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Mantenedora ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO OBJETIVO Mantida UNIVERSIDADE PAULISTA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA São Paulo – SP Volume I 2 Sumário 1 APRESENTAÇÃO .................................................................................. 6 1.1 Denominação do curso........................................................................................................ 6 1.2 Modalidade ......................................................................................................................... 6 1.3 Local da oferta ..................................................................................................................... 6 1.4 Regime de matrícula ........................................................................................................... 6 1.5 Turnos de funcionamento ................................................................................................... 6 1.6 Duração do curso ................................................................................................................ 6 1.7 Carga horária do curso ........................................................................................................ 6 1.8 Base legal ............................................................................................................................. 6 1.8.1 Do credenciamento ...................................................................................................... 7 2 DADOS INSTITUCIONAIS ..................................................................... 7 2.1 Da instituição de ensino e da entidade mantenedora ........................................................ 7 2.1.1 Histórico da IES ............................................................................................................. 7 2.1.2 A missão institucional ................................................................................................... 8 2.1.3 Vocação da universidade ............................................................................................. 8 2.1.4 A Educação a Distância na Universidade Paulista ........................................................ 9 2.1.4.1 Sistema de Ensino Interativo (SEI) ........................................................................... 12 2.1.4.2 Sistema de Ensino Presencial Interativo I (Sepi I) ................................................... 13 2.1.4.3 Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II) ................................................. 13 2.1.5 Metodologia de ensino‐aprendizagem ...................................................................... 14 3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA .................................................... 16 3.1 Instalações dos campi ....................................................................................................... 16 3.2 Os polos de apoio presencial ............................................................................................ 16 3.3 Sede da UNIP Interativa .................................................................................................... 18 3.4 Da tecnologia ..................................................................................................................... 18 3.5 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) ........................................................................ 20 3.5.1 Blackboard .................................................................................................................. 20 3.5.2 Moodle ....................................................................................................................... 21 4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ..................................................................... 22 4.1 Sistema de comunicação ................................................................................................... 24 4.1.1 Sobre os meios ........................................................................................................... 24 3 4.1.2 Material didático ........................................................................................................ 25 4.1.2.1 Livro‐texto ............................................................................................................... 25 4.1.2.2 Materiais didáticos da disciplina ............................................................................. 27 4.1.2.3 Teleaulas ................................................................................................................. 28 4.1.2.4 Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA ............................................................. 28 4.1.3 Concepção de avaliação ............................................................................................. 30 4.1.4 Gestão acadêmico‐administrativa ............................................................................. 32 4.1.5 Biblioteca .................................................................................................................... 33 4.1.5.1 Gestão das bibliotecas e do acervo dos polos EaD ................................................. 33 4.1.5.2 Serviço de processamento técnico ......................................................................... 33 4.1.5.3 Informatização do acervo e serviços ....................................................................... 33 4.1.5.4 Acervo ..................................................................................................................... 34 5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA ......................................................... 35 5.1 Coordenação de curso ....................................................................................................... 35 5.1.1 Estrutura organizacional ............................................................................................ 35 5.2 Coordenador do curso ....................................................................................................... 36 5.3 Composição e funcionamento do Colegiado de Curso ..................................................... 37 5.4 Atenção ao discente .......................................................................................................... 38 5.4.1 Apoio aos discentes .................................................................................................... 40 5.4.2 Núcleo de Acessibilidade e Apoio Psicopedagógico...................................................41 6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ......................... 42 6.1 Formação acadêmica e profissional .................................................................................. 42 6.2 Regime de trabalho ........................................................................................................... 43 6.2.1 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa ............................................................. 44 6.3 Apoio didático‐pedagógico aos docentes ......................................................................... 45 6.3.1 Apoio didático‐pedagógico ........................................................................................ 45 6.3.2 Capacitação ................................................................................................................ 45 6.4 Núcleo Docente Estruturante............................................................................................ 46 6.4.1 Corpo técnico‐administrativo ..................................................................................... 46 6.5 Atividades acadêmicas articuladas com a formação – pesquisa e extensão .................... 48 6.5.1 Programa de Iniciação Científica ................................................................................48 6.5.2 Pesquisa ...................................................................................................................... 48 6.5.3 Revista Científica Scitis.......................................................................................................49 4 6.5.4 Pós‐graduação stricto sensu ...................................................................................... 50 6.5.5 Pós‐graduação lato sensu .......................................................................................... 50 6.5.6 Relações Internacionais..............................................................................................50 6.5.7 Extensão Comunitária ................................................................................................ 52 7 ORGANIZAÇÃO DO CURSO ............................................................... 52 7.1 Projeto Pedagógico do Curso ............................................................................................ 53 7.1.1 Relevância social do curso de Pedagogia ................................................................... 54 7.1.2 Metas do Plano Nacional de Educação (PNE) ............................................................ 60 7.1.3 Demanda nacional do curso ....................................................................................... 62 7.1.4 Formas de acesso ao curso ........................................................................................ 