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AULA 02 - Auditoria Contábil e Operacional

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CIÊNCIAS CONTÁBEIS – UNIVERSIDADE ESTÁCIO – RIO DE JANEIRO
Auditoria Contábil e Operacional
2018.1
Objetivos:
1 - Identificar as demonstrações contábeis a serem auditadas;
2 - Compreender os aspectos que deverão ser verificados;
3 - Entender os aspectos básicos do planejamento de auditoria;
4 - Reconhecer o funcionamento do planejamento de auditoria.
Introdução
Nesta aula, vamos apresentar as demonstrações contábeis passives de auditoria e entender a importância destas demonstrações para os tomadores de decisões. Assim, é necessário que estas demonstrações sejam verificadas para que sejam diminuídos ou eliminados problemas relativos à má-fé ou a erros comuns. Além disso, vamos demonstrar o planejamento de auditoria, etapa ligada à definição de estratégia. É nesta etapa que o auditor começa a traçar o processo de auditoria, sendo aí necessário o conhecimento da empresa, de suas particularidades e das áreas a serem auditadas.
CONTABILIDADE
Embora a contabilidade seja conhecida como a linguagem dos negócios, é importante que seja salientado que ela não representa apenas um sistema em que são escrituradas as informações contábeis.
Como uma ciência social aplicada, a contabilidade, além de possuir um conjunto de técnicas, princípios, conceitos e uma metodologia própria para servir aos seus usuários de informações, também contribui no plano econômico e no administrativo das empresas, provendo informações objetivas e seguras.
 Linguagem dos negócios Em todas as operações que impactam o Patrimônio, tanto qualitativa quanto quantitativamente, deve ser registrada.
Com o passar dos tempos, a contabilidade tem se consolidado como ferramenta de utilização pelos administradores nas decisões a serem tomadas.
Você deve estar se perguntando o porquê...
Porque além de gerar informações de caráter financeiro ou econômico, tal como demonstração de resultado, balanço patrimonial, fluxos de caixa etc., a contabilidade fornece informações que auxiliam na gestão dos negócios.
Com isso, os gestores passaram a utilizar as informações para servir de suporte a suas decisões empresariais, com base em informações, e não mais em juízos de valor.
PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE
Por ser uma ciência, a Contabilidade possui alguns regramentos específicos e outros mais genéricos, os quais afetam todas as empresas de maneira irrestrita. 
Até por isso, as demonstrações geradas não são apenas somas de valores, mas apresentam relacionamentos e dependência entre os diversos segmentos operacionais.
Assim, é fundamental que se compreenda o conjunto de informações contábeis geradas pela Contabilidade, denominadas demonstrações contábeis.
Regramentos São denominados princípios de Contabilidade, que padronizam a forma e a natureza dos registros a ingressarem na estrutura contábil das empresas.
Demonstrações contábeis Por meio delas, é possível identificar tendências, análises, comparações e elementos que indiquem ineficiências ou pontos de melhoria em toda a estrutura da entidade.
INCORREÇÕES NAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Quando se geram informações contábeis, independentemente das intenções de seus responsáveis, elas podem conter incorreções. Estas correções podem ser por má-fé ou por erros comuns.
Elas têm o potencial de provocar análises equivocadas por parte dos gestores e, de maneira mais nociva, por parte de investidores externos às empresas.
É aqui que se percebe a importância de estas informações terem suas estruturas confirmadas por parte de entidades independentes, sendo contratadas pelas empresas que a geraram especificamente para este fim.
Confirmadas Esta verificação e validação independente é denominada auditoria, caracterizada pela análise minuciosa, criteriosa e regulamentada de toda a estrutura de demonstrações contábeis por parte das entidades.
Patrimônio das entidades Principalmente composto pelos bens, direitos e obrigações de uma entidade, mas também por tudo o que possa influenciar na dinâmica patrimonial.
Demonstrações Contábeis básicas Ou seja, o conjunto de informações padronizadas que representa o meio pelo qual as informações acumuladas pelos sistemas contábeis das empresas são informadas aos usuários finais, sejam estes externos ou internos.
ATENÇÃO!!
Adicionalmente, algumas empresas podem apresentar o relatório da administração, o qual descreve as características principais em relação ao desempenho e à posição financeira e patrimonial, além de expor as incertezas às quais uma empresa esteja sujeita.
No entanto, todas estas informações estão sujeitas ao procedimento de auditoria, para garantir aos interessados nas informações contábeis que estas foram elaboradas e apresentam a realidade econômico-financeira das entidades relacionadas.
