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Metodologia e Prática do Ensino de Língua Portuguesa

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LÍNGUA PORTUGUESA – QUESTÕES DISCURSIVAS
 A antecipação é uma estratégia. Explique e exemplifique. Antecipação – Também chamada de Previsão é a análise dos elementoschave que compõem o texto que será lido, tais como título, subtítulo, ilustrações, nome do autor etc., com vistas a aproximarse do assunto que será tratado. Vale lembrar que, no decorrer da leitura, essas informações podem ou não ser confirmadas.
 A prática de leitura de histórias e contos para crianças tem ficado sobre inteira responsabilidade dos professores que atuam na educação infantil ou das famílias. No segundo caso também é possível notar que, por vários motivos, o hábito de leitura este cada vez menos valorizado. Porque a leitura de histórias não é tão valorizada no ensino fundamental? A passagem do aluno para o Ensino Fundamental é, na maioria dos casos, acompanhada pela descontinuidade do hábito de ler para os alunos, e isso se justifica pelo discurso de que “agora há muitos conteúdos a serem trabalhados e a leitura só pode ser realizada se sobrar tempo”. O pensamento existente em muitas práticas pedagógicas atuais está no fato de que, para contribuir no desenvolvimento de uma leitura competente por parte do aluno, os professores deixam de ler para ele. E achando equivocadamente que os conteúdos são mais importantes do que a leitura, porém, a leitura é importante nesta fase porque ajuda os alunos desenvolver a competência leitora. É certo que tais professores não valorizam a prática de leitura para os alunos porque desconhecem os benefícios dessa rotina.
 Analise o seguinte enunciado: Foi discutido na disciplina que “a leitura e a escrita precisam ser compreendidas também na perspectiva de instrumentos que viabilizam uma participação social mais eficiente, contribuindo com transformações necessárias para a construção da sociedade, com condições favoráveis de desenvolvimento para todos”. De que modo, a participação social do individuo pode ficar comprometida, caso não possua recursos para ler e escrever de forma competente? Aqueles que não têm acesso à informação através da leitura e escrita terão diminuídas as possibilidades de aproximação com a realidade dos fatos, porque dependerão do relato de outros, para posicionarse diante de algo. Porém, o depoimento de outros revela suas impressões pessoais e será muito mais difícil, para os que não dominam a leitura e escrita, argumentar sobre o que diz quem buscou a informação na fonte escrita. Para quem lê e escreve há a possibilidade da investigação o que diminui a distância entre o que acreditamos ser real e o que querem que acreditemos que seja. Portanto, é preciso conhecer o papel que a leitura e a escrita desempenham nesse processo, pois, constituem‑se vias de acesso à informação, a partir das quais podemos interpretar o que ocorre na sociedade, tomar decisões, fazer exigências e sair da passividade para a atividade. Desse modo, a leitura e a escrita precisam ser compreendidas também na perspectiva de instrumentos que viabilizam uma participação social mais eficiente, contribuindo com transformações necessárias para a construção da sociedade, com condições favoráveis de desenvolvimento para todos.
 Analise o texto a seguir: Muito se discute sobre a prática do ensino da leitura e da escrita que não privilegiavam o debate e a reflexão, sobre os diferentes pontos de vista. Considera-se esse tipo de ensino tradicional e que já não há mais espaço para ele. Qual o principal problema ou consequência de um tipo de ensino como esse – Perspectiva Tradicional. Muitos defendem as ideias contra o ensino mecanizado, onde palavras como: cópia, treino e modelo, são proibidas. Mas também são muitos os que o repetem por conveniências, mas não conhecem de fato a extensão de suas palavras, são os que criticam: a reprodução, porém sem reflexão. Para entender a necessidade de mudança é necessário primeiro compreender o momento histórico. É preciso destacar que o ensino mecanizado da leitura e da escrita, não ocorria dessa forma por falta de competência do professor. Na verdade, dois aspectos precisam ser compreendidos. O primeiro refere-se ao momento histórico: a ditadura militar. O segundo aspecto revela que pesquisas sobre “como o aluno aprende” e, “o que favorece essa aprendizagem” não haviam sido difundidas no meio docente. No que se refere à forma pela qual aprendemos, sabemos que esta não forneceu a maioria de nós, as condições necessárias para atuar criticamente. Portanto, refletir sobre esses aspectos de caráter histórico‑politico e essencial para que saibamos a importância de romper com modelos que já não contribuem para a formação de uma sociedade melhor. 
 Analise o seguinte texto: Muitos professores leem apenas contos de fadas para seus alunos, tendo em vista o fato de que esse é um gênero que as crianças apreciam muito. Entretanto, sabemos que se fixar num único gênero textual não contribui de modo significativo para a aprendizagem dos discentes. Quais os prejuízos na formação do leitor quando o docente trabalha com apenas um único gênero? A diversidade textual deve ser revelada ao aluno nos anos iniciais do Ensino Fundamental, pois ele só poderá estabelecer critérios pessoais se tiver tido oportunidade de conhecer os diferentes gêneros. O fato de uma turma gostar da leitura de contos de fada, não pode levar o professor a entender que deva realizar somente esse tipo de leitura. Os alunos precisam compreender o que se pretende em cada leitura e, além disso, conhecer outros gêneros, para que também saibam apreciálos e utilizálos quando necessário. Solé diz que é preciso levar em conta que o propósito de ensinar as crianças a ler tem diferentes objetivos de modo que com o tempo elas mesmas sejam capazes de se colocar objetivos de leitura que lhes interessem e que sejam adequados. O ensino seria muito pouco útil se, quando o professor desaparecesse, não pudesse se usar o que aprendeu”.
