Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução Esse resumo irá abordar o material utilizado para realizar a anestesia e sobre a técnica anestésica inicial, que será modificada para os diferentes posicionamentos na maxila e na mandíbula. Na imagem acima observamos o material/armamentário utilizado para fazer a anestesia tópica (à esquerda) e o material/armamentário utilizado para fazer a anestesia infiltrativa (à direita). A técnica infiltrativa ocorre por meio de uma agulha e de um tubete anestésico, havendo a deposição do material anestésico no local de interesse. Já na técnica anestésica tópica ocorre o bloqueio das terminações livres e para isso se utiliza materiais diferentes. O principal anestésico tópico de uso odontológico é o Benzotop (benzocaína). Esse medicamento é do grupo éster, que possui um grande potencial alérgico e que é basicamente dividido entre os derivados do ácido paraminobenzóico (PABA – prilocaína) e os derivados do ácido benzóico (benzocaína – mais utilizado). O potencial alérgico do grupo amida é bem menor que o do grupo éster, mas o seu potencial tóxico é maior do que o do grupo éster. Essa maior toxicidade do grupo amida se dá em virtude da sua quebra ocorrer no fígado, enquanto que os ésteres se quebram no sangue. Porém, essa toxicidade é dose-dependente e, por conta disso, realiza-se o controle da dose de anestésico para a sua utilização. A forma de aplicação do benzotop (anestésico tópico) se dá por meio de um algodão (cotonete) ou de uma pinça de algodão, visto que a solução anestésica se apresenta em forma de gel. Seringas Critérios da American Dental Association (ADA) para as seringas: Devem ser duráveis e esterilizáveis (não são utilizadas uma única vez); Devem ser capazes de aceitar uma ampla variedade de agulhas/tubetes e permitir esterilização; Devem ser baratas (nem sempre são), autocontidas (utilizadas com uma mão só), leves e de uso com uma das mãos (a outra mão é utilizada para afastar o tecido ou delimitar a área); Devem propiciar uma aspiração eficaz (para ver se a agulha está em um vaso sanguíneo) e devem ser fabricadas de modo que o sangue possa ser facilmente observado no tubete (importante para que não haja toxicidade e para não perder a eficiência anestésica). Tipos de Seringas Para Carpules Existem seringas para carpule de dois tipos: Aspiração/refluxo ativo (com argola e arpão) – A aspiração ocorre em virtude do ato de trazer a borracha para trás; Auto aspiração/autorefluxo (sem argola e arpão) – A aspiração ocorre somente pela diferença da pressão sanguínea do sangue do paciente. Partes das Seringas No caso da seringa para carpule de refluxo ativo, em uma das extremidades observa-se a parte que se adapta a agulha e na outra extremidade se observa a parte que vai no polegar. No sentido da agulha para o polegar, temos: Adaptador de agulha – Apresenta um esquema de rosqueamento para o encaixe da agulha no corpo da seringa; Corpo da seringa – Toda a extensão cilíndrica da seringa, que apresenta um vazamento; Embolo com arpão – Parte de metal que é movimentada para frente e para trás. O arpão (ou saca rolha) se encontra na ponta do êmbolo e tem como função a perfuração do tubete anestésico (na parte da borracha de silicona). Quando ele perfura essa borracha, permite que o êmbolo seja empurrado pra frente ou que volte para trás, mas trazendo a borracha consigo (por isso a Armamentário Para Anestesia denominação de refluxo ativo, visto que esse refluxo não se baseia somente na diferença de concentração sanguínea, mas no ato de trazer a borracha para trás). Apoio para os dedos; Anel do polegar – Quando o êmbolo é empurrado o anel toca na parte do anel mais próxima a ele e quando o êmbolo é puxado para trás o dedo toca na outra parte. No caso da seringa para carpule de autorefluxo, temos: Ausência de arpão; Ausência de argola – Substituída por uma estrutura que serve anto para a palma da mão quanto para o polegar (palmar); Adaptador de agulha; Corpo – Também vazado; Êmbolo (sem arpão) Orelha – Serve de apoio para os dedos; Bucha; Porca; Haste; Palmar. Para colocar o tubete no interior da seringa é