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TGDPri Casos 3, 4, 5 e 6 – 1ª Rodada Caso 3 – Ana Paula Mendes X Joaquim Palhares Autor: Ana Paula Mendes – Márcio Gabriel Réu: Joaquim Palhares – Mércio Pedido do autor: indenização por danos morais contra ele, pelo fato de ele ter desmarcado o casamento na véspera. Argumento do autor: o fato gerou uma série de constrangimentos e humilhações, pois Joaquim comentou com amigos próximos que a razão da ruptura seria o fato de que Ana Paula o estava traindo, o que seria mentira, a qual fora espalhada por toda a cidade, comprometendo sua reputação. Joaquim, no dia antes do casamento, cancelou e espalhou boatos de traição. Acusação mentirosa e muito séria abalo psicológico Comportamento excessivamente ciumento do réu Toda a cidade acreditava que ela traíra o noivo mancha a reputação e imagem de Ana danos à moral Artigos 186, 187, 127 do Código Civil Exposição à situação vexatória e constrangedora Joaquim teria conhecimento de que, ao contar para os amigos íntimos, já haveria situação vexatória, e que o boato se espalharia Abalo maior por ter sido o noivo a espalhar, apesar de noivado não constituir obrigação, eles tinham a intenção de estabelecer uma união Jurisprudência e doutrina já concedem danos morais a esse caso Argumento do réu: O noivado não gera nenhum tipo de direito ao casamento, motivo pelo qual ele poderia romper o compromisso a qualquer momento. Teria uma razão para o rompimento: a traição de Ana Paula. Tentara ser discreto, comentando apenas com os amigos mais próximos, não sendo imputável a ele que a cidade inteira tomasse conhecimento disto. A autora alega os fatos morais com relação à sociedade, não na sua mentalidade, psicologia, efeitos psicológicos honra objetiva, não subjetiva O cancelamento do casamento relação entre o casal de direito potestativo – qualquer uma das partes poderia ter cancelado o compromisso, sem a concordância do polo passivo da relação Motivação: o cliente estava sendo traído pela autora dever jurídico da fidelidade Art. 1704 Detrimento ao princípio do ___ - dano sentimental, humilhação e processo judicial Teoria das esferas – Alexy Réplica do autor: A traição é mentira, não há prova do alegado. Caso 4 – Cassio Fernandes X Modesto Fernandes Autor: Cassio Fernandes - Graziele Réu: Modesto Fernandes - Lussana Pedido do autor: indenização por danos morais em razão do abandono afetivo. Argumento do autor: processou o pai alegando que ele sempre fora um pai omisso, trazendo-lhe abalos psicológicos consideráveis. Art. 34 Estatuto da Criança e do Adolescente 238, inciso II, Código Civil 16 e 34 CC Família não é apenas o teto Obrigação de dar o mesmo cuidado a todos os filhos Culpa do requerido – dano causado – nexo causal Argumento do réu: Amor não pode ser uma obrigação jurídica. Sempre deu ao filho suporte material e psicológico. O filho nunca o amou ou tratou com carinho. O filho não comprovou nenhum tipo de abalo psicológico; e Ainda que estivesse falando a verdade, o direito não pode obrigar ninguém a amar e muito menos substituir o amor por uma indenização em dinheiro. Não há nexo de causalidade O pai estava presente Não houve ação ou omissão do cliente Afetividade X afeto – não há como se obrigar alguém a amar outrem Expressão da personalidade Não há prova Réplica do autor: O pai lhe dava apoio material, mas não suporte afetivo e psicológico; Os transtornos psicológicos decorrentes seriam óbvios e não precisavam de prova específica; A indenização tem caráter punitivo e pedagógico, a fim de dar resposta a um comportamento não admitido pelo direito. Caso 5 – Associação Brasileira de Defesa dos Direitos LGBTI X Erivaldo Cruz e Igreja Jesus é a Salvação Autor: Associação Brasileira de Defesa dos Direitos LGBTI - Sabrina Réu: Erivaldo Cruz e Igreja Jesus é a Salvação Pedido do autor: requereu que o pastor seja proibido de fazer afirmações contra a homossexualidade nos cultos, bem como que ele e a Igreja sejam condenados em danos morais coletivos pela ofensa à honra de todos os homossexuais. Argumento do autor: O Pastor Erivaldo Cruz em suas pregações, afirma que a homossexualidade é pecado, o que estimularia o preconceito contra homossexuais. Pregar discriminação Doutrinar que os homossexuais merecem menos respeito Incitar a homofobia e recurso discriminatório Gerar agressão Suécia e Canadá Riscos reais à comunidade – suicídios, homicídios Limitação do direito de expressão para proteção de outros direitos Art. 4º CF Bíblia usada para legitimar discursos como escravidão e genocídio Direitos fundamentais devem ser garantidos Todas as formas de preconceito devem ser repudiadas Argumento do réu: Exercício regular da sua liberdade religiosa e de expressão; Não fora praticado discurso de ódio, limitando-se a qualificar a conduta no plano religioso. Proibir os réus de falar sobre o pecado em discussão seria um precedente perigoso, pois toda a religião se baseia em um determinado estilo de vida a ser seguido e repudia as condutas consideradas de pecados. O pastou se limitou a citar os preceitos da Bíblia que apoiam suas conclusões, sempre dentro do espaço da Igreja e de forma respeitosa aos homossexuais, o que afastaria a abusividade da conduta. Artigo 5º CF – direito de crença Proibir seria violar o direito de crença e pensamento e consciência Art. 44 CC – organizações religiosas = pessoas jurídicas de código privado – âmbito da Igreja Ao caracterizar a homossexualidade como um pecado, não há intenção de ofender e sim de condenar uma prática Caso 6 – João Cardoso X Evaldo Martins Autor: João Cardoso Réu: Evaldo Martins Pedido do autor: condenação do réu em danos morais. Argumento do autor: o réu começou a gritar para ele em um restaurante, durante um jantar com a esposa, que ele não representava o povo brasileiro, já que era réu de ação penal por corrupção, levando várias pessoas do restaurante a gritar que o autor era ladrão e corrupto, abalando a sua honra e atrapalhando o momento de lazer e descanso com a esposa. Argumento do réu: Liberdade de expressão política, que envolve o direito de se manifestar em espaços públicos e demonstrar sua indignação O réu se limitou a relatar fatos verdadeiros, amplamente divulgados pela imprensa e quem xingou realmente o autor foram as outras pessoas do restaurante. Réplica do autor: Direito à manifestação política precisa respeitar a privacidade Todos os xingamentos começaram a partir da provocação do réu. Temas conexos: Caso Edmundo, critérios para identificar abusos na liberdade de imprensa, casos de reclamações de consumidores, diferenças entre liberdade de imprensa e liberdade de manifestação do cidadão.
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