 As crianças precisam vivenciar muitos momentos de leitura e discussão com o professor para que adotem um comportamento leitor adequado. Solé diz que ela deve ser “um escutador ativo” como condição para depois ser um leitor ativo. (...) Para participar de uma atividade com esta, as crianças não precisam ser leitoras especializadas e nem mesmo saber ler. De que maneira a participação das crianças nos momentos de leitura e discussão serão produtivos, se muitas delas não sabem ler? Ao trabalhar as diferentes possibilidades de leitura desde as series iniciais, o professor além de oferecer textos variados aos seus alunos deve planejar situações em que as crianças possam ler por si mesmas, mesmo antes que elas saibam ler convencionalmente. Nessas situações, as crianças utilizam-se de estratégias de leituras quando formulam hipóteses sobre o que pode estar escrito, inferem o que não está escrito e antecipam o que encontraram escrito mais adiante. As crianças pequenas podem apoiar-se em diferentes recursos, como nas imagens de determinados textos naquilo que já sabem sobre o seu conteúdo e, até mesmo, no reconhecimento de algumas palavras conhecidas. Após o professor ler para a classe ele pode incitar uma discussão entre os alunos, cada um dizendo o que entendeu no texto, se gostou ou não, com o objetivo de que a confrontação de pontos de vista leve a uma melhor compreensão do texto.
 Atualmente, há muita gente afirmando que é necessário adotar novas formas para ensinar na escola e como o efeito de uma grande onda, esse discurso vai tomando força e arrastando todos por onde passa. Os defensores dessa ideia são contra o ensino mecanizado, a cópia, a memorização, etc. Quais seriam as três palavras chaves proibidas nessa forma de ensinar? Segundo os seus estudos, essa teoria tem força e se sustenta nas argumentações das proibições dessas palavras? Discorra a respeito. Muitos defendem as ideias contra o ensino mecanizado, onde as três palavras: cópia, treino e modelo, são proibidas. Mas também são muitos os que o repetem por conveniências, mas não conhecem de fato a extensão de suas palavras, sãoos que criticam: a reprodução, porém sem reflexão. Para entender a necessidade de mudança é necessário primeiro compreender o momento histórico. É preciso destacar que o ensino mecanizado da leitura e da escrita, não ocorria dessa forma por falta de competência do professor. Na verdade, dois aspectos precisam ser compreendidos. O primeiro refere-se ao momento histórico: a ditadura militar. O segundo aspecto revela que pesquisas sobre “como o aluno aprende” e, “o que favorece essa aprendizagem” não haviam sido difundidas no meio docente. No que se refere à forma pela qual aprendemos, sabemos que esta não forneceu a maioria de nós, as condições necessárias para atuar criticamente. Portanto, refletir sobre esses aspectos de caráter histórico‑politico e essencial para que saibamos a importância de romper com modelos que já não contribuem para a formação de uma sociedade melhor. 
 Como e quando ocorre a leitura compartilhada e qual sua importância?
É quando todos tem acesso ao texto escrito e podem acompanhar e participar da leitura feita pelo professor. Com o texto escrito em mãos os alunos podem observar em que momento ele realiza suas pausas, o que o faz modificar a entonação, quando sua expressão se torna mais acentuada, enfim pode observar o comportamento leitor adotado por esse leitor mais experiente, na sua interação com o texto escrito. As leituras compartilhadas destacam-se como situações favoráveis à reflexão e à discussão sobre o lido. São momentos dedicados à apreciação, à troca de impressões e opiniões e ainda à análise de elementos literários. Para que ampliem suas possibilidades de compreensão e apreciação é fundamental que contem com a mediação do professor,  que tem a função de favorecer e instigar a observação de aspectos da obra que passariam despercebidos. Do mesmo modo, contam com a oportunidade de confrontar diferentes interpretações, já que há um grupo de alunos debruçando-se sobre um título.  Trata-se, assim, de um espaço também oportuno para colocar as crianças em contato com obras e autores mais desafiadores, digamos assim, em comparação aos livros que elas tendem a ler sozinhas, afinal, contarão com o apoio de um leitor bastante experiente, um mediador: o professor.
 Diante de uma criança que demonstra hipótese silábica sobre o nosso sistema de escrita e que, por esse motivo, utiliza as letras “xvo” para escrever “chuveiro”, é relevante para o processo de construção da escrita indicar que a primeira silaba dessa palavra é escrita com “chu” e não com “xvo”? Explique. Sabemos que os erros dos alunos nos revelam informações sobre o que eles sabem e o que precisam saber, bem como sobre o que devemos ou podemos fazer para que eles ampliem o seu conhecimento sobre o assunto tratado. Entretanto, nem sempre devemos julgar o momento em que nos deparamos com o erro do aluno ou em que o vimos cometer um equívoco, como sendo o certo para corrigilo. Há fatores essenciais que precisam ser considerados nesse processo. Por exemplo, quando estamos diante de uma criança cuja escrita revela uma hipótese silábica sobre o nosso sistema de escrita e que, por esse motivo, utiliza as letras xvo para escrever chuveiro, precisamos compreender que, nesse momento, indicar que a primeira sílaba dessa palavra é escrita com x e não com ch será irrelevante para o aprendizado dessa criança, pois ela sequer compreendeu que escrevemos alfabeticamente as palavras, e não silabicamente. A correção, nesse momento, não trará nenhuma contribuição para o seu aprendizado. Há, portanto, um instante adequado de se fazer uma intervenção ou correção em relação à escrita produzida pelo aluno.
