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GABARITO AD1 de Educação e Trabalho 2018.1

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Prévia do material em texto

Fundação Centro de Ciências e 
Educação Superior a Distância 
do Estado do Rio de Janeiro 
 
Centro de Educação Superior a 
Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
PRIMEIRA AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA – 2018.1 
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TRABALHO 
Prof. Dr. Dalton Alves 
Profª. Drª Fátima Chaves 
Profª. Ms. Roberta Guimarães 
 
Nome: 
Matrícula: 
E-mail: 
Telefone: 
Polo: 
Cidade que reside: 
 
 
Prezado(a) Estudante: 
 
Esta é a sua Primeira Avaliação a Distância (AD-1), ela tem por objetivo aprofundar alguns 
conhecimentos básicos da Disciplina os quais serão fundamentais para a compreensão dos demais estudos 
que você realizará posteriormente, em especial, para a realização da AP-1. 
 Você vai encontrar nesta AD1 4(quatro) Questões Discursivas para serem respondidas; 
 Leia atentamente; 
 Revise suas respostas; 
 
 
*** ATENÇÃO *** 
 Data Limite para a POSTAGEM VIA PLATAFORMA da AD1 dia 03 de março. 
 
 
Boa Atividade!!! 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO 
RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
Licenciatura em Pedagogia – EAD 
LIPEAD/UNIRIO/CEDERJ 
 
COMO POSTAR ESTA AD1 VIA PLATAFORMA: 
O aluno/a depois de baixar o arquivo da AD1 e responder deverá salvar o arquivo em Word (.doc) ou Adobe Acrobat 
(.PDF) com as respostas, ou, se já respondeu por escrito, pedimos para escanear ou fazer uma fotografia digital da 
avaliação, legível/em boa resolução e acessar a Plataforma no lugar correspondente para anexar e enviar o arquivo. 
Onde está na Plataforma a Ferramenta para o envio dessa AD1? 
Ao acessar a Plataforma na área da Disciplina Educação e Trabalho, o aluno/a deve procurar logo abaixo da mensagem de 
"Boas Vindas" ou na coluna à esquerda em "Atividades" onde está escrito: “Como ENTREGAR a AD1 de Educação e 
Trabalho_2018.1". 
Você deve entrar na Atividade e clicar no botão "Adicionar Atividade" e anexar o arquivo da AD1 (em Word ou PDF), clique 
em "Salvar Mudanças" e em seguida "Enviar Arquivo". 
ATENÇÃO, caso apareça no menu "Status de Envio" o termo: "Rascunho", significa que o arquivo ainda não foi enviado. 
Neste caso, para concluir o envio certifique-se de ter clicado em "Enviar Atividade". 
Qualquer dúvida acesse o tutorial aqui: Tutorial de Entrega da AD1 (em anexo) 
Ou entre em contato com a Equipe de Tutoria da Disciplina. 
 
 
 
ATIVIDADE DE APROVEITAMENTO DA DISCIPLINA 
[10.0 pontos] 
 
Orientações: 
 Procure responder às questões usando suas próprias palavras, com criatividade e demonstrando 
coerência expositiva e argumentativa ao redigir o seu texto, escreva fazendo sempre uma introdução, 
desenvolvimento e conclusão. 
 ATENÇÃO: Não serão aceitos plágios ou cópias literais dos textos ou de outros trabalhos na internet 
sob pena disto impactar na nota nesta atividade. 
Bom Trabalho! 
 
 
Material Básico desta Atividade: 
TEXTO 01 = SAVIANI, Dermeval. “O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias” – (p.01-15). 
TEXTO 02 = SAVIANI, Dermeval. “Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos” – (p.01-15). 
VÍDEO 01 = Palestra do professor Dermeval SAVIANI. “Escola: Dominação ou Transformação?” --- 45’min. 
 Link para acessar ao Vídeo, em duas partes: 
 PARTE 1 = https://www.youtube.com/watch?v=bwBl6BOr8jo 
 PARTE 2 = https://www.youtube.com/watch?v=024bXXSUWbE 
 
 
1) Qual a origem histórica da educação e por que os primeiros grupos 
humanos na face da terra tiveram necessidade da educação? 
[2.5 pontos] 
 
 
GABARITO: 
A educação é tão antiga quanto os seres humanos. Desde que os primeiros grupos humanos 
surgiram, surgiu também a necessidade de eles se educarem. A educação se faz necessária como 
meio de reproduzirem a sua própria existência, de passarem para as novas gerações os 
conhecimentos fundamentais dos modos de vida humanas para que os neófitos aprendessem como 
sobreviver no mundo da época. E isto se liga ao trabalho posto que a sobrevivência humana é 
garantida desde sempre por esta atividade de transformação da natureza para extrair dela tudo de 
que necessitamos para sobrevivermos, a qual conhecemos pelo nome trabalho. O trabalho é a 
capacidade humana de criação dos meios de sua própria sobreviência criando com isto coisas úteis 
aos humanos. Portanto, a educação tem origem com o surgimento dos seres humanos, ou seja, a 
educação, bem como o trabalho, são tão antigos quanto o próprio homem. E desde sempre estão 
imediatamente imbricados, dependentes um do outro. O homem, o trabalho e a educação são 
elementos fundamentais da essência própria dos seres humanos um não existindo sem o outro. 
Noutros termos, no processo de humanização atuam necessariamente o ser humano, o agir humano 
sobre a natureza para transformá-la (trabalho) e a necessidade de repassar para as novas gerações 
(educação) o domínio das força produtivas, das técnicas, desenvolvidos em dado momento histórico. 
 
 
 
2) Como surgiu a escola nos tempos primitivos? Qual era a sua finalidade 
nesse período histórico? [2.5 pontos] 
 
 
GABARITO: 
A escola surge nos tempos primitivos como uma modalidade específica de educação, diferenciada da 
forma comum a todos, acessível apenas a uma pequena parcela da sociedade, aquela que não 
precisava exercer nenhum trabalho manual e produtivo, que dispunha portanto de tempo livre o qual 
passou a ocupar para desenvolver outros conhecimentos e outras habilidades, exclusivamente 
intelectuais e que não tinham ligação com o trabalho produtivo. Isto foi possível após a divisão da 
sociedade em classes sociais distintas, de um lado a classe dos proprietários dos meios de produção 
e de outro a classe dos não proprietários. Estes por não possuírem os meios fundamentais para 
garantirem sua própria sobrevivência, como por exemplo a posse da terra, principal meio de 
subsistência da antiguidade, eram constrangidos pela necessidade ou pela força (escravidão) a 
trabalharem nas terras dos senhores donos das propriedades para sobreviverem. A divisão da 
sociedade em classes, por sua vez, teve origem com o surgimento da propriedade privada contra o 
regime de propriedade coletiva da terra vigente até então. Se antes o regime de propriedade coletiva 
implicava em relações sociais de produção nas quais todos viviam do trabalho de todos fundadas em 
relações de cooperação e ajuda mútua, no regime de propriedade privada alguns puderam passar a 
viver do trabalho dos outros e não mais do próprio trabalho gerando relações de oposição e 
antagonismo, pois, os produtores diretos foram constrangidos a trabalharem para um outro e não por 
opção, mas pela força. A gênese da escola traz então esta marca da divisão da sociedade em 
classes e com a finalidade de atender às necessidades das classes proprietárias, os nobres e ricos. A 
própria origem do termo remete a isto, posto que “scholé”, palavra que deu origem ao termo “escola” 
significa em Grego “o lugar do ócio”, indicando com isto que para lá deveriam ser enviadas as 
crianças e os jovens que dispunham de ócio, de tempo livre, pois não precisavam trabalhar. A escola 
surge portanto como uma modalidade distinta de educação restrita a uma elite social, rica e abastada. 
Enquanto a maioria da sociedade, os trabalhadores e pobres, continuavam a se educar como sempre 
o fizeram, no próprio trabalho, onde aprendia-se a trabalhar, trabalhando e aprendia-se a viver, 
vivendo. 
 
 
3) Para melhor entender a relação entre as revoluções industriais, o mundo do 
trabalho e a educação faça o que se pede a seguir: [3.0 pontos] 
a) quais foram as principais revoluções industriais a partir do Período Moderno até 
hoje? 
 
b) pesquise e expliquequais as mudanças históricas na educação ocorridas a partir 
dessas revoluções. 
 
c) cite pelo menos uma consequência relevante sobre a educação em cada fase 
dessas revoluções. 
 
