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PROPRIA DISSERTACAO FINAL DE CONCLUSAO DO CURSO DO MESTRADO BARDETHE 2020 - 2021

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ACADEMIA MILITAR”MARECHAL SAMORA MACHEL”
Curso de Mestrado em Psicopedagogia
Bardethe Mafana Maria Henriques
 
A Influência da Desmotivação dos Professores do Ensino Básico, Caso da escola Primária do 1º e 2º Grau de Nampaco - Cidade de Nampula Período (2016 - 2018). 
Academia Militar
2021
Bardethe Mafana Maria Henriques
A Influência da Desmotivação dos Professores do Ensino Básico, Caso da escola Primária do 1º e 2º Grau de Nampaco - Cidade de Nampula Período (2016 - 2018). 
 
Dissertação Científica do mestrado a ser apresentado na Academia Militar Marchal Samora Machel, no Curso pós Laboral, para a obtenção do Grau de Mestre em Psicopedagogia. 
 
 Orientador: Prof. Doutor: Elias Áchimo Aly 
Academia Militar
2021
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro, por minha honra, que a presente dissertação é o resultado do trabalho por mim realizada, e fruto da minha investigação pessoal e de um esforço sem precedentes com a ajuda do meu orientador. 
Declaro ainda que esta dissertação é original e obedece a todas as regras metodológicas universais e específicas em vigor na Academia Militar no departamento de curso pós laboral.
Declaro, por fim, que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico. 
Nampula, 09 de Julho de 2021
 Autora
Ass.: _________________________________________
(Bardethe Mafana Maria Henriques)
Orientador 
Ass.: _________________________________________
(Prof. Doutor: Elias Áchimo Aly)
Agradecimentos
A Deus pelo dom da vida, pela fé e perseverança para vencer os obstáculos.
Este trabalho não teria sido possível sem a colaboração e participação de algumas pessoas, muito importantes, que direta ou indiretamente contribuíram para a sua concretização. 
Primeiramente, quero expressar um muito obrigado a todos os professores que me acompanharam nestes dois anos de Mestrado. 
Ao meu orientador, Professor Doutor Elias Áchimo Aly, o meu enorme obrigado, pela sua orientação científica, apoio permanente, disponibilidade, sábios conselhos, coordenação e essencialmente uma evolução permanente desde o início. 
A toda direcção e os professores da escola primária do 1º e 2º grau de Nampaco, que me apoiaram e que se demonstraram livres para puder realizar as entrevistas, agradeço a sua confiança e o apoio nesta etapa tão importante do estudo. 
A toda a minha família pela exemplar forma de encorajamento e nunca desistir nem baixar os braços em alturas menos boas. Agradeço as palavras de interesse, disponibilidade e apoio manifestado, assim como as palavras de força, um obrigado muito especial pela vossa ajuda e compreensão durante todo este processo um obrigado por tudo o que me proporcionaram e ensinaram ao longo da vida. 
Agradeço ao colega de turma Baptista Iassine, pelo apoio prestado na elaboração desta dissertação.
Ao dr, Vasco Jamal, pelo seu apoio e acompanhamento ao longo dois anos do curso de mestrado.
Deixei para o fim, aqueles que não estando presentes neste momento, tiveram um contributo igual nas minhas conquistas. 
A todos, um muito obrigado por serem quem são e por terem entrado na minha vida! Bem Hajam!
Dedicatória 
À memória dos meus pais Henriques Osias Cuamba e Maria da Conceição João Leite Ribeiro, cujos ensinamentos iluminam a minha vida, pela contribuição imensurável na minha educação. Mesmo com pouco conhecimento de leitura e escrita, souberam-me indicar a direcção da escola.
Ao meu esposo, Mansur Ibraímo, pelo papel tão crucial na minha participação no mestrado, pelos enormes sacrifícios e determinação. Todavia, tem suportado a minha ausência, por terem possibilitado este momento de realização pessoal e profissional. Nos momentos mais difíceis da minha vida, e não, terem permitido que desanimasse em face de mais um desafio da minha vida. 
Índice de Abreviaturas/Siglas
DAE2 – Director adjunto da escola dois.
DE1 – Director da escola um. 
DPEDH – Direcção provincial de educação e desenvolvimento humano.
MINEH – Ministério da educação e desenvolvimento humano.
NPL – Nampula.
P – Pergunta. 
P1 – Pergunta um. 
P2 – Pergunta dois. 
P3 – Pergunta três. 
P4 – Pergunta quatro. 
PEB1 – Professor do Ensino Básico um. 
PEB2 – Professor do Ensino Básico dois. 
PEB3 – Professor do Ensino Básico três. 
PEB4 – Professor do Ensino Básico quatro. 
SDEJT – Serviço distrital de educação juventude e tecnologia. 
TAN – Tribunal Administrativo de Nampula.
UCM – Universidade Católica de Moçambique.
Uni-Rovuma – Universidade Rovuma.
UP – Universidade Pedagógica.
Índice de Tabelas
Tabela 2: Categorização das entrevistas.............................................................................	41
Resumo
O trabalho que aqui apresentamos, tem como título a Influência da Desmotivação dos Professores no Ensino Básico, Caso da escola Primária do 1º e 2º Graus de Nampaco - Cidade de Nampula Período (2016 - 2018). O problema de estudo, surge quando começou a existir desmotivações constantes dos professores na escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco, no ensino básico no processo de ensino aprendizagem. A desmotivação, começou a verificar a partir de dois mil e dezasseis à dois mil e dezoito. O objectivo deste estudo, foi de analisar as causas que influenciam a desmotivação dos professores do ensino básico na escola primária do 1º e 2º Graus de Nampaco. Nesta perspectiva, a metodologia usada foi aplicado um inquérito por questionário de um entrevista semi-estruturada à 6 inquiridos, dos quais 2 membros da direcção e 4 professores. A análise dos resultados permite concluir que na nossa pesquisa enfatiza as principais respostas apresentadas pelos nossos inquiridos mostra que em resposta a questão sobre as causas da desmotivação dos professores os inquiridos responderam que a falta de mudanças de carreira, promoções e progressões. Não apenas, mas também, o maior número de alunos por turma que ultrapassa 50 alunos e atingem os 105 por turma. Nesta vertente, a maioria dos inquiridos nessa pesquisa, a direcção da escola e os professores, destacaram igualmente que o maior número de professores trabalha com grande dificuldade devido a insuficiência do material didáctico e número de salas de aulas.
 
Palavras-chave: Influencia, Desmotivação, Professores, Ensino, Básico.
Abstract
The Work presented, has as title the influence of teacher’s demotivation on basic education, specifically of Nampaco upper primary school Nampula city case, period (2016 - 2018). The study problem, emerges when started to have permanent demotivations of teacher’s from namicopo upper primary school, in basic education one teaching learning process. The demotivation, started to oversee from 2016 to 2018, the objective of this reteach was to analyse the causes that influence the demotivation of teachers of basic education at namicopo upper primary school. In this perspective, the methodology used was applied an inquiry by questionnaire of in interview semi-structured to 6 inquired, 2 direction members and 4 teachers. The analyse of the results allow conclude that our research emphasize the main responses presented by our inquired shows that in response to question about the causes of demotivation of teachers the inquired responded that the lack of career development. Not only, also, have streams got up to 50 students reach 105 per stream. In this way, most inquired in this research, the members of direction and teacher highlight at the same that the most of teachers work of class rooms.
Key word: Influence, Demotivation, Teachers, Education, Basic.
Índice 
DECLARAÇÃO DE HONRA	iii
Agradecimentos	iv
Dedicatória	v
Índice de Abreviaturas/Siglas	vi
Índice de Tabelas	vii
Resumo	viii
Abstract	ix
Introdução	12
CAPÍTULO I: REVISÃO DE LITERATURA	21
1.1.1. Conceito da Desmotivação e Motivação	21
1.1. Motivação	22
1.1.2. Teorias da motivação	24
1.2.4. Teoria das Necessidades de Maslow24
1.1.2. Teoria das Necessidades de McClelland	25
1.2. Factores de Desmotivação dos Professores	25
1.2.2. As Consequências das Causas da Desmotivação Professores	25
1.2.3. Motivação e desempenho profissional	26
1.3. Conceito de Professor	27
1.3.1. As Características do Professor Reflexivo	29
1.3. 2. O Papel e o Lugar do Professor	31
CAPÍTULO II: PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS	36
2.1. Tipo de Pesquisa	36
2.1.1. Pesquisa Quanto à Abordagem	36
2.1.2. Pesquisa Quanto aos objectivos	37
2.1.3. Pesquisa Quanto aos Procedimentos Técnicos	37
2.2. Método de Pesquisa	37
2.3. Técnica e instrumento de recolha de dados	38
2.4. Procedimento e técnica de análise de dados	40
2.5. Participantes da Pesquisa	42
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS	43
3.1. Apresentação e Análise dos Dados da Direcção da escola	43
3.1.1. Categoria 1: As causas da Desmotivação dos Professores	43
3.1.2. Categoria 2: O Desempenho dos Professores e Alunos	44
3.1.3. Categoria 3: O Aproveitamento Pedagógico Apresentado pelos Professores	45
3.2. Apresentação e Análise de Dados dos Professores	45
Categoria 1: As Causas da Desmotivação dos Docentes	45
3.2.1. Categoria 2: O Aproveitamento Pedagógico Apresentado pelo Director Adjunto da Escola DAE	46
3.2.2. Categoria 3: A Motivação dos Professores do Ensino Básico	46
3.2.3. Categoria 4: A Desmotivação dos Professores a Problemática da má Qualidade de Ensino	47
3.3. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS	47
Conclusão	52
Sugestões	55
Referências Bibliográficas	56
APÊNDICE	58
ANEXO	60
xi
Introdução 
Esta dissertação, pretende analisar a Influência da Desmotivação dos Professores do Ensino Básico, Caso da Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nampaco. Este cenário, verificou-se desde dois mil e dezasseis à dois e dezoito. Sem nenhuma Mudança deste cenário no que concerne a motivação dos professores e alunos daquele estabelecimento do processo de ensino e aprendizagem. Contudo, o que se observa é apenas a desmotivação no seio dos professores e alunos. 
