Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BIBLIOGRAFIA CURSO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS CAPITULO 1 PROPRIEDADE DOS FLUIDOS 1.1 Introdução A mecânica dos fluidos é o estudo dos fluidos em movimento (dinamica) ou em repouso (estatica) e os subsequentes efeitos sobre as vizinhanças; as quais podem ser superficies sólidas ou interfaces com outros fluidos. Os gases e os liquidos são classificados como fluidos. O número de aplicações de mecânica dos fluidos na engenharia é bastante extenso: Fluxo sanguineo Estações de bombeamento Ventilação Turbinas Aeroplanos Navios Tubulações Etc... A essência do escoamento de fluidos, no entanto, apresenta muitas dificuldades para serem explicadas. Nos fluidos, as moléculas estão em movimento constante e vivem em colisões. Para ser exato na análise, seria necessário considerar a ação de cada molecula, ou grupo de moléculas em um escoamento (Teoria Cinética dos Gases e Mecânica Estatistica). Por isto, muito trabalhosos para aplicações na engenharia, Na engenharia se trabalha com as manifestações médias mensuráveis de várias moléculas: densidade, pressão, temperatura, etc... Uma vez que o fluxo de fluidos é um braço da engenharia mecânica, satisfaz um conjunto de leis básicas bem fundamentadas, e, assim, um grande tratamento teórico está disponivel nas literatruras existentes. Apesar disto, muitas vezes a teoria se frustra devido a certas situações que invalidam a teoria nos problemas práticos. Geralmente estas divergências se relacionam com obstáculos como a VISCOSIDADE e a GEOMETRIA. Para contornar estes problemas, se aplicam técnicas de aproximação por computação (CFD = Computacional Fluid Dynamics). Muitas vezes se idealizam certos fluxos, desprezando-se a viscosidade. Cientistas como Prandtl, Van Karman e Reynolds, chegaram à conclusão que o estudo dos fluidos deve consistir de uma combinação da teoria com a experiência. Enfim, existem muitas teorias sôbre a mecânica dos fluídos, porém em todos os casos deve-se estar às voltas com o experimento. 1.2 – Conceito de Fluido Do ponto de vista da Mecânica dos Fluídos, toda metéria se apresenta na natureza sob duas classes, a saber: fluido e sólido. A distinção técnica consiste em se basear na aplicação de uma tensão de cisalhamento ou tensão tangencial. O fluido é um meio material que não resiste à aplicação de forças puntuais. Um fluido é definido como uma substância que muda continuamente de forma enquanto existir uma tensão de cisalhamentio ainda que ela seja muito pequena. Figura1. 1 - Liquido muda continuamente de posição No fluido não existe um ângulo de deformação θ constante como no solido. Na parafina, dependendo do limite de tensão de cisalhamento aplicada, ela pode se comportar tanto como um plastico ou como um fluido, dependendo da aplicação desta tensão limite. Se a tensão aplicada exceder o valor limite, ela se tornará um fluido e se comportará como tal. Conforme ilustra a Figura 1.2, tente exercer uma força puntual na superfície livre da água num recipiente com o próprio dedo indicador. Não será surpresa verificar que a superfície livre da água se abre e o dedo afunda, sem resistência. No entanto, se colocarmos uma placa sólida sobre a superfície livre da água, que se ajuste nas paredes do recipiente, sem folgas, e aplicarmos a força puntual sobre a placa, veremos que a água começa a resistir ao esforço puntual que é aplicado sôbre a placa. O que ocorreu nessa última situação, é que a força puntual distribuiu-se na superfície da placa e, através dela, sobre a superfície livre da água no recipiente, passando a água a resistir ao esforço puntual aplicado por meio da placa. Quando se deseja aplicar uma força a um fluido, ou dele receber uma força, deve haver sempre uma superfície interveniente. Força aplicada sobre uma superfície é a base do conceito de tensão. Figura 1.2 - Experimento com um liquido Um sólido pode resistir a uma tensão de cisalhamento, por uma deformação estatica, um fluido não pode. Qualquer tensão cisalhante aplicada a um fluido, não importa o quanto seja pequena, resultará no movimento daquele fluido. O fluido se move e se deforma continuamente, enquanto a tensão estiver sendo aplicada. Assim, para um fluido estar em repouso, precisa estar em uma condição de ZERO tensão de cisalhamento, chamda esta condição de condição de stress hidrostático. Duas classes de fluido se apresentam: - liquidos: fluido incompressivel - gases: fluido compressivel O liquido é composto por moléculas relativamente próximas, com fortes forças de coesão molecular, tendendo reter seu volume, formando uma superficie livre em um campo gravitacional sem forma própria. As moléculas dos gases são largamente espaçadas e com forças coesivas despreziveis, sendo livres para se expandirem até encontrar as paredes de confinamento. Um gás não tem volume definido, ocupando o espaço que o contém. Figura 1.3 - Diagramas de Corpo Livre para solido-liquido e gás Um sólido bloco em repouso sôbre um plano rigido e sob o stress de seu próprio peso. O liquido e o gás em repouso requer paredes de suporte para eliminar e tensão de cisalhamento. As paredes exercem uma compressão de valor (– P). O liquido retém seu volume e forma uma superficie livre no container, Se as paredes forem removidas, desenvolvem-se tensões de cisalhamento no liquido e este irá derramar. Se o container for inclinado, novamente se desenvolvem tensões de cisalhamento. Formam-se ondas, e a superficie livre buscará uma configuração horizontal, podendo derramar. O gás se expandirá ocupando todo o espaço disponivel. Também exercerá uma pressão (– P) nas paredes. Finalmente, existem situações onde a distinção entre um liquido e um gás se embaralham. Este é o caso das temperaturas e pressões sôbre o chamado ponto critico de uma substância, onde sómente uma fase existe. Conforme a pressão cresce acima do ponto critico, as aproximações com a Lei dos Gases perfeitos não se aplicam. A água, por exemplo, possue Tc = 647 [K] e sua pressão critica Pc = 219 [atm] , de forma que, problemas tipicos envolvendo água e vapor estão abaixo do ponto critico, assim, para vapor dágua valem as Leis dos Gases Perfeitos. O ar sendo uma mistura de gases, não tem ponto critico distinto, mas seu principal componente, o Nitrogênio, tem Tc= 126 [K] e Pc = 34 [atm]. Assim, problemas tipicos envolvendo ar no range de alta tamperatura e baixa pressão, onde ao ar é definitivamente um gas. 1.3 – O Fluido como um continuo Conforme ilustra a figura 1.1, o fluido muda continuamente de forma, se submetido a esforços, o que já o caracteriza como um continuo. Os fluidos são agregações de moléculas largamente espaçadas para um gas e mais próxima para um liquido. A distância entre as moleculas é muito grande se comparadas a seu diâmetro. As moléculas se movem umas em relação às outras. Assim, densidade de fluido, em massa por unidade de volume, não tem um significado preciso porque o número de moléculas ocupando o dado volume muda continuamente. Todos os materiais são constituídos de moléculas. O estudo das propriedades de um fluido a partir do comportamento de suas moléculas consiste no enfoque molecular; O enfoque molecular demonstra uma matéria descontínua, isto é, constituída por moléculas e espaços vazios entre elas. O estudo de um fluido a partir deste enfoque molecular é de difícil solução matemática (Ex: a derivada de uma função só pode ser calculada em um ponto se a função é contínua naqueleponto); por esta razão é conveniente tratar o fluido como um meio contínuo A hipótese do contínuo consiste em abstrair-se da composição molecular e sua conseqüente descontinuidade; Ou seja, por menor que seja uma divisão de um fluido esta parte isolada deverá apresentar as mesmas propriedades que a matéria como um todo. A hipótese do contínuo permite estudar as propriedades dos fluidos através do cálculo diferencial e (ou) integral, uma vez que continuidade é fundamental na teoria do cálculo. A hipótese do contínuo consiste em abstrair-se da composição molecular e sua conseqüente descontinuidade; De acordo com esta hipótese: Os fluidos são meio contínuos. A cada ponto do espaço corresponde um ponto do fluido. Não existem vazios no interior do fluido, o que sabemos não ser verdade, mas temos que supor que assim o seja, uma vez que esta hipotese não irá interferir na verdade dos resultados a serem encontrados quando da solução dos problemas de mecânica dos fluídos. Despreza-se a mobilidade das moléculas e os espaços intermoleculares; As grandezas: massa específica, volume específico, pressão, velocidade e aceleração, variam continuamente dentro do fluido (ou são constantes). O modelo de meio contínuo tem validade somente para um volume macroscópico no qual exista um número muito grande de partículas. As propriedades de um fluido de acôrdo com este modelo têm um valor definido em cada ponto do espaço, de forma que estas propriedades podem ser representadas por funções contínuas da posição e do tempo; Como conclusão, o fluido, por sua vez, poderá ser então considerado como sendo constituído por partículas fluidas, as quais formam um meio contínuo e homogêneo, em que tais partículas podem se deslocar livremente umas em relação às outras. Suas propriedades serão, então, funções de ponto, podendo essas propriedades variar suave e continuamente, de tal forma que o cálculo diferencial poderá ser utilizado na modelagem matemática do movimento do fluido. Não significa que o cálculo diferencial seja o foco dos desenvolvimentos que faremos, apenas que a continuidade do meio fluido, com suas propriedades funções de ponto, são requisitos necessários para que ele possa ser aplicado quando necessário. 