65 7.2 Concepção do curso .......................................................................................................... 65 7.2.1 Histórico do curso ...................................................................................................... 65 7.2.2 O curso de Pedagogia da UNIP ................................................................................... 69 7.2.3 Organização didático‐pedagógica .............................................................................. 72 7.3 Objetivos do curso ............................................................................................................. 73 7.3.1 Objetivos gerais .......................................................................................................... 73 7.3.2 Objetivos específicos .................................................................................................. 74 7.4 Perfil do egresso ................................................................................................................ 76 7.4.1 Competências ............................................................................................................. 77 7.5 Mercado de trabalho ......................................................................................................... 79 7.6 Estrutura curricular ........................................................................................................... 81 7.6.1 Eixos estruturantes ..................................................................................................... 84 7.6.2 Núcleos de estudos .................................................................................................... 88 7.6.2.1 Núcleo de estudos básicos ...................................................................................... 88 7.6.2.2 Núcleo de aprofundamento de estudos e diversificação de estudos ..................... 90 7.6.2.3 Núcleo de estudos integradores ............................................................................. 91 7.7 Conteúdos básicos, específicos e teórico‐práticos ........................................................... 93 7.8 Matriz curricular ................................................................................................................ 94 7.9 Carga horária ................................................................................................................... 100 7.10 Disciplinas optativas ...................................................................................................... 100 7.10.1 Ementário das disciplinas optativas ....................................................................... 100 7.11 Disciplinas de nivelamento ............................................................................................ 102 7.12 Ementário e bibliografia das disciplinas regulares ........................................................ 103 7.13 Atividades complementares .......................................................................................... 142 5 7.14 Estudos Disciplinares (ED) ............................................................................................. 144 7.15 Estágio Supervisionado ................................................................................................. 144 7.16 Prática pedagógica do curso de Pedagogia ................................................................... 146 7.17 Projeto: “Construção de Brinquedos e Organização de Brinquedotecas nos Polos” ......................................................................................................................................... 147148 7.18 Projetos e práticas de ação pedagógica ........................................................................ 148 7.18.1 Operacionalização dos projetos ............................................................................. 152 7.19 Trabalho de Conclusão de Curso ................................................................................... 153 REFERÊNCIAS.................................................................................................................155 6 1 APRESENTAÇÃO 1.1 Denominação do curso Curso de Licenciatura em Pedagogia. 1.2 Modalidade Educação a distância (EaD). 1.3 Local da oferta O curso de Pedagogia na modalidade EaD é oferecido nos polos de apoio presencial distribuídos em todo o território nacional. 1.4 Regime de matrícula Seriado semestral. 1.5 Turnos de funcionamento Os momentos presenciais com aulas no formato Sepi ocorrem no período noturno. Outras atividades podem ocorrer no período integral e/ou finais de semana de acordo com o calendário acadêmico. 1.6 Duração do curso O curso tem duração de 3 anos. 1.7 Carga horária do curso Carga horária do curso: mínimo de 3.280 horas. 1.8 Base legal O curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista (UNIP), em consonância com os regimentos do Núcleo Docente Estruturante do curso – que regulamentam o NDE (Núcleo Docente Estruturante), suas atribuições e responsabilidades referentes à formulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e sua implementação e desenvolvimento –, os preceitos da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica (Resolução CNE/CP nº 1/2002), os Parâmetros Curriculares Nacionais instituídos para o Ensino Fundamental e 7 Médio e a Resolução CNE/CP nº 2/2002, foi concebido com base na Resolução CNE/CP nº 1/2006, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Licenciatura em Pedagogia. Pautou-se também no que se refere à acessibilidade de portadores de necessidade especiais, presente no Decreto nº 5.296, de 02 de dezembro de 2004, no que se refere à Língua Brasileira de Sinais, a partir do Decreto nº 5626/2005, e no que corresponde ao estágio de estudantes, disposto na Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. 1.8.1 Do credenciamento O credenciamento da UNIP para a oferta da modalidade EaD, conforme as portarias MEC nº 3.633, de 9 de novembro de 2004, e MEC nº 3.475, de 22 de outubro de 2004, resultou das experiências anteriores da IES e possibilitaram que a Universidadeampliasse sua atuação na EaD. Conforme Portaria MEC nº 188, de 3 de fevereiro de 2017, a Universidade Paulista (UNIP) fica recredenciada para a oferta de cursos superiores na modalidade a distância. 2 DADOS INSTITUCIONAIS 2.1 Da instituição de ensino e da entidade mantenedora A UNIP é atualmente mantida pela Assupero – Associação Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo, CNPJ nº 06.099.229/0001-01, associação civil sem fins lucrativos e com fins educacionais, com sede e foro na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, situada na Avenida Paulista, 900, 1º andar, no bairro da Bela Vista, CEP 01310-100. A Assupero é pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com estatuto registrado e protocolado em microfilme no Quarto Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo, em 4 de fevereiro de 2004, sob o número 477740. A UNIP possuía como mantenedora anterior a Supero – Sociedade Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo, tendo sua transferência de mantença analisada e aprovada pelo Ministério da Educação. 2.1.1 Histórico da IES A iniciação da UNIP no Ensino Superior ocorreu em 1972, por meio do IUP, Instituto Unificado Paulista, com a oferta dos cursos de Letras, Pedagogia, Comunicação Social e Psicologia, reconhecidos pelo Decreto Federal nº 77.546/76. Posteriormente, foi autorizado a funcionar, como habilitação do curso de Letras, o curso de Tradutor e Intérprete, também reconhecido pelo Decreto nº 77.546/76. A partir do IUP, a organização, em permanente processo de crescimento, solicitou e obteve do Conselho Federal de Educação, em 1975, a autorização 8 para o funcionamento do IEEP, Instituto de Ensino de Engenharia Paulista, nas habilitações Civil, Mecânica e de Produção Mecânica, todas reconhecidas pela Portaria nº 26/82, publicada em 12 de janeiro de 1982. O curso de Ciência da Computação foi criado por meio do Decreto nº 95.005, de 5 de outubro de 1987, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial nº 1.201/92. O curso de Tecnologia em Processamento de Dados foi criado por meio do Decreto nº 95.484, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial nº 2.023/91. O curso de Odontologia, afeito ao IOP, Instituto de Odontologia Paulista, foi autorizado a funcionar pelo Decreto Federal nº 85.791, de 9 de março de 1981, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial nº 456/84. Vinculado ao IOP, foi solicitado o funcionamento do curso de Farmácia, autorizado a funcionar pelo Decreto Federal nº 95.239, de 13 de novembro de 1987, reconhecido pela Portaria nº 984/93 publicada em 8 de julho de 1993. Em 9 de novembro de 1988, por meio da Portaria Ministerial nº 550, foi autorizado pela via do reconhecimento o funcionamento da UNIP, integrada, inicialmente, pelos cursos até então vinculados aos três institutos mencionados e pelos cursos de Estudos Sociais, com habilitação em História e Geografia, e Ciências, com habilitação em Matemática, recebidos por transferência de mantença da Universidade São Francisco. 