Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Relatório: Classificação dos regimes de escoamento através de Reynolds. FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA-ÁREA 1 CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITARIA DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTES Indira Matos Cirino Jéssica Conceição Araújo Silvia Suelen Alves de Oliveira CLASSIFICAÇÃO DOS REGIMES DE ESCOAMENTO ATRAVÉS DE REYNOLDS Salvador-Ba 2018 2 Relatório: Classificação dos regimes de escoamento através de Reynolds. Indira Matos Cirino Jéssica Conceição Araújo Silvia Suelen Alves de Oliveira CLASSIFICAÇÃO DOS REGIMES DE ESCOAMENTO ATRAVÉS DE REYNOLDS Relatório do Curso de Engenharia, da disciplina: Fenômenos dos Transportes, ministrado pelo Professor Thiago Rosário, correspondente a parte da nota para Ap1. Salvador-BA 2018 3 Relatório: Classificação dos regimes de escoamento através de Reynolds. 1. OBJETIVO Estabelecimento de critérios para a classificação de regimes de escoamento através da consideração de parâmetros físicos das distribuições, dos fluídos e dos escoamentos. 2. INTRODUÇÃO O experimento de Reynolds possibilita a demonstração e definição dos padrões de escoamento existentes: Laminar – as partículas do fluído escoam em camadas sobrepostas, não sendo observado cruzamento de suas trajetórias. O movimento é lento e a perda de carga do escoamento é função, principalmente, do atrito interno das partículas do fluído, ou seja, de sua viscosidade; e Turbulento – o movimento é mais rápido e as partículas não seguem uma trajetória definida, cruzando-se, de forma aleatória, ao longo do fluxo. Nessas condições, as perdas de carga estão relacionadas, principalmente, ao atrito do fluído com as paredes da tubulação. Figura 1. Linhos de fluxo. Laminar à esquerda, e Turbulenta à direita. 4 Relatório: Classificação dos regimes de escoamento através de Reynolds. 3. EXPERIMENTO Seja um reservatório com água, um tubo de vidro, em cuja extremidade é adaptado um convergente, é mantido dentro do reservatório e ligado a um sistema externo que contém uma válvula que tem a função de regular a visualização do padrão do escoamento. Para garantir o estabelecimento do regime permanente, o reservatório contendo água deve ter dimensões adequadas para que a quantidade de água retirada durante o experimento não afete significativamente o nível do mesmo, e ao abrir ou fechar a válvula, as observações devem ser realizadas após um intervalo de tempo suficientemente grande. O ambiente também deve ter sua temperatura e pressões controladas. Colocando-se corante no reservatório A e abrindo-se pouco o registro B, observa-se que o filete colorido flui sem quaisquer perturbações ou misturas. O movimento é lento. Ao se abrir um pouco mais o registro, em dado momento o filete se desfaz, apresentando-se com interrupções e bruscas variações de direção. Instala-se então o regime de transição. Continuando a abertura do registro, verifica-se que o filete desaparece por completo, misturando-se totalmente ao corante. É a instalação do regime turbulento. Reynolds estabeleceu a expressão adimensional: 𝑹𝒆 = 𝑽𝑫 𝝂 D – diâmetro da tabulação (m) V – velocidade média do fluído ao duto (m/s) Ѵ – viscosidade cinemática do fluído (m²/s) 5 Relatório: Classificação dos regimes de escoamento através de Reynolds. A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o escoamento do fluido ocorre de forma laminar, transitória ou turbulenta. Segundo valores determinados por ele experimentalmente para condutos fechados. FAIXA DE VALORES ESCOAMENTO Re ≤ 2000 Laminar 2000 ≥ Re ≤ 2400 Transitória Re ≥ 2400 Turbulenta 4. EQUIPAMENTOS ▪ Reservatório de água (RA) em acrílico de 125 L. ▪ Tubo de PVC acrílico cilíndrico horizontal de diâmetro interno igual a 44 mm ▪ Medidor graduado para medidas de vazão (RGV), localizado no final do tubo. ▪ Válvula de regulagem de vazão (VRV), sendo que a vazão deve ser medida diretamente com auxílio recipiente graduada. ▪ Agulha dosadora de corantes traçadores (solução de azul de metileno), a fim de se visualizar as linhas de correntes no início e no meio do tubo de vidro. ▪ Reservatório de corante traçador (RT). 6 Relatório: Classificação dos regimes de escoamento através de Reynolds. 