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02 - Armamentário Para Anestesia

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Introdução 
Esse resumo irá abordar o material utilizado para 
realizar a anestesia e sobre a técnica anestésica inicial, que 
será modificada para os diferentes posicionamentos na 
maxila e na mandíbula. 
 
 
 
Na imagem acima observamos o 
material/armamentário utilizado para fazer a anestesia 
tópica (à esquerda) e o material/armamentário utilizado 
para fazer a anestesia infiltrativa (à direita). 
A técnica infiltrativa ocorre por meio de uma 
agulha e de um tubete anestésico, havendo a deposição do 
material anestésico no local de interesse. Já na técnica 
anestésica tópica ocorre o bloqueio das terminações livres 
e para isso se utiliza materiais diferentes. 
O principal anestésico tópico de uso odontológico 
é o Benzotop (benzocaína). Esse medicamento é do grupo 
éster, que possui um grande potencial alérgico e que é 
basicamente dividido entre os derivados do ácido 
paraminobenzóico (PABA – prilocaína) e os derivados do 
ácido benzóico (benzocaína – mais utilizado). 
O potencial alérgico do grupo amida é bem menor 
que o do grupo éster, mas o seu potencial tóxico é maior 
do que o do grupo éster. Essa maior toxicidade do grupo 
amida se dá em virtude da sua quebra ocorrer no fígado, 
enquanto que os ésteres se quebram no sangue. Porém, 
essa toxicidade é dose-dependente e, por conta disso, 
realiza-se o controle da dose de anestésico para a sua 
utilização. 
A forma de aplicação do benzotop (anestésico 
tópico) se dá por meio de um algodão (cotonete) ou de uma 
pinça de algodão, visto que a solução anestésica se 
apresenta em forma de gel. 
 
Seringas 
Critérios da American Dental Association (ADA) 
para as seringas: 
 Devem ser duráveis e esterilizáveis (não são 
utilizadas uma única vez); 
 Devem ser capazes de aceitar uma ampla 
variedade de agulhas/tubetes e permitir 
esterilização; 
 Devem ser baratas (nem sempre são), 
autocontidas (utilizadas com uma mão só), leves e 
de uso com uma das mãos (a outra mão é utilizada 
para afastar o tecido ou delimitar a área); 
 Devem propiciar uma aspiração eficaz (para ver se 
a agulha está em um vaso sanguíneo) e devem ser 
fabricadas de modo que o sangue possa ser 
facilmente observado no tubete (importante para 
que não haja toxicidade e para não perder a 
eficiência anestésica). 
 
Tipos de Seringas Para Carpules 
Existem seringas para carpule de dois tipos: 
 Aspiração/refluxo ativo (com argola e arpão) – A 
aspiração ocorre em virtude do ato de trazer a 
borracha para trás; 
 Auto aspiração/autorefluxo (sem argola e arpão) – 
A aspiração ocorre somente pela diferença da 
pressão sanguínea do sangue do paciente. 
 
 
Partes das Seringas 
 
No caso da seringa para carpule de refluxo ativo, 
em uma das extremidades observa-se a parte que se 
adapta a agulha e na outra extremidade se observa a parte 
que vai no polegar. 
No sentido da agulha para o polegar, temos: 
 Adaptador de agulha – Apresenta um esquema de 
rosqueamento para o encaixe da agulha no corpo 
da seringa; 
 Corpo da seringa – Toda a extensão cilíndrica da 
seringa, que apresenta um vazamento; 
 Embolo com arpão – Parte de metal que é 
movimentada para frente e para trás. O arpão (ou 
saca rolha) se encontra na ponta do êmbolo e tem 
como função a perfuração do tubete anestésico (na 
parte da borracha de silicona). Quando ele perfura 
essa borracha, permite que o êmbolo seja 
empurrado pra frente ou que volte para trás, mas 
trazendo a borracha consigo (por isso a 
Armamentário Para Anestesia 
denominação de refluxo ativo, visto que esse 
refluxo não se baseia somente na diferença de 
concentração sanguínea, mas no ato de trazer a 
borracha para trás). 
 Apoio para os dedos; 
 Anel do polegar – Quando o êmbolo é empurrado 
o anel toca na parte do anel mais próxima a ele e 
quando o êmbolo é puxado para trás o dedo toca 
na outra parte. 
 