2.1.2 A missão institucional Conforme citado no PDI atualmente em vigor na UNIP, a missão de uma universidade está intrinsecamente relacionada a um compromisso permanente com princípios e propósitos que lhe imprimam um caráter, diferenciando-a de outras instituições congêneres. Sendo assim, a Universidade Paulista – UNIP tem como missão: Promover o ensino, a pesquisa e a extensão, aplicando-os a serviço do progresso da comunidade que vive em sua área de abrangência e influência, contribuindo para o fortalecimento da solidariedade entre os homens e para o esforço de desenvolvimento do País. (PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP, 2008/2017, p. 8) Na busca por seus objetivos, a instituição obedece estritamente aos princípios de respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos fundamentais, prescrevendo quaisquer formas de discriminação. 2.1.3 Vocação da universidade 9 Conforme descrito no Projeto Pedagógico Institucional – PPI –, mais precisamente na página 12, a vocação da Universidade Paulista é “preparar profissionais competentes, com sólida formação humanística e técnico-científica, conscientes do seu papel social e do compromisso com a cidadania”. Assim, a UNIP trilha seu caminho como instituição de Ensino Superior, “contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável não apenas dos Estados em que atua, mas também de todo o país”. O mesmo documento traça o perfil das ações e padrões de conduta adotados pelos profissionais envolvidos, direta e indiretamente, no cotidiano da universidade. Valendo-se dos preceitos descritos no PPI, documento que fixa os propósitos e metas a serem alcançados durante a formação dos alunos, os critérios norteadores para a definição do perfil do egresso pautam-se por uma visão humanista, que internaliza valores como responsabilidade social, justiça e ética profissional. O intuito da seleção de tais valores reside na maneira de integrar produtivamente conhecimentos, competências e talentos na formação do futuro profissional. A consagrada articulação entre ensino, pesquisa e extensão é fundamental para a sustentação da instituição. A qualidade do ensino vincula-se fortemente à competência em pesquisa enquanto que as atividades de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino. A participação de alunos em atividades de pesquisa e extensão, entre outras, constitui situação essencial do conhecimento acadêmico, profissional, completa a formação integral do aluno. A Universidade Paulista é uma instituição de ensino multicampi que atende à demanda educacional de 180 mil estudantes. Os campi da UNIP encontram-se localizados em 12 unidades na cidade de São Paulo e em 14 cidades do Estado de São Paulo. A UNIP também está presente nos municípios de Manaus, Brasília e Goiânia, oferecendo cursos na modalidade presencial. No que diz respeito à modalidade EaD – Educação a Distância –, a UNIP conta com 798 polos distribuídos em todos os Estados da federação. 2.1.4 A Educação a Distância na Universidade Paulista A Educação a Distância, embora exista há mais de um século, tem adquirido força e legitimidade no País nos últimos 20 anos, motivada por 10 uma sociedade que se transforma continuamente do ponto de vista socioeconômico e do desenvolvimento tecnológico. O Censo EaD.br: 2009/ABED1 apresenta o ano de 1994 como o de início dos cursos a distância no Brasil. E aponta o período entre 2004 e 2007 como o de maior crescimento da oferta de cursos a distância. A demanda pela EaD concentra alunos na faixa etária de 31 a 40 anos, 56% feminino. A procura pela educação na modalidade a distância continua em expansão, e a expectativa é de que o crescimento da demanda persista nos próximos anos. O Censo EaD.br 20152 contabilizou 5.048.912 alunos de todos os níveis: graduação, tecnológico e de extensão, presencial, totalmente a distância, semipresenciais, livres não corporativos, presenciais, livre corporativos, registrando 1.108.021 em cursos regulamentados totalmente a distância e semipresenciais (ABED, 2015). No total, em 2015, os alunos na modalidade a distância atingiram o total de 1.393.752 e representou participação de 17,4% no total de matrículas da educação superior, dos quais cerca de 70% dos alunos matriculados estudam e trabalham. A maioria dos estudantes está matriculada em cursos de bacharelado (68,7%), seguidos pela licenciatura (18,3%) e os cursos tecnológicos (12,6%). Essa procura resulta, dentre outros fatores, do uso intensivo dos modernos recursos de informação e comunicação, a exemplo dos telefones celulares, tablets e computadores portáteis. A utilização da tecnologia expande-se em todas as classes sociais, superando as barreirasna relação interpessoal e ampliando os horizontes espaço-temporais, alterando a posição dos elementos e das pessoas envolvidas no processo de construção e transmissão do conhecimento. As mudanças iniciadas no último século sinalizam a emergência de novos paradigmas e convidam todos a participar da construção de uma sociedade que utilize as ferramentas tecnológicas para o estabelecimento de vínculos que favoreçam a inclusão e a sobrevivência do planeta. Esse contexto exige o desenvolvimento de modelos pedagógicos inovadores que incluam tanto a experiência técnico-humana quanto o desenvolvimento tecnológico. Coerente com essa tendência, a Universidade Paulista – UNIP procura viabilizar o emprego das mais avançadas tecnologias da informação e da comunicação no processo educacional como instrumento de apoio na formação acadêmica e técnica de seus alunos, o 1 ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância). São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. Ed. Bilíngue: português/inglês. 2 ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância). São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. Ed. Bilíngue: português/inglês. 11 que representa um diferencial determinante na preparação dos futuros profissionais. Gráfico 1: Número de matrículas em cursos EaD no biênio 2014/2015. Fonte: Adaptado do Censo EaD,br (2014/2015). ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância). São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015, p.45. A Unip Interativa, parametrizada pela missão institucional, acompanha os dados quantitativos para poder discutir, com eficácia, a ressignificação da educação a distância (EaD) no Brasil, afinal, tanto pela grandeza geográfica, quanto pela diversidade, o tema envolve aspectos essenciais como: inclusão, regionalização e formação personalizada. Assim, apoiada na informação apresentada no gráfico 1, as análises da EaD indicam a potencialidade de crescimento rápido no país. Assim, o curso ofertado na educação a distância atende perfeitamente a necessidade de qualificação presente na atualidade competitiva das empresas, e também, a necessidade financeira dos alunos de menor poder aquisitivo, uma vez que representa baixo custo para o aluno. Atende ainda a necessidade específica dos estudantes que dependem de flexibilidade de tempo para seguir o programa ofertado pela Instituição de Ensino Superior. A modalidade EaD, como um sistema específico de ensino-aprendizagem, necessita de uma gestão acadêmico-administrativa distinta daquela que atende à modalidade presencial, visto que a modalidade, as ferramentas e os processos são outros devido à distância física entre atores. Por essa razão, a UNIP instituiu o Centro de Educação a Distância – UNIP Interativa, órgão suplementar da Universidade, responsável pela coordenação, supervisão, assessoramento e prestação de suporte técnico à execução de atividades pedagógicas e da formação na EaD pelos institutos que compõem a Universidade Paulista. No intuito de atender às demandas específicas das diversas regiões, a UNIP Interativa oferece os seguintes formatos na modalidade EaD: o Sistema de Ensino Interativo (SEI), o Sistema de Ensino Presencial Interativo 12 I (Sepi I) e o Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II). Embora os formatos apresentem características diferentes, todos mantêm a qualidade exigida pela UNIP para os seus cursos. Os formatos encontram-se configurados conforme visto a seguir. 2.1.4.1 Sistema de Ensino Interativo (SEI) Esse formato privilegia o ensino no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). No AVA, o aluno acessa todo o conteúdo disponibilizado, a qualquer momento, pela internet. Isso possibilita ao estudante a organização do seu ritmo de estudo. O SEI prevê, ainda, momentos presenciais que perfazem 20% (vinte por cento) da carga horária total do curso. A interação com o professor ocorre por meio do fórum, que acontece durante a disciplina. Esse espaço é utilizado para debates entre alunos, professores, tutores a distância, que atuam na mediação das ações pedagógicas por e-mail, telefone e pelo feedback postado no AVA, além de servir para o acompanhamento dos trabalhos realizados e das avaliações dos alunos. Nesse formato, é disponibilizado o plantão tutorial presencial, realizado por profissional habilitado na área específica de atuação. Ele orienta os alunos com relação ao AVA, auxilia na organização dos estudos, na realização dos estágios e nas atividades complementares e facilita a interação dos alunos com o polo, onde o aluno deve realizar suas avaliações e atividades e participar dos encontros programados. Cada disciplina está dividida em unidades, sendo que, para cada uma, o aluno deve assistir à teleaula sem a obrigatoriedade de data e horário, devendo estudar o conteúdo referente a cada unidade, realizar as atividades propostas pelo professor e responder aos questionários no AVA, respeitando o período preestabelecido em calendário acadêmico. Os slides utilizados pelos professores nas teleaulas, contendo os principais tópicos da unidade, também ficam disponíveis no AVA. O aluno deve desenvolver todas as atividades previamente descritas antes de passar para a unidade subsequente. Os momentos presenciais que o aluno deve cumprir constam do calendário acadêmico e da plataforma acadêmica. São eles: • módulo de Introdução à EaD; • aula inaugural com o coordenador do curso; 13 • palestras sobre temas pertinentes ao curso; • atendimento pedagógico para a elaboração dos projetos e trabalhos de conclusão de curso e para as práticas docentes ou de ação pedagógica; • atendimento e supervisão das atividades que envolvem os estágios; • avaliações; • entrega de documentos, trabalhos e atividades complementares. 