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Resenha 1 de leitura e produção de texto II

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RESENHA 
O QUE É? 
 
Esse é um gênero que pode ser chamado por outros nomes, como 
resenha crítica, e exige que os textos que a ele pertençam tragam 
as informações centrais sobre os conteúdos e sobre outros 
aspectos de outro(s) texto(s) lido(s) – como por exemplo, sobre 
seu contexto de produção e recepção, sua organização global, suas 
relações com outros textos etc. –, e que, além disso, tragam 
comentários do resenhista não apenas sobre os conteúdos, mas 
também sobre todos esses aspectos. 
 
•A resenha é um texto pequeno. 
•É um tipo de resumo comentado, acerca de um texto 
recentemente publicado. 
•O autor tem a liberdade de se colocar. Exige 
interpretação, opinião e crítica sobre o texto lido. 
•Há diversos tipos de resenha: jornalística, didática e 
crítica. Para o uso acadêmico, a resenha crítica será a 
utilizada. 
•Geralmente, se constitui de duas a cinco laudas 
(acadêmicos). 
 
 
• OBJETIVOS: 
 
• Apresentar ou divulgar uma obra. 
• Fonte de informação primária. 
• Apresenta uma análise qualitativa. 
• Pode ser divulgada em periódicos acadêmicos, jornais, revistas, sites. 
 
• OBJETIVOS PEDAGÓGICOS: 
• Prática de leitura e escrita crítica. 
• Poder de síntese e comparação. 
 
 
 
 
• ESTRUTURA: 
 
• Não apresenta subdivisões marcadas (introdução, desenvolvimento e 
conclusão). 
 
• Primeira folha: referência bibliográfica completa (normas da ABNT). Nome 
do autor da resenha e titulação. Há duas maneiras de se proceder em 
relação às informações sobre o autor da resenha. 
 
• Ex: 
 
SOBRENOME, Nome. Título. Cidade: Editora, ano. (obra resenhada) 
 
Vanessa Annecchini Schimid* 
 
Resenha 
 
 
 
 
 * Mestra em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, 
Brasil, e pela Universidade Ca’Foscari, Veneza, Itália. (fonte 10) 
 E-mail: annecchini.vanessa@gmail.com 
 
 
• PERTES DO TEXTO: (NÃO MARCAR) 
INTRODUÇÃO: 
Apresentar a obra ao leitor (finalidade de produção, número de páginas, quantidade 
de capítulos, contexto de produção, ano de publicação, etc). 
 
RESUMO: 
Apresentar as principais ideias do autor. Para textos científicos, pode-se comentar a 
aplicabilidade. É possível resumir o texto de maneira global, ou por capítulos. 
 
CRÍTICA: 
Parte do texto que é argumentativa. Deve-se comentar o texto com base em suas 
próprias percepções, bem como de outros autores. Em textos literários e científicos 
pode ser interessante trazer outros textos do mesmo autor. Ao resenhista cabe, 
inclusive, a indicação do texto a determinados públicos que julgar pertinente (ex: “o 
texto analisado é muito útil aos graduandos do curso de Direito iniciantes, pois...”). 
 
 
 
 
 
 
• EVITAR: 
 
• Uso de adjetivações (ruim, boa, bonita, legal). 
• Arcaísmos. 
 
USAR: 
 
É indicado usar dados bibliográficos do autor, sobretudo que que tange à 
produção acadêmica e às outras publicações. (ex: O autor, fulano de tal, 
reconhecido por sua produção na área de Teoria Literária, divulgou o 
lançamento do livro xxxx. Trata-se da quarta publicação do autor; é, no 
entanto, sua primeira obra de ficção. 
• PASSO A PASSO: 
 
• IDENTIFICAÇÃO DA OBRA: 
Gênero, dados bibliográficos essenciais, destinatário. 
 
• APRESENTAÇÃO DA OBRA: 
• Localize o leitor, apresentando os dados básicos, por assim dizer, do livro que 
será analisado. Indique o gênero do livro, dados sobre o autor, outras obras 
publicadas por ele. Conteúdo do texto a ser resenhado. 
 
• DESCRIÇÃO DA OBRA: 
• Apresentação da obra em sua estrutura, número de capítulos, extensão. Foco 
narrativo, personagens, etc). 
 
