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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA RAILANE SILVA DA COSTA VITAMINAS E MINERAIS MANAUS OUTUBRO/2021 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA RAILANE SILVA DA COSTA RA: F28AFA5 VITAMINAS E MINERAIS Trabalho solicitado pelo professor José Gerardo como exigência para a disciplina Noções de Nutrição e Dietética, do curso de graduação em Estética. Professor Responsável: José Gerardo Barreto Júnior MANAUS OUTUBRO/2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 9 2. VITAMINA HIDROSSOLÚVEIS ........................................................................ 10 2.1 VITAMINA B1 (TIAMINA) .................................................................................... 10 2.1.1 Função .......................................................................................................... 10 2.1.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 10 2.1.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 10 2.1.4 Carências ...................................................................................................... 11 2.1.5 Excessos ....................................................................................................... 11 2.1.6 Aplicação estética ......................................................................................... 12 2.2 VITAMINA B2 (RIBOFLAVINA) ........................................................................... 12 2.2.1 Função .......................................................................................................... 12 2.2.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 12 2.2.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 12 2.2.4 Carências ...................................................................................................... 13 2.2.5 Excessos ....................................................................................................... 13 2.2.6 Aplicação estética ......................................................................................... 13 2.3 VITAMINA B3 (NIACINA) .................................................................................... 13 2.3.1 Função .......................................................................................................... 13 2.3.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 13 2.3.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 14 2.3.4 Carências ...................................................................................................... 14 2.3.5 Excessos ....................................................................................................... 14 2.3.6 Aplicação estética ......................................................................................... 14 2.4 VITAMINA B5 (ÁCIDO PANTOTÊNICO) ............................................................ 15 2.4.1 Função .......................................................................................................... 15 2.4.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 15 2.4.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 15 2.4.4 Carências ...................................................................................................... 15 2.4.5 Excessos ....................................................................................................... 15 2.4.6 Aplicação estética ......................................................................................... 15 2.5 VITAMINA B6 (PIRIDOXINA) .............................................................................. 16 2.5.1 Função .......................................................................................................... 16 2.5.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 16 2.5.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 16 2.5.4 Carências ...................................................................................................... 16 2.5.5 Excessos ....................................................................................................... 16 2.5.6 Aplicação estética ......................................................................................... 17 2.6 VITAMINA B7 OU H (BIOTINA) .......................................................................... 17 2.6.1 Função ........................................................................................................... 17 2.6.2 Recomendações para homens e mulheres adultos...................................... 17 2.6.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 17 2.6.4 Carências ...................................................................................................... 17 2.6.5 Excessos ....................................................................................................... 17 2.6.6 Aplicação estética ......................................................................................... 18 2.7 VITAMINA B9 OU M (ÁCIDO FÓLICO) .............................................................. 18 2.7.1 Função .......................................................................................................... 18 2.7.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 18 2.7.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 18 2.7.4 Carências ...................................................................................................... 18 2.7.5 Excessos ....................................................................................................... 19 2.7.6 Aplicação estética ......................................................................................... 19 2.8 VITAMINA B12..................................................................................................... 19 2.8.1 Função .......................................................................................................... 19 2.8.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 19 2.8.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 19 2.8.4 Carências ...................................................................................................... 19 2.8.5 Excessos ....................................................................................................... 20 2.8.6 Aplicação estética ......................................................................................... 20 2.9 VITAMINA C ........................................................................................................ 20 2.9.1 Função .......................................................................................................... 20 2.9.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 20 2.9.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 20 2.9.4 Carências ......................................................................................................21 2.9.5 Excessos ....................................................................................................... 21 2.9.6 Aplicação estética .......................................................................................... 21 3. VITAMINA LIPOSSOLÚVEIS ............................................................................ 21 3.1 VITAMINA A ......................................................................................................... 21 3.1.1 Função .......................................................................................................... 21 3.1.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 22 3.1.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 22 3.1.4 Carências ...................................................................................................... 22 3.1.5 Excessos ....................................................................................................... 22 3.1.6 Aplicação estética ......................................................................................... 23 3.2 VITAMINA D ........................................................................................................ 23 3.2.1 Função .......................................................................................................... 23 3.2.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 23 3.2.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 23 3.2.4 Carências ....................................................................................................... 24 3.2.5 Excessos ........................................................................................................ 24 3.2.6 Aplicação estética .......................................................................................... 24 3.3 VITAMINA E ......................................................................................................... 24 3.3.1 Função .......................................................................................................... 24 3.3.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 24 3.3.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 25 3.3.4 Carências ...................................................................................................... 25 3.3.5 Excessos ....................................................................................................... 25 3.3.6 Aplicação estética ......................................................................................... 