2.1.4.2 Sistema de Ensino Presencial Interativo I (Sepi I) Esse formato prevê tanto momentos de atividades no AVA como encontros presenciais semanais no polo de apoio presencial. Nesse formato, o aluno deve comparecer ao polo para acompanhar de forma síncrona a exibição das teleaulas e interagir com o professor no decorrer das aulas. Também são propostas atividades presenciais, que o aluno deverá desenvolver com os colegas, além de encaminhar via chat as soluções ou dúvidas sobre o tema sugerido. Essas atividades são acompanhadas por tutores presenciais. O aluno participa ainda do plantão tutorial presencial semanal. O estudante deve realizar suas avaliações, atividades e encontros programados pela legislação no polo de apoio presencial no decorrer do curso. Deve participar também do módulo de Introdução à EaD, da aula inaugural e das palestras. Cada disciplina está dividida em unidades. Em cada unidade, o aluno deve: assistir à teleaula no polo no qual está matriculado, seguindo o calendário escolar; ler os conteúdos oferecidos e responder aos questionários; participar dos encontros com os tutores no polo, bem como dos chats, e realizar as demais atividades previstas para a unidade. Os slides utilizados pelos professores na teleaula permanecem disponíveis no AVA. 2.1.4.3 Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II) Esse formato privilegia dinâmicas acadêmicas presenciais com o aluno, com o objetivo de promover a flexibilidade, a interdisciplinaridade e a articulação entre teoria e prática. O planejamento é feito pelos docentes das disciplinas e coordenadores. A orientação fica a cargo dos tutores presenciais e/ou professores consultores. Além dos encontros presenciais, existem atividades acadêmicas a serem realizadas no AVA. 14 O AVA do Sepi II é um sistema formado por soluções integradas degerenciamento de aprendizagem, conhecimento e conteúdos on-line, que proporcionam a interação entre alunos e tutores. Por meio do AVA, são disponibilizados aos alunos textos e questionários, que deverão ser desenvolvidos no decorrer do semestre. Por meio dos questionários, os alunos acompanham e avaliam o seu progresso no processo de ensino- aprendizagem. O aluno conta com o apoio da equipe da tutoria a distância, que o orienta no desenvolvimento de seus estudos no decorrer do semestre letivo. A ferramenta utilizada no AVA é o fórum de discussão, que promove a comunicação, a aprendizagem colaborativa e a interação entre alunos e tutores. Os fóruns são acompanhados diariamente pela tutoria a distância, e as dúvidas são respondidas em, no máximo, 48 horas. Todo material relativo ao conteúdo ministrado está disponível nos seguintes formatos de arquivo: interativo (Flash e Silverlight), documento do Word, documento PDF e slides em Powerpoint, entregues aos alunos por meio de CDs e também disponibilizados no AVA. 2.1.5 Metodologia de ensino-aprendizagem Os princípios metodológicos são estabelecidos em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Não obstante, em congruência com essa orientação, este método articula os espectros dos valores humanísticos, difundindo a inserção teórica na realidade e promovendo a interação do homem com o mundo. Inspirados nessa Filosofia, os cursos superiores de licenciatura desenvolvem seus conceitos educacionais pautados na abordagem sociointeracionista, que concebe a aprendizagem como um fenômeno que realiza a interação com o outro; portanto, a aprendizagem possui dimensão coletiva. Segundo Vygotsky, a aprendizagem deflagra vários processos internos de desenvolvimento mental, que tomam corpo somente quando o sujeito interage com objetos e sujeitos em cooperação. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento. Assim, um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal. Como metodologia de ensino-aprendizagem, o curso superior de licenciatura adota atividades como aulas expositivas, aulas dialogadas, dinâmicas de grupo, leituras comentadas, visitas técnicas, palestras, pesquisa bibliográfica e outras atividades acadêmico-científico-culturais, visando à oferta de experiências diversificadas aos discentes. O curso busca o desenvolvimento de programas que privilegiem o enlace entre a teoria e a prática, enfocando o uso e a adequação de recursos audiovisuais, tecnológicos, de novos métodos e técnicas de ensino, procurando o aperfeiçoamento do trabalho acadêmico e sua aplicação profissional. A 15 integração entre estudos teóricos, aulas e atividades práticas é exercida por meio de atividades complementares, trabalhos individuais e em grupo, projetos de ação pedagógica, atividades de práticas docentes e atividades de extensão. A EaD é uma modalidade educacional cuja característica principal é a forma de interação, tendo como instrumento facilitador a comunicação baseada em recursos diversificados. Nessa perspectiva, a UNIP Interativa oferece o contato visual, auditivo e verbal direto e frequente por meio de suas aulas, recursos didáticos e dialógicos que promovam a interatividade e estimulem a aprendizagem dos estudantes. Levando em consideração as demandas específicas, motivadas pelo processo de ação e reflexão, confluentes e divergentes, de pessoas oriundas de diversas regiões, a UNIP Interativa utiliza teleaulas, materiais impressos, chats, fóruns, textos complementares, slides de teleaula, atividades complementares, projetos e práticas de ação pedagógica e questionários para efetivar uma interação de qualidade, a fim de proporcionar a dialogicidade necessária, tendo em vista contribuir para a construção do conhecimento entre os agentes envolvidos no processo de ensino- aprendizagem. No curso de Pedagogia, as atividades seguem uma dinâmica que pressupõe, além dos momentos de interação com o professor, o auto aprendizado (aprendizagem independente). De acordo com Barreto (2007), o enfoque da autoaprendizagem ou aprendizagem independente surgiu no mundo inteiro a partir dos anos 1970, com o objetivo de criar um modelo de organização mais flexível no processo de ensino-aprendizagem e buscando ofertar não um programa universitário padronizado, mas programas alternativos capazes de atender necessidades e interesses mais específicos ou, ainda, voltados para o desenvolvimento de competências. É sob esse contexto que podemos ressaltar que a EaD, mesmo sendo uma forma de aprender que afasta fisicamente o aluno do professor, pode aproximar o autoaprendiz de cursos de seu interesse e proporcionar a formação continuada em diversos setores da sociedade. Diante disso, entendemos que o aluno deve ser incentivado a estudar e pesquisar de modo independente e com atividades extras, tendo como intuito o fortalecimento do aprendizado colaborativo, a dinamização da comunicação e a utilização das ferramentas existentes. Saber comunicar-se, descrever, analisar e sintetizar fatos e informações tirados da vida cotidiana, das relações na família, na comunidade, no curso e na empresa e saber trabalhar em grupo de maneira participativa são partes das estratégias de maior investimento do aluno em sua formação, pois isso fortalece o saber científico e o que advém da experiência. Estratégias de ensino que 16 incorporem a experiência de vida dos alunos os ajudam a ter um maior rendimento em seu processo de aprendizagem. Assim, nossos alunos são orientados a desenvolver o hábito de estudo independente, posto que o perfil do professor deve acompanhar os movimentos e transformações na sociedade em decorrência dos avanços científicos e tecnológicos. 3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA 3.1 Instalações dos campi A Universidade conta, em cada campus, com uma estrutura organizacional própria para cuidar do planejamento, execução e controle necessários para o adequado funcionamento dos cursos da unidade e para o desenvolvimento das atividades propostas em seus respectivos projetos pedagógicos. Para tanto, destacam-se: • salas de aulas amplas, iluminadas e ergonômicas; • bibliotecas com acervos atualizados, salas de estudos anexas que oferecem condições de pesquisa e acesso aos bancos de dados diretamente pelo sítio da UNIP; • laboratórios de informática que oferecem, além das máquinas, o apoio técnico especializado para os alunos, tanto em horários de aula como em horários livres. Todas as máquinas estão interligadas em rede, com acesso à internet; • teatros e auditórios, na maioria dos campi, utilizados tanto para apresentações artísticas como para ciclos de palestras e seminários; • amplos espaços de convivência dos alunos, como: livrarias, lanchonetes, reprografias e caixas eletrônicos. 3.2 Os polos de apoio presencial Os polos de apoio presencial da UNIP Interativa, distribuídos em todo o território nacional, são os espaços físicos nos quais acontecem os encontros presenciais, as orientações de estudos e as atividades. Esses locais fornecem a estrutura material e contam com equipes qualificadas para atender o aluno. A infraestrutura de apoio necessária para o atendimento ao aluno nos polos de apoio presencial é composta por equipe administrativa (monitor de informática, secretária, manutenção e zeladoria) e uma equipe pedagógica 17 (coordenador e tutor presencial na área específica dos cursos). O espaço dos polos de apoio presencial atende aos requisitos de dimensão, limpeza, iluminação, acústica, segurança, conservação e comodidade necessárias nas instalações administrativas, salas de aula, salas de coordenação, tutoria, instalações sanitárias,área de convivência, sala de estudo, laboratório de informática e biblioteca. Todos os espaços devem estar devidamente identificados e em conformidade com o Decreto nº 5.296/2004, que trata da acessibilidade. O polo apresenta equipamentos de suporte local que incluem: • projetor multimídia data show, com a resolução adequada; • acesso à internet; • instalação elétrica apropriada e suficiente para as necessidades dos equipamentos de suporte instalados com proteção; • microcomputadores com sistemas operacionais e aplicativos devidamente licenciados. No caso de utilização de satélite, o conjunto de recepção é composto por: • antena parabólica VSAT; • servidores adequados e compatíveis com ambiente operacional institucional; • transmissor tipo Rádio Anúbis Banda KU; • amplificador de sinal. No caso de não utilização de satélite, a comunicação é feita por meio de internet banda larga provida pelo polo de apoio presencial para os respectivos equipamentos de suporte. Atenta ao disposto na Portaria nº 3.284, de 7 de novembro de 2003, sobre os requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências físicas às dependências da instituição, a UNIP determinou políticas que reconhecem as necessidades diversas dos alunos, acomodando os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos, por meio de metodologias de ensino apropriadas, arranjos organizacionais, uso de recursos diversificados e parceria com as organizações especializadas. 18 Em relação à sua responsabilidade social, a UNIP adota políticas para os portadores de necessidades especiais, descritas no PDI, conforme legislação em vigor. 3.3 Sede da UNIP Interativa Na sede, o espaço destinado aos coordenadores, professores e tutores é amplo, permitindo sua integração. Todos os setores encontram-se devidamente equipados e possuem espaço adequado ao seu funcionamento. A UNIP Interativa possui sala de coordenação, sala para os tutores e professores e sala multimídia para professores e tutores a distância. Elas são equipadas com projetores, computadores para acompanhamento das aulas ministradas na sede e para a interação com os alunos via chat. Há espaços específicos dimensionados para toda a equipe de apoio técnico- administrativo, com toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento das suas funções. A sede dispõe de espaço para arquivamento de toda a documentação pessoal e acadêmica dos alunos. Possui, ainda, 5 (cinco) estúdios com toda tecnologia adaptada ao modelo pedagógico. 3.4 Da tecnologia A partir dos três formatos ofertados, nota-se que os componentes tecnológicos empregados pela UNIP Interativa e que podem ser adotados são: internet, satélite, CD-ROM, DVD e webcast. As teleaulas são produzidas na sede da UNIP em São Paulo. A transmissão é feita via satélite e o polo de apoio presencial pode recebê-la, via satélite ou via internet. Toda a infraestrutura tecnológica desenvolvida pelo Nutec – Núcleo de Tecnologia da UNIP está consolidada em conceitos de comunicação baseada em bancos de conteúdos distribuídos por dispositivos multimídia conectados ou não. A fundamentação técnico-teórica para isso está nos conceitos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), em que todos os recursos tecnológicos estão organizados em estruturas computacionais gerenciadas por bancos de dados, assegurando que os conteúdos programáticos dos cursos sejam distribuídos de forma sistêmica e controlada. Com base nisso, é necessária a organização desses conteúdos, informações e dados dentro de uma base informatizada que garanta a produção e distribuição do conhecimento em um ambiente monitorado e acompanhado por professores e tutores de forma interativa. Tradicionalmente, o banco de dados era o repositório de informações, tendo atualmente evoluído para o controle das mídias textuais e audiovisuais, transformando-se de fato em um banco de conteúdos multimídias. As 19 modernas técnicas de BI3 asseguram que esse sistema de base de conteúdos possa ser acompanhado, medido e controlado, possibilitando à instituição o monitoramento dos processos de interatividade e dialogicidade do corpo docente e discente no interior do modelo pedagógico proposto para cada um dos formatos – SEI e SEPI. Para sustentar essa proposta, a UNIP mantém uma estrutura de servidores e uma equipe de desenvolvedores que avalia as ferramentas existentes no mercado, utilizando as que melhor se adaptam ao projeto pedagógico da instituição, desenvolvendo novas ferramentas e aplicativos que integrem todos os softwares próprios e de terceiros. Como ambiente virtual de aprendizagem, utilizamos o conteúdo on-line – COL4, uma ferramenta própria que gerencia informações textuais e produtos multimídia que, associados a exercícios, ajudam na aquisição do conhecimento proposto. Para controlar toda entrega de trabalhos dos alunos, atividades complementares, documentos, relatórios de estágio e trabalhos de curso, disponibilizamos para os alunos o Atol5 (atividades on-line) que armazena nos bancos de dados todo o gerenciamento dos locais onde estão guardados os trabalhos dos alunos. O Blackboard e o Moodle são utilizados como plataformas de distribuição de conteúdos em diferentes suportes, tais como: textos, teleaulas, vídeos (entre os principais), integrando recursos de interação entre professores, tutores e alunos. Para o controle da produção gráfica dos materiais impressos, a instituição utiliza o Metrics6. O BIE7 é uma ferramenta própria que, por meio de ferramentas de BI, relaciona todas as bases de dados de todas as etapas de produção, distribuição e controle dos conteúdos em um único ambiente. Para o controle acadêmico, a UNIP Interativa utiliza o Lyceum8, e para a modalidade presencial, o Sisun9. 3 BI (Business Intelligence ou inteligência em negócios).Conceitos e métodos para melhorar a capacidade de tomada de decisões, utilizando sistemas baseados em regras de negócio. 4 COL Nutec-UNIP: Conteúdo on-line. Ferramenta que gerencia informações textuais e produtos multimídia. 5 Atol Nutec-UNIP: Atividades on-line. Controla e acompanha a entrega de trabalhos dos alunos. 6 Software de controle da produção gráfica. 7 BIE Nutec-UNIP. Adaptação dos procedimentos de BI (Business Intelligence ou inteligência em negócios) aplicados ao controle dos alunos. 8 Software de controle acadêmico da Techen Sistemas. 20 Para distribuição dos conteúdos, a UNIP conta com sólida estrutura de Telecom baseada no tripé acessibilidade, segurança e redundância, requisitos primordiais para que os alunos recebam os conteúdos com acesso adequado ao AVA. A UNIP possui um conjunto de tecnologias composta por: • satélites com cobertura nacional – Panasat, em operação conjunta com o Multicast Hughes; • internet, com link de alto desempenho de acesso ao backbone10 nacional e internacional; • redundância em cinco data centers: dois locais (Cidade Universitária e Paulista) e três externos de grande porte (o TIC da Telefônica, o da Embratel e o do Terremark) – todos ligados via conexão óptica. Essa composição de recursos tecnológicos viabiliza aos alunos de todo o Brasil acesso ao conteúdo educacional da forma prevista no projeto pedagógico. 3.5 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) O suporte tecnológico distribui-se em três dimensões: uma dimensão ampla (que congrega os meios necessários para o desenvolvimento pedagógico dos cursos), uma dimensão de recursos de interação para o acompanhamento dos alunos e uma de avaliação. Neste projeto pedagógico, elucidam-se as especificidadesda EaD, que originam demandas de interação entre os implicados no processo. Para tanto, detalham-se a seguir os sistemas de informação utilizados na veiculação dos conteúdos pertinentes. 3.5.1 Blackboard A plataforma utilizada pela UNIP Interativa como espaço de publicação de conteúdos e de centralização das demais plataformas desenvolvidas é o Blackboard. Essa plataforma dispõe de ferramentas que permitem a 9 Software de controle acadêmico. 10 Conjunto da rede de internet. 21 interação do alunado com todo o corpo docente, bem como a publicação dos conteúdos pedagógicos de forma clara e acessível. Além das ferramentas oferecidas pela própria plataforma, a instituição a utiliza para integrar o acesso às demais plataformas desenvolvidas, a fim de centralizar o acesso em um único login, o que viabiliza a auditoria completa da vida acadêmica do aluno e do corpo docente. Ao acessar a plataforma, o aluno terá disponível o conteúdo necessário para a realização de seu curso. Além das disciplinas, estão disponibilizados avisos gerais, avisos da disciplina, guia do aluno, vídeos instrucionais, manuais explicativos, brinquedoteca, calendário acadêmico, secretaria virtual (Lyceum) e demais ferramentas personalizáveis pelo aluno, como calendário de tarefas e até o próprio layout da plataforma. Ao visualizar o Guia do Aluno, é possível entender a funcionalidade de cada ferramenta, bem como o roteiro de estudo a ser seguido. O material pedagógico é disponibilizado por disciplina e por turma. Nas disciplinas, são propostos fóruns de discussão que permitem o debate entre os alunos – e entre os alunos e o corpo docente – sobre temas específicos. Para tratar de assuntos gerais, o aluno utiliza a ferramenta “mensagens”, que permite o envio de mensagens a um ou a todos os usuários matriculados na disciplina. Os prazos e a ordem das disciplinas seguem o calendário acadêmico. 