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Ética 1°Ten QOCBM Nadson na Fiscalização Noções Gerais Sobre ÉTICA Conceitos Básicos e sua Origem A ética é a parte da filosofia que elabora os princípios e as normas que orientam a conduta humana para agir bem (agir com virtudes e não com vícios). A ética possui dois momentos: primeiro, procura fundamentos e, depois, impõe deveres. Ela é a teoria sobre o comportamento moral dos homens na sociedade. Conceitos Básicos e sua Origem Por quê agir bem? Conceitos Básicos e sua Origem Temos três respostas para esta questão: agimos com virtudes para sermos felizes. 1. Visam às consequências no agir humano (felicidade, utilidade etc.). Por exemplo, o atravessar um idoso na faixa de pedestre. Éticas teleológicas (telos, finalidade) Conceitos Básicos e sua Origem 2. Ou para seguir as leis porque somos seres racionais (éticas deontológicas déontos, o que é obrigatório: a lei) se fundamentam na racionalidade humana. Como seres pensantes, devemos agir segundo os imperativos que encontramos racionalmente. Também, seguir as normas jurídicas e as leis, pois foram elaboradas racionalmente e por consenso. Por exemplo, Kant na Fundamentação da Metafísica dos Costumes encontrou o imperativo categórico “Age de tal forma que tua ação se converta em uma lei universal”. Conceitos Básicos e sua Origem 3. Ou por seguir leis divinas que nos proporcionarão a salvação (éticas religiosas): As éticas religiosas ou fundamentalistas encontram fundamentos divinos, externos ao homem, para orientar as ações. Por exemplo, Os dez Mandamentos são ordens divinas para livrar do mal ao povo israelita. Este decálogo, originalmente, contém leis escritas por Deus em tábuas de pedra e entregues ao profeta Moisés no monte Sinai. Conceitos Básicos e sua Origem Por quê não agir Mal? Conceitos Básicos e sua Origem Percebemos que na ética se interioriza a reflexão e se valoriza a subjetividade nas ações humanas, daí o questionamento ético é sobre o bem (positivo) e não sobre o mal. Com efeito, não é muito comum refletir sobre o fundamento do mal na ética, mas podemos deduzir porque não agir mal segundo as Tendências anteriormente discutidas. Conceitos Básicos e sua Origem 1. Para a ética teleológica as práticas negativas nos arrastam − imediata ou posteriormente ao fato − à infelicidade, ao sofrimento, à inutilidade de nossos atos. 2. As éticas deontológicas censuram os vícios porque mostram a incapacidade de fazer uso de nossa capacidade racional (a especificidade humana entre os outros animais). Assim, age mal o ignorante, aquele que não conhece a sua condição de ser humano. É viciado aquele que tende mais a sua animalidade que a sua humanidade. Conceitos Básicos e sua Origem 3. Ética religiosa - As religiões rejeitam o agir mal porque este contesta as ordens divinas, nos desvia da salvação eterna, conduzindo-nos ao caminho da perdição e do pecado. Conceitos Básicos e sua Origem Observamos, pelo exposto, que a ética é a teoria que pretende conduzir as ações humanas. Ela precisa internalizar-se – se inicia com a educação – para logo comandar nossa conduta na prática de nossas ações. A teoria ética quando é reiteradamente praticada converte-se em hábito ou costume, constituindo o bom caráter. O agir conduzido pelos princípios ou fundamentos éticos é a boa moral. Daí a importância do estudo e do ensino da ética: praticando o dever manifestamos nossa liberdade, pois percebemos cientemente a responsabilidade de nossos atos. Teoria e prática como distinção entre ética e moral Etimologicamente as palavras ética e moral possuem significados muito próximos, que podem confundir; estão ligados aos costumes ou hábitos. Éthos é de origem grega e significa as regras de conduta consideradas como válidas numa determinada polis (sociedade-estado). Moral e moralidade têm sua raiz em more, mores de origem latino que significam os comportamentos estabelecidos numa específica sociedade. Teoria e prática como distinção entre ética e moral Pela origem, a ética é uma palavra mais antiga que moral, pois parte desde Aristóteles(Filósofo grego 384-322 a.C). Para