1.4 – Dimensões e unidades Dimensão é a medida pela qual uma variavel fisica é expressa quantitativamente. Sistemas de unidades variam de país para país. Por isto acordos internacionais têm sido realizados. A engenharia precisa de números. Para estandardizar o sistema métrico, aconteceu a Conferência Geral de Pesos e Medidas, atendida em 1960 por 40 paises. Nesta ocasião se propos um SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI ). Desde Julho de 1974 o SI tem sido requerido na maioria das publicações de “papers”. A American Society of Mechanical Engineers, preparou folhetos e explicou a SI. Dois subsistemas se apresentam dentro do SI: O MKS ( Metro-Quilo-segundos) e o CGS ( centimetro-gramas-segundos). Em paralelo se apresentam os sistemas Ingles-Germanico (BG) e o sistema MKS* e BG* onde se fazem presentes o Kgf e o lbf (Kilo-força e Libra-força ) 1 kgf = 9.8 N e 1 lbf = 32.174 lbxft/s² ou 1 lbf = 1 slugx 1 ft/s² A distinção entre o quilograma, unidade de massa no sistema MKS e o quilograma – força, unidade força no sistema MK*S , nem sempre é bem compreendida. Para ambos, o corpo tomado como padrão é o mesmo: o quilograma padrão. A unidade de massa do sistema MKS é a massa deste corpo , enquanto que a unidade de massa deste mesmo corpo no sistema MK*S é o seu peso em kgf.. Assim, no sistema MKS uma unidade de massa, ou seja, 1 quilo, pesa 9.80 N, aproximadamente, enquanto que no sistema MK*S uma unidade de massa , o quilo, pesa 1 kgf. Dimensões Primárias Ma mecânica dos fluidos temos 4 dimensões primárias, das quais as demais acabam derivando. São elas: massa [M] comprimento [L] tempo [t] temperatura [T] EX: ACELERAÇÃO [m/s² ] → [L] / [t ²] = [L.t-2] No caso da Força, a 2ª lei de Newrton nos diz : F = ma Dimensionalmente, [F] = [MLt-2] 1 Newton de força = 1 N = 1 kg.m/s² 1lbf = 1 slug. ft/s² = 4.4482 N 1 atm = 2.116 lbf/ft² = 101300 Pa 1 kgf = 9.8 N 1 lbf = 32.2 ft/s² Velocidade = comprimento/tempo = [L] / [ t ] Pressão = Força / Area = [ F ] / [ L²] = [MLt-2] /[L²] = [M t-2 ] / [ L ] Dentro do Sistema Internacional, temos a considerar os subsistemas CGS (cm, grama e segundos) e o subsistema MKS (metro, kilograma e segundos) Tabela 1.1 – Dimensões Primárias Dimensão SI BG Fatores de Primaria Conversão Massa [M] kg slug 1 slug = 14.5939 kg Comprimento [L] m ft 1 ft = 0.3048 m Tempo [T] s s 1s = 1 s Temperatura [Ѳ] K R 1 K = 1.8 R 1 K = 273 ºC 0ºC = 32 ºF Corrente Elétrica A - - Tabela 1.2 – Dimensões Secundárias Dimensão Secundaria SI BG Fatores de Conversão Area [L²] m² ft² 1 m² = 10.674 ft² Volume [L³] m³ ft³ 1 m³ = 35.315 ft³ Velocidade [LT-1] m/s ft/s 1 ft/s = 0.304 m/s Aceleração [LT-2] m/s² ft/s² 1 ft/s² = 0.3048 m/s² Pressão ou Tensão [M L-1 T- ²] Pa=N/m² 1 lbf/ft² 1 lbf/ft² = 47.88 Pa Velocidade Angular [t-1] s-1 s-1 1s-1 = s-1 Energia,Calor,Trabalho [ML² t-2] J = N.m ft.lbf 1 ft.lbf = 1.3588J Potencia [ML²t-3] W = J/s ft.lbf/s 1 ft.lbf/s = 1.3558 W Densidade [ML-3] Kg/m³ 1 slug/ft³ 1 slug/ft³ = 515.4kg/m³ Viscosidade[ML-1t-1] 1 (N/m²) s = kg/ms slug/(ft.s) 1slug/(ft.s) = 47.88 kg/(m.s) Lembrete: 1 kgf = 9.80 N ou 1 N = 0.10197 kgf 1 slug = 32.2 lb 1 slug = 14.62 kg Exemplo 1.1 – Um corpo pesa 1000 lbf quando exposto à gravidade standard terrestre g = 32.174 ft/s² Pergunta-se: a) Qual a massa em quilos? b) Qual será o peso deste corpo em [N], se estiver exposto à gravidade standard da Lua ? gLua = 1.62 m/s² c) Qual será sua aceleração, se uma força de 400 lbf for aplicada a ele na Lua e na Terra? Solução (a) Pela 2ª Lei de Newton, da Mecânica, F = m.a O peso é uma força de atração gravitacional. Chamaremos de W a força peso a = g = aceleração da gravidade. F = W = mg Substituindo os valores: 1000 [lbf] = m x [slug] x 32.174 [ ft/s²] → m = 1000/32.174 = 31.08 [slug] [ Lembrete: 1 slug = 1 lbf/(ft/s²) ] Queremos a resposta em quilos, então: m = 31.08 [slug] x 14.5939 [ kg/slug ] = 453.6 [ kg ] → resposta ( a ) (b) A massa do corpo permanecerá 453.6 kg independente de sua localização. Novamente, aplicando a 2ª Lei de Newton, para a gravidade: WLua = m . gLua Substituindo os valores , vem: WLua = 453.6 [kg] 1.62 [m/s²]= 735 [N] 735 [N ] → resposta (b ) ( c) – Sendo a força aplicada no valor de 400 lbf , teremos: 400 [lbf] = m [slug] x a [ ft/s²] Sabemos que a massa é de 31.08 [slug] , vide resposta ( a ) . Então , 400 [lbf] = 31.08 [slug] x a [ft/s²] a = 400/31.08 = 12.43 ft/s² ou a = 3.79 [m/s²] Esta aceleração seria a mesma, na terra ou na lua, ou em qualquer outro lugar. Exemplo 1.2 - A viscosidade no sistema CGS é dada em Poise (P) ou [ g/(cm.s)] , chamada depois de Poiseville. A viscosidade da água, fresca ou salgada a 293.16 K = 20ºC é de aproximadamente µ = 0.01 [P] . Expressar este valor no Sistema Internacional ( SI) e no sistema BG. SOLUÇÃO ( a ) µ = 0.01 [P] = 0.01 [g/(cm.s)] = 0.01 [ 1/1000 [kg] x 1/(1/100 [m].[s]) = 0.001 [kg/(ms)] 1 g = 10-3 kg 1 cm = 10-2 m µ = 0.01 [g/(cm.s)] = 0.01 x 10-3 [kg]/ 10-2 (m.s) = 0.01 x 10-3x10²[ kg/(ms)] = 0.001 [kg/(ms)]. Resposta (a ) → 0.001 [ kg/(ms)] ( b ) No sistema BG teremos: µ = 0.001 [kg/(ms) ] slug = 14.5939 [kg] → [kg] = 1 [slug]/14.5939] 1 [m ] = ( 1/0.3048 ) [ft] Substituindo, fica: µ = (0.001/ 14.5939) x 1 x 0.3048 [slug/(ft.s)] = 2.09 x 10-5 [slug/(ft.s)] resposta ( b ) → 2.09x 10-5 [ slug/(ft.s)] Exemplo 1.3 – Uma equação usual e teórica para computar a relação entre pressão, velocidade e altitude em um fluxo estavel de um fluido aproximadamente não-viscoso, incompressivel com transferência de calor e trabalho de eixo desprezivel é dada pela relação de Bernoulli, por: ( 1 ) Onde p0 = pressão de estagnação P = pressão que move o fluido V = velocidade do fluido = densidade Z = altitude g = aceleração da gravidade Pergunta-se : (a) Verificar a homogeneidade dimensional da equação (1) (b) Verificar em SI (c) Verificar em BG Solução (a ) – [ML-1T-2] = [ML-1T-2] + [ML-3][L2T-2] + [ML-3] [ LT2][L] Reduzindo os termos, poderemos confirmar a igualdade entre os dois lados da equação. resposta ( a ) → [ M L-1 T-2] (b) Verificando no sistema (SI) teremos: [N/m²] = [ N/m²] + [kg/m³][m²/s²]+[kg/m³][m/s²][m] Lembrete: 1 kg = 1 N.s²/m [N/m²] = [N/m²] [ kg/(m.s²)] → [N/m²] = [N/m²] (c) Em unidade BG [lbf/ft²] = [lbf/ft²] +1/2 [lb/ft³][ft²/s²] + [lb/ft³] [ft/s²] [ft] [lbf/ft²] = [lbf/ft²] + 1/2 [lb/ft³][ft²/s²] + [ lb/ft³][ft/s²][ft] [lbf/ft²] = [lbf/ft²] + 1/2 [lb/(ft.s²)] + [lb/(ft.s²)] Mas , lembrete: [ lbf] = [ lb.ft/s²] onde [lb] =[ lbf .s²/ ft ] substituindo no lugar de [lb] vem: [lbf/ft²] = [lbf/ft² ] + 3/2 {[ lbf.s²]/ft} / [ft.s²] = 5/2 [ lbf/ft²] [lbf/ft²] = [ lbf/ft²] FIM da PARTE 1 CAPITULO 1 – PARTE 2 1.4 – O Gás Perfeito e a Equação de Estado O gas é considerado perfeito quando não considerarmos a existência de atração molecular. O Oxigênio, o nitrogênio, o ar seco, vapores em pressões muito baixas, suficiente- mente afastados de seu ponto de liquefação, ou ainda, gases abaixo de seu ponto critico, podem ser considerados como gases perfeitos, ou seja, não consideramos que haja atração molecular, e ainda, que elas estão suficientemente afastadas para influir nos resultados esperados. Graças a esta aproximação, Charles e Boyle, definiram uma formulação simples, relacionando pressão, volume especifico e temperatura absoluta para um gás perfeito (gás em perfeito estado de equilibrio) : R = constante do gas – depende apenas de sua massa Molecular em gramas. v = volume especifico = volume / massa T = temperatura Absoluta [K] ou [R], K = Graus Kelvin e R = Graus Rankine Gases próximos de seu ponto de condensação se afastam do comportamento de gás perfeito, porque ai as moléculas estarão próximas ( veja coesão molecular na fase liquida). 