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EPIDEMIOLOGIA Epidemiologia é o conjunto do conhecimento de uma enfermidade no que afeta a coletividade, mais do que a um indivíduo O médico se ocupa do indivíduo O Epidemiologista estuda e trabalha com populações. Há cinco objetivos na epidemiologia: Determinação da origem da doença de causa conhecida; Investigação e controle de doença de causa desconhecida ou pouco compreendida; Aquisição de informações da ecologia e da história natural da doença; Planejamento e monitoramento de programa de controle da doença; Avaliação econômica dos efeitos da doença e dos custos benefícios das campanhas alternativas de controle. HISTORIA 1784 – Medicina Urbana – França; 1954 – International Epidemiological Association; O estudo da distribuição e dos fatores determinantes da frequência de doença no homem (McMahon & Pugh, 1970); O estudo das tendências de doença (Halpin, 1975); O estudo da condição sanitária de populações (Schwabe et al., 1977); O estudo da frequência, distribuição e determinantes da saúde e doença nas populações (Martin, Meek & Willeberg, 1987); HIPOCRATES (460 a 377 a.C) – Pai da medicina e epidemiologia Sempre considerar na avaliação do paciente: o clima, maneira de viver, hábitos de comer e beber; Estudou doenças epidêmicas e as variações geográficas das endemias; Seu Juramento: a ética médica e a importância do exame minucioso para correto diagnóstico e fiel descrição da história natural da doença. JOHN GRAUNT (1620-1674) – Pai da demografia Fundador da bioestatística e um dos precursores da epidemiologia; Foi o primeiro a quantificar os padrões da natalidade, mortalidade e ocorrência de doenças; Identificou algumas características importantes relativas ás doenças: diferenças entre os sexos e na distribuição urbano-rural e variações sazonais; Publicou um tratado sobre mortalidade em Londres, analisando a mortalidade por sexo e região. A Demografia é a ciência que estuda as dinâmicas geográficas das populações humanas. É expressa através de valores estatísticos LOUIS VILLERMÉ (1782-1863) – desenvolveu estudos a etiologia social da doença Investigou sobre a pobreza, as condições de trabalho e suas influências sobre a saúde; Relação entre situação socioeconômica e mortalidade; Estudou a saúde dos trabalhadores das Indústrias de algodão, lã e seda. WILLIAM FARR (1807-1883) – Pai da estatística vital e da vigilancia Coleta e análise sistemática das estatísticas de mortalidade na Inglaterra e País de Gales; Descreveu as leis das epidemias (Lei de Farr); LOUIS PASTEUR (1822-1895) – Pai da bacteriologia Identificou e isolou inúmeras bactérias Estudo da fermentação da cerveja e do leite; Princípios da pasteurização; Desenvolveu vacina anti-rábica; SEC.XIX Revolução Industrial: migração da população para as cidades; Péssimas condições de vida; Grandes epidemias: cólera, febre tifóide, febre amarela; Preocupação com a higiene e condições sanitárias nas cidades; JOHN SNOW (secXIX) - Destacou-se por não aplicar apenas a medicina individual e clínica, considerava a doença na população; Raciocínio epidemiológico que a água pode servir de veículo de transmissão da cólera; Exigiu das autoridades medidas preventivas. OSWALDO CRUZ (1872-1917) – campanhas de saneamento (controle de roedores e diminuição da incidência da perste) Febre amarela: presença de vetor e eliminação de água estagnada; Vacina contra varíola; Fundou o Instituto em Manguinhos: pesquisa e combate à febre tifóide, peste e varíola. ADOLFO LUTZ (1855-1940) – estudou e confirmous mecanismos de transmissão febre amarela Aedes aegypty; Malária; leishmaniose; Ancilostomose; esquistossomose; Descrição de espécies de insetos e anfíbios; Instituto Adolfo Lutz. CARLOS CHAGAS (1878-1935) – Doença de chagas (Trypanossoma cruzi) Campanhas de combate a malária e organização de