Buscar

PESQUISA ETNOGRÁFICA - SLIDE

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE TEFÉ – CEST
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA / 1° PERÍODO
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
PROFESSORA: DRA. ETHEL SILVA DE OLIVEIRA
ACADÊMICOS
ANDRESSA ALMEIDA DE OLIVEIRA – 1816120054
DANIEL SIQUEIRA RIBEIRO – 1816120007
GILLIANA GIL DA COSTA – 1816120067
NATÁLIA DA SILVA AZEVEDO – 1816120032
TEREZA RAQUEL MAGALHÃES DE SOUZA – 1816120040
PESQUISA ETNOGRÁFICA
INTRODUÇÃO
Não seria possível falarmos da etnografia sem primeiro passar pela antropologia, “ (...) que oferece uma visão mais ampla - uma perspectiva comparativa, diferenciada e intercultural. (...) É uma ciência comparativa que analisa todas as sociedades, antigas e modernas, simples e complexas. Ela oferece uma perspectiva cultural única, comparando constantemente os costumes de uma sociedade com os das outras” (KOTTAK, 2013, p.27).
A palavra antropologia vem do grego “antropo”= homem e “logia”= estudo, o estudo do homem.
A antropologia pode ser...
A Antropologia Cultural abarcas duas dimensões:
Segundo KOTTAK:
A etnografia é “o estudo em primeira mão e pessoal de contextos locais”. “(...) fornece uma descrição de determinada comunidade, sociedade ou cultura”.(KOTTAK, 2013, p. 27, 33).
Quando se faz um trabalho etnográfico, o pesquisador, o etnógrafo reúne todos os dados que fez durante o tempo que passou no determinado lugar, os tempos variam, podendo chegar até mesmo a um ano, sem se misturar com seu objeto de pesquisa (KOTTAK, 2013).
Após a coleta de dados, o etnógrafo os organiza, descreve, analisa e interpreta e pode ser apresentado através de um documentário, um artigo, uma dissertação ou uma tese, e até mesmo em um filme (KOTTAK, 2013).
Segundo o Dicionário Robert...
A etnografia é o estudo descritivo de diversos grupos humanos (etnias), de seus caracteres antropológicos, sociais, etc (Winkin, 1998, p. 129).
“Etnografia é um termo no qual se encontra de tudo, e que parece um pouco ultrapassado” (Winkin, 1998, p. 129).
Um breve histórico...
A etnografia, em sua essência, sofreu três revoluções, cada uma delas com um autor diferente, visando compreender e construir ainda mais os caminhos para a antropologia que conhecemos hoje...
A primeira delas se iniciou com Bronislaw Malinowski, a segunda com Lloyd Warner e a terceira com Ward Goodenough.
PRIMEIRA REVOLUÇÃO
Ocorreu em 1915-1920, com Bronislaw Malinowski, onde morre a questão do “pensamento selvagem”. Não é mais necessário observar as pessoas e tribos como se fossem animais exóticos, mas desta vez, essas pessoas seriam dignas de respeito, onde o método de pesquisa visa reconstituir a vida social de modo observante, e às vezes, por participação (WINKIN, 1998).
.
SEGUNDA REVOLUÇÃO
Ocorreu em 1930-35, que surge com uma pergunta dos antropólogos: 
“Mas, afinal, o que estamos fazendo em terra estrangeira, poderíamos muito bem fazer em nosso país...” 
SEGUNDA REVOLUÇÃO
Tal revolução teve continuidade com o etnógrafo Lloyd Warner, que depois de trabalhar dando aulas na Universidade de Harvard e depois em Chicago estudando tribos aborígenes na Austrália, começa a realizar estudos antropológicos nas cidadezinhas de Massachusetts e de Illinois, onde vai estuda-las de forma sistemática, como “microsociedades” (WINKIN, 1998).
.
TERCEIRA REVOLUÇÃO
Teve início nos anos 50, com Ward Goodenough, que surge com uma nova ideia de cultura, que permite fazer um trabalho etnográfico [antropológico] “fora das ilhas”. Esse tipo de se fazer antropologia abandona o jeito de se fazer pesquisa com os pobres, os dominados, como os índios e os camponeses, queriam sair daqueles ambientes mais isolados e afastados (WINKIN, 1998).