25 3.4 VITAMINA K ......................................................................................................... 26 3.4.1 Função .......................................................................................................... 26 3.4.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 26 3.4.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 26 3.4.4 Carências ...................................................................................................... 26 3.4.5 Excessos ....................................................................................................... 27 3.4.6 Aplicação estética .......................................................................................... 27 4. MACRONUTRIENTES ....................................................................................... 27 4.1 CÁLCIO ................................................................................................................ 27 4.1.1 Função .......................................................................................................... 27 4.1.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 27 4.1.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 27 4.1.4 Carências ...................................................................................................... 27 4.1.5 Excessos ....................................................................................................... 28 4.1.6 Aplicação estética ......................................................................................... 28 4.2 FÓSFORO ........................................................................................................... 28 4.2.1 Função .......................................................................................................... 28 4.2.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 28 4.2.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 28 4.2.4 Carências ...................................................................................................... 28 4.2.5 Excessos ....................................................................................................... 28 4.2.6 Aplicação estética ......................................................................................... 29 4.3 POTÁSSIO ........................................................................................................... 29 4.3.1 Função .......................................................................................................... 29 4.3.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 29 4.3.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 29 4.3.4 Carências ...................................................................................................... 29 4.3.5 Excessos ....................................................................................................... 30 4.3.6 Aplicação estética ......................................................................................... 30 4.4 ENXOFRE ............................................................................................................ 30 4.4.1 Função ........................................................................................................... 30 4.4.2 Recomendações para homens e mulheres adultos...................................... 30 4.4.3 Fontes Alimentares ........................................................................................ 30 4.4.4 Carências ...................................................................................................... 30 4.4.5 Excessos ....................................................................................................... 31 4.4.6 Aplicação estética ......................................................................................... 31 4.5 SÓDIO .................................................................................................................. 31 4.5.1 Função .......................................................................................................... 31 4.5.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 31 4.5.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 31 4.5.4 Carências ...................................................................................................... 31 4.5.5 Excessos ....................................................................................................... 31 4.5.6 Aplicação estética ......................................................................................... 32 4.6 CLORO ................................................................................................................32 4.6.1 Função .......................................................................................................... 32 4.6.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 32 4.6.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 32 4.6.4 Carências ...................................................................................................... 32 4.6.5 Excessos ....................................................................................................... 33 4.6.6 Aplicação estética ......................................................................................... 33 4.7 MAGNÉSIO .......................................................................................................... 33 4.7.1 Função .......................................................................................................... 33 4.7.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 33 4.7.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 33 4.7.4 Carências ...................................................................................................... 33 4.7.5 Excessos ....................................................................................................... 33 4.7.6 Aplicação estética .......................................................................................... 34 5. MICRONUTRIENTES ......................................................................................... 34 5.1 FERRO................................................................................................................. 34 5.1.1 Função .......................................................................................................... 34 5.1.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 34 5.1.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 34 5.1.4 Carências ...................................................................................................... 34 5.1.5 Excessos ....................................................................................................... 34 5.1.6 Aplicação estética ......................................................................................... 35 5.2 ZINCO .................................................................................................................. 35 5.2.1 Função .......................................................................................................... 35 5.2.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 35 5.2.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 35 5.2.4 Carências ...................................................................................................... 35 5.2.5 Excessos ........................................................................................................ 35 5.2.6 Aplicação estética .......................................................................................... 36 5.3 MANGANÊS ........................................................................................................ 36 5.3.1 Função .......................................................................................................... 36 5.3.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 36 5.3.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 36 5.3.4 Carências ...................................................................................................... 36 5.3.5 Excessos ....................................................................................................... 36 5.3.6 Aplicação estética ......................................................................................... 37 5.4 COBRE ................................................................................................................ 37 5.4.1 Função .......................................................................................................... 37 5.4.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 37 5.4.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 37 5.4.4 Carências ...................................................................................................... 37 5.4.5 Excessos ....................................................................................................... 38 5.4.6 Aplicação estética ......................................................................................... 38 5.5 IODO .................................................................................................................... 38 5.5.1 Função .......................................................................................................... 38 5.5.