3.5.2 Moodle A plataforma utilizada para a publicação de conteúdo no Sepi II é o Moodle. Ele conta com as principais funcionalidades disponíveis nos ambientes virtuais de aprendizagem e é composto por ferramentas de avaliação, comunicação, disponibilização de conteúdo, administração e organização. Por meio dessas funcionalidades, é possível dispor de recursos que permitem a interação e comunicação entre o alunado, professores e tutoria, a publicação do material de estudo em diversos formatos de documentos, a administração de acessos e a geração de relatórios. No ambiente virtual de aprendizagem Moodle, o aluno tem acesso ao material pedagógico, disponibilizado por disciplina, além dos recursos de interação que permitem o diálogo entre os alunos, professores e a equipe de tutoria. O material de cada disciplina é publicado pelo professor responsável por ela no Moodle, seguindo a proposta do calendário acadêmico de realização dos encontros presenciais. A publicação de material, módulo a módulo, pelo professor, facilita o acompanhamento do aluno no AVA. 22 4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Conforme consta no PDI, a “educação ao longo de toda a vida” organiza- se em torno de quatro aprendizagens fundamentais, que constituem os pilares do conhecimento: 1) aprender a conhecer significa, antes de tudo, o aprendizado dos métodos que nos ajudam a distinguir o que é real do que é ilusório e ter, assim, acesso aos saberes de nossa época. A iniciação precoce na ciência é salutar, pois ela dá acesso, desde o início da vida humana, à não aceitação de qualquer resposta sem fundamentação racional e/ou de qualquer certeza que esteja em contradição com os fatos; 2) aprender a fazer é um aprendizado da criatividade. “Fazer” também significa criar algo novo, trazer à luz as próprias potencialidades criativas, para que venha a exercer uma profissão em conformidade com suas predisposições interiores; 3) aprender a viver junto significa, em primeiro lugar, respeitar as normas que regulamentam as relações entre os seres que compõem uma coletividade. Porém, essas normas devem ser verdadeiramente compreendidas, admitidas interiormente por cada ser, e não sofridas como imposições exteriores. “Viver junto” não quer dizer simplesmente tolerar o outro com suas diferenças embora permanecendo convencido da justeza absoluta das próprias posições; 4) aprender a ser implica em aprender que a palavra “existir” significa descobrir os próprios condicionamentos, descobrir a harmonia ou a desarmonia entre a vida individual e social. Focada nessas premissas norteadoras, a UNIP incorpora aos seus cursos abordagens que busquem: • a construção coletiva expressa na intenção e prática de cada segmento institucional, levando em conta a articulação dialética, diferenciação e integração, globalidade e especificidade; • a interação recíproca com a sociedade caracterizada pela Educação e desenvolvimento econômico-social sustentáveis, reafirmando o seu compromisso como potencializadora da formação humana e profissional; 23 • a construção permanente da qualidade de ensino, entendida e incorporada como processual e cotidiana da graduação e da pós- graduação, indagando continuamente sobre o tipo de sociedade que temos e queremos, a função dos cursos superiores frente às novas relações sociais e de produção, e sobre o perfil do profissional a formar frente às exigências do mercado de trabalho; • a integração entre ensino, pesquisa e extensão, buscando a construção de um processo educacional fundado na elaboração e reelaboração de conhecimentos e objetivando a apreensão e intervenção em uma realidade dinâmica e contraditória; • a extensão voltada para seus aspectos fundamentais, quais sejam: tornar a coletividade beneficiária direta e imediata das conquistas do ensino e da pesquisa, socializando o saber, e a coleta do saber não científico elaborado pela comunidade para, estruturando-o em bases científicas, restituí-lo à sua origem; • o desenvolvimento curricular contextualizado e circunstanciado, expressão da concepção de conhecimento como atividade humana processualmente construída na produção da vida material; e • a unidade entre teoria e prática, por meio do desenvolvimento, por parte de professores e alunos em atividades de pesquisa e iniciação científica. A UNIP, ao longo de seu percurso histórico como entidade educacional, sempre empregou ferramentas tecnológicas de comunicação em seu processo de construção e disseminação do conhecimento. Isso propiciou um conjunto de experiências individuais e coletivas para o corpo discente e docente e para com a própria instituição. Ao iniciar o desenvolvimento de atividades acadêmicas em EaD, a IES apoiou-se na experiência adquirida nos últimos vinte anos. Os desafios presentes no contexto socioeducacional e tecnológico atual possibilitaram aprimorar algumas das práticas pedagógicas que a Universidade desenvolveu ao longo do tempo. Um dos motivos que levou a UNIP a propor cursos em EaD foi a compreensão de que a construção do conhecimento se dá a partir da interação entre todos os elementos envolvidos no processo de ensino- aprendizagem, ou seja, em uma dimensão conjunta. Nessa interação, estimula-se a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno. As estratégias pedagógicas selecionadas visam a proporcionar a construção do conhecimento individual e coletivo, por meio da elaboração de 24 projetos e de discussões pautadas e mediadas, que desafiam o aluno, levando-o a refletirsobre os conceitos apresentados e sua aplicabilidade em diferentes contextos. O processo de ensino-aprendizagem se baseia na construção de relações intra e interpessoal. Em outras palavras: aluno e material didático; alunos entre si; alunos e professores; alunos e tutores; alunos e instituição; professores e tutores. Estimulando-se essa interação, valoriza-se o conhecimento já adquirido pelos alunos ao longo de suas vidas, estreitando o vínculo afetivo e acadêmico necessário para o cotidiano da EaD. Essa interação é viabilizada pelo uso de estratégias dialógicas como os chats, fóruns e orientação de trabalhos interdisciplinares. Esse processo desenvolve-se continuamente, mantendo um enfoque pedagógico consistente e coerente com as diretrizes curriculares e as propostas dos cursos, de suas metas e critérios de avaliação. A aprendizagem é cooperativa e a sala de aula é vista como um AVA criativo e incentivador. O professor desempenha o papel de orientador de um processo de ensino-aprendizagem proativo e investigativo, no qual há autonomia quanto aos métodos pedagógicos por parte dos lados envolvidos na execução das tarefas, com mais ênfase no processo do que no resultado. Consequentemente, a aprendizagem acontece em grupo, proporcionando transformações significativas nas pessoas envolvidas. Na evolução da EaD, a UNIP, em coerência com sua missão e vocação, tem aprimorado seus modelos, estratégias, materiais e atividades, visando à participação ativa dos alunos e professores no processo de ensino- aprendizagem. Dessa forma, fomenta a democratização da Educação no país, possibilitando o acesso a uma metodologia de ensino inovadora e utilizando tecnologia avançada. Os serviços de apoio relacionados à modalidade estão congregados na UNIP Interativa de maneira que cada uma das equipes esteja integrada em suas ações. Sendo assim, a UNIP Interativa, entendida como sistema de EaD, organiza-se por meio de sistemas interdependentes entre si: comunicação, acompanhamento e avaliação. 4.1 Sistema de comunicação 4.1.1 Sobre os meios O sistema de comunicação da UNIP Interativa tem base em serviço de tecnologia da informação e comunicação, responsável por prover e dotar recursos de interação por meio de AVA, para que professores, alunos e tutores mantenham relação no processo da formação. Organiza e dispõe 25 informação fundamentada nos conteúdos afins aos programas, cursos e projetos desenvolvidos na modalidade a distância. Os projetos pedagógicos dos cursos oferecidos nas modalidades presenciais e a distância são os mesmos, no entanto, às especificidades da modalidade EaD, nas quais professores, alunos e tutores tornaram necessária a criação de serviços que suportem as demandas por interação entre os implicados no processo ensino-aprendizagem. O sistema de comunicação atende, prioritariamente, a essa interação. 4.1.2 Material didático O material didático utilizado na UNIP Interativa é desenvolvido em sintonia com os princípios epistemológicos, metodológicos e políticos explicitados no PDI da Instituição, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e nos Projetos Pedagógicos dos Cursos. Seu uso é precedido de avaliação por especialistas externos, que sugerem e orientam a adoção de medidas visando ao seu aperfeiçoamento. O conjunto de mídias, selecionado para desenvolver as competências específicas propostas para cada curso, respeita as características socioeconômicas dos diferentes grupos de alunos. A produção do material impresso e disponibilizado no AVA atende às lógicas distintas de concepção, produção, linguagem e tempo. A convergência e a integração entre as diversas mídias são garantidas pelas equipes multidisciplinares, constituídas por especialistas: em conteúdos, em desenvolvimento de páginas web, em desenho instrucional, em ilustração, em diagramação, em revisão do material produzido, dentre outros, como determina o artigo 1° do Decreto nº 5.622/2005. 