 Justifique o conceito de literatura proposto por Delia Lerner. “Ler é entrar em outros mundos possíveis. É indagar a realidade para compreendê-la melhor, é se distanciar do texto e assumir uma postura critica frente ao que diz e ao que se quer dizer, é tirar carta de cidadania no mundo da cultura escrita”... Além da importância da leitura na formação do indivíduo, é preciso considerar que a relação estabelecida com a leitura precisa ser mediada por um leitor mais experiente. Mesmo aqueles que já sabem ler, apreciam a leitura feita pelo professor. Por meio da leitura temos a possibilidade de viajar por outros mundos, conhecer outras culturas, etc. Muitos alunos relatam que, enquanto ouvem uma leitura ficam mais calmos e se sentem mais relaxados. 
 Leia o seguinte conteúdo: De um modo geral, quando a criança cumpre a etapa da educação infantil e ingressa no ensino fundamental, (com aproximadamente 6 anos), há uma ruptura em algumas práticas que eram exercidas pelo professor na etapa anterior. Uma delas é a leitura de histórias, que normalmente é realizada na educação infantil, (e que tanto encantamento proporciona às crianças), e interrompida no ensino fundamental, quando, na verdade, deveria ser intensificada. Quais são os benefícios de uma rotina de leitura feita pelo professor? O papel que o professor desempenha como leitor, junto aos seus alunos, é muito importante para o desenvolvimento da competência leitora. Nessa fase de aprendizagem, será a partir dos critérios estabelecidos pelo professor que os alunos terão contato com textos de qualidade literária reconhecida, possibilitando a ampliação do vocabulário, a identificação e utilização de recursos linguísticos que valorizam o texto, a reflexão sobre o que foi lido, enfim, será a prática de leitura diária na escola que possibilitará, ao aluno, um mergulho prazeroso no mundo da leitura. É preciso ressaltar, porém, que as escolhas que fazemos para a leitura são bastante subjetivas, quer dizer, obedecem a critérios pessoais e, por esse motivo, aos alunos deve ser dada a oportunidade de não gostarem da leitura que ouviram. Nesse sentido, o professor também deve mediar discussões acerca das leituras que realiza, propondo que os alunos se manifestem livremente, mas que argumentem sobre as impressões que tiveram sobre a leitura que ouviram ou que realizaram. Por isso, essa é uma prática de extrema importância em que o professor atuará como referência para os alunos caminharem na direção da autonomia leitora.
 Leia o conteúdo a seguir: Na concepção do ensino tradicional, o erro do aluno é interpretado pelo professor como indicador daquilo que o estudante não aprendeu. Entretanto as perspectivas atuais da educação, por exemplo, a abordagem construtivista, revela um modo diferente de compreender o erro do discente. Como o erro deve ser entendido, considerando-se a perspectiva construtivista? Na ótica construtivista, é tarefa do professor fazer com que, aos poucos, a criança tome consciência do erro.  Para que o erro seja superado e o sucesso alcançado, é preciso que o professor o transforme em algo instrutivo. O erro não deve significar derrota, não há porque puni-lo, temê-lo ou evitá-lo. Ao contrário, deve ser encarado como resultado de uma postura de experimentação, onde a criança levanta hipótese, planeja uma estratégia de ação e a põe à prova. Cabe ao professor ajudar seus alunos a analisarem a adequação do procedimento selecionado, encaminhando-os na busca de condutas mais ricas, complexas e diversificadas. No construtivismo, o erro é possível e necessário, isto é, faz parte do processo. Na verdade, o erro não interessa o que interessa são as ações física e mental. Erro e acerto são detalhes dessas ações. Portanto, dentro dessa perspectiva, a avaliação escolar deve distinguir o tipo de erro cometido pela criança, fornecendo-lhe, assim, condições de superá-los. É claro que o professor não pode construir pela criança as suas estruturas do pensamento necessárias à solução das situações-problema que lhe são colocadas, mas pode criar um ambiente de sala de aula propicio ao diálogo que leve a criança a justificar as razões pelas quais adotou um padrão de ação. Trata-se de tornar o erro um observável para a criança, a fim de que esta tome consciência do mesmo.