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 38 5.5.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 38 5.5.4 Carências ...................................................................................................... 39 5.5.5 Excessos ....................................................................................................... 39 5.5.6 Aplicação estética ......................................................................................... 39 5.6 FLÚOR ................................................................................................................. 40 5.6.1 Função .......................................................................................................... 40 5.6.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 40 5.6.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 40 5.6.4 Carências ...................................................................................................... 40 5.6.5 Excessos ....................................................................................................... 40 5.6.6 Aplicação estética ......................................................................................... 40 5.7 COBALTO ............................................................................................................ 41 5.7.1 Função .......................................................................................................... 41 5.7.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 41 5.7.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 41 5.7.4 Carências ...................................................................................................... 41 5.7.5 Excessos ....................................................................................................... 41 5.7.6 Aplicação estética ......................................................................................... 41 5.8 CROMO ............................................................................................................... 41 5.8.1 Função .......................................................................................................... 41 5.8.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 42 5.8.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 42 5.8.4 Carências ......................................................................................................42 5.8.5 Excessos ....................................................................................................... 42 5.8.6 Aplicação estética ......................................................................................... 42 5.9 SELÊNIO.............................................................................................................. 43 5.9.1 Função .......................................................................................................... 43 5.9.2 Recomendações para homens e mulheres adultos .................................... 43 5.9.3 Fontes Alimentares ....................................................................................... 44 5.9.4 Carências ...................................................................................................... 44 5.9.5 Excessos ....................................................................................................... 45 5.9.6 Aplicação estética .......................................................................................... 45 6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 46 REFERÊNCIA ......................................................................................................... 47 9 1. INTRODUÇÃO O consumo adequado de vitaminas e minerais é importante para a manutenção das diversas funções metabólicas do organismo. Assim, a ingestão inadequada desses micronutrientes pode potencialmente levar a estados de carência nutricional, sendo conhecidas diversas manifestações patológicas por ela produzidas (VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, et al. 1997). O sistema imunológico é o sistema de defesa do corpo humano que atua contra microrganismos que agem em inúmeras substâncias estranhas presentes no ar, nos alimentos ou nos objetos, sendo essencial contra o desenvolvimento de infecções e tumores. É constituído por uma complexa rede de células e moléculas dispersas por todo o organismo, se caracterizando biologicamente pela habilidade de reconhecer especificamente algumas composições moleculares ou antígenos e desenvolver uma resposta efetiva diante destes estímulos, provocando a sua destruição ou inativação (PRIETO, SANZ, ALVAREZ-MON, 1997; BRODIN et al., 2015). As pesquisas que buscavam a relação entre imunidade e nutrição surgiram em meados da década de 70 quando testes imunológicos foram implantados como componentes da avaliação do estado nutricional (KATONA, KATONA-APTE, 2008). Outra questão importante é a interação entre a ingestão adequada de nutrientes, o aumento no estresse oxidativo e a ocorrência de processos infecciosos, com depleção imunitária. (LEITE, SARNI, 2003). As principais células de defesa do sistema imunitário são uma classe de glóbulos brancos móveis, os leucócitos. Existem dois tipos distintos de leucócitos: fagócitos, que englobam os macrófagos, neutrófilos e células dendríticas; e os linfócitos, que englobam as células B, células T e células exterminadoras naturais (GREDEL, 2012). Ainda, são vários os fatores capazes de modificar o comportamento do sistema imunitário, como a idade, os fatores genéticos, metabólicos, ambientais, anatômicos, fisiológicos, nutricionais e microbiológicos (PEREIRA, DAS GRAÇAS CARDOSO, 2012). Estudos têm mostrado que uma alimentação regrada juntamente com nutrientes específicos beneficia a resposta imunológica quando associados também ao exercício físico (DE ARAUJO et al., 2014; VELDHOEN, FERREIRA, 2015). 10 Apesar da controvérsia nos resultados de pesquisas sobre o consumo de vitaminas e o risco de doenças cardiovasculares, alguns estudos sugerem que o consumo de vitaminas antioxidantes pode prevenir o desenvolvimento da aterosclerose e diminuir o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares (Riemersma15, 1994). Inquéritos epidemiológicos têm mostrado relação entre alto consumo de frutas e hortaliças e baixa incidência de câncer em populações (Hennekens,1986). Existem evidências consistentes de que baixos níveis plasmáticos de carotenóides estão associados ao aumento de risco de câncer de pulmão (Connet e col.3, 1989). O presente trabalhou, buscou fazer uma revisão de literatura colocando em destaque as principais vitaminas, macronutrientes e micronutrientes que agem em benefício do sistema imunológico destacando suas funções, recomendações, fontes alimentares, carências, excessos e aplicações estéticas. 2. VITAMINA HIDROSSOLÚVEIS 2.1 VITAMINA B1 (TIAMINA) 2.1.1 Função A vitamina B1 ou tiamina é uma vitamina hidrossolúvel essencial para o metabolismo dos hidratos de carbono através das suas funções coenzimáticas. Essas ativam as enzimas que controlam os processos bioquímicos entre os quais a decomposição da glicose em energia. A tiamina também desempenha papel na condução dos impulsos nervosos e no metabolismo aeróbico (Junior; Lemos, 2010). 2.1.2 Recomendações para homens e mulheres adultos A prescrição de tiamina pode ser realizada em dois extremos: casos leves de déficit transitório em forma de complexos vitamínicos que contêm pequena quantidade de vitamina B1, e casos graves de beribéri em que a prescrição é obrigatória e exige doses plenas de tiamina (Junior; Lemos, 2010). 2.1.3 Fontes Alimentares O homem depende da ingestão de alimentos para suprir as suas necessidades em tiamina, que existe em muitos alimentos em pequenas quantidades. Dentre as inúmeras fontes de vitamina B1 temos a levedura de cerveja seca, a carne (porco, cordeiro, vaca), aves, cereais de grão inteiro, leguminosas etc. Nos grãos de cereais, a tiamina é removida durante a produção 11 da farinha branca e também do arroz integral para produzir o arroz branco. Por ser hidrossolúvel, um pouco menos da metade da tiamina é perdida durante o processo de cozimento dos alimentos e quantidades consideráveis são perdidas na água resultante do processo de descongelação dos alimentos. Para não haver perda total da tiamina a água do cozimento deve ser reaproveitada em molhos (Junior; Lemos, 2010). 2.1.4 Carências Pequenas deficiências de vitamina B1 podem ocorrer em consequência de falha na alimentação, por distúrbios digestivos transitórios que impeçam sua absorção e por doenças que aumentem a necessidade de tiamina. Essa falta pode gerar queixas subjetivas diversas como astenia, irritabilidade e parestesias combatidas por meio de uma alimentação especial rica em vitamina B1 ou por meio da reposição de suplementos vitamínicos que geralmente têm uma pequena quantidade de tiamina (Junior; Lemos, 2010). As grandes deficiências ocorrem em um tempo mais longo e são geralmente por déficits nutricionais, com ou sem a presença de alcoolismo, gerando distúrbios somáticos e psíquicos intensos. A doença, quando instalada, é conhecida pelo nome de beribéri. Existe comprometimento dos nervos periféricos com distúrbios da sensibilidade, diminuição da força muscular e até paralisias. Pode haver um comprometimento cardíaco, levando a insuficiência cardíaca congestiva. No sistema nervoso central, podemos ter a encefalopatia de Wernicke-Korsakoff, que se caracteriza por depressão amnésia e demência, e pode ser reversível se tratada a tempo (Junior; Lemos, 2010). 