4.1.2.1 Livro-texto Os livros-textos produzidos observam os seguintes critérios: • exercem a função de um mediador privilegiado, atuando como roteiro de estudos; • contêm sugestões de atividades que fomentam reflexões, pesquisas e a sistematização de ideias; • ensejam relações com o campo de conhecimento, além de outros “olhares” e possíveis saberes que esse campo incita; • compõem “trilhas” com várias possibilidades de acesso, instigando o aluno a procurar outros tipos de fontes para estudo; 26 • inserem-se em uma rede de diferentes tipos de materiais – livros, filmes, artigos etc. – cuja composição permite atingir os objetivos propostos para a formação dos alunos; • utilizam ícones padronizados; • inserem imagens e gráficos; • apresentam ao menos dois exercícios por módulo, que estimulam a reflexão, a aplicação e a ampliação do conhecimento, oferecendo a resposta de um exercício no livro e de outro na plataforma. A elaboração do livro texto é realizada de forma dialógica, ancorada no tripé educador-educando-objeto do conhecimento, permitindo ao aluno agir, refletir e interagir no desenrolar da ação pedagógica. O livro texto deve fomentar a reflexão do aluno, levando-o a buscar informações em outras fontes, realizar novas leituras, descobrir novos caminhos e apropriar-se dos conhecimentos gerados e adquiridos. Esse processo contínuo considera o aluno como um agente ativo e capaz de auto avaliar o seu progresso no decorrer do curso. O texto dialógico estabelece uma conversa amigável entre o autor e o leitor, desenvolvendo o senso crítico do aluno e levando-o a compreender a relevância do conteúdo do texto para seu cotidiano e prática profissional. O conteúdo deve contemplar a ementa da disciplina e compor um todo coeso, integrando, de forma contínua e complementar, as suas diferentes partes: unidades, tópicos, reflexões, atividades, bibliografia, gráficos e imagens. O docente conteudista é o profissional especialista que redige o material didático da disciplina e/ou produz material para o ambiente virtual de aprendizagem e/ou grava o conteúdo nas mídias, áudio e vídeo (quando for o caso). Ele recebe orientações sobre a utilização das diversas mídias e participa de treinamentos e workshops. A Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos (CQA), composta por professores especialistas, submete o livro-texto a uma criteriosa análise de seu conteúdo. Dessa análise, resulta um parecer que é enviado ao coordenador do curso para retroalimentar as partes envolvidas no processo de produção, até que o livro-texto seja aprovado. No Departamento de Revisão, são verificados: originalidade do texto, padronização, coesão, coerência, clareza, vícios de linguagem, uso incorreto da Língua Portuguesa, ortografia e adequação aos padrões estruturais adotados pela UNIP Interativa. 27 O Departamento de Educação Digital reúne profissionais com conhecimentos técnicos de produção e configuração de possibilidades de estruturação visual e é responsável pela diagramação do texto. Uma vez diagramado, o livro-texto passa por uma última revisão e é enviado ao coordenador do curso que, juntamente com o docente conteudista, verifica o material finalizado, liberando-o para impressão e envio ao Departamento de Planejamento – Controle de Materiais, que o disponibilizará ao docente que produzirá os materiais didáticos da disciplina e ao departamento responsável pela inserção dos materiais no AVA. 4.1.2.2 Materiais didáticos da disciplina Podem ser utilizados numa determinada disciplina os seguintes materiais: slides, questionários, exercícios, textos complementares, fóruns e Estudos Disciplinares (ED), dentre outros. O Departamento de Planejamentoé responsável pelo planejamento e coordenação das gravações dos cursos no formato SEI, pela produção de livros-textos e calendários acadêmicos e pela publicação de informações referentes às atividades complementares, além da produção dos materiais das aulas. São suas atribuições: liberar os materiais para a transmissão de aulas ao vivo no formato Sepi, para a tutoria a distância e para inserir os conteúdos no AVA, e também controlar as atividades, avaliações e informações na disciplina Atividade do tutor de sala. O material é submetido às seguintes etapas: • recebimento e controle; • revisão ortográfica e uso correto da Língua Portuguesa; • diagramação; • liberação para inserção no AVA; • geração de imagens; • liberação para gravação das teleaulas; • liberação para a Tutoria. O Departamento de Planejamento possui profissionais qualificados para realizar todas as etapas do processo. 28 4.1.2.3 Teleaulas As teleaulas contêm a ementa e o programa da disciplina e seu conteúdo é elaborado por um professor escolhido pelo coordenador do curso em conjunto com o líder da disciplina. O professor distribui o conteúdo da disciplina nas unidades, respeitando a carga horária definida na matriz curricular e organiza a sua apresentação aos alunos. As teleaulas são gravadas de acordo com a organização elaborada pelo professor. As teleaulas, com duração de uma hora, são divididas em quatro blocos de quinze minutos cada, sendo que, ao final de cada bloco, o professor propõe uma questão referente ao tema abordado. O bloco seguinte inicia-se com um comentário do professor referente à atividade proposta no bloco anterior. A separação em blocos tem o objetivo de tornar a aula mais dinâmica e interativa. É importante ressaltar que todas as teleaulas possuem intérprete de libras, o que permite aos alunos portadores de necessidades especiais acompanharem o conteúdo ministrado pelo professor. As teleaulas são gravadas em estúdio e editadas pelos profissionais da TV Web. Após a edição, as teleaulas são enviadas ao departamento de Educação Digital, que prepara o link e realiza a sua inserção no AVA. O docente da teleaula é acompanhado no estúdio por um tutor da área da disciplina, tanto nas teleaulas gravadas como nas teleaulas transmitidas ao vivo. 4.1.2.4 Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA Foi possível compreender que o aluno necessita de orientações claras quanto ao entendimento e possibilidades da EaD, do funcionamento do curso, dos mecanismos de interações e comunicação disponíveis para uma aprendizagem colaborativa. Para introduzir o aluno ao universo da EaD, produzem-se teleaulas, diversos vídeos, normas e calendários acompanhados de manuais e guias digitalizados no AVA, que: • abordam a plataforma utilizada (AVA); • apresentam as abas e ferramentas disponíveis; • orientam a navegação dos fóruns e do sistema de mensagem (tecnológicos de comunicação); • disponibilizam o calendário acadêmico; 29 • disponibilizam as disciplinas e conteúdos programáticos, bem como as atividades e exercícios propostos. Os docentes coordenadores de cada curso elaboram as aulas inaugurais e instrucionais nas quais os alunos, além de conhecerem as particularidades do seu curso, interagem com o coordenador e com os docentes de apoio. Nessas aulas, realizadas com a presença do aluno no polo de apoio presencial, os coordenadores: • explicitam o processo de ensino-aprendizagem a ser desenvolvido no semestre; • apresentam as disciplinas; • informam como a equipe de docentes acompanhará o processo pedagógico; • informam como interagir com a equipe multidisciplinar; • transmitem informações sobre o calendário, atividades, critérios e mecanismos de avaliação; • explicam as funções das pessoas que acompanharão os alunos no polo, a equipe presencial, tutoria a distância, docentes e coordenadores. Alinhada à sua missão e vocação, a UNIP Interativa contribui para a inclusão digital do aluno, inserindo-o no contexto educacional, social e cultural do Ensino Superior do país. O esforço de inclusão norteia a equipe da EaD no desenvolvimento e planejamento das ações pedagógicas utilizadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Da mesma forma, o desenvolvimento do material didático busca ultrapassar barreiras geográficas e regionais. Em suma, a perspectiva interacionista é vista como essencial para a modalidade EaD. A equipe de docentes desenvolve os materiais didáticos do AVA, atendendo às necessidades específicas de cada disciplina e respeitando os referenciais de qualidade propostos para a Educação de Ensino Superior a Distância. 30 Figura 1 – Fluxograma do desenvolvimento do material didático 4.1.3 Concepção de avaliação A avaliação do aluno deve servir não só para medir seu rendimento acadêmico, mas, principalmente, para estimulá-lo a sustentar um desempenho positivo. O crescimento intelectual do aluno ao longo do processo de sua formação deve ser valorizado, considerando-se os objetivos do curso e as qualidades desenvolvidas, apontando-se as insuficiências observadas e os caminhos para superá-las. O sistema de avaliação é concebido na perspectiva de garantir o desenvolvimento de competências no processo de formação. Nesse sentido, a avaliação destina-se a induzir a aprendizagem dos alunos, de modo a favorecer seu percurso e regular as ações que orientam e incentivam sua formação. Desse modo, a avaliação não se destina a punir os que não alcançam o que se pretende, mas a ajudar cada aluno a identificar melhor as suas necessidades de formação e empreender o esforço necessário para realizar sua parcela de investimento no próprio desenvolvimento profissional. O sistema de avaliação não deve incidir sobre elementos a serem memorizados, mas na verificação da capacidade de refletir sobre o conhecimento, de questioná-lo e de (re)construí-lo dos pontos de vista científico, metodológico e político. Avaliar não é só o conhecimento adquirido, mas a capacidade de acioná- lo e de buscar outros para realizar o que é proposto. Avaliar significa verificar não apenas se os alunos adquiriram os conhecimentos necessários, mas também se, quanto e como fazem uso deles para resolver situações- problema (reais ou simuladas) relacionadas, de alguma forma, com o exercício da profissão. 