/dL). Com base no quadro clínico, assinale a conduta farmacoterapêutica adequada: (A) Uso de fibrato em monoterapia. (B) Uso de estatina em monoterapia. (C) Uso de estatina associada às resinas de ligação de ácidos biliares. (D) Uso de fibrato associado às resinas de ligação de ácidos biliares. GABARITO: A JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Os aumentos nos níveis de VLDL também podem refletir uma predisposição genética e são agravados por fatores que aumentam a taxa de secreção de VLDL pelo fígado, isto é, obesidade, álcool, diabetes e estrogênios. O tratamento consiste em considerar essas questões e usar fibratos e niacina, quando necessário. Os inibidores da redutase mostram-se úteis isoladamente ou com resina, niacina ou ezetimiba na redução dos níveis de LDL. Apresentam uma redução modesta dos níveis plasmáticos de triglicerídeos e pequena elevação das HDL. As resinas mostram-se úteis apenas em casos de elevações isoladas da LDL. Em pacientes que apresentam hipertrigliceridemia, os níveis de VLDL podem aumentar ainda mais durante o tratamento com resinas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. Tradutor et al: Carlos Henrique Cosendey et al. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2017. Cap. 35: p. 606; 609;613 PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 30 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica das Dislipidemias OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Descrever as principais reações adversas e interações medicamentosas dos fármacos empregados no tratamento das dislipidemias. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: A.B.A.C., masculino, 59 anos, obeso e diabético, foi diagnosticado com hiperlipidemia mista. Foi prescrita niacina (3,0 g/dia) para o tratamento da dislipidemia. Analise as assertivas abaixo e a relação proposta entre elas: I. O paciente apresentou com hiperpigmentação da pele na região do pescoço e axilas. O médico relacionou a reação à niacina e modificou a terapia. PORQUE II. O escurecimento está relacionado com a redução na taxa de filtração glomerular induzida por esse medicamento. (A) As afirmações I e II são verdadeiras e a II é uma justificativa da I. (B) As afirmações I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. (C) A afirmação I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. (D) A afirmação I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. GABARITO: C JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Alguns pacientes reações adversas como prurido, exantemas, ressecamento da pele ou das mucosas e acantose nigricans. Esta última também exige a interrupção da niacina, em virtude de sua associação à resistência à insulina. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. Tradutor et al: Carlos Henrique Cosendey et al. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2017. Cap. 35: p. 612-613. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 31 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica das Dislipidemias OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Elaborar plano farmacoterapêutico para o tratamento das dislipidemias, considerando os fatores de risco cardiovasculares. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: G.P.T., feminino, 55 anos, faz tratamento para hipercolesterolemia mista familiar com rosuvastatina na dose máxima (40 mg). Em seus últimos exames, foi observada atividade da creatina-cinase (CK) normal, porém elevadas concentrações de LDL-c e de triglicérides. Com base no caso apresentado, analise as propostas terapêuticas e assinale o item com a medida farmacológica adequada. (A) O médico pode manter a dose de rosuvastatina (40 mg) e associar com niacina . (B) O médico pode reduzir a dose de rosuvastatina (20 mg) e associar com colestipol. (C) O médico pode reduzir a dose de rosuvastatina (20 mg) e associar com niacina (D) O médico pode reduzir a dose de rosuvastatina (10 mg) e associar com fenofibrato. GABARITO: D JUSTIFICATIVA DO GABARITO: O uso de um inibidor da redutase, isoladamente ou em associação com niacina ou fenofibrato, costuma ser necessário para o tratamento de pacientes Hiperlipoproteinemia combinada familiar. Quando o fenofibrato é associado a um inibidor da redutase, recomenda-se o uso de pravastatina ou rosuvastatina, visto que esses fármacos não são metabolizados pela CYP3A4. A niacina também pode aumentar o efeito das estatinas; entretanto, a ocorrência de miopatia aumenta quando são administradas doses de estatina superiores a 25% da dose máxima (p. ex., 20 mg de sinvastatina ou atorvastatina) com niacina. A combinação de um fibrato (clofibrato, genfibrozila ou fenofibrato) com uma estatina é particularmente útil em pacientes com hipertrigliceridemia e níveis elevados de LDL-C. Essa combinação aumenta o risco de miopatia, porém costuma ser segura com um fibrato em sua dose máxima usual e uma estatina em uma dose que não deve ultrapassar 25% da dose máxima. Em pacientes que apresentam hipertrigliceridemia, os níveis de VLDL podem aumentar ainda mais durante o tratamento com resinas REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. Tradutor et al: Carlos Henrique Cosendey et al. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2017. Cap. 35: p. 606, 613. BRUNTON, L. L; CHABNER, B; KHOLLMAHN, B. Goodman & Gilman. Manual de Farmacologia e Terapêutica. 2 ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. Cap. 29:p. 510-512. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 32 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica do Sistema Cardiovascular OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Descrever as principais indicações clínicas dos fármacos empregados no tratamento das principais cardiopatias. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: H.E.S.S., masculino, 46 anos, obeso, matriculou-se em uma consultoria de corridas para emagrecer. Após 20 minutos de treino, sentiu um aperto no peito, parou, sentou-se e a dor logo passou. Após exames médicos, foi diagnosticado com angina estável. Assinale o fármaco que não é adequado à terapia de manutenção da angina: (A) Nitroglicerina sublingual (B) Anlodipino (C) Mononitrato de isossorbida (D) Atenolol GABARITO: A JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Nitroglicerina sublingual é o agente mais utilizado no tratamento imediato da angina. Como sua ação é breve (não excedendo 20 a 30 minutos), o medicamento não é adequado para terapia de manutenção. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. Tradutor et al: Carlos Henrique Cosendey et al. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2017. Cap. 12: p. 198. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 33 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica do Sistema Cardiovascular OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Descrever as principais reações adversas e interações medicamentosas dos fármacos empregados no tratamento das principais cardiopatias. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente, feminino, faz profilaxia das taquicardias supraventriculares paroxísticas há 2 meses e relatou constipação, tontura, fadiga e edema periférico. Com base no caso clínico, qual fármaco pode estar associado: (A) Verapamil (B) Atenolol (C) Nitroprussiato de sódio (D) Digoxina GABARITO: A JUSTIFICATIVA DO GABARITO: As reações adversas aos bloqueadores dos canais de cálcio incluem rubor, tontura, náuseas, constipação e edema periférico. A constipação é particularmente comum com o uso de verapamil. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. Tradutor et al: Carlos Henrique Cosendey et al. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2017. Cap. 12: p. 202. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 34 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica do Sistema Cardiovascular OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Elaborar plano farmacoterapêutico para o tratamento das doenças cardíacas, considerando os fatores de risco cardiovasculares. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Paciente de 54 anos, masculino, hipertenso, foi admitido na emergência com dor na região precordial em queimação, intensa, irradiada para pescoço, membros superiores e dorso. A pressão arterial (PA) era de 170 x 110 mmHg e frequência cardíaca de 90 bpm. Foi tratado com nitroglicerina sublingual, propranolol e captopril. Com base no caso apresentado, avalie as afirmativas abaixo e assinale o item correto: I. A nitroglicerina produz redução da pré-carga ventricular. II. O propranolol gera cronotropismo negativo e inotropismo positivo. III. O captopril promove redução da pré e pós-carga. (A) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. (B) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. (C) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. (D) As afirmativas I, II e III são verdadeiras. GABARITO: C JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Uma dose efetiva de nitroglicerina é o relaxamento acentuado das veias com aumento da capacitância venosa e redução da pré-carga ventricular. Os efeitos benéficos dos agentes β-bloqueadores estão relacionados com sua ação hemodinâmica – diminuição de frequência cardíaca, pressão arterial e contratilidade – que reduzem a demanda miocárdica de oxigênio em repouso e durante exercício. O captopril reduz a resistência periférica e, portanto, a pós-carga; também reduzem a retenção de sal e água (ao diminuírem a secreção de aldosterona) e, consequentemente, a pré-carga. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. Tradutor et al: Carlos Henrique Cosendey et al. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2017. Cap. 12-13: p. 195, 203 e 217. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 35 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica da Hipertensão Arterial OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Descrever as principais reações adversas e interações medicamentosas dos fármacos empregados no tratamento da hipertensão arterial sistêmica. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: P.A.F., masculino, 43 anos, iniciou terapia anti-hipertensiva com losartana 50 mg, 2 vezes/dia. O paciente não apresentou efeitos adversos, mas o resultado da terapia foi parcial. O médico resolveu fazer a associação com anti-hipertensivo. Qual classe deve ser evitada? (A) Tiazídicos (B) Inibidores da ECA (C) Bloqueadores dos canais de cálcio (D) Betabloqueadores GABARITO: B JUSTIFICATIVA DO GABARITO: As combinações de inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores de angiotensina ou alisquireno, que já foram consideradas úteis para uma inibição mais completa do sistema renina-angiotensina, não são recomendadas, devido a sua toxicidade demonstrada em ensaios clínicos recentes. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. Tradutor et al: Carlos Henrique Cosendey et al. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2017. Cap. 11: p. 185. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 36 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica da Hipertensão Arterial OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Descrever as principais indicações clínicas dos fármacos empregados no tratamento da hipertensão arterial sistêmica. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: H.G.V., feminino, 30 anos, 28 semanas de gestação, apresentou cefaleia, turvação visual, dor abdominal e Pressão Arterial Sistólica (PAS) = 155 mmHg. Qual deve ser a escolha do medicamento anti-hipertensivo seguro para esse caso? (A) Atenolol (B) Candesartana (C) Lisinopril (D) Metildopa GABARITO: D JUSTIFICATIVA DO GABARITO: A metildopa é um fármaco preferido para o tratamento da hipertensão durante a gravidez com base na sua efetividade e segurança para a mãe e o feto. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BRUNTON, L. L; CHABNER, B; KHOLLMAHN, B. Goodman & Gilman. Manual de Farmacologia e Terapêutica. 2 ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. Cap. 27: p. 587. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 37 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica da Hipertensão Arterial OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Elaborar plano farmacoterapêutico para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica, considerando os fatores de risco cardiovasculares. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: M.A.R.C, feminino, 52 anos, obeso, hipertensão estágio 2, faz terapia com com enalapril, atenolol e hidroclorotiazida. O paciente relata tosses frequentes nas últimas semanas. Não há nenhuma outra causa para tosse crônica. O cardiologista decide trocar o enalapril por valsartana. Com base na conduta médica, assinale a alternativa correta: (A) A conduta foi incorreta, pois a tosse é um efeito pulmonar do atenolol. (B) A conduta foi incorreta, pois a valsartana atua no sistemarenina-angiotensina-aldosterona e o problema continuará. (C) A conduta foi correta, pois o enalapril aumenta o risco de problemas respiratórios em pacientes obesos. (D) A conduta foi correta, pois a tosse decorre do aumento de bradicinina promovido pelo enalapril. GABARITO: D JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Os efeitos colaterais comuns a todos os inibidores da ECA incluem insuficiência renal aguda, hiperpotassemia, tosse seca, algumas vezes acompanhada de sibilos, e angioedema. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. Tradutor et al: Carlos Henrique Cosendey et al. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2017. Cap. 11: p. 185. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 38 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica das Doenças Ácido-pépticas OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Descrever as principais reações adversas e interações medicamentosas dos fármacos utilizados no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), das gastrites e da úlcera péptica. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: D.C.P., masculino, 57 anos, em tratamento de gastrite crônica com úlceras gástricas, recorreu ao Serviço de Urgência com dor epigástrica pós-prandial, sintomas dispépticos, náuseas e vômitos. Ao fazer endoscopia digestiva alta, foi evidenciado resíduos alimentares no fundo gástrico e um bezoar obstruindo parcialmente o lúmen intestinal. De acordo com o caso acima, qual o provável causador do problema? (A) Hidróxido de alumínio (B) Pantoprazol (C) Sucralfato (D) Famotidina GABARITO: C JUSTIFICATIVA DO GABARITO: A natureza “pegajosa” do gel viscoso produzido pelo sucralfato no estômago pode ser responsável pelo desenvolvimento de bezoares em alguns pacientes REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BRUNTON, L. L; CHABNER, B; KHOLLMAHN, B. Goodman & Gilman. Manual de Farmacologia e Terapêutica. 2 ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. Cap. 45: p. 992. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 39 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica das Doenças Ácido-pépticas OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Descrever as principais indicações clínicas dos fármacos utilizados no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), das gastrites e da úlcera péptica. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: R.P.A, 35 anos, feminino, empresária, faz uso de Dexlansoprazol (DEXILANT®) 30 mg para tratar a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Com base na farmacoterapia prescrita, analise as afirmativas a seguir: I. Os inibidores da bomba de prótons apresentam meia-vida sérica curta de cerca de 1,5 hora; todavia, a duração da inibição da secreção de ácido de 8 a 12 horas. DEVIDO II. A inibição irreversível da bomba de H+/K+-ATPase. (A) As afirmações I e II são verdadeiras e a II é uma justificativa da I. (B) As afirmações I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. (C) A afirmação I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. (D) A afirmação I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. GABARITO: D JUSTIFICATIVA DO GABARITO: A forma ativada dos inibidores da bomba de prótons liga-se de modo covalente a grupos sulfidrila de cisteínas na H+/K+-ATPase, inativando irreversivelmente a molécula da bomba. A secreção de ácido só retorna após a síntese de novas moléculas da bomba e sua inserção na membrana luminal, proporcionando, assim, uma supressão prolongada da secreção ácida (de até 24-48 h), apesar das meias-vidas plasmáticas muito mais curtas do composto original (0,5-2 h). REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BRUNTON, L. L; CHABNER, B; KHOLLMAHN, B. Goodman & Gilman. Manual de Farmacologia e Terapêutica. 2 ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. Cap. 45: p. 988. PARECER DO NAPe: Ok QUESTÃO 40 Disciplina: Farmacologia Clínica Professor Elaborador: Felipe TEMA: Farmacologia Clínica das Doenças Ácido-pépticas OBJETIVO DE APRENDIZAGEM A QUE SE DIRIGE A QUESTÃO: Descrever as principais reações adversas e interações medicamentosas dos fármacos utilizados no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), das gastrites e da úlcera péptica. CONTEXTO/SITUAÇÃO-PROBLEMA + ENUNCIADO: Os antiácidos são medicamentos isentos de prescrição, além ter relativo baixo custo. Com isso, muitas pessoas possuem algum tipo de antiácido em casa para tratar azia. Todavia, as diferentes bases ou sais disponíveis no mercado podem produzir efeitos diferentes. Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. Em pacientes com insuficiência renal, o hidróxido de alumínio pode contribuir para a osteoporose e, por isso, devem evitados. II. O hidróxido de alumínio pode produzir diarreia osmótica e hidróxido de magnésio pode produzir constipação, por isso a associação dos dois minimiza os efeitos intestinais. III. O carbonato de cálcio pode causar distensão abdominal e flatulência. (A) As afirmativas I e II estão corretas. (B) As afirmativas I e III estão corretas. (C) As afirmativas II e III estão corretas. (D) As afirmativas I, II e III estão corretas. GABARITO: B JUSTIFICATIVA DO GABARITO: Sob insuficiência renal, o Al 3+ absorvido pode contribuir para a osteoporose, a encefalopatia e a miopatia proximal. Os sais de magnésio não absorvidos podem causar diarreia osmótica, e os sais de alumínio podem provocar constipação intestinal, esses fármacos costumam ser administrados juntos em formulações comerciais para minimizar o impacto sobre a função intestinal. O CaCO3 neutraliza o H + gástrico rapidamente e de modo eficaz, porém a liberação de CO2 dos antiácidos contendo bicarbonato e carbonato pode causar eructação, náuseas, distensão abdominal e flatulência. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BRUNTON, L. L; CHABNER, B; KHOLLMAHN, B. Goodman & Gilman. Manual de Farmacologia e Terapêutica. 2 ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. Cap. 45: p. 992. PARECER DO NAPe: Ok
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