Jesus, (2004) afirma que “a desmotivação dos professores acontece nas instituições públicas. Diante desta situação, os professores tem mostrado fraqueza no exercício da profissão. Portanto, não sabendo os reais motivos que leva a desmotivação dos docentes” (p.69). 
Assim, nos últimos três anos dois mil e dezasseis à dois mil e dezoito, pensa-se que a desmotivação dos professores tem originado por fraca motivação dos gestores do estabelecimento do processo de ensino e aprendizagem assim, como da entidade empregadora. Refere-se ao ministério da educação e desenvolvimento humano.
Todavia, o desempenho na leccionação depende, em larga medida, dos tempos disponíveis, das estratégias pedagógicas, na abordagem dos conteúdos curriculares e da formação continua na área específica da leccionação. A fim de estimular o empenho profissional de todos os professores.
Santomé, (2006) sustenta que “este cenário da desmotivação ocorre ao nível nacional, também na Província e cidade de Nampula. Concretamente, na Escola Primária do 1º e 2º graus de Nampaco” (p.52). 
De acordo com Jesus (2004), a percepção que temos da desmotivação que:
os professores experimentam actualmente no exercício profissional constitui uma problemática com efeitos no desempenho das suas funções, projectando consequências negativas sobre o processo de ensino e de aprendizagem, na relação com os alunos, assim como na relação com os colegas (p.72).
Dada a importância da problemática da desmotivação para o quotidiano do sistema educativo, consideramos que vai contribuir com este trabalho da dissertação para um melhor conhecimento da influência de desmotivação no desempenho da profissão docente, a partir de um conjunto de causas interligadas.
Porém, as constantes reformas preconizadas pela educação: as funções alargadas do exercício profissional; a avaliação dos professores em curso e as suas contradições e ambiguidades; os efeitos directos que essa avaliação de desempenho produz sobre o acesso e a progressão na carreira; a conversão da nomeação provisória em nomeação definitiva; a renovação de contracto e atribuição de um prémio de desempenho. Com essas condições facilitaria a motivação dos professores (Libâneo, 1995).
Segundo Santomé (2006), nos dias que nos ocorrem, é notório a desmotivação dos docentes do ensino básico em Moçambique, na província e cidade de Nampula essencialmente na escola primária do 1º e 2º Graus de Nampaco.
A motivação que levou a escolha deste tema, por ter constatado em cada ano observa-se as desmotivações dos funcionários daquele estabelecimento de ensino não tem - se beneficiado desta verba correctamente. Isto, verifica-se ao nível do nosso país, província e cidade de Nampula originando assim a desmotivação dos professores.
Na relevância teórica, abordar que, cientificamente existe várias obras que debruça sobre a desmotivação dos professores do ensino primário do 1º e 2º gaus. Como se observa as referências bibliográficas que consta no marco teórico. 
Todavia, o estudo vai contribuir no âmbito académico para os pesquisadores da área científica da Psicopedagogia. Diante desta situação, a investigação vai melhorar a qualidade de ensino que o país deseja. Mas também, a qualidade de vida dos professores e funcionários em geral. 
A motivação vem da importância que cada um dá a sua actividade, e o significado que é oferecido a cada avaliação na tarefa e de cada indivíduo que procura o seu próprio referencial de auto estima e auto conhecimento em volta do tema em estudo. 
No aspecto prático, pode ainda ser útil para a educação moçambicana, na superação da desmotivação dos professores do ensino primário do 1º e 2º grau, o modo e o sistema de motivação dos docentes para a melhoria da qualidade do processo de ensino. Não apenas, mas também, para a formação do homem novo com as noções e competências de saber estar, saber ser e saber fazer.
Indo mais além, com o docente motivado, os alunos terão conhecimentos sólidos, competências de dirigir os destinos desta bela pátria e de combater os índices de analfabetismo que a sola a nossa população moçambicana que irão incrementar agricultura mecanizada reduzindo a importação que o país efectua e oscila nos 98, 7%. Visto que, o país consegue produzir apenas 1.3%. 
Nesta vertente, os pontos positivos que compreendem na abordagem do tema em análise, irá melhorar crucialmente a qualidade do processo de ensino. Na medida em que, os docentes irão ser motivados como fruto desta situação, terão que envidar o esforço na produção do material didáctico com base no material existente ao nível local. Todavia, farão o esforço seleccionar os conteúdos adequados para cada tipo de aprendizagem, no sentido de diversificar os métodos de ensino, com as respectivas técnicas, a definição clara e exaustiva dos objectivos específicos para alcançar as mesmas até ao fim da aula. 
Neste âmbito, as vantagens e benefício que pressupõe que a pesquisa irá proporcionar, no processo de ensino, por parte do professor terá o maior empenho, dedicação, criatividade, na adopção de melhores mecanismos para lograra os resultados previamente preconizados com a devia antecedência. Entretanto, por lado do educando irá adquirir conhecimentos científicos e competências no que concerne o saber estar, ser e fazer na prática aquilo que aprendeu no processo de ensino e aprendizagem e posterior implementar na comunidade onde o aluno está inserido na melhoria do progresso da mesma.
Deste modo, o quadro das dificuldades e tensões enfrentado no quotidiano do docente, nas interacções escolares e no desempenho da função de ensinar intensifica-se com os salários não satisfatórios que os professores recebem. Sendo assim, grande parte deles, a fim de viabilizar uma melhor qualidade de vida para suas famílias, actua em dois ou até três turnos diários de trabalho.
Porém, o outro aspecto da realidade profissional de grande parcela dos professores:
no nosso país diz respeito à situação de temporários. Esta situação é frequentemente ocasionada em função da escassez, falta de planejamentoe falta de regularidade dos concursos públicos no aparelho do estado na carreia de docência, que efectivem os profissionais numa carreira docente e lhes possibilitem uma jornada de trabalho concentrada num estabelecimento escolar (Mined, 2008, p.67).
Assim, obriga muitas vezes, a aceitarem as aulas disponíveis em estabelecimentos privados em diferentes escolas, dispersando esforços e deslocando, às vezes num único turno, entre escolas distantes umas das outras. Trabalhando em várias escolas, o professor também é chamado a atender a diferentes demandas das direcções dos estabelecimentos, cada qual com normas, projectos e interesses próprios, o que intensifica ainda mais as suas dificuldades e enfraquecimentos (Santomé, 2006).
Portanto, o estudo tem grande contributo na área do professorado para a melhoria da motivação e posterior qualidade do processo de ensino que o país deseja. Mas também, a qualidade de vida por parte professores e funcionários em geral.
Este estudo, irá ser destinado aos professores, académicos de diferentes níveis, a sociedade em geral e os residentes do bairro de Nampaco em particular. Não apenas, mas também, os resultados deste estudo irão ser consumidos ao nível do país, província, distrito, posto Administrativo, localidade, na escola, no bairro até na comunidade.
Nesta perspectiva, os conhecimentos adquiridos, servirá para a vida quotidiana do educando na família, comunidade, sociedade e na escola. Não só, mais também, irá mitigar o maior número de educandos que não sabe ler, escrever e efectuar cálculos. Consequentemente irá melhorar a qualidade de ensino que o país almeja.
Todavia, o crescimento da profissão docente deve-se à massificação da escola, bem como a importância que se dá hoje ao ensino, à escola, às habilitações académicas, porém nos dias de hoje ser professor da escola primária do 1º e 2º Graus é uma tarefa bastante árdua devido a um conjunto de várias causas entre os quais destacamos: a falta de reconhecimento perante os pais dos alunos e superiores hierárquicos, a falta de condições de trabalho nomeadamente na escassez de materiais didácticos para auxiliar o ensino nas mais diversas áreas disciplinares, diversidade na superlotação das turmas que ultrapassa o estipulado no regulamento geral de avaliação do ensino básico. 
Nos dias que nos ocorrem o professor e o seu estatuto sofrem muitas e variadas influências. O professor vive uma profissão em constante reconstrução e, no nosso país, a história da construção da profissão de professor da escola primária do 1º e 2º grau, tem sido um longo e atribulado caminho na luta pela valorização e dignificação da actividade docente.
Neste contexto, pretendemos situar-nos, ou seja, pensar nos professores, no nosso caso, o professor da escola primária do 1º e 2º graus do ensino básico, na sua realidade e no seu tempo passado e presente, no seu dúplice papel de actor social e organizacional, não esquecendo que, em primeiro lugar, se trata de uma pessoa com sentimentos e emoções e, por isso, necessita de cuidados e atenção, no seu modo de ser e na sua maneira de agir. 
Entretanto, na intenção de melhor compreender o sentir do professor face ao seu trabalho diário, tomamos como foco principal de análise a satisfação, a insatisfação e o mal-estar docente, na convicção de que os factores que tal vão determinar, interferem significativamente nas práticas quotidianas do professor e são marcantes na qualidade e na eficácia do ensino.