2.1.5 Excessos Seu excesso pode afetar na absorção de outras vitaminas, a falta da mesma, hipovitaminose, traz sérios riscos à saúde. Sintomas como perda da memória, irritabilidade e cansaço apresentam-se no indivíduo, podendo desenvolver doenças severas como Beribéri e a síndrome de Korsakoff (MURBACH, et al. 2018). Quando a intoxicação for, por sua vez, por vitamina B1 (tiamina), pode levar a uma vasodilatação periférica, queda na frequência respiratória, convulsões, e até óbito por paralisia do centro respiratório (GZH, 2013).12 2.1.6 Aplicação estética É importante para a atividade da enzima lisil-oxidase, que é essencial para a formação de colágeno e para o processo de cicatrização de feridas; também possui ação antioxidante protegendo o corpo dos radicais livres (Kilyos, 2018). 2.2 VITAMINA B2 (RIBOFLAVINA) 2.2.1 Função A riboflavina é de fundamental importância em organismos aeróbios, sendo precursora de importantes coenzimas participantes da cadeia transportadora de elétrons como a FAD e FMN. Também origina muitas das flavinas que se encontram ligadas a diversas enzimas, as quais atuam na catálise de um grande número de importantes reações como, por ex., as relacionadas ao reparo do DNA, além disso, participa de diversas funções, como estimular a produção de sangue, manter o metabolismo adequado, favorecer o crescimento e desenvolvimento da criança, prevenir o desenvolvimento de doenças, já que possui atividade antioxidante, e manter a saúde da pele e da boca (Souza, et al. 2005) 2.2.2 Recomendações para homens e mulheres adultos Atualmente, a dose recomendada de ingestão de riboflavina varia desde 0,4 mg (na infância) a 1,3 mg/dia para adultos sendo que, para mulheres grávidas, recomenda-se uma dose suplementar de 0,3 mg/dia durante a gestação e 0,5 mg/dia durante o período de lactação, já que estudos mostram que durante o terceiro trimestre de gestação há uma queda progressiva nos níveis de riboflavina (Souza, et al. 2005). 2.2.3 Fontes Alimentares A riboflavina, 7,8-dimetil-10-ribitil-isoaloxazina, é uma vitamina hidrossolúvel pertencente ao complexo vitamínico B2, apresenta coloração amarela e é fluorescente. Além do leite que, como mencionado, foi uma das primeiras fontes de obtenção, a riboflavina é encontrada também em carne, peixe e, principalmente, em vegetais de cor verde-escura. A riboflavina proveniente da dieta encontra-se na forma das coenzimas flavina adenina dinucleotídeo (FAD) e flavina mononucleotídeo (FMN) ligadas a proteínas; no entanto, quando o bolo alimentar chega ao estômago, o meio ácido propicia a liberação das coenzimas (Souza, et al. 2005). 13 2.2.4 Carências Sua deficiência causa vermelhidão, edema nasal, aftas, inflamação da língua, dermatite seborreica e anemia. Não há toxicidade relatada pelo excesso de consumo (GZH, 2014). Além disso, a deficiência de riboflavina pode interferir no metabolismo de outros nutrientes, principalmente no metabolismo de outras vitaminas B, tais como folato, cianocobalamina (vitamina B12) e piridoxina (vitamina B6) (Souza, et al. 2005). 2.2.5 Excessos A hipovitaminose B2 provoca lesões nos cantos da boca (estomatite angular), problemas de pele, excesso de células sanguíneas (hiperemia), perda de cabelo e de peso, problemas reprodutivos e lesões no fígado e no sistema nervoso (Lima, 2013). 2.2.6 Aplicação estética A vitamina B2, por sua vez, promove uma maior renovação celular, podendo ser usada como adjuvante no combate a rugas e linhas de expressão (Dermaclub, 2021). 2.3 VITAMINA B3 (NIACINA) 2.3.1 Função É uma das vitaminas B solúveis em água. O termo niacina refere-se a ácido nicotínico e nicotinamida (também chamada de niacinamida). Esse nutriente ajuda o organismo a converter o alimento em glicose, utilizada para produzir a energia. A niacina contribui para a função normal do sistema nervoso e psicológico. Ela também contribui para a redução do cansaço e da fadiga (DSM, 2021). 2.3.2 Recomendações para homens e mulheres adultos Os requerimentos dietéticos de niacina para a população brasileira, de tal modo que se atinja um estado bioquímico adequado desta vitamina, são baseados nas necessidades dietéticas recomendadas (RDA), as quais foram instituídas por órgãos de saúde dos EUA, após a Segunda Guerra Mundial. Essa RDA varia conforme a idade, sexo e estado fisiológico, dentre outros fatores, e se apresenta no limite de 6-18 equivalentes de niacina (EN) por dia (1 EN = 1 mg de niacina ou 60 mg de triptofano). A dose máxima de niacina recomendada pelo 14 Instituto de Medicina do EUA para população adulta em geral, sem que haja risco de efeitos indesejáveis, é de 35 EN dia (Maria; Moreira, 2011). 2.3.3 Fontes Alimentares A seguir estão dispostos alguns alimentos ricos em niacina: fígado grelhado, amendoim, frango cozido, atum em conserva, semente de gergelim, salmão cozido e extrato de tomate (Tua saúde, 2021). 2.3.4 Carências A falta pode causar diarreia, demência, ansiedade, insônia e manchas escuras nas áreas da pele expostas ao sol. Também pode gerar inflamação da língua, aftas, vertigens e formigamentos (GZH, 2014). A pelagra é o quadro de deficiência clássica de niacina. É uma doença associada à pobreza e ao alcoolismo e acomete, particularmente, indivíduos sujeitos à monotonia alimentar, tendo como base o uso de um único cereal. A pelagra caracteriza-se pela doença dos 3 D: dermatite, diarreia e demência. Os sinais mais comuns da deficiência de niacina incluem depressão, apatia, perda de memória e alterações nas mucosas da língua, estômago, trato intestinal e sistema nervoso. As lesões na pele são comumente observadas nos pelagrinos (Maria; Moreira, 2011). 2.3.5 Excessos O seu uso em excesso causa rubor, aumento da glicose, distúrbios do fígado e aumento dos níveis de ácido úrico (GZH, 2014). Os principais efeitos colaterais (adversos) da niacina ocorrem quando são usadas megadoses dessa vitamina (≥ 1 g dia-1). São observados sintomas como vasodilatação (que causa cefaleia, ardência, comichão e ruborização facial), fadiga, problemas gastrointestinais, hepatopatia e, possivelmente, redução na tolerância à glicose. Também são descritas, em alguns pacientes, alterações degenerativas no músculo quando a niacina é usada em combinação com estatina. O tratamento prolongado com alta dosagem de ácido niacínico poderia agravar o quadro de hiperuricemia (aumento do ácido úrico plasmático) (Maria; Moreira, 2011). 2.3.6 Aplicação estética A vitamina B3, conhecida como niacinamida, equilibra a produção de sebo das peles oleosas e aumenta a produção de ceramidas, garantindo a hidratação de dermes secas (Adcos, 2021). 15 2.4 VITAMINA B5 (ÁCIDO PANTOTÊNICO) 2.4.1 Função O ácido pantotênico faz parte da composição da coenzima A (CoA) e da proteína carreadora dos grupos acila (ACP), sendo, portanto, essencial para o metabolismo celular e várias vias enzimáticas. Essa vitamina está relacionada com a síntese de colesterol, hormônios esteroides, neurotransmissores, hemoglobina, porfirinas e fosfolipídeos (Santos, 2021). 2.4.2 Recomendações para homens e mulheres adultos A ingestão de vitamina B5 recomendada para adultos é de 5mg/d. Para crianças de até 6 meses de idade, o recomendado é 1,7mg/d; já para crianças em idade escolar (7 a 10 anos), recomenda-se a ingestão de 4 mg/d. Para gestantes e lactantes, que necessitam de maior quantidade dessa substância, a recomendação é de 6 e 7 mg/d, respectivamente (Santos, 2021). 2.4.3 Fontes Alimentares A distribuição da vitamina B5 é ampla, sendo encontrada em diferentes tipos de alimento na sua forma livre ou ligada. Entre os alimentos ricos em vitaminas B5, podemos citar a gema de ovo, leite, cereais, leveduras, tecido muscular e fígado de animais (Santos, 2021). 2.4.4 Carências Em razão da grande disponibilidade dessa vitamina nos alimentos, são raros os casos de deficiência. Mesmo assim, ela pode ocorrer em pessoas com problemas de absorção, portadores de insuficiência renal que realizam diálise e alcoolistas. A falta dessa vitamina está associada a problemas metabólicos e energéticos. Quando a carência ocorre, é comum o paciente apresentar constantes formigamentos nas mãos e pés (Santos, 2021). 2.4.5 Excessos Apesar de não ser tóxica quando ingerida em grande quantidade, alguns estudos revelamque doses altas podem desencadear diarreia (Santos, 2021). 2.4.6 Aplicação estética As vitaminas B5 auxilia a normalizar as funções da pele. Ela atua controlando a produção de óleo pelas glândulas sebáceas e têm ação cicatrizante e anti-inflamatória, aumentando a resistência natural da pele e promovendo a renovação celular (Adecos, 2021). 16 2.5 VITAMINA B6 (PIRIDOXINA) 2.5.1 Função A vitamina B6 atua na forma de coenzimas como o fosfato piridoxal e o fosfato piridoxamina, as quais têm papel fundamental em muitas funções fisiológicas do organismo, como no metabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos. Esta vitamina é importante, também, para o metabolismo de aminoácidos, sendo necessária principalmente na dieta de animais não ruminantes, que requerem suplementação, sobretudo durante a fase de crescimento e reprodução (SPINOSA, 2006). 2.5.2 Recomendações para homens e mulheres adultos A necessidade de piridoxina é diretamente proporcional com a ingestão de proteínas e aminoácidos, no entanto, a deficiência de vitamina B6 é raramente observada. Normalmente as necessidades diárias variam entre 2 e 6 mg/kg da dieta (Gonçalves, 2013). 