 Leia o seguinte enunciado: No processo de ensino da leitura e da escrita, o professor deve ter clareza de quandopode propor desafios diferenciados para que o aluno possa avançar no seu desenvolvimento. Nesse contexto, o docente precisa saber quando deve iniciar o ensino das convenções ortográficas e gramaticais. Em que momento desse progresso da escrita do discente o mestre poderá notar que ele já pode apresentar desafios ortográficos e gramaticais sistematizados? Por que deve fazê-lo nesta etapa? As crianças, justamente na idade em que ingressam no Ensino Fundamental, estão numa fase muito rica do ponto de vista das aprendizagens. Sendo assim, utilizar esse potencial a favor do processo de alfabetização é, geralmente, muito interessante. Vale ressaltar que não se trata de obrigar, mas sim de lhe propor reflexões e desafios possíveis para a sua idade e conhecimento que possui. Essa é, sem dúvida, uma prática que favorece o processo natural de aprendizagem. Uma vez compreendida a lógica do sistema de escrita alfabético, ao aluno poderão ser apresentados outros desafios que lhe permitam refinar o seu conhecimento sobre a escrita e sobre a leitura. Entre tais conhecimentos, é possível destacar a escrita com letra cursiva e a reflexão sobre questões ortográficas e gramaticais. Porém, é importante se certificar de que o aluno está preparado, pois uma criança que ainda não compreendeu o funcionamento do sistema de escrita, isto é, que ainda não escreve alfabeticamente, terá muito mais dificuldade em avançar na direção dessa compreensão se não puder realizar análises das letras no contexto.
 Leia o texto a seguir: Ao colocar em discussão as práticas educativas tradicionais, as quais questionam um aluno de postura passiva e sem espaço para se desenvolver de forma crítica e reflexiva, afirmamos que o processo educativo não é uma prática isolada de outras instâncias da sociedade. Sendo assim, pode estar a favor de determinados interesses políticos. No caso de ensino da escrita e da leitura, qual motivo justifica uma prática educativa, que não valorize o desenvolvimento do pensamento reflexivo do aluno? 
Naquele momento histórico era interessante que o ensino da leitura e da escrita permanecesse na esfera da codificação e decodificação, bastava que as pessoas compreendessem o que era esperado delas e soubessem cumprir ordem, pois não havendo espaço para discussões, reflexões e críticas, qualquer opinião contrária à do poder vigente poderia ser compreendida como rebeldia e punida com sanções severas que serviam de modelo para desencorajar outras pessoas que poderiam pensar da mesma maneira. Cada um deveria conhecer e acatar passivamente o seu papel e o seu lugar na sociedade. Um segundo aspecto relevante é que muitas pesquisas sobre como o aluno aprende e, consequentemente, o que favorece essa aprendizagem não haviam sido difundidas no meio docente. Mesmo aquelas que já tinham obtido resultados que poderiam contribuir para uma prática pedagógica mais eficiente ainda não haviam sido amplamente divulgadas e discutidas por vários motivos.
 Leia o texto a seguir: “(...) frente à leitura na escola, parece necessário que o professor se pergunte com que bagagem as crianças poderão abordá-la prevendo que esta bagagem não será homogênea. Esta bagagem condiciona enormemente a interpretação que se constrói pelos seus interesses, expectativas, vivencias... Por todos os aspectos relacionados ao âmbito afetivo e que intervém na atribuição de sentido ao que se lê” – Solé. A citação diz respeito a qual tipo de conhecimento? Explique. Diz respeito ao conhecimento prévio da criança. São constituídos das experiências vivenciadas pelos alunos e, como a experiência de cada um é única, também os saberes prévios devem considerar essa perspectiva. As discussões que antecedem a abordagem de um tema, as considerações iniciais antes da leitura de um determinado texto, as hipóteses levantadas e as antecipações com base nas informações contidas num livro, por exemplo, são formas de mobilizar os conhecimentos prévios dos alunos, de modo que eles contribuam para a compreensão do que será lido. Para tanto, o professor é quem deve promover essas discussões com os alunos.
 Leia o texto a seguir: No processo de leitura, podemos afirmar que há procedimentos e estratégias que são utilizados na prática, mas não os ensinamos aos leitores iniciantes e talvez e não façamos pelo simples desconhecimento, de sua importância, de sua relevância na formação do aluno. Além disso, há o fato de que tais estratégias, na maioria das vezes são utilizadas quase que intuitivamente e, como nos adverte Solé: “Pode ser um pouco difícil explicar isso, pois você, como todos os leitores experientes, utiliza as estratégias de forma inconsciente”. Os recursos que utilizamos na leitura são elementos fundamentais no processo desenvolvimento da competência leitora, visto que podem ser compreendidos como forma eficiente de se conseguir um intento e a compreensão do que esta sendo lido. Cite duas estratégias importantes para o processo de leitura e discorra sobre elas.
 Previsão/antecipação – Análise dos elementoschave que compõem o texto que será lido, tais como título, subtítulo, ilustrações, nome do autor etc., com vistas a aproximarse do assunto que será tratado. O título de um texto, a análise das ilustrações contidas na capa, bem como a leitura da sinopse que pode vir na aba do livro ou na contra capa, são fundamentais para que possamos compreender do que trata a obra. Vale lembrar que, no decorrer da leitura, essas informações podem ou não ser confirmadas.