ele a ética é a “filosofia prática” − junto à política e à economia. A ética avalia os atos humanos como bons (virtudes) ou maus (vícios). Teoria e prática como distinção entre ética e moral Se a ética e a moral encontram-se no âmbito da conduta humana, pode-se distinguir a ética da moral desde a distinção entre as atividades teóricas e práticas: • A moral é a atividade humana concreta (a moral é ação, é práxis); é agir produzindo o bem ou o mal – por isto a moral pode ser boa ou má. A moral é orientada geralmente pelos costumes e, por isso, é frequentemente irrefletida. Teoria e prática como distinção entre ética e moral Por exemplo, em nossos dias a ética quer transformar a moral imperante em nossas sociedades: a Lei de Gérson, que expressa o costume das pessoas de “gostar de levar vantagem em tudo”. A ética avalia e, depois, censura a moral da “lei de Gérson”, pois não é bom para nenhuma sociedade que seus membros se aproveitem de todas as situações em benefício próprio. Teoria e prática como distinção entre ética e moral • A ética é a teoria da moral; é a reflexão sobre a conduta humana; A ética avalia a moral procurando o efeito das práticas morais, visando a elaboração de regras (universais) para cimentar uma boa moral. Assim, a ética determina racionalmente preceitos ou normas de conduta. Teoria e prática como distinção entre ética e moral A Ética se opõe à moral vigente por meio do debate sobre os costumes: No plano individual, recorre à indignação e ao futuro social, promovendo a reflexão sobre nossas práticas habituais. Por exemplo: a ética inibe os maus hábitos ao refletir sobre as consequências negativas dessas práticas em nossa reputação, com nossos familiares e nossos netos, no nome familiar, em nosso círculo de amizades etc. Teoria e prática como distinção entre ética e moral No plano coletivo, nas instituições de uma sociedade democrática a influi no Direito e na Política. Através das associações (as Sociedades organizadas, ONGs etc.) se promovem debates éticos sobre abandonar ou não certas práticas morais, conseguindo- se uma conscientização social que serve para a elaboração de leis − as normas coercitivas, punitivas − apropriadas ao bom convívio social. Por exemplo: a Lei Maria da Penha é o conjunto de leis sancionadas para diminuir a agressão contra a mulher. Teoria e prática como distinção entre ética e moral Distinção entre: aético ou amoral e antiético, anético ou imoral • Aético ou amoral é aquele que ignora a ética − vive alheio a ela − seja por desconhecimento ou incapacidade. Por exemplo, uma criança de 3 anos de idade, um doente mental etc. Antiético, anético ou imoral é aquele que, conhecendo a ética, contraria propositalmente a boa moral. Os praticantes destes atos são censurados como pessoas viciosas, reprováveis, más. Por exemplo, são antiéticos, imorais ou anético os políticos que recebem propinas, os padres pedófilos etc. Ética Profissional Ética Profissional Conjunto de normas morais pelas quais o indivíduo deve orientar seu comportamento na profissão que exerce. Conceito Ética Profissional A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA PROFISSIONAL: Com o crescimentodesenfreado do mundo globalizado, muitas vezes deixamos nos levar pela pressão exercida em busca de produção e às vezes não temos tempo para refletir sobre nossas atitudes. Temos que ter a consciência de que nossos atos podem influenciar na vida dos outros e que nossa liberdade acarreta em responsabilidade. Autoanálise: Estou sendo bom profissional? Estou agindo adequadamente? Realizo corretamente minha atividade? Como agirei com o poder que terei nas mãos??? Ética Profissional POR QUE DEVEMOS UTILIZAR A ÉTICA NA PROFISSÃO? LEI: 6.513/95 TÍTULO II Das Obrigações e dos Deveres dos PM/BM CAPÍTULO I Das Obrigações dos PM/BM Ética Profissional SEÇÃO I Do Valor do Bombeiro-Militar Art. 39. São manifestações essenciais do valor do bombeiro-militar: I – o sentimento de servir à comunidade, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever e pelo integral devotamento à preservação da ordem pública , mesmo com risco da própria vida; II - o civismo e o culto das tradições históricas; III - a fé na missão elevada do Corpo de Bombeiros; IV - o espírito de corpo e o orgulho pela Corporação; e a dedicação na defesa da sociedade; V - o amor à profissão e o entusiasmo com que a exerce; VI - o aprimoramento técnico-profissional; Ética Profissional SEÇÃO II Das Obrigações e da Ética do Bombeiro-Militar Art. 40. O sentimento do dever, a dignidade do bombeiro-militar e o decoro da classe impõem a cada um dos integrantes do Corpo de Bombeiros, conduta moral e profissional irrepreensíveis com a observância dos seguintes preceitos da ética do bombeiro-militar: I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade pessoal; II - exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo; III - respeitar a dignidade da pessoa humana; Ética Profissional SEÇÃO II Das Obrigações e da Ética do Bombeiro-Militar Art. 40. O sentimento do dever, a dignidade do bombeiro-militar e o decoro da classe impõem a cada um dos integrantes do Corpo de Bombeiros, conduta moral e profissional irrepreensíveis com a observância dos seguintes preceitos da ética do bombeiro-militar: IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes; V - ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados; VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum; Ética Profissional SEÇÃO II Das Obrigações e da Ética do Bombeiro-Militar VII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação; VIII - ser discreto em suas atitudes e maneiras e em sua linguagem escrita e falada; IX - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza; X- acatar as autoridades civis; XI - cumprir seus deveres de cidadão; XII - proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular; Ética Profissional SEÇÃO II Das Obrigações e da Ética do Bombeiro-Militar XIII - observar as normas de boa educação; XIV - garantir a assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar; XV - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro de bombeiro-militar; XVI - abster-se de fazer uso do posto ou graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros; Ética Profissional SEÇÃO II Das Obrigações e da Ética do Bombeiro-Militar XVII - abster-se, na situação de inatividade, do uso das designações hierárquicas quando: a) em atividades político-partidárias; b) em atividades comerciais; c) em atividades industriais; d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou referentes à corporação, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e) no exercício de função de natureza civil, mesmo oficiais ; XVIII - zelar pelo bom nome do Corpo do Bombeiros e de cada um de seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética de bombeiro-militar. Ética Profissional SEÇÃO II Da Ética do Bombeiro-Militar Art. 41. Ao bombeiro-militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. § 1º Os integrantes da reserva remunerada, quando convocados ou designados para o serviço ativo, ficam proibidos de tratar, nas Organizações de Bombeiros-Militares e nas repartições civis, de interesse de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza. Ética Profissional SEÇÃO II Da Ética do Bombeiro-Militar § 2º Os bombeiros-militares, em atividade, podem exercer diretamente a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o disposto no presente artigo. § 3º No intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos oficiais titulados no Quadro de Saúde o exercício de atividade técnico-profissional no meio civil, desde que tal prática não prejudique o serviço e não infrinja o disposto neste artigo. Art. 42. O Comandante-Geral poderá determinar aos bombeiros-militares da ativa que, no interesse e salvaguarda da dignidade própria, informem sobre a origem e natureza de seus bens, sempre que haja razão que recomende tal medida. Ética Profissional CONSIDERAÇÕES FINAIS Sabe-se que o aprimoramento da vida moral está diretamente relacionado com o aumento da responsabilidade pessoal. Ou seja, quanto maior o desenvolvimento ético, maior é a responsabilidade em responder por nossos atos.
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