2.5.3 Fontes Alimentares A vitamina B6 é encontrada principalmente no músculo, fígado e rim animal, cérebro, gema de ovo, leite, levedura de cerveja e cereais, além de ser sintetizada pela microflora ruminal e intestinal em animais ruminantes e não ruminantes (SPINOSA, 2006). 2.5.4 Carências Sua deficiência de moderada à grave pode causar aftas, inflamação da língua, irritabilidade, depressão, confusão mental e anemia. Também pode gerar convulsões em crianças. Doses excessivas, quando usadas por muito tempo, podem causar sensibilidade dos olhos à luz e dores nas extremidades (GZH, 2014). 2.5.5 Excessos Tomar doses muito elevadas de vitamina B6 pode danificar os nervos (um quadro clínico denominado neuropatia), causando dor e dormência nos pés e nas pernas. As pessoas podem não conseguir dizer onde estão seus braços e pernas (senso de posição) e de sentir vibrações. A caminhada pode tornar-se difícil. O diagnóstico de intoxicação por vitamina B6 toma por base os sintomas e o histórico de ingestão de doses elevadas de vitamina B6 (DMS, 2021). 17 2.5.6 Aplicação estética As vitaminas B5 e B6 auxiliam a normalizar as funções da pele. Elas atuam controlando a produção de óleo pelas glândulas sebáceas e têm ação cicatrizante e anti-inflamatória, aumentando a resistência natural da pele e promovendo a renovação celular. Na forma de solução tópica a vitamina B6 tem ação contra caspa e seborreia e deve ser usada nas concentrações de 0,2 a 2%, sendo também indicado para combater alopécia seborreica e acne (Adcos, 2021). 2.6 VITAMINA B7 OU H (BIOTINA) 2.6.1 Função Esta vitamina é necessária em muitas reações do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. É uma importante coenzima para as reações de carboxilação metabólica e participa da síntese de certas proteínas (como, por exemplo, a amilase) (SPINOSA, 2006). A biotina é essencial no processo de queratinização, ou seja, para a formação e integridade dos tecidos queratinizados (pele, pelo, unhas, cascos e chifres) (SPINOSA, 2006) 2.6.2 Recomendações para homens e mulheres adultos A recomendação diária de biotina é de 30 a 100 mcg para adultos e de 25 a 30 mcg para crianças entre 4 e 10 anos, podendo ser obtido por meio da ingestão de alimentos ricos nessa vitamina ou através de um suplemento nutricional (Viana, 2021). 2.6.3 Fontes Alimentares A biotina é encontrada principalmente em vegetais, frutas, leite, tecidos em geral, farelo de arroz, levedura de cerveja e sementes (SPINOSA, 2006). 2.6.4 Carências Sua deficiência é rara, mas pode causar alterações do estado mental, dores nos músculos, formigamentos, inapetência, queda de cabelo e dermatite seborreica. Não há descrição de dose tóxica (GZH, 2014). 2.6.5 Excessos A hipervitaminose B7 não possui nenhuma toxicidade e nenhum sintoma documentado apesar de alguns estudos observarem que o excesso de biotina 18 poder se ligar e inibir a atividade de enzimas desacetilases de histona, em camundongos (Viana, 2021). 2.6.6 Aplicação estética Nesse contexto, a biotina possui um papel especial na manutenção da pele, unhas e cabelos, além de ser um nutriente importante na gestação e redução da glicose no sangue. Também pode estar relacionada, indiretamente, com a perda ou manutenção do peso (Gonçalves, 2013). 2.7 VITAMINA B9 OU M (ÁCIDO FÓLICO) 2.7.1 Função Esta vitamina é importante na formação de purinas e pirimidinas necessárias para a biossíntese de ácidos nucleicos (DNA e RNA), os quais são essenciais para a reprodução e divisão celular (SPINOSA, 2006). O ácido fólico tem função essencial como vitamina antianemia, pois participa da formação do grupo heme (proteína que contém ferro e está presente na hemoglobina), além de ser importante como fator de crescimento animal e na formação dos aminoácidos tirosina, ácido glutâmico e metionina, dentre outras funções (SPINOSA, 2006). 2.7.2 Recomendações para homens e mulheres adultos Atualmente, recomenda-se a ingestão diária de 240 microgramas de ácido fólico para adultos. Crianças com idade inferior a 11 meses devem ingerir pelo menos 48 microgramas dessa vitamina diariamente. Crianças com 7 a 10 anos devem ingerir por dia cerca de 177 microgramas (Santos, 2021). 2.7.3 Fontes Alimentares O ácido fólico é encontrado principalmente no fígado, rim e músculo animal, leite, queijo, espinafre, couve-flor, legumes e germe de trigo (SPINOSA, 2006). 2.7.4 Carências A deficiência pode causar anemia, proliferação rápida da mucosa da boca, do estômago e do intestino, inflamação da língua e diarreia. A falta dessa vitamina nas gestantes pode causar malformação neurológica nos fetos. Seu uso excessivo pode gerar convulsões em pessoas predispostas (GZH, 2014). 19 2.7.5 Excessos A absorção da vitamina B9 ocorre no intestino após algumas modificações, tais como a perda de resíduos de glutamato e liberação de proteínas alimentares. O excesso dessa vitamina é excretado pelos rins e alguma parte pode ser armazenada no fígado (Santos, 2021). 2.7.6 Aplicação estética A vitamina B9 ajuda no crescimento dos cabelos e das unhas, e auxilia no combate a acne e dermatite. Além disso, ela ajuda a garantir mais brilho para a pele, cabelos, e controlar a oleosidade de ambos (Santos, 2021). 2.8 VITAMINA B12 2.8.1 Função A vitamina B12 tem ação sobre as células do sistema nervoso, medula óssea e trato gastrointestinal, exercendo importantes funções como síntese de ácidos nucleicos (DNA e RNA, assim como o ácido fólico ou folato), formação de hemácias (é essencial na eritropoese), manutenção do tecido nervoso e biossíntese de grupos metil (-CH3). Esta vitamina participa também do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas e das reações de redução para formação do grupo sulfidrila (-SH) (SPINOSA, 2006). 2.8.2 Recomendações para homens e mulheres adultos A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma quantidade de consumo diário médio de 2,4 microgramas (mcg) de vitamina B12 para os adultos (Mutarelli, 2016). 2.8.3 Fontes Alimentares A vitamina B12 é encontrada principalmente no fígado, rins e coração animal e também na gema de ovo. É a única vitamina sintetizada na natureza apenas por micro-organismos do trato gastrointestinal (SPINOSA, 2006). 2.8.4 Carências A baixa ingestão é uma das causas de anemia e pode causar alterações neurológicas que incluem dores e formigamentos nas extremidades, cansaço excessivo, depressão e esquecimento. Doses excessivas não causam reações adversas (GZH, 2014). 20 2.8.5 Excessos No caso de hipervitaminose causada pela ingestão excessiva de vitamina B, quandose trata da B12 (cianocobalamina), pode levar a reações alérgicas e alterações esplênicas (GZH, 2013). 2.8.6 Aplicação estética A vitamina B12 injetável serve para repor o nutriente, além de ser recomendada para lidar com dores e inflamação nos nervos, e dores nos músculos ou articulações, quando são intensas. Além disso, também auxilia no tratamento de alopecia (Mutarelli, 2006). 2.9 VITAMINA C 2.9.1 Função A vitamina C é uma importante substância antioxidante para o organismo, e uma das suas principais funções é de cofator para a formação e manutenção do colágeno. A vitamina C é também essencial para a formação e manutenção do tecido conjuntivo, ossos, cartilagens e dentina, além de ter ação imune estimulante (SPINOSA, 2006). Além da sua função como vitamina, é também usada como um agente que auxilia na “detoxificação” em intoxicações exógenas. A vitamina C participa, ainda, do metabolismo dos aminoácidos tirosina e triptofano, dos lipídeos e do ácido fólico; do controle do colesterol e da integridade dos dentes, ossos e vasos sanguíneos (SPINOSA, 2006). A vitamina C também facilita a absorção do ferro da dieta no intestino (CHAMPE, 2006) 2.9.2 Recomendações para homens e mulheres adultos Para a medicina, a hipovitaminose ocorre quando a ingestão vitamina C é menor que 10 mg por dia. Mas as recomendações oficiais mudam muito de país para país. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45 mg/dia são suficientes para adultos saudáveis passarem longe do escorbuto. 2.9.3 Fontes Alimentares Esta vitamina é encontrada principalmente em certos vegetais como o tomate, em vegetais folhosos como a couve-flor e a alface, nas frutas cítricas e no fígado animal (SPINOSA, 2006). 21 2.9.4 Carências A síndrome clássica de sua deficiência é o escorbuto, caracterizado por fadiga, depressão, inflamação das gengivas, manchas vermelhas no corpo, hemorragias, frisamento dos cabelos e pele seca. Nas crianças, causa defeito na formação óssea e no crescimento. Seu uso excessivo pode causar cálculos renais, diarreia e náuseas. Também pode alterar a dosagem do colesterol e da glicose no sangue (GZH, 2014). 2.9.5 Excessos O excesso de vitamina C, não apresenta efeitos tóxicos quando administrada no tratamento de doenças graves. No entanto, em indivíduos saudáveis, a superdosagem pode causar um forte efeito laxativo (GZH, 2013). 