5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL a) Encher o reservatório com água até o nível ideal para realização da prática; b) Quando cheio, verificar a possível presença de ar no sistema e promover a remoção destes; c) Acionar válvula globo para a vazão desejada e despejar o corante para avaliar o escoamento; d) Anotar na tabela em anexo os dados solicitados pelo técnico e/ou professor. Obs.: Observar sempre o nível d’água. 6. CÁLCULOS E ANÁLISES DOS RESULTADOS Considerando os valores encontrados no laboratório que foram medidos na vazão inicial Q(L/min) para Q (m³/s). Encontramos os seguintes valores medidos na seguinte equação: Q(m³/s)=Q(L/min) * 1,6667x10⁻⁵. Encontrado o valor da vazão (Q) de cada ensaio, calculamos a área (A) sabendo que o diâmetro da tubulação é 44 mm por onde o fluido passa, e encontramos a velocidade (V) que será a razão entre a vazão e a área. 1° passo, cálculo da área: 𝑨 = 𝑷𝒊 ∗ 𝒅𝟐 𝟒 Logo temos: 𝐴 = 1,520 m². 2° passo, cálculo de velocidade: 7 Relatório: Classificação dos regimes de escoamento através de Reynolds. 𝑸 = 𝝂𝑨 𝑸(𝒎²/𝒔) = 𝝂𝑨 𝝂 = 𝑸/𝑨 3° passo, cálculo do valor de Reynolds: Considerando os valores: Diâmetro da tubulação: 44 mm Massa específica da água: 1000 kg/m³ Viscosidade dinâmica da água: µ 1,0030x10 Aplicaremos a fórmula: 𝑹𝒆 = 𝑽𝑫 𝝂 • Tabela de dados através dos cálculos de vazão, velocidade e número de Reynolds para conflitar resultados observados e após os cálculos Vazão Velocidade (V) Reynolds ( Re) Tipo de Escoamento Tipo de Escoamento m³/s m/s Adimensional *pelos cálculos *Vizualizado 1 1,67x10-5 10,9x10-3 483,1 Laminar Laminar 2 3,33×10-5 21,9x10-3 964,94 Laminar Transição 3 5,0×10-5 32,96x10-3 1450,24 Laminar Transição 4 6,6 7×10-5 43,95x10-3 1933,8 Comportamento irregular Turbulento 5 8,33×10-5 54,93x10-3 2412,9 Comportamento irregular Turbulento 6 10x10-5 65,92x10-3 2900 Turbulento Turbulento 7 11,68x10-5 71,91x10-3 3384 Turbulento Turbulento Ensaio 8 Relatório: Classificação dos regimes de escoamento através de Reynolds. ▪ Gráfico correlacionando Velocidade x Vazão x Nº de Reynolds ▪ Possíveis erros e interferências associadas ao experimento → A manipulação da válvula de liberação da água; 32,96x10- 3 10,9x10-3 65,92x10- 3 71,91x10- 3 21,9x10-3 43,95x10- 3 54,93x10- 3 5,0×10-5 1,67x10-5 10x10-5 11,68x10- 5 3,33×10-5 6,6 7×10-5 8,33×10-5 Total 1450,24 483,1 2900 3384 964,94 1933,8 2412,9 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 P ar âm e tr o s Gráfico QxVxRe 9 Relatório: Classificaçãodos regimes de escoamento através de Reynolds. 7. EXERCICIOS PROPOSTOS a) Se a experiência fosse realizada com um líquido mais viscoso (glicerina), nas mesmas condições do experimento, a que vazão seria atingido o regime turbulento? Considerando que o regime turbulento é estabelecido a um valor do número de Reynolds maior que 4000. • Glicerina. μ- 0,934(Pa.s) ρ- 1261(kg /m³) A velocidade de escoamento u= 211,61m /s Como Q=u.A, então o regime turbulento seria estabelecido a uma vazão volumétrica de Q =0,0326m² /s • Ar μ- 18,682x10-6 (N.s/m²) ρ- 1,127(kg /m³) Então aplicando a fórmula Chegamos a uma velocidade de escoamento u=4,73m/s. Como Q=u.A então o regime turbulento seria estabelecido a vazão de ar Q=7,28x 10-4m³/s Devido a maior viscosidade da glicerina, a forcas inercias precisam ser muito grandes para superar as forças viscosas, por isso da velocidade de escoamento ser tão grande. Já no caso do ar, por praticamente não existirem forças viscosas, a velocidade de escoamento pode ser bem mais baixa 10 Relatório: Classificação dos regimes de escoamento através de Reynolds. b) Acetona escoa por uma tubulação em regime laminar com um número de Reynolds de 1800. Determine a máxima velocidade do escoamento permissível em um tubo com 2cm de diâmetro de forma que esse número de Reynolds não seja ultrapassado. 1800 = (789.v.2. 10-²) / 0,326.10-3 V = 3,72. 10-2 m/s c) Um determinado líquido, com kg/m³, escoa por uma tubulação de diâmetro 3cm com uma velocidade de 0,1m/s, sabendo-se que o número de Reynolds é 9544,35. Determine qual a viscosidade dinâmica do líquido. 9544,35 = (1200.0,1.3. 10-4) / µ µ = 3,77.10-4 d) Determine o número de Reynolds para uma aeronave em escala reduzida sabendo-se que a velocidade de deslocamento é v = 16m/s para um vôo realizado em condições de atmosfera padrão ao nível do mar. (ρ = 1,225 kg/m³). Considere m e µ = 1,7894x10-5 kg/ms. Re = (1,225.16.0,35) / 1,7894.10-5 Re = 383.368 11 Relatório: Classificação dos regimes de escoamento através de Reynolds. 8. ANEXOS Figura 1 Equipamentos usados no experimento Figura 1 Equipamentos usados no experimento
Compartilhar