Portanto, o trabalho que iremos apresentar como dissertação para a obtenção do mestrado em psicopedagogia na Academia Militar. Para tal, esta tarefa vai consistir numa reflexão sobre a evolução da carreira docente na escola primária do 1º e 2º Graus do ensino básico desde os professores antigos até os actuais acerca da identidade do docente e a sua relação com a satisfação ou a insatisfação no trabalho.
A escolha deste tema, surgiu no intuito de identificar as causas da insatisfação de forma científica e metodológica. Através da convivência, da observação, do diálogo sentimos que existem nas nossas escolas professores satisfeitos, e, outros insatisfeitos com a sua profissão.
Diante desta situação, a dissertação tem como objectivo geral: Analisar as causas que influenciam a desmotivação dos professores do ensino básico. 
Este objectivo geral acima formulado é operacionalizado com os seguintes objectivos específicos:
	Objectivos específicos 
	Perguntas / instrumentos:
	Categoria 
	1. Perceber as causas da desmotivação percepcionada pelos professores da escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco. 
	1. Quais são as causas da desmotivação
2. Que medida deve ser tomada para estancar a desmotivação dos professores do ensino básico?
	Perceber as causas da desmotivação percepcionada pelos professores da escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco. 
	Relacionar as causas da desmotivação com o desempenho profissional dos professores da escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco.
	4. Qual é o desempenho dos professores e alunos? 
6. Como é que tem sido o desempenho dos professores nas suas actividades escolares, no âmbito do cumprimento das suas obrigações profissionais e programa escolar? 
	Relação entre as causas da desmotivação com o desempenho dos professores da escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco.
	3. Perceber as consequências das causas da desmotivação professores da escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco. 
	5. Senhor director na qualidade de supervisor interno e gestor máximo da instituição. Fale sobre as consequências das causas da desmotivação professores da escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco. 
	Perceber as consequências da desmotivação professores da escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco. 
Fonte: autora, 2020.
Neste contexto, definiu-se como problema de pesquisa: Em que medida as causas da desmotivação nos Professores influenciam no seu desempenho profissional? 
Desta maneira, definiu-se as seguintes questões de pesquisa: Questão de pesquisa 1: Quais são as causas da desmotivação profissional percepcionada pelos docentes do ensino básico. Questão de pesquisa. Questão de pesquisa 2: Quais são as causas da desmotivação na aprendizagem do aluno? Questão de pesquisa 3: Quais são as consequências das causas da desmotivação professores do ensino primário?
No que tangem a estrutura da dissertação está organizado em três (3) capítulos:
Capitulo I: Marco Teórico ou Revisão da literatura e Capitulo II: Metodologia de Pesquisa, Capítulo III: Presentação, Interpretação e Análise de Dados, Capítulo IV: Discussão dos Resultados e no fim iremos redigir a Conclusão, Sugestões, as Referências Bibliográficas, Apêndices e Anexos.
Nesta pesquisa usou-se o método indutivo porque este vai ao encontro da investigação que necessita o pesquisador em levar a realidade concreta das mudanças constantes do regulamento de avaliação no processo de ensino aprendizagem.
A escolha da abordagem qualitativa deve-se às características de investigação, já que permitiu o aprofundamento necessário na busca do conhecimento no que se refere as causas dos professores do ensino primário do primeiro e grau de Nampaco. Mas também, os objectivos a que nos propusemos a abordar se inserem na compressão destes fenómenos.
Portanto, tem um fenómeno subjectivo, que procurar apartar de observações e de análises abertas, no sentido de descobrir as tendências e os processos que explicam o como e o porque das coisas, em contacto directo com os entrevistados. 
Sendo assim, escolheu a pesquisa qualitativa porque entrou os números abaixo de 100. Isto significa que os números que usou varia de um à seis. 
Para Gil (1999), “o problema é uma questão que mostra uma situação, necessitada de discussão, investigação, decisão ou solução” (p.156). No entanto profissional da área da educação, as desmotivações constantes dos professores na escola primária do 1º e 2º grau de Nampaco, no ensino básico no processo de ensino aprendizagem. Começou a verificar com frequência em Moçambique a partir de dois mil e dezasseis à doismil e dezoito (Oliveira, 2009). 
Contudo, a desmotivação dos professores acontece nas instituições públicas. Diante desta situação, os professores tem mostrado fraqueza no exercício da profissão. Portanto, não sabendo os reais motivos que leva a desmotivação dos docentes. 
Assim, nos últimos três anos dois mil e dezasseis à dois e dezoito, pensa-se que a desmotivação dos professores tem originado por fraca motivação dos gestores do estabelecimento do processo de ensino e aprendizagem assim, como da entidade empregadora. Refere-se ao ministério da educação e desenvolvimento humano.
Por isso, o desempenho na leccionação depende, em larga medida, dos tempos disponíveis, das estratégias pedagógicas, na abordagem dos conteúdos curriculares e da formação continua na área específica da leccionação. A fim de estimular o empenho profissional de todos os professores.
Entretanto, relativamente à dificuldade de fazer aprender os alunos, Marques (2003) refere que quando os professores se mostram desmotivados, pouco empenhados e revelam baixas expectativas face aos alunos, o moral destes professores junto dos alunos tende a diminuir. Será importante neste estudo, analisar a forma como os professores, percepcionam o fenómeno da desmotivação e a influência que este tem no desempenho da profissão docente. 
Este senário da desmotivação ocorre ao nível nacional, também na Província e cidade de Nampula. Concretamente, na Escola Primária do 1º e 2º graus de Nampaco. 
A fonte de informação da pesquisa foi na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Nampaco, e consultas das revisões bibliográficas.
Marques, (2003) debruça que “a desmotivação estabelece uma relação causal entre o clima de escola, o empenhamento dos professores e os resultados da aprendizagem. Porém, a desmotivação profissional dos docentes possa ter uma influência importante, na qualidade da educação” (p.14).
Deste modo, a percepção que temos acerca desmotivação que os professores experimentam actualmente no exercício profissional constitui uma problemática com efeitos no desempenho das suas funções, projectando consequências negativas sobre o processo de ensino e de aprendizagem, na relação com os alunos, assim como na relação com os colegas.
Dada a importância desta problemática da desmotivação para o quotidiano do sistema educativo, consideraríamos pertinente e irá contribuir com este trabalho de projecto para a elaboração da dissertação para um melhor conhecimento da influência de desmotivação no desempenho da profissão docente, a partir de um conjunto de factores interligados.
Todavia, as constantes reformas preconizadas pela educação: as funções alargadas do exercício profissional; a avaliação dos professores em curso e as suas contradições e ambiguidades; os efeitos directos que essa avaliação de desempenho produz sobre o acesso e a progressão na carreira; a conversão da nomeação provisória em nomeação definitiva; a renovação de contracto e atribuição de um prémio de desempenho. Com essas condições facilitaria a motivação dos professores.
Sendo assim, os resultados deste sistema de avaliação terão efeitos no cálculo de prestação de contas e mérito, aplicará na avaliação de desempenho do pessoal docente, traduzindo-se na redução em anos e na subida para o escalão seguinte. 
Entretanto, relativamente à dificuldade de fazer aprender os alunos, Marques, (2003) refere que quando os professores se mostram desmotivados, pouco empenhados e revelam baixas expectativas face aos alunos, o moral destes professores junto dos alunos tendem a diminuir. Será importante neste estudo analisar a forma como os diversos intervenientes no processo educativo, os dirigentes e professores das unidades educativas, como percepcionam o fenómeno da desmotivação e a influência que este tem no desempenho da profissão docente.
Todavia iremos identificar e seleccionar quatro causas da desmotivação: as exigências da carreira docente, a progressiva degradação da imagem social da profissão docente, o modelo predominante de escola democrática vigente nos agrupamentos e a crescente complexidade da relação pedagógica. A influência dessa desmotivação vai ter, na nossa opinião, uma relação estreita com o desempenho do docente nas seguintes áreas: no processo de ensino-aprendizagem, na satisfação e no desenvolvimento profissional e no menor comprometimento institucional. 
Neste contexto, definiu-se como problema de pesquisa: Em que medida as causas da desmotivação nos Professores influenciam no seu desempenho profissional? 
CAPÍTULO I: REVISÃO DE LITERATURA
Neste capítulo pretende-se abordar acerca da revisão da literatura que serviu de suporte científico deste trabalho cingem em descrever um conjunto de conceitos designadamente, conceito de desmotivação e motivação, teorias da motivação, teoria das necessidades de Maslow, teoria das necessidades de McClelland.
Todavia, no capítulo acima citado aborda acerca dos factores da desmotivação dos professores, causas e consequências da desmotivação dos professores, motivação e desempenho profissional, o conceito do professor, as características do professor reflexivo, o papel e o lugar do professor. 
 Abordagens Conceptuais da Desmotivação e Motivação 
1.1.1. Conceito da Desmotivação e Motivação
Para Jesus (2004), “a desmotivação do profissional de enfermagem é como um esboço apresentado em relação a formação académica do enfermeiro no que diz respeito as competências gerenciais onde elas se apresentam como desafio” (p.9).
De acordo com Santomé (2006), “a desmotivação é a perda da motivação, do interesse desmotivar, tirar motivos, fazer perder o valor dos motivos, tornar infundado e fazer perder o interesse” (p.124).
Neste âmbito, os dois conceitos acima focalizados posicionamos no conceito de Santomé, ao debruçar que a desmotivação é a perda da motivação de um determinado indivíduo que se encontra numa escola pública ou privada. 
Porém, a desmotivação é a falta de motivação no trabalho é algo que há anos vem afligindo as pessoas nas organizações (Bergamini, 2008). 
