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FICHAMENTO de inclusão de deficientes físicos nas aulas de educação física

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FICHAMENTO - CITAÇÃO
	INFORMAÇÕES DO ARTIGO: http://superclickmonografias.com/blog/?p=231
	ASSUNTO: Inclusão de deficientes físicos nas aulas de Educação Física do ensino fundamental.
	TEXTO:
 “Mazzotta (1982) esclarece que, pessoa deficiente é aquela que apresenta algum dano corporal, comportamental ou funcional, enquadrando-se fora dos padrões normais aceitos pela sociedade. Sem sombra de dúvida, este conceito é muito superficial, levando-se em consideração a existência de inúmeros fatores que implicam as pessoas a lerem algum tipo de deficiência, indo desde uma lesão cerebral, ocasionada no desenvolvimento do sistema nervoso, antes, durante ou depois do nascimento, até problemas físicos, originários de situações ambientais.”
 “Desse modo, em virtude do fato de haver várias deficiências, como destaca ainda o autor, as pessoas portadoras de deficiência constituem um grupo bastante heterogêneo. Podem ser consideradas deficientes as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência mental, física, auditiva, visual; as superdotadas ou com disfunção de aprendizagem; as com distúrbios severos de comportamento; e as portadoras de Síndrome de Down ou autismo. Em mais detalhes, há um enquadramento das deficiências humanas em dois grupos: deficiências primárias e deficiências secundárias.
 Segundo Amaral (1992), a deficiência primária engloba o impedimento (dano ou anormalidade de estrutura ou função como, por exemplo, o olho lesado, o braço paralisado, a perna inexistente) é a deficiência propriamente dita (restrição/perda de atividade, seqüela como, por exemplo, o não ver, o não manipular, o não andar). Portanto, esse tipo de deficiência implica em fatores intrínsecos das limitações em si, da díade pessoa/corpo. Sobre a deficiência secundária, a autora acima acrescenta que, esta está ligada ao conceito de desvantagem, ou seja, a condição de deficiência caracterizando uma situação de desvantagem o que só é possível se concretizar num esquema comparativo: aquela pessoa em relação ao(s) seu(s) grupo(s). Desse modo, a idéia de desvantagem só é pertinente se levar em consideração um determinado indivíduo em relação aos seus pares e inserido num grupo específico. Além disso, diferentemente da deficiência primária, sobre a deficiência secundária incidem fatores intrínsecos, ligados à leitura social que é feita dessa diferença. Incluem-se aqui as significações afetivas, emocionais, intelectuais e sociais que o grupo atribui a determinada diferença.”
 “Há muito tempo, muitos termos têm sido utilizados para descrever indivíduos com algum tipo de deficiência. O termo “deficiente” tem sido discutido por vários autores, tendo significados diferentes. A Declaração dos Direitos Das Pessoas Deficientes, aprovada pela Assembléia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1975, especifica em seu artigo 1.° que: o termo “pessoa deficiente” refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar a si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de suas capacidades físicas ou mentais (CIDADE, 2002).”
 “Mazzota (1982) aponta que, os deficientes físicos são indivíduos portadores de alterações musculares, ortopédicas, articulares e neurológicas, que necessitam de métodos, recursos didáticos e equipamentos especiais para sua educação. São exemplos de deficiências físicas: amputações, lesões medulares (paralisias), acidente vascular cerebral, poliomielite, deficiências posturais, paralisia cerebral e distrofia muscular.”
 “Para esse autor, as paralisias ocorrem em conseqüência de enfermidade de Heine-Medin (Poliomielite) ou de traumatismo raquimeduiar. A poliomielite, popularmente conhecida como paralisia infantil, é uma afecção virótica aguda, que agride as grandes células motoras da medula, causando paralisias flácidas graves, cujas manifestações mais freqüentes são as paraplegias (paralisia da parte inferior do tronco e ambos os membros inferiores).”
 “Destarte, as características das crianças com deficiências físicas implicam uma variedade de condições não-sensoriais que afetam o bem-estar da criança e que podem criar problemas de educação em tomo da mobilidade, vitalidade física e também com relação a auto-imagem infantil. Como podemos deduzir, nesta categoria ampla, estão incluídas condições que vão desde más formações congênitas, poliomielite, epilepsia, asma, febre reumática, paralisia cerebral (não complicada por deficiência mental) e diabete. Tais deficiências ou condições físicas são, às vezes, acompanhadas de outras deficiências, como as sensoriais, comportamentais ou intelectuais. As sensoriais engloba dois subgrupos, deficientes auditivos e deficientes físicos.”