 
 
No caso da seringa para carpule de autorefluxo, 
temos: 
 Ausência de arpão; 
 Ausência de argola – Substituída por uma estrutura 
que serve anto para a palma da mão quanto para o 
polegar (palmar); 
 Adaptador de agulha; 
 Corpo – Também vazado; 
 Êmbolo (sem arpão) 
 Orelha – Serve de apoio para os dedos; 
 Bucha; 
 Porca; 
 Haste; 
 Palmar. 
Para colocar o tubete no interior da seringa é 
necessário tracionar a haste para trás, de forma que o 
êmbolo é totalmente liberado e se obtém o acesso. 
 
 
 
 
Agulhas 
Partes da Agulha 
 
 Haste (assim como a seringa); 
 Possui uma calota – É a parte que liga a haste ao 
adaptador da seringa; 
 Adaptador da seringa (na seringa temos o 
adaptador da agulha); 
 Bisel – É o que perfura os tecidos e vasos. Possui 
uma secção oblíqua, que é aguda e afiada, que é 
justamente o que permite a perfuração. 
 Extremidade que penetra o tubete anestésico 
(“uma outra haste”) – Ultrapassa o diafragma do 
tubete. 
 
 
 
Calibre das Agulhas 
 
As agulhas possuem calibres, que são 
inversamente proporcionais ao tamanho/diâmetro 
interno/externo da agulha. Quanto menor for o 
calibre/numeração (G), maior será o diâmetro externo. 
Na clínica geralmente se utiliza a agulha 30G ou 
27G, que são as agulhas mais finas (mais finas que as de 
insulina, até mesmo). 
 
 
 
 
 
 
 
Comprimento das Agulhas 
 
Basicamente, na odontologia se utiliza dois tipos de 
agulha: a curta (carro-chefe) e a longa (utilizada na técnica 
do bloqueio do nervo alveolar inferior e do bloqueio do 
nervo alveolar superior posterior). Geralmente a agulha 
curta é fina e a agulha longa é grossa. 
 
 
 
 
 
Como é possível observar, a utilização da agulha 
curta ocorre na técnica terminal infiltrava, enquanto que a 
agulha longa é utilizada na técnica do bloqueio regional. 
 Agulha curta – 27 G; 
 Agulha Ultra curta – 30G; 
 Agulha longa – 25G. 
Para encaixar a agulha na seringa basta 
desrosquear a capinha na sua porção inferior e encaixa-la 
na seringa. Uma vez que que a agulha trava no tubete, 
desencapa-se a agulha em si. 
É recomendável passar a agulha sobre uma gaze 
estéril para verificar se há deformidades. Caso a agulha 
enganche ao deslizar sobre a gaze, conclui-se que ela está 
deformada. 
Após a realização desses teste, aplica-se um pouco 
de anestésico e se observa a patência (se permite ou não a 
saída do anestésico) da haste e a saída do anestésico na 
ponta. 
 
Manuseio da Agulha 
 
Para fazer a remoção da agulha o ideal é utilizar um 
instrumental, como o porta-agulha. É totalmente 
desaconselhável remover a agulha com os dedos. 
Depois de retirada a agulha, é necessário descarta-
la em um local adequado, que é o descarpack. Tudo o que 
é de vidro, lâmina, agulha e fio é descartado no descarpack. 
De maneira geral, nuca se deve reencapar a agulha. 
Uma vez que a capa dela foi retirada, deve-se joga-la no 
lixo. O mais adequado é proteger a agulha colocando-a 
entre uma gaze 
 