Além dos textos e vídeos de Saviani, consulte também os sites: 
>> https://www.coladaweb.com/geografia/as-tres-revolucoes-industriais 
>> https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/revolucoes-industriais-primeira-segunda-e-terceira-
revolucoes.htm 
>> https://www.recantodasletras.com.br/artigos/2129184 
 
GABARITO: 
a) SÃO TRÊS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS: 
Primeira Revolução Industrial = foi um processo iniciado na Inglaterra, no século XVIII, que 
teve como um dos principais acontecimentos a invenção da máquina a vapor e sua aplicação na 
produção têxtil. Esse processo trouxe modificações significativas na economia e na sociedade, que 
se tornaram mais complexas, e, por consequência, no espaço geográfico: aumentou a quantidade de 
profissões, de mercadorias produzidas, de unidades de produção (as fábricas); as cidades passaram 
a crescer, em alguns casos, num ritmo bastante acelerado; o campo conheceu um processo de 
mecanização; foram estruturadas ferrovias, que aumentaram a capacidade de circulação de 
mercadorias e de pessoas, além de terem agilizado o transporte; a necessidade por matérias-primas 
agrícolas e minerais ampliou-se significativamente e, em decorrência disso, muitos povos foram 
explorados, sobretudo no continente africano. 
Segunda Revolução Industrial = ocorreu entre meados do século 19 e meados do século 
20, e se deve ao surgimento da energia elétrica e a descoberta de fontes de energia fóssíl, que 
depois irá gerar os motores movidos a combustão, sobretudo os automóveis. Daí surgirão diversos 
inventos que passaram a ser produzidos e comercializados: automóvel, telefone, televisor, rádio, 
avião, máquinas movidas à energia elétrica, luz (iluminação pública e residencial) etc. 
Terceira revolução industrial = logo após a Segunda Grande Guerra, em meados do Século 
XX, a economia internacional começou a passar por profundas transformações. Elas caracterizam a 
Terceira Revolução Industrial, diferenciando-a das duas anteriores. Essa nova fase apresenta 
processos tecnológicos decorrentes de uma integração física entre ciência e produção, também 
chamada de revolução tecnocientífica e a microeletrônica, sobretudo, após a década de 1970. As 
atividades destacadas estão vinculadas à produção de computadores, softwares, microeletrônica, 
chips, transistores, circuitos eletrônicos, além da robótica com grande aceitação nas indústrias, 
telecomunicações, informática em geral etc. 
 
b) A indústria tendo o seu processo produtivo centrado nas máquinas e não mais no trabalho 
humano direto e sendo a máquina resultado de conhecimentos científicos da física, da mecânica, 
da matemática etc., passou a exigir gradativamente dos trabalhadores que as operavam algum 
nível de conhecimento científico-tecnológico, mas, estes conhecimentos, teóricos, não podiam ser 
desenvolvidos somente pela observação empírica, como antes no trabalho manual, precisavam 
de estudos mais complexos que só eram acessíveis e veiculados por instituições específicas 
conhecidas como escolas ou academias. Assim, neste contexto, aos poucos é que a escola irá se 
converter na principal forma de educação da maioria em substituição a educação empírica e 
espontânea das épocas anteriores, nas quais a educação escolar e teórica estava restrita aos 
nobres e a aristocracia. Atualmente a educação escolar é tão natural e óbvia que muitos nem têm 
a noção de que nem sempre ela foi uma necessidade para todos da sociedade. 
 