saneamento básico; Fundação Carlos Chagas; EMILIO RIBAS (1862-1925) – combate a eliminação da febre amarela no interior de SP Fundador do Instituto Butantã – setor de Soroterapia; Autoinfecção para estudo da Febre Amarela; Instituto de Infectologia Emílio Ribas VITAL BRASIL (1865-1950) – Soro antiofídico Instituto vital brasil Revolução da imunologia PREIMEIRA METADE SEC.XX Influência da microbiologia (Osvaldo Cruz e a Escola de Manguinhos); Saneamento ambiental, vetores e reservatórios de agentes patogênicos ( Pesquisas do Instituto Butantã); Desenvolvimento da teoria ecológica das doenças infecciosas - teoria multicausal das doenças; Fortalecimento da Epidemiologia Descritiva. SITUAÇÃO ATUAL Praticamente todos os agravos à saúde já foram ou estão sendo estudados através de estudos epidemiológicos; Teoria da multicausalidade; Incorporação dos princípios da Psicologia e sociologia (Epidemiologia Social). EPIDEMIOLOGISTA Doenças animais; Sistema e processos de produção animal; Ferramentas epidemiológicas; Bioestatística ; Tecnologia de informação; Princípios econômicos PORQUE SE TORNOU IMPORTANTE? Sucesso no controle das principais doenças infecciosas; Intensificação dos sistemas de produção animal; Menor aceitação e confiabilidade de métodos tradicionais de controle de doenças; Aumento do comércio internacional x exportações de produtos de origem animal CLINICA EPIDEMIOLOGIA OBJETO Individuo doente População (saudável, doente ou morta LOCAL ATIVIDADE Clinica ou hospital Campo (onde a população vive) OBJETIVO Diagnostico (com base nos SC) Identificar fatores responsáveis PERGUNTAS Que doença é e como tratar Quantos e quais indivíduos afeta, onde ocorre e pq, qndo iniciou, como prevenir/controlar OBJETIVO FINAL Tratar/curar o individuo Controle e prevenção TRIADE EPIDEMIOLOGICA AMBIENTE – conjunto de todos os fatores que mantem relações interativas com o agente etiológico e o hospedeiro, ou seja, cenário de exposição do hospedeiro ao agente etiologico (ambiente: físico, biológico, social) AGENTE – vírus, bactérias, fungos e parasitos HOSPEDEIRO – é aquele onde a doença se desenvolvera e terá oportunidade de se manifestar clinicamente Obs: Embora o equilíbrio da tríade da epidemiológica determine a probabilidade de ocorrência de uma doença, a importância relativa de cada componente depende de cada enfermidade CADEIA EPIDEMIOLOGICA Etapas de transmissão do agente – da eliminação até a infecção\infestação de hospedeiro suscetível Variáveis: Ciclo de vida; Ambiente (sazonalidade); Suscetibilidade do Hospedeiro FONTE DE INFACÇÃO – Abriga e elimina o agente – Transmissão a outro hospedeiro susceptível. “ O conhecimento prévio dos aspectos biológicos da tríade epidemiológica é fundamental para a prevenção e controle das infecções/infestações. “ SEGREGAÇÃO – TRATAMENTO – ELIMINAÇÃO Camallanus cotti Fujita (Japao, Coreia do Sul) Ichthyouris bursata Moraves c Prouza CONCEITOS HD – agente sexualmente maduro HI – agente sexualmente imaturo VETORES – transportadores de agentes patogênicos (mecânico ou biológico) CONCEITOS QUALITATIVOS Fonte de Infecção ou reservatório: Local de origem da doença. (diferenciação na sintomatologia); Zoonose: FI são humanos ou animais e a doença circula entre as espécies; - antropozoonose – FI é o animal e a doença pode atingir humanos - zooantroponose - FI é humano e a doença pode atingir anima Enzoose: A doença não atinge humanos; Via de Transmissão: como o hospedeiro suscetível se infecta; Via de Penetração: porta de entrada no novo hospedeiro; Endemia: Ocorrência em distribuição geográfica definida e em prevalência esperada; Epidemia: Áreas e populações definidas porém em prevalência muito maior do que o esperado Pandemia: Ocorrência de Epidemia em distribuições geográficas diversas simultaneamente CONCEITOS QUANTITATIVOS Morbidade: mede a frequência da doença