Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 2 TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Profa. Ma. Adriana Mocelin OBJETIVOS DA AULA • Entender as mudanças no perfil de morbi-morlalidade do país. • Conhecer as mudanças no processo de urbanização do país. • Compreender o envelhecimento populacional do Brasil. • Saber que as famílias brasileiras estão menores por causa da queda da fecundidade. • Interpretar gráficos e tabelas que apresentem dados da transição epidemiológica e demográfica. • Identificar as desigualdades sociais regionais. CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA • Ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde. PEREIRA, 1995 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA • Envelhecimento populacional acelerado. • Urbanização. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA • É a composição de uma população. • É reflexo de sua dinâmica ao longo do tempo. • Este processo, referem-se aos efeitos nos níveis de FECUNDIDADE NATALIDADE MORTALIDADE TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Fecundidade • Relaciona o no de nascidos vivos em dado tempo com o no de mulheres em idade fértil -15 a 49 anos. Natalidade • Relaciona no de nascidos vivos com população total. Mortalidade • Provocam sobre o ritmo de crescimento populacional e sobre a estrutura por sexo e idade. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA O fator decisivo para o envelhecimento da população é a queda da fecundidade, isto é a diminuição relativa de contingentes populacionais nas faixas etárias mais jovens, e ampliação da população nas faixas mais idosas ESTÁGIOS DA TRANS. DEMOGRÁFICA Fase pré- industrial ou primitiva Fase intermediária (Divergência) Fase intermediária (Convergência) Fase moderna ou pós- transição ESTÁGIOS DA TRANS. DEMOGRÁFICA Fase pré-industrial ou primitiva: • Equilíbrio populacional; • Taxas de natalidade e mortalidade (infantil) elevadas. Fase intermediária • Divergência de coeficientes; • Alta taxa de natalidade e decréscimo de mortalidade; • Crescimento populacional aumenta, explosão populacional. ESTÁGIOS DA TRANS. DEMOGRÁFICA Fase intermediária • Convergência de coeficientes • Diminuição acelerada da taxa de natalidade; • Envelhecimento da população (efeito mais notável). Fase Moderna ou Pós-transição • Retorno ao equilíbrio populacional; • Aproximação de coeficientes em níveis mais baixos; • Aumenta a esperança de vida. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Tendência mundial • Diminuição da taxa de natalidade e fecundidade • Melhora indicadores de mortalidade (infantil e global) • Aumento progressivo da expectativa de vida • Aumento da proporção de idosos MUDANÇA NO PADRÃO DE DOENÇAS ALTERA A COMPOSIÇÃO ETÁRIA DA POPULAÇÃO CONSEQUÊNCIAS DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA • Envelhecimento da população • Primeira fase, mortalidade de crianças e jovens diminui, mais pessoas passam a viver mais tempo, ampliando o contingente daqueles que vão envelhecer • Na fase seguinte, quando a natalidade diminui, o envelhecimento é acelerado, redução de crianças, aumento de adultos e idosos TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL • A partir de 1960 natalidade diminui, encurtando as diferenças entre mortalidade e natalidade diminuindo a taxa de crescimento. • A partir de 1970 aceleração do processo de envelhecimento populacional Transição Demográfica Brasileira - 1940 a 1991 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 40-50 50-60 60-70 70-80 80-91 ta xa s po r m il Natalidade Mortalidade Geral Crescimento TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL • A partir de 1970 aceleração do processo de envelhecimento populacional TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO Fonte: Datasus TAXA DE FECUNDIDADE Fonte: Datasus ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO Fonte: Datasus PROPORÇÃO DE IDOSOS Fonte: Datasus TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • Caracterizada pela alteração de um modelo caracterizado pelo predomínio das doenças infecciosas, parasitárias e carenciais para um modelo de doenças crônicas não transmissíveis. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • ANTIGAMENTE DOENÇAS INFECCIOSAS DOENÇAS PARASITÁRIAS DOENÇAS CARENCIAIS TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • ATUALMENTE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • Refere-se às modificações, a longo prazo, dos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômicas. PROCESSO DE TRANSIÇÃO 3 mudanças básicas: • SUBSTITUIÇÃO, entre as primeiras causas de morte, das doenças transmissíveis por doenças não transmissíveis e causas externas; • DESLOCAMENTO da maior carga de morbi-mortalidade dos grupos mais jovens aos grupos mais idosos; • TRANSFORMAÇÃO de uma situação em que predomina a mortalidade para outra em que a morbidade é dominante. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • Redução da mortalidade precoce • Redução da fertilidade • Aumento da expectativa de vida ao nascer • Processo acelerado de urbanização e de mudanças socioculturais MONTEIRO, 2000 TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • Melhora significativa do acesso, cobertura e resolutividade das ações de saúde. • Melhora das condições de saneamento básico. • Acesso aos meios de comunicação em massa. • Aumento do valor relativo de renda per capita, embora a distribuição social da renda não tenha melhorado. MONTEIRO, 2000 TRANS. EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL • Superposição: entre as etapas onde predominam as doenças transmissíveis e crônico-degenerativas. • Contra-transição: reintrodução de doenças como dengue, zika e cólera, ou o recrudescimento de outras como a malária, hanseníase e leishmanioses. • Transição prolongada: morbi-mortalidade persiste elevada por ambos os padrões. • Polarização epidemiológica: as situações epidemiológicas de diferentes regiões em um mesmo país tornam-se contrastantes. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Fonte: Ministério da Saúde/SVS, 2009
Compartilhar