2.9.6 Aplicação estética A vitamina C é uma das mais utilizadas na indústria dermocosmética, devido aos benefícios que é capaz de proporcionar à pele. Capaz de prevenir e minimizar as rugas e linhas finas, a substância é indispensável nos tratamentos contra o envelhecimento da pele, já que estimula a produção de colágeno e elastina. Entre as diversas vantagens que a vitamina C oferece à cútis, está o combate à flacidez e aos radicais livres, deixando a pele mais firme e melhorando a aparência do rosto. O poder da substância ainda é demonstrado através de sua capacidade de potencializar os efeitos do filtro solar e de sua ação no combate a manchas escuras, clareando a pele e inibindo a produção da tirosinase, enzima que produz a pigmentação causadora deste tipo de mancha. A vitamina C uniformiza, ainda, o tom da pele, clareia melasmas e manchas de sol, além de disfarçar imperfeições causadas pela acne (Adcos, 2021). 3. VITAMINA LIPOSSOLÚVEIS 3.1 VITAMINA A 3.1.1 Função A vitamina A exerce inúmeras funções no organismo, dentre estas funções, destacam-se por sua relevância, a visão, o crescimento, o desenvolvimento e a manutenção do tecido epitelial, da função imunológica e da reprodução. Cada uma dessas funções pode ser satisfeita por ingestão de carotenoides pró-vitamina A ésteres de retinil, retinol ou retinal que, 22 posteriormente, restituir-se-ão em formas funcionais de retinol, retinal e ácido retinóico (EL BEITUNE, Patrícia et al. 2003). 3.1.2 Recomendações para homens e mulheres adultos Muitos especialistas recomendam o uso combinado de vitamina A e betacaroteno para manter ótimos níveis de vitamina A e evitar intoxicação. O betacaroteno é o precursor da vitamina A – ele é convertido em vitamina A pelo corpo, porém sem o risco de intoxicação. Dessa forma, o recomendado é que a dose diária seja de 2 mg ou 10.000 UI (EL BEITUNE, Patrícia et al. 2003). 3.1.3 Fontes Alimentares A vitamina A pode ser encontrada em diferentes alimentos, entretanto, alguns alimentos destacam-se por sua maior concentração dessa vitamina. Vitamina A preformada (retinol) está presente, principalmente, no fígado e rim, leites integrais e seus derivados, peixes e gema de ovos. As provitaminas (carotenóides): vegetais folhosos, legumes e frutas, óleo de fígado de peixes (EL BEITUNE, Patrícia et al. 2003). 3.1.4 Carências A deficiência dessa vitamina causa pele seca, cegueira noturna, degeneração da córnea, além de aumentar a suscetibilidade a infecções. Já o uso excessivo causa hipertensão intra-craniana, esfoliação da pele e acometimento do fígado. Também pode gerar queda de cabelo, dores ósseas e musculares, conjuntivite, aumento dos níveis de colesterol. O uso em altas doses no início da gestação pode causar malformação fetal (GZH, 2014). A deficiência de vitamina A é sucedida por alterações em órgãos e tecidos de origem ectodérmica. As reservas tissulares no adulto normal são amplamente suficientes para atender às necessidades normais do organismo, assinalandose que a deficiência ocorre em maior frequência em certas regiões da África, Ásia e América do Sul, principalmente em crianças de baixa idade, associada à deficiência protéica (EL BEITUNE, Patrícia et al. 2003). 3.1.5 Excessos Está relacionado aos defeitos congênitos (cérebro, olho, ouvido, aparelho gênito-urinário, coração e sistema vascular), dependendo de qual sistema está em fase de diferenciação no momento da exposição. As alterações dependentes e mediadas pela vitamina A sobre o metabolismo do DNA podem provocar 23 reabsorção de embriões e morte fetal, além de contribuir para a baixa reserva hepática do recém-nascido (EL BEITUNE, Patrícia et al. 2003). A intoxicação por vitamina A poder ser aguda ou crônica. A ingestão prolongada de 30 mg/dia de retinol, durante 6 meses ou mais, provoca intoxicações. 3.1.6 Aplicação estética Para combater a flacidez da pele, a vitamina A é um poderoso ativo que age diretamente na renovação celular e na síntese de colágeno. Derivado da Vitamina A, o Retinol ameniza a flacidez e dá uma aparência mais firme e uniforme à derme. Ele é essencial para qualquer tipo de pele, principalmente aquelas acima dos 40 anos, já que nessa época a capacidade de renovação cutânea é mais lenta e demorada. Outros benefícios da Vitamina A são: sua ação antioxidante, diminuição da oleosidade da pele, dos danos causados pelos raios UV e desacelera o envelhecimento da pele (Adcos, 2021). 3.2 VITAMINA D 3.2.1 Função Esta vitamina desempenha várias funções, como no metabolismo do cálcio e formação óssea. A vitamina D desempenha interação com o sistema imunológico além da sua função no metabolismo do cálcio e formação óssea (JONES, TWOMEY, 2008; ARNSON, AMITAL, SHOENFELD, 2007). 3.2.2 Recomendações para homens e mulheres adultos A sua ação através da diferenciação e regulação dos linfócitos, macrófagos e células natural killer, também interfere na produção de citocinas in vivo e in vitro. Possui efeitos imunomoduladores, diminuindo a produção de interleucina-2, do interferongama e do fator de necrose tumoral; inibição da expressão de interleucina-6 e inibição da secreção e produção de auto anticorpos pelos linfócitos B (LEMIRE, TAKASHIMA, 1992; DE ROSA et al., 2015). 3.2.3 Fontes Alimentares A vitamina D pode ser encontrada em alimentos como óleo de peixe, óleo de fígado de bacalhau e gema de ovo, porém sua ação depende da síntese napele pela exposição solar (GREDEL, 2012). 24 3.2.4 Carências Sua falta causa modelação desordenada dos ossos, chamada de raquitismo na infância e de osteomalácia nos adultos, além de deformidades dos ossos e fraturas. Quantidades excessivas podem gerar aumento anormal do cálcio e do fosfato no sangue, resultando em calcificações no corpo, comprometimento dos rins e alterações mentais (GZH, 2014). 3.2.5 Excessos Quando o excesso é de vitamina D, os sintomas só aparecem meses após a administração de altas doses dessa substância, podendo causar graves danos aos ossos e uma fragilidade dos tecidos e dos rins. Provoca também um aumento exacerbado de cálcio sanguíneo, retirando este mineral dos ossos para a corrente sanguínea, que tende a ser depositado nos tecidos moles do organismo. Em razão disso, pode haver a formação de litíases renais, pois o sangue tentará excretar o cálcio, além de esclerose dos vasos sanguíneos (GZH, 2013). 3.2.6 Aplicação estética É importante para o desenvolvimento da epiderme e para a prevenção de doenças autoimunes, como a psoríase e alopecia areata (queda de cabelos) (GZH, 2014). 3.3 VITAMINA E 3.3.1 Função Tem função antioxidante, a principal função da vitamina E é proteger o organismo dos efeitos dos radicais livres, que, por sua vez, são os responsáveis por danificar as próprias células. Com o tempo, essas moléculas se acumulam e, por isso, envelhecemos (Gonzales, 2012). 3.3.2 Recomendações para homens e mulheres adultos Para manter os níveis adequados de vitamina E no organismo, é recomendado o consumo de 15 mg por dia. No caso do consumo de vitamina E como suplemento diário como parte de um multivitamínico, a recomendação é de no máximo 150 mg. No caso dos idosos, para melhorar a imunidade pode ser recomendado entre 50 a 200 mg de vitamina E por dia na forma de suplemento. No entanto, é recomendado que o seu uso seja orientado pelo médico ou pelo nutricionista, que pode adaptar melhor as doses de acordo com a necessidade 25 de cada pessoa. No caso dos recém-nascidos prematuros, o pediatra pode sugerir a administração entre 10 a 15 mg de vitamina E diários (Zanin, 2020). 3.3.3 Fontes Alimentares A vitamina E está presente na gordura dos vegetais, sendo que os óleos vegetais não processados são a sua maior fonte. A semente de algodão, soja, girassol e germe de trigo tem a maior concentração. Encontrada em muitos alimentos, como óleo de semente de açafrão, óleo de soja, azeite de oliva, banana, couve manteiga, nozes, carnes, amendoim, óleo de coco, gergelim e linhaça. Existem quantidades menores em outros grãos, vegetais de cor verde escura (alface, espinafre, agrião), nozes, amêndoas e legumes. Alimentos de origem animal como laticínios e carne contém uma mínima quantidade. As nozes são particularmente ricas em gama tocoferol. Embora originalmente extraído do óleo de gérmen de trigo, os suplementos de vitamina E mais natural agora são derivadas de óleos vegetais, óleo de soja normalmente (Gonzales, 2012). 3.3.4 Carências A pouca ingestão de vitamina E pode causar alterações na coagulação, distúrbios gastrintestinais, dor de cabeça crônica e supressão da imunidade, além de anemia hemolítica e degeneração de nervos. Doses elevadas podem aumentar o risco de hemorragia em cardiopatas que utilizam anticoagulantes (GZH, 2014). 3.3.5 Excessos Não há toxidade documentada com dose de até 1200 UI ao dia. Em doses maiores, pode haver efeitos adversos, como náusea, cefaléia, palpitações, diarréia e flatulência. Ao aumentar gradualmente esses efeitos se minimizam e são totalmente reversíveis com a redução da dose (Gonzales, 2012). 3.3.6 Aplicação estética A vitamina E é muito conhecida por suas propriedades antienvelhecimento. Seu poder antioxidante combate os radicais livres diretamente, reduzindo as rugas e linhas de expressão e mantendo a pele jovem e saudável por muito mais tempo. A substância ainda ajuda a reduzir a produção da colagenase, uma enzima que destrói o colágeno, responsável por dar firmeza e elasticidade à pele. Além disso, a vitamina E ajuda a proteger a pele contra a radiação solar, contra as toxinas da poluição e dos efeitos que o frio ou o calor 26 excessivo podem causar na pele. Ela também ajuda a hidratar peles ressecadas, deixando-as mais suaves e sedosas, sendo uma ótima aliada de quem tem peles sensíveis (Adcos, 2021). Há estudos que demonstram melhora de dermatite atópica e a manchas decorrentes do depósito cutâneo de lipofucsina associado a idade. Já foram feitos estudos com bons resultados no uso tópico de vitamina E cutânea, fornecida através de punção das cápsulas, sobre a formação e e redução de úlceras por pressão. Essa mesma prevenção pode ser feita via oral em pessoas de alta suscetibilidade às escaras (Gonzales, 2012). 