Para o planejamento, o ideal é que o auditor tenha conhecimento:
• das atividades;
• dos fatores econômicos e legislação aplicável; 
• das práticas operacionais da empresa;
• e do nível geral de competência aparentada pelos membros da administração.
COMENTÁRIO:
O auditor precisa registrar em documentos hábeis o planejamento geral e preparar programas formais de trabalho, por escrito. Esses documentos devem evidenciar o que for necessário à compreensão de todos os procedimentos a serem aplicados, relacionados à natureza, à oportunidade e à extensão dos trabalhos a serem realizados. Eles serão detalhados de tal forma que possam servir como um meio de controle para a execução das tarefas.
PLANEJAMENTO DE AUDITORIA
Normalmente, o trabalho de auditoria requer a participação de não apenas um auditor, mas de uma equipe. 
Esta deve fazer parte do planejamento, que por sua vez deve prever a orientação e a supervisão do auditor, sendo este o responsável pelo conjunto dos trabalhos a serem executados.
Quando necessário, tanto o planejamento quanto os programas de trabalhos de auditoria devem sofrer revisões e atualizações que se julgarem necessárias.
Planejamento Na etapa de planejamento, o auditor deve levar em contar diversos fatores ligados à execução das tarefas. Esses fatores estão relacionados a conhecimentos de práticas contábeis, sistema contábil e de controles internos, identificação de riscos e de áreas importantes e conteúdo dos relatórios e do parecer a ser emitido ao fim dos trabalhos.
# CONSIDERAÇÕES A SEREM ANALISADAS #
Quando o trabalho de auditoria é realizado pela primeira vez em uma entidade qualquer, ou ainda, quando as demonstrações contábeis do ano anterior tiverem sido auditadas por outro profissional, algumas considerações devem ser feitas. Vamos conhecer algumas delas?
As considerações são as seguintes:
 
• Conformidade entre os saldos de abertura e os saldos de fechamento do período anterior;
• Conformidade entre as práticas contábeis adotadas no exercício anterior e no exercício a ser auditado;
• Busca de fatos com relevância suficiente para influenciar na situação financeira ou na situação patrimonial da entidade auditada;
• Identificação de eventos subsequentes ao exercício anterior, desde que estes não tenham sido revelados no trabalho do auditor do período imediatamente anterior na finalização do seu trabalho.
Comentário:
O auditor também deve comprovar que executou as tarefas de elaboração de proposta de serviços e da confecção do planejamento de auditoria em consonância com as normas de auditoria independente de demonstrações contábeis vigentes no Brasil.
PLANEJAMENTO DA PRIMEIRA AUDITORIA
Quando um auditor ou sua equipe vão realizar a primeira auditoria em uma entidade, isto requer alguns cuidados especiais por parte destes, certo?
Nestas situações, é recorrente um conjunto de ocorrências, as quais serão apresentadas na sequência.
Quando também é a primeira vez da empresa auditada a sofrer o procedimento de auditoria independente, isso requererá atenção adicional do auditor independente. 
Isso porque esta empresa auditada não tem experiência anterior de qualquer trabalho de auditoria.
Quando a empresa foiauditada no exercício imediatamente anterior e esta foi realizada por um auditor independente, isso fará com que a empresa auditada possa colaborar de forma mais efetiva. A razão é que a empresa já tem conhecimento das orientações a serem seguidas e das requisições mais comuns realizadas pelo auditor independente.
Quando a empresa não foi auditada no exercício imediatamente posterior, mas já sofreu procedimentos anteriores de auditoria independente, da mesma forma a atenção adicional do auditor independente será demandada.
A empresa poderá colaborar de forma efetiva, já sabendo das necessidades de um profissional auditor durante o processo de auditoria.
O auditor não possui demonstrações contábeis auditadas como base de comparação para os seus trabalhos. Nestas situações, normalmente mais horas são necessárias para a completude dos trabalhos de auditoria.
MEIOS DE PROVA E PLANEJAMENTO DE AUDITORIA
O que sabemos sobre as normas de auditoria independente?
Que elas definem como mandatária a confecção do planejamento de auditoria. 
O ato de planejar significa o estabelecimento de metas para que os trabalhos de auditoria obtenham a qualidade desejada e o menor custo possível.
AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTOS SOBRE A EMPRESA AUDITADA
O auditor independente pode obter ou reestabelecer conhecimentos sobre a empresa, para que possa planejar e efetuar os exames de acordo com as normas brasileiras de auditoria.