1.5 – Definições das Propriedades As propriedades são as manifestações caracteristicas dos fluidos, e não de seu modo de escoar. Exemplo: densidade, viscosidade, tensão superficial, etc.. são exemplos de propriedades dos fluidos. A velocidade não é uma propriedade, pois é definida em termos de conceito de comprimento e tempo, parâmetros estes que não provêm do fluido. Apresentaremos, a seguir, algumas propriedades dos fluidos que são de uso frequente. Massa específica ( densidade) É a massa m “de uma amostra do fluido dividida pelo seu volume “: As unidades de massa específica, conforme já vimos são no SI ou no BG ; kg/m³ ou lb/ft³ À temperatura ambiente, considerando-se as unidades SI, a massa específica da água é da ordem de 103 [kg/m³] e a do ar é da ordem de 1,2 [kg/m³] Peso Especifico É o peso W de uma amostra do fluido dividido pelo seu volume _. Como W = m, g, em que g é a aceleração da gravidade, temos . As unidades de peso específico são: [ N/m³] , [ lbf/ft³] ; [kgf/m³] Para os liquidos, pode ser tomado como constante para mudanças normais de pressão. O peso especifico dos gases pode ser calculado usando-se a equação de estado de um gas: também chamada de equação caracteristica dos gases perfeitos. (Leis de Boyle e Charles). Nesta equação, p é a pressão absoluta ( ) , é o volume especifico ( a ser definido ) T é a temperatura absoluta em K e R é as constante do gás, cujas unidades irá depender das unidades adotadas para os outros parâmetros. Obs. Muitas vezes aparece a temperatura absoluta em ºR ( Rankine) , onde 1ºR = 460°C Normalmente se utilizam as unidades no sistema métrico ou SI, a saber: Kgf/m² para pressão m³/kg para o volume especifico K para a temperatura absoluta ( 273 + tºC) Gravidade Especifica (SG) ou simplesmente densidade relativa (d) A gravidade especifica, ou densidade relativa de um fluido, denotada ´por SG , ou por d, no caso da densidade, é a razão entre a massa especifica do fluido e a de uma substância tomada como padrão , sendo água para os liquidos e ar para os gases. Pelo fato de ser pouco usual o termo Gravidade Especifica, utilizaremos sempre o termo densidade relativa ( d ) = = Observe que d é adimensional, ou seja, não tem dimensão. Volume especifico O volume especifico de um fluido é definido como o volume ocupado pela unidade de massa, e é designado pelo simbolo v. Comparando-se com a massa especifica, que é a massa associada à unidade de volume, podemos dizer então que Temos também que: e Viscosidade de um fluido A viscosidade de um fluido é a propriedade que determina o grau de sua resistência à força cisalhante. A viscosidade é devida preliminarrmente à iteração entre as moléculas do fluido. Figura 1.4 - Placas paralelas em movimento relativo com um fluido entre elas Baseado na figura 1.4 considere duas placas largas e paralelas, separadas por uma pequena distância y. O espaço entrre as placas é ocupado por um fluido. Consideremos que sôbre a placa superior atue uma força F e que, portanto esta se move com uma velocidade constante U. ( è claro que ocorreu uma aceleração enquanto a placa atingia o valor U num determinado intervalo de tempo). O fluido em contato com a plca superior ficará aderente à mesma e se moverá com a velocidade U; e o fluido em contato com a placa inferior ( fixa) terá velocidade nula. Se a distância y e a velocidade U não são muito elevadas a variação de velocidade ( gradiente) será uma linha reta, conforme demonstra a figura 1.4. Experimentalmente se verifica que a força F varia diretamente com a área da placa , com a velocidade U e inversamente com a distância y. Por semelhança de triangulos:: Matematicamente F α = A ou Os fluidos que seguem estas duas relações são chamados de fluidos Newtonianos. A constante de proporcionalidade é a viscosidade dinamica do fluido, e, portanto: → Tensão de cisalhamento em [ kgf/m²] Teremos: → [kgf/m²] / [m/s]/m] = [kgf x s / m² ] → Sistema MKS* Se a força estiver em Newtons ( SI ) : [ = N x s / m² = (kg x m/s²) x s / m² = [kg /sxm] No Sistema BG , análogamente → [lbf. s/ft²] = [slug / s x ft] Figura 1.5 - Variação da velocidade com a distância entre placas Outro coeficiente de viscosidade, o coeficietne de viscosidade cinemático definido como : Coeficiente cinematico ( ) = [ m²/s] ou [ft²/s] Relações matermaticas para viscosidade [ m²/s] ou [ft²/s] ainda As viscosidades nos liquidos decrescem com oaumento da temperatura e não são afetadas apreciavelmente pelas variações de pressão. Uma vez que o peso especifico dos gases varia com a variação de pressão (considerando temperagtura constanmte) a viscosidade cinematica varia inversamente com a pressão. Nos gases a viscosidade absoluta aumenta com o aumento da temperatura e não é afetada apreciavelmente com alterações na pressão. Pressão de vapor Quando a evaporação ocorre dentro de um espaço fechado, a pressão parcial criada pelas moléculas de vapor é chamada de “pressão de vapor”. Depende da temperatura e aumenta com a termperatura. Os valores são tabelados para as suibstâncias. Unidade [ kgf/m²] Por definição é a pressão exercida por um vapor, quando este está em equilibrio termodinâmico com o liquido qyue lhe deu origem, sou seja; a quantidade de liquido qye evapora é igual á quantidade de vapor que se condensa. A pressão de vaspor ,ede a “TENDENCIA” de evaporação de um liquido. Então, quanto maior for a sua pressão de vapor, mais volátil será o liquidio ( Ex: compare agua e alcool) e menor será sua temperatura de ebulição em relação a ou gtros liquidos de menor pressão de vapor, medidas na mesma temoperatrura e referência. Figura 1.6 - Liquido e vapor em recipiente fechado A massa de liquido cai conforme a pressão de vapor vai subindo, até atingirem o equilibrio. Daí a ebulição, quando a pressão do vapor formado, se igualar à pressão de vapor tabelada para o liquido em apreço. .Tensão Superficial (σ) Tensão superficial de um l iquido é o trabalho necessário que deve ser fornecido para retirar moléculas suficientes do interior do liquido para a superficie, a fim de formar nova unidade. Um liquido sendo incapaz de se expandir livremente, formará uma interface com um segundo liquido ou gas. As moléculas mais profundas do liquido, se repelem mutuamente de tal forma que o efeito é em todas as direções, e a resultante das forças é nula. As moléculas da superficie são menos densas e se atraem mutuamente, uma vez que agora faltam metade de suas vizinhas para fecharem o balanço de forças. Surge aqui um desequilibrio que necessita de compensação. O efeito mecânico e compensatório deste fenomeno é que a superficie fique sob tensão. Se um corte de comprimento dL é feito na superficie interfacial, forças iguais e opostas serão verificadas, de magnitude [σ.dL] e de direção perpendicular ao plano de corte, sendo estas forças paralelas à superficie. σ é chamado de coeficiente de tensão superficial e tem dimensões [ F/ L], tem a grandeza de força/unidade de comprimento, que é equivalente à energia por unidade de área. No Sistema SI, sua grandeza é o Newton por metro , ou Joule por metro cubico. No sitema CGS utilizamos o dina por centimetro e o erg por centimetro quadrado. ( Joule e erg são unidades de energia). Vejamos: [σ] = 1 dyn/cm = 1 erg/cm² = 0.001 N/m = 0.001 J/m² Figura 1. 7 - Recipiente contendo um fluido liquido A forças F1 exigem um trabalho (energia) para deslocar as moléculas superficiais Concluindo, a Tensão Superficial é um efeito fisico que ocorre na interface entre liquido e gás ou entre liquido e liquido imisciveis ( que não se misturam). Faz com que a camada superficial de um liquido venha a se comportar como se fosse uma membrana elástica. Esta propriedade é causada pelas forças de coesão entre moleculas semelhantes, cuja resultante vetorial é diferente na interface. Enquanto as moléculass situadas no interior de um liquido são atraidas em todas as direções pelas ações das moleculas vizinhas, as moleculas da superficie do liquido sofrem apenas atrações laterais e internas. Este desbalanço entre as forças de atração é o que faz a interface se comportar como uma pelicula elastica, como se fosse um Latex. Pressão nos fluidos É transmitida com igual intensidade em todas as direções e atua normalmente a qualquer plano. Em um mesmo plano horizontral, as intensidades de pressão em um liquido, são iguais. Definimos a pressão como a relação entre a força normal a uma superficie pela area desta superficie. Assim, teremos: p = Fn / A A pressão p em um fluido em equilibrio é a mesma em todas as direções. A unidade de pressão no sistema internacional ( SI ) é o Pascal que vale 1 N/m². A atmosfera padrão (ao nivel do mar, 760 mm Hg) vale: 1 atm = 101325 Pa , que é ligeiramente