• DESCRIÇÃO DO CONTEÚDO 
• Resumir as principais ideias do autor. Acontecimentos da narrativa, 
descrições dos personagens, localização espacial. Lembre-se que, se a 
intenção da resenha de um texto literário também é a sua divulgação, não é 
pertinente lançar mão do desfecho da história para exibi-la ao leitor. Se o 
texto for de caráter teórico, deve-se descrever as concepções apresentadas 
pelo autor em cada parte do texto. Capítulos ou seções. 
 
ANÁLISE CRÍTICA 
Normalmente, feita ao final do texto, em dois ou três parágrafos (proporcional 
ao número de páginas da resenha). Cabe ao leitor trazer à tona seus 
conhecimentos sobre outros textos relativos ao texto resenhado, fazendo 
comparações acerca do conteúdo, da linguagem e das abordagens 
apresentadas pelo autor. É possível recomendar a obra de acordo com a 
relevância da obra: escolaridade, apreciação literária, etc.) 
 
• IDENTIFICAÇÃO 
A assinatura do resenhista pode ser feita na primeira página ou na última. 
Fulano de tal. Graduando do curso de Direito da Faculdade CESV. 
 
LINGUAGEM 
Formal 
Verbos no presente do indicativo 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Caso seja utilizado outros obras na resenha, elas devem ser referenciadas 
ao final do texto de acordo com a ABNT. Além disso, o título Referências 
deve aparecer, uma vez que o resenhista utilize tais recursos. 
 
 
• NORMAS DE FORMATAÇÃO 
 
O título da obra deve estar presente na primeira página, no alto do texto. Se 
a revista científica (publicação de periódicos) exigir título para a resenha, 
deve-se colocar a informação da obra abaixo do título. 
 
CORPO DO TEXTO: 
 
Fonte: Times New Roman, 12. (ou Arial) 
Notas: Times New Roman, 10; 
Espaçamento entre linhas: 1,5. 
Margem: Sup. 3, esq. 3, Inf. 2, Dir. 2 
Texto justificado. 
Exemplo de resenha literária: 
 
Capitães de Areia, Jorge Amado. 
 
 O romance Capitães da areia, de Jorge Amado, foi publicado em 1937. O livro 
teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de 
Salvador por autoridades da ditadura. A partir de 1944, quando uma nova edição é 
lançada, entra para a história da literatura brasileira, assim como outros livros do 
autor, traduzidos para outros idiomas e adaptados para rádio, teatro e cinema. 
 É um romance modernista, pertencente à segunda fase do Modernismo no Brasil 
(1930-1945), também conhecida como Romance de 30 ou fase Neorrealista, 
cuja narrativa aparece fortemente vinculada às transformações políticas, sociais e 
econômicas do período. Pela primeira vez na história da literatura brasileira, um 
escritor denuncia de maneira panfletária – romântica, e paradoxalmente, socialista e 
realista – o problema dos menores abandonados e dos menores infratores 
que desafiavam a polícia e a própria sociedade 
 
 A abordagem romântica deve-se, exclusivamente, ao fato de o autor 
minimizar os delitos dos meninos e acentuar os defeitos da sociedade, nem 
mesmo a Igreja ficou livre da censura do autor. Por outro lado, Jorge Amado 
traz para discussão a problemática desses meninos que não tiveram a felicidade 
de ter uma família ou a felicidade de ser acolhidos pelo Estado que tinha ( e 
ainda tem) a obrigação de defendê-los de qualquer tipo de marginalização. 
 
