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Aula 4 - Equipamento em Anestesiologia

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Equipamento em Anestesiologia
Seringa: mecanismo que permite o conteúdo do tubete anestésico ser introduzido através da agulha nos tecidos do paciente -> usamos o tipo carpule.
Critérios da ADA:
- Devem ser duráveis
- Se forem descartáveis, devem ser condicionadas em um involucro estéril
- Se não forem descartáveis, permitir reutilização e reesterilização
- Aceitar ampla variedade de agulhas e tubetes de diferentes fabricantes
 - Descartáveis: não usadas normalmente em cirurgia oral
 - Não descartáveis
 - Seringas sem aspiração: JAMAIS (apenas em casos de infecção intramuscular)
 - Seringa carregamento lateral ou posterior, metálico, tipo tubete, com auto aspiração (realizar refluxo). Utilizam a elasticidade do diafragma de borracha do tubete anestésico para obterem a pressão negativa necessária para a aspiração.
Preparo:
- Remover a seringa esterilizada do involucro
- Retrair totalmente o êmbolo
- Introduzir o tubete na seringa
- Fixar a agulha e remover a proteção da agulha para teste
Vantagens
- Tubete visível
- Muito fácil de aspirar
- Reesterilizável
- Resiste a ferrugem
- Longa duração
- Êmbolo marcado (indica a quantidade de anestésico administrada)
 Desvantagens
- Peso
- Possibilidade de infecção se não houver cuidado apropriado
- Sensação de insegurança para os profissionais não acostumados
Qualquer sinal de sangue no interior do tubete constitui uma aspiração positiva. A agulha não pode estar dentro do vaso.
Técnica de Aspiração
Criação de uma pressão negativa no tubete, permitindo o refluxo sanguíneo, se houver.
- Extremidade da agulha deve permanecer imóvel
- Não aplicar pressão na parte palmar da seringa (seringas com autoaspiração)
- Realizar aspiração pelo menos 2 vezes antes de injetar a solução anestésica
- Modificar a orientação do bisel antes da segunda aspiração
- Realizar aspirações adicionais durante a injeção da solução anestésica
Complicações
- Extravasamento durante a injeção
Perfuração excêntrica no diafragma do tubete, produzindo uma abertura ovoide.
- Tubete quebrado
Arpão torto
Agulha torta
Seringa muito utilizada
- Desencaixe do arpão do êmbolo durante aspiração
Seringas Descartáveis
Vantagens
- Descartável
- Uso único
- Estéril
- Leve
- Diminui a chance de acidentes
Desvantagens
- Custo
- Recomendação de um tubete por seringa
Cuidados no Manuseio de Seringas
- Lavar e enxaguar bem após o uso e esterilizar
- A cada 5 esterilizações lubrificar
AGULHAS
Quanto maior o número da agulha (23, 25, 27, 30), menor o diâmetro.
Ex: 25G é mais grossa que 30G.
A maioria que usamos é de aço inox.
São pré-esterilizadas e descartáveis.
São divididas em bisel, haste, adaptador e calota.
Bisel: extremidade da agulha. Longos, médios e curtos.
Quando maior o ângulo do bisel com o longo eixo, maior o grau de deflexão (entortar)
A agulha com ponta centralizada no longo eixo defletirá menos que a agulha de bisel com ponta excêntrica.
Haste: Peça tubular metálica que se estende da extremidade da agulha até a porção que penetra no tubete.
O diâmetro ideal para a infiltração na cavidade oral ou na face é o da agulha de 27G e 25g que permitem uma aspiração confiável durante a injeção.
Vantagens das Agulhas de Maior Calibre:
- Menor deflexão durante a passagem pelos tecidos
- Menor risco de fratura
- Maior segurança na aspiração
- Menor risco de deslocar o arpão do tubete durante a aspiração
- Sem diferença na percepção do paciente
OBS: para técnicas de elevado risco de aspiração e deflexão BNAI, BNASP e BNM, deve-se usar agulhas de calibre 25G.
Problemas:
- Dor durante a introdução. Minimizando com agulhas cortantes, novas e uso de anestésico tópico.
- Fratura. Não curvar a agulha, não mudar a direção da agulha já inserida no tecido e não introduzir a agulha até a calota.
- Dor à retirada. Presença de rebordos quando a agulha é forçada contra uma superfície dura.
- Lesão ao paciente ou profissional. Cuidados no manuseio do material.
Tubete: Cilindro de vidro ou plástico com 1,8ml. Contém:
- Droga (anestésico local), bloqueio da condução nervosa
- Cloreto de sódio, isotonicidade da solução
- Água estéril, diluente para dar volume
- Vaso constrictor, profundidade, duração da anestesia e absorção
- Metabissulfato de sódio, antioxidante.
- Metilparabeno, agente bacteriostático. É derivado do ácido paramino-benzoico, gerando alergia.
Problemas:
- Bolhas no tubete: uma bolha de mais ou menos 1-2mm geralmente é encontrada, oriunda do gás nitrogênio que foi borbulhado na solução para evitar o aprisionamento de O2. Bolha maior é resultado de congelamento da solução e não deve ser utilizada, possibilidade de contaminação.
- Êmbolo estruído: tubete é congelado, apresentando uma bolha de ar grande
- Armazenamento prolongado em solução desinfetante
- Queimação durante a injeção:
 - Resposta normal ao pH
 - Tubete contendo solução esterilizante
 - Tubete contendo vasoconstrictor
 - Tubete superaquecido
- Corrosão da tampa: ocorre quando submerso em solução desinfetante contendo sais de amônio quaternário, devem ser descartados.
- Ferrugem da tampa: algum tubete no local de armazenamento quebrou ou extravasou, devem ser descartados
- Extravasamento durante a injeção: perfuração da agulha no diafragma não centralizada.
- Tubete quebrado: durante o transporte. Todos devem ser cuidadosamente analisados. Duas áreas devem ser meticulosamente “avaliadas” o fino colo na região da tampa e a área de rolha. Devem ser descartados.
Esterilização do tubete: não pode ser esterilizado, pois perde propriedades físicas. Passar algodão com álcool 70.

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