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REVISÃO DA TEORIA DA CONTABILIDADE

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REVISÃO DA TEORIA DA CONTABILIDADE 
A Evolução Histórica da Contabilidade 
• A noção intuitiva de conta, e logo, de Contabilidade, existe desde os primórdios da civilização.
• Contabilidade surgiu no momento em que não existia moeda, nem a escrita e nem números: forma rudimentar de Contabilidade. 
Pré-História 
• Função da contabilidade no início da civilização: avaliar a riqueza do homem, bem como seus acréscimos e decréscimos. 
• Execução de um Inventário de bens, direitos e obrigações: relatório de riqueza, sem avaliação monetária. 
Idade Média 
• Desenvolvimento com novas técnicas de escrituração. 
• Necessidade de melhor controle do patrimônio: representação de dívidas contraídas, recebimentos, vendas, estoque, entre outros. 
Evolução da Contabilidade para uma Ciência 
• Teve um desenvolvimento muito lento ao longo dos séculos: início da Era Moderna da Contabilidade. 
• Século XV: contabilidade atingiu um nível de desenvolvimento notório, com o surgimento do comércio 
Fase Lógica Racional ou Fase Pré-científica da Contabilidade 
● Contabilidade evoluiu conforme o desenvolvimento econômico: (desenvolvimento notório). 
● De mero método de escrituração (até o século XIX), passou a receber uma roupagem científica. 
Escola Europeia (italiana) do Pensamento Contábil
▪ Excessivo culto à personalidade. 
▪ Ênfase à uma contabilidade teórica. 
▪ Pouca importância à auditoria. 
▪ Queda do nível das principais faculdades. 
Escola Contábil Norte-Americana
▪ Ênfase ao usuário da informação contábil. 
▪ Informação deve ser útil à tomada de decisões. 
▪ Ênfase à contabilidade aplicada. 
▪ Bastante importância à auditoria.
▪ Universidades em busca de qualidade. 
▪ Trabalho em equipe. 
▪ Pesquisas sobre princípios contábeis. 
▪ Clareza e didática de exposição. 
Contabilidade 
Objetivo da Contabilidade: fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade objeto da Contabilidade. 
Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis 
São quatro as principais características qualitativas obrigatoriamente presentes nas Demonstrações Contábeis: 
▪ Compreensibilidade 
▪ Relevância 
▪ Confiabilidade 
▪ Comparabilidade 
Demonstrações Contábeis 
▪ Objetivo das demonstrações contábeis: é prestar informações/informar sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisões econômicas. 
Relatório Contábil
É a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela Contabilidade. 
Objetivo: relatar às pessoas que utilizam os dados contábeis os principais fatos registrados por aquele setor em determinado período. 
Também chamados de Informes Contábeis. Se subdividem-se em: 
• Obrigatórios (exigidos por lei) – Demonstrações Financeiras. 
• Não obrigatórios. 
Relatórios Contábeis Obrigatórios Demonstrações Financeiras 
• Balanço Patrimonial – BP. 
• Demonstração do Resultado do Exercício – DRE. 
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL. 
• Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC. 
• Demonstração do Valor Adicionado – DVA. 
Princípios de Contabilidade 
▪ Premissas básicas acerca dos fenômenos econômicos contemplados pela Contabilidade. 
▪ Diretrizes lógicas que visam nortear, direcionar e orientar a escrituração contábil. 
▪ Permitem, ainda, que diferentes demonstrações financeiras, de diferentes períodos, entidades, setores, entre outros, possam ser comparados. 
Princípios Contábeis 
Por caracterizar-se como uma Ciência Social, e não uma Ciência Exata, a Contabilidade requer princípios por meio dos quais sejam convencionados critérios uniformes de adoção obrigatória na sua execução. A observância dos princípios de contabilidade é obrigatória no exercício da profissão.
Balanço Patrimonial 
- Princípio da Entidade.
- É uma das mais importantes Demonstrações Contábeis: por meio da qual podemos apurar e atestar a situação patrimonial e financeira de uma Entidade em um determinado momento.