c) 
Na primeira: Segundo Saviani, “a 1º revolução industrial colocou a máquina no centro do processo 
produtivo, transferindo portanto para as máquinas as atividades manuais, e com isto liberando os 
trabalhos das atividades manuais pesadas e também daquelas atividades que exigiam um grau de 
precisão que demandava uma grande concentração e habilidade manual, isto então tendeu ser 
transferido para as máquinas e com isto o trabalho passou a se desenvolver em articulação com as 
máquinas. Essa revolução industrial que colocou a máquina no centro do processo produtivo, teve 
uma correspondente revolução educacional que colocou a escola no centro do processo educativo. A 
partir daí uma das consquências é que os professores se tornam os educadores por excelência de 
nossa época, e o habitar dessa atividade educacional são as escolas. Portanto o movimento de 
professores, as condições de trabalho dos professores, os salários dos professores, estão 
diretamente ligados ao desenvolvimento ou não, a melhoria ou não, da educação da nossa época”. 
Outra questão, é que surge a necessidade de qualificação de mão-de-obra para a indústria, de 
escolas profissionalizantes geradas pelo aumento da quantidade de profissões; necessidade 
crescente de trabalhadores alfabetizados, sobretudo, nos grandes centros urbanos e industriais; era 
preciso que os trabalhadores dominaassem os conhecimentos científicos e tecnológicos para melhor 
desenvolverem seu trabalho na indústria. Coloca-se, neste contexto, a necessidade do domínio da 
leitura e da escrita, do saber ler e escrever e contar que torna-se fundamental para esta sociedade e 
seus membros, era uma condição básica de “cidadania”. 
Na segunda: A educação formal escolar passa a se configurar cada vez mais como uma 
necessidade social geral, preparando o sujeito para a vida social e para o trabalho. A forma de 
organização da escola aproxima-se cada vez mais do modelo de organização do trabalho na 
indústria, levando a certa padronização da escola como na fábrica: horários determinados, divisão do 
trabalho escolar [direção, professores, funcionários]; disciplinas demarcadas em tempos de aulas, 
alunos sentados em fileiras como numa linha de produção. Não é por acaso que irá surgir entre o 
final do Século XIX e início do Século XX diversas teorias pedagógicas novas propondo métodos 
novos de ensino e de aprendizagem. 
Na terceira: Cada vez mais as instituições escolares são vistas da mesma maneira que as empresas 
e mercados econômicos, de forma a promover uma “formatação” dos seus integrantes; rápidos 
avanços e desenvolvimento nos setores de Ciência e Tecnologia; elevada qualificação da mão-de-
obra. Segundo Saviani, em relação a escola na 3ª. Revolução Industrial, “o processo de 
desenvolvimento da sociedade moderna se operou por transformações na base material que são 
conhecidas normalmente por revoluções. Revoluções tecnológica ou industrial, e é neste sentido que 
hoje nós estamos vivendo o momento reconhecido como a 3º revolução industrial ou revolução 
microeletrônica ou revolução de automação. O que existe de peculiar neste momento, eu diria que se 
a 1º revolução industrial substituiu o trabalho manual pela máquina, o específico da atual revolução 
industrial é substituir inclusive operações intelectuais pelas máquinas, é por isso que também 
costuma-se dizer que hoje estamos vivendo na era das máquinas inteligentes, ou seja, são máquinas 
que absorvem operações intelectuais, de modo especial aquelas complexas e repetitivas, que no 
entanto tinha que ser feitas pelo homem. Se a 1º revolução industrial libertou os homens do trabalho 
braçal, do trabalho pesado, então no lugar de imprimir sua energia física para produzir bens, esta 
energia física era transferida para as máquinas, hoje nós estamos no momento em que as energias 
intelectuais que eram destinadas, que eram gastas com operações intelectuais complexas e 
repetitivas, elas são transferidas para as máquinas, se incorporam as máquinas. Então a partir da 1º 
revolução industrial a tendência era que o trabalho humano se intelectualizasse, ou seja, fosse 
definido progressivamente pela forma intelectual. A situação atual se encaminha na direção de que o 
trabalho humanotende a se resumir aos processos criativos e aos controles dos grandes complexos 
automáticos, em outros termos, chegamos ao momento em que a produção socialmente necessária, 
praticamente na sua totalidade, pode ser desenvolvida pelas máquinas, por complexos automáticos. 
O trabalho humano passa a ser tipicamente um trabalho intelectual enquanto controle desse processo 
automático, controle que inclusive poderá ser feito a distância, isto está revolucionando não só as 
bases materiais, mas também as bases sociais da sociedade atual”. 
E mais ainda: as consequências na educação escolar se fazem sentir também, por exemplo, 
no ensino médio, onde “já não basta dominar os elementos básicos e gerais do conhecimento que 
resultam e ao mesmo tempo contribuem para o processo de trabalho na sociedade. Trata-se, agora, 
de explicitar como o conhecimento (objeto específico do processo de ensino), isto é, como a ciência, 
potência espiritual, se converte em potência material no processo de produção. [...] Tal explicitação 
deve envolver o domínio não apenas teórico, mas também prático sobre o modo como o saber se 
articula com o processo produtivo. [...] Não se trata de reproduzir na escola a especialização que 
ocorre no processo produtivo. O horizonte que deve nortear a organização do ensino médio é o de 
propiciar aos alunos o domínio dos fundamentos das técnicas diversificadas utilizadas na produção, e 
não o mero adestramento em técnicas produtivas. Não a formação de técnicos especializados, mas 
de politécnicos [...] Politecnia significa, aqui, especialização como domínio dos fundamentos 
científicos das diferentes técnicas utilizadas na produção moderna. Nessa perspectiva, a educação 
de nível médio tratará de concentrar-se nas modalidades fundamentais que dão base à multiplicidade 
de processos e técnicas de produção existentes. [...] Essa é uma concepção radicalmente diferente 
da que propõe um ensino médio profissionalizante, caso em que a profissionalização é entendida 
como um adestramento em uma determinada habilidade sem o conhecimento dos fundamentos 
dessa habilidade e, menos ainda, da articulação dessa habilidade com o conjunto do processo 
produtivo”. 
 