maior do que o bar ( 1 bar = 105 Pa = 0.1 Mpa ) A unidade de pressão mais utilizada no sistema inglês é o [ lbf/ft² ] e também se usa [lbf/in²]. = [psi] Figura 1.8- Diagrama de leitura de pressões Exemplo : Seja um gás com Pabs = 4 [kg/cm²]. Sendo a pressão atmosferica ao nivel do mar = 1,03 [kg/cm²] . Então pelo diagrama acima, a pressão manométrica será de 4.0 kg/cm² - 1.03 kg/cm = 2.97 kg/cm².. Suponhamos agora uma pressão absoluta de 0.47 kg/cm². Então a pressão manometrica será : 0.47 kg/cm² - 1.03 kg/cm² = - 0.56 kg/cm² . Esta pressão manométrica é negativa, portanto deve ser lida em manometro de vacuo. Diferenças de pressão A diferença de pressão entre dois pontos em diferentes niveis de um liquido é dada por: Onde w é o peso especifico do liquido e p são as unidades de pressão e h são as cotas ( alturas em relação à superficie). Assim, para um ponto qualquer abaixo da superficie a pressão será: p = wh. Aqui podemos citar mais algumas unidades de pressão usuais: 1 atm = 10.33 metros de coluna de água ( mca) ≈ 1 kg/cm² 1 psi = 0.7 mca = 7x 10-3 kg/cm² Para um fluido compressivel ( gás) suas variações de pressão são geralmente muito pequenas em virtude dos pequenos pesos unitários, ainda com o agravante de que a pressão decresce quando a altura aumenta. Assim, a lei de variação da pressão para gases fica: dp = - w dh, que é uma expressão diferencial, onde o sinal negativo é devido à pressão decrescer enquanto a altura crescer. Altura de carga È dada pela expressão h (metros de fluido) = p(kg/m²) / w ( kg/ m³) nas unidades do sistema SI. Representa a altura de uma coluna de fluido homogeneo que produzirá uma dada intensidade de pressão. Modulo de Elasticidade Volumétrico (E) O modulo de eslasticidade volumetrico ( E ) expressa a compressibilidade de um flu ido. É a relação da variação da pressão unitária para a correspondente variação de volume por unidade de volume. [kgf/m²] ou [lbf/ft²] Exemplo 1.4 - Calcular o peso especifico w, o volume especifico vs e a massa especifica do metano a 27ºC e a 9 kg/cm² absoluta. Dado: constante dos gases R para o Metano = 53[m/K] Considerar sistema MK*S, onde 1 kg e 1 kgf são numéricamente.iguais. Solução Aplicando a equação dos gases perfeitos para o metano Onde, para o volume especifico: Substituindo os valores, vem: Para a massa especifica teremos: Substituindo os valores, teremos: = 90000/ 53x300 [kg/m2/ [m/K]x[K] = 5.66 [kg/m³] Para o peso especifico teremos: Observação: A massa especifica e o peso especifico são numéricamente iguais, embora o sejam diferentes fisicamente. Devido a este fato, muitos autrores fazem o seguinte raciocinio, apenas para gases: Vejam porque: Considerando este fato, os problemas podem ser simplificados considerando na erquação dos gases perfeitos que , que poderia ter sido utilizada no problema do exemplo 1.4. Exemplo 1.5 - Se 6 m³ de um óleo pesam 4800 kf,. calcular a massa especifica e o peso especifico. Solução : Peso especifico: Massa especifica: 81.6 [kgf/m³] x [s²/m] = 81.6[9.8 N/m³]x[s²/m] = 81.6x9.8[N/m³]x[s²/m] = 816 [kgm/s²m³][ s²/m] =816 kg/m³ Observação: verificamos aqui ser o peso especifico quase que numericamente igual à massa especifica, (diferença de 2%) quando se tratar de unidades em [kgf/m³] para o peso especifico e [kg/m³ ] para a massa especifica. Exemplo 1.6 – A 32ºC e 2.1 kg/cm² o volume especifico de um certo gás era de 0.70 m³/kg. Determinar a massa especifica ( ) e a constante dos gases ( R ) para este gas. A pressão foi dada no sistema MK*S , onde 1 kg = 1 kgf numéricamente. Aplicando a equação caracteristica para este gas: Substituindo os valores, vem: (kg/m² x m³/kg) / K Massa especifica será: FIM CAPITULO 2 - ESTATICA DOS FLUIDOS Segunda parte MANOMETRIA Barometro de Mercurio O barometro é um instrumento desenvolvido para medir a pressão atrmosférica. Foi inventado por Torricelli em 1643,. Figura 2.17 EXPERIENCIA DE TORRICELLI Ao emborcar o tubo de Hg (Mercurio) no BECKER, verifica-se que a coluna deste desce para dentro do recipiente até que o peso desta se iguale ao peso da coluna de ar atmosférico a partir da superficie livre de mercurio no Becker. Como os niveis estão agora estaticos e em equilibrio, podemos concluir que a altura do nivel de mercurio dentro do tubo é igualado à pressão atmosférica, e, se tivermos um tubo quadrado, leremos esta pressão em “ coluna de Mercurio”. O comprimento então da coluna de mercurio torna-se uma medida da pressão atmosférica. Quando esta verificação é realizada ao nivel do mar, a coluna de mercurio medirá 760 mm de Hg. O ponto A na experiência de Torriclelli na figura 01, pertence ao plano da superficie livre do mercurio no recipiente. Pela lei de Stevin: “a pressão num liquido em repouso aumenta proporcionalmente com a profundidade, e, a constante de proporcionalidade, é o peso especifico do liquido”, podemos tirar que em A:: PA = PATM + w h (Pascal e Stevin) Onde w = peso especifico do mercurio e h = hHg = distância entre os niveis do mercurio no tubo e no Becker. Ocorre que, pela lei de Stevin, acima do nivel de mercurio do tubo, não temos pressão atmosferica, mas, na realidade, pressão de vapor de mercurio, cujo valor para estes cálculos é desprezivel. Por isto PATM = 0 nesta superficie. Assim, temos: PA = wHG.hHG ( A ) Se analisarmos agora, sob outra afirmação embutida na Lei de Stevin, de que cada plano de corte de um fluido (imaginario) a pressão é constante, então, como o ponto A está no mesmo plano da pressão atmosférica, a pressão em A é a atmosférica Portanto. PA = PATM LOCAL (B) Igualando (B) com (A): ( C ) Assim, rigorosamente, define-se: “Uma atmosfera como sendo a pressão exercida por uma coluna de mercurio normal, hn = 0.76 [m] , a 0º C, submetida à gravidade normal, “ = 9.80665 “[m/s²] e ao nivel do mar”. Dados para o Mercurio: Hgn = 13.595,2 [ kg/m³] e wHgn = 133.323,00 [N/m³] Substituindo na equação (C ) , ficará: Assim, a atmosfera normal será O Pascal é a unidade de pressão no SI (Sistema Internacional) . Outras unidades NÃO-SI, mas de uso frequente: bar Kgf/cm² mca = metros de coluna de água mm de Hg Psi = 1 lbf/in² Conversão de unidades de pressão: 1 atm = 101.325 Pa = 101,325 Kpa = 1,01325 bar = 1,03322 kgf/cm² = 10.332 mca = 760 mm Hg = 14,7 psi 1 bar = 100 Kpa ** Em São Paulo, podemos considerar a Pressão atmosférica local de 890 mm HG e estamos a uma altitude de 820 metros em relação ao mar. Manômetros Medem a pressão manométrica. A pressão manométrica é aquela que é medida em relação à pressão atmosférica existente no local, podendo ser positiva ou negativa. Quando ela for negativa, é porque seu valor está abaixo da pressão atmosférica, e chamamos este valor negatrivo de pressão medida, de VACUO;. Básicamente existem tres tipos de manômetros de tubos com liquido e o manômetro metálico ou de Bourdon. Piezômetro Consiste de um tubo de vidro ou de plastico transparente, acoplado diretamente ao reservatório no qual se deseja medir a pressão do liquido. O tubo de vidro é aberto para o exterior. Figura 1.18 Piezometro Pela lei de Stevin: A pressão manométrica é de leitura direta e vale PA = wh Lembrete Figura 2.19 Referencia para as pressões medidas Inconvenientes 1 Não mede pressões negativas 2- Impraticável para medir pressões elevadas. A coluna seria muito alta. 3 - Não é aplicavel para medir pressão de gas. Não formaria a coluna devido ao escape do gas. Manometros de tubo em U Figura 2.20- Manômetro com tubo em “U” O ponto B pertence ao plano horizontal que contém A, que é o ponto no qual deseja-se medir a pressão. Como B está no mesmo plano de A, e em se trantando de ser o mesmo liqu ido, para todo o conjunto, conclu i-se, pela Lei de Stevin que PA = PB O ponto C pertence ao mesmo plano horizontal do nivel da coluna de liquido, que dista h de B, então aplicando STEVIN: PC = PB + wh Mas PB = PA → PC = PB + wh = PA + wh Mas, como C está no mesmo plano horizontal da PATM LOCAL → PC = PATM LOCAL Então, nossa equação ficará: + wh Ou – A PATM LOCAL é nossa referência para pressões manométricas. por isto foi desconsiderada. Portanto Temos ai um vácuo. Verifica-se que se A estivesse acima de P, a pressão seria positiva. Na mesma linha de P seria zero e abaixo de P seria negativa. Inconvenientes 1- Ainda não consegue medir pressões elevadas. A altura da coluna seria muito alta. 2 – Não servem para gases, pois escaparia para a atmosfera Manometros de tubos em U com liquido manométrico Este liquido impedirá escape de gases pelo tubo, devendo servir também para leituras de pressões em fluidos gasosos. Se, para este fluido manométrico escolhido, tivermos os pesos especificos na relação Onde w é o peso especifico do fluido ao qual se deseja medir a pressão. Será então possivel medir pressões elevadas sem a necessidade de tubulações muito compridas. ESQUEMA Figura 2.21 Manômetro em U com fluido manométrico Na figura 2.21, o ponto A pertence ao mesmo plano do ponto B e são do mesmo fluido. Portanto, concluimos pela lei de Stevin que: PA = PB O ponto C pertence ao plano de interface entre os fluidos wMAN e w . Dista h2 do plano do ponto B. Por Stevin, temos que: Por outro lado, aplicando a Lei de Stevin a partir da superficie livre do liquido manometrico, que dista h1 de D, teremos: Igualando as duas equações em PD teremos: Desta equação tiramos: Como Analizemos esta equação: 1. Para uma pressão PA conhecida, quanto maior o wMAN , menor será h1 , o quie implica a não necessidade de tubos muito grandes (compridos) para se medir pressões elevadas. 