- Nessa demonstração, estão claramente evidenciados o Ativo, o Passivo, o Patrimônio Líquido da entidade.
Patrimônio 
O termo patrimônio é composto por:
- Conjunto de bens pertencente a uma pessoa ou a uma empresa: bens.
- Valores a receber (dinheiro a receber): direitos a receber ou direitos.
- Dívidas: obrigações a serem pagas.
Exemplo: se você disser que tem como patrimônio um apartamento e não fizer referência à dívida com o banco financiador (caso tenha sido adquirido por esse sistema de crédito), sua informação será incompleta. 
Ativo– Ativo Circulante
Devem ser classificados os itens que se transformarão rapidamente em dinheiro. É o grupo que gera dinheiro para a empresa pagar suas contas em curto prazo. Esse grupo é conhecido como capital de giro, pois seus itens estão sempre se renovando. Nesse grupo são classificados:
a) Dinheiro disponível em poder da empresa: caixa e bancos. 
b) Todos os valores que serão transformados (convertidos em dinheiro a curto prazo: normalmente duplicatas a receber e estoques. 
Ativo – Não Circulante 
Realizável a Longo Prazo Devem ser classificados os itens que serão realizados (transformados) em dinheiro em longo prazo, em um período superior a um ano, ou de acordo com o ciclo operacional da atividade predominante. 
Subdivide-se em: investimentos, imobilizado, intangível 
• Eram pertencentes ao grupo Ativo Permanente: extinto pela Lei n. 11.941/2009. 
• Extinção do subgrupo Diferido. 
Ativo – Não Circulante Investimentos 
São aplicações que nada tem a ver com a atividade da empresa. São as participações em sociedades além dos bens e direitos que não se destinem à manutenção das atividades fins da entidade: sem relação com o volume de vendas ou de produção. 
Exemplos: compra de ações de outras empresas; obras de arte; terrenos para futura expansão; prédio para renda (aluguel).
Ativo – Não Circulante Imobilizado 
São bens corpóreos – palpáveis. Destinados à manutenção da atividade principal da empresa ou exercidos com essa finalidade. Os bens que auxiliam a empresa na consecução de sua atividade pertencem ao imobilizado: máquinas, equipamentos, prédios (em uso), ferramentas, móveis, utensílios, instalações, veículos.
Ativo – Não Circulante Intangível 
São direitos que tenham por objeto bens incorpóreos, isto é, não palpáveis, que não se podem tocar, pegar. Destinados à manutenção da empresa ou exercidos com essa finalidade. 
Exemplos: Marcas e patentes, imagem comercial, software. 
Passivo – Circulante 
Evidencia todas as dívidas com terceiros que serão pagas em curto prazo. São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados se situem no curso do exercício subsequente à data do balanço patrimonial. 
Exemplos: dívidas com fornecedores de mercadorias; salários a pagar; impostos a pagar; empréstimos bancários a pagar; encargos a pagar. 
Passivo – Não Circulante 
Exigível a Longo Prazo Compreende as obrigações com terceiros que serão liquidadas a longo prazo. As dívidas a longo prazo normalmente se referem aos financiamentos obtidos junto às financeiras e bancos de desenvolvimento e investimento. São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados se situem após o término do exercício subsequente à data do balanço patrimonial. 
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
- A cada exercício social, a Empresa deve apurar o resultado dos seus negócios.
- Objetivo: analisar se houve lucro ou prejuízo no negócio.
- Para saber se teve lucro ou prejuízo, a contabilidade deve confrontar a receita (vendas) com as despesas:
* Se a receita for maior que a despesa, a empresa: lucro.
* Se a receita for menor que a despesa: prejuízo.
Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC 
- Em conformidade
ao seu poder decisório e às suas necessidades, os usuários necessitam de uma diversidade de informações.
- Destaca-se a necessidade dos usuários pelo conhecimento dos fluxos de caixa das Entidades.
- Enfoque: caixa- compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.