3.4 VITAMINA K 3.4.1 Função Importante na ativação de proteínas que atuam na coagulação sanguínea e na fixação do cálcio no organismo, a vitamina K é um nutriente lipossolúvel que contribui para a saúde cardiovascular e dos ossos (Sanches, 2019). 3.4.2 Recomendações para homens e mulheres adultos A recomendação do Food and Nutrition Board, entidade americana que estabelece algumas recomendações alimentares internacionalmente, recomenda que homens com mais de 19 anos consumam 120 mcg de vitamina K, enquanto as mulheres na mesma faixa etária ingiram 90 mcg da substância. Já o Ministério da Saúde orienta o consumo de 65 mcg, independente do gênero (Sanches, 2019). 3.4.3 Fontes Alimentares São fontes alimentares de vitamina K em grande ou moderada quantidade: vegetais verde-escuros e folhosos (espinafre, couve, alface, salsa, agrião e mostarda), brócolis, nabo, couve-de-bruxelas, repolho, pepino com casca, cebolinha verde, nabo, aspargo, abacate, ervilhas, quiabo, fígado (boi, frango e porco), margarina, óleos (soja, canola, milho, algodão, oliva e azeite) e maionese. Além dos alimentos, chá preto e, principalmente, chá verde também contêm vitamina K (Klack; Carvalho, 2006). 3.4.4 Carências Sua deficiência é incomum, exceto em recém-nascidos, e pode gerar hemorragia. A sua suplementação pode interferir na ação de agentes 27 anticoagulantes. Gestantes que consomem em excesso podem dar à luz a crianças com anemia hemolítica e icterícia (amarelão) (GZH, 2014). 3.4.5 Excessos A vitamina K, por exemplo, quando em altas doses, não apresenta toxicidade, assim como o excesso de vitamina C, que também não apresenta efeitos tóxicos quando administrada no tratamento de doenças graves. No entanto, em indivíduos saudáveis, a superdosagem pode causar um forte efeito laxativo (GZH, 2013). 3.4.6 Aplicação estética Dentre as vitaminas para a pele, o papel da vitamina K é na ação antienvelhecimento. Ela atua na coagulação, colaborando para que a pele fique jovem por mais tempo, aumentando a elasticidade da pele, reduzindo rugas e linhas de expressão (Sanches, 2019). 4. MACRONUTRIENTES 4.1 CÁLCIO 4.1.1 Função O cálcio é o mineral mais abundante no corpo humano e é essencial para a mineralização de ossos e dentes e para a regulação de eventos intracelulares em diversos tecidos (Lemos, 2021). 4.1.2 Recomendações para homens e mulheres adultos A necessidade diária de cálcio varia de acordo com a idade. Em média, pessoas entre 19 e 50 anos precisam de 1.000 mg por dia, sendo que os valores necessários aumentam na adolescência, na velhice e na gestação (Lemos, 2021). 4.1.3 Fontes Alimentares Alimentos ricos em cálcio fonte de origem vegetal: tofu; brócolis; semente de gergelim; soja; grão de bico; chia; aveia; linhaça e amêndoas (Lemos, 2021). 4.1.4 Carências A falta de cálcio no organismo, também chamada de hipocalcemia, normalmente não causa qualquer tipo de sintoma nas fases iniciais. No entanto, à medida que a condiçãose agrava, podem começar a surgir vários sinais e sintomas como debilidade dos ossos, problemas nos dentes ou palpitações cardíacas (Lemos, 2021). https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#2_Brocolis https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#2_Brocolis https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#3_Semente_de_Gergelim https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#3_Semente_de_Gergelim https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#3_Semente_de_Gergelim https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#3_Semente_de_Gergelim https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#3_Semente_de_Gergelim https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#4_Soja https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#4_Soja https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#4_Soja https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#5_Grao_de_bico https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#5_Grao_de_bico https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#6_Chia https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#6_Chia https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#7_Aveia https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#7_Aveia https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#8_Linhaca https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#8_Linhaca https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#8_Linhaca https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#9_Amendoas https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#9_Amendoas https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#9_Amendoas https://www.vidanatural.org.br/alimentos-ricos-em-calcio/#9_Amendoas 28 4.1.5 Excessos O excesso de cálcio no sangue, cientificamente chamado de hipercalcemia, ocorre quando o valor deste mineral no sangue é superior a 12mg/dl, o que pode ser causado por alterações hormonais que podem estar ligadas ao hipertireoidismo ou ao câncer, por exemplo (Lemos, 2021). 4.1.6 Aplicação estética Utiliza-se o cálcio em mascaras e soluções ionizantes para melhor permeação de ativos (Duarte, 2015). 4.2 FÓSFORO 4.2.1 Função Sua principal função no organismo é de formação da estrutura óssea na construção e manutenção do esqueleto animal dando suporte aos órgãos e músculos. No osso, o fósforo está intimamente combinado com o cálcio na forma de hidroxiapatita (Viera, 2010). 4.2.2 Recomendações para homens e mulheres adultos Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo de fósforo recomendado, para um adulto saudável ingerir, é de cerca de 700 mg por dia. Pessoas com problemas renais devem ter cuidado com a ingestão da substância e buscar orientação nutricional antes de consumir os alimentos fontes do mineral (Viera, 2010). 4.2.3 Fontes Alimentares Carnes em geral: boi, frango, peixe e porco; Leite e derivados de leite como queijo, iogurte, requeijão; Ovo; Feijão e outros “feijões”, como: lentilha, grão de bico, ervilha e soja (Viera, 2010). 4.2.4 Carências Quando há falta de fósforo no organismo, a chamada hipofosfatemia, a tendência é que a pessoa comece a sentir problemas como: dor óssea, problemas metabólicos, taquicardia, perda de memória e resistência à insulina (Nesfrostar, 2020). 4.2.5 Excessos O excesso de fósforo no organismo pode provocar calcificação cardiovascular, calcificação dos tecidos moles, osteopenia (diminuição da massa óssea), anemia, hipertensão, coceira (pode levar a lesões cutâneas graves) e 29 disfunção sexual, além de confusão mental e sensação de peso nas pernas (Nesfrostar, 2020). 4.2.6 Aplicação estética Equilibra o pH e está ligado ao melhor aproveitamento do cálcio (Duarte, 2015). 4.3 POTÁSSIO 4.3.1 Função Auxilia na manutenção do equilíbrio de líquidos dentro e fora das células do organismo, merecendo destaque na hidratação. É importante para praticantes de exercícios e clientes que realizam procedimentos para flacidez, por atuar na contração muscular (Portal educação, 2020). 4.3.2 Recomendações para homens e mulheres adultos O nível recomendado de consumo diário de potássio é de um mínimo de 3.510 mg, equivalente a seis batatas ou nove xícaras de leite. Já o nível máximo de consumo de potássio é de 2000 mg, menos de uma colher de chá de sal (Portal educação, 2020) 4.3.3 Fontes Alimentares As fontes desse mineral importantes para a estética são o abacate, banana, frutas cítricas e secas, grãos integrais, semente de girassol e quase todos os vegetais (Portal educação, 2020). 4.3.4 Carências A hipocalemia está caracterizada por concentrações de potássio menores do que 4 mEq/L, e pode se desenvolver por ingestão reduzida de potássio na dieta que é menos comum, pela translocação de potássio do fluido intra para o extracelular e pela perda excessiva de potássio pelas vias gastrointestinais ou urinária. Adicionalmente, casos de alcalose também contribuem para a hipocalemia uma vez que os íons potássio entram nas células em troca de íons de hidrogênio. Na maioria dos casos o potássio intracelular é transferido para o meio extracelular sendo rapidamente removido pelo rim. Pelo fato dos hormônios adrenocorticais, particularmente a aldosterona, aumentam a excreção do potássio, a hiperatividade do córtex adrenal ou a injeção de quantidades excessivas de corticosteróides ou de corticotropina (ACTH) podem causar um déficit (STIVANIN, 2014). 30 4.3.5 Excessos A hipercalemia ocorre quando a concentração sérica de potássio está acima de 5 mEq/L. Geralmente é resultado da excreção defeituosa de potássio pela urina, porém também pode se desenvolver por ingestão excessiva de potássio ou após o deslocamento de potássio do meio intracelular para o extracelular. A hipercalemia é incomum quando a função renal e a excreção urinária estão normais. Após a ingestão, a absorção celular do potássio é mediada pela insulina, adrenalina e aumento resultante na própria concentração no fluido extracelular, porém em seguida, ocorre a excreção renal do excesso de potássio (STIVANIN, 2014). 4.3.6 Aplicação estética Eliminação de líquido e toxinas (Duarte, 2015). 