Cuidados e Recomendações com as 
Agulhas 
 
 Agulhas não devem ser utilizadas em mais de um 
paciente; 
 Após 3 a 4 perfurações elas devem ser trocadas – 
Depois desse limite passa a ocorrer deformações; 
 Agulhas devem ser cobertas quando não estiverem 
em uso; 
 Deve-se observar a posição da agulha – Bizel 
sempre direcionado para baixo; 
 As agulhas devem ser corretamente descartadas 
no descarpack; 
 As agulhas não devem ser introduzidas na sua 
totalidade, ou seja, até a calota – Se ela vier a 
fraturar, ficará muito mais difícil de encontrá-la 
quando está totalmente dentro do tecido; 
 A agulha não deve ser forçada contra uma 
resistência de maneira grosseira – A agulha deve 
caminhar sobre a superfície, mas nunca se deve 
tentar transfixar a estrutura com a agulha; 
 Evitar mudar bruscamente a direção da agulha – As 
agulhas possuem deflexão, que é o desvio que elas 
fazem com relação ao seu trajeto inicial, e essa 
deflexão é maior na medida em que haja mais 
camadas a serem ultrapassadas. Para diminuir a 
deflexão se utiliza agulhas com calibres mais 
grossos, pois à medida que o calibre aumenta a 
deflexão diminui. 
 
Tubetes 
 
Os tubetes também são chamadosde anestube e 
de carpule. As seringas são erroneamente chamadas de 
carpule, enquanto que o correto é denomina-las de seringa 
para carpule, visto que carpule é um sinônimo de tubete 
anestésico. 
 
Partes dos Tubetes 
 
O tubete 
anestésico tem em 
suas extremidades 
a tampa de 
alumínio e o 
êmbolo de 
borracha revestido 
em silicone. Na tampa de alumínio existe uma estrutura 
chamada de Diafragma, que é a borracha que é transfixada 
pelo adaptador da agulha. 
O colo é uma estrutura de transição que liga a 
tampa de alumínio ao corpo do tubete anestésico. 
No tubete anestésico apresenta algumas 
informações vitais em seu corpo, entre elas: 
 Volume da solução – No brasil o padrão é de 1,8 
ml; 
 Nome da substância (xilocaína é o nome comercial 
da lidocaína, que é o anestésico padrão ouro da 
odontologia); 
 Percentual de volume de massa ativa na solução (a 
porcentagem de anestésico); 
 Diz se tem vasoconstritor ou não (epinefrina); 
 Tipo de solução (associação do anestésico com as 
demais substâncias presentes); 
 Concentração ou diluição do vasoconstritor; 
 
 
Outro ponto fundamental presente no tubete é a 
faixa colorida de identificação. Dependendo da substância 
essa cor vai variar, justamente para que se saiba qual é a 
droga que está sendo aplicada. 
O padrão internacional é o tubete de vidro, não 
sendo recomendada a compra do tubete de plástico. Entre 
as vantagens do tubete de vidro, temos o fato de que vidro 
é translúcido, de forma que permite a identificação de 
alterações que possam ocorrer na solução anestésica. 
 
 
 
 
Composição da Solução 
 
 
 
 
O tubete anestésico pode ser de dois tipos: 
 Sem vasoconstritor; 
 Com vasoconstritor. 
Cada substância presente dentro do tubete 
anestésico possui uma função. Por exemplo: 
 Lidocaína – Bloqueio da condução nervosa; 
 Cloreto de sódio – Gera a tonicidade da solução; 
 Água estéril – Dá volume/é o excipiente; 
 Vasoconstritor (substância que só está presente 
nos tubetes anestésicos com vasoconstritor) – O 
padrão das catecolaminas utilizado é a adrenalina. 
Atua em 50% dos receptores alfa presentes no vaso 
e em 50%dos receptores beta presentes no 
musculo cardíaco e no pulmão; 
 (Meta)Bissulfito de sódio (substância que só está 
presente nos tubetes anestésicos com 
vasoconstritor) – A adrenalina sofre interferência 
da luz e, como não é possível ter um tubete escuro, 
realiza-se a associação com esse estabilizante; 
 Metilparabeno (substância que só está presente 
nos tubetes anestésicos com vasoconstritor) – 
Estabilizante utilizado nos anestésicos que não 
usam adrenalina como vasoconstritor (o único caso 
é o da prilocaína, que utiliza um análogo da 
vasopressina como vasoconstritor). 
 