Thomas et al. (2004) enfatizam que a desmotivação contribui para uma percepção negativa do ambiente por parte dos trabalhadores, mas também, para uma menor produtividade.
Gil, (1999) destaca que os motivos da desmotivação variam de pessoa para pessoa. Para Furtado e Júnior (2010) e Aydin (2012), uma das principais causas da desmotivação é o facto de muitas pessoas não terem o conhecimento necessário para a execução das tarefas e as más condições de trabalho. Esses factores são responsáveis por causar um estresse excessivo, levando as pessoas a se desmotivarem nas organizações.
1.1. Motivação 
De acordo com Perreia (2008), “o estudo etimológico, da palavra motivação tem a sua origem no vocábulo motus do verbo de expressão latina movere, que numa tradução literal significa mover, colocar em movimento, ou acção de pôr em movimento” (p.217).
Marques, (1996) defende que “a motivação se centra em duas dimensões: sistemas de trabalho e sistemas de recompensas. Esta teoria vai ao encontro da divisão do conceito em motivação intrínseca e motivação extrínseca” (p.224).
Para tal, duas definições acima supracitados preferimos o conceito de Marques ao afirmar que a motivação se centra em duas dimensões: sistemas de trabalho e sistemas de recompensas. Esta teoria vai ao encontro da divisão do conceito em motivação intrínseca e motivação extrínseca.
Nesse caso, um dos primeiros autores a estudar a motivação humana foi Maslow ao criar e apresentar a pirâmide das necessidades humanas (Chiavenato, 2003). A pirâmide de Maslow apresenta estágios de motivação, iniciando nas necessidades básicas e indo até a auto realização.
Chiavenato (1999) apresenta algumas evidências causadoras de motivação no trabalho, sendo elas: horário de trabalho, intervalo de descanso, conforto físico, permanência no emprego, remuneração e benefícios, trabalho seguro, chefe amigável, interacção com clientes, amizade dos colegas, promoções, orgulho. E reconhecimento, responsabilidade, crescimento profissional, participaçãonas decisões, diversidade, autonomia e trabalho desafiante. 
Ryan e Deci, (2000) referem que “já haviam decorrido que o facto de alguém se encontrar motivado, não é nada mais do que se sentir movido a fazer algo” (p.96). 
Mas, partilhando com a ideia de Lima (2014), esta explicação não é um esclarecimento pleno para este conceito. Em poucas palavras podemos afirmar que a motivação é o que estimula uma pessoa a fazer algo.
Caixote e Monjane, (2013) sustentam que “não existe uma fórmula que, uma vez aplicada, resolveria o problema da motivação do pessoal nas organizações porque este é um assunto muito mais complexo do que parece” (p.213).
Para Chiavenato (1999), “motivação é o processo que leva alguém a comportar-se para atingir os objectivos organizacionais, ao mesmo tempo que procura alcançar os seus próprios objectivos individuais” (p.412). 
Vernon, (1973) apud Todorov e Moreira, (2005) abordam que “a motivação pode ainda ser definida como “uma espécie de força interna que emerge, regula e sustenta todas as nossas acções mais importantes. Contudo, é evidente que a motivação é uma experiência interna que não pode ser estudada directamente” (p.125). 
Nesta vertente, os conceitos dos autores acima supracitados conceituam a motivação como processo e força interna que leva o indivíduo a comportar-se de uma determinada maneira, e no âmbito organizacional.
Chiavenato, (1999) reafirma que a consecução dos objectivos organizacionais, portanto, falar:
da motivação é debruçar-se sobre mecanismos que influenciam um indivíduo a atingir objectivos organizacionais e pessoais. Trata-se de manipular factores que estimulam os indivíduos (dentro da organização) a adoptar um determinando comportamento ou atitude no exercício das suas tarefas com vista ao alcance dos objectivos organizacionais (p.79).
Nesse âmbito, os primeiros estudos contemporâneos sobre motivação, como o trabalho de Abraham Maslow (1994), na teoria das necessidades e as teorias X e Y e Douglas McGregor, mostram que a escola das relações humanas se preocupou em apenas permitir a maior participação do indivíduo no trabalho. A complexidade do comportamento humano vai além do conceito da socialização para motivá-lo. 
Na mesma direcção, o autor acima mencionado diz que o ser humano tem múltiplas necessidades, desejo de auto desenvolvimento e realização, de ter trabalho como sentido da sua existência e a autonomia de pensamento. A partir desta constatação, tem início o surgimento da administração de recursos humanos nas organizações que trata o ser humano com as suas múltiplas complexidades.
Ainda o mesmo autor diz que esta nova abordagem traz aos colaboradores a sensação de importância, de comprometimento, ambição de crescimento e satisfação em fazer parte de uma organização. 
1.1.2. Teorias da motivação
Nesse sentido, as teorias da motivação estudam os comportamentos dos indivíduos perante estímulos e interacções através dos vários ambientes em que estão inseridos (Maslow, 1943).
1.2.4. Teoria das Necessidades de Maslow 
Segundo Maslow (1943), “foi proposta uma teoria em que cada indivíduo tem necessidades que precisa de ser satisfeitas. Da sua satisfação, ou não, podem advir certos comportamentos que são originados pelo factor motivacional que está relacionado com o cenário em questão” (p.198).
Desta forma, Maslow (1943) vem afirmar que existe uma organização hierárquica das necessidades, que é comummente apelidada de pirâmide das necessidades de Maslow, onde está plasmada uma sistematização da primazia da satisfação das necessidades. Uma necessidade de nível superior só pode ser satisfeita quando uma de nível inferior já o tiver sido.
Barata, (2013) argumenta que enquanto esta motivação não for satisfeita, as outras em regra, não exercem influência no comportamento do indivíduo” (Barata, 2013, p.12). 
No entanto, Maslow não trouxe apenas à ciência uma lista organizada de necessidades. Vem ainda idealizar que a motivação não é apenas um estado momentâneo, é um processo ininterrupto e dinâmico, que se encontra em constante actualização.
Bilhim, (2013) afirma ainda que para este autor a motivação pode ser classificada segundo o tipo de satisfação que é adquirida, estando os dois primeiros níveis da pirâmide relacionados com a satisfação interna e os restantes níveis com a externa. 
Cunha et al., (2014) diz que “os líderes devem-se preocupar com a identificação do nível de satisfação das necessidades dos seus colaboradores” (p.123).
Uma vez que, segundo esta teoria, não é viável tentar motivar um trabalhador dando-lhe uma promoção, se este não tiver satisfeitas as necessidades de nível inferior. A divulgação desta teoria foi alargada e aceite no seio da comunidade científica, no entanto, carece de comprovação empírica (Alderfer, 2011; Cherrington in Neves, 1998) existem também algumas críticas que se podem levantar a esta teoria, nomeadamente o facto da ordem das necessidades poder variar consoante o indivíduo.
Cunha et al., (2014) argumenta que “bem como uma necessidade de nível superior poder ser necessária para a satisfação de uma de nível hierárquico inferior” (p.72). 
1.1.2. Teoria das Necessidades de McClelland 
Este autor desenvolveu “uma teoria tendo como base as necessidades, que pode ser designada por teoria dos motivos” (Cunha et al., 2014, p.124). A teoria que é apresentada vem esclarecer que cada indivíduo tem necessidades adquiridas, ou seja, “necessidades que as pessoas desenvolvem através da experiência ao longo da sua vida.
1.2. Factores de Desmotivação dos Professores
Afonso (1999) aponta alguns factores da desmotivação relacionados com as exigências profissionais cometidas pelos professores, tais como: o número excessivo de alunos existentes nas salas, uma elevada carga horária, política colocada sobre o trabalho dos professores, a atribuição de responsabilidades e funções que os docentes não tinham no passado (desenvolvimento pessoal e social dos alunos). Bem como as condições de trabalho, principalmente ao nível dos equipamentos e materiais, não permitem, muitas vezes, dar uma resposta adequada às exigências colocadas. 
1.2.2. As Consequências das Causas da Desmotivação Professores
Roldão, (2007) aborda que as causas da desmotivação dos professores são:
 o número excessivo de alunos em sala de aula, muitos deles sem limites de comportamento a Indisciplina dos alunos; Falta de interesse dos alunos pela aprendizagem; Existência de um clima de insegurança nos docentes; Desunião de professores; Insegurança de vínculo no trabalho; Falta de confiança no seu trabalho; Falta de apoio pedagógico aos docentes iniciantes por parte dos demais profissionais da escola; Necessidade de reconhecer a escola mais pelos seus feitos positivos; Falta de apoio psicológico aos docentes (p.72).
Segundo Marcelo (2009), “a consequência da desmotivação dos professores é a existência de um clima de insegurança, Sentimento de frustração; Estresse provocado pelo acúmulo e sobrecarga de trabalho; Sentimento de medo” (114).
1.2.3. Motivação e desempenho profissional 
Maslow, (1943) explica que a motivação é uma das grandes forças:
impulsionadoras do comportamento humano. É ela quem irá determinar os níveis de desempenho pessoal e profissional, obtidos. Na organização, está directamente relacionada com sentimento de pertença, produtividade e valorização, atribuídos interna e externamente (p.47). 
A ser assim, o funcionário motivado e produtivo é aquele que está no lugar certo, ou seja que ocupa uma função capaz de explorar e estimular suas potencialidades, bem como de lhe fornecer reconhecimento, através de um salário compatível, plano de crescimento, benefícios, aliado a um reconhecimento autêntico por parte da organização que ressalve o seu valor. 