Para a obtenção destes conhecimentos, ele deve estudar algumas áreas da empresa, principalmente:
FINANCEIRA
Comportamento do fluxo de caixa, atividades empresariais gerando recursos para a manutenção, principais credores bancários, encargos financeiros e formas de pagamento, problemas de liquidez, pagamentos em dia a fornecedores, além de suas condições financeiras, contas de clientes em atraso e a situação financeira deles e principais investimentos feitos ao longo do ano;
CONTÁBIL
Utilização dos princípios de contabilidade para a confecção das demonstrações contábeis, uniformidade dos princípios na sequência dos exercícios sociais;
ORÇAMENTÁRIA
Situação atual dos valores orçados comparados com os reais, além de explicações para estas variações e projeções até o final do exercício social;
PESSOAL
Políticas de admissões, de treinamentos, de avaliações, salariais, além da estrutura organizacional e saída de funcionários da empresa auditada;
FISCAL E LEGAL
Situação atual de processos com a empresa, escrituração de livros fiscais e legais, resultado de investigações realizadas por autoridades fiscais e mudanças contratuais ou estatutárias;
OPERACIONAL
Principais aquisições e baixas de imobilizado, máquinas paradas, obsoletas, estoques obsoletos ou com giro lento, novos produtos e planejamento para o inventário físico anual;
VENDAS
Situação da empresa comparada com os concorrentes, propaganda, devoluções de vendas e políticas relacionadas a garantias;
SUPRIMENTOS
Limites de aprovação de compras, sistema de compras e potenciais problemas de compra.
*Meses sequentes a dezembro = de janeiro a março, normalmente*.
COOPERAÇÃO DO PESSOAL DA EMPRESA AUDITADA
O pessoal da empresa auditada pode ser demandado em atividades de coleta de documentos nos sistemas de controle interno das empresas auditadas, além de auxiliarem no preenchimento dos papéis de trabalho relacionados às movimentações em investimentos, imobilizado e patrimônio líquido.
Atividades O grande problema é que estas atividades são desempenhadas enquanto este pessoal tem de desempenhar suas funções, sem alteração de carga, nem de horário. Neste momento, entra a capacidade do auditor externo de verificar se tais tarefas são desempenhadas a contento pelos funcionários, dentro das exigências mínimas de adequação.
Também podem auxiliar na análise para a composição dos saldos de balanço e reconciliação de cartas de circularização.
De maneira que as áreas de controle interno e revisão analítica sejam as primeiras a serem executadas, indicando o nível de detalhamento dos trabalhos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício, principalmente.
Os riscos e o nível de segurança serão analisados tendo como base a análise do sistema de controle interno das empresas auditadas. 
A revisão analítica tem ligação direta com a parte gerencial das empresas, que visa determinar tendências e identificar anormalidades e flutuações sem explicação.
Observação:
O auditor tem o objetivo de identificar como serão divididos os testes, de modo que os testes busquem as áreas com mais riscos identificados e com menor confiabilidade no sistema de controles internos.
CVM – Comissão de Valores Mobiliários.
Todas estas situações devem ser identificadas previamente pelo auditor externo. Este, por sua vez, avisará a empresa auditada sobre estas inconsistências, aguardando os ajustes para a continuidade dos trabalhos.
LIGAÇÃO ENTRE O PLANEJAMENTO DE AUDITORIA E O CONTROLE INTERNO
Na etapa de planejamento, o auditor deve levar em conta diversos fatores ligados à execução das tarefas.
Mas, que fatores seriam esses?
Fatores estes relacionados a:
• conhecimentos de práticas contábeis;
• sistema contábil e de controles internos;
• identificação de riscos e de áreas importantes; 
• conteúdo dos relatórios e do parecer a ser emitido ao fim dos trabalhos.
ATENÇÃO!
Algumas áreas, foco das visitas preliminares, são baseadas na análise do sistema de controle interno.
A seguir, vamos ver por que o controle interno é tão importante para a auditoria, seus objetivos e suas principais funções.
CONTROLE INTERNO
O que compreende o controle interno?
Segundo PEREZ, JUNIOR, 2012, P. 79 compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas coordenados, adotados numa empresa para proteger seus ativos, verificar a exatidão operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas.
Já para Attie (2011), citando o AICPA, os controles internos compreendem o plano de organização e o conjunto coordenado de métodos e medidas adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio e verificar a exatidão e a fidedignidade dos dados contábeis. 
Promovem assim a eficiência operacional e o encorajamento à política traçada pela administração.
 	
AICPA Esta definição do AICPA (Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados) demonstra como, em países mais desenvolvidos, como por exemplo, os Estados Unidos, dá-se uma grande importância aos métodos científicos de administração, uma vez que desta forma se torna muito mais fácil alcançar os objetivos planejados.
 
É neste contexto que entram os controles internos, também conhecidos como check e internal control.
