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Carências Nutricionais: Bócio Endêmico Profa. Ma. Adriana Mocelin Bócio Endêmico Mais conhecido como “papo”. Distúrbio por Deficiência de Iodo (DDI). Hipertrofia da glândula da tireóide, que se localiza no pescoço. Este aumento ocorre quando diminui a quantidade de IODO no organismo. IODO É um micronutriente essencial. Síntese de hormônios tireoidianos, os quais atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo normal de energia no organismo. A Deficiência de IODO pode causar... Anomalias reprodutivas - Aborto - Natimortos - Anomalias Congênitas - Baixo Peso ao Nascer - Mortalidade Infantil e Neonatal A Deficiência de IODO pode causar... Hipotireoidismo - Redução da produção de hormônio Bócio Retardo mental A Deficiência de IODO pode causar... Surdo-mudez Anomalias do Sist. Nerv. Central Atraso no crescimento Diminuição da capacidade de aprendizagem Morbidade variável das Moléstias associadas à Carência de Iodo (MACI) Estágios da Vida Morbidade Fetos Aborto frequente Prematuridade Anomalias congênitas Mortalidade perinatal Alterações neurológicas Retardamento Surdez congênita Cretinismo endêmico Recém-nascidos Bócio congênito Pré-escolares Hipotireoidismo neonatal Adolescentes Retardo pondoestatural Bócio difuso Adultos Bócio, hipotireoidismo, nódulos Rebaixamento mental, surdez DDI Associada a esses problemas, a deficiência de iodo contribui para o aumento do gasto com atendimento em saúde e em educação, uma vez que incrementa as taxas de repetência e evasão escolar, e ainda proporciona a redução da capacidade para o trabalho. Causas dos distúrbios por deficiência de iodo Consumo de alimentos oriundos de solos pobres em iodo; Uso de sal não iodado na alimentação; Baixo consumo de alimentos ricos em iodo. Diagnóstico Volume da tireóide: Quanto menor a criança menor a tireoide e mais difícil se torna a apalpação Diagnóstico Excreção urinária de iodo (µg/L) – bom indicador, pois 90% da quantidade absorvida é excretada na urina EXCREÇÃO URINÁRIA (µg/L) CLASSIFICAÇÃO < 20 Deficiência severa 20-40 Deficiência moderada 50-99 Deficiência baixa 100-199 Ótimo 200-300 Mais do que adequada >300 Excesso Monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população Critério Epidemiológico para avaliar o aporte nutricional de iodo, com base na mediana das concentrações de iodo na urina, de crianças em idade escolar (≥ 6 anos) *Aplica-se também a adultos, mas não a mulheres grávidas e lactantes. WHO, 2007 Critério Epidemiológico para avaliar o aporte nutricional de iodo, com base na mediana das concentrações de iodo na urina, de mulheres grávidas b O termo excessivo indica em excesso, relativamente à quantidade necessária para prevenir e controlar a deficiência em iodo. WHO, 2007 Critério Epidemiológico para avaliar o aporte nutricional de iodo, com base na mediana das concentrações de iodo na urina, de mulheres grávidas Para lactantes e crianças com menos de 2 anos de idade, pode ser utilizada a mediana da concentração urinaria de 100 µg/L, para definir o aporte adequado mas outras categorias de ingestão de iodo não estão definidas. Embora as mulheres lactantes tenham as mesmas necessidades das mulheres grávidas, a mediana do iodo urinário é menor porque o iodo é excretado no leite materno. Prevalência de Bócio total entre escolares de 6 a 14 anos em municípios-sentinela de seis estados em 1990 e 1994 Epidemiologia Famílias com acesso a sal iodado, dados UNICEF – 2012 (ICCIDD, 2014) Epidemiologia Inquéritos Nacionais de presença de Bócio em Escolares Brasileiros 1955: primeiro inquérito – incidência de 24,6% 1975: 266.373 escolares (6 a 14 anos) – 14,7% - 10 milhões de brasileiros da população geral 1995: - prevalência baixa (<5%); - aumento do volume da tireóide (MA, TO, MGS, AM, RO e AC); - excreção urinária em 17 mil amostrou apontou 4 municípios com menos de 5µg de iodo/dL e para 116 municípios com entre 5 e 10,0µg de iodo/dL. Lugares