Além disso, é necessário estar atento ao cultivo de um clima organizacional, propício para o desenvolvimento de boas relações que promovam comunicação, qualidade e produtividade. 
Robins, (2005) sustenta que “quando quiser descobrir porque um funcionário não está apresentando um desempenho compatívelcom a capacidade que você acha que ele tem, observe o ambiente de trabalho para ver se ele fornece condições suficientes de apoio” (p.152).
De acordo com Maslow (1943), a eliminação de factores que não estimulam aos:
docentes tais como: falta de organização, higiene e segurança no ambiente de trabalho, pois podem consumir energia que pode ser mais bem aproveitada. Sendo assim, a organização e os colaboradores devem estar dispostos a correr riscos, a encarar desafios, para poderem juntos, ficar envolvidos e motivados com o processo que fazem parte (p.101). 
Aliado a isso, motivação é uma das poucas palavras que pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de qualquer organização, seja ela pública ou privada, em qualquer hierarquia. A motivação de uma pessoa depende directamente da força de seus motivos para enfrentar ou não as batalhas por esta ou aquela conquista. 
Diante desta situação, os incentivos como prémios esperados para os quais os motivos se dirigem não devem limitar-se a prémios financeiros, como maiores salários ou gratificações, mas também prémios intangíveis como elogios, reconhecimento ou poder. 
Portanto, os gestores que conseguem motivar os funcionários muitas vezes proporcionam um ambiente em que os objectivos são adequados. Isto é, os incentivos estão disponíveis para a satisfação das necessidades profissionais de seus colaboradores. 
Percebe-se também, que a função de um gestor não deve ser o de estabelecer objectivos para seus colaboradores. Pelo contrário, muitas vezes, é possível aumentar a produtividade dos mesmos possibilitando um ambiente de diálogo, onde a participação no estabelecimento de seus objectivos é exigida.
 Robins, (2005) afirma que a teoria de fixação de objectivos pressupõe que o indivíduo está:
comprometido com o objectivo, ou seja, que ele está determinado a não rebaixá-lo nem abandoná-lo. Isso acontece mais frequentemente quando os objectivos se tornam públicos, quando o indivíduo tem um centro de controlo interno e quando as metas são estabelecidas pela própria pessoa, em vez de impostas” (p.124).
1.3. Conceito de Professor 
Roldão, (2007) aborda que “a função docente se caracteriza pela acção de ensinar sendo que o conceito de ensinar não é definido de modo simples e fácil, pois há diferença entre “professar um saber” e fazer os outros aprenderem alguma coisa” (p.96). 
Editora (1992) aborda que “ professor é um indivíduo que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma língua e adestrado ou perito em qualquer arte ou ciência” (p.1344).
De acordo com Marcelo (2009), a profissão docente é:
uma profissão do conhecimento, sendo que são o conhecimento e o saber que legitimam tal profissão. O trabalho docente é baseado no compromisso em transformar esse conhecimento em aprendizagens relevantes para os alunos. Nessa perspectiva, o professor é um profissional que trabalha com o conhecimento, e, para tanto, necessita ter compromisso com a aprendizagem discente (p.10). 
Nesta perspectiva, dos três conceitos acima abordados o do Roldão, da Editora e do Marcelo posicionamos no conceito de Marcelo ao sustentar que docente é uma profissão do conhecimento, sendo que são o conhecimento e o saber que legitimam tal profissão. Porém, a tarefa do docente é baseado no compromisso em transformar esse conhecimento em aprendizagens relevantes para os alunos. Nesta ordem de pensamento, o professor é um profissional que trabalha com o conhecimento, e, por tanto, necessita ter compromisso com a aprendizagem discente. O professor é uma pessoa, que exerce uma profissão, num dado contexto.
Guimarães et al., (1997) embora reservem ao professor:
um papel activo, reconhecem que ele não é inteiramente livre no estabelecimento do contexto da sala de aula: [o professor] tem de ter em conta as diversas restrições decorrentes do tempo, do espaço, dos livros de texto e outros materiais disponíveis, dos currículos, do seu conhecimento dos alunos, da estrutura da escola, das expectativas dos encarregados de educação (p.40).
O mesmo autor refere que as salas de aula são contextos complexos e fervilhantes servindo uma variedade de propósitos e contendo uma grande variedade de processos e acontecimentos. Os professores devem gerir grupos, lidar com necessidades individuais específicas, promover a aprendizagem, estabelecer rotinas. “Os professores não só têm uma variedade de coisa para fazer, como têm também frequentemente de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo” (Guimarães et al, 1997, p.317).
Não obstante, Marcelo (2009) diz que existem uma diferença entre ser professor e ensinar com eficiência ao longo da sua carreira. Assim, conclui-se que para ser professor não é suficiente que se tenha o conhecimento, mas é preciso saber ensinar. 
Assim, em contrapartida, este saber ensinar, em nossa compreensão, só se atinge com um processo permanente de formação de professores (Imbernón, 2011), o que colabora para o processo de desenvolvimento profissional docente.
Nestes moldes, o autor aborda que a intencionalidade do ensino como especificidade da docência, enfatiza que o professor necessita desenvolver competências de um intelectual crítico, pois é indispensável uma acção docente que contemple o acto de educar em sua amplitude e complexidade (Marcelo, 2009).
O profissional crítico faz escolhas subsidiado no conhecimento científico, constrói seu conhecimento considerando a diversidade social, cultural, económica, humana”. Logo, o acto de ensinar é complexo e constituir-se um profissional docente crítico requer uma formação voltada para tal. 
1.3.1. As Características do Professor Reflexivo
Schon, (1992) traz alguns pressupostos, que em nossa compreensão caracteriza um professor: 
reflexivo se o professor quiser se familiarizar-se com este tipo de saber, tem de lhe prestar atenção, ser curioso, ouvi-lo, surpreender-se, e actuar como uma espécie que procura descobrir as razões que levam as crianças a dizer certas coisas. Este tipo de professor esforça-se por ir ao encontro do aluno e entender o seu próprio processo de conhecimento, ajudando-o a articular o seu conhecimento na acção que exige do professor uma capacidade de individualizar, isto é, de prestar atenção a um aluno, mesmo numa turma de trinta, tendo a noção do seu grau de compreensão das suas dificuldades (p.84).
Libâneo (2002) apresenta uma visão filosófica deste movimento de reflexão proposto por Schon e destaca a importância de distinguir entre duas visões extremamente diferentes a reflexividade crítica e a reflexividade pragmática. A primeira é crítica porque possui influências teóricas do interacionismo sociocultural do Marxismo ou neomarxismo, das análises fenomenológicas que são recortes subjectivos do real e da hermenêutica.
Enquanto a reflexividade pragmática é cognitivista, tecnicista, acredita numa realidade pronta e acabada, ou seja, defende uma apreensão prática do real. As críticas a esse modelo de reflexividade neoliberal e que vem sendo adoptada pelo sistema educacional, está no facto simplesmente de treinar os professores para reflectirem, mas não construírem essa reflexão de maneira individual e emancipadora que a reflexividade crítica proporciona.
Segundo Alarcão (2003), os professores reflexivos têm como base a capacidade de pensamento, reflexão e criatividade. Os professores trabalhando podem ser versáteis e criar modalidades e recursos didácticos, utilizando não só o conhecimento científico. Mas nas suas experiências tendo em sua actuação um produto final com a integração de ciência, técnica e arte.
Zeichner, (2008) sustenta que um dos defensores do ensino reflexivo, crítica apenas o uso do ensino reflexivo como um slogan e questiona o real desenvolvimento dos professores pela falta de estratégias para ajudar os professores reflectirem individualmente. 
O mesmo autor ressalta que, todo professor de alguma maneira reflecte sobre suas acções isto é pouco. O foco é a qualidade desta reflexão, concluindo a importância de ser reflexivo, não apenas para fugir de ensinos transmissores e mecânicos. Mas para preparar esteprofessor para contextualizar com seus alunos utilizando seus conhecimentos prévios, visões políticas que formaram sociedades críticas e mais justas.
Além disso, o autor defende a importância do papel activo do professor diante da criação de propósitos e objectivos do seu trabalho, obtendo apenas de maneira participativa à ajuda de outras pessoas. O conceito do professor reflexivo reitera que o professor é peça chave dentro da pesquisa na educação, e suas acções dentro da escola revelam o conhecimento na acção prática. 
Para “os professores, isso significa que o processo de compreensão e melhoria do seu próprio ensino deve começar da reflexão sobre sua própria experiência o tipo de saber advindo unicamente da experiência de outras pessoas é insuficiente” (Zeichner, 2008, p.539).
Nesta perspectiva, a prática educativa reflexiva tem buscado representar o novo papel que o professor deve desempenhar na educação. Com ênfase na investigação da própria prática, no processo interactivo, no diálogo com a situação real, enfim, o professor como prático-reflexivo (Pérezgómez, 1999).
Todavia, o autor acima referido aponta que o conceito de professor-reflexivo gira em torno da prática dos profissionais, na medida em que valoriza a experiência, a reflexão sobre a experiência e a prática profissional, como momento de construção do conhecimento. Desse modo, ao constituir-se conceitualmente a partir da prática docente, o professor-reflexivo encontrou uma fertilidade maior no campo da educação e em contexto de actuação no campo da formação inicial.
Por isso, é uma perspectiva que se opõe o enfoque tecnológico e pseudocientífico. Essa racionalidade limitada e a realidade não enclausurada, que se encontram as metáforas do professor como pesquisador, intelectual crítico, a importância da pesquisa na acção, do ensino reflexivo e de possibilidade do professor construir sua autonomia conforme (Sacristán, 1995).