 Inferência – Capacidade de ler o que não está escrito, obter informações contidas nas entrelinhas, articular informações apresentadas no texto com outras que se referem aos conhecimentos de âmbito cultural, levando o leitor a uma compreensão para além daquela descrita no texto. Podemos entender como inferência a ação por meio da qual o leitor supõe a existência de uma informação não explícita no texto. A inferência é importante porque nos permite ler e compreender além daquilo que foi escrito. Mais uma vez, cabe a questão dos conhecimentos prévios. Isto quer dizer que o que estamos lendo articulase com aquilo que sabemos. Tal constituição é única e individual, motivo por isso não podemos esperar que a compreensão de um texto seja exatamente a mesma para todos que o leem. Quando falamos em inferência, precisamos considerar que nem sempre ela é confirmada durante ou após a leitura de um texto. 
 Verificação – Análise de elementos que permitem o confronto entre as previsões e até inferências realizadas no decorrer da leitura e a apresentação dos fatos no texto, com vistas a possibilitar ao leitor a compreensão adequada do tema desenvolvido. A verificação é uma estratégia que nos permite voltar às informações que fomos reunindo ao longo da leitura que realizamos, com o propósito de, verificar se o que inferimos pode ser considerado válido. Nem sempre nossas hipóteses se confirmam ou, ainda, apenas algumas podem ser validadas e outras não. Mas só sabemos disso se temos a oportunidade de verificálas.
 Leia o texto a seguir: Para a formação de um leitor competente, há que se considerar a necessidade de ensinar estratégias de leitura, sem as quais pode haver muita dificuldade por parte do leitor. Considerando essa importância no processo de leitura, explique o que são tais estratégias. 
 Previsão/antecipação – Análise dos elementoschave que compõem o texto que será lido, tais como título, subtítulo, ilustrações, nome do autor etc., com vistas a aproximarse do assunto que será tratado. Vale lembrar que, no decorrer da leitura, essas informações podem ou não ser confirmadas.
 Inferência – Capacidade de ler o que não está escrito, obter informações contidas nas entrelinhas, articular informações apresentadas no texto com outras que se referem aos conhecimentos de âmbito cultural, levando o leitor a uma compreensão para além daquela descrita no texto.
 Verificação – Análise de elementos que permitem o confronto entre as previsões e até inferências realizadas no decorrer da leitura e a apresentação dos fatosno texto, com vistas a possibilitar ao leitor a compreensão adequada do tema desenvolvido.
 Leia o texto a seguir: Pensando em uma proposta de atividade para os alunos e esclarecendo o assunto e o objetivo da escrita de uma carta, bem como o seu destinatário, o professor pode realizar, junto aos alunos, um levantamento dos pontos que não podem ser esquecidos e, na medida em que eles vão sendo elencados pelos alunos, o professor os anota num canto da lousa para que sejam utilizados posteriormente. Nesse momento, se houver algum aspecto importante a ser lembrado e os alunos não o fizerem o professor deve intervir, fornecendo pistas para que percebam o que esta faltando. Se, mesmo assim não se recordarem, o professor deve revelar, a fim de inclui-la na lista que comporá a carta. Uma vez findada essa etapa deve-se passar a redação da carta. Uma boa dica para esse momento é utilizar um papel grande, como a cartolina ou papel kraft, que permitira o resgate do texto em outra oportunidade. A proposta de atividade mencionada no texto descreve qual tipo de produção? Produção coletiva de textos. Para os pequenos escritores, precisamos organizar momentos em que eles possam acompanhar uma produção feita por alguém que saiba mais do que eles. Nesse caso, a produção coletiva, realizada pelo professor na discussão e negociação junto aos alunos, é uma prática que tem contribuído significativamente com o desenvolvimento dos alunos quando o assunto em pauta é a produção de textos. Utilizando como referência os métodos adotados pelo professor na produção coletiva, os alunos poderão iniciar produções em grupo, em duplas, e finalmente sua própria produção escrita, pois contam com as referências utilizadas pelo professor durante o processo.
 Leia o texto a seguir: Pessoa afirma que o processo educativo não esta isolado de outras instancias sociais. Ele apresenta estreita relação com as perspectivas da sociedade em qualquer parte do mundo. Tais perspectivas podem estar essencialmente a favor daqueles que estão no poder ou podem refletir, fundamentalmente, as transformações sociais necessárias; normalmente, esses dois aspectos estão em jogo, visto que têm entre si, implicações mútuas. A partir dessa reflexão, discorra o que tudo isso tem a ver com o ensino da leitura e da escrita nos anos iniciais do ensino fundamental, com base no livro texto e nas suas aulas? É natural que num regime ditatorial não haja um ensino que permite pensar. Quanto menor acesso a informação e menor poder de argumentação tiver a população, melhor será. Porém, a sociedade não se mantém estática no tempo, mas tem um caráter dinâmico e esta sempre em transformação. O processo educativo apresenta estreita relação com as perspectivas da sociedade em que está inserido. E essas perspectivas não podem ficar a favor dos que estão no poder, mas devem refletir as transformações sociais. É preciso, conhecer o papel que a leitura e a escrita desempenham nesse processo, pois, constituem‑se vias de acesso à informação, a partir das quais podemos interpretar o que ocorre na sociedade, tomar decisões, fazer exigências, enfim, sair da passividade para a atividade. Desse modo, a leitura e a escrita precisam ser compreendidas também na perspectiva de instrumentos que viabilizam uma participação social mais eficiente, contribuindo com transformações necessárias para a construção da sociedade, com condições favoráveis de desenvolvimento para todos.