em uma população em um período definido; Mortalidade: Número de Mortes em uma população em um período determinado;Prevalência: Número total de uma doença\ agente em uma população; Incidência: Número de casos novos em uma população em tempo definido; Eficácia: Usado para calcular o sucesso de tratamentos. FREQUENCIA DA DOENÇA DOENÇA ESPECULADA DOENÇA CONFIRMADA PREVALÊNCIA: prevalência implica em acontecer e permanecer existindo num momento considerado. Portanto, a prevalência é o número total de casos de uma doença, existentes num determinado local e período. Prevalencia= nºde casos( novos+antigos) X100 População O coeficiente de prevalência é mais utilizado para doenças crônicas de longa duração Ex: HIV; Diabetes; Dirofilariose; Desnutrição MORBIDADE: refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquirem doença num dado intervalo de tempo em uma determinada população. A morbidade mostra o comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população. Morbidade: A morbidade é frequentemente estudada segundo quatro indicadores básicos: a incidência, a prevalência, a taxa de ataque e a distribuição proporcional. MORTALIDADE: Numero de mortes em uma população em um período determinado Mort.= nº total de óbitos em um período X100 População total na metade do período Obs: calculada por causa da morte LETALIDADE ou fatalidade ou ainda, taxa de letalidade relaciona o número de óbitos por determinada causa e o número de pessoas que foram acometidas por tal doença. Esta relação nos dá ideia da gravidade do agravo. Nº de óbitos em um período X100 Morbidade no período PREVALÊNCIA PONTUAL (instantânea ou momentânea) é medida pela frequência da doença em um ponto definido no tempo, seja o dia, a semana ou o mês. No intervalo de tempo definido da prevalência pontual, os casos prevalentes excluem aqueles que evoluíram para cura, para óbito ou que migraram. PREVALÊNCIA NUM PERÍODO DE TEMPO OU LÁPSICA abrange um lapso de tempo mais ou menos longo. Estão incluídos todos os casos ( cura, óbito, migração). INCIDÊNCIA: é o número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo local e período. Traz a ideia de intensidade com que acontece uma doença numa população, mede a frequência casos novos de doença na população. ALTA INCIDÊNCIA SIGNIFICA ALTO RISCO COLETIVO DE ADOECER. Incidência = nºde casos novos X100 população TAXA DE ATAQUE: É o coeficiente ou taxa de incidência de uma determinada doença para um grupo de pessoas/animais expostas ao mesmo risco limitadas a uma área bem definida. É muito útil para investigar e analisar surtos de doenças ou agravos à saúde em locais fechados. Taxa de ataque = nºde casos X100 População exposta EFICACIA: Usado para calcular o sucesso de tratamentos Eficácia = NTOmz – NTPpt X100 NTPMZ NTP –numeto total de atógeno Mz – momento zero Pt – pos tratamento DOENÇA ou ENFERMIDADE Falta ou perturbação da Saúde, moléstia, mal, enfermidade. Quanto às Formas das doenças: Forma Manifesta é aquela que apresenta sinais e/ou sintomas clássicos de determinada doença. Forma Inaparente ou Sub-Clínica é aquela em que o indivíduo que não apresenta nenhum sinal ou sintoma (ou que apresenta muito poucos), apesar de estar com o patógeno presente. (revelado somente através de exames laboratoriais). Forma Abortiva ou Frustra é aquela que desaparece rapidamente após poucos sinais ou sintomas. Forma Fulminante é aquela que leva rapidamente a óbito. VARIAVEIS DE PLANEJAMENTO DE AÇÃO GOVERNABILIDADE = É a capacidade de intervenção em determinada questão ou sobre determinado problema, por determinado órgão ou agente. GRAVIDADE: é a avaliação das consequências do processo ou da doença, é medida pela letalidade e mortalidade. MAGNITUDE - Avaliação da dimensão do problema/processo saúde-doença – onde se leva em conta principalmente a frequência da ocorrência isto é, a incidência