necessário tracionar a haste para trás, de forma que o êmbolo é totalmente liberado e se obtém o acesso. Agulhas Partes da Agulha Haste (assim como a seringa); Possui uma calota – É a parte que liga a haste ao adaptador da seringa; Adaptador da seringa (na seringa temos o adaptador da agulha); Bisel – É o que perfura os tecidos e vasos. Possui uma secção oblíqua, que é aguda e afiada, que é justamente o que permite a perfuração. Extremidade que penetra o tubete anestésico (“uma outra haste”) – Ultrapassa o diafragma do tubete. Calibre das Agulhas As agulhas possuem calibres, que são inversamente proporcionais ao tamanho/diâmetro interno/externo da agulha. Quanto menor for o calibre/numeração (G), maior será o diâmetro externo. Na clínica geralmente se utiliza a agulha 30G ou 27G, que são as agulhas mais finas (mais finas que as de insulina, até mesmo). Comprimento das Agulhas Basicamente, na odontologia se utiliza dois tipos de agulha: a curta (carro-chefe) e a longa (utilizada na técnica do bloqueio do nervo alveolar inferior e do bloqueio do nervo alveolar superior posterior). Geralmente a agulha curta é fina e a agulha longa é grossa. Como é possível observar, a utilização da agulha curta ocorre na técnica terminal infiltrava, enquanto que a agulha longa é utilizada na técnica do bloqueio regional. Agulha curta – 27 G; Agulha Ultra curta – 30G; Agulha longa – 25G. Para encaixar a agulha na seringa basta desrosquear a capinha na sua porção inferior e encaixa-la na seringa. Uma vez que que a agulha trava no tubete, desencapa-se a agulha em si. É recomendável passar a agulha sobre uma gaze estéril para verificar se há deformidades. Caso a agulha enganche ao deslizar sobre a gaze, conclui-se que ela está deformada. Após a realização desses teste, aplica-se um pouco de anestésico e se observa a patência (se permite ou não a saída do anestésico) da haste e a saída do anestésico na ponta. Manuseio da Agulha Para fazer a remoção da agulha o ideal é utilizar um instrumental, como o porta-agulha. É totalmente desaconselhável remover a agulha com os dedos. Depois de retirada a agulha, é necessário descarta- la em um local adequado, que é o descarpack. Tudo o que é de vidro, lâmina, agulha e fio é descartado no descarpack. De maneira geral, nuca se deve reencapar a agulha. Uma vez que a capa dela foi retirada, deve-se joga-la no lixo. O mais adequado é proteger a agulha colocando-a entre uma gaze Cuidados e Recomendações com as Agulhas Agulhas não devem ser utilizadas em mais de um paciente; Após 3 a 4 perfurações elas devem ser trocadas – Depois desse limite passa a ocorrer deformações; Agulhas devem ser cobertas quando não estiverem em uso; Deve-se observar a posição da agulha – Bizel sempre direcionado para baixo; As agulhas devem ser corretamente descartadas no descarpack; As agulhas não devem ser introduzidas na sua totalidade, ou seja, até a calota – Se ela vier a fraturar, ficará muito mais difícil de encontrá-la quando está totalmente dentro do tecido; A agulha não deve ser forçada contra uma resistência de maneira grosseira – A agulha deve caminhar sobre a superfície, mas nunca se deve tentar transfixar a estrutura com a agulha; Evitar mudar bruscamente a direção da agulha – As agulhas possuem deflexão, que é o desvio que elas fazem com relação ao seu trajeto inicial, e essa deflexão é maior na medida em que haja mais camadas a serem ultrapassadas. Para diminuir a deflexão se utiliza agulhas com calibres mais grossos, pois à medida que o calibre aumenta a deflexão diminui. Tubetes Os tubetes também são chamadosde anestube e de carpule. As seringas são erroneamente chamadas de carpule, enquanto que o correto é denomina-las de seringa para carpule, visto que carpule é um sinônimo de tubete anestésico. Partes dos Tubetes O tubete anestésico tem em suas extremidades a tampa de alumínio e o êmbolo de borracha revestido em silicone. Na tampa de alumínio existe uma estrutura chamada de Diafragma, que é a borracha que é transfixada pelo adaptador da agulha. O colo é uma estrutura de transição que liga a tampa de alumínio ao corpo do tubete anestésico. No tubete