Diagnóstico Homeopático e Cura

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CURSO: FARMÁCIA 
DISCIPLINA: HOMEOPATIA 
UNIDADE 1 – Introdução a Homeopatia e Fundamentação 
como Método Terapêutico. 
 
AULA 5 - Diagnóstico Homeopático , Prognóstico e Cura. 
 
DIAGNÓSTICO HOMEOPÁTICO , PROGNÓSTICO E CURA. 
DANIELA QUADROS DE AZEVEDO 
DIAGNÓSTICO EM HOMEOPATIA 
 
 
DIAGNÓSTICO HOMEOPÁTICO , PROGNÓSTICO E CURA. 
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 Diagnóstico 
 
1- Definição e Objetivos 
 
2 – Classificação dos diagnósticos em Homeopatia 
 
2.1- Diagnóstico Etiológico, Nosológico e Anátomo-patológico. 
 
2.2- Diagnóstico Individual 
 
2.3- Diagnóstico Biopatográfico 
 
2.4- Diagnóstico Biotipológico 
 
2.5 – Diagnóstico do Simillimum – medicamento e potência. 
 
2.6- Diagnóstico Miasmático. 
 
 
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1- Definição de Diagnóstico 
 
 É o reconhecimento e identificação de uma 
enfermidade através de suas manifestações. Ou 
conhecimento de uma enfermidade pelos seus 
sinais e sintomas. 
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1.1 Considerações a respeito do diagnóstico em 
homeopatia 
 
 
- Sinais são manifestações objetivas, físicas de uma 
doença, acessíveis aos médicos. Exemplos: paralisia, 
febre, etc. 
 
- Sintomas são manifestações subjetivas, não acessíveis, 
conhecidas pelo médico por meio do relato do paciente, 
como por exemplo, uma dor. 
 
 
 
 
 
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SINAIS E SINTOMAS 
 
 
MANIFESTAÇÕES DO DESEQUILÍBRIO DA 
ENERGIA VITAL 
 
 
SENSAÇÕES DESAGRADÁVEIS AO ORGANISMO 
 
 
MODO ANORMAL DE SENTIR E AGIR (conforme 
temperamento, constituição e tipo da doença). 
 
 
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- Torna-se fundamental compreender a doença como uma 
desarmonia, um desequilíbrio da energia vital, e o sintoma 
como uma manifestação, uma expressão de reações 
fisiopatológicas causadas por este desequilíbrio, embora 
ambos sejam de importância. 
 
 
DESEQUILIBRIO VITAL 
↓ 
 
SINTOMAS 
↓ 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
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- Embora o aspecto físico-clínico do doente também seja 
importante como parte de sua abordagem global, isto não é 
suficiente para se ter a visão da totalidade característica do 
paciente, ser humano que interage com o meio ao qual está 
integrado em todos os seus sentidos e níveis. 
 
- Indivíduos diferentes reagem de forma diferente a um mesmo 
estímulo e é precisamente este conjunto de reações 
particulares que torna cada indivíduo um ser único e o 
identifica dos demais. 
 
- Portanto, é necessário o conhecimento do diagnóstico de 
outros aspectos que formam a individualidade característica 
de cada ser no estado da doença, para chegar a uma 
compreensão mais profunda de sua doença e de sua forma 
de adoecer. 
 
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1.2 Objetivos do Diagnóstico em Homeopatia 
 
- Diagnósticos corretos não só definem os vários 
aspectos de um caso, como também determinam 
todo o plano de tratamento a seguir e ainda 
permitirão que o médico faça um prognóstico sobre 
a evolução. 
 
- Diagnóstico representa a definição do caso para a 
qual as etapas anteriores foram decisivas, e de que 
dependerão as etapas seguintes. 
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2- Classificação dos Diagnósticos em Homeopatia 
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2.1 – Diagnóstico etiológico, nosológico, anátomo-patológico 
 
- É o diagnóstico da enfermidade (doença) e das 
correspondentes condições físicas do paciente. 
 
- São indispensáveis em qualquer terapêutica adotada e 
possibilita estabelecer prognóstico, medidas higiênicas e 
profiláticas e até solicitar ajuda de outros especialistas se 
necessário. 
 