Importância da DFC
As Demonstrações Contábeis (excetuando o BP) são consideradas relatórios dinâmicos, pois evidenciam Fluxos. A Demonstração do Fluxo de Caixa irá indicar quais foram às saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo. Fluxos de caixa: são ingressos e saídas de caixa e equivalentes (movimentação de recursos financeiros, saldos de moeda em caixa, depósitos em conta bancária, aplicações financeiras). 
Estruturação da DFC
A DFC deve refletir as transações de caixa oriundas: 
- Das atividades operacionais
- Das atividades de investimento
- Das atividades de financiamentos
Observe: são transações que afetam o fluxo de caixa. 
Atividades Operacionais 
Compreendem as transações que envolvem a consecução do objeto social da Entidade. 
Exemplos: recebimento de uma venda, pagamento de fornecedores por compra de materiais, pagamento dos funcionários, numerários recebidos de clientes por venda de produtos e serviços, reembolsos de fornecedores, companhias de seguro, restituição de impostos, pagamento de fornecedores, empregados, governo por impostos e contribuições. 
Atividades de Investimento
Compreendem as transações com os ativos financeiros, as aquisições ou vendas de participações em outras entidades e de ativos utilizados na produção de bens ou prestação de serviços ligados ao objeto social da Entidade. 
Exemplos: numerário recebido de vendas de ativos permanentes, numerário utilizado na aquisição de ativo permanente. 
Atividades de Financiamentos 
Incluem a captação de recursos dos acionistas ou cotistas e seu retorno em forma de lucros ou dividendos, a captação de empréstimos ou outros recursos, sua amortização e remuneração. Exemplos: integralização de capital, obtenção de empréstimos, pagamento de credores de obrigações por financiamentos. 
Classificação 
O Código Civil estabelece a classificação das sociedades conforme Empresário e Não Empresário. 
• Empresário: exerce profissionalmente a atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços. Deve possuir inscrição na Junta Comercial. Estão relacionados a atividades empresariais: indústria, comércio, prestações de serviços em geral. 
• Não empresário: exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo que com concurso de auxiliares e colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
• Sociedade não personificada: constituída de forma oral ou documental, mas não possui registro em órgão competente. Subdivide-se em Comum e em Conta de Participação. 
• Sociedade personificada: é legalmente constituída e registrada em órgão competente, adquirindo personalidade formal. É também denominada pessoa jurídica. Subdivide-se em Empresária e Simples.
Considerações Finais 
- O Novo Código Civil trouxe inovações com relação ao nome ou denominação social das empresas.
- Há cinco tipos de sociedades no Direito Brasileiro: Sociedade comum, Sociedade em Conta de participação, Sociedade empresária, Sociedade simples e Cooperativa.
- O grande diferencial se dá para quem exerce profissionalmente a atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços e para quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o auxílio de colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Mudanças nas Demonstrações Financeiras 
A Lei n. 11.638/2007 introduziu alterações na Lei n. 6.404/1976 (lei das sociedades por ações) e na Lei n. 6.385/1976, no que se refere à elaboração e à divulgação das demonstrações financeiras. - Surgimento de uma nova realidade econômica no Brasil (bem diferente da existente em 1976, quando a Lei n. 6.404/1976 foi editada). 
- Processo de globalização das economias, de abertura de capitais, com expressivo fluxo de capitais ingressando no país e empresas arrecadando recursos no exterior.
Mudanças no Balanço Patrimonial 
● Criação do subgrupo “Intangível” (bens imateriais), desdobrado do subgrupo “Imobilizado” (bens materiais).
● Classificação, no Imobilizado, dos bens corpóreos. 
● Extinção da possibilidade de reavaliação dos bens do Ativo Imobilizado (Reserva de Avaliação foi extinta). ● Extinção do subgrupo Diferido pela Lei n. 11.941/2009. 
● Eliminação da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados: restou apenas a conta “Prejuízos Acumulados”. 
Principais Mudanças 
* A criação da Demonstração do Fluxo de Caixa em substituição à DOAR.
* Criação do Ativo Intangível, possibilitando a escrituração separada dos bens materiais e imateriais.
* Exclusão do Ativo Diferido, Ativo Permanente e Conta Lucros/Prejuízos Acumulados, entre outros.

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