anestésico apresenta algumas informações vitais em seu corpo, entre elas: Volume da solução – No brasil o padrão é de 1,8 ml; Nome da substância (xilocaína é o nome comercial da lidocaína, que é o anestésico padrão ouro da odontologia); Percentual de volume de massa ativa na solução (a porcentagem de anestésico); Diz se tem vasoconstritor ou não (epinefrina); Tipo de solução (associação do anestésico com as demais substâncias presentes); Concentração ou diluição do vasoconstritor; Outro ponto fundamental presente no tubete é a faixa colorida de identificação. Dependendo da substância essa cor vai variar, justamente para que se saiba qual é a droga que está sendo aplicada. O padrão internacional é o tubete de vidro, não sendo recomendada a compra do tubete de plástico. Entre as vantagens do tubete de vidro, temos o fato de que vidro é translúcido, de forma que permite a identificação de alterações que possam ocorrer na solução anestésica. Composição da Solução O tubete anestésico pode ser de dois tipos: Sem vasoconstritor; Com vasoconstritor. Cada substância presente dentro do tubete anestésico possui uma função. Por exemplo: Lidocaína – Bloqueio da condução nervosa; Cloreto de sódio – Gera a tonicidade da solução; Água estéril – Dá volume/é o excipiente; Vasoconstritor (substância que só está presente nos tubetes anestésicos com vasoconstritor) – O padrão das catecolaminas utilizado é a adrenalina. Atua em 50% dos receptores alfa presentes no vaso e em 50%dos receptores beta presentes no musculo cardíaco e no pulmão; (Meta)Bissulfito de sódio (substância que só está presente nos tubetes anestésicos com vasoconstritor) – A adrenalina sofre interferência da luz e, como não é possível ter um tubete escuro, realiza-se a associação com esse estabilizante; Metilparabeno (substância que só está presente nos tubetes anestésicos com vasoconstritor) – Estabilizante utilizado nos anestésicos que não usam adrenalina como vasoconstritor (o único caso é o da prilocaína, que utiliza um análogo da vasopressina como vasoconstritor). Como é possível observar na imagem acima, o nome comercial da lidocaína é Alphacaine. O número 100 presente na embalagem é referente à diluição do vasoconstritor. Também é possível observar que o anestésico em questão é associado com adrenalina (adrenalina e epinefrina é a mesma coisa). É possível observar que a quantidade de lidocaína é de 36 mg e a de adrenalina é de 18 µg, sendo que a concentração da adrenalina é de 1 para 100 mil (se fosse 1 para 200 mil, a quantidade de adrenalina seria de 9 µg, pois a concentração é menor/metade). Diferente da concentração do anestésico (1%, 2%, 4%...), a do vasoconstritor é inversamente proporcional ao número descrito, ou seja, quanto menor for o número da concentração (1:50.000, 1:100.000...), maior será a quantidade de vasoconstritor. Características do Anestésico Local Alphacaine (2%): 1:50.000 (mais concentrado) / 1:80.000 / 1:100.000 (padrão mais utilizado) /1:200.000 (mais diluído) Cloridrato de lidocaína + epinefrina Forma farmacêutica: solução injetável; Apresentação: cartucho contendo 5 blisteres com 10 carpules de 1,8 ml cada; Para uso exclusivo via injeção por infiltração ou bloqueio de nervo Uso pediátrico e/ou adulto Cada mL da solução injetável de Alphacaine 1:100.000 contém: Cloridrato de Lidocaína (2%) ...................... 20,0mg/ml Epinefrina base (1:100.000) ........................ 10,0 µg/ml Excipientes q.s.p. (quantidade suficiente para) ......... 1,0 mL Excipientes: Bissulfito de Sódio, Cloreto de Sódio (confere tonicidade) e Água para Injeção O (meta)bissulfito de sódio é a única substância a qual o paciente pode apresentar alergia ao usar um anestésico do grupo amida. Articaine (articaína): Como é possível observar o número 100 na caixa, a concentração dessa articaína é de 1:100.000. Dessa forma, a quantidade total de adrenalina é de 18 µg. Se a quantidade total do tubete é de 72mg, o percentual de volume da articaína é de 4%. A articaína é um anestésico do grupo amida. Contudo, ela possui um efeito dual: embora seja amida, graças a adição de um anel tiofênico à sua estrutura, 