4.4 ENXOFRE 4.4.1 Função No corpo humano, o enxofre integra processos como o desenvolvimento do tecido conjuntivo, aquele responsável pela sustentação e nutrição entre os tecidos do corpo, além de participar da produção de colágeno. Não só, ele também está ligado à secreção da bile, fortalece a imunidade e mantém o cabelo saudável (Lopes, 2020). 4.4.2 Recomendações para homens e mulheres adultos O corpo humano necessita de 700 mg de enxofre por dia, e sua presença é essencial para a construção de proteínas e vitaminas do coagulo sanguíneo (Lopes, 2020). 4.4.3 Fontes Alimentares Os vegetais crucíferos são alguns dos alimentos mais nutritivos. Afinal, contém uma imensidão de vitaminas, antioxidantes, fibras e minerais – entre esses, o enxofre. Alguns vegetais crucíferos ideias para incluir na alimentação são: brócolis; couve-flor; couve; repolho; aspargo; couve-de-bruxelas; cebola e alho (Lopes, 2020). 4.4.4 Carências Sua deficiência provoca diversos sintomas, como depressão, neurite, odor desagradável na saliva e diminuição do brilho da pele. Para evitar esse déficit se https://vitat.com.br/vegetais-cruciferos/ https://vitat.com.br/vegetais-cruciferos/ https://vitat.com.br/vegetais-cruciferos/ https://vitat.com.br/vegetais-cruciferos/ https://vitat.com.br/vegetais-cruciferos/ https://vitat.com.br/brocolis/ https://vitat.com.br/brocolis/ https://vitat.com.br/brocolis/ https://vitat.com.br/couve-flor/ https://vitat.com.br/couve-flor/ https://vitat.com.br/couve-flor/ https://vitat.com.br/couve-flor/ https://vitat.com.br/couve-flor/ https://vitat.com.br/beneficios-couve/ https://vitat.com.br/beneficios-couve/ https://vitat.com.br/beneficios-couve/https://vitat.com.br/repolho/ https://vitat.com.br/repolho/ https://vitat.com.br/repolho/ https://vitat.com.br/aspargo/ https://vitat.com.br/aspargo/ https://vitat.com.br/aspargo/ 31 recomenda a ingestão de frutas e verduras. Alimentos de origem animal como leite e ovos também o possuem em sua constituição (Lopes, 2020). 4.4.5 Excessos A ingestão de grandes doses pode causar náuseas, dor de cabeça, e inconsciência em casos severos. Pode converter-se em sulfeto de hidrogênio no intestino (Lopes, 2020). 4.4.6 Aplicação estética Usado em peles acneicas por sua função esfoliativa queratolítica e bactericida (Duarte, 2015). 4.5 SÓDIO 4.5.1 Função Equilibra os líquidos corporais, juntamente com o potássio e cloreto, manutenção do equilíbrio ácido básico, excitabilidade de músculos e controla a pressão osmótica (Só nutrição, 2021). 4.5.2 Recomendações para homens e mulheres adultos A ingestão diária de sódio para adultos é de 500 mg para homens e mulheres (Só nutrição, 2021). 4.5.3 Fontes Alimentares Sal de cozinha, carnes e produtos com base de carne, embutidos, queijos, bacon, sopa, vegetais enlatados, pão e cereais matinais (Só nutrição, 2021). 4.5.4 Carências Hiponatremia é um distúrbio onde a concentração de sódio é reduzida (inferior a 140 mEq/L). Pode resultar de uma perda excessiva de sódio, primariamente através dos rins ou de uma conservação aumentada de água ou de ambas. A causa mais comum é a retenção hídrica, na maioria das vezes, causada pela inapropriada secreção do hormônio antidiurético (ADH), no entanto também pode ocorrer devido à elevada sudorese ou situações clínicas que configurem depleção de sódio como perdas excessivas de líquidos gastrointestinais, doenças renais, hemorragias, consumo excessivo de água (STIVANIN, 2014). 4.5.5 Excessos Hipernatremia é um distúrbio eletrolítico onde a concentração de sódio está acima do normal (acima de 160 mEq/L). Nessa situação, o ganho de sódio 32 é maior que o de água ou a perda de água é superior à de sódio (diarreia, vômito, insuficiência renal, febre). A hipernatremia é associada a desidratação (baixo aporte de água ou perdas anormais) ou a aporte excessivo de sódio. Independente da causa, o aumento da concentração de sódio no plasma acarreta em desvio de água do compartimento intracelular para o extracelular, o que é relativamente grave quando se considera o sistema nervoso central onde a hipertonicidade nos capilares sanguíneos pode ocasionar ruptura e hemorragias (STIVANIN, 2014). 4.5.6 Aplicação estética O desoxicolato de sódio, ou ácido deoxicólico, é um sal biliar amplamente utilizado off-label para a redução da gordura subcutânea localizada através da técnica de mesoterapia, sendo este procedimento denominado lipoenzimática (Duarte, 2015). 4.6 CLORO 4.6.1 Função O cloro é essencial no equilíbrio hídrico, na regulação da pressão osmótica e no equilíbrio ácido básico onde desempenha um papel especial no sangue pela ação do desvio de cloretos. Além disso, no suco gástrico o cloreto também tem importância especial na produção do ácido clorídrico (STIVANIN, 2014). 4.6.2 Recomendações para homens e mulheres adultos O Valor Máximo Permitido (VMP) de cloro residual permitido é de 2,0 mg/L, valor acima do qual ofereceria riscos à saúde da população. 4.6.3 Fontes Alimentares As principais fontes de cloro são: sal de cozinha, frutos do mar, leite, carnes, ovos. 4.6.4 Carências A deficiência de cloro no corpo humano causa problemas digestivos, nos dentes, contraturas musculares e perda de cabelo. A maior parte do mineral é excretada pelos rins e pelo suor. É importante reforçar que, nas situações de perda de sódio (diarreia, vômitos, sudorese excessiva), perde-se também cloro (GNT, 2014). 33 4.6.5 Excessos A presença excessiva de cloro no organismo pode levar a problemas relacionados a tireoide, além de afetar diretamente o sistema nervoso, o fígado e os rins. A longo prazo, pode até mesmo levar a um câncer, se o uso não for interrompido. 4.6.6 Aplicação estética Apesar das suas inúmeras funções para o corpo humano, o cloro não é recomendado para uso utópico e principalmente para entrar em contato com a pele e os cabelos. 4.7 MAGNÉSIO 4.7.1 Função O magnésio é necessário para a formação dos ossos e dentes e para o funcionamento normal dos nervos e dos músculos. Muitas enzimas do corpo dependem do magnésio para funcionar normalmente. O magnésio também está relacionado ao metabolismo do cálcio (Grober, 2015). 4.7.2 Recomendações para homens e mulheres adultos A recomendação de ingestão diária de magnésio é de 310 a 320 mg e 400 a 420 mg para mulheres e homens adultos, respectivamente (Grober, 2015). 4.7.3 Fontes Alimentares Os alimentos fonte de magnésio são: abacates; nozes; amêndoas; leguminosas; peixes gordurosos; chocolate; amargo e sementes de abóbora (BAAIJ, 2015). 4.7.4 Carências Os primeiros sinais de deficiência de magnésio não são específicos e incluem perda de apetite, letargia, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. A deficiência mais grave envolve o aumento da excitabilidade neuromuscular e pode levar a tremor, espasmos, cãibras musculares e convulsões generalizadas além de arritmias cardíacas (Kilyos, 2016). 4.7.5 Excessos O excesso de magnésio pode provocar fraqueza muscular, pressão baixa, rubor na face, náuseas, insuficiência respiratória e boca seca (Kilyos, 2016). 34 4.7.6 Aplicação estética O magnésio é empregado no tratamento de manchas. Disponível principalmente em máscaras iluminadoras e hidratantes (Duarte, 2015). 5. MICRONUTRIENTES 5.1 FERRO 5.1.1 Função O ferro faz parte da composição de várias proteínas, incluindo enzimas, mioglobina e hemoglobina. É indispensável para funções biológicas, como síntese de DNA, proliferação e reparo celular, para a produção de energia e transporte de oxigênio pelas hemácias para todos os órgãos e tecidos (Thomas, 2019). 5.1.2 Recomendações para homens e mulheres adultos Adultos a partir de 19 anos: O requerimento de ferro para homens de 19 anos ou mais é de 8 mg/dia e para mulheres é de 18 mg/dia dos 19 aos 50 anos e de 8 mg/dia para mulheres a partir de 51 anos (Bortolini, 2010). 5.1.3 Fontes Alimentares As principais fontes deste mineral são as carnes, principalmente as vermelhas e vísceras, pois possuem maior quantidade de ferro heme. O leite humano (LH) é composto por 0,5 mg/litro, em média, de ferro, com elevada biodisponibilidade (BIASEBETTI, 2018). 5.1.4 Carências Vários estudos têm associado a deficiência de ferro a defeitos tanto na resposta imunitária adaptativa quanto na resposta inata do indivíduo (PINTO, 2006; CHERAYIL, 2011). Dentre estes defeitos estão a diminuição na proliferação e no número de células T, juntamente com a diminuição de citocinas, relacionados com resposta imunitária adaptativa, e também a diminuição da capacidade fagocitária dos neutrófilos sendo relacionada com os defeitos na resposta inata (SARNI, 2010; CASSAT E SKAAR, 2013). 5.1.5 Excessos O ferro que se encontra em excesso no organismo pode acumular em vários órgãos, como coração, fígado e pâncreas, por exemplo, podendo resultar em algumas complicações, como por exemplo aumento de gordura no fígado, cirrose, palpitações cardíacas, diabetes e artrite, por exemplo. Além disso, o 35 acúmulo de ferro no organismo também pode acelerar o processo de envelhecimento devido ao acúmulo de radicais livres nas células. O fígado é o órgão mais afetado, resultando em disfunção hepática (BIASEBETTI, 2018). 5.1.6 Aplicação estética Além de corrigir deficiências de saúde, os suplementos podem ser usados para o aumento da performance e ganho de massa muscular. Há ainda aqueles com objetivos estéticos, como melhora do aspecto da pele, cabelo e unhas.
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