 Leia o seguinte texto: Quando fazemos uma breve retrospectiva histórica, percebemos muitos equívocos na tentativa de superar uma perspectiva tradicional de ensino e implantar uma proposta de ensino com base em princípios construtivistas. De modo geral o que deu errado nesse processo de transição? Saímos de uma prática pautada no modelo, memorização e cópia, para outra em que tudo foi rejeitado e nada foi oferecido para ocupar o seu lugar. O caráter processual da aprendizagem dos professores não foi considerado. A eles restava a tarefa de modificar a sua prática pedagógica, adotando uma perspectiva construtivista, ainda que não tivessem compreendido seus fundamentos. Desse modo muitos professores entenderam que senão podiam mais corrigir e ensinar, pois o aluno constrói o seu conhecimento sozinho, então deveriam aguardar passivamente até que o conhecimento fosse construído. A contradição desse período de transição reside no fato de que, aos professores, foi dito que a aprendizagem dos alunos não pode ser compreendida na perspectiva da homogeneidade, isto é, os alunos têm conhecimentos diversificados e ritmos próprios. A consequência de tudo isso foi que uma série de alunos concluíram o Ensino Fundamental sem saber ler e escrever, nem a forma mecanizada de leitura e escrita eles dominavam. 
 Nas reflexões que Lerner tece sobre a necessidade de mudança no ensino atual à autora declara que “é possível criar um novo equilíbrio entre o ensino e o controle, quando se reconhece que este é necessário, mas tentando evitar que a prevaleça sobre aquele. Quando se apresenta um conflito entre ambos, quando é preciso escolher entre o que é necessário para que as crianças aprendam e o que é necessário para controlar a aprendizagem, parece indispensável optar pela aprendizagem”. Das discussões propostas nesta disciplina, resgate um pouco dessa tensão entre aprendizagem e controle, apresentando argumentos que justifique esta ideia da autora. Para falar sobre esta tensão temos que lembrar que durante muito tempo a escola colocou a prática da leitura e escrita de forma mecanizada, não era exercida a reflexão só aspectos ortográficos e gramaticais neste caso percebemos o controle. Porém sabemos que aprender a ler e escrever deve possibilitar a inserção no meio cultural, organizar o pensamento e repensar o mundo. Então percebemos a tendência à mudança e a tendência à conservação e isto passa longe da função social que é saber ler para se comunicar com o mundo, para conhecer outras possibilidades e olhares. A necessidade de controlar a aprendizagem da leitura da ênfase ao aspecto ortográfico e deixa de lado o aspecto interpretativo e não contribui para a construção de uma autonomia intelectual. A ideia da autora é que se deve trabalhar com projetos para articular os propósitos didáticos e comunicativos estimular a aprendizagem e fornecer a autonomia além da abordagem multidisciplinar, ou seja, é preciso delegar às crianças a responsabilidade de revisar seus escritos, assim serão gerados novas aprendizagem e novas possibilidades de avaliação serão encontradas.
 O grande desafio da educação atual, no que se refere ao ensino da leitura e da escrita, e a formação dos leitores competentes. Aponte pelo menos 2 práticas que podem potencializar essa formação.
 A leitura em capítulos –Um bom livro de aventura, por exemplo, pode ser a escolha certa para envolver os alunos na leitura, além de, pelo próprio procedimento do professor, ensinálos que nem todos os livros foram pensados para que os lêssemos de uma vez só. O professor atrai o aluno para leitura interrompendoa num momento em que algo importante está para acontecer. Assim, é provável que, no dia seguinte, os alunos estejam ávidos pela retomada da leitura.
 A leitura compartilhada – Ocorre quando todos têm acesso ao texto escrito e podem acompanhar e participar da leitura feita pelo professor. Ter acesso ao texto escrito significa que os alunos podem acompanhar a leitura do professor, observando em que momento ele realiza suas pausas, o que o faz modificar a entonação, quando sua expressão se torna mais acentuada, enfim, pode observar o comportamento leitor adotado por esse outro leitor mais experiente, na sua interação com o texto escrito. 
 A hora da leitura – Há relatos de professores que dizem ler para os seus alunos quando “sobra um tempinho” ou ao final da aula, enquanto aguardam o sinal que autoriza a saída. Esse não é o lugar que a leitura deveria ocupar na escola. Dada a sua importância na formação dos alunos, ela precisa ocupar um lugar de destaque; precisa ser planejada,acontecer diariamente e, de preferência, no início da aula, ou seja, no momento em que os alunos estão chegando à escola e, portanto, estão mais dispostos. Ela precisa ser desejada e esperada pelos alunos; só assim estaremos contribuindo para que se tornem verdadeiramente bons leitores.
 O modelo de leitura a ser apresentado aos alunos precisa ser bom e garantir a qualidade de uma boa leitura. Para garantir essa qualidade, devem ser considerados alguns quesitos, sem os quais a possibilidade de fracasso se torna realidade. Cite pelo menos quatro desses quesitos importantes que foram amplamente estudados durante essa disciplina.
 O professor deve ser um bom leitor; A escolha prévia do texto; Os comentários sobre o autor e a obra; A utilização do portador do texto; A leitura em capítulos; A qualidade dos textos; A leitura compartilhada; A hora da leitura; O lugar para ler; O manuseio do material.
