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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
PROFª Ma. FÁBIA DO PRADO
1. NOÇÃO
O direito de punir do Estado permanece em abstrato até o momento em que a lei penal é violada. 
A prática do delito faz com que o direito de punir, que permanecia em abstrato, torne-se concreto - Estado aplica a sanção penal ao infrator
A punibilidade é, portanto, a possibilidade de o Estado impor pena ao violador da norma. 
2. LIMITES AO DIREITO DE PUNIR DO ESTADO
- A possibilidade do Estado impor pena não é ilimitada.
- Podem ocorrer fatos e atos impeditivos do direito de punir do Estado. 
- São as chamadas causas extintivas da punibilidade (extinguem o direito de punir do Estado) - previstas no artigo 107 do CP, cujo rol não é taxativo, ex. art. 312 §3 CP .
3. EFEITOS
Dependem do momento em que ocorrem: 
antes da sentença transitada em julgado – extinguem a pretensão punitiva do Estado; 
depois da sentença transitada em julgado – extinguem a pretensão executória do Estado. 
Exceções: a anistia e “abolitio criminis” – mesmo após transitada em julgado a sentença retroagem e atingem a própria pretensão punitiva do Estado. 
4. MORTE DO AGENTE
Pode ocorrer em qualquer fase da persecução penal, desde o inquérito policial até a execução da pena.
Observações:
- é causa de extinção da punibilidade de natureza personalíssima, assim, não se comunica a eventuais coautores ou partícipes.
- extingue todos os efeitos penais da sentença penal condenatória, tanto os principais quanto os secundários.
- se a morte ocorrer após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória poderá haver execução da sentença no juízo cível (subsistem os efeitos civis).
- a prova da morte é feita mediante certidão de óbito 
certidão de óbito falsa: se a sentença já estiver transitado em julgado, o autor será processado somente pela falsidade, eis que não há revisão criminal “pro societate” 
STF – Reconhece nulidade absoluta da decisão que extingue a punibilidade nessas condições porque a morte não existiu de fato e sequer pode entrar para o mundo jurídico.
5. ANISTIA, GRAÇA E INDULTO
ANISTIA: esquecimento de determinados delitos - Exclui o crime e faz desaparecer suas consequências. 
	- Tem caráter retroativo e é irrevogável. Em regra é aplicada a crimes políticos (medida de caráter político ou humanitário).
	- Pode ser concedida antes ou depois da sentença transitar em julgado : anistia própria e anistia imprópria.
	- Não pode ser recusada: refere-se ao delito e não a pessoa (exceto se for condicionada).
	- Competência: União (competência exclusiva e privativa do Congresso Nacional (arts. 21, XVII e 48, VIII da CF)
	- Não alcança efeitos extrapenais da condenação : a sentença penal condenatória continua a valer como título executivo judicial.
	- Opera efeitos “ex tunc” (retroage para o passado). Portanto, faz desaparecer o crime, extinguindo seus efeitos penais. Restitui a primariedade ao beneficiado.
6. GRAÇA
- Chamada também de indulto individual - concedido mediante provocação do interessado (solicitação).
Não apaga os demais efeitos penais da sentença penal condenatória. Atinge apenas a punibilidade.
Concessão: Presidente da República.
Cabimento: delitos comuns (exceto hediondos)
Momento da concessão: após a condenação transitada em julgado a sentença condenatória.
- Recusa: só é admitida se for parcial (exige preenchimento de determinados requisitos)
 