Leitura Complementar:
CONCEITO DE CONTROLE INTERNO
(Fonte: https://portaldeauditoria.com.br/conceito-de-controle-interno/)
“O AICPA, American Institute of Certified Public Accountants (Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados), por meio de Relatório Especial da Comissão de Procedimentos de Auditoria, definiu o controle interno como sendo “o plano da organização e todos os métodos e medidas coordenados, aplicados a uma empresa, a fim de proteger seus bens, conferir a exatidão e a fidelidade de seus dados contábeis, promover a eficiência e estimular a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas”.
“A COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), definiu controle interno como “um processo levado a cabo pelo Conselho de Administração, Direção e outros membros da organização com o objectivo de proporcionar um grau de confiança razoável na concretização dos seguintes objectivos”:
– Eficácia e eficiência dos recursos;
– Fiabilidade da informação financeira;
Cumprimento das leis e normas estabelecidas.”
Para entendermos esta definição acima teremos que verificar o significado de algumas palavras citadas a seguir:
Políticas: Maneira de conduzir a empresa atravésde regras, normas e procedimentos estabelecidos pela Administração, para chegar a um determinado objetivo. Podemos dividir em políticas Estratégicas, que está relacionado ao comportamento da organização e Políticas Operacionais, que trata das regras de trabalho.
Plano de Organização: é a maneira de organizar o sistema da entidade, onde se faz necessário à atribuição de funções de autoridades e responsabilidades e verificar quem faz o que e quem tem autoridade sobre quem.
Métodos e Medidas: são estabelecidos caminhos a serem percorridos que conduz a um certo resultado, onde serão comparados esses resultados e verificar qual o melhor método a ser seguido.
Proteção do Patrimônio: é a forma de salvaguardar os bens e direitos da organização.
Exatidão e Fidedignidade dos dados contábeis: É a averiguação da veracidade das informações contábeis, através de planos de contas e conciliação contábil dos sistemas e documentos, entre outras formas.
Eficiência Operacional: É a aplicação de métodos e procedimentos para atingir o resultado que atingirá a eficiência das operações desejada pelos administradores da empresa.
Através do exposto acima entendemos que o Controle Interno é o conjunto de procedimentos, normas e objetivos estabelecidos pela Administração da Empresa com o objetivo de cumprir a política administrativa da organização e proporcionar confiança no que diz respeito à eficácia e eficiência dos recursos.
Os meios de controle incluem também além dos já citados no parágrafo anterior, as formas de organização, instruções, padrões, comitês, planos de contas, orçamentos, relatórios, registros, projetos, inventários, treinamentos, entre outros.
O Controle Interno também deve verificar e assegurar a proteção do patrimônio e a veracidade e fidedignidade das informações contábeis e não contábeis da organização, através de conciliação de documentos e planos de contas.
É necessário também analisar se as normas e procedimentos estabelecidos estão sendo cumpridos por pessoal qualificado com treinamento para desenvolver suas atividades e devidamente supervisionado pelos supervisores de cada setor. E averiguar mediante as situações que surgirem nos departamentos qual o melhor caminho a ser seguido, indicando aos responsáveis por cada departamento qual é a melhor maneira para efetuar determinada operação, para reduzir custos e atingir o maior grau de Eficiência e Eficácia dos sistemas operacionais.
Mas para a empresa atingir suas metas e políticas estabelecidas e atingir o desejado grau de eficiência e eficácia dos sistemas operacionais é muito importante que tenha um quadro de funcionários com pessoas treinadas, qualificadas e motivadas, para que a eficiência dos sistemas não seja comprometida.
DISTINÇÃO ENTRE CONTROLE INTERNO E AUDITORIA INTERNA
Crepaldi (2011) também chama a atenção para a distinção entre controle interno e auditoria interna:
“A auditoria interna equivale a um trabalho organizado de revisão e apreciação do trabalho, normalmente executado por um departamento especializado, ao passo que o controle interno refere-se aos procedimentos e à organização adotados como planos permanentes da empresa”. (ATTIE, 2011, p. 375)
O Autor também destaca:
Antes de elaborar o plano ou programa de auditoria, é necessário observar como se encontram os controles da empresa, abordando assim, os seguintes aspectos:
• Quanto melhor o controle, mais segurança para o trabalho;
• Quanto menor o controle, mais cuidado é exigido na execução dos trabalhos.
Políticas administrativas – Compreendem o sistema de regras relativas à direção dos negócios e à prática dos princípios, normas e funções, para a obtenção de determinado resultado.
Além disso, como será possível tomar decisões adequadas utilizando-se de informações que correm o risco de não serem confiáveis?
