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Acidentes e complicações sistêmicas e locais em anestesiologia

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Acidentes e complicações sistêmicas e locais em anestesiologia.
A prevenção é a melhor maneira de remediar um acidente, pois ela evita que haja complicações durante uma cirurgia. Uma anamnese e um exame físico (aferição de sinais vitais) bem feito, já são um passo para evitar complicações. Se detectado algum problema de saúde, a cirurgia deve ser adaptada para que o paciente não corra riscos. 
A prevenção de acidentes é com uma boa técnica anestésica, evitando torcer a agulha e fazer movimentos inadequados. Caso haja uma infiltração de anestésico, alguns pacientes podem apresentar aumento na pressão arterial (PA), maior ansiedade, dor na região de punção, superdosagem, metahemoglobinemia, colinesterase plasmática atípica, hipertermia maligna, alergia e interações medicamentosas.
A superdosagem é o aumento dos níveis sanguíneos de algum fármaco em órgãos ou em tecido. Os fatores que influenciam são: gênero, peso, interação medicamentosa, doenças sistêmicas e genéticas. Devese considerar sobre o fármaco: concentração, dose, vasoatividade, via de administração, velocidade de injeção e vasoconstritores. 
Tem como tratamento para convulsões: colocar o paciente em decúbito dorsal pode-se administrar um anticonvulsivante. Para depressão respiratória: é monitorar os sinais vitais e a manutenção da via aérea. 
Os sinais e os sintomas incluem taquicardia, hipertensão, sonolência, confusão e gosto metálico, e iniciam de 5 a 10 minutos após a anestesia local. Os sinais progressivos são tremores, alucinações, hipotensão e bradicardia. Os sinais tardios incluem inconsciência, convulsões tônicoclônicas, disritmias, parada respiratória e circulatória.
A metahemoglobinemia é uma reação sistêmica que provoca alterações no transporte sanguíneo do oxigênio, ela se originar de duas formas:
· Congênita: decorrida de alterações enzimáticas na hemoglobina.
· Adquirida: resultante da exposição a fármacos ou a toxinas, como nitratos e anestésicos locais. 
Está associada à prilocaína e à articaína, por isso deve-se limitar suas dosagens. Tem como sinais: pele pálida e/ou com coloração acinzentada, mucosas cianóticas, letargia, dispneia e taquicardia. Ela afeta, principalmente, idosos, anêmicos, portadores de doenças respiratórias e metahemoglobinemia prévia. Devese encaminhar o paciente ao hospital para atendimento médico e monitorar seus sinais vitais.
A colinesterase plasmática atípica é hereditária que altera a colinesterase plasmática, enzima sintetizada pelo fígado, deve-se atentar para a administração de altos níveis de anestésico local do tipo éster. Tem sinais e os sintomas de superdosagem.
A hipertermia maligna é uma síndrome multifatorial de origem hereditária, ocorre com maior incidência em indivíduos com menos de 30 anos. Os pacientes com predisposição genética para desenvolver hipertermia maligna devem ser expostos a anestésicos gerais inalatórios, à succinilcolina e a anestésicos locais do tipo amida. Tem como sinais e sintomas: desordens musculoesqueléticas, cianose, acidose respiratória, taquicardia, rigidez muscular, febre acima de 42°C e óbito.
Como tratamento é necessária a interrupção da anestesia, oxigênio suplementar, monitoramento de gases no sangue arterial, administração intravenosa de bicarbonato de sódio para a alcalinização rápida do sangue e� controle da temperatura corpórea.
A alergia é uma hipersensibilidade adquirida, podem ser classificadas em:
· Humorais do tipo I – caracterizadas por serem imediatas e graves, como a anafilaxia.
· Humorais do tipo III – caracterizadas por serem reações tardias.
· Celulares do tipo IV – caracterizadas por serem tardias com reações dermatológicas moderadas, como presença de urticária. Os anestésicos locais do tipo éster, geralmente, causam reações alérgicas do tipo IV, enquanto os do tipo amida podem causar ambos os tipos de reação.
Um paciente alérgico ao anestésico aminaéster, deve ser usado anestésico do tipo aminoamida. Já pacientes alérgicos tipo amida devem utilizar outro anestésico do mesmo tipo, pois, diferentemente do éster, não possui reação cruzada.
As formas leves são geralmente tratadas por antihistamínicos orais. Nas formas graves é com antihistamínico, adrenalina e oxigênio, monitorando sinais vitais, solicita o atendimento de urgência médica e, se necessário, inicia o suporte básico de vida.
· Os usuários de antidepressivos tricíclicos podem ter como efeitos colaterais o aumento da PA e arritmias cardíacas, pois pode haver um acúmulo de noradrenalina. 
Para pacientes usuários de cocaína deve- se ter atenção na anestesia, pois há um acúmulo de noradrenalina, causando aumento da PA, da freqüência cardíaca e do consumo de oxigênio, consequentemente causando um infarto do miocárdio, arritmias e até parada cardiorrespiratória. A realização do procedimento deve ser de no mínimo 24 horas após o uso da droga, com inoculação lenta de anestésico e checar para não realizar a injeção intravenosa. Em casos de atendimento de urgência, utilizar, preferencialmente, felipressina, pois esse vasoconstritor não tem ação no sistema cardíaco.
 A quebra da agulha está associada a: falhas na fabricação da agulha, a movimentação inadequada durante a anestesia ou mesmo erros de técnica do profissional, como a reutilização excessiva da agulha, a inserção de toda a agulha nos tecidos ou a angulação da haste da agulha antes de sua inserção. 
Para evitar a dor ou queimação durante as anestesias, deve ser feita uma técnica excelente, utilizar anestésico tópico antes, massagear a área e infiltrar lentamente o anestésico. A contaminação do anestésico está bastante associada, o condicionamento dos tubetes é importante para sua conservação, podem ser seguidas de parestesia ou trismo.
O tratamento da parestesia, em geral, ocorre espontaneamente, a dormência não é total e é somente na área afetada. A duração depende da quantidade de anestésico e a área. O trismo pode ocorrer após a anestesia local em caso de infiltração do anestésico no interior de fibras musculares. Onde a toxicidade do anestésico pode levar a uma fibrose. Para impedir, o profissional deve evitar o uso excessivo de anestésico na mesma região e evitar o trauma como a reinserção da agulha no mesmo local, evitando a formação de hematomas.
A necrose tecidual está associada a vários fatores, como o uso excessivo de anestésico tópico, em regiões como o palato ou mordidas no lábio por crianças que foram anestesiadas e não percebem o dano tecidual após os procedimentos odontológicos.

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