O QUE É UM TRABALHO ETNOGRÁFICO?
É composto por tais características:
Pesquisas qualitativas;
Análise holística ou dialética da cultura entendida;
Atores sociais com participação ativa, dinâmica e modificadora;
Desenvolver a reflexão sobre o pesquisar;
É um trabalho que não exige padrões rígidos, ele é feito a partir da realidade do trabalho de campo que se vai fazer, chegando, observando e anotando tudo o que for relevante para o desenvolvimento da pesquisa (WINKIN, 1998).
O etnógrafo é sempre inclinado a perguntar. Tudo questiona. Tudo formula.
	Apesar da etnografia servir tão bem a um aluno-pesquisador, no começo pode acontecer de tudo: imprevistos, e principalmente, dificuldades no caminho da pesquisa, como por exemplo:
DIFICULDADES – PRIMEIRA FASE
DIFICULDADES – SEGUNDA FASE
SOLUÇÕES E EXIGÊNCIAS
EXIGÊNCIAS
O QUE UM ETNÓGRAFO PRECISA...
DIÁRIO DE CAMPO
GRAVADOR DE VOZ PARA ENTREVISTAS
CÂMERA FOTOGRÁFICA
EXEMPLO DE UM TRABALHO
ETNOGRÁFICO...
	Livro “A Guerra é o Espetáculo” de Guilherme Gitahy de Figueiredo (Dissertação de mestrado).
	Guilherme é Doutor em antropologia social pelo Museu Nacional e professor do curso de pedagogia e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em ciências humanas no Centro de Estudos Superiores de Tefé, da Universidade do Estado do Amazonas.
	Ano de lançamento: 2006.
UM BREVE RESUMO DA OBRA...
Figueiredo viajou para o México, onde sua pesquisa de campo durou cerca de três meses, entre dezembro de 1998 e fevereiro de 1999, sendo concedida por uma bolsa de pesquisa de iniciação científica com a duração de um semestre.
Este livro é voltado inteiramente para o Zapatismo, um movimento que “evidentemente reivindicava a herança da revolução mexicana (...)” “(...) a máxima zapatista,um mundo onde cabia vários mundos. Tentando ultrapassar as antinomias entre reformas e revolução e institucional e o não-institucional, os zapatistas criaram uma forma ambígua e pragmática de se fazer política que apontava para a pluralidade e para a convivência sem perder o antagonismo e o horizonte de transformação social radical” (FIGUEIREDO, 2006, p. 13).
Figueiredo se muniu de várias fontes, das quais a maioria foram obtidos pela internet, o que gerou seu primeiro relatório de pesquisa.
UM BREVE RESUMO DA OBRA...
Todas essas fontes eram de sites de pessoas simpatizantes com o movimento zapatista; 
Com todo esse material, Figueiredo redigiu o primeiro relatório de pesquisa de iniciação científica e para o programa de mestrado;
Foi à campo, na cidade do México para ir atrás dos cenários mexicanos com esse tema, o zapatismo.
Figueiredo, apesar de ter sido convidado por simpatizantes e seus contatos, era um pesquisador disfarçado de turista,pois não podia se identificar, com medo das represálias do governo;
Não era muito fácil interrogar pessoas sobre o zapatismo, pois os informantes se receavam, pois o temor era coletivo e sem contar os informantes do governo FIGUEIREDO, 2006).
MUSEUS ETNOGRÁFICOS
MUSEUS ETNOGRÁFICOS
MUSEUS ETNOGRÁFICOS
REFERÊNCIAS
FIGUEIREDO, Guilherme Gitahy de. A guerra é o espetáculo – origens e transformações do Exército Zapatista de Libertação Nacional /– São Carlos: RiMa, FAPESP, 2006.
Google Imagens.
KOTTAK, Conrad Phillip. Um espelho para a humanidade: uma introdução à antropologia cultural / Conrad Phillip Kottak; tradução: Roberto Cataldo Costa; revisão técnica: Carlos Caroso. – 8. ed. – Porto Alegre: AMGH, 2013.
WINKIN, Yves, 1853. A nova comunicação: Da teoria ao trabalho de campo / Yves Winkin, organização e apresentação de Etienne Samain; [tradução Roberto Leal Ferreira]. – Campinas, SP: Papirus, 1998.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais