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Mantenedora ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO OBJETIVO Mantida UNIVERSIDADE PAULISTA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA São Paulo – SP Volume I 2 Sumário 1 APRESENTAÇÃO .................................................................................. 6 1.1 Denominação do curso........................................................................................................ 6 1.2 Modalidade ......................................................................................................................... 6 1.3 Local da oferta ..................................................................................................................... 6 1.4 Regime de matrícula ........................................................................................................... 6 1.5 Turnos de funcionamento ................................................................................................... 6 1.6 Duração do curso ................................................................................................................ 6 1.7 Carga horária do curso ........................................................................................................ 6 1.8 Base legal ............................................................................................................................. 6 1.8.1 Do credenciamento ...................................................................................................... 7 2 DADOS INSTITUCIONAIS ..................................................................... 7 2.1 Da instituição de ensino e da entidade mantenedora ........................................................ 7 2.1.1 Histórico da IES ............................................................................................................. 7 2.1.2 A missão institucional ................................................................................................... 8 2.1.3 Vocação da universidade ............................................................................................. 8 2.1.4 A Educação a Distância na Universidade Paulista ........................................................ 9 2.1.4.1 Sistema de Ensino Interativo (SEI) ........................................................................... 12 2.1.4.2 Sistema de Ensino Presencial Interativo I (Sepi I) ................................................... 13 2.1.4.3 Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II) ................................................. 13 2.1.5 Metodologia de ensino‐aprendizagem ...................................................................... 14 3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA .................................................... 16 3.1 Instalações dos campi ....................................................................................................... 16 3.2 Os polos de apoio presencial ............................................................................................ 16 3.3 Sede da UNIP Interativa .................................................................................................... 18 3.4 Da tecnologia ..................................................................................................................... 18 3.5 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) ........................................................................ 20 3.5.1 Blackboard .................................................................................................................. 20 3.5.2 Moodle ....................................................................................................................... 21 4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ..................................................................... 22 4.1 Sistema de comunicação ................................................................................................... 24 4.1.1 Sobre os meios ........................................................................................................... 24 3 4.1.2 Material didático ........................................................................................................ 25 4.1.2.1 Livro‐texto ............................................................................................................... 25 4.1.2.2 Materiais didáticos da disciplina ............................................................................. 27 4.1.2.3 Teleaulas ................................................................................................................. 28 4.1.2.4 Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA ............................................................. 28 4.1.3 Concepção de avaliação ............................................................................................. 30 4.1.4 Gestão acadêmico‐administrativa ............................................................................. 32 4.1.5 Biblioteca .................................................................................................................... 33 4.1.5.1 Gestão das bibliotecas e do acervo dos polos EaD ................................................. 33 4.1.5.2 Serviço de processamento técnico ......................................................................... 33 4.1.5.3 Informatização do acervo e serviços ....................................................................... 33 4.1.5.4 Acervo ..................................................................................................................... 34 5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA ......................................................... 35 5.1 Coordenação de curso ....................................................................................................... 35 5.1.1 Estrutura organizacional ............................................................................................ 35 5.2 Coordenador do curso ....................................................................................................... 36 5.3 Composição e funcionamento do Colegiado de Curso ..................................................... 37 5.4 Atenção ao discente .......................................................................................................... 38 5.4.1 Apoio aos discentes .................................................................................................... 40 5.4.2 Núcleo de Acessibilidade e Apoio Psicopedagógico...................................................41 6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ......................... 42 6.1 Formação acadêmica e profissional .................................................................................. 42 6.2 Regime de trabalho ........................................................................................................... 43 6.2.1 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa ............................................................. 44 6.3 Apoio didático‐pedagógico aos docentes ......................................................................... 45 6.3.1 Apoio didático‐pedagógico ........................................................................................ 45 6.3.2 Capacitação ................................................................................................................ 45 6.4 Núcleo Docente Estruturante............................................................................................ 46 6.4.1 Corpo técnico‐administrativo ..................................................................................... 46 6.5 Atividades acadêmicas articuladas com a formação – pesquisa e extensão .................... 48 6.5.1 Programa de Iniciação Científica ................................................................................48 6.5.2 Pesquisa ...................................................................................................................... 48 6.5.3 Revista Científica Scitis.......................................................................................................49 4 6.5.4 Pós‐graduação stricto sensu ...................................................................................... 50 6.5.5 Pós‐graduação lato sensu .......................................................................................... 50 6.5.6 Relações Internacionais..............................................................................................50 6.5.7 Extensão Comunitária ................................................................................................ 52 7 ORGANIZAÇÃO DO CURSO ............................................................... 52 7.1 Projeto Pedagógico do Curso ............................................................................................ 53 7.1.1 Relevância social do curso de Pedagogia ................................................................... 54 7.1.2 Metas do Plano Nacional de Educação (PNE) ............................................................ 60 7.1.3 Demanda nacional do curso ....................................................................................... 62 7.1.4 Formas de acesso ao curso ........................................................................................ 65 7.2 Concepção do curso .......................................................................................................... 65 7.2.1 Histórico do curso ...................................................................................................... 65 7.2.2 O curso de Pedagogia da UNIP ................................................................................... 69 7.2.3 Organização didático‐pedagógica .............................................................................. 72 7.3 Objetivos do curso ............................................................................................................. 73 7.3.1 Objetivos gerais .......................................................................................................... 73 7.3.2 Objetivos específicos .................................................................................................. 74 7.4 Perfil do egresso ................................................................................................................ 76 7.4.1 Competências ............................................................................................................. 77 7.5 Mercado de trabalho ......................................................................................................... 79 7.6 Estrutura curricular ........................................................................................................... 81 7.6.1 Eixos estruturantes ..................................................................................................... 84 7.6.2 Núcleos de estudos .................................................................................................... 88 7.6.2.1 Núcleo de estudos básicos ...................................................................................... 88 7.6.2.2 Núcleo de aprofundamento de estudos e diversificação de estudos ..................... 90 7.6.2.3 Núcleo de estudos integradores ............................................................................. 91 7.7 Conteúdos básicos, específicos e teórico‐práticos ........................................................... 93 7.8 Matriz curricular ................................................................................................................ 94 7.9 Carga horária ................................................................................................................... 100 7.10 Disciplinas optativas ...................................................................................................... 100 7.10.1 Ementário das disciplinas optativas ....................................................................... 100 7.11 Disciplinas de nivelamento ............................................................................................ 102 7.12 Ementário e bibliografia das disciplinas regulares ........................................................ 103 7.13 Atividades complementares .......................................................................................... 142 5 7.14 Estudos Disciplinares (ED) ............................................................................................. 144 7.15 Estágio Supervisionado ................................................................................................. 144 7.16 Prática pedagógica do curso de Pedagogia ................................................................... 146 7.17 Projeto: “Construção de Brinquedos e Organização de Brinquedotecas nos Polos” ......................................................................................................................................... 147148 7.18 Projetos e práticas de ação pedagógica ........................................................................ 148 7.18.1 Operacionalização dos projetos ............................................................................. 152 7.19 Trabalho de Conclusão de Curso ................................................................................... 153 REFERÊNCIAS.................................................................................................................155 6 1 APRESENTAÇÃO 1.1 Denominação do curso Curso de Licenciatura em Pedagogia. 1.2 Modalidade Educação a distância (EaD). 1.3 Local da oferta O curso de Pedagogia na modalidade EaD é oferecido nos polos de apoio presencial distribuídos em todo o território nacional. 1.4 Regime de matrícula Seriado semestral. 1.5 Turnos de funcionamento Os momentos presenciais com aulas no formato Sepi ocorrem no período noturno. Outras atividades podem ocorrer no período integral e/ou finais de semana de acordo com o calendário acadêmico. 1.6 Duração do curso O curso tem duração de 3 anos. 1.7 Carga horária do curso Carga horária do curso: mínimo de 3.280 horas. 1.8 Base legal O curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista (UNIP), em consonância com os regimentos do Núcleo Docente Estruturante do curso – que regulamentam o NDE (Núcleo Docente Estruturante), suas atribuições e responsabilidades referentes à formulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e sua implementação e desenvolvimento –, os preceitos da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica (Resolução CNE/CP nº 1/2002), os Parâmetros Curriculares Nacionais instituídos para o Ensino Fundamental e 7 Médio e a Resolução CNE/CP nº 2/2002, foi concebido com base na Resolução CNE/CP nº 1/2006, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Licenciatura em Pedagogia. Pautou-se também no que se refere à acessibilidade de portadores de necessidade especiais, presente no Decreto nº 5.296, de 02 de dezembro de 2004, no que se refere à Língua Brasileira de Sinais, a partir do Decreto nº 5626/2005, e no que corresponde ao estágio de estudantes, disposto na Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. 1.8.1 Do credenciamento O credenciamento da UNIP para a oferta da modalidade EaD, conforme as portarias MEC nº 3.633, de 9 de novembro de 2004, e MEC nº 3.475, de 22 de outubro de 2004, resultou das experiências anteriores da IES e possibilitaram que a Universidadeampliasse sua atuação na EaD. Conforme Portaria MEC nº 188, de 3 de fevereiro de 2017, a Universidade Paulista (UNIP) fica recredenciada para a oferta de cursos superiores na modalidade a distância. 2 DADOS INSTITUCIONAIS 2.1 Da instituição de ensino e da entidade mantenedora A UNIP é atualmente mantida pela Assupero – Associação Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo, CNPJ nº 06.099.229/0001-01, associação civil sem fins lucrativos e com fins educacionais, com sede e foro na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, situada na Avenida Paulista, 900, 1º andar, no bairro da Bela Vista, CEP 01310-100. A Assupero é pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com estatuto registrado e protocolado em microfilme no Quarto Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo, em 4 de fevereiro de 2004, sob o número 477740. A UNIP possuía como mantenedora anterior a Supero – Sociedade Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo, tendo sua transferência de mantença analisada e aprovada pelo Ministério da Educação. 2.1.1 Histórico da IES A iniciação da UNIP no Ensino Superior ocorreu em 1972, por meio do IUP, Instituto Unificado Paulista, com a oferta dos cursos de Letras, Pedagogia, Comunicação Social e Psicologia, reconhecidos pelo Decreto Federal nº 77.546/76. Posteriormente, foi autorizado a funcionar, como habilitação do curso de Letras, o curso de Tradutor e Intérprete, também reconhecido pelo Decreto nº 77.546/76. A partir do IUP, a organização, em permanente processo de crescimento, solicitou e obteve do Conselho Federal de Educação, em 1975, a autorização 8 para o funcionamento do IEEP, Instituto de Ensino de Engenharia Paulista, nas habilitações Civil, Mecânica e de Produção Mecânica, todas reconhecidas pela Portaria nº 26/82, publicada em 12 de janeiro de 1982. O curso de Ciência da Computação foi criado por meio do Decreto nº 95.005, de 5 de outubro de 1987, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial nº 1.201/92. O curso de Tecnologia em Processamento de Dados foi criado por meio do Decreto nº 95.484, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial nº 2.023/91. O curso de Odontologia, afeito ao IOP, Instituto de Odontologia Paulista, foi autorizado a funcionar pelo Decreto Federal nº 85.791, de 9 de março de 1981, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial nº 456/84. Vinculado ao IOP, foi solicitado o funcionamento do curso de Farmácia, autorizado a funcionar pelo Decreto Federal nº 95.239, de 13 de novembro de 1987, reconhecido pela Portaria nº 984/93 publicada em 8 de julho de 1993. Em 9 de novembro de 1988, por meio da Portaria Ministerial nº 550, foi autorizado pela via do reconhecimento o funcionamento da UNIP, integrada, inicialmente, pelos cursos até então vinculados aos três institutos mencionados e pelos cursos de Estudos Sociais, com habilitação em História e Geografia, e Ciências, com habilitação em Matemática, recebidos por transferência de mantença da Universidade São Francisco. 2.1.2 A missão institucional Conforme citado no PDI atualmente em vigor na UNIP, a missão de uma universidade está intrinsecamente relacionada a um compromisso permanente com princípios e propósitos que lhe imprimam um caráter, diferenciando-a de outras instituições congêneres. Sendo assim, a Universidade Paulista – UNIP tem como missão: Promover o ensino, a pesquisa e a extensão, aplicando-os a serviço do progresso da comunidade que vive em sua área de abrangência e influência, contribuindo para o fortalecimento da solidariedade entre os homens e para o esforço de desenvolvimento do País. (PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP, 2008/2017, p. 8) Na busca por seus objetivos, a instituição obedece estritamente aos princípios de respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos fundamentais, prescrevendo quaisquer formas de discriminação. 2.1.3 Vocação da universidade 9 Conforme descrito no Projeto Pedagógico Institucional – PPI –, mais precisamente na página 12, a vocação da Universidade Paulista é “preparar profissionais competentes, com sólida formação humanística e técnico-científica, conscientes do seu papel social e do compromisso com a cidadania”. Assim, a UNIP trilha seu caminho como instituição de Ensino Superior, “contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável não apenas dos Estados em que atua, mas também de todo o país”. O mesmo documento traça o perfil das ações e padrões de conduta adotados pelos profissionais envolvidos, direta e indiretamente, no cotidiano da universidade. Valendo-se dos preceitos descritos no PPI, documento que fixa os propósitos e metas a serem alcançados durante a formação dos alunos, os critérios norteadores para a definição do perfil do egresso pautam-se por uma visão humanista, que internaliza valores como responsabilidade social, justiça e ética profissional. O intuito da seleção de tais valores reside na maneira de integrar produtivamente conhecimentos, competências e talentos na formação do futuro profissional. A consagrada articulação entre ensino, pesquisa e extensão é fundamental para a sustentação da instituição. A qualidade do ensino vincula-se fortemente à competência em pesquisa enquanto que as atividades de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino. A participação de alunos em atividades de pesquisa e extensão, entre outras, constitui situação essencial do conhecimento acadêmico, profissional, completa a formação integral do aluno. A Universidade Paulista é uma instituição de ensino multicampi que atende à demanda educacional de 180 mil estudantes. Os campi da UNIP encontram-se localizados em 12 unidades na cidade de São Paulo e em 14 cidades do Estado de São Paulo. A UNIP também está presente nos municípios de Manaus, Brasília e Goiânia, oferecendo cursos na modalidade presencial. No que diz respeito à modalidade EaD – Educação a Distância –, a UNIP conta com 798 polos distribuídos em todos os Estados da federação. 2.1.4 A Educação a Distância na Universidade Paulista A Educação a Distância, embora exista há mais de um século, tem adquirido força e legitimidade no País nos últimos 20 anos, motivada por 10 uma sociedade que se transforma continuamente do ponto de vista socioeconômico e do desenvolvimento tecnológico. O Censo EaD.br: 2009/ABED1 apresenta o ano de 1994 como o de início dos cursos a distância no Brasil. E aponta o período entre 2004 e 2007 como o de maior crescimento da oferta de cursos a distância. A demanda pela EaD concentra alunos na faixa etária de 31 a 40 anos, 56% feminino. A procura pela educação na modalidade a distância continua em expansão, e a expectativa é de que o crescimento da demanda persista nos próximos anos. O Censo EaD.br 20152 contabilizou 5.048.912 alunos de todos os níveis: graduação, tecnológico e de extensão, presencial, totalmente a distância, semipresenciais, livres não corporativos, presenciais, livre corporativos, registrando 1.108.021 em cursos regulamentados totalmente a distância e semipresenciais (ABED, 2015). No total, em 2015, os alunos na modalidade a distância atingiram o total de 1.393.752 e representou participação de 17,4% no total de matrículas da educação superior, dos quais cerca de 70% dos alunos matriculados estudam e trabalham. A maioria dos estudantes está matriculada em cursos de bacharelado (68,7%), seguidos pela licenciatura (18,3%) e os cursos tecnológicos (12,6%). Essa procura resulta, dentre outros fatores, do uso intensivo dos modernos recursos de informação e comunicação, a exemplo dos telefones celulares, tablets e computadores portáteis. A utilização da tecnologia expande-se em todas as classes sociais, superando as barreirasna relação interpessoal e ampliando os horizontes espaço-temporais, alterando a posição dos elementos e das pessoas envolvidas no processo de construção e transmissão do conhecimento. As mudanças iniciadas no último século sinalizam a emergência de novos paradigmas e convidam todos a participar da construção de uma sociedade que utilize as ferramentas tecnológicas para o estabelecimento de vínculos que favoreçam a inclusão e a sobrevivência do planeta. Esse contexto exige o desenvolvimento de modelos pedagógicos inovadores que incluam tanto a experiência técnico-humana quanto o desenvolvimento tecnológico. Coerente com essa tendência, a Universidade Paulista – UNIP procura viabilizar o emprego das mais avançadas tecnologias da informação e da comunicação no processo educacional como instrumento de apoio na formação acadêmica e técnica de seus alunos, o 1 ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância). São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. Ed. Bilíngue: português/inglês. 2 ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância). São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. Ed. Bilíngue: português/inglês. 11 que representa um diferencial determinante na preparação dos futuros profissionais. Gráfico 1: Número de matrículas em cursos EaD no biênio 2014/2015. Fonte: Adaptado do Censo EaD,br (2014/2015). ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância). São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p.45. A Unip Interativa, parametrizada pela missão institucional, acompanha os dados quantitativos para poder discutir, com eficácia, a ressignificação da educação a distância (EaD) no Brasil, afinal, tanto pela grandeza geográfica, quanto pela diversidade, o tema envolve aspectos essenciais como: inclusão, regionalização e formação personalizada. Assim, apoiada na informação apresentada no gráfico 1, as análises da EaD indicam a potencialidade de crescimento rápido no país. Assim, o curso ofertado na educação a distância atende perfeitamente a necessidade de qualificação presente na atualidade competitiva das empresas, e também, a necessidade financeira dos alunos de menor poder aquisitivo, uma vez que representa baixo custo para o aluno. Atende ainda a necessidade específica dos estudantes que dependem de flexibilidade de tempo para seguir o programa ofertado pela Instituição de Ensino Superior. A modalidade EaD, como um sistema específico de ensino-aprendizagem, necessita de uma gestão acadêmico-administrativa distinta daquela que atende à modalidade presencial, visto que a modalidade, as ferramentas e os processos são outros devido à distância física entre atores. Por essa razão, a UNIP instituiu o Centro de Educação a Distância – UNIP Interativa, órgão suplementar da Universidade, responsável pela coordenação, supervisão, assessoramento e prestação de suporte técnico à execução de atividades pedagógicas e da formação na EaD pelos institutos que compõem a Universidade Paulista. No intuito de atender às demandas específicas das diversas regiões, a UNIP Interativa oferece os seguintes formatos na modalidade EaD: o Sistema de Ensino Interativo (SEI), o Sistema de Ensino Presencial Interativo 12 I (Sepi I) e o Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II). Embora os formatos apresentem características diferentes, todos mantêm a qualidade exigida pela UNIP para os seus cursos. Os formatos encontram-se configurados conforme visto a seguir. 2.1.4.1 Sistema de Ensino Interativo (SEI) Esse formato privilegia o ensino no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). No AVA, o aluno acessa todo o conteúdo disponibilizado, a qualquer momento, pela internet. Isso possibilita ao estudante a organização do seu ritmo de estudo. O SEI prevê, ainda, momentos presenciais que perfazem 20% (vinte por cento) da carga horária total do curso. A interação com o professor ocorre por meio do fórum, que acontece durante a disciplina. Esse espaço é utilizado para debates entre alunos, professores, tutores a distância, que atuam na mediação das ações pedagógicas por e-mail, telefone e pelo feedback postado no AVA, além de servir para o acompanhamento dos trabalhos realizados e das avaliações dos alunos. Nesse formato, é disponibilizado o plantão tutorial presencial, realizado por profissional habilitado na área específica de atuação. Ele orienta os alunos com relação ao AVA, auxilia na organização dos estudos, na realização dos estágios e nas atividades complementares e facilita a interação dos alunos com o polo, onde o aluno deve realizar suas avaliações e atividades e participar dos encontros programados. Cada disciplina está dividida em unidades, sendo que, para cada uma, o aluno deve assistir à teleaula sem a obrigatoriedade de data e horário, devendo estudar o conteúdo referente a cada unidade, realizar as atividades propostas pelo professor e responder aos questionários no AVA, respeitando o período preestabelecido em calendário acadêmico. Os slides utilizados pelos professores nas teleaulas, contendo os principais tópicos da unidade, também ficam disponíveis no AVA. O aluno deve desenvolver todas as atividades previamente descritas antes de passar para a unidade subsequente. Os momentos presenciais que o aluno deve cumprir constam do calendário acadêmico e da plataforma acadêmica. São eles: • módulo de Introdução à EaD; • aula inaugural com o coordenador do curso; 13 • palestras sobre temas pertinentes ao curso; • atendimento pedagógico para a elaboração dos projetos e trabalhos de conclusão de curso e para as práticas docentes ou de ação pedagógica; • atendimento e supervisão das atividades que envolvem os estágios; • avaliações; • entrega de documentos, trabalhos e atividades complementares. 2.1.4.2 Sistema de Ensino Presencial Interativo I (Sepi I) Esse formato prevê tanto momentos de atividades no AVA como encontros presenciais semanais no polo de apoio presencial. Nesse formato, o aluno deve comparecer ao polo para acompanhar de forma síncrona a exibição das teleaulas e interagir com o professor no decorrer das aulas. Também são propostas atividades presenciais, que o aluno deverá desenvolver com os colegas, além de encaminhar via chat as soluções ou dúvidas sobre o tema sugerido. Essas atividades são acompanhadas por tutores presenciais. O aluno participa ainda do plantão tutorial presencial semanal. O estudante deve realizar suas avaliações, atividades e encontros programados pela legislação no polo de apoio presencial no decorrer do curso. Deve participar também do módulo de Introdução à EaD, da aula inaugural e das palestras. Cada disciplina está dividida em unidades. Em cada unidade, o aluno deve: assistir à teleaula no polo no qual está matriculado, seguindo o calendário escolar; ler os conteúdos oferecidos e responder aos questionários; participar dos encontros com os tutores no polo, bem como dos chats, e realizar as demais atividades previstas para a unidade. Os slides utilizados pelos professores na teleaula permanecem disponíveis no AVA. 2.1.4.3 Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II) Esse formato privilegia dinâmicas acadêmicas presenciais com o aluno, com o objetivo de promover a flexibilidade, a interdisciplinaridade e a articulação entre teoria e prática. O planejamento é feito pelos docentes das disciplinas e coordenadores. A orientação fica a cargo dos tutores presenciais e/ou professores consultores. Além dos encontros presenciais, existem atividades acadêmicas a serem realizadas no AVA. 14 O AVA do Sepi II é um sistema formado por soluções integradas degerenciamento de aprendizagem, conhecimento e conteúdos on-line, que proporcionam a interação entre alunos e tutores. Por meio do AVA, são disponibilizados aos alunos textos e questionários, que deverão ser desenvolvidos no decorrer do semestre. Por meio dos questionários, os alunos acompanham e avaliam o seu progresso no processo de ensino- aprendizagem. O aluno conta com o apoio da equipe da tutoria a distância, que o orienta no desenvolvimento de seus estudos no decorrer do semestre letivo. A ferramenta utilizada no AVA é o fórum de discussão, que promove a comunicação, a aprendizagem colaborativa e a interação entre alunos e tutores. Os fóruns são acompanhados diariamente pela tutoria a distância, e as dúvidas são respondidas em, no máximo, 48 horas. Todo material relativo ao conteúdo ministrado está disponível nos seguintes formatos de arquivo: interativo (Flash e Silverlight), documento do Word, documento PDF e slides em Powerpoint, entregues aos alunos por meio de CDs e também disponibilizados no AVA. 2.1.5 Metodologia de ensino-aprendizagem Os princípios metodológicos são estabelecidos em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Não obstante, em congruência com essa orientação, este método articula os espectros dos valores humanísticos, difundindo a inserção teórica na realidade e promovendo a interação do homem com o mundo. Inspirados nessa Filosofia, os cursos superiores de licenciatura desenvolvem seus conceitos educacionais pautados na abordagem sociointeracionista, que concebe a aprendizagem como um fenômeno que realiza a interação com o outro; portanto, a aprendizagem possui dimensão coletiva. Segundo Vygotsky, a aprendizagem deflagra vários processos internos de desenvolvimento mental, que tomam corpo somente quando o sujeito interage com objetos e sujeitos em cooperação. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento. Assim, um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal. Como metodologia de ensino-aprendizagem, o curso superior de licenciatura adota atividades como aulas expositivas, aulas dialogadas, dinâmicas de grupo, leituras comentadas, visitas técnicas, palestras, pesquisa bibliográfica e outras atividades acadêmico-científico-culturais, visando à oferta de experiências diversificadas aos discentes. O curso busca o desenvolvimento de programas que privilegiem o enlace entre a teoria e a prática, enfocando o uso e a adequação de recursos audiovisuais, tecnológicos, de novos métodos e técnicas de ensino, procurando o aperfeiçoamento do trabalho acadêmico e sua aplicação profissional. A 15 integração entre estudos teóricos, aulas e atividades práticas é exercida por meio de atividades complementares, trabalhos individuais e em grupo, projetos de ação pedagógica, atividades de práticas docentes e atividades de extensão. A EaD é uma modalidade educacional cuja característica principal é a forma de interação, tendo como instrumento facilitador a comunicação baseada em recursos diversificados. Nessa perspectiva, a UNIP Interativa oferece o contato visual, auditivo e verbal direto e frequente por meio de suas aulas, recursos didáticos e dialógicos que promovam a interatividade e estimulem a aprendizagem dos estudantes. Levando em consideração as demandas específicas, motivadas pelo processo de ação e reflexão, confluentes e divergentes, de pessoas oriundas de diversas regiões, a UNIP Interativa utiliza teleaulas, materiais impressos, chats, fóruns, textos complementares, slides de teleaula, atividades complementares, projetos e práticas de ação pedagógica e questionários para efetivar uma interação de qualidade, a fim de proporcionar a dialogicidade necessária, tendo em vista contribuir para a construção do conhecimento entre os agentes envolvidos no processo de ensino- aprendizagem. No curso de Pedagogia, as atividades seguem uma dinâmica que pressupõe, além dos momentos de interação com o professor, o auto aprendizado (aprendizagem independente). De acordo com Barreto (2007), o enfoque da autoaprendizagem ou aprendizagem independente surgiu no mundo inteiro a partir dos anos 1970, com o objetivo de criar um modelo de organização mais flexível no processo de ensino-aprendizagem e buscando ofertar não um programa universitário padronizado, mas programas alternativos capazes de atender necessidades e interesses mais específicos ou, ainda, voltados para o desenvolvimento de competências. É sob esse contexto que podemos ressaltar que a EaD, mesmo sendo uma forma de aprender que afasta fisicamente o aluno do professor, pode aproximar o autoaprendiz de cursos de seu interesse e proporcionar a formação continuada em diversos setores da sociedade. Diante disso, entendemos que o aluno deve ser incentivado a estudar e pesquisar de modo independente e com atividades extras, tendo como intuito o fortalecimento do aprendizado colaborativo, a dinamização da comunicação e a utilização das ferramentas existentes. Saber comunicar-se, descrever, analisar e sintetizar fatos e informações tirados da vida cotidiana, das relações na família, na comunidade, no curso e na empresa e saber trabalhar em grupo de maneira participativa são partes das estratégias de maior investimento do aluno em sua formação, pois isso fortalece o saber científico e o que advém da experiência. Estratégias de ensino que 16 incorporem a experiência de vida dos alunos os ajudam a ter um maior rendimento em seu processo de aprendizagem. Assim, nossos alunos são orientados a desenvolver o hábito de estudo independente, posto que o perfil do professor deve acompanhar os movimentos e transformações na sociedade em decorrência dos avanços científicos e tecnológicos. 3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA 3.1 Instalações dos campi A Universidade conta, em cada campus, com uma estrutura organizacional própria para cuidar do planejamento, execução e controle necessários para o adequado funcionamento dos cursos da unidade e para o desenvolvimento das atividades propostas em seus respectivos projetos pedagógicos. Para tanto, destacam-se: • salas de aulas amplas, iluminadas e ergonômicas; • bibliotecas com acervos atualizados, salas de estudos anexas que oferecem condições de pesquisa e acesso aos bancos de dados diretamente pelo sítio da UNIP; • laboratórios de informática que oferecem, além das máquinas, o apoio técnico especializado para os alunos, tanto em horários de aula como em horários livres. Todas as máquinas estão interligadas em rede, com acesso à internet; • teatros e auditórios, na maioria dos campi, utilizados tanto para apresentações artísticas como para ciclos de palestras e seminários; • amplos espaços de convivência dos alunos, como: livrarias, lanchonetes, reprografias e caixas eletrônicos. 3.2 Os polos de apoio presencial Os polos de apoio presencial da UNIP Interativa, distribuídos em todo o território nacional, são os espaços físicos nos quais acontecem os encontros presenciais, as orientações de estudos e as atividades. Esses locais fornecem a estrutura material e contam com equipes qualificadas para atender o aluno. A infraestrutura de apoio necessária para o atendimento ao aluno nos polos de apoio presencial é composta por equipe administrativa (monitor de informática, secretária, manutenção e zeladoria) e uma equipe pedagógica 17 (coordenador e tutor presencial na área específica dos cursos). O espaço dos polos de apoio presencial atende aos requisitos de dimensão, limpeza, iluminação, acústica, segurança, conservação e comodidade necessárias nas instalações administrativas, salas de aula, salas de coordenação, tutoria, instalações sanitárias,área de convivência, sala de estudo, laboratório de informática e biblioteca. Todos os espaços devem estar devidamente identificados e em conformidade com o Decreto nº 5.296/2004, que trata da acessibilidade. O polo apresenta equipamentos de suporte local que incluem: • projetor multimídia data show, com a resolução adequada; • acesso à internet; • instalação elétrica apropriada e suficiente para as necessidades dos equipamentos de suporte instalados com proteção; • microcomputadores com sistemas operacionais e aplicativos devidamente licenciados. No caso de utilização de satélite, o conjunto de recepção é composto por: • antena parabólica VSAT; • servidores adequados e compatíveis com ambiente operacional institucional; • transmissor tipo Rádio Anúbis Banda KU; • amplificador de sinal. No caso de não utilização de satélite, a comunicação é feita por meio de internet banda larga provida pelo polo de apoio presencial para os respectivos equipamentos de suporte. Atenta ao disposto na Portaria nº 3.284, de 7 de novembro de 2003, sobre os requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências físicas às dependências da instituição, a UNIP determinou políticas que reconhecem as necessidades diversas dos alunos, acomodando os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos, por meio de metodologias de ensino apropriadas, arranjos organizacionais, uso de recursos diversificados e parceria com as organizações especializadas. 18 Em relação à sua responsabilidade social, a UNIP adota políticas para os portadores de necessidades especiais, descritas no PDI, conforme legislação em vigor. 3.3 Sede da UNIP Interativa Na sede, o espaço destinado aos coordenadores, professores e tutores é amplo, permitindo sua integração. Todos os setores encontram-se devidamente equipados e possuem espaço adequado ao seu funcionamento. A UNIP Interativa possui sala de coordenação, sala para os tutores e professores e sala multimídia para professores e tutores a distância. Elas são equipadas com projetores, computadores para acompanhamento das aulas ministradas na sede e para a interação com os alunos via chat. Há espaços específicos dimensionados para toda a equipe de apoio técnico- administrativo, com toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento das suas funções. A sede dispõe de espaço para arquivamento de toda a documentação pessoal e acadêmica dos alunos. Possui, ainda, 5 (cinco) estúdios com toda tecnologia adaptada ao modelo pedagógico. 3.4 Da tecnologia A partir dos três formatos ofertados, nota-se que os componentes tecnológicos empregados pela UNIP Interativa e que podem ser adotados são: internet, satélite, CD-ROM, DVD e webcast. As teleaulas são produzidas na sede da UNIP em São Paulo. A transmissão é feita via satélite e o polo de apoio presencial pode recebê-la, via satélite ou via internet. Toda a infraestrutura tecnológica desenvolvida pelo Nutec – Núcleo de Tecnologia da UNIP está consolidada em conceitos de comunicação baseada em bancos de conteúdos distribuídos por dispositivos multimídia conectados ou não. A fundamentação técnico-teórica para isso está nos conceitos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), em que todos os recursos tecnológicos estão organizados em estruturas computacionais gerenciadas por bancos de dados, assegurando que os conteúdos programáticos dos cursos sejam distribuídos de forma sistêmica e controlada. Com base nisso, é necessária a organização desses conteúdos, informações e dados dentro de uma base informatizada que garanta a produção e distribuição do conhecimento em um ambiente monitorado e acompanhado por professores e tutores de forma interativa. Tradicionalmente, o banco de dados era o repositório de informações, tendo atualmente evoluído para o controle das mídias textuais e audiovisuais, transformando-se de fato em um banco de conteúdos multimídias. As 19 modernas técnicas de BI3 asseguram que esse sistema de base de conteúdos possa ser acompanhado, medido e controlado, possibilitando à instituição o monitoramento dos processos de interatividade e dialogicidade do corpo docente e discente no interior do modelo pedagógico proposto para cada um dos formatos – SEI e SEPI. Para sustentar essa proposta, a UNIP mantém uma estrutura de servidores e uma equipe de desenvolvedores que avalia as ferramentas existentes no mercado, utilizando as que melhor se adaptam ao projeto pedagógico da instituição, desenvolvendo novas ferramentas e aplicativos que integrem todos os softwares próprios e de terceiros. Como ambiente virtual de aprendizagem, utilizamos o conteúdo on-line – COL4, uma ferramenta própria que gerencia informações textuais e produtos multimídia que, associados a exercícios, ajudam na aquisição do conhecimento proposto. Para controlar toda entrega de trabalhos dos alunos, atividades complementares, documentos, relatórios de estágio e trabalhos de curso, disponibilizamos para os alunos o Atol5 (atividades on-line) que armazena nos bancos de dados todo o gerenciamento dos locais onde estão guardados os trabalhos dos alunos. O Blackboard e o Moodle são utilizados como plataformas de distribuição de conteúdos em diferentes suportes, tais como: textos, teleaulas, vídeos (entre os principais), integrando recursos de interação entre professores, tutores e alunos. Para o controle da produção gráfica dos materiais impressos, a instituição utiliza o Metrics6. O BIE7 é uma ferramenta própria que, por meio de ferramentas de BI, relaciona todas as bases de dados de todas as etapas de produção, distribuição e controle dos conteúdos em um único ambiente. Para o controle acadêmico, a UNIP Interativa utiliza o Lyceum8, e para a modalidade presencial, o Sisun9. 3 BI (Business Intelligence ou inteligência em negócios).Conceitos e métodos para melhorar a capacidade de tomada de decisões, utilizando sistemas baseados em regras de negócio. 4 COL Nutec-UNIP: Conteúdo on-line. Ferramenta que gerencia informações textuais e produtos multimídia. 5 Atol Nutec-UNIP: Atividades on-line. Controla e acompanha a entrega de trabalhos dos alunos. 6 Software de controle da produção gráfica. 7 BIE Nutec-UNIP. Adaptação dos procedimentos de BI (Business Intelligence ou inteligência em negócios) aplicados ao controle dos alunos. 8 Software de controle acadêmico da Techen Sistemas. 20 Para distribuição dos conteúdos, a UNIP conta com sólida estrutura de Telecom baseada no tripé acessibilidade, segurança e redundância, requisitos primordiais para que os alunos recebam os conteúdos com acesso adequado ao AVA. A UNIP possui um conjunto de tecnologias composta por: • satélites com cobertura nacional – Panasat, em operação conjunta com o Multicast Hughes; • internet, com link de alto desempenho de acesso ao backbone10 nacional e internacional; • redundância em cinco data centers: dois locais (Cidade Universitária e Paulista) e três externos de grande porte (o TIC da Telefônica, o da Embratel e o do Terremark) – todos ligados via conexão óptica. Essa composição de recursos tecnológicos viabiliza aos alunos de todo o Brasil acesso ao conteúdo educacional da forma prevista no projeto pedagógico. 3.5 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) O suporte tecnológico distribui-se em três dimensões: uma dimensão ampla (que congrega os meios necessários para o desenvolvimento pedagógico dos cursos), uma dimensão de recursos de interação para o acompanhamento dos alunos e uma de avaliação. Neste projeto pedagógico, elucidam-se as especificidadesda EaD, que originam demandas de interação entre os implicados no processo. Para tanto, detalham-se a seguir os sistemas de informação utilizados na veiculação dos conteúdos pertinentes. 3.5.1 Blackboard A plataforma utilizada pela UNIP Interativa como espaço de publicação de conteúdos e de centralização das demais plataformas desenvolvidas é o Blackboard. Essa plataforma dispõe de ferramentas que permitem a 9 Software de controle acadêmico. 10 Conjunto da rede de internet. 21 interação do alunado com todo o corpo docente, bem como a publicação dos conteúdos pedagógicos de forma clara e acessível. Além das ferramentas oferecidas pela própria plataforma, a instituição a utiliza para integrar o acesso às demais plataformas desenvolvidas, a fim de centralizar o acesso em um único login, o que viabiliza a auditoria completa da vida acadêmica do aluno e do corpo docente. Ao acessar a plataforma, o aluno terá disponível o conteúdo necessário para a realização de seu curso. Além das disciplinas, estão disponibilizados avisos gerais, avisos da disciplina, guia do aluno, vídeos instrucionais, manuais explicativos, brinquedoteca, calendário acadêmico, secretaria virtual (Lyceum) e demais ferramentas personalizáveis pelo aluno, como calendário de tarefas e até o próprio layout da plataforma. Ao visualizar o Guia do Aluno, é possível entender a funcionalidade de cada ferramenta, bem como o roteiro de estudo a ser seguido. O material pedagógico é disponibilizado por disciplina e por turma. Nas disciplinas, são propostos fóruns de discussão que permitem o debate entre os alunos – e entre os alunos e o corpo docente – sobre temas específicos. Para tratar de assuntos gerais, o aluno utiliza a ferramenta “mensagens”, que permite o envio de mensagens a um ou a todos os usuários matriculados na disciplina. Os prazos e a ordem das disciplinas seguem o calendário acadêmico. 3.5.2 Moodle A plataforma utilizada para a publicação de conteúdo no Sepi II é o Moodle. Ele conta com as principais funcionalidades disponíveis nos ambientes virtuais de aprendizagem e é composto por ferramentas de avaliação, comunicação, disponibilização de conteúdo, administração e organização. Por meio dessas funcionalidades, é possível dispor de recursos que permitem a interação e comunicação entre o alunado, professores e tutoria, a publicação do material de estudo em diversos formatos de documentos, a administração de acessos e a geração de relatórios. No ambiente virtual de aprendizagem Moodle, o aluno tem acesso ao material pedagógico, disponibilizado por disciplina, além dos recursos de interação que permitem o diálogo entre os alunos, professores e a equipe de tutoria. O material de cada disciplina é publicado pelo professor responsável por ela no Moodle, seguindo a proposta do calendário acadêmico de realização dos encontros presenciais. A publicação de material, módulo a módulo, pelo professor, facilita o acompanhamento do aluno no AVA. 22 4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Conforme consta no PDI, a “educação ao longo de toda a vida” organiza- se em torno de quatro aprendizagens fundamentais, que constituem os pilares do conhecimento: 1) aprender a conhecer significa, antes de tudo, o aprendizado dos métodos que nos ajudam a distinguir o que é real do que é ilusório e ter, assim, acesso aos saberes de nossa época. A iniciação precoce na ciência é salutar, pois ela dá acesso, desde o início da vida humana, à não aceitação de qualquer resposta sem fundamentação racional e/ou de qualquer certeza que esteja em contradição com os fatos; 2) aprender a fazer é um aprendizado da criatividade. “Fazer” também significa criar algo novo, trazer à luz as próprias potencialidades criativas, para que venha a exercer uma profissão em conformidade com suas predisposições interiores; 3) aprender a viver junto significa, em primeiro lugar, respeitar as normas que regulamentam as relações entre os seres que compõem uma coletividade. Porém, essas normas devem ser verdadeiramente compreendidas, admitidas interiormente por cada ser, e não sofridas como imposições exteriores. “Viver junto” não quer dizer simplesmente tolerar o outro com suas diferenças embora permanecendo convencido da justeza absoluta das próprias posições; 4) aprender a ser implica em aprender que a palavra “existir” significa descobrir os próprios condicionamentos, descobrir a harmonia ou a desarmonia entre a vida individual e social. Focada nessas premissas norteadoras, a UNIP incorpora aos seus cursos abordagens que busquem: • a construção coletiva expressa na intenção e prática de cada segmento institucional, levando em conta a articulação dialética, diferenciação e integração, globalidade e especificidade; • a interação recíproca com a sociedade caracterizada pela Educação e desenvolvimento econômico-social sustentáveis, reafirmando o seu compromisso como potencializadora da formação humana e profissional; 23 • a construção permanente da qualidade de ensino, entendida e incorporada como processual e cotidiana da graduação e da pós- graduação, indagando continuamente sobre o tipo de sociedade que temos e queremos, a função dos cursos superiores frente às novas relações sociais e de produção, e sobre o perfil do profissional a formar frente às exigências do mercado de trabalho; • a integração entre ensino, pesquisa e extensão, buscando a construção de um processo educacional fundado na elaboração e reelaboração de conhecimentos e objetivando a apreensão e intervenção em uma realidade dinâmica e contraditória; • a extensão voltada para seus aspectos fundamentais, quais sejam: tornar a coletividade beneficiária direta e imediata das conquistas do ensino e da pesquisa, socializando o saber, e a coleta do saber não científico elaborado pela comunidade para, estruturando-o em bases científicas, restituí-lo à sua origem; • o desenvolvimento curricular contextualizado e circunstanciado, expressão da concepção de conhecimento como atividade humana processualmente construída na produção da vida material; e • a unidade entre teoria e prática, por meio do desenvolvimento, por parte de professores e alunos em atividades de pesquisa e iniciação científica. A UNIP, ao longo de seu percurso histórico como entidade educacional, sempre empregou ferramentas tecnológicas de comunicação em seu processo de construção e disseminação do conhecimento. Isso propiciou um conjunto de experiências individuais e coletivas para o corpo discente e docente e para com a própria instituição. Ao iniciar o desenvolvimento de atividades acadêmicas em EaD, a IES apoiou-se na experiência adquirida nos últimos vinte anos. Os desafios presentes no contexto socioeducacional e tecnológico atual possibilitaram aprimorar algumas das práticas pedagógicas que a Universidade desenvolveu ao longo do tempo. Um dos motivos que levou a UNIP a propor cursos em EaD foi a compreensão de que a construção do conhecimento se dá a partir da interação entre todos os elementos envolvidos no processo de ensino- aprendizagem, ou seja, em uma dimensão conjunta. Nessa interação, estimula-se a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno. As estratégias pedagógicas selecionadas visam a proporcionar a construção do conhecimento individual e coletivo, por meio da elaboração de 24 projetos e de discussões pautadas e mediadas, que desafiam o aluno, levando-o a refletirsobre os conceitos apresentados e sua aplicabilidade em diferentes contextos. O processo de ensino-aprendizagem se baseia na construção de relações intra e interpessoal. Em outras palavras: aluno e material didático; alunos entre si; alunos e professores; alunos e tutores; alunos e instituição; professores e tutores. Estimulando-se essa interação, valoriza-se o conhecimento já adquirido pelos alunos ao longo de suas vidas, estreitando o vínculo afetivo e acadêmico necessário para o cotidiano da EaD. Essa interação é viabilizada pelo uso de estratégias dialógicas como os chats, fóruns e orientação de trabalhos interdisciplinares. Esse processo desenvolve-se continuamente, mantendo um enfoque pedagógico consistente e coerente com as diretrizes curriculares e as propostas dos cursos, de suas metas e critérios de avaliação. A aprendizagem é cooperativa e a sala de aula é vista como um AVA criativo e incentivador. O professor desempenha o papel de orientador de um processo de ensino-aprendizagem proativo e investigativo, no qual há autonomia quanto aos métodos pedagógicos por parte dos lados envolvidos na execução das tarefas, com mais ênfase no processo do que no resultado. Consequentemente, a aprendizagem acontece em grupo, proporcionando transformações significativas nas pessoas envolvidas. Na evolução da EaD, a UNIP, em coerência com sua missão e vocação, tem aprimorado seus modelos, estratégias, materiais e atividades, visando à participação ativa dos alunos e professores no processo de ensino- aprendizagem. Dessa forma, fomenta a democratização da Educação no país, possibilitando o acesso a uma metodologia de ensino inovadora e utilizando tecnologia avançada. Os serviços de apoio relacionados à modalidade estão congregados na UNIP Interativa de maneira que cada uma das equipes esteja integrada em suas ações. Sendo assim, a UNIP Interativa, entendida como sistema de EaD, organiza-se por meio de sistemas interdependentes entre si: comunicação, acompanhamento e avaliação. 4.1 Sistema de comunicação 4.1.1 Sobre os meios O sistema de comunicação da UNIP Interativa tem base em serviço de tecnologia da informação e comunicação, responsável por prover e dotar recursos de interação por meio de AVA, para que professores, alunos e tutores mantenham relação no processo da formação. Organiza e dispõe 25 informação fundamentada nos conteúdos afins aos programas, cursos e projetos desenvolvidos na modalidade a distância. Os projetos pedagógicos dos cursos oferecidos nas modalidades presenciais e a distância são os mesmos, no entanto, às especificidades da modalidade EaD, nas quais professores, alunos e tutores tornaram necessária a criação de serviços que suportem as demandas por interação entre os implicados no processo ensino-aprendizagem. O sistema de comunicação atende, prioritariamente, a essa interação. 4.1.2 Material didático O material didático utilizado na UNIP Interativa é desenvolvido em sintonia com os princípios epistemológicos, metodológicos e políticos explicitados no PDI da Instituição, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e nos Projetos Pedagógicos dos Cursos. Seu uso é precedido de avaliação por especialistas externos, que sugerem e orientam a adoção de medidas visando ao seu aperfeiçoamento. O conjunto de mídias, selecionado para desenvolver as competências específicas propostas para cada curso, respeita as características socioeconômicas dos diferentes grupos de alunos. A produção do material impresso e disponibilizado no AVA atende às lógicas distintas de concepção, produção, linguagem e tempo. A convergência e a integração entre as diversas mídias são garantidas pelas equipes multidisciplinares, constituídas por especialistas: em conteúdos, em desenvolvimento de páginas web, em desenho instrucional, em ilustração, em diagramação, em revisão do material produzido, dentre outros, como determina o artigo 1° do Decreto nº 5.622/2005. 4.1.2.1 Livro-texto Os livros-textos produzidos observam os seguintes critérios: • exercem a função de um mediador privilegiado, atuando como roteiro de estudos; • contêm sugestões de atividades que fomentam reflexões, pesquisas e a sistematização de ideias; • ensejam relações com o campo de conhecimento, além de outros “olhares” e possíveis saberes que esse campo incita; • compõem “trilhas” com várias possibilidades de acesso, instigando o aluno a procurar outros tipos de fontes para estudo; 26 • inserem-se em uma rede de diferentes tipos de materiais – livros, filmes, artigos etc. – cuja composição permite atingir os objetivos propostos para a formação dos alunos; • utilizam ícones padronizados; • inserem imagens e gráficos; • apresentam ao menos dois exercícios por módulo, que estimulam a reflexão, a aplicação e a ampliação do conhecimento, oferecendo a resposta de um exercício no livro e de outro na plataforma. A elaboração do livro texto é realizada de forma dialógica, ancorada no tripé educador-educando-objeto do conhecimento, permitindo ao aluno agir, refletir e interagir no desenrolar da ação pedagógica. O livro texto deve fomentar a reflexão do aluno, levando-o a buscar informações em outras fontes, realizar novas leituras, descobrir novos caminhos e apropriar-se dos conhecimentos gerados e adquiridos. Esse processo contínuo considera o aluno como um agente ativo e capaz de auto avaliar o seu progresso no decorrer do curso. O texto dialógico estabelece uma conversa amigável entre o autor e o leitor, desenvolvendo o senso crítico do aluno e levando-o a compreender a relevância do conteúdo do texto para seu cotidiano e prática profissional. O conteúdo deve contemplar a ementa da disciplina e compor um todo coeso, integrando, de forma contínua e complementar, as suas diferentes partes: unidades, tópicos, reflexões, atividades, bibliografia, gráficos e imagens. O docente conteudista é o profissional especialista que redige o material didático da disciplina e/ou produz material para o ambiente virtual de aprendizagem e/ou grava o conteúdo nas mídias, áudio e vídeo (quando for o caso). Ele recebe orientações sobre a utilização das diversas mídias e participa de treinamentos e workshops. A Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos (CQA), composta por professores especialistas, submete o livro-texto a uma criteriosa análise de seu conteúdo. Dessa análise, resulta um parecer que é enviado ao coordenador do curso para retroalimentar as partes envolvidas no processo de produção, até que o livro-texto seja aprovado. No Departamento de Revisão, são verificados: originalidade do texto, padronização, coesão, coerência, clareza, vícios de linguagem, uso incorreto da Língua Portuguesa, ortografia e adequação aos padrões estruturais adotados pela UNIP Interativa. 27 O Departamento de Educação Digital reúne profissionais com conhecimentos técnicos de produção e configuração de possibilidades de estruturação visual e é responsável pela diagramação do texto. Uma vez diagramado, o livro-texto passa por uma última revisão e é enviado ao coordenador do curso que, juntamente com o docente conteudista, verifica o material finalizado, liberando-o para impressão e envio ao Departamento de Planejamento – Controle de Materiais, que o disponibilizará ao docente que produzirá os materiais didáticos da disciplina e ao departamento responsável pela inserção dos materiais no AVA. 4.1.2.2 Materiais didáticos da disciplina Podem ser utilizados numa determinada disciplina os seguintes materiais: slides, questionários, exercícios, textos complementares, fóruns e Estudos Disciplinares (ED), dentre outros. O Departamento de Planejamentoé responsável pelo planejamento e coordenação das gravações dos cursos no formato SEI, pela produção de livros-textos e calendários acadêmicos e pela publicação de informações referentes às atividades complementares, além da produção dos materiais das aulas. São suas atribuições: liberar os materiais para a transmissão de aulas ao vivo no formato Sepi, para a tutoria a distância e para inserir os conteúdos no AVA, e também controlar as atividades, avaliações e informações na disciplina Atividade do tutor de sala. O material é submetido às seguintes etapas: • recebimento e controle; • revisão ortográfica e uso correto da Língua Portuguesa; • diagramação; • liberação para inserção no AVA; • geração de imagens; • liberação para gravação das teleaulas; • liberação para a Tutoria. O Departamento de Planejamento possui profissionais qualificados para realizar todas as etapas do processo. 28 4.1.2.3 Teleaulas As teleaulas contêm a ementa e o programa da disciplina e seu conteúdo é elaborado por um professor escolhido pelo coordenador do curso em conjunto com o líder da disciplina. O professor distribui o conteúdo da disciplina nas unidades, respeitando a carga horária definida na matriz curricular e organiza a sua apresentação aos alunos. As teleaulas são gravadas de acordo com a organização elaborada pelo professor. As teleaulas, com duração de uma hora, são divididas em quatro blocos de quinze minutos cada, sendo que, ao final de cada bloco, o professor propõe uma questão referente ao tema abordado. O bloco seguinte inicia-se com um comentário do professor referente à atividade proposta no bloco anterior. A separação em blocos tem o objetivo de tornar a aula mais dinâmica e interativa. É importante ressaltar que todas as teleaulas possuem intérprete de libras, o que permite aos alunos portadores de necessidades especiais acompanharem o conteúdo ministrado pelo professor. As teleaulas são gravadas em estúdio e editadas pelos profissionais da TV Web. Após a edição, as teleaulas são enviadas ao departamento de Educação Digital, que prepara o link e realiza a sua inserção no AVA. O docente da teleaula é acompanhado no estúdio por um tutor da área da disciplina, tanto nas teleaulas gravadas como nas teleaulas transmitidas ao vivo. 4.1.2.4 Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA Foi possível compreender que o aluno necessita de orientações claras quanto ao entendimento e possibilidades da EaD, do funcionamento do curso, dos mecanismos de interações e comunicação disponíveis para uma aprendizagem colaborativa. Para introduzir o aluno ao universo da EaD, produzem-se teleaulas, diversos vídeos, normas e calendários acompanhados de manuais e guias digitalizados no AVA, que: • abordam a plataforma utilizada (AVA); • apresentam as abas e ferramentas disponíveis; • orientam a navegação dos fóruns e do sistema de mensagem (tecnológicos de comunicação); • disponibilizam o calendário acadêmico; 29 • disponibilizam as disciplinas e conteúdos programáticos, bem como as atividades e exercícios propostos. Os docentes coordenadores de cada curso elaboram as aulas inaugurais e instrucionais nas quais os alunos, além de conhecerem as particularidades do seu curso, interagem com o coordenador e com os docentes de apoio. Nessas aulas, realizadas com a presença do aluno no polo de apoio presencial, os coordenadores: • explicitam o processo de ensino-aprendizagem a ser desenvolvido no semestre; • apresentam as disciplinas; • informam como a equipe de docentes acompanhará o processo pedagógico; • informam como interagir com a equipe multidisciplinar; • transmitem informações sobre o calendário, atividades, critérios e mecanismos de avaliação; • explicam as funções das pessoas que acompanharão os alunos no polo, a equipe presencial, tutoria a distância, docentes e coordenadores. Alinhada à sua missão e vocação, a UNIP Interativa contribui para a inclusão digital do aluno, inserindo-o no contexto educacional, social e cultural do Ensino Superior do país. O esforço de inclusão norteia a equipe da EaD no desenvolvimento e planejamento das ações pedagógicas utilizadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Da mesma forma, o desenvolvimento do material didático busca ultrapassar barreiras geográficas e regionais. Em suma, a perspectiva interacionista é vista como essencial para a modalidade EaD. A equipe de docentes desenvolve os materiais didáticos do AVA, atendendo às necessidades específicas de cada disciplina e respeitando os referenciais de qualidade propostos para a Educação de Ensino Superior a Distância. 30 Figura 1 – Fluxograma do desenvolvimento do material didático 4.1.3 Concepção de avaliação A avaliação do aluno deve servir não só para medir seu rendimento acadêmico, mas, principalmente, para estimulá-lo a sustentar um desempenho positivo. O crescimento intelectual do aluno ao longo do processo de sua formação deve ser valorizado, considerando-se os objetivos do curso e as qualidades desenvolvidas, apontando-se as insuficiências observadas e os caminhos para superá-las. O sistema de avaliação é concebido na perspectiva de garantir o desenvolvimento de competências no processo de formação. Nesse sentido, a avaliação destina-se a induzir a aprendizagem dos alunos, de modo a favorecer seu percurso e regular as ações que orientam e incentivam sua formação. Desse modo, a avaliação não se destina a punir os que não alcançam o que se pretende, mas a ajudar cada aluno a identificar melhor as suas necessidades de formação e empreender o esforço necessário para realizar sua parcela de investimento no próprio desenvolvimento profissional. O sistema de avaliação não deve incidir sobre elementos a serem memorizados, mas na verificação da capacidade de refletir sobre o conhecimento, de questioná-lo e de (re)construí-lo dos pontos de vista científico, metodológico e político. Avaliar não é só o conhecimento adquirido, mas a capacidade de acioná- lo e de buscar outros para realizar o que é proposto. Avaliar significa verificar não apenas se os alunos adquiriram os conhecimentos necessários, mas também se, quanto e como fazem uso deles para resolver situações- problema (reais ou simuladas) relacionadas, de alguma forma, com o exercício da profissão. 31 Dessa forma, a avaliação é realizada mediante critérios explícitos e compartilhados com os alunos, uma vez que o que é objeto de avaliação representa uma referência importante para quem é avaliado, tanto para a orientação dos estudos como para a identificação dos aspectos considerados mais relevantes para a formação em cada momento dos cursos. A avaliação é entendida como um processo a ser desenvolvido durante o período letivo. Ela apresenta determinadas especificidades que são regulamentadas pela instituição. As formas de avaliação no curso seguem os critérios de avaliação e promoção da UNIP e são adequadas às especificidades de formação do futuro educador. Para isso, são utilizados instrumentos variados, tais como: prova escrita individual presencial, produção e apresentação de textos, pesquisa bibliográfica e de campo, relatórios e fichas de leitura de textos, comentários escritos de livros lidos, resolução de exercícios práticos, desenvolvimento por meio dos projetos e atividades que relacionam a teoria e a prática no desenvolvimento dos planos de ensino das disciplinas do curso. A avaliação da aprendizagem no AVA leva em conta todo o percurso acadêmico do aluno e permite o acompanhamento de frequência e nota, a partir do desenvolvimento de questionários e atividades,entre outros, possibilitando, ainda, a oportunidade de evolução e melhoria contínua por meio da revisão e feedback. Estimula-se a autoavaliação, possibilitando a autocorreção dos exercícios, questionários e atividades, de modo que o aluno possa acompanhar sua evolução e rendimento escolar. Para tanto, o sistema oferece as respostas comentadas das atividades propostas, assim que o aluno as desenvolve e as salva no sistema em que, automaticamente, abre-se a oportunidade de verificação e de proficiência. Incentiva-se também o aluno a buscar esclarecimentos e avançar em seu conhecimento, revendo os materiais disponíveis e recorrendo aos tutores a distância, tutores presenciais e docentes sempre que necessário. O acesso ao AVA permite ao professor acompanhar o aluno e ao aluno avaliar o seu progresso nas disciplinas, atividades, exercícios e trabalhos. As ferramentas de interação e comunicação com o corpo docente são compostas por e-mails, chats, fóruns de discussão e utilização do contato telefônico, mas o contato pode ainda ocorrer presencialmente, no polo de apoio presencial, por meio dos professores consultores e/ou tutores presenciais. A partir desses instrumentos, é possível traçar um perfil das dificuldades vividas pelo aluno e promover orientações individualizadas, materializadas formalmente pelos docentes e tutores, acompanhando o desenvolvimento do aluno em seu curso. 32 Uma vez detectadas dificuldades específicas, promovem-se aulas de apoio com a disponibilização de material complementar, podendo ser utilizados tanto a teleaula quanto o texto complementar, além de um acompanhamento mais individualizado por parte dos tutores e professores. A avaliação presencial complementa o processo. Ela é feita bimestralmente no polo presencial de apoio no qual o aluno está matriculado, seguindo o calendário acadêmico de cada curso. No formato Sepi II, a avaliação presencial é semestral. Para garantir a segurança das avaliações presenciais, a equipe de TI da UNIP desenvolveu um sistema que permite a randomização das questões de prova no ato de sua impressão, o que possibilita a confecção de provas com diferentes questões para cada aluno de um mesmo grupo. Na sede, as questões de prova são elaboradas por professores e encaminhadas a um departamento específico que recepciona, organiza e insere as questões no sistema. Ele é disponibilizado ao polo de apoio presencial apenas nas datas pré-estabelecidas pela sede, conforme o calendário acadêmico. As avaliações presenciais, depois de realizadas, são enviadas ou digitalizadas pelo polo de apoio presencial e encaminhadas para a sede da instituição para serem corrigidas pelos docentes. O sistema e a logística do processo de avaliação foram verificados por meio de um projeto-piloto desenvolvido no segundo semestre de 2010 e, em 2011, foram introduzidos de forma gradativa nos diferentes cursos. O detalhamento dos mecanismos do processo avaliativo consta do regimento geral, disponível em: <www.unip.br>. 4.1.4 Gestão acadêmico-administrativa A secretaria acompanha a vida escolar dos alunos desde o seu ingresso na IES, orientando os procedimentos relacionados às matrículas e renovações destas, verificação da documentação e pedidos de emissão de serviços solicitados pela secretaria virtual. Controla, também, os documentos referentes à conclusão do curso, o encaminhamento para execução e registro de diplomas, assim como a sua retirada. Para o bom funcionamento da secretaria, foram padronizados alguns procedimentos. Após a aprovação no processo seletivo, o próprio candidato deve realizar sua matrícula. Nesse ato, ele recebe o contrato e, ao aceitá-lo, torna-se responsável pelo acesso ao sistema e pela impressão do boleto. 33 A matrícula somente é efetivada após o pagamento da primeira parcela do curso e a entrega do contrato de prestação de serviços educacionais devidamente assinado e dos documentos pessoais e de escolaridade. A UNIP Interativa utiliza, para gerenciamento do sistema de controle acadêmico, o Lyceum. 4.1.5 Biblioteca As bibliotecas da UNIP (central, setoriais e dos polos de EaD) desempenham um importante papel na execução da missão organizacional da instituição. O desenvolvimento das coleções das bibliotecas UNIP vem acompanhando as novas tecnologias da informação, adquirindo acervos impressos e digitais em vários suportes, como livros, plataformas de leitura de livro na web, periódicos, DVDs, CD-ROMs e bases de dados nacionais e internacionais, atendendo às necessidades geradas pelas atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade. 4.1.5.1 Gestão das bibliotecas e do acervo dos polos EaD A biblioteca sede da EaD encontra-se na Avenida Torres de Oliveira, 330, no bairro Jaguaré, cidade de São Paulo, dentro do campus da UNIP denominado Cidade Universitária. Por meio dela, são tomadas as decisões sobre tratamento técnico, expansão de acervo e serviços oferecidos para os alunos EaD nos campi UNIP, nas bibliotecas setoriais e polos de apoio presencial. As bibliotecas setoriais estão localizadas em polos distribuídos nas capitais dos estados de todo o Brasil. As bibliotecas setoriais dão suporte de catalogação, classificação e de referência para os polos próximos, além de integrar o seu acervo ao serviço de intercâmbio de materiais. 4.1.5.2 Serviço de processamento técnico Todo o acervo da UNIP é registrado em conformidade com os seguintes padrões internacionais: • Classificação Decimal Universal (CDU); • Table Cutter-Sanborn; • Código de catalogação anglo-americano (AACR-2); • Machine-Readable Cataloging (MARC-21). 4.1.5.3 Informatização do acervo e serviços 34 O sistema de gestão utilizado é o Pergamum, que permite o controle do acervo e da circulação em ambiente on-line, dispensando a necessidade de instalação de softwares nos polos e possibilitando que a consulta ao catálogo seja feita a partir de qualquer micro conectado à internet. O sistema Pergamum integra-se ao Sistema Sisun de Biblioteca, da Biblioteca Central da UNIP, que foi desenvolvido pela Universidade e deposita os registros de todos os livros da instituição, desde os mais antigos até as coleções raras. O catálogo on-line dos sistemas Pergamum e Sisun permite consulta por filtros de assunto, autor, título e biblioteca, estando disponível no site acadêmico 24 horas por dia por meio da internet. Além de permitir a consulta multicampi, a comunidade da UNIP presencial e de EaD pode utilizar todos os recursos disponíveis em qualquer biblioteca da própria mantenedora e instituições coligadas. Tendo como suporte os sistemas Pergamum e Sisun, o serviço de referência das bibliotecas UNIP disponibiliza para o corpo discente e docente presencial e de EaD os seguintes serviços: • pesquisa bibliográfica; • orientação e normalização de trabalhos acadêmicos seguindo as normas da ABNT. Visando ao melhor atendimento à demanda desse serviço, foi elaborado o Guia de Normalização para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos, que está disponibilizado na página da internet da instituição: <http://www2.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normaliz acao.pdf>; • empréstimo domiciliar; • renovação on-line (feita pelo próprio aluno por meio da internet); • reserva on-line (feita pelo próprio aluno por meio da internet); • intercâmbio de material entre bibliotecas (EaD e presencial); • consulta local; • elaboração de referências bibliográficas (ABNT); • Comut – programa de comutação bibliográfica que visa a facilitar a obtenção de cópias de documentos independentemente de sua localização (no Brasil ou no exterior), provendo o acesso aos documentos exclusivamente parafins acadêmicos e de pesquisa; • treinamento de usuários. 4.1.5.4 Acervo 35 • Material impresso: atualmente, o acervo dos campi da UNIP conta com mais de 1.000.000 de itens. Além destes, os polos de apoio possuem cerca de 400.000 itens, podendo o aluno de EaD fazer uso de material de qualquer um desses materiais, realizando o empréstimo presencial ou solicitando o intercâmbio de títulos. • Material on-line: no ambiente on-line, todos os alunos da UNIP podem acessar os bancos de dados de periódicos, inclusive da Capes e EBSCO. Recentemente foram incorporados ao acervo materiais virtuais de várias editoras, tendo como destaque a Biblioteca Virtual da Pearson (BV), com cerca de 1.600 títulos que podem ser lidos pelos alunos por computador, celular, tablet etc. A BV permite também a impressão de partes dos livros. 5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA 5.1 Coordenação de curso 5.1.1 Estrutura organizacional A coordenação pedagógico-administrativa é exercida pelo Coordenador Geral, que conta com o apoio de coordenadores que se encarregam da supervisão acadêmica dos cursos oferecidos na Unip Interativa. Com clareza e competência, o Coordenador de Curso, deve estabelecer os diferenciais de qualidade, em articulação com os dirigentes, NDE, Corpo Docente, alunos e funcionários, tendo como referência a missão, os objetivos, a vocação e os princípios do projeto institucional. Pragmaticamente, cabe a cada Coordenador de Curso, entre outras funções, o papel de definir e gerenciar a equipe docente, fonte de recurso intelectual, sob sua responsabilidade. O Coordenador de Curso conta com o apoio do Núcleo Docente Estruturante (NDE), competindo a eles, entre outras funções, a responsabilidade de contribuir para a construção do Planejamento Pedagógico do Curso (PPC) e manter atualizados os planos de ensino das respectivas disciplinas (carga horária, objetivos, conteúdos programáticos, bibliografia etc.). Tanto o PPC, quanto os planos de ensino concebidos pelo NDE são considerados as diretrizes internas da IES que parametrizam o padrão desejado para o curso. Sendo assim, esses documentos são propagados e sua implantação acompanhada e controlada pelo Coordenador de Curso. Sobretudo ele representa a liderança que orientará e participará ativamente junto ao corpo docente a fim de promover as adequações necessárias para que a realização do que está planejado seja a mais fidedigna possível. 36 Em conjunto, o Coordenador de Curso, o NDE e o corpo docente compõem a estrutura basilar no processo de ensino e aprendizagem, e é por meio da dialética entre esses pares que surgem aspectos inovadores e se cria diferenciais na oferta didático-pedagógica. A integração promovida entre o Coordenador do Curso, o Núcleo Docente Estruturante e o Corpo Docente contribui para formação do estudante, pois é por intermédio deste trabalho sinérgico que se garante o zelo da integração curricular interdisciplinar das diferentes atividades curriculares, surgem formas inéditas de incentivo e desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão, além de estreitar a observação aos referenciais nacionais de educação. Nesse sentido, a visão da coordenação de curso é que os diferentes órgãos, que compõem a instituição, devem ser, não só porta vozes dos dirigentes, dos professores, dos alunos e dos funcionários, como também devem fortalecer os laços entre essas instâncias. 5.2 Coordenador do curso A Coordenação do Curso é exercida por um coordenador designado pelo reitor e homologado pela Mantenedora (Regimento Geral da Universidade, artigo 23). Para exercício do cargo de coordenador do curso são exigidos os seguintes requisitos: • titulação acadêmica compatível com a sua missão de liderar educadores do Ensino Superior; • experiência profissional; • experiência acadêmica suficiente para permitir uma visão adequada da realidade do Ensino Superior; 37 • acompanhamento continuado e abrangente da evolução do mundo, tanto no que diz respeito às carências das organizações como no que trata dos avanços nas práticas de gestão; • capacidade de liderar equipes. 5.3 Composição e funcionamento do Colegiado de Curso Dadas as características de atuação multicampi da Universidade, o Colegiado do Curso é formado por dois tipos de colegiados complementares entre si: o Colegiado Geral e os Colegiados Locais. O Colegiado Geral é composto pelo coordenador do curso e pelos coordenadores locais, enquanto cada Colegiado Local é composto pelo coordenador e sua respectiva equipe de docentes. Ambos os tipos de colegiado contam com uma representação discente. Os Colegiados Locais atuam simultaneamente como alimentadores e disseminadores/multiplicadores das decisões e orientações do Colegiado Geral. Ao Colegiado de Curso, na forma como ele está instituído e de acordo com o Regimento Geral da Universidade (art. 29), compete o seguinte: • propor e executar atividades e promover a articulação interna e das relações entre os cursos da mesma área localizados em outros campi; • aprovar o plano de atividades de curso; • promover a articulação e a integração das atividades docentes; • propor providências de ordem didática, científica e administrativa aos órgãos da administração superior; • opinar sobre a realização de programas de ensino, pesquisa e extensão; • responsabilizar-se pela elaboração de projetos de pesquisa de extensão na área de competência e coordenar e supervisionar sua execução; • desenvolver e aperfeiçoar metodologias próprias para o ensino das disciplinas de sua competência; • distribuir encargos de ensino, pesquisa e extensão aos membros do corpo docente; • responsabilizar-se pelo oferecimento das disciplinas relacionadas ao setor específico do saber que define o âmbito de sua competência; 38 • elaborar as ementas, os programas e os planos de ensino para as disciplinas de sua competência; • avaliar o desempenho individual de cada docente; • participar de programa ou projetos de pesquisa e extensão de natureza interdisciplinar; • promover e coordenar seminários, grupos de estudos e outros programas para o aperfeiçoamento docente; • ao final do semestre, avaliar os programas relativos ao curso; • constituir comissões especiais para assuntos específicos; • acompanhar a expansão do conhecimento nas áreas de sua competência, por meio de intercâmbio com centros de pesquisadores que desenvolvam trabalhos inovadores e, também, por meio do incentivo à participação dos docentes em eventos científicos e culturais nas respectivas áreas de especialização; • exercer as demais atribuições que se incluam, de maneira expressa ou implícita, no âmbito de sua competência; • fazer indicação para admissão do pessoal docente. Presidido pelo coordenador de curso, o Colegiado Geral reúne-se ordinariamente, no mínimo, uma vez por semestre. Cada Colegiado Local, presidido pelo respectivo coordenador, também se reúne ordinariamente, no mínimo, uma vez por semestre. As normas para funcionamento desses colegiados são as que estão estabelecidas no Art. 31 do Regimento Geral da Universidade. 5.4 Atenção ao discente Os polos possuem profissionais com formação universitária específica para cada área do conhecimento, considerando os cursos ofertados pela UNIP Interativa. Eles orientam, conduzem e facilitam o processo de ensino e aprendizagem junto aos alunos. A equipe de apoio é formada por: a. Coordenador do polo – responsável pelo funcionamento dos processos administrativos e pedagógicos que se desenvolvem na 39 unidade. O coordenador deve conhecer osprojetos pedagógicos dos cursos oferecidos no polo de apoio presencial, estar atento às ações previstas nos calendários, especialmente aquelas que tratam das atividades de tutoria presencial. Deve também zelar pela disponibilidade de equipamentos e atualização da infraestrutura, viabilizando o acontecimento das atividades. O coordenador deve ter, no mínimo, titulação de graduação e formação específica em EaD. b. Secretaria do polo – responsável pelo atendimento aos alunos do polo de apoio presencial quanto ao recebimento, conferência e envio de documentos à secretaria acadêmica da universidade. É responsável também pela recepção e entrega de documentos solicitados pelo aluno por meio da secretaria virtual. c. Tutor presencial – o papel do tutor na modalidade EaD é fundamental para o desenvolvimento dos alunos. Ele deve acompanhá-los quanto ao entendimento dos conteúdos propostos, ao desenvolvimento de atividades e a outros aspectos pertinentes ao processo de ensino e aprendizagem. Os principais meios e mecanismos de interatividade, atendimento, orientação e suporte da UNIP Interativa são: Ambiente Virtual de Aprendizagem – são disponibilizados: manuais, aulas instrucionais, guia do aluno, manuais explicativos, calendário acadêmico, secretaria virtual, material pedagógico, conteúdos para nivelamento, fórum e chat; Secretaria virtual – ferramenta disponibilizada exclusivamente aos alunos que permite acesso às informações acadêmicas e financeiras, além de proporcionar permissão para solicitação e consulta de serviços. Dentro da secretaria virtual, é disponibilizado o Manual de Informações Acadêmicas; Material didático impresso – o livro-texto atua como roteiro de estudo e fomento para reflexões, pesquisas e a sistematização de 40 ideias, incentivando a continuidade do processo de ensino- aprendizagem no AVA por meio da realização de exercícios, participação em fóruns de discussão e chats; Polo de apoio presencial – são os espaços físicos onde acontecem os encontros presenciais, orientações de estudos e atividades. Possui equipe de apoio capacitada para atender às demandas do alunado; Central de atendimento ao aluno – orienta os alunos sobre os procedimentos acadêmicos e financeiros, esclarece dúvidas sobre as atividades a serem desenvolvidas pelos alunos e dá orientação quanto aos calendários escolares; Tutoria a distância – acompanha as teleaulas, medeia a interação com os alunos, auxilia o professor e o coordenador do curso no desenvolvimento das atividades didáticas e participa dos chats e fóruns; Participação dos discentes da EaD nas atividades de iniciação científica; Parcerias ou convênios da UNIP com prefeituras de vários estados para a realização de estágios (opcionais) para os cursos superiores de tecnologia; Disponibilização de palestras on-line à comunidade acadêmica da EaD e à comunidade em geral; Disponibilização de softwares gratuitos aos discentes da EaD; Sistema próprio de postagem de trabalhos acadêmicos e de atividades complementares; Acordo de cooperação da UNIP com empresas para a atribuição de descontos aos alunos. 5.4.1 Apoio aos discentes O coordenador do Polo de Apoio Presencial realiza o atendimento pessoal ao aluno e o observa e procura descobrir os obstáculos que o impedem de ter um resultado favorável no processo de aprendizado. 41 Se o problema for exclusivamente de aprendizado, o Coordenador do Polo de Apoio Presencial se apoia no coordenador do curso do aluno para um “programa personalizado de avaliação do estudante”. Caso o problema seja de ordem psicológica, o Coordenador do Polo de Apoio Presencial atua como um “mediador” junto ao estudante e, muitas vezes, com os pais do aluno, encaminha-o para as clínicas do curso de Psicologia da UNIP, ou mesmo para clínicas específicas, a fim de obter alguns tipos de tratamentos fora da IES, dentro do maior sigilo profissional possível. 5.4.2 Núcleo de Acessibilidade e Apoio Psicopedagógico Alunos dos cursos ministrados pela UNIP INTERATIVA (EAD) contam com o apoio do Núcleo de Acessibilidade e Apoio Psicopedagógico – NAAP, que tem por finalidade: orientar e realizar intervenções breves nas dimensões psicopedagógica e social para o corpo discente da UNIP Interativa (EAD) e promover as condições adequadas para a inclusão das pessoas com deficiência, incluindo aquelas com Transtorno do Espectro Autista ao Ensino Superior, articulando-se com professores, coordenadores e setores de apoio, viabilizando as adequações arquitetônicas, comunicacionais, pedagógica e atitudinal, tendo como referência a Política de Acessibilidade da UNIP Interativa. O coordenador do polo de apoio presencial realiza o atendimento pessoal ao aluno e, se observar ou for comunicado sobre obstáculos que o impeçam de ter um resultado favorável no processo de aprendizado, entra em contato com o coordenador do curso para que seja aberto o prontuário de encaminhamento e acompanhamento pelo NAAP. Ressalta-se que os Distúrbios de Aprendizagem são assim denominados por serem condições pré-existentes ao ingresso do aluno na Universidade. Assim sendo deve-se exigir, no ato da matrícula, os laudos médicos (neurologista, psiquiatra) e de profissionais de apoio na Saúde Mental (psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, fisiatra, terapeuta ocupacional, entre outros), atualizados há no máximo dois anos. Ao NAAP caberá também orientar coordenadores, tutores presenciais e a distância no apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem ou aqueles cuja educação básica esteja aquém das necessidades para acompanhamento de estudos no ensino superior. O apoio aos alunos será oferecido para os casos verificados a partir de pesquisa de problemas (via polo ou detecção em provas, trabalhos etc.) ou pela solicitação dos próprios alunos ou de seus familiares. 42 6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO 6.1 Formação acadêmica e profissional O corpo docente é constituído por profissionais cujas trajetórias de formação e experiências são coerentes com as disciplinas ministradas e com o projeto do curso. Os professores são estimulados à educação continuada, tanto pelo oferecimento, pela UNIP, de cursos de extensão e pós-graduação (com descontos), como pelo subsídio em participações em eventos e apresentações e publicações de trabalhos em geral. A UNIP também oferece programas de apoio à pesquisa, como o Programa Individual de Pesquisa Docente, que tem por objetivo promover o desenvolvimento de investigações científicas e destina-se aos professores dos programas de mestrado e/ou integrantes dos grupos de pesquisa da UNIP que possuam o título de doutor. No entanto, a atuação do docente ultrapassa os limites dos conteúdos das disciplinas, pois este deve estar atento ao cumprimento da missão da UNIP, com atitudes de “respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos fundamentais, proscrevendo quaisquer formas de discriminação”. O corpo docente participa ativamente dos eventos de extensão da Universidade, tanto em sua concepção como em sua realização, envolvendo toda a comunidade acadêmica em programas sociais e culturais. Para ingresso na Universidade, os professores são selecionados localmente pelos coordenadores, sendo suas indicações submetidas às instâncias superiores para aprovação. Os requisitos exigidos para a docência são: • titulação acadêmica: privilegia-se os candidatos com melhor titulação, compatível com as disciplinas a serem ministradas. A titulação mínima aceitável é a de especialista; • formação não acadêmica: privilegiam-se os candidatos com maior formação, ainda que não acadêmica (treinamentos empresariais, cursos de extensão, cursos de atualização, entre outros);• experiência acadêmica: privilegiam-se candidatos com maior e melhor experiência acadêmica; 43 • experiência profissional: para disciplinas mais específicas, o requisito experiência é fundamental. Já para as disciplinas de formação geral, a experiência não é um requisito eliminatório; porém, mesmo assim é desejado. 6.2 Regime de trabalho Todos os professores são contratados no regime de Consolidação das Leis do Trabalho. Conforme constante no PDI da Universidade, o regime de trabalho do corpo docente está previsto nas seguintes modalidades: • regime integral: com exigência de 40 horas semanais de trabalho; • regime em tempo parcial: com exigência de 20 horas de trabalho efetivo; • regime de horas-aula. A UNIP possui plano de carreira docente instituído em regulamento aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e homologado pelo Conselho Universitário (Consuni). No mencionado Regulamento do Magistério Superior, encontram-se as atividades atribuídas aos seus integrantes, o regime de trabalho, o quadro de carreira, as categorias funcionais, as formas de ingresso e promoção e a remuneração. O Regulamento discrimina a carreira docente nas categorias funcionais: professor auxiliar, professor assistente, professor adjunto e professor titular, e apresenta os requisitos para ingressos ou promoção. No PDI da Universidade Paulista estão relacionados os requisitos necessários para o ingresso em cada categoria: • profissionalizante I: o candidato deve possuir escolaridade correspondente ao Ensino Superior completo (bacharelado ou equivalente) e experiência mínima de um ano de efetivo exercício de atividade profissional; • profissionalizante II: o candidato a essa categoria deve possuir escolaridade correspondente ao Ensino Superior completo (bacharelado ou equivalente) e pós-graduação lato sensu (especialização) completa com o mínimo de 360 horas, conforme Resolução CNE n° 01/2001, de 3 de abril de 2001, e experiência mínima de dois anos de efetivo exercício do magistério; • profissionalizante III: o ingresso nessa categoria deve possuir escolaridade correspondente ao Ensino Superior (bacharelado ou 44 equivalente) e pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado) concluídos e aprovados em universidade de reconhecida capacidade técnica ou possuir, pelo menos, cinco anos de experiência profissional ou de coordenação em sua área de atuação e experiência mínima de três anos de efetivo exercício do magistério superior ou no ensino de formação profissional; • profissionalizante IV: o ingresso nesta categoria deve possuir escolaridade correspondente ao Ensino Superior (bacharelado ou equivalente) e pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado) concluídos e aprovados em universidade de reconhecida capacidade técnica ou possuir, pelo menos, cinco anos de experiência profissional ou de coordenação em sua área de atuação e experiência mínima de cinco anos de efetivo exercício do magistério superior. 6.2.1 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa é responsável pela organização dos cursos. Ela é composta por: • docente conteudista: profissional especialista que redige o material didático da disciplina e/ou produz o material para o AVA e/ou grava o conteúdo nas mídias, áudio e vídeo (quando for o caso); • docente da disciplina: profissional que faz o planejamento da ação pedagógica, interage e orienta os alunos nos momentos programados, com os tutores a distância e presenciais, se necessário; elabora os instrumentos de avaliação do aluno; efetua a correção das questões discursivas com a equipe de tutores a distância; organiza e participa de fóruns e chats; • docente de apoio: profissional que executa diferentes atividades para complementar o trabalho do docente da disciplina e contribui para o bom desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem; • docente supervisor: profissional capacitado em EaD que supervisiona as atividades acadêmicas que permeiam o processo ensino- aprendizagem junto aos polos; • professor consultor: profissional que acompanha e orienta presencialmente os alunos nos polos de apoio presencial; • docente coordenador de curso: profissional responsável pela coordenação de toda a equipe de docentes da área. Conduz, direciona e orienta os profissionais envolvidos no processo de EaD. Trabalha de 45 forma integrada com o grupo, estimulando a reflexão crítica sobre os conteúdos e as demais ações; • docente coordenador do polo: profissional responsável por todas as ocorrências que envolvem o processo acadêmico-administrativo no polo; • tutor a distância: profissional especializado na área de atuação, que trabalha diretamente ligado à coordenação do curso e aos docentes. Auxilia os alunos no processo de ensino-aprendizagem e no uso das diversas tecnologias como e-mail, telefonia, material didático, AVA etc. Em suma, o tutor atua como facilitador do contato entre o aluno, a instituição e o conteúdo, podendo mediar discussões com os docentes das disciplinas e com os alunos devidamente matriculados em tais espaços; • tutor presencial: profissional habilitado na área específica de atuação e com conhecimento tecnológico. Orienta os alunos com relação ao AVA de forma síncrona ou não, e os auxilia na organização dos estudos; facilita a interação dos alunos no polo; auxilia a realização dos estágios e das atividades complementares e esclarece os alunos quanto aos procedimentos acadêmicos. 6.3 Apoio didático-pedagógico aos docentes 6.3.1 Apoio didático-pedagógico A UNIP Interativa dispõe de departamentos que oferecem apoio direto ao docente, tais como: setor de revisão (conteúdo e ortografia), planejamento pedagógico (agendamento de teleaulas, treinamento audiovisual aos novos professores e diagramação do material eletrônico) e tutoria a distância (acompanhamento em estúdio das teleaulas e chat-atividade). 6.3.2 Capacitação A UNIP proporciona aos docentes e ao corpo técnico administrativo a oportunidade de aprimoramento profissional contínuo, oferecendo desde curso de capacitação até pós-graduação lato sensu, nas modalidades presencial e a distância, e stricto sensu, na modalidade presencial. A UNIP Interativa dispõe, além do curso de Formação em Educação a Distância (EaD), cursos de capacitação e aperfeiçoamento, ofertados exclusivamente aos professores, aos tutores e aos funcionários da UNIP e dos polos de apoio presencial, com o objetivo de ampliar o conhecimento da modalidade, bem como de garantir a normatização das informações e procedimentos utilizados. 46 6.4 Núcleo Docente Estruturante O Núcleo Docente Estruturante (NDE) é um órgão consultivo de coordenação didática que será responsável pela concepção do projeto pedagógico dos cursos. O NDE tem por finalidade propor, elaborar, implantar, implementar, atualizar e complementar a política de ensino e sua execução. São atribuições do NDE: • tomar conhecimento dos Planos Pedagógicos Curriculares e Planos de Ensino já existentes; • elaborar o Projeto Pedagógico do Curso definindo sua concepção e fundamentos; • atualizar periodicamente o Projeto Pedagógico do Curso; • conduzir os trabalhos de reestruturação curricular, sempre que necessário; • promover a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os eixos estabelecidos pelo Projeto Pedagógico; • acompanhar as atividades do corpo docente; • coordenar a elaboração e recomendar a aquisição de lista de títulos bibliográficos e outros materiais necessários ao curso; • sugerir providências de ordemdidática, científica e administrativa que se entendam necessárias ao desenvolvimento das atividades do curso; • zelar pela regularidade e qualidade do ensino ministrado pelo curso. Os coordenadores de curso também participarão do NDE sempre que houver necessidade. Este reunir-se-á ordinariamente pelo menos uma vez por semestre e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo coordenador geral. A UNIP, em conformidade com a Resolução Conaes nº 1, de 17 de junho de 2012, por meio de seu órgão colegiado superior, normatizou o funcionamento do NDE; seu regulamento encontra-se no Apêndice II. 6.4.1 Corpo técnico-administrativo 47 O corpo técnico-administrativo é constituído por profissionais qualificados para as funções exercidas. Esses funcionários são selecionados pelo Departamento de Recursos Humanos da entidade mantenedora, atendendo à solicitação dos numerosos setores de atividades da instituição. Na modalidade EaD, a equipe técnico-administrativa da sede é a seguinte: • secretaria: secretária setorial e auxiliares; • tesouraria: tesoureira setorial e auxiliares; • setores de apoio: auxiliares; • revisores; • técnicos: responsáveis pela inserção do material no AVA; • pessoal administrativo: responsável pelo agendamento de estúdio, recebimento de materiais, controle do calendário acadêmico; • equipe técnica: responsável pelo estúdio de gravação e transmissão das teleaulas, palestras, videoconferências etc.; • equipe de TI; • central de atendimento: responsável pelo processo seletivo, secretaria, tesouraria e informações gerais; • marketing: responsável pela elaboração e divulgação e material publicitário nas diversas mídias, bem como participação em feiras e eventos; • assessoria: responsável pelo polo de apoio presencial, supervisionando as atividades acadêmicas e administrativas; • setor de regulação, avaliação e supervisão; • central Lyceum: responsável pelo suporte ao sistema de controle acadêmico; • gráfica e expedição: responsável pela impressão do material didático impresso e pelo envio do material para o polo de apoio presencial; • recursos humanos: responsável pela seleção e realocação de empregados. 48 6.5 Atividades acadêmicas articuladas com a formação – pesquisa e extensão Dadas as características do mundo atual, no que diz respeito à evolução do conhecimento, é obrigação da Universidade orientar e estimular seus alunos à continuidade dos estudos. Às atividades de pesquisa e pós-graduação da UNIP, deve caber o papel de propiciar condições para esse aprendizado continuado, não só focalizando aprender conhecimentos existentes, mas estimulando também a produção de novos conhecimentos. 6.5.1 Programa de Iniciação Científica A Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UNIP promove anualmente um concurso que prevê a atribuição de bolsas de Iniciação Científica UNIP e bolsas de Iniciação Científica PIBIC – CNPq para alunos da graduação e para cursos superiores de tecnologia. Para participar, o aluno deve procurar um professor da Universidade, portador de, no mínimo, título de mestre, que possua conhecimentos na área em que pretende desenvolver o projeto, e solicitar a sua orientação. Após a aceitação do orientador, o aluno deve apresentar formulário próprio devidamente preenchido, anexando seu projeto de pesquisa, histórico escolar da graduação e encaminhá-lo ao setor de pesquisa da Universidade. As solicitações são julgadas e classificadas por uma comissão, indicada pela Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UNIP. 6.5.2 Pesquisa A Universidade Paulista incentiva continuadamente a investigação científica pelos seus grupos de pesquisa e pelos programas UNIP de apoio à pesquisa. No biênio 2016-2017, contou com 84 grupos de pesquisa, 356 pesquisadores voluntários, 45 pesquisadores bolsistas pelo Santander, 2 pesquisadores registrados no Pibiti e 15 grupos de pesquisa cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil do CNPq, com vasta produção científica atestada por publicações em livros e periódicos indexados. Os temas desenvolvidos estão relacionados com cidadania, meio ambiente, aplicações tecnológicas, saúde, política, negócios, entre outros. Especificamente na Educação a Distância da Unip, 37 pesquisas científicas estão sendo desenvolvidas ao redor do país, que representam a 49 diversidade brasileira, pois abarcam diferentes áreas e regionalidades. Os estudantes são dos seguintes cursos e polos: Administração (Belém), Ciências Contábeis (Hauer e Itaquera), Ciências Econômicas (Asa Norte), História (Ibitinga), Letras (Redenção, Sumaré, Chapecó, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Santo André, Araçatuba, Cotia, Pouso alegre, Interlagos, Brusque, Lavras e Frutal), Matemática (Governador Valadares, Jabaquara, Toledo e Freguesia do Ó), Pedagogia (Goiânia, Jataí, Cachoeira de Itapemirim, Marília, Conselheiro Lafaiete, Uberlândia, São Carlos, Maracanau Jereissati, Apucarana, Guarapiranga e Porto Alegre), Sociologia (Piançó), e finalmente, Gestão em Agronegócio (Sobral). Inobstante, a Unip Interativa reforçando seu apoio à pesquisa, criou a Revista Científica Scitis, oriunda dos Cursos EaD, disponível em: <http://www.unip.br/scitis/>. 6.5.3 Revista Científica Scitis A Scitis é uma publicação eletrônica de caráter científico, com periodicidade semestral. Sua organização conta com um corpo editorial composto por doutores internos e externos à instituição. Seu objetivo é incentivar e aproximar indivíduos com interesse e/ou vocação para a pesquisa científica. A revista é constituída por editorial, artigos e resenhas nas seguintes áreas: educação, negócios, sociedade, ciência e tecnologia. A submissão de trabalhos pode ser feita em português, espanhol e inglês. A Revista Científica Scitis da UNIP EaD é o resultado da iniciativa de todos os cursos dessa modalidade e seu objetivo é propiciar um fórum para discussão e reflexão sobre temas relacionados aos diversos objetos de estudos vistos de forma relacional, por isso, sua estrutura é multidisciplinar. Além disso, ao utilizar a estrutura tecnológica da EaD, pode-se considerar as demandas de pessoas oriundas de diferentes regiões do país a fim de inserí-las no âmbito da pesquisa acadêmica. Em sua concepção, a revista abrange entrevistas, artigos e resenhas realizadas por professores e alunos, e conta também com a participação dos especialistas nas diferentes áreas de outras universidades nacionais e estrangeiras. Na logomarca, o S de SCITIS está envolto em várias esferas representadas em nuances da cor azul. São as esferas espelhadas do saber. Assim, faz-se jus, ao seu nome, saber, em latim. 50 Nesse caminho, todos os integrantes da revista SCITIS brindam àqueles que queiram compartilhar saberes, como forma de registrar o passado, o presente e vislumbrar o futuro. 6.5.4 Pós-graduação stricto sensu A instituição conta com cinco programas de mestrado nas áreas de Administração, Patologia Ambiental e Experimental, Comunicação, Engenharia da Produção e Odontologia, assim como três programas de doutorado nas áreas de Patologia Ambiental e Experimental, Comunicação e Engenharia da Produção, recomendados pela Capes e reconhecidos pelo CNE/CES. 6.5.5 Pós-graduação lato sensu A UNIP oferece, de forma presencial ou a distância, um conjunto de cursos de especialização – lato sensu –, cuja finalidade é permitir aos graduados um aprofundamento de conhecimentos em áreas específicas. Esses cursos de pós-graduação podem ser consultados, a qualquer tempo, no site: <http://www.unip.br>. 6.5.6 Relações Internacionais A UNIP oferece aos seus alunos a oportunidadede realizar parte dos seus estudos no exterior através de diferentes programas de incentivo e bolsas de estudo no exterior. Para participar dos programas de mobilidade internacional o aluno deve apresentar excelente desempenho acadêmico e estar regularmente matriculado, sendo também necessário apresentar certificado de proficiência no idioma do país de destino. O Setor de Relações Internacionais realiza palestras sobre oportunidades de bolsas de estudos no exterior para os alunos de graduação da UNIP que estudam nos Campi da Grande São Paulo e palestras on line para os alunos que estudam nos Campi do interior e litoral de São Paulo, Brasília, Goiânia e Manaus. A UNIP possui parceria com os programas de incentivo: 51 • Santander Universidades: Alemanha, Argentina, Bélgica, Chile, Colômbia, Espanha, México, Peru, Polônia, Portugal, Porto Rico, Uruguai, China, Reino Unido, Rússia, Singapura e IARU. • Programa Ciência sem Fronteiras - CAPES/CNPq: Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coréia do Sul, Estados Unidos, Espanha, França, Holanda, Índia, Irlanda, Itália, Japão, Portugal, e Reino Unido. São oferecidos os seguintes programas relacionados à oportunidades de realização de intercâmbio em instituições de ensino superior internacionais, com bolsa de estudos: • Bolsas CAPES de Fluxo Contínuo • Intercâmbio Científico Brasil-Alemanha de Curta Duração • Escola de Altos Estudos - EAE • Chamada Pública MEC/MDIC/MCT • CAPES - Prêmio Emerald / Capes • CAPES - Programa Bragecrim • Cátedra em Estudos Brasileiros UMASS • Cátedra Fulbright em Ciências Agrícolas na Universidade de Nebraska, Lincoln • Centre D'études et De Recherches Sur le Brésil (CERB) - Université du Québec • Inglês sem Fronteiras • Programa Ciência sem Fronteiras - Graduação Sanduíche • Programa de Bolsas Diretas – Angola, Argentina, Canadá, Chile, Espanha, México, Portugal, República Dominicana, Romênia • Programa Fórmula de Bolsas de Mobilidade Internacional Santander Universidades 2015 • Programa de Bolsas Ibero-Americanas para Graduação Santander Universidades • Programa de bolsas Ibero-Americanas para jovens professores e pesquisadores Santander Universidades • Programa de bolsas para cursos e estágios internacionais 2015-2016 - ARES e Federação “Wallonie-Bruxelles”, Bélgica • Programa Idiomas sem Fronteiras 52 • Programa Top China Santander Universidades • Programa Top Espanha Santander Universidades • Scholarships Euro-Brazilian Windows + Project 6.5.7 Extensão Comunitária A Universidade Paulista, por meio da Vice-Reitoria de Extensão Comunitária, realiza atividades com o objetivo de colaborar com o desenvolvimento local, regional e nacional. Assim, a instituição abre suas portas para a comunidade, com o intuito de efetivar seu compromisso com a melhoria das condições de vida das pessoas, por meio de um saber ligado aos seus interesses e necessidades. Para contribuir com essa filosofia, os cursos desenvolvem eventos de extensão, envolvendo a comunidade nos campi e polos. Escolhe-se um tema central que abrange as diversas áreas de conhecimento e que é elaborado pela coordenação do curso e colocado em prática pelos agentes envolvidos (na modalidade presencial, seriam os professores e alunos, enquanto que na modalidade a distância, a equipe multidisciplinar da UNIP Interativa, juntamente com os alunos participantes do projeto de extensão). Toda a atividade de extensão é documentada e posteriormente avaliada, considerando-se principalmente seu impacto na comunidade. O Regulamento da Extensão Comunitária encontra-se no Apêndice II. 7 ORGANIZAÇÃO DO CURSO De acordo com o artigo 2º da Resolução CNE/CP nº 1/2006, o curso de Pedagogia aplica-se à formação inicial do docente de Educação Infantil, anos iniciais do Ensino Fundamental, Ensino Médio na modalidade normal e em cursos de Educação Profissional e na área de serviços de apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos: Educação de Jovens e Adultos, educação rural, educação indígena e ambientes não escolares. Nesses termos, o curso de Pedagogia da UNIP, como espaço legítimo de formação, busca adequar-se às propostas atuais sobre o papel do profissional da Educação e tem como desafio a necessidade de concentrar a formação docente na complexidade da organização do trabalho pedagógico, ao pensar o “ser pedagogo” como um profissional preparado, reflexivo, participativo e dinâmico. Para tanto, compreende que é necessário enfatizar que a formação dos estudantes implica investimento pessoal e um trabalho 53 com vistas à construção de uma identidade profissional, construindo “um saber plural, formado pelo amálgama, mais ou menos coerente, de saberes oriundos da formação profissional e de saberes disciplinares, curriculares e experienciais” (TARDIF, 2002, p. 32). Assim, acredita-se que a visão de desenvolvimento de um curso de Pedagogia que possa criar diferenciais e transcender as próprias expectativas dos seus idealizadores pressupõe a elaboração de elementos curriculares coerentes, a formação de equipes consistentes, o estímulo permanente a ações de controle eficazes que possibilitem a detecção de desvios e a imediata ação corretiva dos processos. O planejamento das ações pedagógicas seguirá os ditames hierárquicos em relação à legislação vigente e às orientações da Universidade, mas procurará construir elementos que se aproximem da realidade geopolítica dos diferentes polos, a fim de formar profissionais cujos perfis sejam adequados para interagir em diferentes contextos. 7.1 Projeto Pedagógico do Curso Este Projeto Pedagógico pretende oferecer um referencial de estrutura para o curso de licenciatura em Pedagogia com base em orientações teórico- práticas, a partir das disciplinas e atividades propostas para a aplicabilidade do saber “competente” construído no decorrer do curso. Para tal, pauta-se, como subsídio legal, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Licenciatura em Pedagogia, de 15 de maio de 2006. Destacando os elementos inerentes à diversidade nacional e em especial à EaD, nos polos da Universidade Paulista localizados em diferentes regiões do país e à autonomia pedagógica das instituições, conforme o próprio artigo 6º das DCN, este projeto pauta-se na competência da docência e também nas demais atividades que a envolvem, como a participação e gestão de sistemas e instituições de ensino (parágrafo único, artigo 4º, Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006). A competência que se pretende como consciência dos alunos do curso de Pedagogia da UNIP exige a docência de melhor qualidade, posto que: [...] a docência da melhor qualidade, que temos de buscar continuamente, se afirmará na explicitação dessa qualidade – o quê, por que, para quê, para quem. Essa explicitação se dará em cada dimensão da docência: • na dimensão técnica, que diz respeito à capacidade de lidar com os conteúdos – 54 conceitos, comportamentos e atitudes – e à habilidade de construí-los e reconstruí-los com os alunos; • na dimensão estética, que diz respeito à presença da sensibilidade e sua orientação numa perspectiva criadora; • na dimensão política, que diz respeito à participação na construção coletiva da sociedade e ao exercício de direitos e deveres; [...] • na dimensão ética, que diz respeito à orientação da ação, fundada no princípio do respeito e da solidariedade, na direção da realização de um bem coletivo (RIOS, 2003, p. 108). Este Projeto Pedagógico está ancorado nos preceitos da docência de melhor qualidade propostos por Terezinha Azeredo Rios e com base nas diretrizes curriculares para o curso dePedagogia que se aplicam à formação inicial para o exercício da docência em sua diversa aplicação. O curso de Pedagogia, vinculado à área de Ciências Humanas, privilegia a formação profissional e sua qualidade nas relações humanas, respondendo às demandas imediatas do nosso tempo e antecipando o futuro, acompanhando a evolução dos acontecimentos e as necessidades sociais neste século, por meio da interdisciplinaridade, conforme previsto na organização curricular, da aproximação da teoria e prática e da atenção dada ao caráter globalizado de universidade e à diversidade característica da localização de cada polo. O Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia da UNIP, que está em constante atualização, visa a dar oportunidade aos seus egressos, por meio de condições plenas de estudo e práticas profissionalizantes, a fim de que se formem em conformidade com o perfil desejado, acumulando competências e habilidades que possibilitem o sucesso na vida pessoal e profissional. 7.1.1 Relevância social do curso de Pedagogia Segundo Papadopoulos (2007), no mundo inteiro, a Educação suscita um interesse crescente. Ademais, ela é considerada sucessivamente, ainda segundo o autor, como a chave da prosperidade econômica futura, como o instrumento privilegiado da luta contra o desemprego, como o motor do progresso científico e tecnológico, como a condição sine qua non da 55 vitalidade cultural das sociedades cada vez mais orientadas para o trabalho, como ponta de lança do progresso social e da igualdade, como a garantia de preservação dos valores democráticos, ou como o passaporte para o êxito individual. Neste contexto, Franco, Libâneo e Pimenta (2007) afirmam que a Pedagogia pode ser entendida como teoria e prática da Educação, na acepção que, de um modo geral, é tomada do pedagogo alemão, Schimied- Kowarzik, para quem a Pedagogia é a ciência da e para a Educação. Segundo esse autor, citado por Franco, Libâneo e Pimenta, a Pedagogia investiga teoricamente o fenômeno educativo, formula orientações para a prática, com base nela própria, e propõe princípios e normas relacionados aos fins e meios da Educação. Este mesmo autor expressa uma visão do papel formativo da Pedagogia em toda a sua complexidade que, de certa forma, é importante para a compreensão da relevância social deste curso. Esse ponto de vista se fundamenta na perspectiva de que: [...] a Educação é uma função parcial integrante da produção e reprodução da vida social, que é determinada por meio da tarefa natural, e ao mesmo tempo cunhada socialmente, da regeneração de sujeitos humanos, sem os quais não existiria nenhuma práxis social. A história do progresso social é simultaneamente também um desenvolvimento dos indivíduos em suas capacidades espirituais e corporais e em suas relações mútuas. A sociedade depende tanto da formação e da evolução dos indivíduos que a constituem, quanto estes não podem se desenvolver fora das relações sociais (SCHIMIED-KOWARZIK apud FRANCO, LIBÂNEO e PIMENTA, 2007, p. 66). Frente ao exposto, fica evidente que, em razão da complexidade desses processos, a Pedagogia pode ser uma reflexão sistemática sobre as práticas educativas e para ação educativa. Portanto, a relevância social do curso de Pedagogia volta-se para o desenvolvimento de sua capacidade reflexiva buscando, nas teorias científicas, a articulação entre teoria e prática a partir da compreensão e da análise do todo que constitui a organização do trabalho educativo tanto no âmbito da docência quanto da gestão e do planejamento, quer em instituições públicas ou particulares, escolares ou não escolares, tendo como rumo a transformação da sociedade. 56 Nestes termos, busca-se ampliar a visão educativa, sensibilizando o futuro pedagogo para as ocorrências internacionais, as necessidades nacionais e as urgências sociais, dimensionando a visão educativa para o âmbito regional e local, a fim de tornar o formando competente para atuar como profissional da Educação e como agente de transformação social. Tomando-se por base o trabalho pedagógico como principal articulador na formação do pedagogo, firma-se o currículo por meio da ênfase na prática docente, na pesquisa educacional, nas diferentes linguagens, de modo teórico e laboratorial, aproximando-as dos meios de comunicação e concretizando a perspectiva da EaD. Diante disso, o curso de Pedagogia da UNIP parte do pressuposto que na EaD a interação entre educadores e educandos ocorre por meio da utilização pedagógica de tecnologias inovadoras de informação e comunicação, associadas a sistemas de gestão e avaliação que lhes são peculiares. Conforme orientações contidas na Resolução CNE/CP nº 1/2006, entendemos que o princípio da relevância da formação do licenciado em Pedagogia deve-se ao desenvolvimento de sua capacidade reflexiva ao buscar, nas teorias científicas, a articulação entre teoria e prática na perspectiva da docência, mas não se restringe a ela, na medida em que o curso contempla também a formação do profissional da Educação para atuar como suporte pedagógico. De acordo com o parágrafo único do artigo 3º das DCNs, na formação do licenciado em Pedagogia, é central: I – o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover a Educação para e na cidadania; II – a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse da área educacional; III – a participação na gestão de processos educativos e na organização e funcionamento de sistemas e instituições de ensino. Com isso, entendemos que o cenário enseja atenção aos espaços da educação escolar e não escolar, cuidando-se, entretanto, para não ocorrer a fragmentação do curso. Portanto, como profissional indispensável ao atendimento dos grandes desafios da atualidade brasileira, a formação do pedagogo implica a compreensão crítica dos problemas educativos e sociais presentes nos diferentes contextos do país. Nesse sentido, considerando tal demanda da sociedade, toda a infraestrutura de que dispõe e, também, a experiência no uso de tecnologia 57 de informação e comunicação, a UNIP colocou à disposição da população também o curso de Pedagogia na modalidade EaD. Entendemos que a oferta do curso na modalidade EaD se justifica com base nos indicadores de formação docente do país. Para ilustrar o exposto, tomamos como referência a sinopse dos professores da Educação Básica do ano de 2009 (Tabela 1), realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Consta no documento que, de um total de 369.698 professores da Educação que se encontram em exercício da função no mês de maio de 2009 em todo o país, quase 52% não tinham curso superior. Quando se analisa a situação do ponto de vista regional, percebemos que as regiões menos favorecidas economicamente são as que mais necessitam de professores formados. Por exemplo, na região Norte, do total de 24.704 professores em exercício deste nível de ensino, 68,9% não eram licenciados; na região Nordeste, o percentual sobe para 71,8%. Entretanto, quando analisamos as regiões mais ricas do país, ou seja, Sul e Sudeste, verificamos que a situação tem uma mudança significativa, mas nem por isso não preocupante, posto que na região Sudeste o percentual de professores da Educação Infantil sem curso superior cai para 49,9% e na região Sul para 45%. Como se vê, a carência de professores licenciados em Pedagogia para atuar na Educação Infantil, conforme determina o artigo 62º da LDB 9.294/96, é grande até mesmo nas regiões mais favorecidas do país, e a EaD representa uma alternativa importante para auxiliar na resolução do problema, segundo prevê o Plano Nacionalde Educação, Lei 10.182/2001. De acordo com esse dispositivo legal, a LDB considera a EaD um importante instrumento de formação e capacitação de professores em serviço. Numa visão prospectiva, de prazo razoavelmente curto, é preciso aproveitar melhor a competência existente no Ensino Superior presencial, para institucionalizar a oferta de cursos de graduação e iniciar um projeto de universidade aberta que dinamize o processo de formação de profissionais qualificados, de forma a atender as demandas da sociedade brasileira. 58 Tabela 1: Número de professores na Educação Infantil, segundo a região geográfica e a unidade da Federação, em 2009. Fonte: MEC/Inep. Quando analisamos o quadro de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental, constatamos que a situação também é grave. Esse ponto de vista se fundamenta no quadro sinóptico de professores da Educação Básica, elaborado pelo Inep com base no ano de 2009 (Tabela 2). 59 Tabela 2: Número de professores no Ensino Fundamental – anos iniciais, segundo a região geográfica e a unidade da Federação, em 2009. Fonte: MEC/Inep/DEED. Notas: 1 - Professores são os indivíduos que estavam em efetiva regência de classe em 27/05/2009. 2 - Não inclui os professores de turmas de atividade complementar. 3 - Professores (ID) são contados uma única vez em cada unidade da Federação, porém podem ser contados em mais de uma UF. 4 - Inclui os professores de turmas de Educação Infantil e Ensino Fundamental Multietapa. 5 - Ensino Médio Normal/Magistério: inclui os professores do Magistério específico indígena. Com base na Tabela 2, identificamos que, de um total de 721.513 professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em exercício em maio 60 de 2009, 38,7% não tinham curso superior. E mais: entre esses professores, 6,3% não tinham nem mesmo o Ensino Médio na modalidade Normal, ou seja, trata-se de professores leigos. Quando se analisa a situação na perspectiva regional, o quadro é bastante complexo e expressa ainda mais a questão da desigualdade social. Por exemplo, na região Norte, o percentual de professores sem curso superior é de 55,2%; na Nordeste, 59,5%. Por outro lado, nas regiões Sul e Sudeste, o quadro é bem diferente, pois embora apresente um indicador de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental menos grave do que as regiões citadas, ainda assim há problemas. Na região Sul, foi detectado um percentual de 24,4% de professores não licenciados e, na Sudeste, 27%. Com base nos indicadores ora apresentados, entende-se que a EaD poderá oferecer oportunidades de estudo a milhões de brasileiros de diferentes idades que não conseguem frequentar presencialmente cinco dias por semana um curso superior em virtude de vários fatores, como horário ou jornada de trabalho incompatível com a rigidez do sistema presencial e com o curso que o candidato pretende realizar, a longa distância entre sua cidade e a Instituição de Ensino Superior (IES) mais próxima e, especialmente, os custos dos cursos presenciais ainda inacessíveis a boa parte da população brasileira (CASTRO, 2008). O desenvolvimento de tecnologias interativas possibilita contato em tempo real entre estudantes de locais distintos, geograficamente distantes, originando um novo tipo de espaço de aprendizagem que proporciona ao aluno a possibilidade de interação com as diferentes realidades e o acesso ao conhecimento sem ter que se deslocar diariamente até uma sala de aula (KENSKI, 2007). Nesses termos, o compromisso assumido pela UNIP é o de oferecer aos futuros pedagogos da modalidade a distância uma formação profissional básica e sólida, capaz de possibilitar-lhes habilidades e competências com vistas a deixá-los aptos a atuar nas diferentes situações que emergem do cotidiano da população, bem como responder de forma competente às demandas que requerem sua atuação profissional. 7.1.2 Metas do Plano Nacional de Educação (PNE) A participação do segmento de ensino privado no nível superior aumentou, sobretudo, a partir da década de 1970. Nos últimos 20 anos, esse segmento responde por quase dois terços da oferta das vagas na educação superior. Entre outros, são objetivos do Plano Nacional de Educação (PNE) – Projeto de Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014 – a promoção humanística, 61 científica e tecnológica do país, a superação das desigualdades educacionais com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação, a melhoria da qualidade da educação, a formação para o trabalho e para a cidadania com ênfase nos valores éticos, e a promoção do princípio democrático da educação pública. Entre as metas do PNE configuram as seguintes ações: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo para populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta. A população de universitários no Brasil ainda é incipiente quando comparada a países como a Argentina ou o Chile. Por essa razão, é preciso expandir a rede de universidades e qualificar progressivamente a oferta da educação superior privada. Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores. A taxa de escolarização bruta na faixa etária de 18 a 24 anos na educação superior, que mede, percentualmente, o total de matrículas no Ensino Superior em relação à população na faixa etária teoricamente adequada para frequentar esse nível de ensino, passou de 16,6 em 2002 para 26,7 em 2009 e a taxa de escolarização líquida na faixa etária de 18 a 24 anos na educação superior, que passou de 9,8 em 2002 para 14,4 em 2009 (IBGE, 2009). Entretanto, não se pode desconsiderar que o Ensino Superior privado atende a outras faixas etárias, notadamente dos 25 aos 39 anos, constituídas por indivíduos que trabalham e procuram, por meio da educação, novas oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Os dados indicam, desse modo, que a taxa de escolarização líquida desse grupo etário está bastante abaixo do desejável. Estudos indicam que há uma parte considerável dos jovens de 18 a 24 anos ainda cursando o Ensino Médio ou a educação de jovens adultos e a taxa de abandono desse grupo etário em 2009 foi de 32,8% (IBGE, 2009). Dessa forma, pode-se dizer que, para se conseguir a meta de 33%, faz-se necessária uma ação conjunta para atingir vários problemas. 62 Além de aumentar a taxa de alunos cursando a educação superior sobre a população na faixa etária entre 18 e 24 anos, os cursos da Unip estão alinhados para garantir qualidade da oferta de matrículas e com os objetivos e metas do Plano Nacional de Educação no que tange aos seguintes aspectos: • proporcionar o aumento da oferta de vagas no Ensino Superior para estudantes na faixa etária de 18 a 24 anos; • aumentar a qualidade da educação superior pelo acréscimo da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior; • melhorar a articulação entre formação, currículo e mundo do trabalho, considerando as necessidades econômicas, sociais e culturais do País. Frente ao exposto, a oferta do curso de Pedagogia por parteda UNIP integra-se perfeitamente no contexto educacional brasileiro, tanto atual quanto de cenário futuro. 7.1.3 Demanda nacional do curso De acordo com a sinopse da Educação Básica realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com base no ano letivo de 2009, constatamos que, para formar 52.580.452 alunos da Educação Básica, considerando que desse total 17.295.618 estão matriculados nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 6.762.631 na Educação Infantil e os demais no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos, o país conta com 1.977.978 professores de Educação Básica. Deste total de professores, 721.513 estão atuando nos anos iniciais do Ensino Fundamental e desses, 279.430 não são licenciados em Pedagogia ou no Normal Superior e 46.594 não têm nem mesmo o curso Normal em nível médio. Com base nesses indicadores, não há dúvidas quanto à necessidade de ampliação da área de formação docente. No caso da Educação Infantil, vale lembrar que, dos 369.698 professores em exercício em 2009, 191.670 não tinham curso de licenciatura em Pedagogia e 34.435 tinham apenas o Ensino Médio regular. De acordo com as metas do PNE, a quantidade de docentes em creche, pré-escola e classes de alfabetização deve crescer nos próximos anos. O PNE estabeleceu a meta de atendimento escolar para 50% das crianças de até três anos de idade e 80% das crianças de 4 a 6 anos. A meta para as 63 crianças de seis anos é ainda mais ambiciosa, ou seja, 100% de atendimento escolar no mesmo período de tempo, isto é, dez anos. Para atingir essas metas, a rede pública terá que aumentar consideravelmente sua participação, o que demandará o aumento do número de docentes nessa área de atuação. Uma realidade insofismável, especialmente quando se considera que, em 2002, o censo escolar registrou um total de 2,4 milhões de funções docentes na Educação Básica, para um total de 50,6 milhões de alunos matriculados em creches, pré-escolas, classes de alfabetização, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Cabe aqui reiterar que a oferta do curso de Pedagogia visa à qualificação de profissionais para as diferentes regiões brasileiras, na modalidade a distância para o exercício da docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na organização e gestão das escolas de Educação Básica. Com base nos indicadores apresentados pelo Inep (2009), fica evidente que o Brasil, de modo geral, apresenta grande necessidade de formação de profissionais para a atuação na Educação Infantil, Fundamental e apoio pedagógico no Ensino Médio e Superior. Um conjunto de fatores contribui para inserir a formação de professores na pauta das políticas educacionais nas três esferas governamentais, ou seja, federal, estadual e municipal. No Brasil, a Constituição de 1988 e a LDB estimularam a implementação de medidas importantes para a gestão, o financiamento e a organização pedagógica da Educação Básica, quais sejam: • municipalização, descentralização e democratização da gestão educacional; • criação do Fundef, inaugurando um regime de colaboração entre União, estados e municípios para a gestão e o financiamento do Ensino Fundamental; • formulação de diretrizes e parâmetros curriculares para a Educação Básica, consoante à Lei nº 9.394/96 e às características e demandas da sociedade do conhecimento; • criação do Fundeb para substituir o Fundef e ampliar a abrangência do financiamento da Educação Básica no país; • aprovação da ementa constitucional 59/2009 que torna Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; 64 • introdução da tecnologia da informação nas escolas e o aperfeiçoamento dos critérios de seleção e aquisição dos insumos didáticos e pedagógicos. Ao mesmo tempo, outras determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº 9.394/96) acarretam políticas e decisões importantes na área da formação de professores. São elas: • obrigatoriedade (ou valorização) da formação dos professores em nível superior, tanto os que serão incorporados ao exercício do magistério nos anos iniciais do Ensino Fundamental como aqueles que já estão atuando em ambientes não escolares; • posicionamento da Educação Infantil como parte integrante da Educação Básica, o que acabou por inserir as creches e pré-escolas no âmbito da política e gestão educacionais, de competência dos órgãos normativos e executivos dos diferentes sistemas de ensino. Considerando o cenário apresentado, o curso de Pedagogia se justifica na medida em que se propõe contribuir para que as funções docentes na Educação Básica sejam ocupadas por professores legalmente habilitados e com a competência técnica e profissional que essa atuação exige. O curso de Licenciatura em Pedagogia da UNIP vem atender a essas inúmeras demandas que se apresentam na contemporaneidade, e vem proporcionar um ensino de qualidade, humano, ético e cidadão. Além disso, em seu processo de implantação, a UNIP, além do estado de São Paulo, privilegiou todas as regiões com carência de vagas no Ensino Superior, em especial na área específica de formação de professores para atuar na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, como é o caso dos diversos polos da EaD. Em 2007, o curso de Pedagogia da UNIP passou a ser oferecido na modalidade EaD prevalecendo as diretrizes e o número de vagas estabelecido pelos conselhos superiores da UNIP, em todo o território nacional e em cada um dos polos presenciais programados para funcionar. O curso em EaD está dimensionado e plenamente adequado em relação ao corpo docente e a tutoria, bem como as condições de infraestrutura da IES nos polos de apoio presencial. O número de vagas oferecido poderá ser ampliado para atender à demanda de uma dada região considerando-se indicadores do MEC/Inep. Em função da demanda, as vagas podem ser remanejadas entre cursos e/ou entre polos. Em caso de inviabilidade operacional de um polo, o total das vagas oferecidas será remanejado para os demais polos em funcionamento. 65 7.1.4 Formas de acesso ao curso O acesso ao curso de licenciatura em Pedagogia da UNIP se dá por meio de processo seletivo, cabendo ao conselho superior deliberar sobre critérios e normas de seleção de estudantes, considerando os atos editados pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino, observada a legislação em vigor. Conforme estabelecido no capítulo III do regimento geral da UNIP, as formas de acesso ao curso estão definidas a seguir: Art. 58 O processo seletivo aberto a candidatos que tenham escolarização completa de nível médio ou equivalente, tem como objetivo verificar sua aptidão intelectual e selecioná-los para o ingresso nos cursos de graduação. § 1º O processo seletivo considera os conhecimentos comuns às diversas formas de Ensino Médio, sem ultrapassar este nível de complexidade. § 2º O processo seletivo pode ser unificado em sua execução para todos os cursos da Universidade. § 3 º O processo seletivo é supervisionado pela Vice-Reitoria de Graduação, organizado e coordenado pela Diretoria de Admissão discente. Art. 59 O processo seletivo é disciplinado por edital, que poderá ser divulgado de forma resumida, indicando-se os locais onde os interessados poderão ter acesso às informações completas. Art. 60 O processo seletivo é válido para o período letivo a que se destina, tornando-se nula a aprovação obtida se o candidato deixar de requerer matrícula ou de apresentar a documentação necessária nosprazos fixados no edital. Art. 61 Pode ser exigido dos candidatos a aprovação em testes ou provas de habilidades específicas, antes do processo seletivo, para os cursos que o justifiquem. 7.2 Concepção do curso 7.2.1 Histórico do curso Para Eduardo Chaves (1980), a primeira regulamentação do curso de Pedagogia ocorreu em 1939. Essa regulamentação, por meio do Decreto-Lei nº 1.190, de 4 de abril de 1939, organizou a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil e instituiu o chamado padrão federal, ao qual tiveram que se adaptar os currículos básicos dos respectivos cursos oferecidos por outras instituições de Ensino Superior. 66 Essa primeira regulamentação aponta para alguns problemas quanto à definição dos objetivos do curso de Pedagogia, conforme apontam vários autores. Para Sônia de Jesus Nunes Bertolo (1996), “a própria criação do curso de Pedagogia é muito controvertida, visto que ele é criado e descriado, sem ao menos ter sido implantado junto à Universidade do Brasil”. Sônia de Jesus Nunes Bertolo (1996) assinala que os cursos de formação de educadores a partir da criação do curso de Pedagogia foram concebidos, inicialmente, como cursos técnicos profissionalizantes, uma vez que a proposta curricular priorizou a formação do bacharel (técnico em Educação) ao estabelecer três anos de formação, enquanto a formação do licenciado limitou-se a um ano de duração e destinava-se à preparação do professor da Escola Normal. Para a autora, esse destino conferia uma aparente definição ao exercício para o licenciado. Coelho (1987) entende que o curso de Pedagogia surge sob o signo de certa indefinição. Sobre a dualidade do curso, José Carlos Libâneo (1996) afirma que a primeira regulamentação do curso de Pedagogia no Brasil, em 1939, previa a formação do bacharel em Pedagogia, conhecido como técnico em Educação. Nota-se, portanto, que o curso de Pedagogia nasceu das faculdades de Filosofia e desde sua criação revelou muitos problemas. Carmem Silva Bissolli da Silva (1999) sinaliza que um dos focos de tensão foi a prescrição de um currículo, o qual nem sequer se limitou ao mínimo, para a formação de um profissional claramente identificável. E mais, acrescenta a autora, “outro foco da tensão é relativo à separação bacharelado-licenciatura, refletindo a nítida concepção dicotômica que orientava o tratamento de dois componentes do processo pedagógico: o conteúdo e o método”. A segunda regulamentação do curso de Pedagogia ocorreu em 1962. Esta aconteceu em decorrência da aprovação, pelo Congresso Nacional, da Lei de Diretrizes e Bases nº 4.024/61. De acordo com Chaves, nesta ocasião, o Conselho Federal de Educação viu-se levado a baixar “currículos mínimos” para vários cursos, entre os quais o de Pedagogia. Assim, tivemos a aprovação do Parecer nº 251/62-CFE de autoria do professor Valnir Chagas. Para Anair Altoé (2001), naquele momento, algumas modificações foram introduzidas no currículo do curso de Pedagogia, mas essas alterações mantiveram intocados os problemas fundamentais já existentes. Bertolo (1996) afirma que a primeira alteração sentida foi na duração do curso, que passou para 4 anos. Quanto ao propósito do parecer, entendeu que se poderia dizer que ele foi parcialmente alcançado, uma vez que o esquema da formação do educador não se alterou muito, pois continuou a formar licenciados para atuar na Escola Normal e técnicos de Educação. 67 Para a autora, o que de fato muda com essa proposta é a implantação de uma formação concomitante entre técnicos e docentes, fazendo com que o pedagogo recebesse formação mais generalista, rompendo-se com o esquema 3+1. Ainda sobre a segunda regulamentação, Bertolo (1996) entendeu que a tentativa de fortalecimento do curso de licenciatura pareceu ter produzido efeito contrário. Parte do pressuposto de que os cursos de Pedagogia ficaram cada vez mais descaracterizados e sem identidade, e isso contribuiu para que se ampliasse o seu desprestígio frente às demais licenciaturas, pois é nesse período que se fortaleceu a tendência que defendia a extinção do curso de Pedagogia. A terceira regulamentação do curso deu-se em 1969. Essa regulamentação ocorreu como consequência da reforma universitária instituída pela Lei nº 5.540/68. Nessa nova versão, o curso de Pedagogia assumiu a responsabilidade de formar especialistas por intermédio de habilitações profissionais. De acordo com Bertolo, “na concretização desse objetivo, a formação do professor foi novamente secundarizada, na medida em que as questões educacionais passaram a ser concebidas como problemas essencialmente técnicos e que, portanto, deveriam ser tratados por especialistas”. Ela acrescenta que esse modelo de formação ampliou a dicotomia entre professores e técnicos/especialistas. O período em questão representa a passagem do generalista para o especialista. Para Altoé (2001), os estudos pedagógicos em nível superior, até os anos 1960, tiveram evolução lenta e irregular, pois a Educação é um dos setores da sociedade em que os mecanismos sociais de resistência à mudança atuam com mais intensidade. Nas décadas de 1960 e 1970, a ambiguidade e a pseudoidentidade do curso de Pedagogia permaneceram, e seus egressos mantinham função indefinida no Ministério da Educação – os técnicos em Educação buscavam conquistar novos espaços, mediante atualização e aperfeiçoamento. Altoé (2001) acrescenta que, no final da década de 1970, a questão que mais preocupava os educadores envolvidos com a formação dos professores era a reformulação ou a extinção do curso. Os argumentos formulados na época estavam todos embasados em críticas sobre a identidade e a função do pedagogo e dos técnicos. Para Brzezinski (1994), educadores brasileiros interessados na formação do profissional da Educação ao se sentirem ameaçados, passaram a articular um movimento de resistência ao poder constituído que, no caso, era o Conselho Federal de Educação, buscando realizar as reformulações necessárias para a formação do professor. 68 Somente a partir de 1980, em São Paulo, durante a realização da Primeira Conferência Brasileira de Educação (CBE), após o golpe militar, foi criado o Comitê Pró-Formação do Educador. Nota-se que esse foi o primeiro espaço organizado para promover discussões sistematizadas sobre formação de professores no Brasil. Muitas discussões e estudos dos educadores envolvidos no processo de reestruturação do curso de Pedagogia levaram-nos a apontar e distinguir duas dimensões, conforme defende Altoé (2001). A primeira, que o curso de Pedagogia e as licenciaturas constituem o verso e o reverso da mesma questão, e a segunda, que a docência é a base da identidade do profissional da Educação. De acordo com a autora, foi nesse momento que o movimento nacional de educadores construiu a primeira trincheira de resistência contra a extinção do curso de Pedagogia. Sobre este assunto, Íris Brzezinski (1994, p. 348) afirma: [...] à medida que avançavam os estudos e a reflexão teórica no campo epistêmico da reformulação curricular, principiam os educadores a negar a prática imediata de apresentar um projeto para regulamentação do curso para impedir ações arbitrárias do CFE. A densidade das reflexões, portanto, impulsionava o momento a optar por uma análise mais global da questão, que requeria uma inserção na totalidade externa do movimento – a sociedade brasileira – e, ao mesmo tempo, passaram a ser examinadas com maior clareza as complexidades internas às reformulações curriculares, com todos os seus conflitos e tensões, assim como as especificidades regionais e locais. Para a autora, os pareceres 251/62 e 252/62 de Valnir Chagaseram tidos como a palavra de ordem durante o período de reformulação do curso de Pedagogia. Esse ponto de vista é corroborado a partir do momento em que ela enfatiza que: [...] os dados colhidos em 50% das Universidades Federais Brasileiras e nas três grandes Universidades Estaduais Paulistas que mantêm licenciaturas plenas em Pedagogia revelam que 65% dessas instituições dedicam- 69 se à formação de professores para o início de escolarização, além de ofertarem, na ordem de 60%, as habilitações tradicionais de graduação (BRZEZINSKI, p. 352). Para Altoé (2001), a partir dos anos de 1990, a situação não mudou muito, pois a identidade do curso de Pedagogia, representada pelo debate sobre suas funções, bem como da sua estruturação, a partir daquele momento, deixou de ser uma das questões centrais do movimento e passou a ser absorvida pela coordenação da Anfope – Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação. Com a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia em 2006 por meio da Resolução CNE/CP nº 1/2006, ficou claro que a identidade do curso de Pedagogia deve ser pautada pela docência na infância, implicando a licenciatura como identidade consequente do pedagogo. Além disso, o artigo 64 da LDB 9.394/96 foi mantido, garantindo, portanto a formação do gestor educacional (administração escolar, supervisão escolar, orientação educacional e inspeção escolar). Entretanto, as habilitações foram extintas e, com isso, o curso de licenciatura em Pedagogia deverá formar o estudante integralmente para o conjunto das funções a ele atribuídas. O pedagogo, a partir de então, deverá ter uma formação teórica, diversidade de conhecimentos e de práticas, que se articulam ao longo do curso. 7.2.2 O curso de Pedagogia da UNIP O curso de Pedagogia da UNIP tem sua origem marcada pela criação da própria Instituição. Sua criação deu-se em 1972 por meio do IUP, juntamente com os cursos de Letras, Comunicação Social e Psicologia, reconhecidos pelo Decreto Federal nº 77.546/76. Desde então, o curso de Pedagogia da UNIP tem acompanhado as sucessivas transformações legais e as diferentes concepções para a formação do profissional da Educação que vigoraram nesse longo período de sua existência. O curso de Pedagogia da UNIP, em seus primórdios, adotou modelo tradicional, fixado na Resolução n° 2 e no Parecer CFE 252/69, formando profissionais licenciados habilitados para o exercício da docência das disciplinas pedagógicas nos cursos de magistério em nível médio e os profissionais licenciados denominados “especialistas”, para atuarem junto às escolas e sistemas de ensino; administradores escolares, supervisores, orientadores educacionais e inspetores de ensino. 70 A partir da Portaria Ministerial nº 550, de 9 de novembro 1988, foi reconhecido o funcionamento da UNIP, o que possibilitou, em 1990, a formação de uma Comissão Interna de Avaliação do Curso de Pedagogia. Essa comissão propôs a reformulação do curso de Pedagogia, cujos formatos passaram a ser aplicados em 1991 e incluíram novas habilitações: Magistério de 1ª à 4ª séries do 1º grau, Desenvolvimento de Recursos Humanos na Empresa (Treinamento) e Tecnologia Educacional, autorizadas a funcionar pelo Conselho Universitário, por resolução do Consuni nº 1.129, de 8 de setembro de 1995, já reconhecidas pelo MEC, e a terceira somente autorizada sem reconhecimento, por falta de formação de turmas. Em 2004, o curso de Pedagogia reorganizou seu currículo e passou a ser semestral. Conservou suas duas vertentes: a da docência (magistério da Educação Infantil e magistério do Ensino Fundamental – 1ª à 4ª séries – para os alunos que não haviam cursado o magistério no Ensino Médio) e a formação de “especialistas” (Administração Escolar e Supervisão Escolar), quando já professores formados em nível médio, possibilitando o futuro retorno do já licenciado para completar outras habilitações de seu interesse. Com a promulgação da LDB 9.394/96, como a UNIP já oferecia o magistério, não teve de fazer nenhuma adequação, pois sua matriz contemplava plenamente tanto o previsto no artigo 62, no que tange à formação docente, quanto o contido no artigo 64, que trata da gestão educacional. A partir de 2007, o curso de Pedagogia da UNIP deixa de oferecer as habilitações e se organiza com base nas orientações previstas na Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de licenciatura em Pedagogia, a fim de formar o pedagogo com vistas à atuação profissional na docência da Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Além disso, o currículo passou a contemplar plenamente o artigo 64 da LDB 9.394/96, ou seja, formação de profissionais de Educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a Educação Básica e, será feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da Instituição de Ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. Assim, atendeu também a formação do gestor educacional (orientação educacional, supervisão escolar, administração – gestão escolar). Em 2009, o NDE iniciou seus trabalhos no curso de Pedagogia e propôs a reformulação do curso com vistas a uma melhor adequação às Diretrizes 71 Curriculares Nacionais, Resolução CNE/CP nº 1/2006. Nessa matriz, houve uma mudança significativa quanto à prevalência da formação do educador da infância em detrimento da gestão educacional. O NDE, juntamente com o colegiado do curso, propôs ao Conselho Superior Universitário uma nova matriz, que foi aprovada e teve sua vigência a partir de 2010. No decorrer do ano de 2010, o NDE e o colegiado de curso continuaram os trabalhos e constataram que, apesar de a matriz em vigor trazer mudanças significativas, não atendia plenamente às orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Pedagogia. Nesses termos, foi feita a proposição de um novo projeto de matriz curricular com o estabelecimento de três eixos estruturantes assim organizados por ordem de importância: docência, com o propósito de formar profissionais para lecionar na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental; gestão, com o propósito de formar profissionais competentes para atuar na administração e planejamento da Educação em ambientes escolares e não escolares; e pesquisa e construção do conhecimento, cuja intenção é a inserção do estudante de Pedagogia no contexto da pesquisa educacional. Essa nova proposta foi acatada pelo conselho universitário e encontra-se em vigor no momento. Trata-se de um projeto que o coaduna com a tese de que a formação docente de qualidade é fundamental na medida em que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional considera a Educação Infantil e o Ensino Médio como etapas da Educação Básica a serem estendidas a todas as crianças e jovens, estabelecendo, em decorrência, novas exigências para a formação do profissional da Educação e a tentativa de fortalecer a escola, em seus diferentes níveis, como espaço específico para o ensino, para a aprendizagem e para o enriquecimento cultural, devendo criar as condições para o desenvolvimento das capacidades a que todos têm direito, notadamente, aquelas que têm na Educação escolarizada seu lócus de efetivação e aprimoramento. Essas demandas para a instituição escolar e os profissionais que nela atuam indicam que a formação não deve ser restrita ao exercício da docência ou ao exercício de funções técnicas existentes nas unidades escolares. Pelo contrário, exige-se cada vez mais uma formação profissional que possibilite a compreensão e a atuação no complexo processoda Educação escolarizada, cuja meta é garantir a aprendizagem dos alunos sob sua responsabilidade. O profissional da Educação é chamado, cada vez mais, a participar de decisões sobre diferentes propostas educacionais, bem como sua implementação nas unidades ou nos sistemas escolares. Novas tarefas são postas para a escola, não porque seja a única instância responsável pela Educação, mas por ser a instituição que desenvolve uma prática educativa planejada e sistemática durante um período contínuo e 72 extenso na vida das pessoas e porque se mantém como referência social da difusão de conhecimento, tecnologia e cultura em suas diferentes formas. Nesse contexto, cabe às instituições de Ensino Superior definir, em seu Projeto Pedagógico de Curso, objetivos coerentes com o perfil do egresso, tendo em vista atenderem às demandas educacionais do país. Com esse propósito, o curso de Pedagogia da UNIP foi idealizado. 7.2.3 Organização didático-pedagógica Para atender aos objetivos gerais e específicos do curso de Pedagogia, é necessária a adoção de uma Pedagogia que priorize a construção do conhecimento, em substituição à mera reprodução de conteúdos, levando a uma postura crítica e, para isso, é necessário estimular a articulação dos conteúdos propostos com a vivência cotidiana do aluno, que pode assim exercitar a práxis social. Assim, o processo educativo constitui-se em um processo de mão dupla que se instaura entre o saber científico e o saber que advém da experiência, e supõe o desenvolvimento de um modelo pedagógico com aulas partilhadas entre professores e discentes, que precisam ser vistos como sujeitos participantes do processo pedagógico ao invés de objetos receptores de conhecimento preexistente. Supõe ainda a compreensão crítica da Educação, em seu reconhecimento como prática determinada pela sociedade que, embora condicionada, pode contribuir para transformar as relações sociais, econômicas e políticas à medida que consiga assegurar a todos um ensino de qualidade, comprometido com a formação de profissionais conscientes de seu papel na sociedade. A formação plena do cidadão envolve a incorporação de uma concepção crítica das relações existentes entre Educação, trabalho e sociedade e de uma Pedagogia que se inspire nessa concepção, garantindo ao aluno o acesso ao processo de produção de conhecimento, compreendido como decorrência das trocas que o estudante estabelece na interação com o meio, cabendo ao professor exercer a mediação desse processo, tendo em vista a assimilação crítica e ativa de conteúdos significativos e atualizados. Assim, os métodos de ensino fundamentam-se nas atividades e iniciativas dos indivíduos. Os métodos utilizados propiciam o diálogo, respeitam os interesses e os diferentes estágios do desenvolvimento cognitivo dos indivíduos para favorecer a autonomia e a aprendizagem, visando não apenas “aprender a fazer”, mas, sobretudo “aprender a aprender” (DELORS, 2001). O indivíduo tem a oportunidade de ser ativo em sua própria formação intelectual e profissional. 73 Do ponto de vista institucional, essa Filosofia se traduz no compromisso de acompanhar a evolução das potencialidades do aluno, adotando procedimentos que orientem seu processo de aprendizagem e estimulem a conscientização do compromisso com a sua própria formação, não só profissional, mas também como cidadão responsável. Na proposta pedagógica dos cursos da UNIP, a atenção para a cidadania nunca é privilégio, mas condição de direito. O exercício da cidadania é visto como vivência cotidiana, pois as práticas sociais, políticas, culturais e de comunicação são dimensões que fazem parte da vida pública. O respeito ao outro, essencial à cidadania, também deve ser iniciado nas relações cotidianas: na família, na comunidade, no curso e na empresa. O tratamento contextualizado dos conteúdos representa um recurso necessário para tirar o aluno da situação de espectador passivo. Assim, a metodologia de ensino procura o contexto mais próximo do aluno e mais facilmente explicável para dar significado e utilidade aos conteúdos de aprendizagem como o da vida pessoal, do cotidiano e da convivência. O cotidiano e as relações estabelecidas com o ambiente social, físico e virtual deverão atribuir significado ao conteúdo curricular, fazendo a ponte entre o que se faz, se vive e se observa no dia a dia. Para viabilização do Projeto Pedagógico, o curso pauta-se por uma Filosofia humanista e busca oferecer uma formação crítica e questionadora. Valoriza a pluralidade de pensamento, entendendo o conflito de ideias como fecundo e importante para a formação pretendida. As transformações culturais, políticas e sociais influenciam o desenvolvimento das organizações e da sociedade. Assim, o entendimento dessas transformações é fundamental para construir as bases da concepção do curso. 7.3 Objetivos do curso 7.3.1 Objetivos gerais Tomando como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, Resolução CNE/CP nº 1/2006, o curso de licenciatura em Pedagogia da UNIP destina-se à formação de licenciados em Pedagogia para exercer as funções de docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, na Educação de Jovens e Adultos e nos cursos de Educação Profissional, na área de serviços e apoio escolar, assim como para atuar na organização e gestão educacional da Educação Básica e em espaços não escolares, aptos a conhecer, analisar, avaliar e atuar, de forma consciente e 74 crítica, na prática escolar, levando em consideração os contextos sociais, culturais, históricos, econômicos e geopolíticos das sociedades, bem como os fins e os valores da Educação. 7.3.2 Objetivos específicos O curso de licenciatura em Pedagogia da UNIP tem como objetivos específicos proporcionar aos estudantes uma formação sólida com vistas a dotá-los de habilidades e competências para: • pensar criticamente, analisar e se comprometer com a solução dos problemas da sociedade, contribuindo para a sua transformação por meio de uma atuação criativa e ética; • transitar nas mais diferentes áreas do saber, estando aptos a adaptar- se e a desenvolver-se em outras áreas diferentes daquela de sua formação; • trabalhar em equipe, interagindo com outras pessoas e culturas, sendo capaz de respeitar e conviver com as diferenças; • compreender de forma ampla e consistente o fenômeno educativo e sua prática que se dá em diferentes âmbitos e especialidades; • articular ensino e pesquisa na recepção e produção do conhecimento e da prática pedagógica; • dominar processos e meios de comunicação em suas relações com os problemas educacionais. Além disso, o curso de Pedagogia da UNIP, com base em sua especificidade, definida na Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006, trabalha para que se cumpra o determinado no artigo 5º: O egresso do curso de Pedagogia deverá estar apto a: I – atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária; II – compreender, cuidar e educar crianças de zero a cinco anos, de forma a contribuir para o seu desenvolvimento nas dimensões, entre outras, física, psicológica, intelectual e social; 75 III – fortalecer o desenvolvimento e as aprendizagens de crianças do Ensino Fundamental, assim como daqueles que não tiveram oportunidade de escolarização na idade própria; IV – trabalhar, em espaços escolares e não escolares, para a promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo;V – reconhecer e respeitar as manifestações e necessidades físicas, cognitivas, emocionais e afetivas dos educandos nas suas relações individuais e coletivas; VI – ensinar Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Artes, Educação Física, de forma interdisciplinar e adequada às diferentes fases do desenvolvimento humano; VII – relacionar as linguagens dos meios de comunicação à Educação nos processos didático-pedagógicos, demonstrando domínio das tecnologias de informação e comunicação adequadas ao desenvolvimento de aprendizagens significativas; VIII – promover e facilitar relações de cooperação entre a Instituição educativa, a família e a comunidade; IX – identificar problemas socioculturais e educacionais com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, com vistas a contribuir para superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas e outras; X – demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, faixas geracionais, classes sociais, religiões, necessidades especiais, escolhas sexuais, entre 76 outrasXI – desenvolver trabalho em equipe, estabelecendo diálogo entre a área educacional e as demais áreas do conhecimento; XII – participar da gestão das instituições contribuindo para elaboração, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação do Projeto Pedagógico; XIII – participar da gestão das instituições planejando, executando, acompanhando e avaliando projetos e programas educacionais, em ambientes escolares e não escolares; XIV – realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros: sobre alunos e alunas e a realidade sociocultural em que estes desenvolvem suas experiências não escolares; sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-ecológicos; sobre propostas curriculares; e sobre organização do trabalho educativo e práticas pedagógicas; XV – utilizar, com propriedade, instrumentos próprios para construção de conhecimentos pedagógicos e científicos; XVI – estudar, aplicar criticamente as diretrizes curriculares e outras determinações legais que lhe caiba implantar, executar, avaliar e encaminhar o resultado de sua avaliação às instâncias competentes. 7.4 Perfil do egresso Tomando-se como referência os objetivos do curso de Pedagogia da UNIP, espera-se que o egresso seja o profissional que conceba o fenômeno educativo no processo histórico, dinâmico e diversificado, respondendo criticamente aos desafios que a sociedade lhe coloca; que atue de forma reflexiva, crítica, cooperativa, com ética e conhecimento fundamentado, com habilidades para levantar problemas e, principalmente, que proponha alternativas de intervenção para a Educação Básica no Brasil; que exerça a capacidade de liderança e de busca do conhecimento; que produza conhecimentos como docente/pesquisador/gestor de processos pedagógicos que envolvam crianças, jovens e/ou adultos, em instituições escolares e não escolares. 77 Em síntese, o estudante, ao concluir o curso de Pedagogia na UNIP, deve ter habilidades e competências para atuar nas diferentes modalidades de ensino e ser o gestor pedagógico da sua sala de aula, participando ativamente da gestão escolar, além de possuir habilidades e competências para assumir a função de gestor escolar e não escolar, considerando os diferentes contextos em que a Educação se realiza. 7.4.1 Competências O início deste milênio aponta para um panorama educacional que apresenta pequenas e grandes mudanças. Pequenas, porque ainda há muito a ser modificado. Grandes, porque podemos observar as transformações que a aplicação da LDB 9.394/96 e, posteriormente, os Parâmetros Curriculares Nacionais vêm implantando em cada escola brasileira (ALESSANDRINI, 2002). Com a promulgação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, essas grandes transformações passaram a ser percebidas não somente nas escolas brasileiras, mas também no interior das Instituições de Ensino Superior que intentam formar um profissional comprometido com a docência. Para Rios (2003, p. 53), “o docente é o professor em exercício, isto é, que efetivamente desenvolve uma atividade”. Ser professor é uma profissão e é isto que o curso de Pedagogia faz, ou seja, formar profissionais competentes para a docência. Este ponto de vista se justifica a partir do momento em que a atividade docente vem se modificando em decorrência de transformações nas concepções de escola e nas formas de construção do saber, resultando na necessidade de se repensar a intervenção pedagógico-didática na prática escolar (PIMENTA, 2003). Ainda de acordo com a autora, um dos aspectos cruciais dessas transformações é o investimento na qualidade da formação dos docentes e no aperfeiçoamento das condições de trabalho nas escolas, para que favoreçam a construção coletiva de Projetos Pedagógicos capazes de alterar os quadros de reprovação, de retenção e da qualidade social e humana dos resultados e escolarização. Frente ao exposto, entendemos que o curso de Pedagogia deve abranger conteúdos e atividades que constituam base consistente para a formação do educador capaz de atender ao perfil apresentado. Nessa direção, as seguintes competências, entre outras, devem ser desenvolvidas: • compreensão ampla e consistente do fenômeno e da prática educativos que se dão em diferentes âmbitos e especialidades; 78 • compreensão do processo de construção do conhecimento no indivíduo inserido em seu contexto social e cultural; • capacidade de identificar problemas socioculturais e educacionais, propondo respostas criativas às questões da qualidade do ensino e medidas que visem a superar a exclusão social; • compreensão e valorização das diferentes linguagens manifestas nas sociedades contemporâneas e de sua função na produção do conhecimento; • compreensão e valorização dos diferentes padrões e produções culturais existentes na sociedade contemporânea; • capacidade de apreender a dinâmica cultural e de atuar adequadamente em relação ao conjunto de significados que a constituem; • capacidade para atuar com jovens e adultos defasados em seu processo de escolarização; • capacidade de estabelecer diálogo entre a área educacional e as demais áreas do conhecimento; • capacidade de articular ensino e pesquisa na produção do conhecimento e da prática pedagógica; • capacidade para dominar processos e meios de comunicação em suas relações com os problemas educacionais; • capacidade de desenvolver metodologias e materiais pedagógicos adequados à utilização das tecnologias da informação e da comunicação nas práticas educativas; • compromisso com a ética na atuação profissional e com a organização democrática da vida em sociedade; • articulação da atividade educacional nas diferentes formas de gestão educacional, na organização do trabalho pedagógico escolar, no planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas da escola; • elaboração do Projeto Pedagógico, sintetizando as atividades de ensino e administração, caracterizadas por categorias comuns como: planejamento, organização, coordenação e avaliação e por valores 79 comuns como: solidariedade, cooperação, responsabilidade e compromisso. As competências próprias do pedagogo, decorrentes do Projeto Pedagógico da Universidade Paulista, devem credenciá-lo ao exercício profissional em áreas específicas de atuação, tais como: educação especial, Educação de Jovens e Adultos, educação ambiental e outras áreasemergentes do campo educacional. 7.5 Mercado de trabalho Segundo Arruda (2001), a profissão docente garante empregabilidade, uma vez que apenas a educação formal constitui um serviço consumido por nada menos que um terço da população brasileira e está em vias de expansão. Isso vem ao encontro do aumento no setor de serviços, que, segundo os economistas, é uma realidade na sociedade contemporânea. O aumento da expansão escolar, portanto, poderá contribuir para a discussão sobre o papel da escola e sua relação com a sociedade na contemporaneidade e sobre a formação dos professores para atuar nessa escola em tempos de globalização e acelerado avanço tecnológico. Nos últimos anos, observa-se que o mercado de trabalho tem se expandido para além da formação do professor. Em levantamento feito recentemente pelo NDE do curso na UNIP – modalidade EaD, foi possível observar a inserção do pedagogo em diferentes campos de atuação profissional. Para se ter uma ideia do mercado de trabalho para o pedagogo no Brasil, pode-se tomar como referência o número de professores em exercício na Educação Básica. De acordo com o Inep (2011), no ano de 2009 tínhamos um total de 1.977.978 professores em sala de aula, sendo que, deste total, 1.091.211 estavam atuando na Educação Infantil ou nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ou seja, campo de atuação dos licenciados em Pedagogia distribuídos em todo o território nacional, conforme figura a seguir. 80 Figura 2 – Distribuição dos professores no Brasil por região geográfica Fonte: Elaborado pela coordenação de Pedagogia a partir de dados do Inep. O curso de Pedagogia da UNIP tem formado profissionais para atuar em instituições diversas e o mercado de trabalho tem-se ampliado para além do ambiente escolar. O novo cenário da Educação se abre no século XXI com novas perspectivas para o profissional que se insere no mercado de trabalho, sob diversas abrangências, como nos mostra a própria sociedade, que vive um momento particular discussões sobre globalização, neoliberalismo, terceiro setor, educação on-line, enfim, uma nova estrutura se firma na sociedade, a qual exige profissionais cada vez mais qualificados e preparados para atuarem neste cenário competitivo. Sobre este assunto, concorda-se com Bertrand (2007), para quem o campo aberto pelo tema da Educação e do trabalho é extremamente vasto, sobretudo se tomamos os dois termos em sentido amplo: Educação incorporando a formação profissional e trabalho, remunerado ou não, assim como as diferentes noções de emprego e de qualificação. Segundo Maria Edna Sabina de Oliveira, citada por Ribeiro (2003), a educação em espaços não escolares vem confirmar esta discussão de que participamos. O pedagogo sai do espaço escolar que, até pouco tempo, era seu espaço (restrito) de trabalho, para se inserir nesse novo espaço de atuação com uma visão redefinida da atuação desse profissional: empresas, hospitais, ONGs, associações, igrejas, eventos, emissoras de transmissão (rádio e TV) e outros, formam, hoje, seu novo cenário de atuação – locais 81 que eram espaços, até então, restritos a outros profissionais. A atual realidade vem, com certeza, quebrando preconceitos e ideias de que o pedagogo está apto para exercer apenas suas funções na sala de aula. Onde houver uma prática educativa, existe aí uma ação pedagógica (GRECO, 2005). Além da docência, o pedagogo atua também no âmbito da gestão educacional (administração escolar, supervisão, orientação educacional). Para se ter uma ideia desse flanco de mercado, apenas na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, cuja escolha de diretor é feita por meio de concurso público e é condição sine qua non a sua formação em Pedagogia ou que tenha mestrado ou doutorado em Educação, existem mais de 10.400 profissionais atuando como diretores de escola ou vice-diretores. Quando se sabe que, na maior parte dos municípios paulistas, o processo de escolha do diretor é o mesmo adotado pelo estado, claro está que o mercado de trabalho para o pedagogo é bastante amplo. Nesses termos, o curso de Pedagogia da UNIP busca atender à demanda posta pela realidade socioeducacional, cultural e econômica em todo o território nacional por meio da oferta do curso em EaD. Ademais, conforme assinalado pelas Diretrizes Curriculares (BRASIL, 2006), ele tem como proposta abordar uma formação baseada em concepções, princípios e objetivos construídos em relações sociais, étnico-raciais e produtivas, buscando articular o conhecimento científico e cultural, os valores éticos e estéticos, inerentes aos processos de aprendizagem, de socialização e de construção do conhecimento, priorizando o diálogo entre diferentes visões do mundo. 7.6 Estrutura curricular De acordo com Libâneo (2004), o currículo constitui o elemento nuclear do Projeto Pedagógico; é ele que viabiliza o processo de ensino e aprendizagem. Ademais, a proposta curricular define-se como projeção do Projeto Pedagógico, ou seja, o currículo é um desdobramento necessário do Projeto, tornando forma pelas intenções e orientações previstas no projeto, expressas em objetivos e conteúdos. O currículo deve caracterizar as bases processuais da formação acadêmica e profissional. É um complexo de diversos processos relacionados com a formação profissional, cultural e humanística dos estudantes. Deve ser traduzido por componentes curriculares que se organizam a partir de disciplinas, eixos, ênfases e/ou núcleos; que contemplam a inclusão desses diferentes componentes, os quais integram conteúdos em projetos, experiências e atividades acadêmicas, pesquisa e extensão, expressando a tradução das ações e movimentos necessários ao ensino e à aprendizagem. 82 Para construí-lo, é necessária uma seleção de conhecimentos, competências, habilidades, atitudes, valores, metodologias e situações de aprendizagem consideradas importantes. Tem por referência determinados destinatários e contextos do estado do conhecimento elaborado e da realidade cotidiana dos sujeitos, do futuro docente, da cultura e da ciência em suas diferentes dimensões. Também é importante frisar que a referida seleção deve ser um processo coletivo, pois selecionar, classificar, distribuir e avaliar conteúdos curriculares põem em ação as múltiplas representações que percorrem os espaços culturais. O ementário e a bibliografia deste Projeto Pedagógico do curso de Pedagogia da Universidade Paulista expressarão a linha geral para nortear a estrutura da matriz curricular, posto que, no momento efetivo de execução, estas serão adaptadas ao contexto da realidade de Educação a distância no qual serão implementadas. No sentido amplo da estrutura do curso, com destaque para os aspectos de interdisciplinaridade, integração prática e teórica, incentivo à pesquisa e à especialização, bem como, “customização” do curso à realidade regional dos discentes, ressalta-se a incorporação das atividades complementares à licenciatura em Pedagogia. Os objetivos gerais e específicos de cada conteúdo são desenvolvidos por intermédio de aulas expositivas interativas com aplicação de situações- problema, videoconferências e estudos de caso e teleaulas, complementados com trabalhos com coleta de dados ou pesquisas, realizados individualmente ou em grupo, podendo as aulas serem complementadas com leitura dirigida de textos e artigos selecionados, elaboração e apresentação de trabalhos e outras atividades que visem a desenvolver as competências e habilidades pretendidas e pertinentes ao curso de licenciatura em Pedagogia. O uso de bibliografia secundária no aprendizado é estimulado no curso. Entende-se como bibliografia secundária os livros-textoselaborados pelo corpo docente ou outros materiais de estudo, a partir da pesquisa nas bibliografias originais, base de dados on-line da UNIP, especialmente na área de humanidades: Ação Educativa, Edubase e Multidisciplinar, Periódicos Capes e Biblioteca Virtual, além de sites e portais em conformidade com o espírito de facilitação e viabilização de pesquisa. A Coordenação do Curso, em parceria com o Núcleo Docente Estruturante, o colegiado de curso e o corpo docente como um todo mantêm processo contínuo de atualização das ementas, dos conteúdos programáticos e da bibliografia básica, em ambiente aberto a sugestões de projetos, de debates, de trabalhos e pesquisas a respeito do futuro 83 profissional dos egressos, da dinâmica do mercado e de outros assuntos de interesse do curso. A adoção dos procedimentos de atualização de ementas visa a garantir a integridade e a coerência entre os objetivos propostos e a práticas de ensino para que haja a integração horizontal e vertical, modulando-se à interdisciplinaridade, tão peculiar no campo de estudo da Pedagogia. Portanto, para a formação do licenciado em Pedagogia, é central: • a competência para atuar como educador da infância, ou seja, na Educação Infantil (0 a 5 anos) e nos anos iniciais do Ensino Fundamental; • o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de promover a Educação para e na cidadania; • a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse da área educacional; • a participação na gestão de processos educativos e na organização e funcionamento de sistemas e instituições de ensino. A organização curricular do curso de Pedagogia da UNIP tem como base os eixos estruturantes a seguir descritos. Tomando como referência a Resolução CNE/CP 1/2006 que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, a estrutura curricular do curso de Pedagogia da UNIP está voltada para a formação de “profissional” apto a atuar especialmente na docência dos anos iniciais do Ensino Fundamental e na Educação Infantil, na gestão e no planejamento da Educação em ambientes escolares e não escolares. Em consonância com a proposta pedagógica do curso e com a concepção político-filosófica da UNIP, que prioriza o conhecer, o fazer, o conviver e o ser, a organização curricular volta-se especialmente para a formação profissional do licenciado em Pedagogia, preservando as orientações das DCNs do curso e o padrão de qualidade previsto no Plano de Desenvolvimento Institucional (p. 41). Logo, a organização curricular contempla os seguintes princípios: • visão interdisciplinar; • formação global, com equilíbrio entre oferta de conteúdos gerais e específicos; 84 • articulação entre teoria e prática em busca de assegurar as competências e habilidades; • formação humanística inserida no contexto social dos alunos; • visão ampliada do conceito de sala de aula, que deve superar a conformação tradicional, propiciando a efetiva participação do alunado no processo de aprender; • inclusão de disciplinas profissionalizantes, com a finalidade de aproximar os alunos do perfil profissional estabelecido no curso de licenciatura em Pedagogia. 7.6.1 Eixos estruturantes O curso de Pedagogia da UNIP, conforme a Resolução CNE/CP nº 1/2006, se organiza em três grandes eixos, nesta ordem de importância: 1) docência; 2) gestão; 3) pesquisa e produção do conhecimento. Esses eixos são estruturantes e funcionam, por si, como elementos norteadores do currículo. Funcionam como elemento de sustentação para o desenvolvimento de competências e habilidades nos educandos, conforme consta dos objetivos previstos do curso e em consonância com o perfil do egresso definido nesse PPC. Os eixos estruturantes norteiam, também, o aprimoramento do pedagogo na perspectiva da formação do educando-cidadão, em todas as suas dimensões, perpassando os quatro pilares da Educação expressos para a sociedade emergente do século XXI, no relatório da Unesco denominado Educação: um tesouro a descobrir, sob a coordenação de Jacques Delors, como segue: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver e aprender a ser (DELORS, 2001). A seguir, apresentamos as intenções de cada eixo norteador do curso de Pedagogia da UNIP: Docência: formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. Tomando como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, mais precisamente o parágrafo primeiro do artigo 2º do referido documento, concordamos com Evangelista e Triches (2008) que a 85 docência deixa de ser prática docente em sala de aula e assume dimensão mais abrangente: Compreende-se a docência como ação educativa e processo pedagógico metódico e intencional, construído em relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e objetivos da Pedagogia, desenvolvendo-se na articulação entre conhecimentos científicos e culturais, valores éticos e estéticos inerentes a processos de aprendizagem, de socialização e de construção do conhecimento, no âmbito do diálogo entre diferentes visões de mundo (BRASIL, 2006, p. 1). Além disso, o artigo 4º da Resolução repete o artigo 2º e inclui um parágrafo único que reforça essa compreensão de docência abarcando outras áreas de ação: Parágrafo único. As atividades docentes também compreendem participação na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, englobando: I - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do setor da Educação; II - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos e experiências educativas não escolares; III - produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não escolares (BRASIL, 2006, p. 2). Gestão: gestão educacional, entendida numa perspectiva democrática, que integre as diversas atuações e funções do trabalho pedagógico e dos processos educativos, especialmente no que se refere ao planejamento, à administração, à coordenação, ao acompanhamento, à supervisão, à inspeção, à orientação educacional e à avaliação em contextos escolares e não escolares e nos sistemas de ensino e ao estudo e participação na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas na área de Educação. Embora na redação do artigo 4º da Resolução CNE/CP nº 1/2006 a palavra “participação” não esclareça se o curso de Pedagogia fornecerá conhecimentos que possibilitem ao professor participar/acompanhar a gestão da escola, bem como se produzirá e difundirá conhecimentos ou se sua 86 função suporá as duas tarefas, o curso de Pedagogia da UNIP garante o contido no artigo 64 da LDB 9.394/96. Essa vertente do currículo se justifica a partir do momento em que a administração pública adquiriu um formato gerencial, mais ágil e flexível, com o objetivo de imprimir eficiência ao desempenho do Estado, tornando-o mais compatível com a atual fase do capitalismo global e competitivo (FONSECA; OLIVEIRA, 2009). Pesquisa e produção do conhecimento: a prática cotidiana da pesquisa é o elemento de significação maior para reconhecimento de nossa identidade, ou seja, a do pedagogo, superando assim processos anacrônicos de conteudismos. Cabe ressaltar que a pesquisa tomada em suas múltiplas experiências metodológicasacolhe diferentes correntes do pensamento e promove a participação ativa de docentes e discentes para a produção do conhecimento. No curso de Pedagogia da UNIP, a pesquisa e a produção do conhecimento estão presentes nos diferentes componentes curriculares e especialmente nos projetos de ação pedagógica e no trabalho de curso. Concordamos com Fazenda (2001), para quem, ao assumir a tarefa de investigar, o educador se depara com muitas dificuldades, e é com base nesse princípio que acreditamos que o licenciado em Pedagogia deve ser um profissional comprometido com o ato investigativo e que somente por meio de um trabalho contínuo e sério ele poderá vencer os obstáculos quando estiver no exercício da profissão. Portanto, a introdução à prática de pesquisa em Educação deve iniciar na Pedagogia tal qual como nos propomos a fazer. Pesquisa é o ato pelo qual procuramos obter informações sobre alguma coisa. Com definição tão ampla, podemos dizer que estamos sempre pesquisando. Contudo, num sentido mais estrito, visando à criação de um corpo sistemático de conhecimentos sobre certo assunto, o ato de pesquisar deve apresentar certas características específicas. Não buscamos, com ele, qualquer conhecimento, mas um conhecimento que ultrapasse nosso entendimento imediato na explicação ou na compreensão da realidade que observamos. Neste caso, estamos fazendo pesquisa para construir o que entendemos por ciência, ou seja, tentando elaborar um conjunto estruturado de conhecimentos que nos permita compreender em profundidade aquilo que, à primeira vista, o mundo das coisas e dos homens nos revela nebulosamente ou sob uma 87 aparência caótica. Vamos então percorrendo aqueles caminhos que nos parecem, segundo critérios, mais seguros para construir uma compreensão aproximada dos homens, da natureza, das relações humanas etc. (GATTI, 2002, p. 9-10). Ao fazermos uma leitura mais aprofundada das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, fica evidenciada a hegemonia da docência, chave que define a identidade e ação do profissional. Para ilustrar o exposto, Evangelista e Triches (2008) fizeram uma contagem de palavras na Resolução cujo resultado encontrado foi: a palavra “docência/docente” aparece oito vezes no texto, “professor”, cinco; “licenciatura/licenciado”, nove; “gestão”, nove; “pesquisa”, quatro; “produção de conhecimento”, uma; e “pedagogo” não aparece. Considerando os eixos estruturantes definidos pelo curso de Pedagogia desta universidade e o verificado pelas autoras no parágrafo anterior, entendemos que conseguiremos contemplar as DCN sem perder de vista a identidade do curso construída no decorrer de sua história. Para compreender melhor essa proposta, apresentamos, a seguir, o desenho estrutural de articulação desses eixos. Quadro 1 Eixo Natureza Carga horária Docência Compreensão dos processos educativos institucionalizados, considerando a natureza específica do processo docente, as relações ambiental-ecológicas, sócio-históricas, políticas e de direitos humanos que acontecem no interior das instituições, no contexto imediato e no âmbito mais geral em que ocorre o fenômeno educativo. Saberes e práticas específicos à formação dos pedagogos aptos a atuar como professores na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental e na Educação de Jovens e Adultos. 2.460 Gestão Saberes e práticas específicos à formação do pedagogo aptos a atuar na organização, no planejamento, supervisão e gestão de sistemas, unidades, projetos e experiências educativas e a relação escola comunidade. Este eixo estuda também os processos de implantação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas de Educação escolar e não escolar integradas às políticas econômicas e sociais do Estado brasileiro. 380 Pesquisa e produção do A pesquisa do trabalho do pedagogo nos ambientes escolares e não escolares, suas práticas e implicações nos 88 conhecimento impactos das reformas educacionais bem como os projetos e experiências educativas, a produção e difusão do conhecimento do campo educacional. 440 7.6.2 Núcleos de estudos Tendo como ponto de partida as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, a estrutura do curso de Pedagogia da Universidade Paulista, respeitadas a diversidade nacional e a autonomia pedagógica das instituições, constitui-se em três grandes núcleos: estudos básicos, aprofundamento e diversificação de estudos e estudos integradores. A seguir, detalhamos os procedimentos adotados pela UNIP nos direcionamentos de cada núcleo de estudo. 7.6.2.1 Núcleo de estudos básicos O núcleo de estudos básicos, sem perder de vista a diversidade e a multiculturalidade da sociedade brasileira, por meio do estudo acurado da literatura pertinente e de realidades educacionais, assim como por meio de reflexão e ações críticas, articulará: • aplicação de princípios, concepções e critérios oriundos de diferentes áreas do conhecimento, com pertinência ao campo da Pedagogia, que contribuam para o desenvolvimento das pessoas, das organizações e da sociedade; • aplicação de princípios da gestão democrática em espaços escolares e não escolares; • observação, análise, planejamento, implementação e avaliação de processos educativos e de experiências educacionais, em ambientes escolares e não escolares; • utilização de conhecimento multidimensional sobre o ser humano, em situações de aprendizagem; • aplicação, em práticas educativas, de conhecimentos de processos de desenvolvimento de crianças, adolescentes, jovens e adultos, nas dimensões física, psicológica e cultural em sentido amplo; • realização de diagnóstico sobre necessidades e aspirações dos diferentes segmentos da sociedade, relativamente à Educação, sendo capaz de identificar diferentes forças e interesses, de captar contradições e de considerar esse mesmo diagnóstico nos planos 89 pedagógico e de ensino-aprendizagem, no planejamento e na realização de atividades educativas; • planejamento, execução e avaliação de experiências que considerem o contexto histórico e sociocultural do sistema educacional brasileiro, particularmente no que diz respeito à Educação Infantil, aos anos iniciais do Ensino Fundamental e à formação de professores e de profissionais na área de serviço e apoio escolar; • estudo da didática, de teorias e metodologias pedagógicas, de processos de organização do trabalho docente; • decodificação e utilização de códigos de diferentes linguagens utilizadas por crianças, além do trabalho didático com conteúdos pertinentes aos primeiros anos de escolarização, relativos à Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia, Artes, Educação Física; • estudo das relações entre educação e trabalho, diversidade cultural, cidadania, sustentabilidade, entre outras problemáticas centrais da sociedade contemporânea; • atenção às questões atinentes à ética, à estética e à ludicidade, no contexto do exercício profissional, em âmbitos escolares e não escolares, articulando o saber acadêmico, a pesquisa, a extensão e a prática educativa; • estudo, aplicação e avaliação dos textos legais relativos à organização da Educação nacional. No núcleo de estudos básicos, agrupam-se os conteúdos que, “sem perder de vista a diversidade e a multiculturalidade da sociedade brasileira, por meio de estudo da literatura pertinente às realidades educacionais, assim como por meio de reflexão e de ações críticas que articularão a formação de conhecimento” (DCNs, 15 de maio de 2006) em quesitos como: • fundamentosda Educação com ênfase nos aspectos filosóficos, históricos e sociais, com a localização no tempo e no espaço dos primórdios da atuação do pedagogo, iniciando o desenvolvimento da capacidade reflexiva e crítica do educando; • observação e análise da realidade em que se insere o processo educativo, levando-se em conta, além dos fundamentos da Educação, os aspectos econômicos, políticos e culturais que configuram e condicionam a realidade; 90 • reflexão sobre a prática pautada em teorias, a fim de planejar, implementar e avaliar processos, experiências profissionais, Projetos Pedagógicos em ambientes escolares e não escolares; • aplicação da reversibilidade do pensamento no que se refere a questões de espaço, tempo e desenvolvimento humano; • estudo e a apreciação dos princípios expressos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e nas Diretrizes Curriculares Nacionais, adequando-as ao processo de planejamento pedagógico; • estudo e aplicação de conhecimentos de processos do desenvolvimento de crianças, jovens e adultos, juntamente com a inserção nos contextos culturais e sociais, respeitando as dimensões: cognitiva, afetiva, social, ética, estética, artística, cultural e lúdica; • planejamento, realização, gestão e avaliação do trabalho pedagógico escolar e não escolar, a partir do entendimento da dinâmica institucional e seus processos organizacionais; • estudo da didática, de teorias e metodologias pedagógicas, de processos de organização do trabalho docente, incluindo a perspectiva da Educação a distância; • realização de diagnóstico da realidade, formulação, discussão e avaliação do Projeto Pedagógico da escola, dando ênfase à docência na Educação Infantil, no Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e na Educação de Jovens e Adultos. 7.6.2.2 Núcleo de aprofundamento de estudos e diversificação de estudos O núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos está voltado às áreas de atuação profissional priorizadas pelo Projeto Pedagógico das instituições ao atender a diferentes demandas sociais e oportunizará, entre outras possibilidades: • investigações de processos educativos e gerenciais, em diferentes situações institucionais: escolares, comunitárias, assistenciais, empresariais e outras; • avaliação, criação e uso de livros-textos, textos, materiais didáticos, procedimentos e processos de aprendizagem que contemplem a diversidade social e cultural da sociedade brasileira; 91 • estudo, análise e avaliação de teorias da Educação a fim de elaborar propostas educacionais consistentes e inovadoras. O núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos é voltado às áreas dos projetos realizados pela UNIP a fim de criar possibilidades de: • estudo de novas tecnologias da informação aplicadas à Educação, por intermédio de práticas laboratoriais; • estudo e investigação da diversidade dos alunos, da inclusão social e de portadores de necessidades especiais, visando à promoção da qualidade da Educação; • estudo, análise e avaliação de teorias da Educação, articulando os conteúdos e metodologias específicas das áreas de conhecimento então envolvidas nos diferentes âmbitos de formação e atuação profissional, na docência ou no apoio pedagógico ao perfil do egresso; • preparação do educando para realizar e analisar situações educativas e de ensino, de modo a produzir conhecimentos teóricos e práticos aplicados a diferentes realidades culturais, destacando-se o desenvolvimento de projeto de voluntariado e o futuro engajamento do pedagogo em tal categoria. 7.6.2.3 Núcleo de estudos integradores O núcleo de estudos integradores proporcionará o enriquecimento curricular e compreende participação em: • seminários e estudos curriculares, projetos de iniciação científica e extensão, diretamente orientados pelo corpo docente da instituição de Educação Superior; • atividades práticas de modo a propiciar vivências nas mais diferentes áreas do campo educacional, assegurando aprofundamentos e diversificação de estudos, experiências e utilização de recursos pedagógicos; • atividades de comunicação e expressão cultural. O núcleo de estudos integradores deverá se concentrar em um conjunto de atividades que proporcionará enriquecimento curricular e compreende participação em ações como: • projetos de iniciação científica, conforme normas da UNIP; 92 • cursos e eventos proporcionados pela extensão comunitária e universitária; • visitas técnicas, conforme o interesse do alunado e a especificidade do curso de Pedagogia; • seminários e palestras proporcionados nos horários fixados para as atividades complementares ou pela TV Web; • apresentações de peças teatrais, filmes, videoconferências etc.; • exposições da produção de alunos à comunidade estudantil pela TV Web ou discutidas em chats; • visitas a museus, parques temáticos, escolas, creches, ONGs, bibliotecas, escolas técnicas, públicas e particulares. O núcleo de estudos integradores possibilita condições para que o aluno possa promover a articulação e a integração entre saberes e processos investigativos dos diversos campos do conhecimento, visando à formação do pedagogo. No sentido amplo da estrutura do curso, com destaque aos aspectos de interdisciplinaridade, especialmente nos componentes curriculares que privilegiam a metodologia e prática de ensino (História e Geografia; Matemática e Ciência; Arte e Educação Física etc.), integração prática e teórica, incentivo à pesquisa e à especialização, bem como, “customização” do curso à realidade regional dos discentes, ressalta-se a incorporação das atividades complementares à licenciatura em Pedagogia. Esses núcleos de estudos expressam-se na matriz curricular do curso de Pedagogia da UNIP, por meio de um desenho curricular geral assim organizado: 93 Quadro 2 Núcleo de estudo básicos Componentes curriculares Carga horária total Interpretação e Produção de Textos; Homem e Sociedade; Fundamentos de Filosofia e Educação; História da Educação; Comunicação e Expressão; Ciências Sociais; Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital; História do Pensamento Filosófico; Educação Ambiental; Política e Organização da Educação Básica; Didática Fundamental; Filosofia, Comunicação e Ética; Alfabetização e Letramento; Psicologia do Desenvolvimento e Teorias de Aprendizagem; Estrutura e Organização da Escola de Educação Infantil; Jogos e Brinquedos na Infância; Orientação e Práticas em Projetos na Infância; Psicologia Construtivista; Psicologia Sócio-Interacionista; Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências; Orientação em Supervisão Escolar e Orientação Educacional; Gestão Educacional; Metodologia e Prática do Ensino de Língua Portuguesa; Metodologia de Arte e Movimento: Corporeidade; Metodologia do Trabalho Acadêmico; Estatística; Didática e Metodologia do Ensino Médio: Normal e Educação Profissional; Orientação em Práticas de Projetos de Ensino Fundamental; Metodologia e Prática do Ensino de História e Geografia; Educação de Jovens e Adultos: Fundamentos e Metodologia; Métodos de Pesquisa; Escola, Currículo e Cultura; Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação; Sociologia e Educação; Avaliação Educacional; Orientação e Prática de Gestão da Educação em Ambientes Escolares e Não Escolares; Projetos e Práticas de Ação Pedagógica; Estágios Supervisionados. 2.480 Núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos Componentes curriculares Carga horária total Introdução à Educação a Distância; Tecnologia da Informação e Comunicação em Educação; Língua Brasileira dosSinais; Relações Étnico-Raciais no Brasil; Direitos Humanos; Educação Inclusiva; Estudos Disciplinares; Disciplina Optativa; Pedagogia Interdisciplinar; Pedagogia Integrada; Tópicos de Atuação Profissional. 600 Núcleo de estudos integradores Carga horária total Atividades Complementares 200 Carga horária Total 3.280 7.7 Conteúdos básicos, específicos e teórico-práticos A matriz curricular do curso de licenciatura em Pedagogia, em consonância com as normas vigentes (Diretrizes Curriculares Nacionais – CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006), contempla disciplinas que privilegiam os seguintes conteúdos interligados: 94 Conteúdos básicos: estudos relacionados às Ciências Sociais, Filosofia, Políticas Públicas, Sociologia, Psicologia, Ciências da Comunicação e da Informação. Conteúdos específicos: estudos de métodos e técnicas pedagógicas, fundamentos e procedimentos de avaliação, abrangendo os conteúdos relacionados com a formação do docente em Educação Infantil, no Ensino Fundamental – séries iniciais, na Educação de Jovens e Adultos e na Educação a Distância. Contempla, também, a formação dos profissionais de apoio pedagógico: administradores – gestores, supervisores escolares e orientadores educacionais. Embasar-se-á o futuro pedagogo em métodos de pesquisa científica e no aprofundamento da língua nacional, sendo esta última uma forma de nivelamento de conhecimentos. Conteúdos teórico-práticos: Ao longo do curso serão oferecidas propostas de atividades práticas nos polos a partir da brinquedoteca virtual e do desenvolvimento de projetos por intermédio de brinquedoteca elaborada pelos alunos juntamente com a comunidade pela construção de brinquedos com materiais recicláveis; acompanhamento de estágio supervisionado, de atividades complementares para vivências práticas em ambiente de iniciação profissional, além de projetos e oficinas que serão realizados tanto nos polos quanto no AVA. Todas as âncoras temáticas serão permeadas por práticas significativas, associadas às teorias em estudo que darão oportunidade à perspicácia na formação do pedagogo-pesquisador. Além dos agrupamentos retro mencionados, os conteúdos serão sistematizados em diferentes áreas do conhecimento, a serem elencadas anualmente, conforme as demandas e as tendências socioeconômicas presentes à época. Todavia, à guisa de sugestão, os temas deverão se concentrar nas áreas de saúde pública, sócio educação, arte-educação, diversidade, inclusão, alfabetização e outros grandes temas que se apresentem carentes da contribuição do alunado nas diferentes regiões do país. 7.8 Matriz curricular O curso de Pedagogia da UNIP faculta ao aluno quatro ingressos, no decorrer do ano, para a modalidade a distância. Tem a duração de 2.180 horas teóricas, 300 horas de estágio supervisionado, 400 de projetos e práticas de ação pedagógica, 200 de estudos disciplinares e 200 horas de atividades culturais, acadêmicas e científicas, totalizando 3.280 horas, atendendo aos parâmetros das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, estabelecidas pela Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006, conforme quadro a seguir. 95 Quadro 3 Matriz curricular adequada à resolução CNE/CP nº 1/2006 Pedagogia Licenciatura - UNIP Interativa ICH Matriz 2013 Período Disciplina (Nome Completo) CH Semestral (horas) 1 Interpretação e Produção de Textos 40 1 Homem e Sociedade 40 1 Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital 60 1 História do Pensamento Filosófico 40 1 Educação Ambiental 40 1 História da Educação 80 1 Política e Organização da Educação Básica 40 1 Estudos Disciplinares 30 1 Introdução à Educação à Distância 20 Total 390 2 Comunicação e Expressão 40 2 Ciências Sociais 40 2 Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem 60 2 Fundamentos de Filosofia e Educação 40 2 Didática Fundamental 60 2 Tecnologia da Informação e Comunicação em Educação 60 2 Língua Brasileira de Sinais - Libras 40 2 Estudos Disciplinares 30 Total 370 3 Relações Étnico-Raciais no Brasil 60 3 Filosofia, Comunicação e Ética 40 3 Psicologia Construtivista 40 3 Alfabetização e Letramento 60 3 Estrutura e Organização da Escola de Educação Infantil 40 3 Jogos e Brinquedos na Infância 40 96 3 Orientação e Práticas em Projetos na Infância 60 3 Estudos Disciplinares 30 Total 370 3 Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 100 4 Estatística 40 4 Psicologia Sócio-Interacionista 40 4 Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências 60 4 Orientação e Prática de Projetos de Ensino Fundamental 60 4 Metodologia e Prática do Ensino de Língua Portuguesa 60 4 Metodologia de Arte e Movimento: Corporeidade 60 4 Pedagogia Interdisciplinar 40 4 Direitos Humanos 40 4 Estudos Disciplinares 30 4 Disciplina Optativa 20 Total 450 4 Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 100 5 Metodologia do Trabalho Acadêmico 40 5 Gestão Educacional 40 5 Educação Inclusiva 40 5 Orientação em Supervisão Escolar e Orientação Educacional 60 5 Metodologia e Prática do Ensino da História e Geografia 40 5 Educação de Jovens e Adultos: Fundamentos e Metodologia 40 5 Sociologia e Educação 60 5 Pedagogia Integrada 40 5 Estudos Disciplinares 40 Total 400 5 Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 100 6 Métodos de Pesquisa 40 6 Didática e Metodologia do Ensino Médio: Normal e Educação Profissional 40 6 Escola, Currículo e Cultura 60 97 6 Avaliação Educacional 60 6 Relatório do Projeto de Pesquisa: apresentação 60 6 Orientação e Prática de Gestão da Educação em Ambientes Escolares e Não-Escolares 60 6 Tópicos de Atuação Profissional 40 6 Estudos Disciplinares 40 Total 400 6 Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 100 6 Atividades Complementares 200 Total 2180 Estágio Supervisionado 300 Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 400 Estudos Disciplinares 200 Atividades Complementares 200 Total Geral (em horas) 3.280 Na UNIP Interativa, o curso de Pedagogia oferece aulas inaugurais com o propósito de familiarizar o aluno com o curso e com as ferramentas do AVA. Essas aulas acontecem no início de cada semestre e são ministradas pelo coordenador do curso que se concentra nos aspectos inerentes às questões pedagógicas como organização curricular do semestre e o propósito das disciplinas; as atividades práticas; o Estágio Supervisionado; as atividades complementares etc. Além disso, o setor de supervisão de tutoria a distância ministra uma aula orientando os alunos sobre os procedimentos para acessarem o AVA, tais como secretaria virtual, contato com professores, prazos, calendários acadêmico etc. Considerando-se que o Estágio Supervisionado está previsto para ser realizado a partir do terceiro semestre do curso, além das orientações disponibilizadas no AVA, a Coordenadoria de Estágios em Educação, setor responsável pela validação dos estágios, ministra aulas instrucionais para subsidiar os alunos no cumprimento do Estágio Supervisionado. Portanto, o aluno do curso de Pedagogia participará de aulas, teleaulas e atividades previstas na matriz curricular, além de outras propostas que desafiem sua inteligência e enriqueçam suas perspectivas, na busca de conhecimentos. Os eventos de cunho cultural, científico e acadêmico são planejados e apresentados aos educandos, ao longo dos seis semestres de curso, na 98 forma de: visitas técnicas, palestras, encontros, peças teatrais, filmes educativos, campanhas de saúde pública, outras de solidariedade humana, ações de voluntariado, atividades esportivas e outras diferentes manifestações artísticas. Tais eventos serão propostos em horários próprios, sob a forma deatividades complementares e serão avaliados por meio de relatórios e comprovantes apresentados pelos alunos, para reconhecimento da ampliação de seus conhecimentos e competências, não se confundindo com as atividades do estágio curricular supervisionado. A estrutura curricular proposta foi organizada a partir dos componentes curriculares considerados essenciais para a tomada de consciência e a reflexão sobre as correntes de pensamento pedagógico, para a organização e a estrutura da escola, bem como para a discussão e a reflexão teórico- prática, essencial à formação docente. A estrutura curricular objetiva o estímulo à pesquisa, a construção do conhecimento, o debate e, principalmente, a prática pedagógica, de forma que o professor sinta-se capaz de exercer o seu papel de educador da infância na escola. Considerando o disposto na Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura afro-brasileira e africana, está prevista na matriz curricular a disciplina Relações Étnico- Raciais no Brasil para tratar do assunto. A Língua Brasileira de Sinais (Libras), que, nos termos do Decreto nº 5.626/2005, constitui disciplina obrigatória para os cursos de licenciatura, está prevista na matriz curricular do curso. Em consonância com a Resolução CNE/CP 1/2012, de 30 de maio de 2012, no seu “Art. 8º A Educação em Direitos Humanos deverá orientar a formação inicial e continuada de todos(as) os(as) profissionais da educação, sendo componente curricular obrigatório nos cursos destinados a esses profissionais.” Assim, o curso de Pedagogia da UNIP incluiu na sua matriz curricular a disciplina Direitos Humanos como componente curricular obrigatório. Ao longo de todo o curso de licenciatura em Pedagogia, a prática estará presente por meio de projetos de ação pedagógica e dela partirão os questionamentos, a resolução de problemas e a reflexão que levam ao aperfeiçoamento da atuação do professor. Neste contexto de vivência da realidade, os alunos desenvolverão as habilidades e as competências próprias do perfil do profissional, responsável pela formação e inserção da criança no contexto sociocultural e na promoção do seu desenvolvimento psicológico, afetivo e cognitivo. 99 O Estágio Supervisionado, componente curricular obrigatório do Curso de Licenciatura em Pedagogia, totaliza 300 horas e deverá ser entregue até o 6º semestre. A UNIP tem consciência de que o momento de realização do Estágio Supervisionado configura-se na inserção do aluno-professor na realidade educacional: da sala de aula, do espaço escolar mais amplo das relações profissionais existentes na escola, das atividades educativas que ocorrem em outros contextos, tais como família, trabalho, movimentos sociais, culturais e sindicais, entre outros. Desse modo, o Estágio Supervisionado constitui o eixo teoricamente fundamentado para a formação do professor, supera a ideia de simples aplicação dos conhecimentos e se faz um instrumento de inserção do aluno na realidade, em condições de compreender e interferir nas relações sociais na escola e fora dela. O Trabalho de Curso (TC) está previsto no 6º período do curso de licenciatura em Pedagogia, culminado na disciplina “Relatório do Projeto de Pesquisa: apresentação”, abordando uma das áreas de atuação do profissional licenciado. É realizado sob orientação docente, a partir do contato com os componentes curriculares do curso de licenciatura em Pedagogia, sendo que o aluno deverá procurar o tema a ser desenvolvido em seu TC. Logo, este não deve ser encarado como um componente curricular a ser desenvolvido apenas no último semestre do curso, pois será o resultado de um processo de formação e investigação, que terá início no contato com os temas acadêmicos. Diante disso, o aluno terá como escolher os temas de pesquisa no início do curso e no último ano o aluno disporá de tempo específico para dedicar-se à conclusão do trabalho de investigação do tema escolhido, contando, para tanto, com professor experiente em orientação de trabalho de pesquisa para acompanhá-lo nessa tarefa de sistematização. Ao longo do curso de licenciatura em Pedagogia, os alunos devem cumprir carga horária em atividades complementares, que constituem um importante instrumento de flexibilização curricular. Essas atividades podem ser desenvolvidas em qualquer semestre, inclusive no período de férias escolares. Além disso, eles desenvolverão projetos de ação pedagógica sob a orientação de professores nas diferentes áreas. A seleção de conteúdos para cursos oferecidos pela UNIP segue as diretrizes pedagógicas estabelecidas nos itens 1.5 e 2.3.2 do PDI (p. 15, 62- 63), observando a determinação da abrangência de cada disciplina e o disposto no Artigo 47º da Lei nº 9.394/96, que estipula o mínimo de duzentos dias letivos de trabalho acadêmico efetivo por ano, para fins de adequação e correto balanceamento dos conteúdos, assegurando-se o equilíbrio entre profundidade e abrangência. 100 7.9 Carga horária Quadro 4 Componentes curriculares Carga horária Disciplinas Obrigatórias e Optativa 2180 Estágio Supervisionado 300 Projetos e Práticas de Ação Pedagógica 400 Estudos Disciplinares 200 Atividades Complementares 200 Total Geral (em horas) 3.280 7.10 Disciplinas optativas Como forma de flexibilizar o currículo, ampliar a formação geral dos alunos e com o objetivo de formar um profissional com alguns diferenciais, a UNIP oferece as disciplinas optativas: Marketing Pessoal, Desenvolvimento Sustentável e Atuação Junto ao Idoso para que o estudante exerça a sua livre escolha entre uma ou outra. As disciplinas optativas são gratuitas e ofertadas no 4º período do curso. 7.10.1 Ementário das disciplinas optativas Disciplina: Atuação Junto ao Idoso (20 horas) Ementa: A intervenção desenvolvida em política social junto aos idosos no Brasil considerando os aspectos históricos e a legislação atual vigente. Comparação das políticas de atenção ao idoso desenvolvidas no Brasil contemporâneo com a realidade de países como a Espanha e Japão, dentre outros. Bibliografia básica BRASIL. Estatuto do Idoso. Lei no. 10.741, de 01 /10/2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/2003/L10.741.htm> . BRASIL. Política Nacional do Idoso. Lei nº 8.842, de 04/01/1994. Disponível em: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/secretaria- nacional-de-assistenciasocial-snas/cadernos/politica-nacional-do- idoso/politica-nacional-do-idoso> . SPOSATI, A. Proteção social de cidadania: inclusão de idosos e pessoas com deficiência no Brasil, França e Portugal. São Paulo: Cortez, 2011. 101 Bibliografia complementar FABIETTI, D. M. C. F. Arteterapia e envelhecimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010. PORTAL IDOSOS. Disponível em: <idosos.com.br>. VILAS BOAS, Marco Antonio. Estatuto do idoso comentado. Rio de Janeiro: Forense, 2015. VITALE, Maria Amália Faller; MUNHOZ, Maria Luiza Puglisi. Terapia familiar em pesquisa: novas contribuições. Rio de Janeiro: Roca, 2012. ZIMERMAN, Guite I. Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: ArtMed, 2011. Disciplina: Desenvolvimento Sustentável (20 horas) Ementa: A disciplina propõe o conhecimento das teorias sobre desenvolvimento sustentável, legislação ambiental, instrumentos preventivos e certificações com uma visão prática de plano estratégico de gestão ambiental. Será criado um ambiente de pensamento crítico frente às questões ambientais, apresentando propostas para minimizar os problemas socioambientais. Um novo perfil corporativo será traçado, com a prática de reflexõessobre ações sustentáveis que possibilitarão resultados efetivos. Bibliografia básica BARBIERI, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva 2007. RUSCHEINSKY, ALOISIO. Educação Ambiental: Abordagens múltiplas. Porto Alegre: Penso, 2012. STADLER, Adriano; MAIOLI, Marcos Rogério. Organizações e desenvolvimento sustentável. Curitiba: IBPEX, 2011. Bibliografia complementar BARBIERI, J. C.; ÁLVARES, A. C. T.; CAJAZEIRA, J. E. R. Gestão de ideias para inovação contínua. Porto Alegre: Bookman, 2011. BARBIERI, José Carlos; CAJAZEIRA, Jorge Emanuel Reis. Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável: da teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2012. DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2011. PEREIRA, A. C. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011. 102 ROSA, André Henrique; FRACETO, F.; MOSCHINI-CARLOS, Viviane. Meio ambiente e sustentabilidade. Porto Alegre: Bookman, 2012. Disciplina: Marketing Pessoal (20 horas) Ementa: Traz discussões sobre teorias e técnicas que propõem o desenvolvimento das pessoas em seus diversos âmbitos, para maximizar suas possibilidades de sucesso, promover-se como marca de qualidade e credibilidade e, consequentemente, contribuir para o aprimoramento das relações sociais e o progresso do microambiente. Bibliografia básica KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. RITOSSA, Claudia Mônica. Marketing pessoal: quando o produto é você. Curitiba: IBPEX, 2011. VIEIRA, Maria Christina de Andrade. Marketing pessoal: gestão de carreira. Curitiba: IBPEX, 2009. Bibliografia complementar DEGEN, R. J. O empreendedor: empreender como opção de carreira. São Paulo: Pearson, 2008 KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing: a bíblia do marketing. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. PINHEIRO, Duda; GULLO, José. Comunicação integrada de marketing. São Paulo: Atlas, 2013. RITOSSA, Claudia Mônica. Tópicos especiais em marketing. Curitiba: IBPEX, 2011. ROBBINS, S. P. Fundamentos do comportamento organizacional. 8. ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2009. 7.11 Disciplinas de nivelamento A Universidade Paulista oferece um programa de revisão de conteúdos de diversas disciplinas ministradas no Ensino Médio. Ele abrange os principais conteúdos nos quais boa parte dos universitários – recém-ingressantes ou veteranos – apresenta dificuldades para acompanhar durante os cursos superiores. 103 O discente com necessidades de nivelamento de conteúdos básicos pertinentes ao ensino médio poderá acessar pelo AVA o “Conteúdo Online UNIP” e assistir videoaulas, rever teorias, fazer exercícios propostos e se autocorrigir por meio do conceito de solução apresentado no gabarito sobre o assunto que desejar, por número de vezes ilimitados. Este serviço é gratuito. Dessa maneira, o discente poderá recorrer ao sistema durante todos os semestres letivos. O “Conteúdo Online” é composto por um “sistema online de revisão básica de conteúdos” que oferece a oportunidade de rever assuntos escolares fundamentais que, de acordo com a aplicação, se tornam pré- requisito para que o discente obtenha desempenho satisfatório na Universidade. As seguintes disciplinas estão disponíveis: Português, Matemática, Biologia, Física, Química, Geografia e História — e realize a prova. 7.12 Ementário e bibliografia das disciplinas regulares Disciplina: Alfabetização e Letramento Carga horária: 60 horas Ementa: Análise do sistema de escrita (enquanto sistema notacional) e seus usos prático-sociais, em contextos de letramento. Reflexão sobre as diferentes concepções e práticas de alfabetização e suas repercussões na aprendizagem dos estudantes e nas metodologias e práticas de alfabetização. Apresentação das ideias que os estudantes constroem sobre a lectoescritura e a importância de conhecê-las para o planejamento das práticas de alfabetização. Estudo dos diversos componentes envolvidos na aprendizagem do sistema de escrita: componentes pragmáticos e textuais; componentes alfabéticos – segmentação fonológica e correspondência fonográfica; e componentes relativos ao domínio progressivo do sistema ortográfico. Bibliografia básica CARVALHO, M. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2010. FARACO, Carlos A. Linguagem, escrita e alfabetização. São Paulo: Contexto, 2010 (Pearson). SARAIVA, Juracy Assmann. Literatura e alfabetização: do plano do choro ao plano da ação. Porto Alegre: ArtMed, 2011. Bibliografia complementar CAGLIARI, L. C.. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 2005. 104 CASTANHEIRA, Maria Lúcia. Alfabetização e letramento na sala de aula. São Paulo: Autêntica, 2008. COSCARELLI, Carla Viana. Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. Belo Horizonte: Ceale, 2014. SENNA, Luiz Antonio Gomes. Letramento: princípios e processos. Curitiba: InterSaberes, 2012. VALLE, Luciana de Luca Dalla. Metodologia da Alfabetização. Curitiba: InterSaberes, 2013. Disciplina: Avaliação Educacional Carga horária: 60 horas Ementa: Fundamentos políticos, sociais, culturais e pedagógicos da Avaliação Escolar. Pedagogia do Exame e a avaliação classificatória. Novos paradigmas de avaliação escolar. Avaliação Diagnóstica, avaliação mediadora e avaliação formativa. Avaliação dos Conteúdos Factuais, Conceituais, Procedimentais e Atitudinais. Avaliação Contínua e Integradora. A construção de portfólio de aprendizagem. Critérios e instrumentos de avaliação educacional. Elaboração de Provas objetivas e dissertativas. Avaliação Institucional Interna e Externa. Bibliografia básica ALVES, Júlia Falivene. Avaliação Educacional: da teoria à prática. São Paulo: LTC, 2013. BOTH, Ivo José. Avaliação: “voz da consciência” da aprendizagem. Curitiba: Ibpex, 2011. CERVI, Rejane de Medeiros. Planejamento e Avaliação Educacional. Curitiba: InterSaberes, 2013. Bibliografia complementar ABBAD, Gardênia da Silva et al. Medidas de avaliação em treinamento, desenvolvimento e educação: ferramentas para gestão de pessoas. Porto Alegre: ArtMed, 2012. BERTAGNA, Regiane Helena e SORDI, Mara Regina Lemes de. Avaliação educacional: um campo em movimento e disputa. Cad. CEDES [online]. 2016, vol.36, n.99, pp.129-133. ISSN 0101-3262. Disponível http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v36n99/1678-7110-ccedes-36- 99-00129.pdf. 105 FREITAS, Dirce Nei Teixeira de; OVANDO, Nataly Gomes. A avaliação educacional em contextos municipais. Educ. Soc., Campinas , v. 36, n. 133, p. 963-984, dez. 2015 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 73302015000400963&lng=pt&nrm=iso>. GALLO, Márcia. A avaliação em EaD. São Paulo: Cengage Learning Editores, 2015. LÜCK, Heloísa. Avaliação e monitoramento do trabalho educacional. Petrópolis: Vozes, 2013. MACHADO, Cristiane. Gênese da avaliação educacional no Brasil. Rev. Bras. Estud. Pedagog. [online]. 2015, vol.96, n.242, pp.221-225. ISSN 2176-6681. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/rbeped/v96n242/2176-6681-rbeped-96-242- 00221.pdf >. ___________________. Reverberações da avaliação educacional no Brasil. Rev. Bras. Estud. Pedagog. [online]. 2015, vol.96, n.243, pp.480- 484. ISSN 0034-7183. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/rbeped/v96n243/2176-6681-rbeped-96-243- 00480.pdf>. MARINHO-ARAUJO, Claisy Maria; RABELO, Mauro Luiz. Avaliação educacional: a abordagem por competências. Avaliação (Campinas), Sorocaba , v. 20, n. 2, p. 443-466, jul. 2015 . Disponívelem <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 40772015000200443&lng=pt&nrm=iso>. Disciplina: Ciências Sociais Carga horária: 40 horas Ementa: Introdução às Ciências Sociais. O pensamento sociológico clássico. Capitalismo no Brasil. Globalização. Transformações no Trabalho. Política. Questões Urbanas. Movimentos Sociais. Bibliografia básica ARAÚJO, Silvia; BRIDI, Maria Ap.; MOTIN, Benilde. Sociologia: um olhar crítico. São Paulo: Contexto, 2009. MARCELINO, Nelson Carvalho. Introdução às Ciências Sociais. Campinas: Papirus, 2013. PAIXÃO, A. E. da. Sociologia geral. Curitiba: InterSaberes, 2012. 106 Bibliografia complementar COHN, Gabriel. (coord.). Weber: Sociologia. São Paulo: Ática, 1999. DEMO, Pedro. Introdução à sociologia: complexidade, interdisciplinaridade e desigualdade social. São Paulo: Atlas, 2002. DIAS, R. Sociologia. São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2012. WEBER, Max. A “objetividade” do conhecimento nas ciências sociais. [tradução e comentário de Gabriel Cohn]. São Paulo: Ática, 2006. (Ensaios Comentados). WEBER, Max. A gênese do capitalismo moderno. [organização e comentário de Jesse Souza]. São Paulo: Ática, 2006. (Ensaios Comentados). Disciplina: Comunicação e Expressão Carga horária: 40 horas Ementa: Leitura, texto e sentido. Estratégias de leitura. Sistemas de conhecimento e processamento textual. Texto e contexto. Intertextualidade. Sofisticação do processo da argumentação: o artigo de opinião e a resenha, bem como os tipos de argumentos, de informações implícitas. Bibliografia básica FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2004. MASIP, Vicente. Fundamentos lógicos da interpretação de textos e da argumentação. Rio de Janeiro: LTC, 2012. PUPPI, A. Comunicação e semiótica. São Paulo: InterSaberes, 2012. Bibliografia complementar DIDIO, Lucie. Leitura e produção de textos: comunicar melhor, pensar melhor, ler melhor, escrever melhor. São Paulo: Atlas, 2013. KOCH, I. G.V.; TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2010. NADÓLSKIS, Hêndricas. Comunicação redacional atualizada. São Paulo: Saraiva, 2007. RÜDIGER, Francisco. As teorias da comunicação. Porto Alegre: ArtMed, 2011. SILVERMAN, David. Interpretação de dados qualitativos: métodos para análise de entrevistas, textos e interações. Porto Alegre: ArtMed, 2008. 107 Disciplina: Didática Fundamental Carga horária: 60 horas Ementa: Reflexão sobre a história da Didática, bem como das tendências pedagógicas presentes na realidade do ensino brasileiro para a educação básica, que envolve entender a função social da escola. Análise sobre a construção do conhecimento e a contribuição da Didática por meio de novas propostas para o ensino e a aprendizagem em uma abordagem problematizadora, dialógica; com compromisso com o sucesso escolar dos estudantes (crianças, adolescentes, jovens e a d u l t o s ). Neste c o n t e x t o s ã o o b j e t o s de a n á l i s e : as p r á t i c a s pedagógicas nos espaços de aprendizagem da educação Infantil e do ensino Fundamental (séries iniciais). Pautados no domínio de conhecimentos e práticas que permitam a contribuição do docente para o desenvolvimento e a aprendizagem dos estudantes, articulando o cuidar e o educar. Reflexões sobre a profissão de professor e a necessidade de uma atuação consciente e reflexiva frente: às diversidades no contexto escolar e na sala de aula, as especificidades dos processos de desenvolvimento, aprendizagem articuladas ao projeto político pedagógico, as práticas pedagógicas de planejar, executar, avaliar, em um processo contínuo e sistemático com foco, além da aprendizagem dos estudantes, no seu próprio desenvolvimento profissional. Bibliografia básica ANDRÉ, Marli (Org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. Campinas: Papirus, 1999. CANDAU, V. M. (Org.). A didática em questão. Petrópolis: Vozes, 2002. CORDEIRO, Jaime. Didática. São Paulo: Contexto, 2013. Bibliografia complementar BROUSSEAU, Guy. Introdução ao estudo das situações didáticas. São Paulo: Ática, 2013. HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática geral. São Paulo: Ática, 2013. MALHEIROS, Bruno Taranto. Didática geral. Rio de Janeiro: LTC, 2012. MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Didática. São Paulo: IBPEX, 2013. OLIVEIRA, Maria Rita N.S. e ANDRÉ, Marli E.D.A. de. Alternativas no ensino de didática. Campinas: Papirus, 2013. 108 Disciplina: Didática e Metodologia do Ensino Médio: Normal e Educação Profissional Carga horária: 40 horas Ementa: Estudo da trajetória do Ensino Médio no Brasil e da legislação que lhe dá sustentação. Ensino Médio e formação técnica para o mundo do trabalho. Programas governamentais de Nível Médio para a formação do trabalhador: Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). Curso Normal de Nível Médio: configurações formativas e tendências pedagógicas. Estágio Supervisionado na formação de professores e suas diferentes concepções. Reflexão sobre a profissão docente: compreensão do ato de ensinar. Bibliografia básica CANDAU, V. M. (Org.). A didática em questão. Petrópolis: Vozes, 2002. CORDEIRO, Jaime. Didática. São Paulo: Contexto, 2013. PILETTI, Nelson e ROSSATO, Geovanio. Educação Básica: da organização legal ao cotidiano escolar. São Paulo: Ática, 2010. Bibliografia complementar ANDRÉ, Marli; OLIVEIRA, Maria Rita N.S. Alternativas no ensino de didática. Campinas: Papirus, 2013. BROUSSEAU, Guy. Introdução ao estudo das situações didáticas. São Paulo: Ática, 2013. HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática geral. São Paulo: Ática, 2013. MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Didática. São Paulo: IBPEX, 2013. PILETTI, Claudino. Didática geral. São Paulo: Ática, 2013. Disciplina: Direitos Humanos Carga horária: 40 horas 109 Ementa: Estudo de temas considerados relevantes para o exercício dos direitos humanos, promovendo a responsabilidade social orientada à visão holística e missão prática dos direitos humanos como forma de vida para os países democráticos. Essa disciplina deve promover diálogos e debates que conduzam ao pensamento crítico e a análise sistêmica sobre o futuro da humanidade e prol da justiça econômica e social. Ainda, incentiva o entendimento das implicações morais e políticas dos direitos humanos para que se conscientizem que os indivíduos são protegidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos aceita pela maioria das nações. Bibliografia básica CASTILHO, Ricardo. Direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2012. GUERRA, Sidney. Direitos Humanos: curso elementar. São Paulo: Saraiva, 2014. PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos. São Paulo: Saraiva, 2014. Bibliografia complementar AMARANTE, João Armando Moretto; WEISZFLOG, André. Direitos Humanos em movimento. São Paulo: Saraiva, 2013. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2015. MATTOS NETO, Antonio José de. Direitos Humanos e democracia inclusiva. São Paulo: Saraiva, 2012. MAZZOULI, Valerio de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. São Paulo: Método, 2014. NAÇÕES UNIDAS. Diretos Humanos: a carta universal de Direitos Humanos. Nº 2. Rev. 1. 1995-2004. Disponível em: <http://direitoshumanos.gddc.pt/pdf/Ficha_Informativa_2.pdf> . Disciplina: Educação Ambiental Carga horária: 40 horas Ementa: Promover a compreensão de que a Educação Ambiental (EA) está associada a uma valorização humanitária,crítica, cultural e reflexiva, de acordo com as exigências do mundo contemporâneo, além de fornecer subsídios para a formação de um sujeito ecológico, portador de valores éticos, atitudes e comportamentos ecologicamente orientados, que incidem sobre o plano individual e coletivo. 110 Bibliografia básica BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira. Meio ambiente: guia prático e didático. São Paulo: Érica, 2012. RICHTER, B. Além da fumaça e dos espelhos: mudança climática e energia no século XXI. Rio de Janeiro: LTC, 2012. RUSCHEINSKY, ALOISIO. Educação Ambiental: Abordagens múltiplas. Porto Alegre: Penso, 2012. Bibliografia complementar ALBANUS, Lívia L. F. Ecopedagogia: Educação e meio ambiente. Curitiba: InterSaberes, 2012. BORTONI-RICARDO, S. M.; MACHADO, V. R.; CASTANHEIRA, S. F. Formação do professor como agente letrador. São Paulo: Contexto, 2010. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. v. 4. Brasília: MEC SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro04.pdf . BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. v. 10.3 Brasília: MEC SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/meioambiente.pdf . PEREIRA, A. C. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011. Disciplina: Educação de Jovens e Adultos: Fundamentos e Metodologia Carga horária: 40 horas Ementa: Reflexões sobre a perspectiva histórica do direito à educação para jovens e adultos: direitos, concepções e funções sociais. Abordagem da Educação de Jovens e Adultos enquanto campo de direitos e suas singularidades. Financiamento e organização da modalidade e a EJA na Lei 9394/96. Fundamentos teóricos e metodológicos: alfabetização, Língua Portuguesa e Matemática. Construção de propostas alternativas de trabalho e o cotidiano dos jovens e adultos. Bibliografia bá casi CARVALHO, Marlene. Primeiras Letras: alfabetizações de jovens e adultos. São Paulo: Ática, 2013. PICONEZ, Stela C. Bertholo. Educação escolar de jovens e adultos. São Paulo: Papirus, 2013. 111 SOUZA, Maria Antônia de. Educação de jovens e adultos. São Paulo; IBPEX, 2013. Bibliografia complementar BRASIL. Ação Educativa, Secretaria da Educação de Jovens e Adultos. Proposta curricular, 1º segmento do Ensino Fundamental. Brasília: MEC, 2001. Disponível em: <www.mec.gov.br>. BRASIL. Constituição Federal de 1988. Brasília, 1988. BRASIL. Deliberação CEE nº 9/2000 (Seesp). BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. BRUEL, Ana Lorena de O. Políticas e legislação da Educação Básica no Brasil. Curitiba: Ibpex, 2010. LEAL. Telma Ferraz. Desafios da educação de jovens e adultos: construindo práticas de alfabetização. São Paulo: Autêntica Editora, 2007. Disciplina: Educação Inclusiva Carga horária: 40 horas Ementa: Princípios filosóficos, políticos, históricos e sociais do cenário educacional que fundamentam e determinam a educação inclusiva, e as implicações de tais princípios para o trabalho do pedagogo, do psicólogo e do assistente social. Educação de crianças e adolescentes com deficiência, em seu processo de escolarização e os fatores sociais que subjazem as dificuldades escolares na aprendizagem e no comportamento na escola. Análise das formas de superação do processo de exclusão social e cultural dos alunos, que ocorre a partir da diversidade cultural, social e das diferenças de gênero, produzido pelo sistema escolar. Bibliografia básica FACION, José Raimundo (Org.). Inclusão escolar e suas Implicações. Curitiba: Ibpex, 2009. GUEBERT, Miriam C. C. Inclusão: uma realidade em discussão. Curitiba: Ibpex, 2007. PACHECO, José; EGGERTSDÓTTIR, Rósa; MARINÓSSON, Gretar L. Caminhos para a inclusão. Porto Alegre: ArtMed, 2007. Bibliografia complementar 112 ABRAMOWICZ, Anete, SILVÉRIO, Valter R. Afirmando diferenças: Montando o quebra-cabeça da diversidade na escola. Campinas SP: Papirus, 2005 BIANCHETTI, Lucídio, FREIRE, Ida Mara (Orgs.) Um olhar sobre a diferença: Interação, trabalho e cidadania. Campinas SP: Papirus, 1998 SILVA, Aline Maira da. Educação especial e inclusão escolar: história e fundamentos. São Paulo: IBPEX, 2013. SMITH, Deborah D. Introdução à educação especial. Porto Alegre: ArtMed, 2008. VALENTINI, Carla Beatriz. Inclusão no ensino superior. Caxias do Sul: EDUCS, 2012. Sugestões de filmes ANJO Malvado. Dir. Joseph Ruben. 1993. 87 min. BANG Bang! Você Morreu. Dir. Guy Ferland. 2002. 93 min. CÓDIGO para o Inferno. Dir. Harold Becker. 1998. 111 min. GABY uma História Verdadeira. Dir. Luis Mandoki. 1989. 110 min. MENTES que Brilham. Dir. Jodie Foster. 1991. 99 min. MEU Pé Esquerdo. Dir. Jim Sheridan. 1989. 103 min. Mr. HOLLAND: Adorável Professor. Dir. Stephen Herek. 1995. 140 min. O HOMEM Elefante. Dir. David Lynch. 1990. 118 min. OLEANNA. Dir. David Mamet. 1994. 89 min. O ÓLEO de Lorenzo. Dir. George Miller. 1992. 135 min. O OITAVO Dia. Dir. Jaco van Dormael. 1996. 118 min. PAULIE: o Papagaio Bom de Papo. Dir. John Roberts. 1998. 92 min. PERFUME de Mulher. Dir. Martin Brest. 1992. 156 min. RAIN Man. Dir. Barry Levinson. 1988. 133 min. SOL do Meio Dia. Dir. Eliane Caffé. 2009. 106 min. TIROS em Columbine. Michael Moore. 2002. 93 min. UM ESTRANHO no Ninho. Dir. Milos Forman. 1975. 129 min. Disciplina: Escola, Currículo e Cultura Carga horária: 60 horas Ementa: A disciplina aborda os diversos conceitos de currículo, as suas dimensões e as diferentes teorias sobre essa área do conhecimento. São estudados os aspectos legais do currículo, incluindo as diretrizes e as orientações curriculares. Trata, também, da construção e implementação do currículo e suas interligações com a cultura e a sociedade por meio de projetos de trabalho. Bibliografia básica 113 LIMA, M. F.; ZANLORENZI, C. M. P.; PINHEIRO, L. R. A função do currículo no contexto escolar. Curitiba: Ibpex, 2011. MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. Currículo: Políticas e práticas. São Paulo: Papirus, 2013. SANTOS, Edméa. Currículos: teoria e práticas do currículo. Rio de Janeiro: LTC, 2012. Bibliografia complementar ARROYO. Miguel G. Currículo: território em disputa. Petrópolis: Voze4s, 2013. BARBOSA, Laura M. S. Temas Transversais: Como utilizá-los na prática educativa? Curitiba: Ibpex, 2007 EYNG, Ana Maria. Currículo Escolar. Curitiba: Ibpex, 2007. MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. Currículos e Programas no Brasil. Campinas SP: Papirus, 2011. PINSKY, Jaime. Cidadania e educação. SP: Contexto, 2011. Disciplina: Estatística Carga horária: 40 horas Ementa: Organização e descrição de dados experimentais. Cálculo de probabilidades.. Bibliografia básica BUSSAB, W. de O.; MORETTIN, P. A. Estatística Básica. 7a ed. São Paulo: Saraiva, 2011. KIRSTEN, J. T.; RABAHY,W.A. Estatística aplicada às Ciências Humanas e ao Turismo. São Paulo: Saraiva. 2006 LEVIN, J.; FOX, A. F. Estatística para Ciências Humanas. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. Bibliografia complementar BISGUERRA, Rafael; SARRIERA, C.; MARTINEZ, Francesc. Introdução a Estatística. Porto Alegre: ArtMed, 2004. CASTANHEIRA, N. P. Estatística aplicada a todos os níveis. Curitiba: InterSaberes, 2012. 114 CASTANHEIRA, N. P. Métodos Quantitativos. Curitiba: InterSaberes, 2013. LARSON, R.; FARBER, B. Estatística aplicada. São Paulo: Pearson PrenticeHall, 2003. MORETTIN, Luiz Gonzaga. Estatística básica: probabilidade e inferência. São Paulo: Pearson, 2010. Disciplina: Estrutura e Organização da Escola de Educação Infantil Cargahorária: 40 horas Ementa: Organização da escola de educação infantil. Planejamento, registro e avaliação da educação infantil. Fundamentos e métodos da educação infantil. O trabalho docente na escola de educação infantil. O fazer do professor em educação infantil: uma perspectiva de pesquisa, ensino, reflexão e crítica. Bibliografia básica FARIA, Vitória Libia Barreto de. Currículo na educação infantil: diálogo com os demais elementos da proposta pedagógica. São Paulo: Scipione, 2013. GONZALEZ-MENA, Janet. Fundamentos da educação infantil: ensinando crianças em uma sociedade diversificada. Porto Alegre: AMGH, 2015. OSTETTO, Luciana E. (Org.). Educação Infantil: Saberes e Fazeres da Formação de Professores. Campinas SP: Papirus, 2011. Bibliografia complementar BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 2006. 2 v. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à Educação. Brasília: MEC/SEF, 2006. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3 v. KAERCHER, Gládis E. Educação Infantil: Pra que te quero?. Porto Alegre: ArtMed, 2003. KRAMER, Sonia (Org.). Infância e Educação Infantil. Campinas SP Papirus, 2012. 115 Disciplina: Filosofia, Comunicação e Ética Carga horária: 40 horas Ementa: Estudo do ser humano enquanto um ser produtor de linguagem, de conhecimento e de meios técnicos que alteram o seu habitat e a sua própria existência. Exame das inter-relações entre o processo de humanização, a moral e a sociedade. Análise dos fundamentos das principais teorias éticas. Reflexão sobre o conjunto de valores socialmente acordados que permeiam nossas ações e sobre a importância do exercício filosófico para a formação do sujeito ético. Bibliografia básica GALLO, Silvio (Coord.). Ética e cidadania: Caminhos da Filosofia: Elementos para o Ensino de filosofia. Campinas SP: Papirus, 2010. MARCONDES, D. Textos básicos de Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. MATTAR, João. Introdução à Filosofia. SP: Pearson Prentice Hall, 2010. Bibliografia complementar DEFLEUR, Melvin; BALL-ROCKEACH, Sandra. Teorias da comunicação de massa. São Paulo: Zahar, 1993. GHIRALDELLI JÚNIOR, P. Introdução à Filosofia. Barueri, SP: Manole, 2003 PERISSÉ, Gabriel. Filosofia, Ética e Literatura: Uma proposta pedagógica. Barueri, SP: Manole, 2004 PUPPI, A. Comunicação e semiótica. São Paulo: InterSaberes, 2012. TORQUATO, Gaudêncio. Cultura, poder, comunicação, crise e imagem: Fundamentos das organizações do século XXI. São Paulo: Cengage Learning Editores, 2012. Sugestões de filmes A LÍNGUA das Mariposas. Dir. José Luis Cuerda. 1999. À PROCURA da Felicidade. Dir. Gabriele Muccino. 2006. ILHA das Flores. Dir. Jorge Furtado. 1989. INSÔNIA. Dir. Erik Skjoldbjaerg. 1997. PONTO de Mutação. Dir. Bernt Capra. 1992. O SHOW de Truman. Dir. Peter Weir. 1998. 116 Disciplina: Fundamentos de Filosofia e Educação Carga horária: 40 horas Ementa: Análise do processo de humanização e das relações entre a educação e a sociedade. Estudo das inter-relações entre a educação, a política e a ideologia. Compreensão sobre a educação como um elemento de mediação entre o homem, a cultura e o trabalho. Reflexão sobre os pressupostos filosóficos e epistemológicos da educação que orientam a pratica docente. Considerações sobre a atuação do educador para a formação do sujeito autônomo. Bibliografia básica GHIRALDELLI JR., Paulo. A nova filosofia da educação. Barueri: Manole, 2014. MARCONDES, D. Textos básicos de Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. SOARES, Maria do Sacramento. Educação, Educações: História, filosofia e linguagens. Caxias do Sul: Educas, 2010. Bibliografia complementar BONJOUR, Laurence; BAKER, Ann. Filosofia: textos fundamentais comentados. 2. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2010. CESCON, Everaldo. Temas de Filosofia da Educação. Caxias do Sul, RS: Educs, 2009. GHIRALDELLI JR., Paulo. Filosofia da educação. São Paulo: Ática, 2006. GHIRALDELLI JÚNIOR, P. Introdução à Filosofia. Barueri, SP: Manole, 2003. GONÇALVES, N. G. Fundamentos históricos e filosóficos da Educação Brasileira. Curitiba: Ibpex, 2010. SAUNDERS, Clare et al. Como estudar filosofia. Porto Alegre: ArtMed, 2009. Sugestões de filmes A GUERRA do Fogo. Dir. Jean-Jacques Annaud. 1976. 100 min. A ODISSEIA. Dir. Francis Ford Coppola. 1997. 150 min. MATRIX. Dir. Wachowski Brothers. 1999. 136 min. OBRIGADO por Fumar. Dir Jason Reitman. 2005. 92 min. O NOME da Rosa. Dir. Jean-Jacques Annaud. 1986. 131 min. PONTO de Mutação. Dir. Bernt Capra. 1992. 116 min. SANTO Agostinho. Dir. Roberto Rossellini. 1972. 115 min. 117 Disciplina: Gestão Educacional Carga horária: 40 horas Ementa: Organização e gestão escolar; concepções que fundamentam a administração escolar; gestão educacional no contexto da atualidade; cultura educacional e gestão em mudança; gestão democrática da escola pública; princípios e práticas da Pedagogia em espaços educativos. Bibliografia básica COLOMBO, Sônia Simões. CARDIM, Paulo A. Nos bastidores da educação brasileira: a gestão vista por dentro. Porto Alegre: ArtMed, 2011. FORTUNATI, José. Gestão da educação pública: caminhos e desafios. Porto Alegre: ArtMed, 2011. HORA, Dinair Leal da. Gestão democrática na escola: artes e ofícios da participação coletiva. Curitiba: InterSaberes, 1994. Bibliografia complementar COLOMBO, Sonia Simões. Gestão educacional: uma nova visão. Porto Alegre: ArtMed, 2011. MONTEIRO, Eduardo. Gestão Escolar: perspectivas, desafios e função social. São Paulo: LTC, 2013. PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, democracia e qualidade de ensino. São Paulo: Ática, 2013. PITÁGORAS. A gestão da escola. V.4. Porto Alegre: ArtMed, 2003. WELLEN, Henrique. Gestão Organizacional e Escolar: uma análise crítica. Curitiba: InterSaberes, 2012. Disciplina: História da Educação Carga horária: 80 horas Ementa: A disciplina História da Educação tem como preocupação central a reflexão crítica em torno do processo educativo ao longo do tempo e do espaço. Para que posamos provocar tal nível de reflexão é fundamental que o aluno compreenda o desenvolvimento da educação através do tempo, não como leitura passiva do passado, ou como 118 simples relato cronológico acerca das diferentes tradições educativas, mas, sobretudo, que consiga compreender que a história das sociedades e o processo educativo são inseparáveis. Portanto, é fundamental que se provoque o questionamento acerca do contexto social, histórico e cultural em que se formam as diferentes concepções de educação a fim de provocar a reflexão em torno das possibilidades que foram engendradas ao longo do tempo e que contribuíram para a exclusão social das camadas menos favorecidas e dominadas nas diferentes épocas estudadas. A disciplina deve ainda conduzir a percepção de que se a educação pode ser usada para a manutenção do poder e das relações de dominação social, pode, também, contribuir para a transformação de tais relações. Bibliografia básica FARIA FILHO, Luciano Mendes de. Pensadores sociais e história da educação. São Paulo: Autêntica, 2007. GONÇALVES, N. G. Fundamentos históricos e filosóficos da Educação brasileira. 2 ed. Curitiba: Ibpex, 2010. MORAIS, Christianni Cardoso. História da Educação: ensinoe pesquisa. São Paulo: Autêntica Editora, 2007. Bibliografia complementar FALCON, F. J. C. História cultural e história da Educação. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 11, n. 32, ago. 2006. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n32/a11v11n32.pdf . GHIRALDELLI JR, Paulo. Filosofia e história da educação brasileira. Porto Alegre: Manole, 2009. HILSDORF, Maria Lucia Spedo. História da Educação Brasileira. São Paulo: Cengage Learning, 2012. LOPES, E. M. T. Perspectivas históricas da Educação. São Paulo: Ática, 2009. PILETTI, Claudino. História da Educação: de Confúcio a Paulo Freire. SP Contexto, 2010. Disciplina: História do Pensamento Filosófico Carga horária: 40 horas Ementa: Análise dos fatores que possibilitaram a transição da consciência mítica para o pensamento racional filosófico. Estudo dos principais problemas discutidos pelos filósofos ao longo da história da Filosofia. Reflexão sobre os pressupostos e especificidades das diferentes abordagens 119 do real: o pensamento mítico, o senso comum, a experiência religiosa, o conhecimento científico, a reflexão lógico-filosófica. Bibliografia básica BONJOUR, Laurence; BAKER, Ann. Filosofia: textos fundamentais comentados. Porto Alegre: ArtMed, 2010. GHIRALDELLI JÚNIOR, P. Introdução à Filosofia. Barueri, SP: Manole, 2003. MATTAR, João. Introdução à Filosofia. São Paulo: Pearson, 2013. Bibliografia complementar ENGELMANN, Ademir Antônio; ENGELMANN, Derli Adriano; CORRÊA, Maria Elisa Leite. História da Filosofia no Brasil. Curitiba: InterSaberes, 2015. FERREIRA, Fábio L. História da Filosofia Moderna. Curitiba: InterSaberes, 2015. GHIRALDELLI JR., Paulo; CASTRO, Susana de. A nova filosofia da educação. Barueri: Manole, 2014. MONTEIRO, Ivan Luiz. História da Filosofia Contemporânea. Curitiba: InterSaberes, 2015. SAUNDERS, Clare et al. Como estudar Filosofia. Porto Alegre: ArtMed, 2009. Sugestões de filmes A ODISSEIA. Dir. Francis Ford Coppola. 1997. 150 min. MATRIX. Dir. Wachowski Brothers. 1999. 136 min. OBRIGADO por Fumar. Dir Jason Reitman. 2005. 92 min. O NOME da Rosa. Dir. Jean-Jacques Annaud. 1986. 131 min. PONTO de Mutação. Dir. Bernt Capra. 1992. 116 min. SANTO Agostinho. Dir. Roberto Rossellini. 1972. 115 min. Disciplina: Homem e Sociedade Carga horária: 40 horas Ementa: O conceito antropológico de cultura. As explicações sobre a origem humana: a base biológica e cultural de nossa espécie. O estudo da complexidade do conceito antropológico de cultura. O uso do conceito de cultura pelo senso comum em comparação com o conceito científico. 120 Importância da diversidade cultural. As relações étnico-raciais, a inclusão social e as fronteiras nacionais. Bibliografia básica GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. GOMES, Mércio Pereira. Antropologia: ciência do homem. São Paulo: Contexto, 2012. KOTTAK, C. P. Um espelho para a humanidade: uma introdução à antropologia cultural. Porto Alegre: AMGH, 2013. Bibliografia complementar BUSSAB, V. S. R.; RIBEIRO, F. L. Biologicamente cultural. Disponível em: http://www.ip.usp.br/portal/images/stories/Articles/2004_Bussab_Ribeiro_ Otta_biologicamente_cultural.pdf . CHICARINO, Tathiana (org.). Antropologia social e cultural. São Paulo: Pearson, 2014. MARTINS, Estevão C. de Rezende. Cultura e poder. São Paulo: Saraiva, 2003. MARTINS, J. S. A sociabilidade do homem simples. São Paulo: Contexto, 2008. PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Contexto, 2011. Disciplina: Interpretação e Produção de Textos Carga horária: 40 horas Ementa: Leitura, interpretação e conhecimento. Temas da atualidade. Diferentes linguagens. Estilos e gêneros discursivos. Qualidade do texto. Produção de texto. Bibliografia básica MASIP, Vicente. Fundamentos lógicos da interpretação de textos e da argumentação. Rio de Janeiro: LTC, 2012. MASIP, Vicente. Interpretação de Textos. São Paulo: EPU, 2011. MOYSES, Carlos Alberto. Língua portuguesa: atividades de leitura e produção de texto. São Paulo: Saraiva, 2016. Bibliografia complementar 121 ALMEIDA, Antonio Fernando Almeida, ALMEIDA, Valéria Silva de. Português básico: gramática, redação, texto. São Paulo. Atlas, 2003. ANDRADE, Maria Margarida de. Guia prático de redação: exemplos e exercícios. São Paulo: Atlas, 2011. NADÓLSKIS, Hêndricas. Comunicação redacional atualizada. São Paulo: Saraiva, 2007. SILVERMAN, David. Interpretação de dados qualitativos: métodos para análise de entrevistas, textos e interações. Porto Alegre: ArtMed, 2008. TERCIOTTI, Sandra Helena. Português na prática: para concursos de graduação e concursos públicos. São Paulo: Saraiva, 2011. Disciplina: Introdução à EaD Carga horária: 20 horas Ementa: A disciplina tem o intuito de apresentar as diferenças entre o estudar presencialmente, prática culturalmente consolidada em nossa sociedade e em sistemas educacionais, como desenvolver e produzir conhecimento em ambientes virtuais e digitais, por meio de ferramentas e tecnologias de comunicação. Desta forma, a disciplina é voltada para que os estudantes realizem um exercício de autoconhecimento e compreensão da Educação a Distância (EaD) das diversas formas de utilizar as ferramentas de estudo e comunicação. São apresentadas nesta disciplina as regras e preceitos que envolvem o AVA Blackboard (Ambiente Virtual de Aprendizagem), como também modos para poder estudar e estabelecer vínculos de relacionamento com os atores envolvidos no cenário educativo da EaD. Bibliografia básica LITO, Fredric; FORMIGA, Marcos. (Org). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson, 2009. LOPES, Luís Fernando; FARIA, Adriano Antônio. O que e o quem da EAD: História e Fundamentos. Curitiba: Intersaberes, 2013. MOORE, Michael Grahame. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo: Cengage Learning, 2008. Bibliografia complementar BARBOSA, Rommel Melgaço (Org.). Ambientes virtuais de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2005. 122 BRUNS, Axel. Blogs, Wikipedia, Second Life, and Beyond: From Production to Produsage. New York: Peter Lang, 2008. FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação. São Paulo: Cosac Naify, 2007. Revista Scitis. São Paulo: Universidade Paulista (Unip Interativa) nº.1, set/2014. Disponível em: <http://www.unipinterativa.edu.br/scitis/edicoes/1edicao/> RIFKIN, Jeremy. A era do acesso. São Paulo: Makron Books, 2001. Disciplina: Jogos e Brinquedos na Infância Carga horária: 40 horas Ementa: Estudo das teorias sobre o jogo, o brinquedo e a brincadeira para a compreensão do processo de construção do conhecimento pela criança na faixa etária de 0 a 10 anos de idade, bem como a atuação de espaços lúdicos para o desenvolvimento integral do educando. Discussão do valor educativo do jogo na educação infantil e séries iniciais. Bibliografia básica CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. Jogos e brincadeiras na educação infantil. São Paulo: Papirus. 2007 MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Norimar Christe. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: ArtMed, 2011. SARAIVA, Juracy Assmann. Palavras, brinquedos e brincadeiras. Porto Alegre: ArtMed, 2011. Bibliografia complementar BROCK, Avril et al. Brincar: aprendizagem para a vida. Porto Alegre: ArtMed, 2011. LORENZINI, Marlene V.; Brincando a brincadeira com a criança deficiente. Barueri: Manole, 2002. MACEDO, Lino. Jogos, psicologia e educação: teoria e pesquisas. SP: Casa do Psicólogo, 2009. MARINHO, Hermínia Regina Bugeste. Pedagogia do movimento:universo lúdico e psicomotricidade. Curitiba: IBPEX, 2008. RAU, M. C. T. D. A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica. Curitiba: Ibpex, 2011. 123 Disciplina: Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) Carga horária: 40 horas Ementa: Estudo das teorias sobre educação de surdos, cultura surda, linguística da língua brasileira de sinais e ensino da língua portuguesa como segunda língua para surdos. Discussão de temas relevantes para o exercício da função do professor em diferentes instituições de ensino na promoção da educação inclusiva do aluno surdo. Bibliografia básica BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2005/decreto/d5626.htm . PEREIRA, Maria Cristina da Cunha; CHOI, Daniel. Libras. São Paulo: Pearson Pratice Hall, 2012. QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2007. Bibliografia complementar BRASIL, Ministério da Educação; SALLES, H. M. M. L. Ensino da Língua Portuguesa para surdos: caminhos para a prática pedagógica- Brasília: MEC/SEESP, 2004. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lpvol1.pdf>. DICIONÁRIO DE LIBRAS. Disponível em: http://www.ines.gov.br/dicionario-de-libras/main_site/libras.htm. FEDERAÇÃO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS SURDOS. Disponível em:http: www.feneis.com.br>. INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS. Disponível em: http: www.ines.gov.br . MOURA, Maria Cecília de; CAMPOS, Sandra Regina Leite de. Educação para surdos: práticas e perspectivas II. São Paulo: Santos, 2011. Disciplina: Metodologia de Arte e Movimento: Corporeidade Carga horária: 60 horas 124 Ementa: Estudo das teorias da linguagem artística e suas modalidades – dança, artes plásticas, música e teatro – em ações interdisciplinares e a compreensão das mesmas ao desenvolvimento infantil e à adequação das modalidades e o processo de construção do conhecimento das crianças de 0 a 10 utilizando o lúdico como metodologia. Bibliografia básica GONÇALVES, Maria Augusta Salin. Sentir, pensar, agir: corporeidade e educação. Campinas: Papirus, 1994. IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de professores. Porto Alegre: ArtMed, 2011. ZAGONEL, B. Arte na Educação Escolar. Curitiba: Ibpex, 2009. Bibliografia complementar DARIDO, Suraya Cristina e SOUZA Jr., Osmar Moreira de. Para ensinar educação física: Possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2006. FINCK, Silvia Christina Madrid. A Educação Física e o esporte na escola: cotidiano, saberes e formação. Curitiba: Ibpex, 2010. GRESPAN, M. R. Educação Física no Ensino Fundamental: primeiro ciclo. Campinas: Papirus, 2008. MARCONDES, B.; MENEZES, G.; TOSHIMITSU, T. Como usar outras linguagens na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2000. PERISSÉ, Gabriel. A arte de ensinar. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. Sugestões de filmes DIRTY Dancing. Dir. Emile Ardolino. O SEGREDO de Beethoven. Dir. Agnieszka Holland. O SORRISO de Monalisa. Dir. Mike Newell VEM Dançar. Dir. Michael Rechtshaffen. VILLA-LOBOS: uma vida de paixão. Dir. Zelito Viana. Disciplina: Metodologia do Trabalho Acadêmico Carga horária: 40 horas Ementa: Promover a iniciação à pesquisa científica. Proporcionar informações relativas à conceituação de ciência e de seus objetivos. Bibliográfia básica 125 CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo. Atlas, 2010. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica: ciência do conhecimento cientifico; métodos científicos; teoria, hipóteses e variáveis; metodologia jurídica. São Paulo: Atlas, 2011. Bibliografia complementar ACEVEDO, Claudia Rosa; NOHARA, Jouliana Jordan. Como fazer monografias: TCC, dissertações e teses. São Paulo. Atlas, 2014. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. São Paulo. Atlas, 2010. DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. São Paulo: Atlas, 1985. DIDIO, Lucie. Como produzir monografias, dissertações, teses, livros e outros trabalhos. São Paulo. Atlas, 2014. MATIAS-PEREIRA, José. Manual de metodologia da pesquisa científica. São Paulo. Atlas, 2010. Disciplina: Metodologia e Prática do Ensino de História e Geografia Carga horária: 40 horas Ementa: A disciplina de Metodologia e Prática do Ensino de História e Geografia pretende fornecer subsídios teóricos e metodológicos para a atividade de docência nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Constituindo campos de saberes distintos, as áreas de conhecimento da História e da Geografia tomam por objeto de estudo as sociedades humanas no tempo e no espaço, fazendo com que esta abordagem dialógica seja um dos mais importantes diferenciais do curso, fomentando uma formação mais ampla do docente. Além disso, visa proporcionar a instrumentalização para atuação em sala de aula a partir da articulação entre teoria e prática, assim como possibilitar ao professor uma reflexão sobre a atividade profissional, levando a mudanças significativas na sua prática pedagógica. Bibliografia básica CARRETERO, M. GONZALEZ, M. Fernanda. ROSA, Alberto. Ensino da história e memória coletiva. Porto Alegre: ArtMed, 2011. 126 KARNAL, L. (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2012. REGO, Nelson; CASTROGIOVANNI, Antonio Carlo; KAERCHER, Nestor André (Org.). Geografia: práticas pedagógicas. Porto Alegre: ArtMed, 2011. Bibliografia complementar FANTIN, Maria Eneida; TAUSCHECK, Neusa Maria; NEVES, Diogo Labiak. Metodologia do ensino de geografia. Campinas: IBPEX, 2005. GUIMARÃES, Selva. Didática e prática de ensino de história. Campinas: Papirus, 2003. KIMURA, Shoko. Geografia no Ensino Básico: questões e propostas. SP: Contexto, 2008. SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Ensinar história. SP: Scipione, 2004. STEFANELLO, Ana Clarissa. Didática e Avaliação da Aprendizagem no Ensino de Geografia. Campinas: IBPEX, 2008. Disciplina: Metodologia e Prática do Ensino da Matemática e Ciências Carga horária: 60 horas Ementa: Organização e sistematização do ensino de Matemática e Ciências a partir de abordagens metodológicas e teóricas que subsidiam os currículos de Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental no Brasil. Estudo sobre a compreensão e construção do conhecimento matemático e científico com base nos aspectos epistemológicos, históricos e curriculares. Bibliografia básica GUIMARÃES, Karina Perez. Desafios e perspectivas para o ensino da matemática. Curitiba: IBPEX, 2010. ROSA, Ernesto. Didática da matemática. SP: Ática, 2010. WARD, Hellen et al. Ensino de ciências. Porto Alegre: ArtMed, 2010. Bibliografia complementar ASTOLFI, Jean-Pierre. A didática das ciências. Campinas: Papirus, 2014. RIBEIRO, Flávia Dias. Jogos e Modelagem na Educação Matemática. Curitiba: IBPEX, 2008. SADOVSKY, Patricia. Ensino de matemática hoje. São Paulo: Atica, 2007. 127 SILVEIRA, Everaldo; MIOLA, Rudinei José. Professor-pesquisador em educação matemática. Curitiba: IBPEX, 2007. WACHILISKI, Marcelo. Didática e Avaliação: algumas perspectivas da educação matemática. Curitiba: IBPEX, 2007. Disciplina: Metodologia e Prática do Ensino de Língua Portuguesa Carga horária: 60 horas Ementa: Apresentação de fundamentosque possam contribuir para que o(a) aluno(a) do curso de Pedagogia amplie sua compreensão sobre o ensino da leitura e da escrita nos anos iniciais do ensino fundamental assente na perspectiva do desenvolvimento de competências. Esta disciplina parte da compreensão sobre a especificidade da ação do professor e segue abordando o conceito sobre estratégias de ensino; busca refletir criticamente sobre o desenvolvimento da competência leitora e escritora, estuda questões relacionadas à gramática e à ortografia por meio da reescrita e revisão de texto, situa o papel do professor nesse processo e analisa algumas situações práticas. Bibliografia básica GOMES, Maria Lúcia de Castro. Metodologia do ensino de língua portuguesa. Curitiba: IBPEX, 2007. PAULA, Anna Beatriz; SILVA, Rita do Carmo Polli. Didática e avaliação em língua portuguesa. Curitiba: IBPEX, 2008. SENNA, L. A. G. (Org.). Letramento: princípios e processos. Curitiba: IBPEX, 2009. Bibliografia complementar BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília, 1997. BRODBECK, Jane T. Estratégias de Leitura em Língua Portuguesa. Curitiba: InterSaberes, 2012. CAVALCANTI, Jauranice R. Professor, Leitura e Escrita. SP, Contexto, 2010. SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Educação. Ler e escrever: guia de planejamento e orientações didáticas; professor – 3ª série. São Paulo: FDE: 2010. VALLE, Luciana de Luca Dalla. Metodologia da Alfabetização. Curitiba: InterSaberes, 2013. 128 Disciplina: Métodos de Pesquisa Carga horária: 40 horas Ementa: Iniciar o aluno no trabalho intelectual alicerçado na busca do conhecimento por meio da aplicação da metodologia científica. Capacitar o aluno a utilizar os instrumentos necessários à busca de informação, mostrar os tipos de pesquisa científica, apresentar os instrumentos para coleta de dados e propiciar as bases necessárias para a compreensão dos fundamentos da metodologia científica. Bibliografia básica CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo. Atlas, 2010. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica: ciência do conhecimento cientifico; métodos científicos; teoria, hipóteses e variáveis; metodologia jurídica. São Paulo: Atlas, 2011. Bibliografia complementar ACEVEDO, Claudia Rosa; NOHARA, Jouliana Jordan. Como fazer monografias: TCC, dissertações e teses. São Paulo. Atlas, 2014. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. São Paulo. Atlas, 2010. DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. São Paulo: Atlas, 1985. DIDIO, Lucie. Como produzir monografias, dissertações, teses, livros e outros trabalhos. São Paulo. Atlas, 2014. MATIAS-PEREIRA, José. Manual de metodologia da pesquisa científica. São Paulo. Atlas, 2010. Disciplina: Orientação e Práticas em Projetos na Infância Carga horária: 60 horas Ementa: A profissão docente e os desafios da Educação Infantil. Competências e habilidades requeridas para o ato pedagógico. A 129 organização da dinâmica da prática pedagógica na educação infantil. As relações entre sociedade/educação/escola. A atuação profissional do pedagogo na formação e aprendizagem da criança. Bibliografia básica GLÁDIS E. KAERCHER; CRAIDY, Carmen Maria. Educação infantil: pra que te quero?. Porto Alegre: ArtMed, 2003. BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: ArtMed, 2011. BARBOSA, Maria Carmen Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: ArtMed, 2011. Bibliografia complementar BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3 v. CARTAXO, Simone Regina Manosso. Pressupostos da educação infantil. Curitiba: IBPEX, 2011. FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Para onde vão a orientação e a supervisão educacional?. Campinas: Papirus, 2016. OSTETTO, Luciana Esmeralda (ORG.). Encontros e encantamentos na educação infantil. Campinas: Papirus, 2000. ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: ArtMed, 2011. Disciplina: Orientação e Prática de Gestão da Educação em Ambientes Escolares e Não Escolares Carga horária: 60 horas Ementa: Disciplina de caráter teórico-prático que abordará aspectos inerentes a inserção e investigação da realidade da educação em espaços educativos escolares e não-escolares, contemplando a gestão da educação escolar, da educação do campo e da educação corporativa, bem como outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. Investigação e reflexão crítica acerca da prática pedagógica, planejamento, execução e avaliação de atividades educativas. Planejamento, Organização e gestão escolar e em outros espaços educativos; a estrutura da escola e a educação; a estrutura da escola e gestão colegiada; princípios e práticas da Pedagogia em espaço educativos não-escolares. Política e práticas de articulação escola- comunidade e movimentos sociais. 130 Bibliografia básica COLOMBO, Sonia Simões (col.). Gestão educacional: uma nova visão. Porto Alegre: ArtMed, 2011. FORTUNATI, José. Gestão da educação pública: caminhos e desafios. Porto Alegre: ArtMed, 2011. PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, democracia e qualidade de ensino. São Paulo: Ática, 2013. Bibliografia complementar COLOMBO, Sonia Simões; CARDIM, Paulo A. Gomes. Nos bastidores da educação brasileira: a gestão vista por dentro. Porto Alegre: ArtMed, 2011. FONSECA, M. Projeto político pedagógico e o Plano de Desenvolvimento da Escola: duas concepções antagônicas de gestão escolar. Cad. CEDES, Campinas, 2003. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v23n61/a04v2361 . KNAPIK, Janete. Gestão de Pessoas e Talentos. Curitiba: Ibpex, 2011. NOGUERA-RAMÍREZ, Carlos Ernesto. Pedagogia e governamentalidade ou Da Modernidade como uma sociedade educativa. São Paulo: Autêntica, 2012. PITÁGORAS. A gestão da escola. V.4. Porto Alegre: ArtMed, 2003. Disciplina: Orientação e Práticas de Projetos de Ensino Fundamental Carga horária: 60 horas Ementa: A disciplina pretende situar o aluno frente às dimensões macro e micro do sistema educacional evidenciando as relações existentes na sala de aula, com seus cenários e profissionais dentro de uma estrutura legal, institucional e pedagógica. O curso fornecerá oportunidade para a comparação e compreensão entre a prática e a teoria, no que diz respeito a cotidiano das escolas de Ensino Fundamental. Ao realizar estágio o aluno de pedagogia poderá refletir sobre os conhecimentos teóricos adquiridos e através da observação, registro e pesquisa tornar- se um futuro professor reflexivo. Os conteúdos propostos permitem o conhecimento da Pedagogia de Projetos bem como o exercício para a elaboração de projetos com foco nas disciplinas de História, Geografia. O embasamento teórico escolhido contribuirá para reflexões sobre o papel do professor e a necessidade de uma atuação consciente e reflexiva frente às diversidades presentes no contexto escolar e na sala de aula. 131 Bibliografia básica BUCK INSTITUTE FOR EDUCATION. Aprendizagem baseada em projetos: guia para professores de ensino fundamental e médio. Porto Alegre: Penso, 2008. CHRISTENSEN, Clayton M.; HORN, Michael B.; JOHNSON, Curtis W. Inovação na sala de aula: como a inovação disruptiva muda aforma de aprender. Porto Alegre: Bookman, 2012. MEDEL, Cássia Ravena Mulin de A. Ensino fundamental 1: práticas pedagógicas. Petrópolis: Vozes, 2013. Bibliografia complementar COUTO, A. C. R. Ensino Fundamental: caminhos para uma formação integral. Curitiba: IBPEX, 2010. KARNAL, L. (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2012. NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; MUNFORD, Danusa; COUTINHO, Francisco Ângelo e SOUTO, Kely Cristina Nogueira. Infância e Escolarização: a inserção das crianças no ensino fundamental. Educ. Real. [online]. 2017, vol.42, n.1, pp.345-369. ISSN 0100-3143. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/edreal/v42n1/2175-6236-edreal-42-01- 00345.pdf >. OLIVEIRA, Katya Luciane de; SANTOS, Acácia Aparecida Angeli dos e SCACCHETTI, Fabio Alexandre Pereira. Medida de estilos de aprendizagem para o ensino fundamental. Psicol. Esc. Educ. [online]. 2016, vol.20, n.1 [citado 2017-06-01], pp.127-136. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 85572016000100127&lng=pt&nrm=iso >. WILLINGHAM, Daniel T. Por que os alunos não gostam da escola? Respostas da ciência cognitiva para tornar a sala de aula mais atrativa e efetiva. Porto Alegre: Penso, 2011. Disciplina: Orientação em Supervisão Escolar e Orientação Educacional Carga horária: 60 horas Ementa: Compreensão, a partir do estudo da Unidade Escolar, da ação integradora e formadora do trabalho do Pedagogo mediando ações em relação à Família, Trabalho, Saúde, Lazer do discente e o desenvolvimento das potencialidades humanas. A importância do Pedagogo para alunos e professores no processo de ensino- aprendizagem. O desempenho da ação supervisora e orientação 132 educacional nos variados contextos e instâncias de atuação rumo à promoção de um ensino de qualidade. Bibliografia básica LEVENFUS, Rosane Schotgues; LEVENFUS, Rosane Schotgues; SOARES, Dulce Helena Penna. Orientação vocacional ocupacional. Porto Alegre: ArtMed, 2011. RANGEL, Mary (org.). Supervisão pedagógica: Princípios e práticas. Campinas: Papirus, 2001. SOUZA, Beatriz de Paula. Orientação à queixa escolar. SP: Casa do Psicólogo, 2003. Bibliografia complementar FAZENDA, I. (Org.). A pesquisa em Educação e as transformações do conhecimento. Campinas: Papirus, 2004. SILVA JUNIOR, Celestino A. da, RANGEL, Mary (Orgs.). Nove olhares sobre a Supervisão. Campinas SP: Papirus, 2011. URBANETZ, Sandra T., SILVA, Simone Z. Orientação e Supervisão Escolar: Caminhos e Perspectivas. Curitiba: IBPEX, 2009. VEIGA, Ilma T. A., FONSECA, Marília (Orgs.). As dimensões do Projeto Político Pedagógico: Novos desafios para a escola. Campinas SP: Papirus, 2011. VEIGA, Ilma T. A., SILVA, Edileuza F. da. (Orgs.). A escola mudou. Que mude a formação de Professores. Campinas SP: Papirus, 2011. _____________________________________________________________ Disciplina: Pedagogia Interdisciplinar Carga horária: 40 horas Ementa: Esta disciplina visa a levar o aluno a estabelecer um diálogo entre os conhecimentos adquiridos em sua área e aqueles advindos de outros campos do saber. Pretende possibilitar o estabelecimento de um diálogo interdisciplinar, verificando áreas de intersecção, de complementação e de transferência de conhecimento. Pretende ainda preparar o educador para articular conhecimentos das diferentes disciplinas em projetos interdisciplinares na Educação Básica. Bibliografia básica 133 ACOSTA, Ana Jamila. Projetos Interdisciplinares. Curitiba: InterSaberes, 2012. ANDRÉ, Marli (Org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. Campinas: Papirus, 2012. BRODBECK, Jane T. Estratégias de Leitura em Língua Portuguesa. Curitiba: InterSaberes, 2012. Bibliografia complementar BARBOSA, Laura M. S. Temas Transversais: Como utilizá-los na prática educativa? Curitiba: IBPEX, 2007. FAZENDA, I. (Org.). A pesquisa em Educação e as transformações do conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 2010. MEYER, Cybele. Inteligências nas Práticas Educativas. Curitiba: IBPEX, 2011. PAULA, Claudia R. de. Educar para a Diversidade: Entrelaçando redes, saberes e identidades. Curitiba: IBPEX, 2010. RAMA, Angela. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2005. Disciplina: Pedagogia Integrada Carga horária: 40 horas Ementa: Estudo da Pedagogia voltada à formação do professor, do gestor e do intelectual, este último entendido como pesquisador e produtor de conhecimento. O trabalho docente na articulação com o contexto mais amplo, com os processos pedagógicos e com os espaços educativos em que se desenvolvem. Novas posturas no trabalho do pedagogo. Legislação Brasileira relacionada à Pedagogia: Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96)-LDB e Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Escola: lugar de formação dos alunos e de continuidade da formação dos professores. Bibliografia básica ANTUNES, Celso. Antiguidades modernas: crônicas do cotidiano escolar. Porto Alegre: ArtMed, 2003. BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Resolução CNE/CP nº 1/2006. Brasília: CNE, 2006. CANÁRIO, Rui. A escola tem futuro?. Porto Alegre: ArtMed, 2011. Bibliografia complementar 134 FANTE, Cleo; PEDRA, José Augusto. Bullying escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre: ArtMed, 2011. FARIA, Vivian Maerker. Série integração escola de negócios: manual de carreira. São Paulo: Saraiva, 2009. MACEDO, Lino de. Ensaios pedagógicos: como construir uma escola para todos? Porto Alegre: ArtMed, 2011. PITÁGORAS. O empreendedorismo na escola, v.5. Porto Alegre: ArtMed, 2005. WILLINGHAM, Daniel T. Por que os alunos não gostam da escola?: respostas da ciência cognitiva para tornar a sala de aula mais atrativa e efetiva. Porto Alegre: Penso, 2011. Sugestões de filmes A MISSÃO. Dir. Rolland Joffé. 1986. 125 min. EDUCAÇÃO pela Pesquisa: Educar pela Pesquisa. 2005. 97 min. SOCIEDADE dos Poetas Mortos. Dir. Peter Weir. 1989. 128 min. Disciplina: Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem Carga horária: 60 horas Ementa: Estudo das teorias do desenvolvimento psicológico e suas implicações no processo ensino aprendizagem do aluno. Bibliografia básica BARONE, Leda Maria C. Barone; MARTINS, Lilian C. B.; CASTANHO, Marisa Irene Siqueira. Psicopedagogia: teorias de aprendizagem. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. PILETTI, Nelson. Psicologia da Aprendizagem. Da teoria do condicionamento ao construtivismo. São Paulo: Contexto, 2012. SOUZA, Solange J. Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. Campinas, SP: Papirus, 2003. Bibliografia complementar CASTORINA, José A.; BAQUERO, Ricardo J. Dialética e psicologia do desenvolvimento. Porto Alegre: ArtMed, 2011. COLL, César; MARTIN, Elena; MAURI, Teresa; MIRAS, Mariana; ONRUBIA, Javier; SOLÉ, Isabel; ZABALA, Antoni. O Construtivismo na sala de aula. SP: Ática, 2006. 135 FERREIRA, Maria Clotilde Rossetti. Rede de significações e o estudo do desenvolvimento humano. Porto Alegre: ArtMed, 2011 PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: ArtMed, 2010. RACY, P. M. P. B. Psicologia da Educação: origem, princípios e desdobramentos. Curitiba: IBPEX, 2010. Disciplina: Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital Carga horária: 60 horas Ementa: Principais fenômenos e processos do desenvolvimento humano do período pré-natal à velhice, concebidos de forma integrada (físico/motor, cognitivo, psicossocial) e dos processos de perdas, separações, morte e luto, em diferentes contextos sócio-históricos e culturais.Bibliografia básica CÓRIA-SABINI, M. A. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Ática, 2007. FERREIRA, Maria Clotilde Rossetti. Rede de significações e o estudo do desenvolvimento humano. Porto Alegre: ArtMed, 2011. PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento humano. 10. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2010. Bibliografia complementar BARROS, C. S. G. Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. 12.ed. São Paulo: Ática, 2008. CASTORINA, José A.; BAQUERO, Ricardo J. Dialética e psicologia do desenvolvimento. Porto Alegre: ArtMed, 2011. CERVENY, Ceneide M. de O., BERTHOUD, Cristiane M. E. Visitando a família ao longo do ciclo vital. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010. DESSEN, Maria A.; COSTA, Áderson L. Jr. A ciência do desenvolvimento humano. Porto Alegre: ArtMed, 2005. KOLLER, Silvia Helena. Ecologia do desenvolvimento humano: pesquisa e intervenção no Brasil. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. Disciplina: Psicologia Construtivista 136 Carga horária: 40 horas Ementa: Estudo da teoria do desenvolvimento psicológico de Jean Piaget (1896-1980). Desdobramentos dessa teoria em relação às dimensões sócio-afetivas e psicossociais ao longo da infância e adolescência. Bibliografia básica ABREU, Cristiano N a b u c o de; ROSO, M i r é i a . Psicoterapias cognitiva e construtivista: novas fronteiras da prática clínica. Porto Alegre: ArtMed, 2003. AZENHA, Maria da Graça. Construtivismo: de Piaget a Emilia Ferreiro. São Paulo: Ática, 2000. COLL, César (Org.). O Construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 2006. Bibliografia complementar CASTORINA, José Antonio; FERREIRO, Emilia; LERNER Delia; OLIVEIRA, Marta Kohl de. Piaget-Vygotsky. São Paulo: Ática, 2001. HOUDÉ, Olivier. Dez lições de Psicologia e Pedagogia: uma contestação das ideias de Piaget. São Paulo: Ática, 2009. OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky - aprendizado e desenvolvimento. São Paulo: Scipione, 2010. PILETTI, Nelson. Psicologia da aprendizagem: da teoria do conhecimento ao construtivismo. São Paulo: Contexto, 2012. SOUZA, Solange Jobim de. Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. Campinas, SP: Papirus, 2003. Disciplina: Psicologia Sócio-Interacionista Carga horária: 40 horas Ementa: Estudo da teoria do desenvolvimento psicológico de Lev S. Vygotsky (1896-1934) e sua abordagem social do desenvolvimento e da aprendizagem. Estudo da teoria do desenvolvimento psicológico de Henri Wallon (1879-1962) e sua concepção dialética do desenvolvimento infantil. Bibliografia básica 137 CASTORINA, José Antonio. Dialética e Psicologia do Desenvolvimento: o pensamento de Piaget e Vygotsky. Porto Alegre: ArtMed, 2011. LEITE, Sérgio Antônio da Silva (Org.). Afetividade e práticas pedagógicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento. São Paulo: Scipione, 2007. Bibliografia complementar FERREIRA, Maria Clotilde Rossetti. Rede de significações e o estudo do desenvolvimento humano. Porto Alegre: ArtMed, 2011. GERRIG, Richard J.; ZIMBARDO, Philip G. A psicologia e a vida. 16. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2005. HÜBNER, Maria Martha Costa; MOREIRA, Márcio Borges. Fundamentos de psicologia: temas clássicos de psicologia sob a ótica da análise do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. SILVA, Rosane Gumiero Dias da. A importância da teoria sócio- interacionista na formação de professores do ensino médio. Psicol. estud., Maringá , v. 5, n. 1, p. 139-143, mar. 