Para Nóvoa (1992), o conceito de professor pesquisador e de professor reflexivo são maneiras diferentes dos teóricos da literatura pedagógica ao abordarem uma mesma realidade. O professor pesquisador é aquele que pesquisa ou que reflecte sobre a sua prática. Portanto, este está dentro do paradigma do professor reflexivo.
Sendo assim, esses conceitos fazem parte de um mesmo movimento de preocupação com um professor que é um indagador, que assume a sua própria realidade escolar como um objecto de pesquisa, de reflexão, e de análise.
Segundo Ludke (2001), no trabalho de Stenhouse (1975) “o professor pesquisador foi colocado em destaque como o profissional, tal como um artista, busca as melhores maneiras de atingir os alunos no processo de ensino e aprendizagem. Utilizando diferentes materiais, procura soluções mais adequadas à sua criação” (p.80).
1.3. 2. O Papel e o Lugar do Professor 
Todos os autores são unânimes em afirmar que os professores não têm apenas a função de ensinar, é-lhes exigido um conjunto cada vez mais alargado de funções e de missões para as quais não foram devidamente formados e são confiadas as tarefas altamente especializadas que requerem um desempenho extraordinário em contextos cada vez mais complexo. 
Tal como, alguns autores sublinham que as solicitações decorrentes da reforma do sistema educativo, a contínua ampliação. O leque de funções encomendadas à educação e às quais deve corresponder (Lopes, 2001). 
Assim, o professor constitui a trave-mestra de uma arquitectura educacional que envolve múltiplos agentes, acumulando responsabilidades e funções que não tinham no passado (Afonso, 1999). Na organização do ensino o professor debate-se com dificuldades em organizar o processo de ensino e aprendizagem para um número excessivo de alunos e o desajustamento dos programas (Nóvoa, 1995). 
Face a esta situação, é necessário dar aos professores condições de trabalho que possam permitir concretizar a sua competência profissional e realizar um trabalho de qualidade. Neste sentido, é prioritária a diminuição do número de alunos que possa permitir a empatia necessária para a confiança colocada sobre o professor (Afonso, 1999).
Neste sentido, de uma relação mais personalizada com os alunos e para a realização de um trabalho de qualidade. É importante que os professores encontrem um equilíbrio entre o empenhamento e os resultados que percepcionam obter. 
Sendo assim, as investigações realizadas sobre a importância que as chefias têm no desempenho e satisfação docente, tem vindo a verificar que a satisfação retirada pelo grupo de profissionais depende, em larga medida, dos atributos pessoais do líder (Nóvoa, 1995). 
Segundo Nóvoa (1995), estudos mostram que a satisfação dos indivíduos em diferentes ocupações aumenta quando os quadros de chefia estabelecem uma relação amistosa e compreensiva, elogiando os bons desempenhos, ouvindo e respeitando as opiniões dos colaboradores. E mostrando interesse pessoal por eles, facilitando, desta forma, a consecução dos objectivos profissionais que o individuo valoriza. 
Contudo, as condutas de liderança são baseadas em decisões e responsabilidades compartilhadas, e não tanto em ordens verticais vindas de níveis superiores. Actualmente, um bom líder, deverá ser, acima de tudo, um excelente condutor de pessoas e de equipas de trabalho. Terá de ser o principal impulsionador da mudança, apostando, fortemente, na promoção da formação continua e aprendizagem dos membros da sua organização.
 Seco, (2000) explica que as capacidades de liderança exigidas têm mais a ver com: 
características de personalidade do que propriamente com competências técnicas. Facilitando a identificação com os objectivos da organização e potenciando uma maior implicação, a participação na tomada de decisões pode representar, ainda, um factor determinante da satisfação no trabalho e do desenvolvimento pessoal” (p.69). 
Neste contexto, as relações com as chefias são vivenciadas com base na importância que os colegas dos órgãos de gestão podem ter na disponibilidade para ajudar a resolver problemas dentro e fora da sala de aula. Para concretizar projectos que visem o bem-estar, e o sucesso dos alunos, professores e funcionários. 
Desta maneira, para realizar actividades tendo em vista um maior conhecimento da realidade educativa e uma maior abertura à comunidade. Em suma, para se relacionarem, em parceria com os outros professores da escola, facilitando (ou não) as suas interacções e a implementação do projecto educativo da escola (Seco, 2002). 
Convém referir que “os professores que apresentam altos níveis de satisfação, realçam a importância da qualidade profissional da liderança” (Seco, 2002, p.68).
Assim, há uma relação circular plausível entre o comportamento do professor no trabalho e os processos de construção da sua própria realidade profissional, elaborados num contexto de interacção social, de onde ele retira os elementos pertinentes que interioriza e que o estrutura e com os quais atribui um sentido à sua experiência de vida e à sua realização enquanto docente (Nóvoa, 1995). 
As relações com os outros elementos do grupo permitem a partilha de atitudes e valores semelhantes, facilitando uma maior rapidez e eficácia na concretização dos objectivos. Assim, a tomada de decisão de maior risco e o seu enriquecimento pessoal e profissional, viabilizando o progresso de todos em relação aos objectivos pessoais perseguidos por cada um (Nóvoa, 1995). 
Defronte disso, para os professores parece ser importante experienciar uma relação de apoio, por parte dos colegas, não só pelo poder motivacional para enfrentar a função docente. Mas ajudando sobretudo a consolidar valores como: a coesão, a participação, a colaboração, para além do espírito de equipa que gera em ordem à concretização das tarefas pedagógicas.
De acordo com Carvalho (1991), ”as relações entre colegas podem funcionar como um outro factor de recompensa e satisfação ou como um modo de sobrevivência dos professores que se sentem isolados no estabelecimento” (p.67). 
Os professores podem aprender muito com a experiência pessoal mas também podemaprender com o conhecimento da experiência de colegas de trabalho. Pode ser uma das principais vias para prevenção e resolução da indisciplina dos alunos, bem como o mal-estar docente (Afonso,1999).
Se os professores actuarem em equipa, se dialogarem, projectarem e trabalharem como uma comunidade, se estiverem abertos à aprendizagem, desfrutarão da sua profissão e sentir-se-ão mais motivados para a aperfeiçoar (Guerra, 2000). 
“Os professores são um corpo profissional de elevada coesão interna. Para isso contribui o recíproco relacionamento entre colegas” (Seco, 2002, p.66).
Razões institucionais, que vão desde as condições de trabalho o conflito com os colegas, atitude de passividade e ou não colaboração dos colegas, podem despoletar processos de desinvestimento profissional (Nóvoa,1995).
Diante disso, estes factores somam-se 16 outros de índole pedagógica na medida em que existe sempre uma grande margem de ambiguidade na leitura daquilo que o professor inova. Se, por um lado, esta inovação pode ser sinónimo de incompetência, despertando sentimentos de desconfiança nas capacidades dos professores, por outro lado, a assunção dos métodos tradicionais é vista como estagnação pedagógica por parte de pais, inspectores, colegas e alunos, suscitando desprezo e exclusão (Lopes, 2001).
Porém, nas últimas décadas, assistiu-se a mudanças profundas nas relações entre os professores e os alunos, na medida em que cada vez mais a indisciplina. E a violência aumenta nas escolas e o professor fica impotente perante esta problemática, afectando assim, a relação entre professor e aluno (Santomé, 2006). 
Do ponto de vista psicológico, o problema da violência nas escolas assume grandes proporções, provocando um sentimento de insegurança e mal-estar entre os professores e muitos deles fazem mal o seu trabalho. Por vezes menos por incompetência e mais por incapacidade de cumprirem, simultaneamente, um enorme leque de funções (Nóvoa, 1999). 
Portanto, “presentemente observamos que o aluno pode permitir-se, com bastante impunidade, diversas agressões verbais, físicas e psicológicas aos professores. Ou aos colegas, sem que na prática funcionem os mecanismos de arbitragem teoricamente existentes” (Nóvoa, 1999, p.107).
Outros autores referem que, cada vez mais há dificuldade no relacionamento interpessoal com os alunos, numa óptica de autoridade pedagógica. Existindo uma perda de controlo disciplinar da turma e as implicações dessa perda nos comportamentos e atitudes, interferindo negativamente na motivação do professor (Lopes, 2001).
Sendo assim, a estes aliam-se outros factores relacionais, nomeadamente aqueles ligados aos problemas de comunicação com os alunos. E ambos podem inviabilizar a qualidade do processo de ensino e de aprendizagem (Santomé, 2006). 
Consoante Nóvoa (1995), “as razões que se constituem como origem da ocorrência dos piores anos, são o cansaço, o sentimento de rotina. Os alunos indiferentes e o mal comportado, com a falta de interesse ou de concentração serão fontes de problemas” (p.952).
 
CAPÍTULO II: PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 
O actual capítulo, é composto por nove sessões, tipo de pesquisa, pesquisa quanto abordagem, pesquisa quanto aos objectivos, pesquisa quanto aos procedimentos técnicos, método de pesquisa, Técnica e instrumento de recolha de dados, Procedimento e técnica de análise de dados, categorização das entrevistas e participantes da pesquisa. 
Segundo Vieira (2009), “metodologia é aplicação minuciosa, detalhada, e exacta de toda acção, desenvolvida no método de trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumento que se vai usar e tratamento das obras” (p. 89).
2.1. Tipo de Pesquisa
Teixeira, (2001) afirma que “este estudo requer, abordagem qualitativas e que consistem de acordo os pesquisadores procura reduzir a distância entre a teoria dos dados, entre o contexto e acção, usando a lógica de análise fenomenológica e descreve as características conhecendo o facto, ou representação” (p.124).