2. Então para se construir um manometro deste tipo, deveremos impor a relação: Exemplo: uso de mercurio como fluído manométrico para medir elevadas pressões de água ( 13.6x104 / 10 >> 1 ) podem ser aplicados com sucesso. Outro exemplo: Para gases, poderemos usar a água como fluído manométrico, pois: Manometro Metalico (Bourdon) ( Eugene Bourdon FRANÇA 1849) Mede a pressão de forma indireta, por meio da deformação de um tubometalico. Quando ainda não instalado ele indicará zero em sua escala, independente da altitude. Equação fundamental para se r decorada: Na maioria das vezes, a pressão ambiente onde o manômetro está inserido é a pressão atmosférica ambiente local. A Pressão indicada no manômetro será relativa à atmosférica. Geralmente mede pressão acima da pressão atmosférica . Em casos onde se espera ler pressões menores do que atmosférica, utuilizamos o vacuômetro ou manômetro para medir vácuo, que faz o mesmo papel , apenas com a diferença de que lerá pressões abaixo da armosférica, e , assim , sua escala deve ser projetada para este fim. Muito usado na prática por ser mais conveniente do que os de tubo em U com liquidos. Desvantagem Às vezes, em linhas de processo de produção, ou em linhas de fluidos circulantes, podem ocorrer gradientes de pressão, e isto pode levar o ponteiro a valores maiores do que seu fundo de escala e o tubo curvado pode deformar-se e não mais voltar à posição original, ocasionando imprecisões nas medidas. Figura 2.22 Foto de um manometro de Bourdon Figura 2.23 Vista interna do manômetro de Bourdon Como Funciona? 1) O fluido pressurizado entra no manômetro através da conexão roscada da tomada de pressão 2) Adentra pelo tubo de Bourd on e vai até seu final. Sendo este tubo fechado em sua extremidade, e, não tendo para onde escapar, o fluido deforma o tubo de Bourdon que sofre uma deflexão, devida à pressão do fluído e move o LINK ( alavanca articulada) 3) Esta alavanca move o pinhão, que por sua vez aciona a coroa dentada no centro do equipamento. 4) A coroa, estando conectada ao ponteiro, desloca-o , de forma que na escala ele indicará a pressão existente dentro do tubo Bourdon, que é a mesma que foi capturada pela conexão . 5) Lemos na escala a pressão manométrica, ou seja, a pressão sem levar em conta a atmosférica. Considerações finais sobre Bourdon As aplicações com este tipo de manômetro são as mais utilizadas na industria e com enorme aplicação : - indústria petroquimica - indústria quimica - Instalações de vapor - Instalações de agua fria e água quente Instalações frigorificas Instalações com altas temperaturas etc... - A ordem máxima de pressões utilizadas chega em torno de 1000 kgf/cm² - Alguns manômetros são fornecidos com enchimento liquido para proteção - Alguns vêm com proteção contra sobrepressão. - Os de baixa pressão utilizam diafragma como medida de proteção. EXEMPLO 2.4 - Na figura 2.24, temos um reservatório contendo AR, e que se encontra dividido por uma comporta. No lado esquerdo temos o reservatório de AR nº 01, que está à pressão p1 e no lado direito temos o reservatório de AR número 02, que se encontra à pressão p2. O manômetro instalado está indicando uma pressão de 2.5 kg /cm². Pede-se para determinar a pressão p1. do reservatório número 01, sabendo-se que no ambiente externo ao reservatório, a pressão é a atmosférica local. Figura 2.24 Reservatório de AR Solução O manômetro não se encontra no ambiente externo, que está à pressão atmosférica local. A pressão ambiente para o manômetro é a mesma pressão do reservatório numero 02, ou sejas: p2 Pelo fato de um fluído gasoso, ocupar todo o espaço que o contém, todos os pontos do reservatório 02 estão na mesma pressão p2 . Observamos que o ponto A no tubo em “U”, está no mesmo nivel do mercurio dentro do reservatório 02. Assim, podemos escrever que : p2 = pA Mas pressão em A também vale : Notamos que a unidade de pressão para PA será dada em [kgf/m²] Desprezando a pressão atmosférica local porque queremos achar a pressão manométrica e não a absoluta, teremos: = 1.36 x Pela equação do manômetro de Bourdon, Substituindo os números, vem: Portanto Exemplo 2.5 Na figura 2.25 abaixo, determinar a diferença de pressão entre os tanques A e B dados os pesos especificos e os desniveis: wAR = 11.8 [N/m 3] d1 = 300 mm d4 = 200 mm wAGUA = 9810 [N/m 3 ] d2 = 150 mm wMERCURIO = 132800 [N/m³] d3 = 460 mm - Figura 2.25 – Dois balões interligados por tubo em “U” Solução Verificando a Lei de Stevin, podemos montar as seguintes equações|: ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) ( 6 ) Partindo da equação (2 ) , temos: Substituindo a equação (5 ) na ( 4 ) , vem: + Como e + Rearranjando os termos, ficará: - Substituindo os valores, teremos: Fazendo as contas: = 76869.80 [N/m²] Ou se quizermos a resposta em [Kpa = quilopascal) , sabendo-se que 1 N/m² = 1 Kpa , vem = 76,87 [kPa] Exemplo 2.6 Determinar a força que deverá ser aplicada no ponto A da comporta da figura 2.26, para que esta permaneça em equilibrio, sabendo-se que a mesma pode girar em torno do ponto “o” ? Dados: p01 = 1 [kgf/cm²] p02 = 0.5 [kgf/cm²] w1 = 1000 [kgf/m³] w2 = 800 [kgf/m³] Momento de inércia de um retângulo em relação ao eixo de seu baricentro: A comporta é retangular e mede respectivamente, altura = 5.0 m x 2.0 m de largura . Figura 2.26 – Tanque e sua comporta retangular capaz de girar em torno do ponto “O” fixo. Solução Carga devida ao reservatório 1 = força devido à pressão p01 + empuxo devido ao volume do liquido aplicado no centro de pressão (ou centro de empuxo) da comporta. Assim, matemáticamente, podemos escrever as equações: ( 1 ) Mas Com A = 2x5 = 10 [m²] Analogamente: Com e A = 10 [m² ] Cálculo do Centro de Empuxo: Figura 2.27 - Empuxos e cotas para centro de pressões e baricentro Com Substituindo os valores para o centro de pressões, fica: = 3.5 [m] + = 4.095 [m] Diagrama de corpo livre da comporta: Assim, teremos: + 800[kgf/m³]x3.5 [m]x10[m²] = 78000[kgf] Na figura abaixo ve-se que as linhas de ação das forças provocadas pelos fluidos em cada tanque, estão alinhadas, e de sentido contrário. Aplicaremos a 2ª Lei de Newton, que diz que a somatória dos momentos em ralação a um ponto deve ser zero para o equilibrio: Por convenção, no sentido contrário ao ponteiro dos relógios, o momento é positivo. Assim, teremos para a soma dos momentos em torno de “O” : 135000 x 3.09 – 78000x3.09 + 5 R = 0 R = (- 417150 + 241020) / 5 = - 35226 [kgf] Como a fôrça deu um valor negativo, significa que na verdade o R está com o sentido contrário ao que foi suposto. Então, como R é um vetor, deve ter resposta completa: Módulo: 35226 [kgf] Dirteção: Horizontal Sentido: Da direita para a esquerda. O Principio de Archimedes “ Um corpo total ou parcialmente imerso num fluído qualquer, fica submetido a uma força vertical ascendente de módulo igual ao peso do fluído deslocadopelo corpo, agindo no baricentro do volume deslocado”. Seja um cubo totalmente imerso em um liquido. Figura 2.28 - Cubo imerso em um tanque com liquido Esta força ascendente e vertical se chama EMPUXO. Quem faz ocorrer a força de empuxo é o fluído,. O fluído exerce a força sobre o corpo através da pressão. Figura 2.29 - Pressões no cubo imerso No plano horizontal, Lei de Stevin Pela Lei de Stevin, e a resultante das forças na horizontal é igual a zero. No Plano vertical, ( 1 ) Sendo A = área da face onde a pressão incide perpendicularmente, e, multiplicando a equação (1 ) toda por A, esta não irá se alterar, e ficará: = Mas, Pressão x Area é força, então, podemos escrever: Mas ∆h x A = Volume do fluido = VFLUIDO = VFD Assim, VFD é o volume de fluido deslocado. No caso de corpo imerso é numericamente igual ao volume do corpo que está imerso. Então ∆F = . (2) A análise dimensional desta expressão, nos fornecerá, para o Sistema Internacional ( SI): [N] = [m/s²] → [N] = [N ] → dimensionalmente