Um bom exemplo é dado por Attie (2011). Ao relatar a importância do controle interno, o autor analisa o crescimento e a diversificação de uma empresa.
Na fase inicial, o dono é o ponto referencial para o controle; é quem analisa e controla todos os segmentos da empresa, verificando, por exemplo, a pontualidade dos funcionários da empresa, a fabricação e o padrão de qualidade dos produtos, o despacho e a entrega aos clientes, bem como o pedido e o contas a pagar aos fornecedores, as contas a receber e o recebimento dos clientes.
Fase de crescimento Em volumes e diversificação de produtos, em locais diferenciados de produção e de vendas a clientes em várias localidades, e até mesmo segmentação diversa de novos produtos.
LIBERDADE DE ATUAÇÃO
Assim, Attie (2011) afirma que um sistema de controle interno implica que seus funcionários tenham liberdade de atuação na execução de seus compromissos, para buscar os melhores resultados.
Mas você sabia que...
Estes mesmos funcionários podem extrapolar suas funções e se beneficiarem em seu próprio proveito, causando prejuízos à entidade social, por erros intencionais ou ainda dolosos?
Por isso é necessário um adequado sistema de controle interno. Ele limitará a prática destes atos.
Sistema de Controle Interno O sistema de controle interno previne que os funcionários possam cair em tentação, dados os possíveis problemas pessoais ou financeiros, e incorrer em atos ilícitos.
CARACTERÍSTICAS DE UM SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Partindo do raciocínio de que a função da contabilidade, como instrumento de controle administrativo, é conhecida de forma unânime atualmente, um sistema de informação contábil que não esteja apoiado em eficiente controle interno é de certa forma, inútil, uma vez que não é possível confiar nas informações apresentadas em seus relatórios.
 
Desta forma, informações contábeis distorcidas poderão levar a conclusões erradas e que ainda poderão causar danos para a empresa.
Assim, pode-se afirmar que um sistema de controle interno pode ser dividido da seguinte forma, conforme Perez Júnior (2012, p. 80):
CONTROLES ADMINISTRATIVOS
Seu objetivo é garantir o controle sobre as operações da empresa e a qualidade das informações e documentos a serem processados pelo sistema contábil. Dentro deste aspecto está o plano da organização e todos os métodos e procedimentos que dizem respeito à eficiência operacional e à decisão política traçada pela administração.
“Estes controles se relacionam de forma indireta aos registros financeiros. Estes devem abranger análises estatísticas, estudos de tempo e movimento, relatórios de desempenho, programas de treinamento e controle de qualidade”. (ATTIE, 2011)
CONTROLES CONTÁBEIS
Seu objetivo é garantir a qualidade dos registros e demonstrações contábeis.
Estes controles compreendem o plano da organização e todos os métodos e procedimentos diretamente relacionados principalmente com a salvaguarda do patrimônio e a fidedignidade dos registros contábeis.
“Neste contexto, geralmente estão incluídos os sistemas de autorização e aprovação, separação das funções de escrituração e elaboração dos relatórios contábeis daquelas ligadas à custódia dos valores, bem como dos controles físicos sobre estes valores”. (ATTIE, 2011)
O que é necessário para que os auditores conheçam os controles internos?
Em um primeiro momento, o conhecimento do sistema.
Mas para Perez Júnior (2012), o conhecimento do controle interno parte da leitura de manuais de procedimentos da empresa auditada, ou ainda, o que é mais comum, a realização de entrevistas com o responsável pela operação.
 
A descrição do sistema deve ser arquivada nos papéis de trabalho:
• para servir de consulta nos trabalhos seguintes; 
• para servir de evidência para o trabalho realizado.
Descrição do Sistema Pode ser feita por Fluxogramas ou de forma narrativa.
A partir deste momento...
É feita a avaliação do sistema de controle interno, e para isso, deverão ser desenvolvidos os questionários de avaliação de controles internos, que deverão ser adaptados às características de cada empresa.
Para Perez Júnior (2012),qualquer resposta “não” ao questionário pode indicar um problema de controle interno e necessitará de explicações e trabalhos complementares.
Vejamos agora, um modelo de controle interno da área de compras, adaptado de Perez Júnior (2012, p. 83-84):
Assim, podemos compreender que, a partir do momento em que há um levantamento da efetiva aplicação de controles em uma instituição, o processo de planejamento de auditoria já pode verificar de que forma a empresa está ou não controlando as suas atividades.
Isso determina, entre outros aspectos, a extensão dos testes e o tamanho das amostras, por exemplo, o que vamos explorar posteriormente.

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