 
4) Explique a proposta de Dermeval Saviani denominada “Educação e a tarefa 
da sociedade” que aparece no final do vídeo indicado. 
[2.0 pontos] 
GABARITO: 
O autor apresenta, nesta parte, de modo geral, a sua visão pessoal sobre a relação entre educação e 
a transformação da sociedade. Diz ele que “apesar de toda a campanha em contrária, a ideia é que a 
alternativa à sociedade capitalista é o socialismo. Discute-se hoje se é o socialismo real, socialismo 
nesse sentido naquele sentido. Para mim, o fundamental é o seguinte: as dificuldades, os problemas 
e as contradições, que o capitalismo vem gerando, agravando e sua incapacidade de solucioná-las, 
implica que a superação do capitalismo é o socialismo, que é aquilo que a prática histórica e a teoria 
dessa prática denomina de socialismo. Podemos discutir o conteúdo disso, mas não podemos perder 
de vista que essa é a direção. Socialismo porque se trata da socialização da apropriação”. E mais 
ainda, explica Saviani: “porque o capitalismo socializou e coletivizou a produção, o produto hoje é 
coletivizado, não é mais individual como na época do artesanato. O produto que sai da linha de 
montagem não é mais o produto de um trabalhador e sim do coletivo. Isso o capitalismo já fez, mas 
instituiu, em contrapartida, a contradição, pois com essa coletivização da produção, fez uma 
apropriação privada dos produtos [...] E o socialismo não é outra coisa que a exigência da 
apropriação coletiva da produção, ou seja, que a produção da humanidade seja colocada a serviço do 
conjunto da humanidade e não a serviço do interesse de poucos contra a grande maioria que vai 
sendo lançada na miséria mais absoluta [...] E conclui dizendo: “procurei contribuir para a análise 
desses processos que estão em efervescência, procurando compreender as suas determinações e 
seus significados e, ao mesmo tempo, insistir na necessidade de lutar pelas alternativas que restam à 
humanidade, em virtude da incapacidade do capitalismo superar suas contradições e as 
desigualdades sociais que gerou e não deu conta de resolver as exigências mínimas do coletivo”. 
Em geral, pode-se afirmar que o autor vislumbra em sua análise a necessidade, em última 
instância, de que para transformar a educação devemos transformar a sociedade. Nesta perspectiva 
o autor sinaliza que para uma real e radical transformação da educação de tipo escolar como veículo 
da emancipação humana não é possível de se alcançar isto de modo pleno estando a escola 
submetida a lógica do capital, daí ele se alinhar aqueles que consideram necessária a emergência de 
um novo modo de produção, de tipo socialista, que ao seu ver, atenderia melhor a esta necessidade.

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