correta. Portanto, Assim, Empuxo = E = PesoFLUIDO DESLOCADO [N] Assim, com esta expressão acabamos de verificar o Principio de Archimedes “ “Um coropo total ou parcialmente imerso em um liquido, fica sujeito a uma força verrtical ascendente que é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo.” No caso de um cubo parcialmente imerso (ou emerso) teremos: Figura 2.30 - Bloco parcialmente imerso num liquido No caso de imersão em ar, vamos explicar com exemplos: Exemplo 1 – Imaginemos um balão ( “ bexiga “ ) de HIDROGÊNIO. Uma vez solta na atmosféra, deverá subir, porque o empuxo é maior do que o peso do balão. Exemplo 2 - Qualquer pessoa sobre a terra, imerso no ar atmosférico, não irá flutuar, porque seu peso é maior do que o empuxo provocado pelo ar atmosférico. Exemplo 2.7 Um bloco de medidas CxLxH, sendo H = 6 cm, está parcialmente imerso em um liquído de massa específica = 1200 [kg/m³] , sendo que o bloco é de massa especifica = 800 [kg/m³] , conforme demonstrado na figura 2.31. Figura 2.31 - Bloco parcialmente imerso em massa liquida Pede-se: 1. Calcular o valor de “h” que é a altura imersa 2. Considerando-se o bloco totalmente imerso, qual será sua aceleração? Solução 1. Calculo de “h” Empuxo =E = peso deslocado, segundo Archimedes. Portanto ( 1 ) Onde mFD = massa do fluido deslocado pelo volume imerso Da definição de massa especifica, = (2) Ou ainda = CLh: ( 3 ) , onde VFD = volume de fluido deslocado e Substituindo as equações (2 ) e ( 3 ) na equação (1 ) , fica: = (4) Por outro lado, o peso do bloco é dado por: = = ( 5 ) Fazendo um diagrama de corpo livre do bloco parcialmente imerso, teremos: Figura 2.32 - Esquema para diagrama de corpo livre Como o fluido está em repouso, não existe aceleração e assim a = 0. Então, aplicando a relação de Newton: R = 0 , e , portanto, E -- Wb = 0 Mas ( 4) e = ( 5 ) Portanto, = 0 ( 6 ) Simplificando esta equação ( 6 ) , teremos: = 0 = ( 7 ) Desta equação ( 7 ) sai a expressão para o calculo de “h” Substituindo os valores, fica: ] x = 2. Aceleração para bloco totalmente imerso Nesta condição o volume de bloco a ser considerado agora será V = C.L. H Que é igual ao volume de fluido deslocado. Como o bloco agora sobe, isto significa que o empuxo é maior do que o peso do bloco.Desta vez não há repouso do bloco, então , agora , a partrir do diagrama de corpo livre, vemos que: E – Wb = m.a Onde ( 8 ) Da definição de massa especifica, → Substituindo na equação (8) fica: = ( 9 ) Simplificando a equação (9) teremos: (10) Desta equação (10) sai a expressão para o cálculo da aceleração “a” solicitada: Substituindo os valores, obtermosd: Exemplo 2.8 – Um objeto prismático de 200 mm de espessura , por 200 mm de largura e 400 mm de comprimento foi pesado na agua a uma profundidade de 500 mm e se encontrou o peso de 5 kg. Qual seria seu peso no ar e sua massa especifica? Dados: g = 9.8 [m/s²] Peso especifico da agua = AGUA = 1000 [kgf/m³] Solução Esquema: Figura 2.33 Diagrama de corpo livre do exemplo 2.8 Considerando-se que o fuído está em repouso, não temos aceleração. Assim, pela 2ª Lei de Newton, a resultante das forças agindo no corpo será nula. Então, na direção Y teremos T – W + E = 0 → (1) Sabendo-se que T = 5 kg, podemos substituir na equação ( 1 ) e ficará: W = 5 + E (2) Mas, por definição E = Peso de fluído deslocado e como o bloco está totalmente imerso, teremos: ( 3 ) Da definição de massa especifica, tiramos para o fluído que: = . que, substituindo em ( 3 ) ficará: . .g Assim, substituindo os valores conhecidos, teremos para o empuxo: .9.8 [m/s²] = 16 [kgf] Substituindo na equação (2 ) , teremos: W = 5 + 16 = 21 [kgf] que é o peso do bloco no ar, solicitado. Calculo da massa especifica do bloco: b = O peso do bloco é dado por: Wb = mb . g Assim: → mb = 21 [kg] O volume do bloco é conhecido V = 0.2 x 0.2 x 0.4 = 16 x 10-3 [m³] Assim, a massa especifica do bloco será: = 1312.5 [kg/m³] que é a massa especifica do bloco, solicitada. FIM do Capitulo 2 CAPITULO 2 - ESTATICA DOS FLUIDOS 2.1 – Introdução A estatica dos fluidos estuda as forças exercidas por e sôbre os fluidos em repouso. 2.1.1 Forças devido à pressão A pressão exercida pelo fluido é sempre normal ao plano formado pela superficie. A distribuição de pressão exercida por um fluido estatico e seu efeito em superficies solidas e corpos imersos ou flutuantes, se refere a fluido estatico, ou seja; não há movimento. Quando a velocidade do fluido é zero, denotada como condição hidrostatica, a variação da pressão é somente relativa ao peso do fluido. Assumindo um fluido conhecido em um dado campo de gravidade, a pressão pode facilmente ser calculada por integração. Importantes aplicações destes conceitos são: - o estudo de distribuição de pressão na atmosfera e nos oceanos, - elaboração de projetos de equipamentos para medir pressões, - os esforços sobre as superficies planas ou curvas,. - as ocorrências nas vizinhanças de um corpo submerso - o comportamento de corpos flutuantes. Considerando-se uma superficie plana qualquer no espaço e uma força também qualquer aplicada em um ponto qualquer deste plano, poderemos sempre decompor esta força em duas componentes que serão: Ft = força tangencial Fn = força norm,al ao plano Figura 2.1 - Projeções de uma força qualquer Na figura 2.1, Ft origina as tensões de cisalhamento e Fn origina as pressões Se considerarmos uma força infinitesimal dFn aplicada em uma área também infinitesimal dA , teremos poer definição que a pressão será : dP = dFn/ dA Se considerarmos a pressão em toda a area A , então teremos: P = → P = F/A → no SI →MKS → [ N/m²] e no MKS* [ kgf/m²]. É muito usual, [kgf/cm²] ou [Psi] = [lbf/in²] 2.1.2 – Gradientes de pressão A pressão normal em algum plano através de um elemento de um fluido em repousoé igual a um unico valor chamado de pressão fluida “p” , tomada positiva para compressão , Figura 2.1 Vista em 3 dimensões da figura 2.2 Figura 2.2 Elemento diferencial fluido em forma de cunha No diagrama de corpo livre da firuara 2.2 temos uma pequena cunha em repouso de lados ∆x por ∆z por ∆s e profundidade “b” perpendicular ao plano do papel. Vamos considerar as pressões Px, Pz e Pn diferentes em cada face da figura. O peso do elemento também é importante. Não temos aceleração devido à condição de repouso. Assim, a somatória das forças deverá ser zero, nas dirações X , Y e Z ∑ Fx = 0→ = 0 ∑Fz = 0 → ∆x - b ( 2.1) Da geometria da cunha, tiramos: = (2.2) Substituindo nas equações ( 2.1 ) e rearranjando as expressões, tiramos que: Px = Pn e Pz = Pn - ½ w ∆z (2.3) Temos aqui, dois importantes principios da hidrostatica: 1) Não temos mudança de pressão na direção horizontal 2) Existe uma mudança na pressão vertical proporcional à massa especifica e à gravidade e também na face que representa a profundidade. No limite, quando ∆z→0 , as equações (2.3) se tornam: Px = Pn = Pz =P ( 2.4) Sendo Ѳ um ângulo arbitrario, podemos concluir que a pressão “p” em um ponto qualquer de um fluido estatico é independente de sua orientação. 2.1 3 – Forças de pressão em um elemento fluido A pressão ou outras tensões não causam esforços em um elemento fluido a menos que este varie espacialmente. Consideremos a figura : Figura 2.3 Cubo fluido de medidas infinitesimais Suponhamos que a pressão varie arbitrariamente. Assim, P = p ( x,y,z,t) (2.6) A força loquida na direção x sôbre o elemento da figura 2.3 é dada por : = P = P = - (2.7) Analogamente, para os outros dois eixos teremos: e Então, o vetor força liquida total no elemento liquido será: ( 2.8 ) O termo dentro do parenteses na equação (2.8) é chamado de gradiente de pressão “P”. De ( 2.8) temos: = - VP Denotando por f como sendo a força liquida por unidade de volume, teremos: ( 2. 9 ) Assim, não é a pressão, mas o gradiente da pressão, quem causa a força liquida à qual precisa ser balanceada pela gravidade ou a aceleração em algum outro efeito do fluido. 2.1.4 Equilibrio de um elemento fluido Considerando as tres forças basicas que agem em um elemento de fluido, teremos: Forças de pressão, dadas por (- VP), P é a pressão Forças gravitacionais , dadas por ( g) , é massa especifica e g é a aceleração da gravidade local Forças viscosas, dadas por (µ V2 V), V2 V é o gradiente em segunda ordem do vetor velocidade do fluido. Pela segunda lei de Newton, a força resultante é igual ao produto da massa pela aceleração. Aqui usaremos a massa especifica por se tratar de flu ido. Em linguagem matematica , escreveremos: V ( 2.10) Isolando o componte da pressão, podemos escrever: V ( 2.11 ) Esta equação representa uma forma geral à que fica submetido um elemento fluido qualquer. Trata-se de uma equação difierencial cuja solução são funções de variação da pressão nos tres eixos (X) (Y) e (Z). 