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Resenha história da psicopedagogia no Brasil

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Universidade Estácio de Sá - Curso: Psicopedagogia Clínica e Institucional.
Niterói, 17 de novembro de 2017.
Aluna: Danielly Tomé de Lima - Matrícula: 201704144353.
Professora: Norma Kirsten - Disciplina: História e Formação da Psicopedagogia.
RESENHA: A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.
BOSSA A., Nádia. Fundamentos da Psicopedagogia. In ______A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
Nádia A. Bossa é Psicopedagoga, Mestre em Psicologia da Educação pelas Pontifícias Universidades Católica de São Paulo, PUC-SP, Doutora em Psicologia e Educação pela USP. No final da década de 80, e início dos anos 90, a referida autora passa de aluna a professora e depois de concluído o mestrado com uma dissertação que oficializava a existência da Psicopedagogia na PUC-SP, se tornou uma das grandes percussora da busca constante pela regulamentação da profissão do psicopedagogo no Brasil.
	A resenha aqui referida vem trazer uma análise descritiva da história da Psicopedagogia no Brasil, tomando como referência os estudos de Nádia Aparecida Bossa. A Psicopedagogia tem como embasamento um conjunto de práticas de intervenção no campo da aprendizagem, seja no contexto da prevenção, no diagnóstico e no tratamento das dificuldades de aprendizagem. Essa prática manifestou-se na necessidade de se entender o processo de aprendizagem; uma vez que possui seu próprio objeto: a aprendizagem humana. Recebendo influências significativas da Saúde e da Educação.
	Tendo como seu objeto de estudo o aprendizado, a Psicopedagogia busca delinear caminhos para que se possa avaliar a melhor conduta no que diz respeito às intervenções no processo de aprendizagem, tendo como referências as características biopsicossociais de cada indivíduo.
	Os fundamentos teóricos são extremamente relevantes, depende de uma sólida fundamentação, tais recursos auxiliam o profissional psicopedagogo a entender como se dá a aprendizagem, o que é ensinar e aprender. Através da prática, da constituição teórica é possível traçar uma linha de intervenção psicopedagógico - didático. No que diz respeito aos estudos e práticas psicopedagógicas no Brasil, este recebeu uma maciça influência de estudiosos e estudos argentinos como, por exemplo: Jorge Visca e Alicia Fernandez. No Brasil, Nádia Bossa representa esse grupo. Trazendo a luz a importância desse profissional. 
	A Psicopedagogia ainda se encontra limitada no Brasil se compararmos com nossa vizinha Argentina. É possível traçar uma linha cronológica histórica dos principais fatores que influenciaram a práxis psicopedagógica no Brasil, tais como:
No Brasil, o psicopedagogo continua apoiado a uma equipe multidisciplinar (neurologistas, psiquiatras, psicólogos) quando se trata de avançar em diagnósticos clínicos tais como a DCM- Disfunção Cerebral Mínima.
Rótulos como DCM e TDAH, Dislexia, foram utilizados massivamente para camuflar problemas de origem sociopedagógica e cultural.
A partir 1980, o Instituto Sedes Sapientiae-SP organizou grupos para definir a práxis psicopedagógica brasileira, fundando na ocasião, a AEP- Associação Estadual de Psicopedagogia de São Paulo que, a partir de 1993 se transforma em ABPp- Associação Brasileira de Psicopedagogia.
A ABPp cumpre um papel imprescindível na história da Psicopedagogia e oferece vasto material, incluindo ainda, o Código de Ética, aprovado em Assembléia durante o V Encontro e II Encontro Congresso de Psicopedagogia.
O Código de Ética expressa em seus princípios, (art.1º), como processo de atuação em educação e saúde que lida com o processo de aprendizagem humana, em seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio, da família e da sociedade.
Em seu art.2º, a Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos das várias áreas, do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender no sentido, valendo-se de métodos e técnicas próprios.
O Psicopedagogo vem se preparando para trabalhar em hospitais a exemplo dos colegas argentinos e cubanos.
O Projeto de Lei nº 128/2000 foi transformado na Lei Estadual (SP) 10.891/2001 têm o propósito de implantar a assistência psicológica e psicopedagógica em todas as escolas do estado paulista.
Um dos grandes vilões do ensino brasileiro é o fracasso escolar e a Psicopedagogia é de fundamental importância para erradicar esse fenômeno que avança para a reprovação e a evasão de forma irreversível.
A partir da década de 1960, o Brasil e alguns países da América Latina passaram a viver o regime militar e suas políticas ditatoriais trouxeram a repressão à liberdade de expressão transformando o livre pensador, intelectual da educação, em inimigo público. 
A ditadura vitimou, exilou e torturou milhares de pessoas cujo destino era a prisão, a morte ou o exílio.
A Psicopedagogia brasileira ganha espaço e notoriedade no cenário através da contribuição dos exilados argentinos que para cá vieram, mantendo-se incógnitos.
	A partir desse levantamento histórico é possível entender o caminho longo que a Psicopedagogia com práxis ainda precisa percorrer. Notório observar que a Psicopedagogia assume seu papel terapêutico. A partir da análise dos aspectos afetivos da aprendizagem, também ganham destaque no campo clínico, essas mudanças continuam valorizando as multiplicidades do papel do psicopedagogo. 	Cabe a instituição considerar a forma de conceber a problemática do fracasso escolar. É necessário que o profissional psicopedagogo assuma a sua parcela de responsabilidade em relação a diminuição dos problemas de aprendizagem nas escolas e, consequentemente , a redução dos altos índices de fracasso escolar. O Brasil ainda tem muito a caminhar, no entanto, muitos progressos já foram alcançados.

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