 
 Capitães da Areia trata da problemática do menor 
abandonado e das suas consequências: a violência, a 
criminalidade, a discriminação e a prostituição. A 
narrativa inicia-se com uma sequência de Cartas à Redação 
do Jornal da Tarde - Carta do Secretário do Chefe de Polícia; 
Carta do doutor Juiz de Menores; Carta de uma Mãe 
Costureira; Carta do Padre José Pedro; Carta do Diretor do 
Reformatório - a fim de debater as questões referentes a 
crianças que viviam do furto e infestavam a cidade. São 
apresentados, logo em seguida, três capítulos: “Sob a lua num 
velho trapiche abandonado”; “Noite de grande paz, da grande 
paz dos teus olhos” ; Canção da Bahia, “Canção da 
Liberdade”. 
 No primeiro capítulo, o leitor entra em contato com o 
universo dos meninos, suas tristes figuras e suas histórias de 
vida. As principais personagens são: PedroBala, um menino 
de quinze anos, que ganhou o direito de liderança, após uma 
“briga de foice”. Loiro, com uma cicatriz no rosto, passou a ser 
uma espécie de pai para os garotos. Tinha a autoridade 
necessária para liderar o grupo, agilidade e, acima de tudo, 
tornou-se um exemplo para aqueles meninos. O Professor era 
uma luz na escuridão... era ele quem lia histórias de 
marinheiros, de aventuras... trazia para a realidade daqueles 
meninos a fantasia, que só a literatura poderia 
proporcionar. Gato era o malandro, usava sua esperteza para 
conseguir “se dar bem na vida”, é o explorador de mulheres. 
Sem-pernas era o ódio em pessoa. 
 Desde pequeno aprendera a odiar a tudo e a todos, até mesmo 
quando amava. Fingia-se de órfão desamparado e se aproveitava de 
suas vítimas para roubá-las. João Grande era o “negro bom” como dizia 
Pedro Bala. Pirulito, a fé. No segundo capítulo, o leitor é apresentado à 
personagem Dora e ao irmão, que após perderem os pais, vítimas da 
varíola, vão fazer parte dos Capitães da Areia. No terceiro capítulo, após 
a morte de Dora, o leitor se depara com grandes transformações. Dora 
partiu o coração de todos aqueles meninos. A vida, no Trapiche, nunca 
mais seria a mesma. A vida precisava seguir seu curso, alguns sonhos se 
concretizaram, outros foram, estupidamente, interrompidos. Pedro 
Bala, embora perseguido pela polícia de cinco Estados como 
organizador de greves, como dirigente de partidos ilegais, como 
perigoso inimigo da ordem estabelecida, transformou-se em herói de 
sua classe. 
 
“ E, no dia em que ele fugiu, em inúmeros lares, na hora pobre do 
jantar, rostos se iluminaram ao saber da notícia. E, apesar de que lá 
fora era o terror, qualquer daqueles lares era um que se abriria para 
Pedro Bala, fugitivo da polícia. Porque a revolução é uma pátria e uma 
família.”(AMADO, 1983; p. 231) 
 Jorge Amado, amado pelo público, incompreendido, muitas 
vezes, pela crítica - pelos descuidos com a língua portuguesa, pela 
linguagem coloquial, pela forma idealizada com que apresentava as 
suas personagens - será sempre lembrado como o escritor que 
conseguiu manter um diálogo permanente e intenso com o público. 
 Capitães da areia, apesar de ter sido escrito há tanto tempo, 
continua atual. É o que mostra o pesquisador literário Eduardo Assis 
Duarte, a história daqueles meninos continua a pontuar as páginas 
dos jornais e da televisão, a mostrar que os problemas sociais, 
econômicos e políticos persistem 
 Quanto a fogueiras e menores abandonados, a triste conclusão é 
que continuam a fazer parte da história pátria. Os meninos passaram 
de “dominados” a “excluídos”, apesar de frequentarem cada vez mais 
espaços públicos. Já as fogueiras, também elas persistem. No alvorecer 
do milênio, desinteressaram-se aparentemente dos livros. Voltam-se 
agora para os índios, mendigos e homossexuais. ( DUARTE, 2004, p. 
50). 
 Percorrer as páginas do livro é um exercício de cidadania. Mesmo 
que seja, de forma idealizada, Jorge Amado criou personagens 
envolventes, capazes de “abrir” os olhos do leitor, que se vê 
envolvido em cada história, que reconhece um ou outro personagem 
nas páginas policiais. São heróis? São bandidos? São vítimas? São 
menores abandonados! É preferível acreditar que são vítimas, vítimas 
da marginalização a que são submetidos. Vítimas de um sistema que 
precisa, urgentemente, mudar. 
 
Maria Cristina Altvater Biagio, Professora de Literatura. 
 
Referências: 
AMADO, Jorge. Capitães da Areia. 57 ed. Rio de Janeiro: Record, 1983. 
DUARTE, Eduardo de Assis. Jorge Amado: leitura e cidadania. In: AMADO, 2004, 
p. 39-50. 
 
• IMPORTANTE: 
 
•Ao escrever uma resenha acadêmica, você 
deve considerar que estará escrevendo para o 
seu professor que, se indicou a leitura, deve 
conhecer a obra. Portanto, ele avaliará não só 
sua leitura da obra, através do resumo que faz 
parte da resenha, mas também sua 
capacidade de opinar sobre ela. 
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