 
 
Como é possível observar na imagem acima, o 
nome comercial da lidocaína é Alphacaine. O número 100 
presente na embalagem é referente à diluição do 
vasoconstritor. Também é possível observar que o 
anestésico em questão é associado com adrenalina 
(adrenalina e epinefrina é a mesma coisa). 
É possível observar que a quantidade de lidocaína 
é de 36 mg e a de adrenalina é de 18 µg, sendo que a 
concentração da adrenalina é de 1 para 100 mil (se fosse 1 
para 200 mil, a quantidade de adrenalina seria de 9 µg, pois 
a concentração é menor/metade). 
Diferente da concentração do anestésico (1%, 2%, 
4%...), a do vasoconstritor é inversamente proporcional ao 
número descrito, ou seja, quanto menor for o número da 
concentração (1:50.000, 1:100.000...), maior será a 
quantidade de vasoconstritor. 
 
Características do Anestésico Local 
 
Alphacaine (2%): 
1:50.000 (mais concentrado) / 1:80.000 / 1:100.000 
(padrão mais utilizado) /1:200.000 (mais diluído) 
Cloridrato de lidocaína + epinefrina 
Forma farmacêutica: solução injetável; 
Apresentação: cartucho contendo 5 blisteres com 10 
carpules de 1,8 ml cada; 
Para uso exclusivo via injeção por infiltração ou bloqueio de 
nervo 
Uso pediátrico e/ou adulto 
Cada mL da solução injetável de Alphacaine 
1:100.000 contém: 
Cloridrato de Lidocaína (2%) ...................... 20,0mg/ml 
Epinefrina base (1:100.000) ........................ 10,0 µg/ml 
Excipientes q.s.p. (quantidade suficiente para) ......... 1,0 mL 
Excipientes: Bissulfito de Sódio, Cloreto de Sódio (confere 
tonicidade) e Água para Injeção 
O (meta)bissulfito de sódio é a única substância a 
qual o paciente pode apresentar alergia ao usar um 
anestésico do grupo amida. 
 
 
Articaine (articaína): 
Como é possível observar o número 100 na caixa, a 
concentração dessa articaína é de 1:100.000. Dessa forma, 
a quantidade total de adrenalina é de 18 µg. 
Se a quantidade total do tubete é de 72mg, o 
percentual de volume da articaína é de 4%. 
A articaína é um anestésico do grupo amida. 
Contudo, ela possui um efeito dual: embora seja amida, 
graças a adição de um anel tiofênico à sua estrutura, 20% 
da articaína se quebra no vaso e 80% se quebra no fígado 
(seguindo o padrão do grupo amida). Também em virtude 
dessa adição do anel tiofênico, a difusão da articaína pelo 
osso é maior e, consequentemente, nos procedimentos 
que envolvem osso (periodontia, cirurgia e endo) é 
interessante contar com esse anestésico (embora seja 3/4 
vezes mais cara que a lidocaína). 
De maneira geral, ela pode ser utilizada em 
pacientes adultos, não sendo recomendada para crianças 
(usa a lido mesmo). Ademais, ela é aplicada na técnica 
terminal infiltrativa. 
 
Características do Anestésico Local 
 
Articaine (4%) 
Forma farmacêutica: solução injetável; 
Apresentação: cartucho contendo 2, 3 ou 5 blisteres com 
10 carpules (tubetes) de 1,8mL cada; 
Para uso exclusivo via injeção por infiltração ou por 
bloqueio do nervo. 
USO PEDIÁTRICO E/OU ADULTO 
Composição: cada mL da solução injetável de articaína 
1:100.000 contém: 
Cloridrato de árticaína (4%) .......................... 40 mg 
Epinefrina Base ............................................. 10,0 µg 
Excipientes q.s.p ........................................... 1 mL 
Excipientes: Metabissulfito de Sódio, Cloreto de Sódio 
(confere tonicidade) e Água para Injeção. 
Cada mL da solução injetável de articaína 1:200.000 
contém: 
Cloridrato de árticaína (4%) .......................... 40 mg 
Epinefrina Base ............................................. 5,0 µg 
Excipientes q.s.p ........................................... 1 mL 
Excipientes: Metabissulfito de Sódio, Cloreto de Sódio 
(confere tonicidade) e Água para Injeção. 
 