e a prevalência TRANSCENDÊNCIA - é a medida da relevância social, da importância, do reconhecimento que determinada população dá a um evento, do desejo da comunidade de resolver o problema. VULNERABILIDADE - a permeabilidade à intervenção, a condição de modificação do processo, do quadro, conforme a capacidade científica e técnica de intervenção. Este conceito é fundamental para o Planejamento Estratégico em Vigilância Sanitária. BIOSSEGURANÇA E BIOSSEGURIDADE Conjunto de normas e procedimentos destinados a evitar a entrada de agentes patogênicos (vírus, bactérias, fungos e parasitos) nos planteis, bem como controlar sua disseminação entre os setores ou grupos de animais dentro do sistema de produção BIOSSEGURANÇA - Conjunto de medidas preventivas e profiláticas capaz de manter a integridade sanitária de um individuo ou população BIOSSEGURIDADE – OBJETIVO - Lucratividade contínua e futura; Ampliar mercado; Manter a Integridade Sanitária do plantel A biosseguridade é a maneira mais eficaz e barata de prevenir doenças e hoje é INDISPENSAVEL internacionalmente. RICO BIOLOGICO São aqueles que desenvolvem infecções agudas ou crônicas, parasitoses e reações alérgicas e tóxicas aos animais e plantas Classe 1: Não representam risco ao manipulador, nem para o rebanho\plantel; Classe 2: representam risco moderado para o manipulador e fraco para o rebanho\plantel; Classe 3: Representa grave risco para o manipulador e moderado para o rebanho\plantel; Classe 4: Representam grave risco para o manipulador e para o rebanho\plantel. PROGRAMA GERAL DE BIOSSEGURANÇA Ordem das atitudes e ações para que o objetivo da biossegurança seja alcançado: Impedir a entrada de agentes patogênicos no local; Impedir a propagação de doença de um plantel para outro; Reduzir os efeitos danosos das doenças; Tentar erradicar as doenças já instaladas no local. APLICAÇÃO E METODOS DE BIOSSEGURANÇA Cuidados na localização (100m distancia de aviários; 2000 de granjas e 5000 de abatedouros e granja de matrizes) Barreiras naturais (arvores não frutíferas para evitar acesso de pássaros e utilização de elevações topográficas para evitar pessoas e ventos) Barreiras físicas (afastamento de estradas, estabelecer limites entre granjas e núcleos e evitar o livre transito de pessoas, veículos e animais) – roluvel; pediluvel (evitar entrada de patógenos na propiedade) Fluxo (entrar em um núcleo por dia, trocar de roupa e calçados entre as granjas e lotes de aves, entrega de ração fora da granja, entrada somente de funcionários e veerinarios) Limpeza e higienização após saída dos lotes (esvaziar comedouros e bebedouros, vassoura de fogo em piso, desinfecção equipamentos moveis, vazio sanitário 10 dias) Manejo sanitário (rotina, limpeza comedouro e bebedouro, agua e ração de qualidade, retirada aves mortas e machucadas, obedecer calendário de vacinação, armazenamento adequado de vacinas, medicamento e rações, controle de pragas) Manejo adequado e controle da densidade populacional = bem-estar animal DESINFECÇÃO: destruição de microrganismos patogênicos localizados no ambiente; DESINFETANTE: substância química ou processo físico que elimina os microrganismos patogênicos do ambiente. CARAC. DESEJAVEIS Germicida (microbicida): destruir todos os microrganismos – inclusive forma de resistência – esporos Baixo custo Atóxico Estável: matéria orgânica, pH e luz Solúvel em agua Não conferir odor e sabor aos alimentos Ter poder residual Fácil aplicação Ação rápida Não ser corrosivo Biodegradável RODIZIO DE DESINFETANTES Objetivo: garantir eficiência na desinfecção e controle de resistência dos microorganismos EXERCICIOS Historia epidemiologia Variáveis epidemiológica Nemadeo cortina Tríade epidemiológica Calcular taxa de casos, mortalidade e o que precisa pra ter sucesso no tratamento
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