Segundo Silva e Menezes (2001), a pesquisa qualitativa consiste em considerar que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade sujeito. Porque não pode ser traduzido em número. 
Assim, o tipo de estudo desta pesquisa é qualitativo que procurou trazer as percepções, sobre a desmotivação dos professores do ensino básico.
2.1.1. Pesquisa Quanto à Abordagem
Acerca da abordagem qualitativa, Godoy (1995) afirma é a obtenção de dados:
descritivos sobre pessoas, lugares e processos interactivos pelo contacto directo do pesquisador com a situação estudada, para compreender os fenómenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo, (p.58).
Gil, (1999) colabora, dizendo que “métodos de pesquisa qualitativa estão voltados para auxiliar os pesquisadores a compreenderem pessoas e seus contextos sociais, culturais e institucionais” (p.94).
Vieira, (1996) mostra que a pesquisa qualitativa pode ser definida como pesquisa que fundamenta principalmente em análises qualitativas, caracterizando-se, em princípio, pela não utilização de instrumental estatístico na análise dos dados. Esse tipo de análise tem por base conhecimentos teórico-empíricos que permitem atribuir-lhe cientificidade.
2.1.2. Pesquisa Quanto aos objectivos 
Quanto aos objetivos, a pesquisa caracteriza-se como exploratória e descritiva, pois o estudo teve como finalidade descrição das características de determinados contextos no ambiente de trabalho (Godoy, 1995).
Gil, (1991), aborda que “pesquisas exploratórias objectivam facilitar familiaridade do pesquisador com o problema objecto da pesquisa, para permitir a construção de questões de investigação ou tornar a questão mais clara” (p.75). 
Segundo Godoy (1995), a pesaquisa descritiva buscam a descrição de características de populações ou fenómenos e de correlação entre variáveis, se são apropriadas a levantamentos.
2.1.3. Pesquisa Quanto aos Procedimentos Técnicos 
Conforme Gil (1999), “quanto aos procedimentos técnicos para a colecta de dados, utilizaram-se referências bibliográficas e entrevistas por questionário” (p.95).
Contudo, por meio da pesquisa realizada na escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco, adquiriu-se o conhecimento do problema levantado, reunindo informações detalhadas, com o objectivo de apreender a totalidade acerca das causas da desmotivação dos professores da escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco.
2.2. Método de Pesquisa
O presente estudo, optou-se o método indutivo de acordo com Gil (1999), o método indutivo parte da generalização para o particular. 
Nesta pesquisa usou-se o método indutivo porque este vai ao encontro da investigação que necessita a pesquisadora em levar a realidade concreta da desmotivação vivida pelos professores naquele estabelecimento do processo de ensino e aprendizagem.
2.3. Técnica e instrumento de recolha de dados
De acordo com Silva e Menezes (2001), a entrevista aberta semi-estruturada é utilizada quando o pesquisador deseja obter o maior número possível de informações sobre determinado tema, segundo a visão do entrevistado, é também para obter um maior detalhamento do assunto em questão. Ela é utilizada geralmente na descrição de casos individuais, na compreensão de especificidades culturais para determinados grupos e para comparabilidade de diversos casos.
Segundo Minayo (1993), “as entrevistas semi-estruturadas, o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto” (p.102). 
Silva e Menezes, (2001) sustentam que entrevista semi-estruturada o pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma conversa informal. O entrevistador deve ficar atento para dirigir a entrevista semi-estruturada, no momento que achar oportuno, a discussão para o assunto que o interessa fazendo perguntas adicionais para elucidar questões que não ficaram claras ou ajudara recompor o contexto da entrevista, caso o informante tenha fugido ao tema ou tenha dificuldades com ele. 
Contudo, esse tipo de entrevista é muito utilizado quando se deseja delimitar o volume das informações, obtendo assim um direccionamento maior para o tema, intervindo a fim de que os objectivos sejam alcançados (Day, 2001). 
Conforme Gil (1999), “as técnicas de entrevista aberta e semi-estruturadas também têm como vantagem a sua elasticidade quanto à duração, permitindo uma cobertura mais profunda sobre determinados assuntos” (p.85).
Para tal, a interacção entre o entrevistador e o entrevistado favorece as respostas espontâneas. Elas também, são possibilitadoras de uma abertura e proximidade maior entre entrevistador e entrevistado, o que permite ao entrevistador tocar em assuntos mais complexos e delicados. Ou seja, quanto menos estruturada a entrevista maior será o favorecimento de uma troca mais afectiva entre as duas partes (Jesus, 2004).
Desse modo, estes tipos de entrevista colaboram muito na investigação dos aspectos afectivos:
e valorativos dos informantes que determinam significados pessoais de suas atitudes e comportamentos. As respostas espontâneas dos entrevistados e a maior liberdade que estes têm podem fazer surgir questões inesperadas ao entrevistador que poderão ser de grande utilidade em sua pesquisa (Minayo, 1993, p.121). 
Todavia, tanto na “entrevista aberta como nas semi-estruturadas, temos a possibilidade da utilização de recursos visuais, como cartões, fotografias, o que pode deixar o entrevistado mais à vontade e fazê-lo lembrar de factos, o que não seria possível num questionário” (Bardin, 1998, p.157).
Por isso, quanto as desvantagens da entrevista aberta e semi-estruturadas, estas dizem respeito muito mais as limitações do próprio entrevistador, como por exemplo: a escassez de recursos financeiros e o dispêndio de tempo. Por parte do entrevistado há insegurança em relação ao seu anonimato e por causa disto muitas vezes o entrevistado retém informações importantes. Essas questões são, ainda assim, melhor apreendidas pela entrevista aberta e semi-estruturadas (Lakato & Marcon, 1992).
Assim, vale lembrar que a qualidade das entrevistas depende muito do planejamento feito pelo entrevistador. “A arte do entrevistador consiste em criar uma situação onde as respostas do informante sejam fidedignas e válidas” (Chizzotti, 2001, p.92)
Day, (2001) aponta que “a situação que é realizada na entrevista semi-estruturada contribui muito para o seu sucesso, o entrevistador deve transmitir, acima de tudo, confiança ao informante” (p.52). 
Segundo Zeverino (2007), “a entrevista semi-estruturada o pesquisador leva perguntas bem elaboradas” (p.68). 
Teixeira, (2001) afirma que “entrevista é uma das principais técnicas nas pesquisas em ciências sociais e humanas usa a palavra e a interacção nas comunidades verbais e não verbas” (p.98). 
Todavia, na página a cima referida o autor sustenta que a entrevista, é a obtenção de informações do entrevistado sobre determinado assunto ou problema. Neste sentido, o inquérito foi padronizada uma entrevista semi-estruturada com o roteiro previamente estabelecido. 
De acordo com Teixeira (2001), “a entrevista semi-estruturada neste contexto, o pesquisador leva um guião de perguntas bem elaboradas que irá ser aplicada fielmente a todos os entrevistados” (p.75). 
Pedimos autorização ao Director da Escola DE para realizar as entrevistas. Os entrevistados foram informados antecipadamente sobre o objectivo da entrevista e foi pedido autorização para gravação das mesmas. 
No presente estudo utilizámos a entrevista individual e semi-estruturada, e podermos aprofundar mais as questões, obtendo respostas mais abrangentes, permitindo a introdução de novas questões, proporcionado uma melhor compreensão dos fenómenos, o que não é possível no inquérito por questionário. Esta técnica requer uma boa preparação do entrevistador, assim como muita disponibilidade para a realização das entrevistas. 
Do guião de entrevista semi-estruturada dirigido aos membros da direcção da escola constam 6 questões, e o guião de entrevista dos professores possui 6 questões das quais foram respondidas por todos os entrevistados mas a sua análise foi feita em comum. Todavia, foi feito o registo de todas as entrevistas no sentido de não se perder informação importante e posteriormente transcritas para análise das mesmas.
2.4. Procedimento e técnica de análise de dados 
Análise é feita mediante aos conteúdos constatados ao tempo da recolha de informações. Assim, A análise de dados, segundo as preposições de Bardin (1995), “é a identificação de significados de diferentes tipos de discursos, baseando-se na inferência ou na dedução e que respeita critérios específicos” (p.141).
A análise de conteúdo é uma técnica de investigação científica que nos permite analisar várias formas do discurso oral ou escrito (Bardin, 1995). Nesta vertente categorizamos os conteúdos com o propósito de desenvolver os resultados de estudo. Ao mesmo tempo, fizemos a questão de codificar os participantes do estudo. 
Bardin, (1995) sustenta que a técnica de categorização integra-se nos grandes tipos de procedimentos lógicos de investigação e serve, essencialmente, o nível de investigação e de descrição de fenómenos, na qual se realiza um trabalho exaustivo de descrição de um fenómeno ou acontecimento. 
Nesta perspectiva, o autor acima apontado aborda que esta tarefa pode ocorrer ao mesmo tempo, organizá-los por categorias, unidades, por um padrão, criando categorias de codificação, através das quais classifica os dados descritivos que recolhe.
Todavia, a codificação dá origem a categorias constituídas por códigos que descrevem e definem a situação que queremos investigar com o objectivo de organizar conjuntos de dados, facilitando-se a categorização das sequências de acontecimentos. Assim, na análise de conteúdo que faremos aos dados recolhidos, propomo-nos anunciar o que o texto nos revela, sendo necessário enumerar as características mais pertinentes do texto e realizar procedimentos sistemáticos e objectivos de descrição do conteúdo das mensagens (Bardin, 1998).
