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Plano de Aula: Aula 1 
TEORIA E PRÁTICA DA GINÁSTICA ARTÍSTICA - SDE0020 
Título 
Aula 1 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
1 
Tema 
Apresentação do docente e da disciplina; Apresentação dos fundamentos históricos da Ginástica Artística; 
Por que a denominação Ginástica Artística?; Apresentação das modalidades oficiais de Ginástica. 
Objetivos 
 Conhecer a disciplina e o docente por ela responsável; 
 Conhecer o Plano de Ensino da disciplina, inclusive o mapa conceitual da mesma, considerando que 
os conteúdos propostos devem ser interpretados como elementos importantes para a formação dos 
futuros professores/profissionais; 
 Conhecer as normas da Universidade Estácio de Sá, além das normas específicas da disciplina; 
 Identificar os principais fatos históricos relacionados à Ginástica Artística; 
 Compreender o motivo da utilização da denominação Ginástica Artística e não Ginástica Olímpica; 
 Identificar as modalidades gímnicas oficiais geridas pela Federação Internacional de Ginástica. 
Estrutura do Conteúdo 
Apresentação do docente 
Falar sobre a atuação profissional do professor, notadamente no campo da Ginástica Artística. 
 
Apresentação da Disciplina 
A Disciplina Ginástica Artística será desenvolvida na perspectiva de atender aos objetivos propostos pelo 
Projeto Pedagógico do curso de Educação Física da Universidade Estácio de Sá. Particularmente, a 
Disciplina objetiva identificar e definir aspectos elementares da Ginástica Artística como ferramentas 
fundamentais da Educação Física de base, entendendo esta atividade como uma possibilidade de 
colaborar na formação integral dos indivíduos. 
Para melhor compreensão da proposta geral da Disciplina, é aconselhável a visualização do seu mapa 
conceitual. 
Para o desenvolvimento das Disciplinas, a Universidade Estácio de Sá estabelece normas a serem 
seguidas, destacando-se os critérios de avaliação que preveem três etapas (AV1, AV2 e AV3), sendo, a 
cada uma delas, atribuído grau de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) pontos, admitindo-se uma decimal. Para 
aprovação, o aluno deverá atender, simultaneamente, às duas condições a seguir: ter frequência mínima 
de 75% e alcançar média aritmética igual ou superior a 5,0 (cinco), dentre as duas maiores notas, sendo 
que a menor delas deve ser igual ou superior a 4,0 (quatro). 
Com referência às normas específicas para a Disciplina, destaca-se a necessidade de os alunos trajarem 
vestimentas adequadas à prática de atividades físicas, de realizarem as aulas práticas descalços, de 
participarem diretamente das atividades práticas, de colaborarem na preparação, montagem e 
desmontagem dos materiais para as atividades propostas, considerando que essas ações fazem parte 
dos princípios educacionais propostos pela Disciplina. 
 
