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A Teoria do Valor do Trabalho e a Mais-valia

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A Teoria do Valor do Trabalho e a Mais-valia
Sobre a teoria do valor do trabalho, Gastaldi (2005) acrescenta que, teóricos como James Mill e MacCulloch, concluíram que o referido valor seria o resultado do trabalho empregado na produção de determinado bem.
Ampliando o conceito da Teoria do Valor, Karl Marx, representante do socialismo científico, destaca que o valor da mercadoria ou dos bens é decorrência exclusiva do tempo normal de trabalho despendido na sua concepção. Marx afirma que o trabalho não apenas é a medida de valor, mas a sua própria essência.
Baseada nesta concepção, surge a famosa Teoria da mais-valia, que explica que os lucros adquiridos pelos empresários no modo de produção capitalista são decorrentes da exploração das classes trabalhadoras.
Saiba mais: Segundo Marx, a transição entre o modo de produção capitalista para o socialista aconteceria por um processo automático. Caberia à classe trabalhadora acelerar esse processo.
A transformação aconteceria em sua concepção dialética da história, isto é, tese, antítese e síntese.
A burguesia seria a tese, que ao se apropriar em demasia dos meios de produção, gerou o proletariado (antítese), que iria destruí-la, promovendo a grande síntese da sociedade comunista igualitária, sem classes sociais e sem o Estado, ou seja, perfeita!
Enquanto não se realizasse a utopia comunista, e mesmo para efetivá-la, havia necessidade de uma fase intermediária conhecida como “a ditadura do proletariado”. Substituía-se o Estado burguês pelo Estado proletário.
Na prática, o Estado, órgão de um partido único (comunista), passou a deter a totalidade do poder político, econômico e social. Implantou-se, assim, o “Estado máximo”, totalitário, que subtraiu a liberdade da pessoa, eliminou a propriedade privada dos meios de produção e transferiu para o Estado todo o sistema produtivo.
Essa lógica confundiu o partido comunista com o Estado. Burocratizou o Estado, aboliu o conflito e a política e centralizou as decisões na cúpula do partido ou, mais frequentemente, nas mãos do seu chefe maior. Conclusão: em vez de “ditadura do proletariado”, passou a ser “ditadura sobre o proletariado” e sobre a nação (BRUM, 1999).
A Mais-valia representa a principal tese de Marx, possui a missão de destacar a exploração dos trabalhadores pelo modo de produção capitalista. Como os proprietários dos meios de produção (os capitalistas) possuem o poder de comprar a mão de obra assalariada, eles o fazem por um preço menor do que o valor do produto por ele construído, ocorrendo uma diferença que fica em poder do capitalista. Essa diferença representa a exploração do trabalhador. Desta forma, surge a teoria da mais-valia, símbolo do socialismo.
Observação
A prática socialista trouxe reconhecidos avanços sociais nos países onde o sistema foi implantado, porém com sacrifício da liberdade. Vejamos alguns benefícios:
Superação da miséria e da ignorância;
Pleno emprego;
Elevação do nível de educação e saúde;
Maior equilíbrio na distribuição de renda;
Estímulo ao usufruto dos bens culturais;
Transporte coletivo acessível à grande maioria;
Incentivo ao esporte;
Relativo desenvolvimento geral de suas economias, na fase inicial, mas que não conseguiu evoluir satisfatoriamente para um patamar mais qualificado (BRUM, 1999).
O modo de produção capitalista fundamenta-se na exploração do trabalho. Como já foi visto, o excedente apropriado pelo capitalista, que é a fonte e origem de seu lucro que se denomina mais-valia. Ao se apropriar do valor excedente extraído do trabalhador, não significa dizer que esse deixou de remunerar o trabalhador em troca da sua mão de obra. A verdade é que o valor pago em forma de salário sempre é um montante menor ao produzido por ele em sua dura
jornada de trabalho.
O modo de produção capitalista fundamenta-se na exploração do trabalho. Como já foi visto, o excedente apropriado pelo capitalista, que é a fonte e origem de seu lucro que se denomina mais-valia. Ao se apropriar do valor excedente extraído do trabalhador, não significa dizer que esse deixou de remunerar o trabalhador em troca da sua mão de obra. A verdade é que o valor pago em forma de salário sempre é um montante menor ao produzido por ele em sua dura jornada de trabalho.
Netto e Braz (2012) analisam que o capitalista, diante das diversas mercadorias, sempre apresenta o comportamento de querer comprá-las ao preço mais baixo possível e se tiver oportunidade pagará um preço inferior ao seu real valor, essa mesma postura o capitalista assume diante da força de trabalho.
O mesmo autor acrescenta que o preço da força de trabalho também oscila, podendo estar acima ou abaixo do seu valor real, e que muitos fatores contribuem para essa flutuação: o desemprego é um deles. Em períodos de pouca oferta de emprego, ou excesso de demanda por ele, é natural que o capitalista se aproveite desse cenário e force os salários para baixo.
O regime salarial é condição básica do capitalismo. Ele é parte constitutiva do sistema de exploração do trabalhador, por mais que, com a evolução dos tempos, os trabalhadores tenham conseguido importantes conquistas, essas não modificam a característica principal da relação entre capital e trabalho que é a exploração.
Netto e Braz (2012) refletem sobre a seguinte situação: no dia a dia de sua atividade laboral, o trabalhador não consegue visualizar a distinção entre o trabalho necessário e o trabalho excedente, por conta disso, no trabalho assalariado (denominado de livre), a exploração é mais ocultada do que no trabalho servil e escravo. Vejamos a diferença:
 a visualização da exploração é imediata, uma vez que nada do que o escravo produz lhe pertence e nenhuma remuneração lhe é oferecida.
 O fato de o servo produzir em lugares diferentes evidencia com maior clareza que o senhor feudal lhe extraía parte do produto de seu trabalho.
 O contrato de trabalho implica que o produto do trabalho da classe operária pertence ao capitalista e dá a falsa impressão de que o salário remunera todo o trabalho realizado.
Para Refletir
A existência de um sistema econômico, social e político alternativo obrigou o capitalismo a controlar seu ímpeto selvagem de exploração da classe trabalhadora. Reconheceu direitos e concedeu benefícios sociais e salários mais condizentes aos trabalhadores. Também avançou o capitalismo na criação de mecanismos para amortecer o impacto das crises ou mudanças estruturais e atenuar os efeitos negativos delas sobre os trabalhadores.
Confrontando-se com o socialismo, o capitalismo sentiu a necessidade de se superar e comprovar a sua pretendida superioridade, não apenas no campo da produção, mas também na garantia de seguranças e bem-estar social da população associada ao clima de liberdade.
É nesse contexto que surge a expressiva incorporação de avanços sociais garantidos por lei no chamado “Estado de Bem-Estar Social”, cujo processo teve início em 1930 e se consolidou com razoável êxito no pós-guerra, particularmente nos países capitalista desenvolvidos. (BRUM, 1999).
Já é do conhecimento de todos que a mais-valia é o trabalho excedente não pago, ou seja, que não é repassado para o trabalhador. Esse excedente é convertido em capital e possibilita a sua acumulação. É importante destacar mais uma vez que não existe capitalismo sem acumulação de capital e que o aumento da produtividade do trabalho é o que promove e acelera o processo de acumulação de capital.
Pode-se concluir que a produção da mais-valia conduz à acumulação de capital e, consequentemente, à obtenção do lucro, objetivo maior de todo capitalista.

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