Vala, (2003) debruça que “uma categoria é habitualmente composta por um termo-chave que indica a significação central do conceito que se quer apreender, e de outros indicadores que descrevem o campo semântico do conceito” (p.112).
Assim, as entrevistas foram realizadas ao director e directora adjunto da escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco. Na apresentação dos depoimentos dos directores, usou-se um código DE que significa director da escola, DAE que significa directora adjunto da escola, P significa pergunta e depois seguiu-se o número conforme o caso. Para analisar as entrevistas aos membros direcção da escola primária do 1º e 2º graus de Nampaco, as questões arroladas foram categorizadas.
Tabela 2: Categorização das entrevistas 
	Categoria
	Indicadores
	Perguntas da entrevista
	As causas da desmotivação
	O problema de mudança de carreira, promoções e progressões. E o maior número de alunos por turma.
A política da educação implementada em Moçambique e com o currículo que não adequa a realidade do país.
	P2
	Desmotivação dos professores do ensino básico
	Insuficiência de salas de aluas, carteiras, carência do material didáctico, a distância entre a casa e o local de serviço. E falta de acompanhamento dos pais encarregados de educação.
	P2.1
	A motivação
	 Não deve importar o currículo dos outros países para o nosso país.
	P2.2
	O desempenho dos professores e alunos
	O desempenho dos professores e alunos tem sido normal. O desempenho dos professores e alunos tem sido bom.
	
P3
	O aproveitamento pedagógico apresentado pelos professores 
	Tem sido bom. E corresponde a realidade dos alunos na sala de alua.
	
P3.1
	O cumprimento dos programas dos professores 
	O cumprimento dos programas tem sido bom. E cumprem na sua totalidade.
	
P3.2
Fonte: autora, 2020.
2.5. Participantes da Pesquisa
Contudo, apresenta os participantes da pesquisauma amostra de 6 pessoas que foram entrevistadas por entrevista semi-estruturada das quais 2 membros de direcção, o director da escola, a directora adjunta da escola e 4 professores.
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS 
O actual capítulo, pretendemos apresentar, analisar e interpretar os dados do inquérito de entrevista semi-estruturada previamente elaborada, dos dois membros da direcção da escola e quatro professores. Não apenas, mas também, apresentação da primeira à quarta categoria dos membros da direcção da escola, professores e a discussão dos resultados. 
3.1. Apresentação e Análise dos Dados da Direcção da escola
Neste subcapítulo pretendemos apresentar e analisar os dados da direcção da escola primária do 1º e 2º grau de Nampaco. Nãos apenas mais também com a 1ª à 3ª categoria das questões colocadas a direcção da escola. 
3.1.1. Categoria 1: As causas da Desmotivação dos Professores 
Nesta categoria, procurou-se saber as causas e factores da desmotivação dos professores em resposta a questão em análise, DE1, P2 membro de direcção num total de 2 inquiridos responderam que é o problema de mudança de carreira, promoções e progressões. Por outro lado, o maior número de alunos por turma que ultrapassam os 50 previstos no Regulamento Geral do ensino básico e atingem os 105 por turma. Contudo, DAE2, P2 disse que isto acontece devido a política da educação implementada em Moçambique e com o currículo que não adequa a realidade do país. 
Na mesma categoria, os membros da direcção da escola foram questionados acerca da desmotivação que os professores do ensino básico apresentam no exercício profissional, principalmente no processo de ensino aprendizagem. Num total dos 2 inquiridos DE1 e DAE2 na P2.1 foram unânimes em afirmar que o efectivo escolar, insuficiência de salas de aluas, carteiras, carência do material didáctico, a distância entre a casa e o local de serviço. Por um lado, falta de acompanhamento dos pais encarregados de educação. E por outro lado, fraco funcionamento do conselho da escola nas suas actividades. 
Ainda nesta categoria, aos membros da direcção foi colocada a seguinte pergunta o que o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, deve fazer para garantir a motivação plena dos professores? Num total de 2 entrevistados DE1, P2.2 disse que deve trabalhar com a direcção provincial de educação e desenvolvimento humano DPEDH, com o serviço distrital de educação juventude e tecnologia SDEJT e as escolas na formação e qualificação dos professores e nas estratégias do plano quinquenal, e DAE2, P2.2 a pontou que o currículo deve adequar a realidade moçambicana. 
Nesta sequência procurou-se perceber, o que o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano não deve fazer para garantir a motivação? Os 2 inquiridos DE1 e DAE2, na P2.2 reafirmaram que não deve importar o currículo dos outros países para o nosso país.
Nesta categoria, procurou-se saber dos dois gestores entrevistados como membro da sociedade, que percepção tem acerca da desmotivação dos professores do ensino básico? Em resposta a questão em análise DE1 na P2.3 disse que a contribuição não foge muito daquilo que falei anteriormente trabalhar muito com os professores junto com a comunidade em equipa no sentido de adquirir um aproveitamento pedagógico satisfatório e deve a ver um acompanhamento entre a comunidade e a escola. Entretanto, DAE2 na P2.3 referiu que tem a ver com a passagem automática dos alunos. Gostaria que volta-se com o currículo anterior em que o aluno tinha o privilégio de reprovar. 
Nessa categoria, foi colocada a seguinte questão qual é a medida ser tomada para estancar a desmotivação dos professores do ensino básico? Em resposta a questão em análise, DE1 na P2.4 referiu a construção de salas de aluas, implementar o currículo que adequa a realidade moçambicana, redução do número de alunos no máximo 50 em cada turma, formação de professores e a sua contratação. Portanto, DAE2 na P2.4 para ultrapassar a desmotivação dos professores do ensino básico, passa essencialmente pela mudança de carreira profissional, promoções e progressões. 
3.1.2. Categoria 2: O Desempenho dos Professores e Alunos
Nesta categoria, procurou-se perceber dos dois gestores entrevistados qual é o desempenho dos professores e alunos? Em resposta a está questão DE1 na P3, refere que o desempenho dos professores e alunos tem sido normal. Porém, DAE2 na P3 diz que o desempenho dos professores e alunos tem sido bom.
3.1.3. Categoria 3: O Aproveitamento Pedagógico Apresentado pelos Professores 
Nessa categoria, foi colocada a seguinte pergunta de entrevista: fale sobre o aproveitamento pedagógico apresentado pelos professores? DE1 e DAE2 na P3.1 em resposta a questão em análise, disseram que o aproveitamento pedagógico apresentado pelos professores tem sido bom. Visto que, cada professor luta para ter o seu desempenho e corresponde a realidade dos alunos na sala de alua.
Ainda nesta categoria, aos membros da direcção foi colocada a seguinte pergunta: como é que tem sido o desempenho dos professores nas suas actividades escolares, no âmbito do cumprimento das suas obrigações profissionais e programa escolar? Em resposta a questão em análise, DE1 na P3.2 proferiu que o cumprimento dos programas tem sido bom, na medida em que os professores dosificam de acordo com o calendário escolar. E a prestação de contas nas actividades tem sido com os coordenadores do ciclo e de área, delegados de classe e de disciplina. Ultimamente, DAE2 na P3.2 referiu que os programas de ensino têm cumprido na sua totalidade.
3.2. Apresentação e Análise de Dados dos Professores 
Neste subcapítulo pretendemos apresentar e analisar os dados dos professores da escola primária do 1º e 2º grau de Nampaco. Nãos apenas mais também com a 1ª à 4ª categoria das questões colocadas aos professores da escola. 
Categoria 1: As Causas da Desmotivação dos Docentes 
Nesta categoria, procurou-se saber as causas da desmotivação. Em resposta aos 3 entrevistados, PEB1; PEB2 e PEB3 na P2, no total de 4 inquiridos apontam a insuficiência do material didáctico e o maior número de alunos na sala de aula que chega aos 100 alunos em cada turma e PEB4 na P2, disse que tem a ver com a falta de programas de ensino e manuais de professores. 
Na mesma categoria, os professores foram questionados acerca das causas da desmotivação que os professores do ensino básico apresentam no exercício profissional, principalmente no processo de ensino aprendizagem. Em resposta a questão em análise PEB1 na P2.1, no total de 4 entrevistados referiu-se sobre as mudanças de carreira, promoções e progressões. Porque os documentos estão a ser devolvidos no Tribunal Administrativo de Nampula TAN, alega o atraso no envio dos expedientes. Entretanto, PEB2, PEB3 e PEB4 na P2.1 reafirmam que há insuficiência do material didáctico neste estabelecimento do processo de ensino aprendizagem.
Ainda nesta categoria, aos professores foram colocadas a seguinte questão: Como é que tem sido o seu desempenho na sala de aula. Realiza as suas actividades profissionais com legitimidade e cumprem devidamente as suas obrigações. Em resposta a pergunta em estudo PEB1, PEB2, PEB3 e PEB4 na P2.2, no total dos 4 inquiridos foram unânimes em afirmar que o desempenho destes professores na sala de aula tem sido bom. Apesar das turmas serem numerosas, têm feito o máximo no alcance dos objectivos previamente estabelecidos e cumprem devidamente com as obrigações que lhes foram confiados com a educação. 
3.2.1. Categoria 2: O Aproveitamento Pedagógico Apresentado pelo Director Adjunto da Escola DAE
Nessa sequência de categoria, procurou-se perceber dos professores o aproveitamento pedagógico apresentado pelo DAE, se mostra ou corresponde a realidade do desempenho dos alunos. Em resposta a questão em análise PEB1, PEB2, PEB3 e PEB4 na P3, num total de 4 entrevistados todos concordaram dizendo que o aproveitamento pedagógico apresentado na secção pedagógica mostra

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