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 73722000000100009&lng=pt&nrm=iso>. SOUZA, Solange Jobim. Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. Campinas: Papirus, 2003. ___________________________________________________________ Disciplina: Política e Organização da Educação Básica Carga horária: 40 horas Ementa: A disciplina abordará o estudo da política educacional no Brasil e as tendências contemporâneas: trajetória histórica e redefinições do papel do estado. Concepções de estado e sociedade; as relações entre as políticas sociais e a política educacional. Estratégias da política educacional no brasil e o desempenho educacional: os determinantes de acesso e permanência. O financiamento do ensino: autonomia da escola, fontes de recursos e a vinculação dos recursos financeiros para a educação. A cultura da avaliação (saeb, enade, saresp, enem) e a descentralização; o ajuste do currículo da educação básica. Legislação brasileira: princípios e fins da educação. Sistema de ensino e organização curricular. Bibliografia básica 138 BRUEL, Ana Lorena de Oliveira. Políticas e legislação da educação básica no Brasil. Curitiba: IBPEX, 2010. PILETTI, Nelson; ROSSATO, Geovanio. Educação básica. São Paulo: Ática, 2010. SOARES, Kátia Cristina Dambiski. Sistemas de ensino: legislação e política educacional para a educação básica. Curitiba: InterSaberes, 2017. Bibliografia complementar BRASIL. MEC/SEB – Ensino Fundamental de nove anos: passo a passo do processo de implantação. Brasília: 2009. Disponível em http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passo_a_passo_versao_atual_16_ setembro.pdf . CERVI, Rejane de M. Padrão estrutural do sistema de ensino no Brasil. Curitiba: IBPEX, 2005. GONÇALVES, Nadia G. Constituição histórica da educação no Brasil. Curitiba: IBPEX, 2011. VASCONCELOS, Maria Lúcia. Educação Básica: A formação do professor, relação professor-aluno, planejamento, mídia e educação. São Paulo: Contexto, 2012. VICTOR, Rodrigo Albuquerque de. Judicialização de políticas públicas para a educação infantil. São Paulo: Saraiva, 2010. (IDP). ___________________________________________________________ Disciplina: Relações Étnico-Raciais no Brasil Carga horária: 60 horas Ementa: A partir da aprovação da Lei 10.639/2003, torna-se necessário a formação para uma prática profissional e pedagógica sob a perspectiva das relações étnico-raciais no Brasil, abordando os seguintes elementos: a legislação a respeito das relações étnico-raciais no Brasil; cultura e história das populações indígenas no Brasil; a questão da terra indígena: problema social ou ambiental? Cultura e história das populações afrodescendentes no Brasil; racismo e relações raciais no Brasil (o mito da democracia racial); imagens, representações e estereótipos de negros e índios no Brasil; identidade, diferença, interação e diversidade nas relações étnico-raciais; escola e currículo para a promoção da igualdade racial. Bibliografia básica 139 DAMATTA, R. Relativizando: uma introdução à Antropologia Social. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. GUIMARÃES, A. S. A. Racismo e antirracismo no Brasil. São Paulo: Editora 34, 2005. MUNANGA, K.; GOMES, N. L. O negro no Brasil de hoje. São Paulo: Global, 2010. Bibliografia complementar BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm> . CARLI, R. Antropologia filosófica. Curitiba: IBPEX, 2009. CORRÊA, R. L. T. Cultura e diversidade. Curitiba: IBPEX, 2008. MATTOS, R. A. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2007. MELO, A. Fundamentos socioculturais da Educação. Curitiba: IBPEX, 2011. Disciplina: Relatório do Projeto de Pesquisa: Apresentação Carga horária: 60 horas Ementa: Capacitar o aluno a utilizar os instrumentos necessários à busca de informação; apresentar os instrumentos para coleta de dados e propiciar as bases necessárias para a compreensão dos fundamentos da metodologia científica, possibilitando-o na conclusão do trabalho monográfico. Compreenderas diferentes concepções metodológicas de pesquisa e atender às normas de produção acadêmica (ABNT) na elaboração de trabalhos científicos, como monografia, artigo ou elaboração de material didático. Ampliar visão de pesquisa, com discussão de temas diversos que possam contribuir na formação profissional do aluno e na elaboração final do Trabalho de Curso. Resgate dos aspectos teóricos inerentes à formação do pedagogo por meio da análise de provas do Exame Nacional de Desempenho do Estudante. A tecnologia da informação e comunicação na educação e a formação do pedagogo. Bibliografia básica CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. São Paulo: Pearson, 2009. MINAYO, M. C. S; DESLANDES, S. F.; GOMES, R. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 17. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. 140 SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2009. Bibliografia complementar ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas Ciências Naturais e Sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira/Cengage, 2001. AMADO, P. A. L. B.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2006. ANDRADE, M. M.; MARTINS, J. A. A. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. São Paulo: Atlas, 2010. DEMO, P. Metodologia da investigação em Educação. Curitiba: IBPEX, 2005. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2010. Disciplina: Sociologia e Educação Carga horária: 60 horas Ementa: Reflexão sobre o pensamento sociológico clássico e contemporâneo, sua contribuição para o campo da sociologia da educação, bem como para a análise da sociedade atual. Estudo dos conceitos básicos e dos mais relevantes autores da sociologia em atividade. Análise acerca das transformações sociais e suas repercussões no projeto social de educação. Bibliografia básica APPLE, Michael W. Sociologia da Educação: Análise Internacional. São Paulo: Penso, 2013. MARQUES, Silvia. Sociologia da Educação. São Paulo: LTC, 2012. SOUZA, Renato Antonio D. Sociologia da Educação. São Paulo Cengage Learning Editores, 2015. Bibliografia complementar BRIDI, M. A. Ensinar e aprender Sociologia. São Paulo: Contexto, 2009. FERREIRA, D. Manual de Sociologia. São Paulo: Atlas, 2003. MELO, A. Fundamentos socioculturais da Educação. Curitiba: IBPEX, 2011. 141 NERY, Maria Clara Ramos. Sociologia da educação. Curitiba: InterSaberes, 2013. SOUZA, João Valdir Alves de. Introdução à sociologia da educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. Disciplina: Tecnologia da Informação e Comunicação em Educação Carga horária: 60 horas Ementa: Análises teóricas e práticas que permitam ao aluno elaborar e avaliar estratégias para educação atual na sociedade tecnológica e informatizada. Oferecimento de subsídios ao aluno para uma prática pedagógica consciente, que integre aspectos tecnológicos aos socioculturais de sua comunidade escolar. Vivências e explorações dos recursos da linguagem informatizada em situações de ensino e de aprendizagem. Levantar junto aos parâmetros curriculares nacionais do ensino fundamental o envolvimento da tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico. Bibliografia básica BRITO, G. S.; PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias: um re- pensar. Curitiba: IBPEX, 2012. MORAN, J. M. A Educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2009. NAPOLITANO, M. Como usar a televisão na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. Bibliografia complementar BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Introdução 5/8: tecnologias da comunicação e informação. Brasília: MEC, 1998. KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2015. MUNHOZ, A. S. O estudo em ambiente virtual de aprendizagem: um guia prático. Curitiba: InterSaberes, 2013. PALLOFF, R. M.; PRATT, K. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2007. SANCHO, J. M.; HERNÁNDEZ, Fernando. Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed, 2008. __________________________________________________________ 142 Disciplina: Tópicos de Atuação Profissional Carga horária: 40 horas Ementa: O curso de Pedagogia: currículo e perfil profissional Tópicos favorecedores da formação profissional: a integração acadêmica na universidade, a representação estudantil, a organização da vida de estudos, o autoconhecimento e o conhecimento científico, em suas relações com o contexto social - econômico - político. As possibilidades de atuação do Pedagogo nas diferentes áreas: empresas; terceiro setor; hospitais. A formação do pedagogo para além da sala de aula: tabelas, gráficos e diagramas. Bibliografia básica ALVES, N. Formação de professores: pensar e fazer. São Paulo: Cortez, 2011. EBOLI, M. Educação corporativa no Brasil: mitos e verdades. São Paulo: Gente, 2004. FIDALGO, F.; OLIVEIRA, M. A. M.; FIDALGO, N. L. R. (Org.). A intensificação do trabalho docente: tecnologias e produtividade. Campinas, SP: Papirus, 2009. Bibliografia complementar ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2005. DELORS, J. A educação para o século XXI: questões e perspectivas. Porto Alegre: Artmed, 2005. LIBANEO, J. C. Pedagogia e pedagogo, para que. São Paulo: Cortez, 2002. RIBEIRO, A. E. A. Pedagogia empresarial: atuação do pedagogo na empresa. Rio de Janeiro: Wak, 2003 SILVA, C. S. B. Curso de Pedagogia no Brasil: história e identidade. Campinas: Autores Associados, 1999. 7.13 Atividades complementares Atividades complementares são atividades extracurriculares que possibilitam ao aluno adquirir conhecimentos de interesse para sua formação pessoal e profissional, constituindo um meio de ampliação de seu currículo com experiências e vivências acadêmicas internas e externas ao curso, conforme regulamento definido pela universidade (Apêndice II). 143 As atividades complementares têm a finalidade de enriquecer o processo ensino-aprendizagem, privilegiando a complementação da formação profissional do pedagogo. A abrangência do escopo dessas atividades inclui as modalidades de disseminação de conhecimentos, de assistência acadêmica, de iniciação científica e tecnológica e as desenvolvidas no âmbito de programas de difusão cultural. Essas atividades incorporam o núcleo de estudos integradores e são definidas e normatizadas pelo Colegiado do Curso de Pedagogia por meio de planejamento junto à Coordenação de Extensão e de Pesquisa. Além disso, são também uma ação de colaboração com outros cursos, núcleos e outras instâncias da universidade, de modo a garantir o oferecimento de atividades no campo da Educação e afins que atendam aos objetivos deste projeto pedagógico. A realização de atividades complementares propicia ao profissional a oportunidade de desenvolver a capacidade crítica e reflexiva a fim de que possa propor soluções para as questões surgidas no mundo do trabalho e numa sociedade em processo constante de mudanças. Assim, a UNIP estabelece as normas específicas de regulamentação das referidas atividades. Em aproveitamento da estrutura e do suporte técnico e operacional da Coordenação de Extensão, a coordenação do curso deverá oferecer atividades complementares em áreas específicas de interesse dos alunos por meio da iniciação científica e da extensão durante os semestres do curso de Pedagogia. Na modalidade EaD, a coordenação do curso conta com o apoio do coordenador de polo na implementação das atividades propostas, respeitando a identidadee o contexto de cada região. A partir disso, as atividades complementares serão, dentre outras: estudos, práticas ou atividades de natureza científica, cultural, social, técnica ou profissional executadas pelo estudante por meio de participação em minicursos; cursos de extensão curricular; planejamento e organização de oficinas; palestras; mesas redondas; cursos livres; atividades comunitárias; seminários; encontros; publicação e/ou apresentação de trabalho científico; colaboração em atividades de pesquisa; participação em comissão organizadora de eventos voltados para a área educacional; participação em congressos; eventos; e jornadas educacionais, desde que atendam aos objetivos do curso. Serão consideradas também visitas extracurriculares a instituições ligadas ao campo educativo aprovadas pela coordenação do curso de Pedagogia e seus pares. Essas visitas visam ao enriquecimento e à atualização do processo de formação do pedagogo. 144 7.14 Estudos Disciplinares (ED) Os Estudos Disciplinares (ED) complementam a formação por meio de teleaulas com conteúdos atuais e essenciais para a formação do pedagogo e de exercícios. Os exercícios visam o aprofundamento dos conteúdos apresentados nessas teleaulas. Seu escopo é estimular o aluno a adquirir maior conhecimento em sua área de atuação. 7.15 Estágio Supervisionado De acordo com a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, o estágio é o ato educativo escolar supervisionado desenvolvido no ambiente de trabalho e visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de Educação Superior, Educação profissional, Ensino Médio, Educação Especial ou que estejam nos anos finais do Ensino Fundamental ou na modalidade profissional da Educação de Jovens e Adultos. Os Estágios Supervisionados incluem atividades de prática pré- profissional exercidas em situações reais de trabalho, na forma da lei, tendo como finalidades básicas proporcionar a formação escolar e permitir ao estudante ter acesso ao seu futuro campo de atuação profissional a partir de um contato direto com questões práticas e teóricas durante um determinado número de horas. O Estágio Supervisionado em Pedagogia é uma atividade que o estudante atende de forma obrigatória para obtenção do grau acadêmico, podendo realizar, como atividade opcional, o estágio não obrigatório, que poderá ser incluído no volume de horas obrigatórias. O estágio regular e obrigatório trata-se, portanto, de um procedimento didático-pedagógico que colabora no processo educativo-formativo dos alunos e consta ou é parte relevante deste projeto pedagógico de curso. O programa de Estágio Supervisionado tem como finalidade proporcionar a formação escolar e permitir ao estudante o acesso a seu futuro campo de atuação profissional, tendo em vista os conhecimentos, habilidades e atitudes características do curso de graduação em Pedagogia. De acordo com Pimenta e Lima (2006), o estágio tem como metas refletir, sistematizar e testar conhecimentos teóricos e instrumentos discutidos em sala de aula ao levantar problemas e propor soluções para a instituição, inserindo a responsabilidade social e o conjunto de valores e éticas que envolvem a cidadania. Será dada relevância que abordam temáticas de projetos no que se refere ao movimento constante de teoria-ação-teoria. 145 O Manual de Estágio presente na relação de anexos deste PPC (Apêndice II) visa orientar o aluno sobre os itens pertinentes à vivência prática junto ao mercado de trabalho e traz outras informações para professores e alunos. No curso de Pedagogia, o estágio se caracteriza como o conjunto das atividades de aprendizagem profissional e de complementação de ensino sob a forma de projetos instituídas segundo a especificidade do curso, devidamente orientadas, acompanhadas e supervisionadas pelos professores orientadores de estágio, como forma de desenvolver, associar e documentar a aplicação e a construção de teorias e instrumentais de conhecimentos, as habilidades, a ética, os valores para saber fazer e as atitudes que repercutem no posicionamento pessoal diante das exigências social e profissional. A estruturação do Estágio Supervisionado conta ainda com a colaboração permanente do setor responsável pela coordenação de estágios, um espaço que coordena os estágios obrigatórios e não obrigatórios e no qual o aluno tem acesso às vagas disponíveis, publicadas em quadro de avisos e outros meios eletrônicos. O setor de estágios é também um espaço que está em reorganização em face da nova legislação de estágios (Lei n° 11.788, de 25 de setembro 2008). Quando é o caso, o coordenador de estágio analisa e assina os termos de compromisso e os acordos de estágio firmados entre as entidades, como escolas, ONGs e empresas, e o aluno. O estágio pode ser subdividido em dois momentos: 1 – Estágio não obrigatório: serão os realizados do 1º ao 6º períodos. Eles são opcionais aos alunos, servem como capacitação profissional para os licenciandos em Pedagogia e devem seguir a regras estipuladas pela Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, e pelos setores ou departamentos de estágio da UNIP. 2 – Estágio curricular obrigatório: faz parte do processo de formação profissional para os cursos de licenciatura em Pedagogia em todas as instituições de Ensino Superior no Brasil. Para o aluno graduar-se, deve realizá-lo a partir do 3º período, com o cumprimento da carga horária de 300 horas e obediência a regras e condutas estipuladas no Manual de Estágio Supervisionado em Pedagogia, ao final deste documento (Apêndice II), acrescidas às orientações ministradas nas disciplinas de Práticas e Projetos. O Relatório de Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia apresentado à UNIP é um requisito obrigatório e deve contemplar o número de 300 horas, distribuídas em diferentes áreas, conforme consta do Regulamento de Estágio (Apêndice II). 146 As limitações da jornada de atividades dos estágios serão definidas de comum acordo entre a Instituição de Ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal. Essa limitação deve constar no termo de compromisso e ser compatível com as atividades escolares, previstas na matriz curricular, e nas condições propostas pelos objetivos específicos do ementário da Instituição. A jornada atenderá especificamente às limitações impostas no artigo 10 da Lei de estágio, e a fiscalização constante é proposta à instituição UNIP. A normatização do estágio curricular obrigatório encontra-se no Regulamento dos Estágios Supervisionados (Apêndice II). O estágio curricular é avaliado por meio da atribuição de notas de zero a dez, da comprovação das horas-atividade exigidas e da entrega dos relatórios parciais e final. Caso o aluno não cumpra essas condições, ele ficará reprovado no estágio e deverá se matricular em regime de dependência. 7.16 Prática pedagógica do curso de Pedagogia Na sociedade contemporânea, as rápidas transformações no mundo do trabalho, o avanço tecnológico configurando a sociedade virtual e os meios de informação e comunicação incidem com bastante força na escola, aumentando os desafios para torná-la uma conquista democrática (PIMENTA; LIMA, 2004). Diante das transformações sociais, do desenvolvimento tecnológico e da evolução do modo de pensar menos autoritário e menos regrado, o processo de desenvolvimento da escola entra na pauta como um dos mais importantes aspectos a serem discutidos, pois é na escola que são promovidas as mais importantes formulações teóricas sobre o desenvolvimento cultural e social de todas as nações. De uma maneira geral, os agentes educacionais e a escola estãovivenciando um processo de mudança que tem se refletido principalmente nas ações de seus alunos e no contexto escolar, dando origem a pontos de dificuldade e de insegurança entre professores e agentes escolares e comprometendo o processo de ensino-aprendizagem. Em sintonia com esse novo cenário, o curso de Pedagogia da UNIP tem apoiado e incentivado a pesquisa educacional por meio de ações conjuntas da Coordenação de Curso e do corpo docente. A prática pedagógica no curso de Pedagogia trata da compreensão do planejamento como processo de reflexão e sistematização da prática docente. Além disso, refere-se à construção de modalidades de organização didático-pedagógica do conhecimento nos contextos de ensino e tem por objetivos criar situações que favoreçam o aluno a: 147 • compreender o planejamento como sistematizador das situações de ensino que concretizam as intenções explicitadas no projeto pedagógico e no currículo; • reconhecer a necessidade de formalização das decisões do planejamento no plano didático; • planejar situações de ensino para diferentes contextos, níveis e modalidades. As ementas são elaboradas metodologicamente de modo a privilegiar o conjunto de técnicas, a organização de linguagens e os espaços, tempos e fazeres da prática pedagógica, com vistas à aprendizagem significativa dos licenciandos em Pedagogia. O planejamento e a organização dos conteúdos didáticos constantes na matriz curricular do curso de Licenciatura em Pedagogia da UNIP abordam as diferentes formas de expressão das concepções de ensino, de aprendizagem, de ambiente e de conhecimento. Múltiplos modos de organização e de formalização das decisões assumidas no processo de planejamento (planos, projetos, unidades de ensino) relacionado com ambientes educativos diferentes (escolares, não escolares, EaD, EJA) são considerados no curso de Pedagogia como instrumentos de avaliação da prática pedagógica, com o propósito de aprimorar e desenvolver as relações entre o ensinar e o aprender. Dentre as atividades voltadas para a prática pedagógica, serão desenvolvidas atividades que buscam atender às especificidades das diferentes comunidades, de forma integrada e interdisciplinar e sem perder de vista o atendimento aos eixos estruturantes do curso. As atividades citadas visam desenvolver a capacitação de auxiliares de desenvolvimento infantil (ADI) e formar brinquedotecas em escolas, clubes, hospitais, associações de bairro etc. Além dessas atividades, incluem-se também ações de voluntariado, principalmente as que atendem educadores de escolas públicas e particulares dos envolvidos. Na EaD, essas atividades são realizadas por meio de oficinas ministradas por professores, participação dos alunos nos diferentes polos, intervenções nas teleaulas e sessões de chats. 7.17 Projeto: “Construção de Brinquedos e Organização de Brinquedotecas nos Polos” 148 Orientar a construção de brinquedotecas nos diversos polos da Unip Interativa e indicar o desenvolvimento de projetos que envolvam esse “ambiente do brincar” é uma opção institucional que visa atender: 1) A demanda nacional dos nossos alunos nas perspectivas de suas aprendizagens. O curso de Pedagogia da Universidade Paulista – UNIP pretende formar profissionais da educação que entendam e respeitem a infância concebida enquanto período de vida identificado com “o brincar”. Assim, organiza a orientação de construções de brinquedos a partir de materiais recicláveis e suas diferentes utilizações em forma de projetos; 2) O envolvimento das diversas comunidades nas quais os polos de apoio estão inseridos nas atividades da universidade. Entende-se que a participação da comunidade neste projeto é mais uma forma de colaboração mútua entre alunos e população do entorno dos polos. Essa contribui com materiais, sugestões e construções de brinquedos, mas também vivencia o desenvolvimento de projetos com suas crianças elaborados pelos nossos alunos; 3) O destaque para a regionalidade cultural. Cada grupo pode oferecer diferentes modos ou materiais para a construção de um mesmo brinquedo ou até sugestões de brinquedos diferentes que envolvam características culturais de cada local; 4) A escolha de materiais recicláveis também indica a preocupação da universidade com a sustentabilidade do planeta e com as reflexões que nossos alunos, futuros educadores, possam realizar a partir de suas práticas acadêmicas. Várias disciplinas do curso dão suporte teórico para o desenvolvimento das atividades práticas realizadas pelas propostas deste projeto. Ainda, as participações dos alunos nas construções dos brinquedos e nos desenvolvimentos de projetos nas brinquedotecas, podem ser revertidas em horas de estágio e atividades complementares. O projeto e seu desenvolvimento encontram-se descrito no Apêndice II deste PPC. 7.18 Projetos e práticas de ação pedagógica Sabemos que a relação entre teoria e prática apresenta-se como um problema ainda não resolvido em nossa tradição filosófica, epistemológica e pedagógica. Sabemos também que, vista na ótica da marca positivista, a teoria traz como representação a ideia de que pode ser comprovada na prática, condicionando uma visão de que a teoria antecede à prática. Esta, 149 por sua vez, aplica soluções trazidas pela teoria (FERNANDES; FERNANDES, 2008). Com base nesses princípios e de acordo com o que estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, as Diretrizes Curriculares Nacionais da Formação Docente postas no Parecer CNE/CP nº 9/2001, no Parecer CNE/CP nº 28/2001, no Parecer CNE/CP nº 2/2002 e na Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002, que trata das 400 horas de Prática como Componente Curricular para a formação docente; e considerando as Normas Gerais de Graduação da UNIP, o Projeto Político Pedagógico do Curso de Pedagogia e as discussões realizadas pelo Núcleo Docente Estruturante, defendemos a tese de que a prática é o próprio modo como as ações vão sendo feitas e cujo conteúdo é perpassado por uma teoria. Assim, a realidade é um movimento constituído pela prática e pela teoria como faces de um dever mais amplo, consistindo a prática no momento pelo qual se busca fazer algo, produzir alguma coisa e que a teoria procura conceituar, significar e, com isso, administrar o campo e o sentido dessa atuação (PIMENTA, 2003). Nesses termos, a prática no curso de Pedagogia tem o tratamento de um componente curricular que carrega certo vínculo com o Estágio Supervisionado, embora não se restrinja a ele, pois, assim como Pimenta e Lima (2006), entendemos que o estágio sempre foi identificado como a parte prática dos cursos de formação de profissionais em geral, em contraposição à teoria. Assim, partilhamos o mesmo ponto de vista das autoras, que apontam que o estágio não é a prática, mas sim a representação da prática. Estabelecemos o vínculo dos projetos e prática de ação pedagógica ao Estágio Supervisionado porque compreendemos que, durante os momentos em que o aluno estiver observando a prática pedagógica como instrumento de aprendizagem, poderá também analisar a realidade educacional dos diferentes contextos e propor projetos de intervenção da realidade observada. É notório que o exercício de qualquer profissão é prático no sentido de que é o aprender a fazer “algo” ou realizar uma “ação”. A profissão de professor também é prática e, como tal, o modo de aprender a profissão se dará conforme a perspectiva da imitação. A partir da observação, imitação, reprodução e, às vezes, da reelaboração dos modelos existentes na prática, consagrados como bons, esse aprendizado será realizado (PIMENTA; LIMA, 2006).Diante disso, entendemos que o estágio por si só não contempla a formação do pedagogo no contexto das exigências deste novo século. Por outro lado, Projetos e Ação Pedagógica subsidiam essa formação à medida 150 em que propiciam aos graduandos momentos de elaboração, ação e reflexão. Muitas vezes, os alunos aprendem com os professores, observando-os e imitando-os, mas também elaboram seu próprio modo de ser a partir da análise crítica do modo de ser do docente. Nesse processo, escolhem, separam aquilo que consideram adequado, acrescentam novos modos e se adaptam aos contextos nos quais se encontram. Para isso, lançam mão de suas experiências e dos saberes que adquiriram. Portanto, no curso de Pedagogia da UNIP, os projetos e práticas de ação pedagógica estão atrelados às disciplinas que carregaram vínculo à especificidade de cada projeto. Eles estão inseridos desde o terceiro período do curso, com o propósito de colaborar para a formação da identidade do professor pesquisador, reflexivo e atuante na sociedade a partir da articulação com as demais disciplinas e mediante ações educativas integradoras que estreitem o vínculo universidade-escola-comunidade. Ao transcenderem o ambiente virtual de aprendizagem e o conjunto do ambiente do polo, os projetos e práticas de ação pedagógica podem envolver-se com órgãos normativos e executivos dos sistemas de ensino, agências educacionais não escolares, entidades de representação profissional, famílias e comunidade. Nessa perspectiva, partimos do pressuposto de que os projetos e práticas de ação pedagógica se constituem na formação mediante a relação educação-trabalho, estabelecendo o vínculo entre a teoria em cada disciplina e sua articulação com os conteúdos e métodos trabalhados nos períodos e integrando os componentes curriculares acadêmico, laboral e investigativo a partir da observação, vivência e simulação da prática profissional desde o início da vida universitária. A carga horária desses projetos é de 400 horas, distribuídas a partir do terceiro período do curso e organizadas pelo coletivo de professores sob orientação da coordenação do curso de Pedagogia. É, portanto, uma atividade disciplinar regular pela qual transitam de forma coerente e organizada os conhecimentos das diversas áreas de estudo que, sobretudo, assumem caráter integrador no curso. Tendo em vista a formação de profissionais com autonomia, responsabilidade e compromisso social, as ações em prática enfatizam o trabalho independente. Entre as ações a serem desenvolvidas pelo aluno no âmbito da prática, destacam-se a participação em atividades voltadas à pesquisa, reflexão e intervenção em situações-problema na comunidade escolar ou extraescolar e a realização de oficinas e minicursos diversos. 151 As atividades são desenvolvidas a partir de embasamento teórico fundamentado nas diferentes disciplinas e da observação do ambiente educativo nos momentos de realização do Estágio Supervisionado, que representa o futuro campo de atuação do profissional e serve como oportunidade para o confronto entre a teoria apreendida e a prática, com vistas à investigação científica. Tais atividades respeitam os níveis de assimilação, que dependem das condições teórico-metodológicas do aluno. Por isso, em várias situações de aula, a prática poderá vincular-se à relação educação-trabalho como meio de estimular esse envolvimento e preparar o aluno para o exercício da profissão. Os projetos de ação pedagógica estarão ancorados nas seguintes disciplinas (eles não se restringirão a escolas): • 3º período – Orientação e Prática de Projetos na Infância; • 4º período – Orientação e Prática de Projetos no Ensino Fundamental; • 5º período – Orientação em Supervisão Escolar e Orientação Educacional; • 6º período – Orientação e Prática de Projetos em Gestão Educacional em Ambientes Escolares e Não Escolares. Consideramos que esse tipo de atividade nos subsidia na formação do pedagogo por entendermos que o estudante que pretendemos formar há de ser crítico, criativo, capaz de estabelecer relações e fazer julgamentos, atuante, responsável, comprometido com o que faz, bem informado, capaz de se perceber no grupo e atuar no sentido de seu fortalecimento e de sua coesão. Para tanto, isso exige tanto dos estudantes quanto dos professores orientadores clareza em relação às suas intenções e ações. Assim, as situações de ensino-aprendizagem hão de suprir o que é concreto e significativo na realidade do aluno e, ainda, o que ele precisa alcançar em matéria de conhecimento elaborado para tornar maior seu entendimento sobre o real e potencializar a possibilidade de uma atuação mais consciente, consequente e eficaz. Essas são situações de ensino que informam, auxiliam a interpretar a vida, produzem aprendizagens significativas, desenvolvem potencialidades, habilidades, aptidões e capacidades mentais e, ao mesmo tempo, fortalecem a autonomia, o sentido de partilha, cooperação e ajuda mútua e o sentimento de solidariedade, 152 coesão, união, responsabilidade e comprometimento consigo mesmo, com o outro, com o grupo e com a própria vida. Tal proposta há de se constituir, portanto, numa experiência que possibilite a participação ativa do aluno no processo dinâmico de ensino- aprendizagem e o desenvolvimento de sua capacidade de observação, reflexão, crítica e de criação. Essa participação deve permear todo o processo de desenvolvimento do projeto, desde sua concepção até o acompanhamento das ações previstas e correspondente avaliação. Esse trabalho deve oferecer ao aluno a oportunidade de: • participar da definição dos temas a serem trabalhados; • fortalecer sua autonomia, comprometimento com o trabalho e responsabilidade compartilhada com colegas e professores; • debater e confrontar suas ideias, experiências e resultados de pesquisas a partir do aprofundamento, enriquecimento, construção ou reelaboração coletiva de conhecimentos e conceitos; • juntamente com colegas, participar da produção de conhecimentos significativos e funcionais para todo o grupo; • estimular e valorizar diferentes habilidades, potencialidades e aptidões dos alunos; • apreender e interpretar conceitos, assuntos e informações, utilizando o conteúdo próprio de diferentes disciplinas; • formar uma visão global da realidade, segundo os múltiplos elementos que nela se inter-relacionam. 7.18.1 Operacionalização dos projetos O entendimento de prática presente nesses projetos é o de desenvolvimento de habilidades instrumentais necessárias à implementação da ação docente. Um curso de formação estará dando conta do aspecto prático da profissão na medida em que possibilite o treinamento em situações experimentais de determinadas habilidades consideradas, a priori, como necessárias ao bom desempenho docente (PIMENTA; LIMA, 2006). Nesses termos, a prática é defendida como instrumento de integração e conhecimento da realidade social, política, econômica e do trabalho de sua área/curso; como instrumento de iniciação à pesquisa e ao ensino; e como instrumento de iniciação profissional. 153 Para os alunos do curso em EaD, a apresentação dos resultados dos projetos será feita por meio de postagens do projeto elaborado e de painéis por meio dos quais serão divulgados os resultados nos polos, com momentos de interatividade entre alunos e professores. O projeto e seu desenvolvimento encontram-se descrito no Apêndice II deste PPC. 7.19 Trabalho de Conclusão de Curso Realizado no curso de Pedagogia, o Trabalho de Curso (TC) decorre de atividades práticas de disciplinas profissionalizantes e de acordo com a matrizcurricular. O Trabalho de Curso (TC) é uma atividade acadêmica que visa à complementação do processo de ensino-aprendizagem e promove o aperfeiçoamento da formação acadêmica por meio da realização de um trabalho técnico-científico de maior profundidade em área específica de conhecimento, a critério do aluno. O TC é considerado como parte indissociável dos cursos de licenciatura em Pedagogia da UNIP. Segundo a legislação vigente, o TC é um componente curricular que poderá ser desenvolvido sob uma das seguintes formas: monografia, projeto de iniciação científica ou projetos de atividades centrados em áreas teórico- práticas e de formação profissional relacionadas com os cursos e de acordo com as normas balizadoras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Desse modo, o colegiado de curso e o NDE decidiram que os alunos do curso de Pedagogia poderão optar por realizar seu TC em dos seguintes formatos: • monografia: é uma dissertação (em sentido lato) sobre um ponto particular de uma ciência, de uma arte, de uma localidade etc. e pode ser sobre um mesmo assunto ou sobre assuntos relacionados. A monografia é o principal tipo de texto científico e pode ser escrita por uma ou mais pessoas. É um trabalho acadêmico que apresenta o resultado de investigação pouco complexa e sobre tema único e bem delimitado. De acordo com Marconi e Lakatos (1999), a monografia pode ser entendida como um estudo sobre um tema específico ou particular com suficiente valor representativo e que obedeça a uma metodologia rigorosa. Ademais, ao optar pela monografia, o estudante deve investigar determinado assunto não só em profundidade, mas, dependendo dos fins a que se destina, também em todos os ângulos e aspectos; 154 • artigo científico: é um relato analítico de informações atualizadas sobre um tema de interesse para determinada especificidade. Trata-se, portanto, do resultado de um estudo desenvolvido por meio de uma pesquisa ou de um projeto de ensino, de pesquisa ou de extensão. Segundo Marconi e Lakatos (2007, p. 261), “artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de um livro”. Seu objetivo é divulgar os resultados de um estudo e procurar levar ao conhecimento do público interessado novas ideias e abordagens; • material didático-pedagógico: é tudo aquilo que é utilizado para facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Meksenas (2001, p. 52) define o material didático como um ambiente ou obra, escrita ou organizada, “com a finalidade específica de ser utilizada numa situação didática”. Os materiais didáticos são aqueles associados a situações de ensino-aprendizagem e, por isso, possuem características específicas na apresentação dos conteúdos (POSSOLI; CURY, 2009). Segundo Goldberg (1983), o material didático deve ser entendido de modo amplo e contextualizado. O TC contribui para que o licenciando possa efetuar e comprovar as relações existentes entre teoria e prática no setor educacional escolar e não escolar, vivenciando a docência e o suporte técnico-pedagógico em instituições educativas e reconhecendo as diversas áreas para atuação de acordo com o aprendizado das disciplinas desenvolvidas no curso. O Regulamento de TC (Apêndice II) complementa os recursos básicos para a realização do trabalho, apontando os caminhos e regras que orientadores e acadêmicos deverão percorrer do início das pesquisas até a apresentação pública dos trabalhos. Os alunos são orientados por professores do quadro docente da universidade por meio de correções e indicações em ambiente virtual específico para postagens por parte dos alunos e devolutivas por parte dos orientadores. Também são disponibilizados chats e fóruns. Ao final do 6º período, os alunos encaminham os painéis previamente para os orientadores e, em data agendada, eles são apresentados por meio de teleconferência em tempo real para a banca examinadora, que os avalia por meio de questionamentos feitos e encaminhados via e-mail também em tempo real. No caso de possíveis publicações do Trabalho de Curso de Pedagogia – pôster, artigos ou anais de congresso –, o trabalho deverá ser encaminhado com o aval do orientador, constando o nome dos alunos, do professor e da Universidade. 155 REFERÊNCIAS ALLESSANDRINI, C. D. O desenvolvimento de competências e a participação pessoal na construção de um novo modelo educacional. In: PERRENOUD, P.; THURLER, M. G. As competências para ensinar no século XXI. Porto Alegre: Artmed, 2002. ALTOÉ, A. A gênese da informática na educação em um curso de Pedagogia: ação e mudança da prática pedagógica. 2001. Tese de Doutorado apresentada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, 2001. 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