2.2 Lei de Stevin “ A pressão em um liquido em repouso aumenta proporcionalmente à profundidade, sendo a constante de proporcionalidade igual ao peso especidfico do liquido”. Hipoteses basicas: a) Fluido Incompressivel * (liquidos) b ) Fluido em repouso Figura 2.4 Cubo liquido com ponto A em profundidade De acordo com Stevin : Onde w é o peso especifico do liquido Conclusões: 1) A pressão varia linearmente com a profundidade 2) A pressão é sempre a mesma em qualquer ponto em um mesmo plano horizontal para um mesmo liquido. 2.3 – A Lei de Pascal “ A pressão aplicada em qualquer ponto de um fluido em repouso, transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido”. (BLAISE PASCAL – matematico Frances – 1623 – 1662) Verifica-se facilmente analizando-se a equação baseada na Lei de Stevin. Se houver alguma alteração na pressão atmosferica, ∆ teremos: A altura “h” é arbitraria ,portanto qualquer ponto pode ser escolhido, mas a parcela ( continuará na expressão de Stevin, isto é, somar-se-á ao valor wh sempre, portanto, transmite-se para todo o resto do liquido. Uma aplicação prática desla lei é a amplificação , uisada em prensas hidraulicas. Figura 2.5 Principio da Prensa Hidraulica Vejamos: A Pressão aplicada é “P” e se propaga por todo o liquido. S2 > S1 Relacionando → = ·. → Olhando para esta expressão vemos que , como S2 é maior do que S1 , a Fôrça F2 foi multiplicada por um número maior do que 1.0 , e , portanto, amplificada. 2.4 Empuxos em superficies planas As forças aplicadas por liquidos em repouso são denominadas de empuxos. Figura 2.6 Placa plana imersa em um tanque com um liquido A placa plana de área S e de espessura desprezivel está submersa horizontalmente. O liquido tem peso especifico “w” e a placa se encontra a uma altura “h” da superficie. A pressão atmosférica que age na superficie é transmitida integralmente através do liquido para a face superior da placa. A Pressão atmosferica age também na face inferior da placa e se anula , uma vez que na parte superior temos a mesma pressão atmosférica , porém de sentido contrário. O empuxo será dado então por E = P.S = w h s aplicada no centrro de gravidade da placa. No caso de uma placa inclinada, teremos: Figura 2.7 Placa Plana e inclinada Figura2. 8 - Distribuição da pressão sobre a placa A distribuição de pressões deve ser uniforme, Agora hG = é a profundidade do centro de gravidade da placa hc = é a profundidade do centro de Empuxo ou centro de pressão. O valor de hc é dado pela expressão: = IG = é o momento de inercia da placa em relação ao eixo que passa pelo seu centro de gravidade Para placas retangulares temos EXEMPLO 2.1 - Calcular o momento da força necessária para abrir a comporta no sentido anti-horário. Figura 2.9 figura do exemplo 2.1 Calculos Calculo do hG hG = ( 10 -3 ) + 2.5 senα = 7 + 2.5x 3/5 = 8.5 m para uma placa retangular IG = = 20.83 m 4 Figura 1.10 Calculo da altura do centro de empuxo hC = Substituindo os valores, vem: 8.5 m + [ 20.83 m4/ (2x5) m2 x 8.5 m ] x [3/5]² = 8.588 m Calculo do empuxo Figura 2.11 O Momento será : = E. L Sen (α) = k/L → L = O Momento será então = 2x no sentido anti- horário. Resposta : Momento = 2x106 Nxm sentido anti horario 2.5 - Empuxo sobre superficies curvas Figura 2.12 - Superficie curva imersa em um liquido de peso especifico w Ex = Módulo da Componente horizontal do empuxo em X Ey = Módulo da componente horizontal em y As expressões respectivas para os modulos de empuxo nas direçoes x e y ficam: e O módulo do empuxo na direção Z será: = w. V = onde V = volume de liquido que repousa sôbre a superficie curva “S” e “GS “ é o peso deste volume de liquido. A linha de ação da componente verical do empuxo, passará pelo baricentro do volume liquido que repousa sôbre a superficie curva S. O volume V pode ser real ou virtual. Virtual: quando a linha de ação da componente vertical EZ do empuxo for ASCENDENTE ( de baixopara cima ) Real: Quando esta linha for DESCENDENTE (de cima para baixo) Exemplo 2.2 -- Determinar a resultante “P” devida a ação da água na área AB retangular de 1 m x 2 m. Dados: Momento de inercia para um retângulo, em relação ao eixo que passa pelo centro de gravidade Peso especifico da água → Figura 2.13 Solução Força exercia pelo volume de agua sobre a placa = E = Substituindo os valores, teremos: (2x1) [m²] = 5000 [kgf] Ponto de aplicação da fôrça: È dado pela expressão: Substituindo os valores, fica: + (2.5) = 2.63 [m] do ponto O1 Figura 2. 14 Exemplo 2.3 - : Determinar a força resultante devido à ação da água e qual a pressão na placa CD. CD é uma placa triangular que mede 2 mx 1.5 m de profundidade, ,conforme ilustrado na figura. Figura Figura 2.15 Dados: wAGUA = 1000 kgf/m³ Baricentro do triângulo: 1/3 da altura do triângulo a partir de sua base. Momento de inercia de um triângulo em relação ao eixo que passa pelo seu centro de massas ( ou baricentro) → Solução O empuxo, que é a força que a água faz sôbre a placa, incidirá no centro de pressões ( hCP ). O empuxo será então : hCG = é a altura do baricentro do triângulo até o nível da água. A = área da placa triangular Figura 2.16 O triângulo é isosceles e retângulo. Portanto a mediana também é altura e a altura do baricentrio será 1/3 a, onde a = altura do triângulo , a = 2.0 x sen ( 45º) = Portanto, a = 1.41 [m] A altura do baricentro será então: ( 1.41) / 3 = 0.430 [m] a partir de DE na figura acima. Calculo de hG Calculo da ãrea da placa triangular:: A= Substituindo os valores na expressão do empuxo, teremos: A força causada pela agua será 2050.58 kgf aplicada em CP. Calculo do hCP Onde: hG = 1.94 m IG = 1.5[m] x 1.41³ [m³] / 36 = 0.117 [m 4 ] A = 1.057 [m²] 1.997 [m] Pressão devido ao empuxo será : P = hG x wAGUA Substituindo os valores, teremos: 1.94 m x 1000 kgf/ m³ = 1940 [kgf/m²] Ou P = 1.94 [kPa] Fim da 1ª parte Capitulo 3 CINEMÁTICA DOS FLUIDOS Prof. José Antonio Batista Neto CONTEÚDO 3.0 - Introdução 3.1 – Propriedades da Velocidade 3.2 - Visões de Euler e Lagrange 3.3.- O Campo de Velocidades 3.4 - O campo da aceleração 3.5 - Exercicios de Aplicação 3.0 - Introdução Diferentemente dos sólidos, os elementos de um fluido em escoamento podem possuir diferentes velocidades e podem estar sujeitos a diferentes acelerações. Assim, tres conceitos fundamentais: a) O principio da Conservação da Massa, a partir do qual se desenvolve a equação da continuidade. b) O principio da energia cinética, que envolve velocidade do fluido. c) O principioo da quantridade de movimento, a partir do qual, as equações que determinam as forças dinamicas exercidas pelos fluidos em escoamento, podem ser estabelecidas. 3.1 Propriedades da Velocidade Em dadas situações, a determinação por experiência ou teoria das propriedades do fluído como função da posição e do tempo deve ser comsiderada para a solução de problemas. Em quase todos os casos, a enfase está na distribuição das propriedades do fluido nesse espaço-tempo. Estaremos mais interessados nas trajetórias individuais das particulas em sistemas. 3.2 Visões de Euler e Lagrange O método Euleriano descreve a distribuição da pressão ou campo de pressões em p(x, y, z ), e não se importa com a mudança da pressão com o tempo p (t). Visão de Lagrange: O metodo Lagrangeano descreve a particula individualmente, se movendo através do fluxo. Mais apropriado para utilização em mecânica dos solidos. Grande dificuldade para aplicações práticas em mecânica dos fluidos Ex: Imaginem um pásssaro em voo, com um radio transmissor, que, em cada segundo informa sua posição. (posição da particula em função do tempo). No método de Euler adota-se um intervalo de tempo, escolhe-se um volume de controle no espaço e se consideram todas as particulas que o atravessam, sem se preocupar com identificação destas particulas.. Figura 1 - Volume de Controle Interessa-nos então, a distribuição espaço-tempo nas propriedades do fluído cujas particulas mudam suas caracteristicas continuamente. 