 
 
A prilocaína também é um anestésico do grupo 
amida (todos os anestésicos injetáveis são do grupo 
amida). No caso da caixa de prilonest é possível observar a 
descrição de 3%, que é referente à concentração de 
felipressina no tubete. 
É importante lembrar de uma grande diferença 
presente nesse anestésico: o vasoconstritor é uma 
catecolamina, mas a felipressina (análogo da vasopressina 
– só atua na musculatura lisa dos vazos). 
A felipressina não possui a mesma capacidade da 
adrenalina, mas possui a segurança de não atuar nos 
receptores alfa e beta, ou seja, não age sobre o coração e 
pulmões. 
Outra diferença é que a medida de felipressina não 
é descrita em µg, mas em UI (unidades internacionais), 
apresentando 0,054 UI, no total, e 0,03 UI por mL 
(concentração). 
A principal indicação desse anestésico é para 
pacientes com hipertensão e diabetes melitus, visto que o 
vasoconstritor não causará interferência na pressão 
sanguínea e ela é tão segura quanto a lidocaína. No 
entanto, a profundidade anestésica, a duração da anestesia 
e o efeito anestésico é menor do que o da lidocaína, dada 
a diferença entre os vasoconstritores. 
A prilocaína é contraindicada no caso de pacientes 
grávidas, devendo ser substituída pela lidocaína (dano ao 
feto – bebê azul). Essa contraindicação se dá em virtude do 
processo de quebra da lidocaína, que libera um anel de 
o’tuidina, que se liga de maneira irreversível ao ferro da 
hemácia, fazendo com que ela não consiga carregar a 
hemoglobina (diminuição do volume de hemoglobina).Caso não tenha disponibilidade de prilocaína, realiza-se o 
procedimento com a lidocaína. 
 
Características do Anestésico Local 
 
Prilonest 3% + 0,03 UI 
Cloridrato de prilocaína DCB 05748.02-0 + felipressina DCB 
02972.01-8 
Forma farmacêutica: solução injetável 
Apresentação – Cartucho contendo 5 blisteres com 10 
carpules cada 
Para uso exclusivo via injeção em mucosa ou tecidos moles 
USO PEDIÁTRICO E/OU ADULTO 
Composição 
Cada mL da solução injetável contém: 
Cloridrato de prilocaína (3%) ....................... 30 mg 
Felipressina .................................................. 0,03 UI 
Excipientes q.s.p .......................................... 1 mL 
Excipientes: Metilparabeno, Cloreto de sódio e Água para 
injeção. 
 
 
 
A mepivacaína é outro exemplo de anestésico do 
grupo amida que é injetável. A mepivacaína a 3%, 
consequentemente, apresenta 54 mg. Além disso, não 
possui associação com vasoconstritor e, 
consequentemente, não necessita ter metabissulfito de 
sódio e metilparabeno. 
A sua utilização sem vasoconstritor se aplica a 
pacientes alérgicos, justamente pela ausência dos 
estabilizantes. 
Somente dois anestésicos locais não promovem 
vasodilatação: a ropivacaína e a cocaína. Contudo, entre os 
anestésicos locais que são vasodilatadores há aqueles que 
possuem maior potencial de vasodilatação e os que 
possuem menor potencial, sendo a mepivacaína o 
anestésico local com menor efeito vasodilatador dentre 
eles (depois vem a prilocaína e, em seguida, a lidocaína). 
 
Características do Anestésico Local 
 
Forma Farmacêutica, Via de Administração e 
Apresentações: 
Solução estéril injetável de Cloridrato de Mepivacaína 3% 
(30 mg/mL), sem vasoconstritor, acondicionada em 
tubetes de vidro de 1,8 mL. 
USO PEIÁTRICO E ADULTO 
Composição: 
Cada tubete com 1,8 mL da solução injetável de MEPISV 
contém: 
Cloridrato de Mepivacaína ............................... 54 mg 
Excipientes q.s.p .......................................... 1,8 mL 
Excipientes: Cloreto de sódio e Água para injeção. 
 