 Os autores estudados nesta disciplina, de um modo geral, tecem críticas ao modelo tradicional de ensino que não formou leitores competentes. Solé, por exemplo, afirma que, “Em geral, a atividade leitura-pergunta-resposta é o modelo mais utilizado e validado por manuais, guias didáticos e professores como uma boa atividade de compreensão leitora”. Que argumentos apresentam esses autores para justificar o fracasso desse modelo de ensino? Atividades que solicitam do aluno uma resposta com base na memorização ou na simples identificação de um trecho do texto não favorecem quando ele está diante de uma situação em que precisa agir de forma autônoma e criativa. Atividades que se pautam na memorização, no ato de decorar e na identificação de uma informação no texto, contribuem para a formação leitora e escritora do aluno. Mas, não se deve permanecer apenas nessa esfera. Boa parte do insucesso no ensino da leitura e da escrita hoje se deve a compreensões equivocadas ou distorcidas sobre a concepção de ensino. Outro fator que revela a importância de desenvolver uma postura crítica e reflexiva no aluno é o perfil exigido, no mercado de trabalho, que incluem: dinamismo, capacidade de trabalhar em grupo, liderança, criatividade, etc. Porém, para adquirir tais capacidades é preciso tempo, e precisa fazer parte do cotidiano do indivíduo, o que inclui a rotina escolar. Daí a importância de oferecer, ao aluno, possibilidades de agir sobre a escrita.
 Qual seria o momento mais apropriado para o ensino da letra cursiva ao aluno? Uma vez compreendida a lógica do sistema de escrita alfabético, poderá ser apresentada ao aluno a escrita com letra cursiva. Mas, precisamos compreender a utilidade desse recurso, bem como sua pertinência nesse processo inicial de aprendizagem. Antecipar esse processo, isto é, ensinar a escrita cursiva para uma criança que ainda não compreendeu o funcionamento do sistema de escrita alfabética, causará muito mais dificuldade em seu avanço na direção dessa compreensão. A inserção da escrita cursiva no momento inadequado, pode levar o aluno a se sentir incapaz de compreender o processo de escrita e causar certo desinteresse sobre tal aprendizagem. Contudo, uma vez que o professor nota que o aluno já apresenta uma escrita alfabética, o que não significa que não cometa mais erros ortográfico, podese iniciar o ensino da escrita cursiva, visto que o aluno já terá elementos suficientes para compreendêla, o que minimizará as possibilidades de que essa seja uma aprendizagem “dolorosa”. 
 Quais são os benefícios de uma rotina de leitura pelo professor? A leitura auxilia o aluno a ter um pensamento mais crítico. Além disso, com um hábito constante de leitura ele consegue desenvolver melhor seus textos, aumenta sua capacidade argumentativa e o auxilia a escolher melhor as palavras, pois a leitura aumenta o vocabulário. A leitura também pode desenvolver o raciocínio. Quando o professor lê para os alunos o texto ganha vida. A entonação, as expressões, o gestual, o ritmo, a fluência, enfim, toda a postura do professor revela ao ensinar como deve ser uma leitura. O professor, leitor competente, enquanto lê, oferece aos alunos um bom modelo do que é essa atividade. Nesse sentido oferece um modelo para os alunos, entretanto, o modelo a que referido aqui não é aquele que necessita ser repetido tal como foi apresentado ao aluno. O modelo, agora proposto, deve ser um ponto a partir do qual o aluno possa sustentar o seu conhecimento em construção. É uma referência que não será reproduzida, mas que lhe apresentará caminhos pelos quais será possível imprimir o seu estilo próprio. E a constância da leitura se torna fundamental nesse processo. 
 Quando se refere ao ensino da leitura, Solé tece algumas características para a atuação do professor. Segundo a autora “uma atividade de leitura será motivadora para alguém se o conteúdo estiver ligado aos interesses da pessoa que tem que ler e, naturalmente, se a tarefa em si corresponde a um objetivo. (...) Por outro lado não devemos esquecer que o interesse também se cria, se suscita e se educa e que em diversos ocasiões ele depende do entusiasmo e da apresentação que o professor faz de uma determinada leitura e das possibilidades que seja capaz de explorar”. Fundamentado no que diz Solé, explique o que se compreende por “conteúdo ligado aos interesses da pessoa” e qual papel do professor nesse processo. É certo que a diversidade textual deve ser revelada ao aluno nos anos iniciais do Ensino Fundamental; ele só poderá estabelecer critérios pessoais para escolher o que será lido se tiver tido a oportunidade de conhecer os diferentes gêneros textuais.
Diante disso entendemos que o professor não pode se fixar num único gênero textual a ser lido para seus alunos. É preciso levar em conta que o propósito de ensinar as crianças a ler com diferentes objetivos é que, com o tempo, elas mesmas sejam capazes de se colocar objetivos de leitura que lhes interessem e que sejam adequados. O ensino seria muito pouco útil se, quando o professor desaparecesse, não pudesse se usar o que aprendeu.
 Sabemos da importância de uma rotina de leitura para os alunos da Educação infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental (etapas do ensino fundamental em que atua predominantemente o pedagogo). Entretanto, essa leitura não pode ser realizada sem que alguns critérios e cuidados básicos tenham sido observados. Cite e explique um desses critérios ou responsabilidade que o professor deve ter na seleção e/ou realização da leitura, sua importância no processo. 