3.3 Campos de velocidades Destacada entre as propriedades de um fluxo está o campo de velocidades V (x, y, z, t). De fato, determinando a velocidade, outras propriedades podem ser determinadas, uma vez que dependem diretamente do campo de velocidades. Em geral, velocidade é um vetor função de posição e tempo, e assim, possue tres componentes u, v, w, cada um como um campo escalar em si mesmo. Assim temos: V (x, y,z,t) = u ( x,y,z,t) i + v( x,y,z,t) j + w ( x,y,z,t) k Considerando as variações infinitesimais da velocidade pode-se escrever: dt dt dt Na verdade a notação u, v, w é uso costumeiro em mecânica dos fluidos, ao invés de vx, vy e vz, que seriam as tres componentes de V. Então, diversas outras quantidades, chamadas de PROPRIEDADES CINEMATICAS de fluxos, podem ser derivadas por manipulação matemática do campo de velocidades. Assim, temos: 1 – Vetor deslocamento 2 – Vetor aceleração a = dv/dt 3 – Fluxo de volume 3.4 Aceleração do fluxo fluído Provém da propriedade já definida de campo de velocidades de fluxo, onde: a = dv/dt Considerando o vetor campo de velocidades variando com o espaço e com o tempo. Imagine um sistema de coordenadas cartesianaas ( x,y,z,t) no espaço, fixas, e um “ tunel de vento” em vidro transparente, com o fluido passando com velocidade por dentro deste fluxo. O vetor aceleração será dado por: Considerando-se que cada escalar u, v, w, são funções das quatro variaveis (x, y, z, t), usando a regra da cadeia, do CALCULO, temos: + + Mas, por definição: Logo: v + w Ou, utilizando os operadores V + v . Analogamente, para v e w teremos: . . Voltando para a expressão da aceleração e substituindo essas deduções. teremos: + u + v Como a pressão gera fôrça, e, onde temos força temos aceleração, podemos também escrever para Pressão: + u + v O termo → caso o fluxo seja independente do tempo. O fluxo convectivo ocorre mais em bocais ou difusores, onde a particula se move com variações de velocidade. Fluxos estaveis podem ter grandes acelerações devido ao termo convectivo. A cinemática dos fluidos estuda os seus movimentos em termos de deslocamentos, velocidades e acelerações sem levar em conta as forças que os produzem. O campo de velocidades interfere intimamente com propriedades termiodinâmicas dos fluidos. ; p, e T. EXEMPLO 3.1 – Dado o campo de velocidades V = 10 i+ (x² + y²) j – 2xy k. Qual a aceleração do fluido no ponto ( 3.1.,0) ? Solução V = ui + vj + wk u = 10 v = (x² + y² ) w = ( - 2 xy ) + u + v Analisemos os termos um a um : = 2y j – 2x k Para x = 3 e y = 1 Onde, o módulode a é dado por: | a | = = 112.43 [m/s] Visualização no gráfico: EXEMPLO 3.2 – Dado o campo de velocidades V = (6 + 2xy + t²) i + (xy² + 10 t ) j – 25k Qual a aceleração do fluido no ponto ( 3,1.0) e no instante t= 1? Solução u = ( 6 + 2xy + t²) v = (xy,² +10t) w = -- 2 5 + u + v = 2yi + y² j = 2xi + 2x j Substituindo os numeros: | a | = = 64.89 [m/s²] Exercicios Propostos 3.1 – Escrever a equação da velocidade e calcular a expressão para a aceleração, sendo conhecidos os componentes em x, y e z da velocidade. u = 2x² - xy + z² v = x² - 4xy + y² w = -2xy – yz + y² 3.2 Dados os componenetes : u = (2x – 3y) t v = ( x -2y) t w =0 Determinar a aceleração no ponto ( 2,3,5) EXEMPLO 3.3 - Seja um fluido incompressivel onde são conhecidos os componentes de sua velocidade em x e y . u = 4xy + y² + 3 t² v = (6xy +3x) t Calcule o modulo da aceleração no instante t = 5 segundos e nos pontos X =3 Y = 1 z = 0 FIM Capitulo 4 Escoamento Aulas do Prof José Antonio FENÔMENOS DE TRANSPORTES - A ANO : 2015 4.1 - Introdução Os elementos de um fluido em escoamento podem possuir diferentes velocidades e podem estar sujeitos a diferentes acelerações. Estudaremos os comportamentos de um fluido em uma condição de movimento. Os fluidos contêm um número de particulas cujas caracteristicas podem variar continuamente. 4.1.1 - Campo de aceleração Esta equação representa a variação da aceleração de um fluido no espaço e no tempo. 4.1. 2 - Os tres principios Fundamentais A teorias da mecânica dos fluidos se baseia em tres principios consideradods fundamentais para a explicação dos fenômenos a que estão submetidos os fluidos.; 1. O Principio da Conservação da Massa A massa que atravessa todas as secções de um tubo de corrente fluida por unidade de tempo é sempre a mesma. Este principio permite deduzir a equação da continuidade. representada matemáticamente ´por : = 0 2 A segunda Lei de Newton que diz que a somatória das forças que agem em uma particula em movimento relativo a um sistema de referência fixo, é igual à taxa de variação da quantidade de movimento linear. Matemáticamente podemos escrever: Onde p = m v quantidade de movimentio ou momentum linear. 3 Primeira Lei da Termidinâmica ou lei da conservação da Energia. Esta lei diz que a energia total do sistema é conservada. Isto significa dizer que esta lei deve ser satisfeita para todo e qualquer instante de tempo “t” (taxas) isto é, em qualquer instante precisaremos ter um equilibrio entre todas as taxas de energias , medidas em [Joules;/segundo], ou [ Watt ]. Deve satisfazer um equilibrio para qualquer intervalo de tempo ∆t, ou seja, um equilçibrio entre as trocas de quantidades de energia medidas em Joule. A nivel de taxas podemos escrever a primeira lei da termodinamica matemáticamente da seguinte forma: Esta equação nos diz o segjuinte: “A energia que entra no sistema aberto, menos a energia que sai do sistema aberto, mais a energia gerada dentro do sistema, é igual à energia armazenada no sistema.” Se (dE/dt)ARMAZENADA = 0 → EARMAZENADA = cte → o sistema é chamado de estacionário ou permanente. 4.1.2.1 - SISTEMA FECHADO Podemos imaginar um sistema fechado como sendo um volume com massa M, no espaço, e que não troca massa com o meio exterior, mas podendo trocar energia através de suas fronteiras. No sistema fechado temos uma situaç ão não instantânea, mas a variação de energia ocorre em um intervalo de tempo. Matemáticamente para um sistema fechado podemos escrever a primeira lei da termodinâmica da seguinte forma: dQ – dW = dE Esta equação nos diz que a energia que entra menos a que sai, é igual à energia armazenada total E do sistema. Figura 1 - Sistenma Fechado 4.1.2.2 - Sistema Aberto O sistema aberto também chamado de Volume de Controle, pode ser uma quantidade de volume e massa no espaço, porém ele se comunica com o meio ambiente podendo trocar massa e energia com o meio, Aqui no sistema aberto, temos situaçao instantânea, isto é; a energia varia por unidade de tempo. A equação da primeira lei aplicada a este sistema aberto, ficarà da seguinte forma: Figura 2 - Sistema Aberto Lembrete: Esta equação nos traduz que a energia que está entrando no sistema junto com a massa por unidadde de tempo, menos a que está saindo, também junto com a massa por unidade de tempo, mais a energia gerada dentro do sistema, é igual à energia acumulada Na equação acima, : m = é a massa por unidade de tempo (vazão massica) u = energia interna pV = energia devida à pressão V²/S = Energia Cinética gz = energia potencial em relação a um sistema de referência. Se e dE/dt = 0 → O sistema é estacionário ou permanente. 4..2 –Classificação dos Escoamentos Diz-se que um fluido está em escoamento, quando ele está em movimento. de translação., ou seja, possue velocidade. O escoamento pode ser: - Permanente (ou estacionário) - Uniforme ou não uniforme - Laminar ou Turbulento - Uni bi e tridimensional Figura 3 Esquema para classificação dos escoamentos Do diagrama acima, tiramos uma classificação para fluidos e para escoamentos, a saber: FLUÍDOS Newtonianos e Não Newtonianos - Nesta defini ç ã o, separamos os que seguem ( Newtonianos) e os que não seguem ( Não Newtonianos) a Lei de Newton da viscosidade Compressiveis e incompressiveis Nos fluidos compressiveis a massa especifica não é constante . São os gases e vapores. Nos fluidos incompressiveis (liquidos em geral) podemos considerar a massa especifica como constante ao longo do escoamento. Viscosos e Não viscosos Nos viscosos a viscosidade dinâmica ( µ ) n ã o é nula., ou seja é diferente de zero. Nos fluidos não viscosos esta consideraç ã o só é feita para aqueles casos onde a viscosidade tem um valor muito baixo. Por exemplo: á gua. A viscosidade é tabelada. Todos os fluidos t ê m viscosidade. Portanto, não existe fluido sem viscosidade. O que se faz ao afirmar que ela é zero é apenas para aproximaç õ es permitidas por nã o oferecer resultados que tem influ ê ncia nos problemas. Portanto, o uso e consideraç ã o de µ = 0 é apenas simplifica ç ã o. ESCOAMENTOS Permanente - Uniforme e não uniforme Uni dimensional, Bi dimensional e tridimensional Laminar ou Turbulento 4.3 – Escoamentos Unidimensionais e Bidimensionais É unidimensional ou unidirecional, quando apenas uma coordenada é suficiente para descrever as propriedades do fluido. Hipóteses práticas: 1– a variaç ã o da sec ç ã o transversal é muito pequena 2 - o perfil de velocidades não varia ao longo do tubo. 3 - - a velocidade, a press ã o, e a massa especifica t ê m varia ç õ es despreziveis para cada secção em cada instante Figura 4 Escoamento unidimensional A direç ã o e a intensidade da velocidade é a mesma em cada secç ã o e em cada ponto da secç ã o. Observar que em secç õ es diferentes podemos ter velocidades diferentes, porém , na seccç ã o ela não varia. No escoamento bidimensional
Compartilhar