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Investigação de surtos

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Referência: 
Guia de Vigilância Epidemiológica, Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, 2005
Framework for Evaluating Public Health Surveillance Systems for Early Detection of Outbreaks
Recommendations from the CDC Working Group 
MMWR7, 2004 / 53(RR05);1-11
 
http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5305a1.htm
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É um processo contínuo e sistemático de coleta de informação, análise, interpretação e disseminação de dados em saúde com vistas a induzir ações que visem reduzir a morbidade e a mortalidade e promover a saúde da população. 
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Epidemia: 
elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em determinado lugar e período de tempo, caracterizando de forma clara um excesso em relação à freqüência esperada.
Surto: 
tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, etc.).
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Uma função primordial da vigilância é detectar surtos de doença
A ocorrência de casos novos de uma doença (transmissível ou não) ou agravo (inusitado
ou não), passíveis de prevenção e controle pelos serviços de saúde, indica que a população está sob risco e pode representar ameaças à saúde que precisam ser detectadas
e controladas ainda em seus estágios iniciais.
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Surtos são geralmente identificados com base em série de casos notificados ou por alerta de médicos e laboratórios sobre ocorrência de “cluster”
A investigação epidemiológica deve ser iniciada imediatamente após a notificação de casos isolados ou agregados de doenças / agravos, quer sejam suspeitos, clinicamente declarados ou mesmo contatos, para os quais, as autoridades sanitárias considerem necessário dispor de informações complementares.
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Identificar a fonte de infecção e o modo de transmissão; 
Identificar os grupos expostos a maior risco e os fatores de risco; 
Confirmar o diagnóstico e determinar as principais características epidemiológicas
Orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos.
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Acesso, revisão e investigação de casos notificados
Análise de padrões indicativos de um surto no inicio do mesmo (curva epidêmica)
Análise de dados indiretos sugestivos, como aumento de uso de um medicamento, falta numerosa a escola ou trabalho, etc. 
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Com freqüência inicia-se sem hipótese clara.
Geralmente requer o uso de estudos descritivos para a formulação de hipóteses que posteriormente deverão ser testadas por meio de estudos analíticos
Quando ocorrem problemas agudos que implicam em medidas imediatas de proteção à saúde da comunidade, a investigação de campo deve se restringir a coleta dos dados e agilizar sua análise, com vistas as ações imediatas de controle
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consolidação e análise de informações já disponíveis;
conclusões preliminares a partir dessas informações;
apresentação das conclusões preliminares e formulação de hipóteses;
definição e coleta das informações ecessárias para testar as hipóteses;
reformulação das hipóteses preliminares, caso não sejam confirmadas, e comprovação da nova conjectura, caso necessária;
proposição e adoção de medidas de prevenção e controle, durante todo o processo.
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Identificação do paciente 
nome, idade, sexo, estado civil, profissão, local de trabalho e residência
Anamnese e exame físico : 
data de início dos primeiros sintomas, história da moléstia atual, antecedentes mórbidos, antecedentes vacinais, mudanças de hábitos nos dias antecedentes aos sintomas e dados do exame físico;
Suspeita diagnóstica na pendência de dados complementares para firmar o diagnóstico : 
auxiliam a definição de medidas de controle preliminares e a solicitação de exames laboratoriais;
Meio ambiente − depende do tipo de doença investigada. 
Ex: doença de veiculação hídrica requer informações sobre o abastecimento e o tratamento de água, destino de resíduos líquidos, sólidos e lixo, alagamentos, chuvas; em outros casos, podem estar envolvidos insetos vetores, inseticidas e pesticidas, etc.;
Exames laboratoriais 
devem ser solicitados com vistas ao esclarecimento do diagnóstico
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fontes de infecção (água, alimentos, ambiente insalubre, etc.);
período de incubação do agente;
modos de transmissão (respiratória, sexual, vetorial, etc.);
faixa etária, sexo, raça e grupos sociais mais acometidos (características biológicas e sociais);
presença de outros casos na localidade (abrangência da transmissão); 
possibilidade da existência de vetores ligados à transmissão da doença;
fatores de risco: época / estaçãoem que ocorreu; ocupação do indivíduo; saneamento na área (fonte de suprimento de água, destino dos dejetos e do lixo, etc.); condições de vida nas áreas dos casos (hábitos alimentares, aspectos socioeconômicos)
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Propósito: 
identificar casos adicionais (secundários ou não) não notificados ou oligossintomáticos
Finalidade: 
tratar adequadamente esses casos;
determinar a magnitude e extensão do evento;
ampliar o espectro das medidas de controle.
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Análises parciais visando definir o passo seguinte até a conclusão da investigação 
Verificar se medidas já adotadas estão tendo algum impacto. 
Análise e interpretação de dados: pessoa, tempo, lugar e os aspectos clínicos e epidemiológicos, para a formulação de hipóteses quanto ao diagnóstico clínico, fonte de transmissão, potenciais riscos ambientais e efetividade das medidas de controle adotadas até o momento.
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Varia de horas a anos, dependendo do evento e do interesse da análise
Ex: doença crônica: análise secular
Intoxicação alimentar: dias
Infecção respiratória: estações de um ano
Relação temporal entre exposição e adoecimento: 
ajuda a estimar período de incubação ou latência
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Definir critério clínico-epidemiológico-laboratorial para o diagnóstico final,
Considerar definições de caso específicas para cada doença.
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causa da ocorrência (inclusive falhas da vigilância epidemiológica e/ou dos serviços de saúde e providências para sua correção);
se as medidas de prevenção implementadas em curto prazo estão sendo executadas;
orientações e recomendações, a médio e longo prazos, a serem instituídas
alerta às autoridades de saúde dos níveis hierárquicos superiores (em situações que coloquem sob risco outros espaços geopolíticos).
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Organização, apresentação e análise de registros de saúde coletados de forma sistemática, contínua ou eventual
O quê? 
qualifica o evento 
Quanto ? 
Estabelece a magnitude: 
Morbidade
Mortalidade		
Incidência
Prevalência 
Taxa de ataque
Descrever-> três dimensões
Quem ? 
Quando ? 
Onde ?
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É a proporção de uma população claramente definida que desenvolve uma doença dada em um curto período de tempo (epidemia, surto)
TA= no pessoas que adoecem no período t (x 100) 
		Total pessoas sob risco de adoecer no início do período t
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Relativas ao tempo
Qual o período de duração da epidemia?
Qual o período provável de exposição?
Curva epidêmica: 
Expressa a dispersão dos períodos de incubação individuais, em torno de uma média na qual a maioria dos casos está agrupada .
Escolha do intervalo de tempo adequado para o registro dos casos é que o mesmo se situe entre 1/8 e 1/4 do período de incubação da doença em questão.
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Relativa ao Lugar (distribuição espacial)
Qual a distribuição geográfica predominante? Bairro de residência, escola, local de trabalho ou outra?
Análise espacial permite identificar se o surto/epidemia afeta uniformemente toda a área, ou se há locais que concentram maior número de casos e de maior risco. 
Ex: distribuição concentrada em um mesmo ponto sugere que a água, alimento ou outras fontes comuns, possam ser os possíveis veículos de transmissão.
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Relativas às pessoas
Quais são os grupos etários e sexo mais atingidos?
Quais são os grupos, segundo o sexo e idade, expostos a maior risco de adoecer?
Que outras características distinguem os indivíduos afetados da população geral?

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