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PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS EM GERIATRIA – parte 2 Profª Ms. Tatiana Aramini Farmácia Clínica DOENÇA DE ALZHEIMER (DA) Prevenção e tramento A Doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa caracterizada por deterioração de memória e de outras funções cognitivas, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma multiplicidade de alterações comportamentais e psicológicas que mais comprometem a qualidade de vida na velhice. A DA é a principal causa de demência e é a causa líder de incapacitação entre as pessoas com mais de 60 anos. Fonte: Diretrizes clínicas na saúde suplementar – Sociedade Brasileira de geriatria Medidas preventivas Atividades que estimulem a cognição: Leitura de jornais e livros, assistir TV, jogar cartas, palavras cruzadas, tocar instrumento musical etc (foram associados com redução de risco para DA em 64%) • Recomenda-se o uso dos inibidores de colinesterase donepezila, rivastigmina ou galatamina para tratamento de DA leve a Moderada. • As doses devem ser elevadas de forma gradual, a fim de minimizar a ocorrência de RAMs; • RAMS mais frequentes: dor abdominal, anorexia, tontura, náusea, vômitos, diarreia, cefaleia e insônia. É recomendado acrescentar memantina ao inibidor de colinesterase nas fases moderada a grave. Recomendações Fármacos evitados na DA Evitar fármacos com efeito sedativo e anticolinérgico. Antidepressivos tricíclicos, benzodiazepínicos, antipsicóticos, anti-histamínicos. Tratamento da agressividade da DA Antipsicóticos atípicos (2 geração): Preferência por olanzapina (2,5 – 10 mg/dia) ou risperidona (0,5 mg – 2 mg/dia). * 2º opção BZD de meia vida curta como o lorazepam ou alprazolam. Não usar fármacos de meia-vida longa (diazepam) devido sonolência, déficit de memória, quedas e abstinência. * Fonte: Diretrizes clínicas na saúde suplementar – Sociedade Brasileira de geriatria Tratamento da depressão da DA Evitar antidepressivos tricíclicos; Piora dos efeitos negativos para a memória. Preferir I.S.R.S. DOENÇA DE PARKINSON (DP) Doença de Parkinson Ocorre pela perda de neurônios do SNC produtores de dopamina, em uma região conhecida como substância negra (ou nigra), elevando as concentrações de Acetilcolina = disfunção motora Tratamento: reposição de dopamina que reduzirá as concentrações de acetilcolina na subs. nigra melhorando a função motora. Tratamento da DP Doença de Parkinson (DP) Doença de Parkinson (DP) Fonte: Protocolo Clínico e diretrizes terapêuticas – Doença de Parkinson – Ministério da saúde Fonte: Protocolo Clínico e diretrizes terapêuticas – Doença de Parkinson – Ministério da saúde CASOS CLÍNICOS L.M.O, 62 anos, hipertenso há 8 anos e com diagnóstico de Parkinson há 7 anos. Recentemente começa a apresentar o efeito “off ” (imobilidade profunda), confusão e esquecimentos. No final de tarde ou logo pela manhã apresenta episódios de movimentos descontrolados sugerindo discinesia. Atualmente a prescrição é de: Levodopa / Cardidopa 100/25 mg 4 x ao dia Biperideno 8mg ao dia Selegilina 5 mg 2 x ao dia Amitriptilina 50mg ao dia Atenolol 25 mg 1 x ao dia L.M.O, 69 anos, foi tratado nos últimos dois anos para fibrilação arterial e angina com 100mg de AAS e 0,125 mg de digoxina, além de 50 mg de atenolol e 5 mg de varfarina ao dia. Procurou o médico queixando-se de indigestão mas últimas 3 semanas que não responde mais aos antiácidos. Diante deste fato, foi prescrito omeprazol 20mg dia. Cinco dias após o paciente procurou o serviço de emergência devido a contusão sobre seus membros e tronco, paciente estava pálido e a urinálise indicou hematúria. Sua razão normalizada internacional (INR) era de 5,8, sendo administrado vitamina K EV. A) Qual explicação mais provável para o súbito aumento de INR?
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