20% da articaína se quebra no vaso e 80% se quebra no fígado (seguindo o padrão do grupo amida). Também em virtude dessa adição do anel tiofênico, a difusão da articaína pelo osso é maior e, consequentemente, nos procedimentos que envolvem osso (periodontia, cirurgia e endo) é interessante contar com esse anestésico (embora seja 3/4 vezes mais cara que a lidocaína). De maneira geral, ela pode ser utilizada em pacientes adultos, não sendo recomendada para crianças (usa a lido mesmo). Ademais, ela é aplicada na técnica terminal infiltrativa. Características do Anestésico Local Articaine (4%) Forma farmacêutica: solução injetável; Apresentação: cartucho contendo 2, 3 ou 5 blisteres com 10 carpules (tubetes) de 1,8mL cada; Para uso exclusivo via injeção por infiltração ou por bloqueio do nervo. USO PEDIÁTRICO E/OU ADULTO Composição: cada mL da solução injetável de articaína 1:100.000 contém: Cloridrato de árticaína (4%) .......................... 40 mg Epinefrina Base ............................................. 10,0 µg Excipientes q.s.p ........................................... 1 mL Excipientes: Metabissulfito de Sódio, Cloreto de Sódio (confere tonicidade) e Água para Injeção. Cada mL da solução injetável de articaína 1:200.000 contém: Cloridrato de árticaína (4%) .......................... 40 mg Epinefrina Base ............................................. 5,0 µg Excipientes q.s.p ........................................... 1 mL Excipientes: Metabissulfito de Sódio, Cloreto de Sódio (confere tonicidade) e Água para Injeção. A prilocaína também é um anestésico do grupo amida (todos os anestésicos injetáveis são do grupo amida). No caso da caixa de prilonest é possível observar a descrição de 3%, que é referente à concentração de felipressina no tubete. É importante lembrar de uma grande diferença presente nesse anestésico: o vasoconstritor é uma catecolamina, mas a felipressina (análogo da vasopressina – só atua na musculatura lisa dos vazos). A felipressina não possui a mesma capacidade da adrenalina, mas possui a segurança de não atuar nos receptores alfa e beta, ou seja, não age sobre o coração e pulmões. Outra diferença é que a medida de felipressina não é descrita em µg, mas em UI (unidades internacionais), apresentando 0,054 UI, no total, e 0,03 UI por mL (concentração). A principal indicação desse anestésico é para pacientes com hipertensão e diabetes melitus, visto que o vasoconstritor não causará interferência na pressão sanguínea e ela é tão segura quanto a lidocaína. No entanto, a profundidade anestésica, a duração da anestesia e o efeito anestésico é menor do que o da lidocaína, dada a diferença entre os vasoconstritores. A prilocaína é contraindicada no caso de pacientes grávidas, devendo ser substituída pela lidocaína (dano ao feto – bebê azul). Essa contraindicação se dá em virtude do processo de quebra da lidocaína, que libera um anel de o’tuidina, que se liga de maneira irreversível ao ferro da hemácia, fazendo com que ela não consiga carregar a hemoglobina (diminuição do volume de hemoglobina).Caso não tenha disponibilidade de prilocaína, realiza-se o procedimento com a lidocaína. Características do Anestésico Local Prilonest 3% + 0,03 UI Cloridrato de prilocaína DCB 05748.02-0 + felipressina DCB 02972.01-8 Forma farmacêutica: solução injetável Apresentação – Cartucho contendo 5 blisteres com 10 carpules cada Para uso exclusivo via injeção em mucosa ou tecidos moles USO PEDIÁTRICO E/OU ADULTO Composição Cada mL da solução injetável contém: Cloridrato de prilocaína (3%) ....................... 30 mg Felipressina .................................................. 0,03 UI Excipientes q.s.p .......................................... 