31 Dessa forma, a avaliação é realizada mediante critérios explícitos e compartilhados com os alunos, uma vez que o que é objeto de avaliação representa uma referência importante para quem é avaliado, tanto para a orientação dos estudos como para a identificação dos aspectos considerados mais relevantes para a formação em cada momento dos cursos. A avaliação é entendida como um processo a ser desenvolvido durante o período letivo. Ela apresenta determinadas especificidades que são regulamentadas pela instituição. As formas de avaliação no curso seguem os critérios de avaliação e promoção da UNIP e são adequadas às especificidades de formação do futuro educador. Para isso, são utilizados instrumentos variados, tais como: prova escrita individual presencial, produção e apresentação de textos, pesquisa bibliográfica e de campo, relatórios e fichas de leitura de textos, comentários escritos de livros lidos, resolução de exercícios práticos, desenvolvimento por meio dos projetos e atividades que relacionam a teoria e a prática no desenvolvimento dos planos de ensino das disciplinas do curso. A avaliação da aprendizagem no AVA leva em conta todo o percurso acadêmico do aluno e permite o acompanhamento de frequência e nota, a partir do desenvolvimento de questionários e atividades,entre outros, possibilitando, ainda, a oportunidade de evolução e melhoria contínua por meio da revisão e feedback. Estimula-se a autoavaliação, possibilitando a autocorreção dos exercícios, questionários e atividades, de modo que o aluno possa acompanhar sua evolução e rendimento escolar. Para tanto, o sistema oferece as respostas comentadas das atividades propostas, assim que o aluno as desenvolve e as salva no sistema em que, automaticamente, abre-se a oportunidade de verificação e de proficiência. Incentiva-se também o aluno a buscar esclarecimentos e avançar em seu conhecimento, revendo os materiais disponíveis e recorrendo aos tutores a distância, tutores presenciais e docentes sempre que necessário. O acesso ao AVA permite ao professor acompanhar o aluno e ao aluno avaliar o seu progresso nas disciplinas, atividades, exercícios e trabalhos. As ferramentas de interação e comunicação com o corpo docente são compostas por e-mails, chats, fóruns de discussão e utilização do contato telefônico, mas o contato pode ainda ocorrer presencialmente, no polo de apoio presencial, por meio dos professores consultores e/ou tutores presenciais. A partir desses instrumentos, é possível traçar um perfil das dificuldades vividas pelo aluno e promover orientações individualizadas, materializadas formalmente pelos docentes e tutores, acompanhando o desenvolvimento do aluno em seu curso. 32 Uma vez detectadas dificuldades específicas, promovem-se aulas de apoio com a disponibilização de material complementar, podendo ser utilizados tanto a teleaula quanto o texto complementar, além de um acompanhamento mais individualizado por parte dos tutores e professores. A avaliação presencial complementa o processo. Ela é feita bimestralmente no polo presencial de apoio no qual o aluno está matriculado, seguindo o calendário acadêmico de cada curso. No formato Sepi II, a avaliação presencial é semestral. Para garantir a segurança das avaliações presenciais, a equipe de TI da UNIP desenvolveu um sistema que permite a randomização das questões de prova no ato de sua impressão, o que possibilita a confecção de provas com diferentes questões para cada aluno de um mesmo grupo. Na sede, as questões de prova são elaboradas por professores e encaminhadas a um departamento específico que recepciona, organiza e insere as questões no sistema. Ele é disponibilizado ao polo de apoio presencial apenas nas datas pré-estabelecidas pela sede, conforme o calendário acadêmico. As avaliações presenciais, depois de realizadas, são enviadas ou digitalizadas pelo polo de apoio presencial e encaminhadas para a sede da instituição para serem corrigidas pelos docentes. O sistema e a logística do processo de avaliação foram verificados por meio de um projeto-piloto desenvolvido no segundo semestre de 2010 e, em 2011, foram introduzidos de forma gradativa nos diferentes cursos. O detalhamento dos mecanismos do processo avaliativo consta do regimento geral, disponível em: <www.unip.br>. 4.1.4 Gestão acadêmico-administrativa A secretaria acompanha a vida escolar dos alunos desde o seu ingresso na IES, orientando os procedimentos relacionados às matrículas e renovações destas, verificação da documentação e pedidos de emissão de serviços solicitados pela secretaria virtual. Controla, também, os documentos referentes à conclusão do curso, o encaminhamento para execução e registro de diplomas, assim como a sua retirada. Para o bom funcionamento da secretaria, foram padronizados alguns procedimentos. Após a aprovação no processo seletivo, o próprio candidato deve realizar sua matrícula. Nesse ato, ele recebe o contrato e, ao aceitá-lo, torna-se responsável pelo acesso ao sistema e pela impressão do boleto. 33 A matrícula somente é efetivada após o pagamento da primeira parcela do curso e a entrega do contrato de prestação de serviços educacionais devidamente assinado e dos documentos pessoais e de escolaridade. A UNIP Interativa utiliza, para gerenciamento do sistema de controle acadêmico, o Lyceum. 4.1.5 Biblioteca As bibliotecas da UNIP (central, setoriais e dos polos de EaD) desempenham um importante papel na execução da missão organizacional da instituição. O desenvolvimento das coleções das bibliotecas UNIP vem acompanhando as novas tecnologias da informação, adquirindo acervos impressos e digitais em vários suportes, como livros, plataformas de leitura de livro na web, periódicos, DVDs, CD-ROMs e bases de dados nacionais e internacionais, atendendo às necessidades geradas pelas atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade. 4.1.5.1 Gestão das bibliotecas e do acervo dos polos EaD A biblioteca sede da EaD encontra-se na Avenida Torres de Oliveira, 330, no bairro Jaguaré, cidade de São Paulo, dentro do campus da UNIP denominado Cidade Universitária. Por meio dela, são tomadas as decisões sobre tratamento técnico, expansão de acervo e serviços oferecidos para os alunos EaD nos campi UNIP, nas bibliotecas setoriais e polos de apoio presencial. As bibliotecas setoriais estão localizadas em polos distribuídos nas capitais dos estados de todo o Brasil. As bibliotecas setoriais dão suporte de catalogação, classificação e de referência para os polos próximos, além de integrar o seu acervo ao serviço de intercâmbio de materiais. 4.1.5.2 Serviço de processamento técnico Todo o acervo da UNIP é registrado em conformidade com os seguintes padrões internacionais: • Classificação Decimal Universal (CDU); • Table Cutter-Sanborn; • Código de catalogação anglo-americano (AACR-2); • Machine-Readable Cataloging (MARC-21). 4.1.5.3 Informatização do acervo e serviços 34 O sistema de gestão utilizado é o Pergamum, que permite o controle do acervo e da circulação em ambiente on-line, dispensando a necessidade de instalação de softwares nos polos e possibilitando que a consulta ao catálogo seja feita a partir de qualquer micro conectado à internet. O sistema Pergamum integra-se ao Sistema Sisun de Biblioteca, da Biblioteca Central da UNIP, que foi desenvolvido pela Universidade e deposita os registros de todos os livros da instituição, desde os mais antigos até as coleções raras. O catálogo on-line dos sistemas Pergamum e Sisun permite consulta por filtros de assunto, autor, título e biblioteca, estando disponível no site acadêmico 24 horas por dia por meio da internet. Além de permitir a consulta multicampi, a comunidade da UNIP presencial e de EaD pode utilizar todos os recursos disponíveis em qualquer biblioteca da própria mantenedora e instituições coligadas. Tendo como suporte os sistemas Pergamum e Sisun, o serviço de referência das bibliotecas UNIP disponibiliza para o corpo discente e docente presencial e de EaD os seguintes serviços: • pesquisa bibliográfica; • orientação e normalização de trabalhos acadêmicos seguindo as normas da ABNT. Visando ao melhor atendimento à demanda desse serviço, foi elaborado o Guia de Normalização para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos, que está disponibilizado na página da internet da instituição: <http://www2.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normaliz acao.pdf>; • empréstimo domiciliar; • renovação on-line (feita pelo próprio aluno por meio da internet); • reserva on-line (feita pelo próprio aluno por meio da internet); • intercâmbio de material entre bibliotecas (EaD e presencial); • consulta local; • elaboração de referências bibliográficas (ABNT); • Comut – programa de comutação bibliográfica que visa a facilitar a obtenção de cópias de documentos independentemente de sua localização (no Brasil ou no exterior), provendo o acesso aos documentos exclusivamente para
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