de maior incidência Regiões montanhosas, distantes do litoral, locais de solo empobrecido. Monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população Excreção urinária de iodo: A cada três anos , conforme determinação da 58ª Assembleia Mundial da Saúde. Crianças em idade escolar de 6 a 14 anos. Monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população Volume da Tireóide: A cada seis anos, pois os efeitos do iodo no organismo (em deficiência ou em excesso) tornam- se evidentes somente ao longo do tempo. Medidas antropométricas - altura e peso dos escolares estudados (SISVAN) Caracterização da gravidade do problema segundo os valores medianos da iodúria Caracterização da gravidade do problema segundo os valores medianos da iodúria Critério Epidemiológico para mensurar a gravidade dos DDI em uma população Acompanhamento do Pró-Iodo Onde encontrar o IODO? No sal de cozinha – IODADO Peixes da água salgada, ostras, moluscos, Leite e ovos Agentes Bocígenos Substâncias nos alimentos capazes de interferir com o funcionamento da glândula da tireóide por inibição da captação normal de iodo. Agentes Bocígenos Alimentos com essa propriedade: Repolho Couve-flor Brócolis Nabo Pêssego Morango Pêra Espinafre Brócolis de bruxelas Bocígenos Naturais Contém glicosídeos cianogênicos; metabolizados em tiocinatos que competem com o iodo na captação tiróidea Mandioca Linhaça Sorgo Batata-doce Bocígenos Naturais Vegetais crucíferos: contém glicosinolatos; metabólitos competem com o iodo na captação tiróidea Repolho Couve-flor Couve Brócolis Rabanete Colza Bocígenos Naturais Contém flavonoides que reduzem a atividade peroxidase. Soja Painço Bocígenos – Poluentes industriais Perclorato Dissulfetos (derivados do aproveitamento do carvão) Fumo Bocígenos – Deficiência de Nutrientes Deficiência de selênio Deficiência de ferro Deficiência de vitamina A Orientações para o uso do sal iodado: ao comprar o sal, observe no rótulo se ele é iodado; se você faz tempero caseiro ou tempero completo em casa, USE SEMPRE O SAL IODADO na mistura. Faça em pequenas quantidades e não guarde na geladeira; se você compra tempero completo, PROCURE VARIAR usando também o sal iodado. Não há garantia de que a fábrica usou o sal iodado para fazer este tempero; ao comprar o sal iodado, prefira aquele com maior prazo de validade, pois caso esteja vencido, ocorre prejuízo da qualidade do iodo; Orientações para o uso do sal iodado: ao armazenar o sal iodado em casa, coloque-o sempre em local fresco e ventilado, longe do calor. Evite colocá-lo perto do fogão a gás ou a lenha, pois o calor pode prejudicar a qualidade do iodo; ao abrir o saco do sal iodado, não retire o sal desta embalagem, mas sim o coloque dentro de um pote ou vidro com tampa, mantendo-o sempre fechado; não coloque o pote de sal iodado na geladeira; mantenha o sal iodado longe de locais úmidos e não coloque colheres molhadas dentro da embalagem. A umidade pode prejudicar o teor do iodo. Grupos Vulneráveis Fetos Gestantes Recém-nascidos Crianças de até 5 anos Pessoas que não utilizam sal iodado Pessoas que moram em lugares longe do mar, cujo solo não é rico em iodo Programa Nacional para Prevenção e Controle dos Distúrbios porDeficiência de Iodo (DDI) Pró-Iodo Instituído pela Portaria n.º 2.362, de 01 de Dezembro de 2005. O Pró-Iodo é um Programa coordenado pelo Ministério da Saúde, em parceria com outros órgãos e entidades, destinado a promover a eliminação virtual sustentável dos DDI. Linhas de Ação do Pró-Iodo I - monitoramento do teor de iodo do sal para consumo humano; II - monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população; III - atualização dos parâmetros legais dos teores de iodo do sal destinado ao consumo humano; e IV - implementação contínua de estratégias de informação, educação, comunicação e mobilização social. Classificação dos Estabelecimentos Material técnico-científico
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