 “Para uma melhor compreensão da Educação Física atual e a sua atuação no que se refere ao desenvolvimento do educando portador de deficiência física, faz-se necessário retomar algumas passagens de sua evolução histórica. Os homens primitivos, forçados pelas condições de vida que levavam, exercitavam-se constantemente através de lutas, caminhadas, caçadas dentre outras atividades que caracterizava um instinto de defesa e conseqüente sobrevivência. Nessa direção, o homem medieval tinha uma atitude extremamente reservada diante da novidade; o importante era a estabilidade, a segurança, o imutável. Na atualidade, exercitar-se se tornou sinônimo de saúde. Contudo, mesmo que muitos educadores procurem aparentar preferência por uma posição revolucionária e renovadora, com uma visão voltada para o futuro, efetivar transformações não constitui tarefa fácil (TOLKMITT, 1993).”
 ”Moreira (1991) esclarece que a Educação Física até 1930 era entendida como agente de saneamento público, para produzir uma sociedade sem doenças ou vícios, com indivíduos fortes prontos para a ação. A industrialização causava a concentração de massas populares nos centros urbanos e a higienização proposta pela Educação Física era fator de controle de doenças infecto-contagiosas.
 Segundo esse autor, no período compreendido entre 1930 e 1945 a Educação Física no Brasil passa a ser trabalhada como uma disciplina educativa, que colaborava em um processo de “seleção natural”, eliminando os fracos e disciplinando os fortes, com objetivos militares. Esta tendência é denominada como Educação Física Militarista e segue o mesmo pressuposto da Higienista, a preocupação com a saúde pública. Porém, a influência da escola de Educação Física do Exército e com a pressão do momento histórico – nazismo e fascismo crescendo na Europa – era necessário ter uma juventude preparada para suportar o combate. Neste período o cidadão deveria ser forte, obediente e adestrado para a guerra.
 A partir de 1945 a Educação Física passa a ser considerada como disciplina pedagógica e acreditava-se que se fosse disseminada pelas escolas poderia evitar a proliferação de doenças, que tomavam conta das classes menos abastadas da época. Moreira (1991) afirma que de 1945 à 1964 a Educação Física é conceituada como utilidade social, promovendo a integração social. A educação do movimento é a forma de promover a educação integral. Aparece, nesta fase, o desporto-espetáculo, iniciando-se assim, o período competitivista onde busca-se a superação individual para a formação de atletas. O interesse em desenvolver essa nova tendência no interior das escolas era de cunho político, visto que o golpe de 1964 era muito recente e a classe dominante precisava manter a população afastada dos assuntos relacionados à política.
 Somente a partir do início da década de 1980, com a redemocratização do país, é que a Educação Física começou a ser discutida de forma mais contundente. O reconhecimento que sua prática escolar é problemática instigou a uma redefinição de seus objetivos, conteúdos e métodos de trabalho.”
 “Para Daolio (1995), o professor de Educação Física é um agente cultural que atua no sentido de implantar no processo de desenvolvimento humano asregras e princípios de uma determinada cultura. O autor propõe que se vincule a análise do movimento humano ao movimento social por afirmar que o trabalho do professor vai além da simples transmissão das técnicas de ginástica e esporte alcançando a crítica por meio da riqueza cultural inerente aos movimentos humanos.”
 “Atualmente, o interesse pelos esportes, jogos ou atividades adaptados direcionados a deficientes físicos, vem crescendo em todo mundo, tendo em vista a satisfação de necessidades básicas ou terapêuticas. Algumas pessoas satisfazem certas necessidades básicas, participando de competições esportivas em cadeira de rodas. Em algumas situações, o esporte tem por fim atender às necessidades terapêuticas, no sentido de promover a reabilitação física e psicológica do paciente. Para alguns indivíduos, os esportes servem para preencher as horas de lazer e para outros ajuda a recuperar a auto-estima e confiança em si mesmo.”
 “Partindo do pressuposto de que a educação física adaptada deve beneficiar alunos regulares e de educação especial, que têm problemas psicomotores, que afetam seu desempenho, sua avaliação não deve basear-se na deficiência em si mas, sim, na performance psicomotora. Estudantes possuidores de pouco domínio psicomotor, geralmente têm baixa auto-estima em relação aos seus corpos e capacidades de movimento. Estes sentimentos de inadequação podem englobar-se em suas relações sociais e afetar seu sucesso nos esportes e jogos. Eles se sentem impotentes em seu jeito de ser e/ou o ambiente. Isso pode levá-los a evitar a atividade física. Grande parte da educação física adaptada objetiva, especificamente, melhorar o modo como as pessoas se sentem em relação a si mesmas (WINNICK, 2004).
 Destarte, o propósito da atividade física adaptada é, o mesmo da atividade regular: alterar os comportamentos psicomotores e, portanto, facilitar a auto-realização, daí a sua importância. Através dessa atividade, é possível fazer com que alunos portadores de deficiência se tornem excelentes atletas e possam participar com sucesso da educação física regular. Além disso, o sistema de liberação da atividade física preocupa-se com os mesmos serviços do currículo regular, com exceção de defender e coordenar os recursos que são adicionais em suas responsabilidades. O aconselhamento é um componente mais importante no ensino de pessoas com problemas psicomotores do que na educação física regular (WINNICK, 2004).”