 A leitura em capítulos –Um bom livro de aventura, por exemplo, pode ser a escolha certa para envolver os alunos na leitura, além de, pelo próprio procedimento do professor, ensinálos que nem todos os livros foram pensados para que os lêssemos de uma vez só. O professor atrai o aluno para leitura interrompendoa num momento em que algo importante está para acontecer. Assim, é provável que, no dia seguinte, os alunos estejam ávidos pela retomada da leitura.
 A leitura compartilhada – Ocorre quando todos têm acesso ao texto escrito e podem acompanhar e participar da leitura feita pelo professor. Ter acesso ao texto escrito significa que os alunos podem acompanhar a leitura do professor, observando em que momento ele realiza suas pausas, o que o faz modificar a entonação, quando sua expressão se torna mais acentuada, enfim, pode observar o comportamento leitor adotado por esse outro leitor mais experiente, na sua interação com o texto escrito. 
 A hora da leitura – Há relatos de professores que dizem ler para os seus alunos quando “sobra um tempinho” ou ao final da aula, enquanto aguardam o sinal que autoriza a saída. Esse não é o lugar que a leitura deveria ocupar na escola. Dada a sua importância na formação dos alunos, ela precisa ocupar um lugar de destaque; precisa ser planejada, acontecer diariamente e, de preferência, no início da aula, ou seja, no momento em que os alunos estão chegando à escola e, portanto, estão mais dispostos. Ela precisa ser desejada e esperada pelos alunos; só assim estaremos contribuindopara que se tornem verdadeiramente bons leitores.
 Segundo os PCNs de Língua Portuguesa: De modo geral, o ensino da ortografia dá-se por meio da apresentação e repetição verbal de regras, com sentido de “fórmulas”, e da correção que o professor faz de redações e ditados, seguida de uma tarefa em que o aluno copia várias vezes as palavras que escreveu errado. E, apesar do grande investimento feito nesse tipo de avaliação, os alunos se bem que capazes de “recitar” as regras quando solicitados continuam a escrever errado. Por que os PCNs afirmam que, apesar do grande investimento feito nas atividades citadas, os alunos continuam a escrever errado? Explique. A concepção de ensino atual prevê que haja reflexão, discussão e análise das regras e convenções que regem o nosso sistema de escrita. Não devemos negar a necessidade de trabalhar com a memorização. Mas, precisamos de discernimento para compreender em que momento ela deve acontecer. Decorar regras, sem compreendêlas, sem analisálas no seu contexto, não garante que o aluno saberá utilizálas no momento de sua produção. É preciso contextualizar, discutir, focalizar, analisar e concluir. Sem que haja esse movimento de discussão junto aos alunos, será difícil contribuir para que eles realmente compreendam quando e como utilizar as regras que orientam a nossa escrita. 
 Solé defende o ensino de estratégias de leitura para os alunos. Segundo a autora, “as estratégias... não amadurecem nem se desenvolvem, nem emergem, nem aparecem. Ensinam-se – ou não se ensinam – e se aprendem – ou não se aprendem”. Qual a importância das estratégias na formação do leitor competente? No caso da leitura, há procedimentos e estratégias que são utilizados na prática, mas não os ensinamos aos leitores iniciantes. Talvez pelo simples desconhecimento da sua importância na formação do aluno. Ou porque usamos quase que intuitivamente. Estratégias – são procedimentos que contribuem para a fluência da leitura, aumentando a compreensão que se tem a respeito do assunto, tema ou conteúdo que está sendo lido. É no momento em que nos deparamos com alguma dificuldade ou quando, de alguma maneira, a fluência necessária à compreensão do conteúdo escrito é comprometida, que lançamos mão de estratégias, como procedimentos que nos possibilitam resgatar o caminho necessário ao entendimento do texto. Esse é o motivo pelo qual nossa atenção é direcionada, no processo de formação dos alunos, ao ensino das estratégias de leitura. Ensinamos estratégias porque queremos formar leitores autônomos, capazes de enfrentar de forma inteligente textos de índole muito diversa. 
 Suponhamos que uma criança de 3 a 4 anos demonstra que já consegue calçar seu tênis sozinha, mas não consegue amarrá-lo ao menos que a mãe a auxilie. A ação de calçar o tênis identifica o seu nível de desenvolvimento real. Ou seja, ela sabe fazê-lo sem a ajuda de ninguém. Entretanto para amarrar o calçado, necessita da ajuda da mãe, o que revela que esse é o seu nível de desenvolvimento potencial. Considerando-se a distância entre o que essa criança faz sem ajuda (calçar o tênis) e o que necessita de ajuda para fazer (amarrá-lo), temos um campo fértil de aprendizagem. Qual é esse importante campo de aprendizagem e qual autor fala sobre ele? Vygotsky, considera a existência daquilo que chamou de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), compreendida como a diferença entre aquilo que a criança consegue realizar sozinha (nível de desenvolvimento real) e aquilo que ela consegue realizar com ajuda de alguém mais experiente (nível de desenvolvimento potencial). Sintonizandonos com Vygotsky, entendemos que a atuação do professor deve ocorrer justamente neste intervalo por ele chamado de ZDP.

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