7. INDULTO
Benefício coletivo, concedido espontaneamente. 
- extingue somente a punibilidade, sem apagar os demais efeitos penais da sentença penal condenatória.
- Concessão: é de competência do Presidente da República.
- Aplicável para delitos comuns (exceto hediondos, não previsto expressamente no art. 5º , XLIII da CF, somente pela Lei 8.072/90, art. 2º, I).
- Extingue apenas a punibilidade, permanecendo íntegros os efeitos penais da sentença penal condenatória (beneficiado não retorna à condição de primário).
- Momento da concessão: após a condenação (trânsito em julgado).
8. ABOLITIO CRIMINIS
A lei nova deixa de incriminar determinada conduta, antes tipificada na lei penal (art. 2º CP)
 Obs: lembrar do princípio da retroatividade da lei penal mais benigna. Faz desaparecer os efeitos penais da sentença condenatória, permanecendo, contudo, a responsabilidade civil. Pode ser reconhecida pelo juiz singular, tribunal ou juízo da execução (a qualquer tempo). Alcança a própria pretensão punitiva (condenado volta à condição de primário).
9. DECADÊNCIA, PEREMPÇÃO E PRESCRIÇÃO
DECADÊNCIA
É a perda do direito de ação em virtude do tempo decorrido. Aplicável aos casos de ação penal privada e pública condicionada à representação ou requisição . ver art. 103 já estudado (lição sobre ação penal).
10. PEREMPÇÃO
É a perda do direito de promover a ação penal exclusivamente privada por inércia processual do querelante. 
	- Casos: art. 60 CPP.
	- Havendo dois ou mais querelantes, a perempção quanto a um deles não se estende aos demais.
	- Momento: somente após oferecida a queixa-crime (pressupõe demanda em curso).
11. RENÚNCIA AO DIREITO DE QUEIXA OU REPRESENTAÇÃO
Renúncia do direito de queixa- já estudado (lição sobre ação penal).
Obs: Lembrar distinção:
a) renúncia: ocorre antes de ser iniciada a ação penal privada (antes do oferecimento de queixa-crime) - só tem cabimento na ação penal exclusivamente privada.
b) perdão do ofendido: ocorre após o início da ação penal privada. É a desistência do querelante em dar prosseguimento a ação - só tem cabimento na ação penal exclusivamente privada e até o trânsito em julgado. 
12. RETRATAÇÃO DO AGENTE
Consiste no ato de desdizer-se, de retirar o que disse, arrepender-se do seu ato. Não admite condições, deve ser pura e simples.
Cabimento: somente nos casos expressamente previstos em lei. Ex. art. 143 CP, art. 342 § 3º CP.
Momento: até a sentença de primeira instância.
Comunicabilidade: no caso do art. 143 não se comunica aos demais ofensores (a lei fala em “o querelado é isento de pena” ) no caso do art. 342 § 3º ocorre a comunicação aos demais agentes, eis que a lei fala “o fato deixa de ser punível
13. PERDÃO JUDICIAL
	O juiz profere sentença condenatória, mas deixa de aplicar a pena (não confundir com perdão do ofendido). 
Atinge não só o crime no qual a causa extintiva foi verificada, como também os demais delitos praticados no mesmo contexto. 
Ex. Capez, agente provoca acidente em que morre o filho e um desconhecido. O perdão extingue ambos os delitos. 
Só é aplicável para os crimes que prevejam expressamente essa possibilidade (ex. art. 121 § 5º CP, art. 129 § 8º) . O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não previu expressamente essa possibilidade para os crimes de homicídio e lesão corporal culposa. Todavia, admite-se tal aplicação porque tradicionalmente o perdão judicial sempre foi empregado para os delitos de trânsito, não havendo razão suficiente que justifique sua exclusão.
- exclui efeitos da reincidência (art. 120 CP) 
 
QUESTÕES
 
1. O que é punibilidade?
2. A imposição de pena pelo Estado sujeita-se a algums) fato(s) impeditivo? Explicar, exemplificando.
3. Em regra, qual a consequencia da causa extintiva da punibilidade operar antes do transito em julgado da sentença penal? E se ocorrer posteriormente?
4. Explique a morte do agente enquanto causa extintiva da punibilidade..
5. O que é anistia? Em que momento pode ser concedida?
6. Da anistia pode ser recusada? Por que?
7. Qual o instrumento normativo da anistia e a quem compete concede-la?
8. A anistia restitui primariedade ao beneficiado? Por que?
9. O que é graça? A quem compete concede-la? Em que momento pode ser concedida?
10. O que é indulto? A quem compete concede-lo? 
11. Cabe anistia, graça e indulto em crime ação penal privada ? 
12. O que é abolitio criminis”? 
13. O que é decadência?
14. O que é perempção? Quais suas hipóteses?
15. O que é prescrição?
16. No que consiste a renúncia do direito de queixa? E o perdão do ofendido?
17. Até que momento pode ocorrer a renúncia dodireito de queixa? E o perdão do ofendido?
18. No que consiste a retratação do agente?
19. Qual o termo final para o oferecimento da retratação?
20. Distinga perdão judicial de perdão do ofendido.

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