 “No final dos anos de 1970 e inicio da década de 1980 algumas universidades brasileiras se interessaram e passaram a oferecer conteúdos programáticos e/ou disciplinas relativas à Educação Física e Desporto para Pessoas Portadoras de Deficiência. Algumas universidades adotaram as designações Educação Física Especial ou Educação Física Adaptada. No início da década de 1990 já existiam cerca de sessenta Escolas de Educação Física no país, oferecendo disciplinas relacionadas às pessoas portadoras de deficiência. Hoje, muitas dessas universidades ou escolas isoladas realizam, simultaneamente ao ensino, trabalhos de extensão e pesquisas. No âmbito da pesquisa, objetivam desenvolver estratégias metodológicas de ensino, estudam o efeito terapêutico das atividades físicas bem como suas contra-indicações e desenvolvem novos equipamentos adaptados (CIDADE, 2002).”
 “No caso da criança portadora de necessidades especiais, a educação física adaptada procura desenvolver um trabalho abrangendo o seu desenvolvimento, não apenas psicomotor como também sob os aspectos cognitivos, sociais-afetivos e sensoriais, utilizando seu corpo como instrumento, como ferramenta chave. É a partir do conhecimento e do domínio do próprio corpo que se pode alicerçar o desenvolvimento integral da criança portadora de deficiência: Ao levá-la, como primeiro passo, ao conhecimento, controle e domínio do seu corpo, a educação física adaptada irá embasar e favorecer a evolução dessa criança, enfocando também aspectos como a auto-confiança,  o sentimento    de    mais   valia,    o    sentido    de cooperação, o prazer de poder fazer e as inter-faces  dessas  valências  afetivas  com  o   seu cotidiano na família, na escola na sociedade (CONDE, 1991, p. 11).
 Desse modo, é possível afirmar que a educação física desempenha a função de importante elemento facilitador no caminhar da criança portadora de deficiência rumo à sua emancipação social. Possibilita-lhe condições básicas de capacitação futura para superar barreiras de diversos tipos, nuances e intensidades, que provavelmente Ihes serão impostas pelo meio social.”
 “Bueno e Resa (1995, apud, CIDADE, 2002) propõem um programa baseado nos seguintes conteúdos: esquema corporal e lateralidade; coordenação; equilíbrio; organização espaço-temporal; qualidades físicas básicas; socialização. Todas as atividades devem considerar as potencialidades e limitações do portador de deficiência, bem como devem ser realizadas de maneira constante, progressiva e regular. O professor de Educação Física deve observar que as regras e rotinas são importantes para que a criança e o adulto sintam-se seguros durante as atividades motoras.
 Além disso: A realização de atividades com crianças, principalmente aquelas que envolvem jogos, devem ter um caráter lúdico e favorecer situações onde a criança aprenda a lidar com seus fracassos e seus êxitos. A variedade de atividades também prevê o esporte como um auxílio no aprimoramento da personalidade de pessoas portadoras de deficiência. As crianças com algum nível de deficiência (auditiva, visual, física e mental) podem participar da maioria das atividades propostas para elas. Na escola, os educandos com deficiência leve e moderada podem participar de atividades dentro do programa de Educação Física, com pequenas adaptações, que não prejudiquem o conteúdo (CIDADE, 2002, p. 41).”
 “De modo geral, é fundamental que o professor adquira os conhecimentos basilares concernentes ao seu aluno, como: aspectos da deficiência, idade em que surgiu a deficiência, se foi súbita ou gradativa, se é passageira ou constante, as funções e estruturas que estão prejudicadas. Sugere, também, que esse educador distinga os distintos aspectos do desenvolvimento humano: biológico (físicos, neurológicos, sensoriais,); motor; cognitivo; sociointeracional e afetivo-emocional.”
 “Sob um contexto geral, é possível afirmar, mediante tudo que foi exposto nesse trabalho que, a deficiência física é um fator que existe ao longo da história da humanidade, e que em tempo remotos eram vista como um estigma, muitas vezes relacionada a uma maldição. No processo de desenvolvimento da humanidade, essa visão foi sendo amenizada, mas ainda subsiste certo preconceito no meio social. Na atualidade, nos deparamos com leis que tem por finalidade assegurar os direitos dos portadores de deficiências, dentre elas a de inclusão escolar.
No campo da inclusão escolar, o papel da Educação Física é de grande valia. Isso porque, além de auxiliar no desenvolvimento corporal da criança, faz com que essa se integre em grupos de amigos, melhorando sua auto-estima, e conseqüentemente fazendo com que essa descubra que, mesmo tendo algumas limitações, é capaz de se desenvolver de várias outras formas.”
 
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