1 mL Excipientes: Metilparabeno, Cloreto de sódio e Água para injeção. A mepivacaína é outro exemplo de anestésico do grupo amida que é injetável. A mepivacaína a 3%, consequentemente, apresenta 54 mg. Além disso, não possui associação com vasoconstritor e, consequentemente, não necessita ter metabissulfito de sódio e metilparabeno. A sua utilização sem vasoconstritor se aplica a pacientes alérgicos, justamente pela ausência dos estabilizantes. Somente dois anestésicos locais não promovem vasodilatação: a ropivacaína e a cocaína. Contudo, entre os anestésicos locais que são vasodilatadores há aqueles que possuem maior potencial de vasodilatação e os que possuem menor potencial, sendo a mepivacaína o anestésico local com menor efeito vasodilatador dentre eles (depois vem a prilocaína e, em seguida, a lidocaína). Características do Anestésico Local Forma Farmacêutica, Via de Administração e Apresentações: Solução estéril injetável de Cloridrato de Mepivacaína 3% (30 mg/mL), sem vasoconstritor, acondicionada em tubetes de vidro de 1,8 mL. USO PEIÁTRICO E ADULTO Composição: Cada tubete com 1,8 mL da solução injetável de MEPISV contém: Cloridrato de Mepivacaína ............................... 54 mg Excipientes q.s.p .......................................... 1,8 mL Excipientes: Cloreto de sódio e Água para injeção. Segurança e Eficácia dos Anestésicos Locais A segurança e a eficácia dos anestésicos locais dependem da: Dosagem recomendada; Técnica correta; Anamnese previamente realizada; Precauções adequadas; Rapidez e habilidade do profissional na intervenção nos casos emergenciais. Basicamente, a segurança e a eficácia dos anestésicos estão relacionadas com o profissional e não com o fármaco em si. Se algo der errado, a culpa é sua. O Que Influencia a Dose Máxima Duração do tempo de aplicação; Comorbidades – Prilocaína é muito mais segura que a lidocaína; Os extremos de idade. Pacientes Normais Em pacientes normais pode-se administrar de 8 até 11 tubetes de lidocaína + epinefrina 1:100.000. Isso depende do autor. 1 tubete = 36 mg Para cada 1 kg de peso pode-se administrar até 6,6 mg (mas essa dose pode ser maior ou menor, a depender do autor – de 4,4 a 7 mg). 1 kg – 6,6 mg 10 kg – 66 mg 70 kg – 462 mg (atinge o limite de 8 tubetes, a depender do autor) 100 kg – 660 mg (teoricamente) / 300 mg (na prática) – Mesmo que o indivíduo pese 100 kg, deve-se respeitar o teto. Teto de administração = 300 mg /500 mg (depende do autor) 1 tubete – 36 mg 2 tubetes – 72 mg 8 tubetes – 288 mg Esse cálculo varia de acordo com cada autor. Pacientes Cardiopatas Em pacientes com cardiopatias o limite de tubetes de lidocaína 2% 1:100.000 que podem ser administrados é de 2, em virtude da epinefrina. Caso o tubete de anestésico for de 1:50.000, o máximo de tubetes que pode ser administrado é 1. Caso ele seja de 1:200.000, o máximo é 4 tubetes. Portanto, o limite de tubetes a serem administrados varia de acordo com a concentração do vasoconstritor. Quanto maior for a concentração (menor o número), menor será o limite de tubetes a serem administrados em cardiopatas. Pontos Importantes Respeitar as doses máximas preconizadas; A ocorrência de efeitos colaterais graves, mesmo em cardiopatas, é incomum. A quantidade aceitável e segura em pacientes adultos, observando a relação Dose x Peso é de 2 tubetes – Não se aplica para pacientes com menos de 20 kg (1 tubete p/ cada 10 kg); A dose máxima recomendada para os indivíduos sensíveis à epinefrina, como determinados pacientes ASA III ou ASA IV e pacientes clinicamente hipertireóideos é de 0,04 mg (40 µg) por consulta; 1 tubete de lidocaína 1:100.000 – 18µg de adrenalina 2 tubetes de lidocaína 1:100.000 – 36µg de adrenalina 4 tubetes de lidocaína 1:200.000 – 36µg de adrenalina 1 tubete de lidocaína 1:50.000 – 36µg de adrenalina A dose máxima para pacientes ASA III ou ASA IV de felipressina é de 0,27 UI ou 9 mL de solução de 0,03 UI/mL (3%); 0,03 UI/mL – concentração (%) em um tubete de prilocaína 0,054 UI – Volume total no tubete de prilocaína A dose máxima recomendada de corbadrina (geralmente utilizada com a mepivacaína) é de 1 mg por consulta para pacientes adultos saudáveis; A dose máxima de prilocaína 3% é limitada a 450 mg por causa da cianose sintomática. Níveis de metemoglobinemia menores que 20% não produzem usualmente sinais e sintomas; A metemoglobinemia pode ser revertida dentro de 15 minutos com a administração de 1 a 2 mg/kg de peso de solução de azul de metileno a 1% por via intravenosa por cerca de 5 minutos.
Compartilhar