Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
08/06/15 1 COMPLICAÇÕES EM ANESTESIA LOCAL “ ... apenas os métodos ou substâncias que induzem um estado transitório e completamente reversível de anestesia são usados na prática clínica ...” Stanley Malamed } Perda da sensibilidade em determinada área; } Depressão da excitação das terminações nervosas ou pela eliminação da condução do estímulo nervoso; } Perda da sensibilidade sem perda da consciência. 1. Traumatismo mecânico; 2. Hipotermia; 3. Anoxia; 4. Irritantes químicos; 5. Agentes neurolíticos (álcool e fenol); 6. Agentes químicos (anestésicos locais). 1. Não ser irritante ao tecido; 2. Não causar alteração permanente ao tecido; 3. Baixa toxicidade sistêmica; 4. Ser eficaz (injetado na mucosa ou topicamente); 5. Baixo tempo de latência; 6. Duração longa para realização do procedimento, mas não para se ter uma recuperação demorada; 7. Potência suficiente em concentrações as menores possíveis; 8. Baixa ou “nenhuma” reação alérgica; 9. Solução estável e ter rápida biotransformação no organismo; 10. Estéril sem se degradar. } Através da membrana nervosa em direção ao SNC; } Dependente da característica do nervo: mielinizado ou não mielinizado. } Alterando o potencial de repouso básico da membrana nervosa; } Alterando o potencial limiar; } Diminui a velocidade de despolarização; } Aumenta a velocidade de repolarização. Deslocamento do receptor dos íons de cálcio do receptor deste canal permite Ligação da molécula do AL a este receptor Bloqueio do canal de Cálcio Redução na condução do sódio Depressão da velocidade da despolarização elétrica Não atinge o limiar do potencial de ação Bloqueio da condução 08/06/15 2 } AL podem ser ésteres ou amidas; } Maioria são aminas terciárias; } Raros são aminas segundárias (prilocaína); } São anfipáticos: características lipófilas e hidrófilas; } AL sem parte hidrófila não são adequados para injeção, porém são ótimos para uso tópico (benzocaína); } Ésteres são prontamente hidrolisados em solução aquosa (ex. procaína); } Amidas são relativamente resistentes a hidrólise (ex. lidocaína); } pH importante para determinar ação do AL (tanto o do tecido, quanto o da substância); } Meio ácido diminui a eficácia do AL (ex. área infectada – pH 5 ou 6, pH do tecido normal 7,4) } Presença de vasoconstrictores muda o pH, sem vaso pH 5,5 e com vaso pH 3,3 (quanto menor o pH maior o tempo de latência e maior a sensação de queimação); } pH maior acelera o início da ação, diminuição o incômodo e aumenta a eficácia clínica, porém soluções ácidas precipitam facilmente, não sendo indicadas para uso clínico. } AL com vasoconstrictor apresentam um conservante (bissulfito de sódio) para acidificar a solução e retardar a oxidação do vasoconstrictor. i. Variação da resposta individual à droga administrada; ii. Precisão na administração da droga; iii. Estado dos tecidos no local da infiltração (vascularização, pH); iv. Variação anatômica; v. Tipo de injeção aplicada: infiltração vs. Bloqueio Doses maiores do que as recomendadas NÃO aumentam a duração } Avaliação do Paciente } Preparação do Tecido } Técnica Anestésica O que fazer para evitar complicações???? Apesar da avaliação cuidadosa do paciente, do preparo adequado do tecido e de técnica de administração meticulosa, complicações podem ocorrer ocasionalmente... } Locais } Sistêmicas } Quebra da agulha } Dor à injeção } Queimação à injeção } Parestesia } Trismo } Hematoma } Infecção } Edema } Necrose dos tecidos } Lesões dos tecidos moles } Paralisia do nervo facial } Lesões intra-orais pós- anestésicas Locais Complicações Locais Quebra da agulha } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento } AGULHA NÃO DESCARTÁVEL } MOVIMENTAÇÃO SÚBITA } AGULHAS MENORES, FINAS ou CURVADAS } DEFEITO DE FABRICAÇÃO } INTRODUÇÃO ATÉ A CALOTA 08/06/15 3 Complicações Locais Dor à Injeção } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento } SOLUÇÕES QUENTES, FRIAS ou CONTAMINADAS } TÉCNICA INADEQUADA } ATITUDE INSENSÍVEL } PROBLEMAS SECUNDÁRIOS } INFILTRAÇÃO RÁPIDA } AGULHAS NÃO AFIADAS ou COM FARPAS Complicações Locais Queimação à Injeção } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento } SOLUÇÕES QUENTES } SOLUÇÕES CONTAMINADAS } pH ÁCIDO DA SOLUÇÃO } INJEÇÃO RÁPIDA } Pode causar edema, trismo ou parestesia 08/06/15 4 Complicações Locais Parestesia } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento INDICA TRAUMATISMO DO NERVO } TRAUMA DIRETO SOLUÇÃO CONTAMINADA (NEUROLÍTICA) } TRAUMA INDIRETO HEMATOMA PERINEURAL FAVORECE AUTOLESÃO PODE ALTERAR PALADAR } LESÃO PERMANENTE MUITO RARA } RESOLUÇÃO ESPONTÂNEA (8 semanas) } EVITAR NOVA ANESTESIA } NERVOS LINGUAL e ALVEOLAR INFERIOR Complicações Locais Trismo } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento } SOLUÇÃO CONTAMINADA } EDEMA, INFECÇÃO ou HEMATOMA } TRAUMA MUSCULAR DIRETO Múltiplas introduções ou excesso de solução } SANGRAMENTO na FOSSA INFRATEMPORAL } MAIS COMUM EM BLOQUEIO DO NAI e NAPS } CALOR ÚMIDO } ANALGÉSICO } RELAXANTE MUSCULAR* } DESCONFIAR SEMPRE DE INFECÇÃO Complicações Locais Hematoma } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento } MUDANÇA DE COLORAÇÃO } COM ou SEM AUMENTO DE VOLUME } DOR, TRISMO ou INFECÇÃO } PRESSÃO DIRETA IMEDIATAMENTE } RESOLUÇÃO ESPONTÂNEA ( 7 a 14 dias ) } GELO NAS PRIMEIRAS 48 HORAS } CALOR ÚMIDO APÓS 48 HORAS } POSSIBILIDADE DE INFECÇÃO Complicações Locais Infecção } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento 08/06/15 5 } BASTANTE RARA ATUALMENTE } CONTAMINAÇÃO da AGULHA ou SOLUÇÃO } CALOR, RUBOR, TUMOR e DOR } TRISMO POR MAIS DE 48 HORAS } REMOÇÃO DA CAUSA E DRENAGEM } COM OU SEM ANTIBIOTICOTERAPIA Complicações Locais Edema } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento } TRAUMA/IRRITAÇÃO, INFECÇÃO, HEMORRAGIA ou ALERGIA } DOR e DISFUNÇÃO } RESOLUÇÃO ESPONTÂNEA } GELO NAS PRIMEIRAS 48 HORAS } OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS ? Complicações Locais Necrose dos Tecidos } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento } “ABSCESSO ESTÉRIL ou NECROSE ASSÉPTICA” } ISQUEMIA PROLONGADA e INTENSA } MUCOSA DO PALATO DURO } ADRENALINA 1:50.000 } NORADRENALINA 1:30.000 Complicações Locais Lesão dos Tecidos Moles } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento } BLOQUEIO DO ALVEOLAR INFERIOR } CRIANÇAS } PACIENTES COM RETARDO MENTAL } INFORMAR OS RESPONSÁVEIS } EUA – ADESIVOS } MEPIVACAÍNA 3% S/ VASOCONSTRITOR Complicações Locais Paralisia do Nervo Facial } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento } BLOQUEIO DO ALVEOLAR INFERIOR } INTRODUÇÃO EXCESSIVA DA AGULHA } AL POSTERIOR AO RAMO MANDIBULAR } TOCAR A MEDIAL DO RAMO } ASSIMETRIA e PARALISIA DA FACE } LUBRIFICAR O GLOBO OCULAR 08/06/15 6 Complicações Locais Lesões Intra-Orais Pós-anestésicas } Causas } Problemas } Prevenção } Tratamento } ESTOMATITE AFTOSA RECORRENTE ou HERPES SIMPLES } DOR e ULCERAÇÃO APÓS 2DIAS } Superdosagem } Alergias } Idiossincracias Sistêmicas } REAÇÕES ADVERSAS AOS ANESTÉSICOS LOCAIS: ◦ REAÇÃO TÓXICA (SUPERDOSAGEM) ◦ REAÇÃO ALÉRGICA (NÃO DOSE-DEPENDENTE) ◦ IDIOSSINCRASIA Superdosagem } Reação adversa mais comum } Remoção constante pelo organismo } Fatores que interferem na reabsorção: Fatores do Paciente x Fatores da Droga Sistêmicas DOSE-DEPENDENTE } ANESTESIA INTRAVASCULAR } ADMINISTRAÇÃO RÁPIDA } DOSE EXCESSIVA } BIOTRANSFORMAÇÃO LENTA } ELIMINAÇÃO LENTA } “ABSORÇÃO RÁPIDA” } ABSOLUTA: ADMINISTRAÇÃO DE QUANTIDADE EXCESSIVA DE SOLUÇÃO ANESTÉSICA LOCAL } RELATIVA: ADMINISTRAÇÃO INTRAVASCULAR COM ou SEM INJEÇÃO RÁPIDA Fatores do Paciente } Idade } Peso } Sexo } Outras drogas } Comorbidades e fatores genéticos } Temperamento e meio Sistêmicas Fatores da Droga } Vasoatividade } Concentração } Dose } Via de Administração } Velocidade de Injeção } Vascularização no Local da Injeção } Presença de