Segurança e Eficácia dos Anestésicos 
Locais 
A segurança e a eficácia dos anestésicos locais 
dependem da: 
 Dosagem recomendada; 
 Técnica correta; 
 Anamnese previamente realizada; 
 Precauções adequadas; 
 Rapidez e habilidade do profissional na intervenção 
nos casos emergenciais. 
Basicamente, a segurança e a eficácia dos 
anestésicos estão relacionadas com o profissional e não 
com o fármaco em si. Se algo der errado, a culpa é sua. 
 
O Que Influencia a Dose Máxima 
 Duração do tempo de aplicação; 
 Comorbidades – Prilocaína é muito mais segura 
que a lidocaína; 
 Os extremos de idade. 
 
Pacientes Normais 
 
Em pacientes normais pode-se administrar de 8 até 
11 tubetes de lidocaína + epinefrina 1:100.000. Isso 
depende do autor. 
1 tubete = 36 mg 
Para cada 1 kg de peso pode-se administrar até 6,6 mg (mas 
essa dose pode ser maior ou menor, a depender do autor – 
de 4,4 a 7 mg). 
1 kg – 6,6 mg 
10 kg – 66 mg 
70 kg – 462 mg (atinge o limite de 8 tubetes, a depender do 
autor) 
100 kg – 660 mg (teoricamente) / 300 mg (na prática) – 
Mesmo que o indivíduo pese 100 kg, deve-se respeitar o 
teto. 
Teto de administração = 300 mg /500 mg (depende do 
autor) 
1 tubete – 36 mg 
2 tubetes – 72 mg 
8 tubetes – 288 mg 
Esse cálculo varia de acordo com cada autor. 
 
Pacientes Cardiopatas 
 
Em pacientes com cardiopatias o limite de tubetes 
de lidocaína 2% 1:100.000 que podem ser administrados é 
de 2, em virtude da epinefrina. 
Caso o tubete de anestésico for de 1:50.000, o 
máximo de tubetes que pode ser administrado é 1. Caso ele 
seja de 1:200.000, o máximo é 4 tubetes. Portanto, o limite 
de tubetes a serem administrados varia de acordo com a 
concentração do vasoconstritor. 
 Quanto maior for a concentração (menor o 
número), menor será o limite de tubetes a serem 
administrados em cardiopatas. 
 
Pontos Importantes 
 
 Respeitar as doses máximas preconizadas; 
 A ocorrência de efeitos colaterais graves, mesmo 
em cardiopatas, é incomum. 
 A quantidade aceitável e segura em pacientes 
adultos, observando a relação Dose x Peso é de 2 
tubetes – Não se aplica para pacientes com menos 
de 20 kg (1 tubete p/ cada 10 kg); 
 A dose máxima recomendada para os indivíduos 
sensíveis à epinefrina, como determinados 
pacientes ASA III ou ASA IV e pacientes 
clinicamente hipertireóideos é de 0,04 mg (40 µg) 
por consulta; 
1 tubete de lidocaína 1:100.000 – 18µg de adrenalina 
2 tubetes de lidocaína 1:100.000 – 36µg de adrenalina 
4 tubetes de lidocaína 1:200.000 – 36µg de adrenalina 
1 tubete de lidocaína 1:50.000 – 36µg de adrenalina 
 A dose máxima para pacientes ASA III ou ASA IV de 
felipressina é de 0,27 UI ou 9 mL de solução de 0,03 
UI/mL (3%); 
0,03 UI/mL – concentração (%) em um tubete de prilocaína 
0,054 UI – Volume total no tubete de prilocaína 
 A dose máxima recomendada de corbadrina 
(geralmente utilizada com a mepivacaína) é de 1 
mg por consulta para pacientes adultos saudáveis; 
 A dose máxima de prilocaína 3% é limitada a 450 
mg por causa da cianose sintomática. Níveis de 
metemoglobinemia menores que 20% não 
produzem usualmente sinais e sintomas; 
 A metemoglobinemia pode ser revertida dentro de 
15 minutos com a administração de 1 a 2 mg/kg de 
peso de solução de azul de metileno a 1% por via 
intravenosa por cerca de 5 minutos.

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