Estudo da evolução histórica da Ginástica Artística 
A história da Ginástica Artística sofreu diversas influências. Desde tempos remotos, o Homem realiza 
atividades acrobáticas que evoluíram no decorrer dos tempos. Como exemplo, pode ser destacada a 
ginástica de solo, inicialmente praticada em danças sacras e em comemorações festivas por antigos 
povos, quando eram realizadas atividades acrobáticas simples. Essas atividades se transformaram em 
atividades específicas, sendo praticadas por saltimbancos no Egito, na Grécia e na Roma antiga, 
difundindo-se por toda a Europa e provavelmente pela Ásia. Uma das atividades que provavelmente 
influenciou a Ginástica Artística atual foi o salto sobre touro, praticado na Ilha de Creta, por volta do 
século II a.C. 
Infelizmente, as atividades acrobáticas, por serem praticadas por pessoas das classes mais baixas, 
como, por exemplo, os escravos, para divertirem os seus amos, sofriam grande discriminação das 
populações. 
Na Idade Média, como o corpo passou a ser ignorado, e até mesmo objeto de sevícias para a purificação 
da alma, os acrobatas eram acusados de cúmplices de Satã. 
Apesar de o corpo ter sido relegado a um plano inferior na Idade Média, alguns estudiosos da época, 
como Rabelais e Montaigne, tentaram valorizar a atividade física. Certamente esses pensadores 
influenciaram as ações, nessa área, durante a Idade Moderna, quando várias propostas de reformulação 
das escolas do ensino regular promoveram a Educação Física como elemento obrigatório. Dentre esses 
pensadores, destacou-se Guts Muths, que propunha atividades realizadas ao ar livre, incluindo corridas, 
saltos, lançamentos, lutas, natação e exercícios de trepar e equilibrar. Para o desenvolvimento das suas 
atividades, Guts Muths utilizava elementos da natureza, além de cordas penduradas, varas verticais, 
escadas inclinadas, dentre outros equipamentos. 
Na Alemanha, Ludwig Jahn, influenciado por Guts Muths, elaborou um conjunto de atividades físicas que 
também utilizava os elementos da natureza. Essas atividades eram realizadas nas florestas no entorno 
de Berlim e eram tipicamente atividades militares, que incluíam corridas, saltos, tarefas de balançar, 
equilibrar, trepar, nadar, esgrima, equitação, arqueísmo e jogos de luta. Jahn e seus seguidores 
gradativamente passaram a utilizar diversos aparelhos para complementar essas atividades, com 
destaque para o “cavalo de pau”, utilizado para volteios, que adestravam para a cavalgada. 
Juntamente com as atividades físicas, Jahn e seus seguidores promoviam palestras e debates sobre a 
conjuntura política da Alemanha, na perspectiva de preparar a juventude para lutar pela igualdade 
social, defender a nação e colaborar na unificação do império germânico. Esse ímpeto nacionalista levou 
Jahn a utilizar o termo Turnkunst em substituição à denominação Ginástica, de origem grega. 
Em 1811, em Hasenheide, nos arredores de Berlim, Jahn e seus seguidores fundaram o primeiro campo 
de Turnkunst. Nesse espaço para a prática do Turn (abreviação de Turnkusnt), foram construídos vários 
equipamentos para substituir os elementos naturais, fato que levou ao surgimento de diversos aparelhos 
utilizados, alguns deles, atualmente, na Ginástica Artística, tais como a Barra e as paralelas. 
Devido à forte influência que a atividade de Jahn exercia sobre os jovens, e pelo fato de essas atividades 
incluírem questões políticas que se antagonizavam ao sistema vigente, em 1820, a prática do Turn foi 
proibida, vigorando essa punição até o ano de 1842. Esse período foi denominado Bloqueio Ginástico e 
foi determinante para a difusão da atividade de Jahn pelo mundo, devido a alguns fatores fundamentais. 
A primeira consequência foi a difusão da proposta de Jahn pelo mundo, já que muitos dos seus 
seguidores fugiram da Alemanha indo para diversos países, levando aqueles ideais. O segundo fato foi 
que os ginastas que permaneceram na Alemanha criaram ginásios indoor, transferindo as atividades 
para porões escondidos do controle da polícia, fato que levou ao redimensionamento dos aparelhos para 
a prática num ambiente menor que os turnplatz ao ar livre. Outro aspecto fundamental foi a estilização 
das tarefas realizadas, considerando a exiguidade do espaço disponível, o que levou, também, à criação 
de manuais que uniformizaram a prática dos exercícios, pois o espaço limitado não permitia que muitos 
ginastas praticassem simultaneamente. 
Com o fim do Bloqueio Ginástico, Jahn foi reabilitado e considerado herói nacional, sendo o Turn 
implantado como atividade obrigatória nas escolas. 
A primeira federação de Ginástica do mundo foi fundada na Suíça, em 1832, fato que motivou o 
surgimento de diversas outras federações nacionais na Europa, culminando com fundação da Federação 
Europeia de Ginástica, em 1881, que em 1921, com a filiação de federações nacionais de fora do 
continente europeu, passou a ser denominada Federação Internacional de Ginástica (FIG). 
A Ginástica Artística surgiu no Brasil com a chegada dos primeiros alemães ao estado do Espírito Santo, 
em 1812.Entretanto, somente em 1824, quando um grupo de imigrantes alemães se fixou no Rio 
Grande do Sul, é que o Turn foi definitivamente implantado entre nós. 
Em 1950, as federações estaduais do Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro se filiaram à 
Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e, assim, oficializaram a Ginástica no Brasil. 
Em 1951, a CBD se filiou à FIG, passando o Brasil a fazer parte da comunidade oficial da Ginástica 
mundial. 
Em 1978, com a dissolução da CBD, foi fundada a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que 
assumiu os compromissos com todas as modalidades oficiais de Ginástica, substituindo a CBD como 
entidade representativa do país na FIG. 
A partir de então, várias participações brasileiras em eventos internacionais passaram a acontecer, 
culminando com a projeção da Ginástica brasileira no cenário internacional na atualidade. 
 
Estudo da estrutura organizacional esportiva da Ginástica Artística: a Federação Internacional de 
Ginástica, as Uniões Continentais da Ginástica e as Federações Nacionais de Ginástica 
A Federação Internacional de Ginástica (FIG) é o órgão máximo da Ginástica mundial, sendo responsável 
pelas seguintes modalidades: Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica de Trampolim, Ginástica 
Acrobática, Ginástica Aeróbica e Ginástica Para Todos. 
As Uniões Continentais de Ginástica (Europa, Ásia, África, Américas) regem a Ginástica em 
nível continental e estão diretamente vinculadas à FIG. 
A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) é vinculada à FIG e à União Pan-Americana de Ginástica, 
sendo a entidade responsável pela Ginástica no Brasil, que tem a ela vinculadas as federações estaduais 
de ginástica que, por sua vez, têm a elas vinculadas as entidades interessadas em participar dos 
eventos oficiais das ginásticas. 
 
Estudo sobre a denominação Ginástica Artística 
A Ginástica Artística também é conhecida no Brasil pelas denominações de Ginástica Olímpica, Ginástica 
de Aparelhos, Ginástica de Solo e Ginástica Esportiva. 
A denominação “Ginástica Olímpica” ainda é a mais utilizada no Brasil. Até há alguns anos, era a única 
modalidade “ginástica” participante dos Jogos Olímpicos, o que levou a esta denominação. Atualmente a 
utilização desta nomenclatura é inadequada, visto que participam dos Jogos Olímpicos a Ginástica 
Rítmica e a Ginástica de Trampolim. 
Aplicação Prática Teórica 
Indicação do site da Federação Internacional de Ginástica (www.fig-gymnastics.com) como fonte de 
consulta para a disciplina, em particular para os temas propostos nesta aula; 
Indicação de leitura do capítulo “Breve histórico da Ginástica Artística”, da obra “Fundamentos da 
Ginástica Artística e Trampolins”, autoria de Fernando e Mônica Brochado, texto integrante do Material 
do Aluno.

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