Vasoconstrictores Sistêmicas 08/06/15 7 Causas Sistêmicas 1 – Biotransformação (fígado e sangue) lenta 2 – Eliminação lenta através dos rins 3 – Administração de uma dose total grande 4 – Absorção local incomumente rápida 5 – Injeção intravascular inadvertida Muitas reações de superdosagem de anestésicos locais ocorrem em virtude do binômio injeção intravascular inadvertida e injeção muito rápida, fatores praticamente 100% evitáveis Sinais } Loquacidade } Ansiedade } Excitabilidade } Euforia } Sudorese } Vômito } Aumento PA } Aumento FC } Aumento FR Níveis mínimos a moderados Sintomas } Nervosismo } Dormência } Tonteira } Agitação } Gosto metálico } Distúrbios visuais } Distúrbios auditivos } Sonolência } Perda da consciência } Atividade convulsiva } Depressão generalizada do SNC } Diminuição da PA } Diminuição da FC } Diminuição da FR Níveis moderados a altos Reaçaõ de Superdosagem leve } Tranquilizar o paciente } Oxigenação } Monitorar SV } Anticonvulsivantes (início lento x tardio) } Assistência médica Sistêmicas Tratamento Reaçaõ de Superdosagem grave } Paciente em decúbito dorsal com pés levemente elevados } Presença ou ausência de convulsões } Solicitar assistência médica imediata } BLS } Administrar anticonvulsivantes } Se a hipotensão persistir, fenilefrina ou metoxamina IM Sistêmicas Tratamento Superdosagem de Adrenalina } Ansiedade } Tensão } Cefaléia pulsátil } Tremor } Sudorese } Fraqueza } Palidez } Dificuldade respiratória } Palpitações Sistêmicas Superdosagem de Adrenalina Tratamento } Remoção da fonte de adrenalina } Posicionar o paciente } Tranquilizar o paciente } Avaliar SV } Administração O2 } Recuperação Sistêmicas } AÇÃO FARMACOLÓGICA: DEPRESSÃO } ÓRGÃOS MAIS SENSÍVEIS: CÉREBRO (SNC ) CORAÇÃO ( SCV ) 08/06/15 8 } 1) FASE PRÉ-CONVULSIVA Inibição parcial dos neurônios inibitórios } 2) FASE CONVULSIVA Inibição total dos neurônios inibitórios } 3) FASE DE DEPRESSÃO Inibição dos neurônios inibitórios e excitatórios } MAIORIA AUTOLIMITADA } ANTICONVULSIVANTE DIAZEPAM 10mg, via IM } REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE } O QUÊ ACONTECEU EXATAMENTE? } QUAL FOI O TRATAMENTO REALIZADO? } CONSIDERAR TESTE INTRA-CUTÂNEO } MAIS COMUM NOS ÉSTERES } MUITO RARA NO TIPO AMIDA } METILPARABENO } BISSULFITO DE SÓDIO (ASMÁTICOS) } ANESTÉSICO TÓPICO (ÉSTER) } MAL-ESTAR } SINAIS CUTÂNEOS IMEDIATOS } DISTÚRBIOS GASTRINTESTINAIS e/ou GENITURINÁRIOS } REAÇÕES RESPIRATÓRIAS } REAÇÕES CARDIOVASCULARES } ADRENALINA 1:1.000 - 0,3 ml, via SL } ANTI-HISTAMÍNICO, via IM } CORTICOSTERÓIDE (?) } MANUTENÇÃO DAS VIAS AÉREAS INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL CRICOTIREOIDOTOMIA TRAQUEOSTOMIA } SEDAÇÃO INALATÓRIA C/ ÓXIDO NITROSO } ANESTESIA GERAL } ANTI-HISTAMÍNICO INJETÁVEL: ◦ CLORIDRATO DE DIFENIDRAMINA A 1% ( BENADRYL ) Alergia } Introdução dos anestésicos locais do tipo amida diminuiu ocorrência de reações } Mais comum com os ésteres } Reações dermatológicas, reações respiratórias e anafilaxia generalizada Sistêmicas Prevenção } Questionário da história clínica } Anamnese } Parecer e teste de alergia } Não realizar tratamento eletivo até conclusão } Atendimento de emergência sob estritas condições (prescrição de analgésicos, anestesia geral...) Sistêmicas Alergia } Urticária } Angioedema Reações Dermatológicas Reações Respiratórias } Angústia respiratória } Dispnéia } Sibilos } Rubor } Cianose } Sudorese } Taquicardia } Uso de músculos acessórios da respiração 08/06/15 9 Anafilaxia Generalizada } Sinais e Sintomas v Reações cutâneas v Espasmo do músculo liso respiratório e dos TGI e TGU v Angústia Respiratória v Colapso Cardiovascular } Tratamento v Reações cutâneas tardia & imediata v Broncoespasmo v Edema da laringe v Anafilaxia generalizada Cricotireotomia / Adrenalina / Corticóides / Anti-histaminicos SOCORRO MÉDICO ATENÇÃO!!! Reações alérgicas a componentes do tubete!! • Metilparabeno • Bissulfitos ...
Compartilhar