- A etiologia diz respeito aos fatores causais e desencadeantes 
de toda a série de alterações fisiopatológicas comuns, 
próprias da doença, indiferente ao organismo em que se 
desenvolvem, que darão origem aos sintomas, que em seu 
conjunto permitem estabelecer o nome de nosologia. 
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2.2 – Diagnóstico individual 
 
- Diagnóstico da identidade biológica, constitucional, 
mental e emocional do paciente, feito de acordo 
com seus sintomas e modalidades reacionais 
características. 
 
- Consiste em selecionar a totalidade dos sintomas 
idiossincráticos do paciente. Sintomas que por sua 
hierarquia, persistência e recorrência são 
indispensáveis para definir, enquadrar e 
individualizar o paciente em questão. 
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2.3 – Diagnóstico biopatográfico 
 
- É o diagnóstico da história biográfica da saúde do 
paciente com relação a distúrbios mórbidos na 
infância, vacinações, traumatismos, cirurgias, bem 
como traumas emocionais, medos, frustrações e 
tensões emocionais. 
 
- Este diagnóstico permite compreender que um 
sintoma mental, emocional ou orgânico tem um 
motivo, um sentido. 
 
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2.4 – Diagnóstico biotipológico ou constitucional 
 
 Biotipologia é o nome criado por Pende para designar a 
ciência das constituições, temperamentos e 
caracteres. Representa a fase propriamente científica 
das doutrinas sobre constituição. 
 
 É o diagnóstico da constituição biotípica – “biotipo”, 
associado a características próprias de cada um. 
 
 Vários autores desde Hipócrates tentaram atribuir estas 
características pessoais de uma maneira fixa, criando 
tabelas de classificação. 
 
 Exemplo: Classificação Biotipológica de Grauvogi. 
 
 
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 Tipo oxigenóide: as reações e trocas químicas aceleradas, 
resistência diminuída a toxinas, aumento de oxidações 
orgânicas e conseqüente hipertermia. O organismo em 
constante processo de combustão, não cumpre as fixações 
fisiológicas e não retém os constituintes indispensáveis, 
condicionando desmineralização. O seu protótipo clínico 
encontra-se no portador de tuberculose pulmonar. 
 
 Tipo hidrogenóide tende à retenção passiva de água, 
apresenta edemas, extrema sensibilidade ao tempo úmido e 
à beira-mar, lentidão, fadiga, apatia e indolência. 
Clinicamente corresponde aos asmáticos, reumáticos e 
obesos. 
 
 Tipo carbo-nitrogenóide possui oxidações lentas e tende ao 
estado de auto-intoxicação, manifesta hipóxia tecidual, 
retenção de compostos carbo-nitrogenados e surtos 
periódicos de eliminação. O eczema e o artritismo 
representam sua exteriorização clínica comum. 
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2.5 – Diagnóstico Simillimum ou Medicamentoso 
 
SELEÇÃO DOS SINTOMAS 
↓ 
HIERARQUIZAÇÃO 
↓ 
SINDROME MÍNIMA DE VALOR MÁXIMO 
↓ 
REPERTORIZAÇÃO 
↓ 
MATÉRIA MÉDICA 
IMAGEM PATOGENÉTICA 
↓ 
DIAGNÓSTICO MEDICAMENTOSO 
↓ 
CONDUTAS (orientações gerais, alimentação) 
PRESCRIÇÃO ( medicamento dinamizado). 
 
 
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2.6 – Diagnóstico Miasmático: 
 
- Permite identificar em qual estágio da dinâmica miasmática o 
paciente está: PSORA, SICOSE OU SIFÍLIS. 
 
 Psora:angústia, ansiedade, medos, insegurança, 
instabilidade, reações físicas fracas e oscilantes, prurido. 
 
 Sífilis: fuga da vida, de si mesmo, da sociedade, suicídio, 
desesperança, depressão, reações físicas degenerativas e 
ulcerativas, cancro. 
 
 Sicose: imposição ao meio, orgulho, egoísmo, ambição, 
reações físicas de hipertrofia e proliferação, como 
neoformações, excrescências, hipersecreções, condiloma. 
 
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3- CURA EM HOMEOPATIA 
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 Reequilíbrio da Energia Vital - a partir desse reequilíbrio 
alguns fenômenos podem ser observados, como: 
 
 O desaparecimento dos sinais e sintomas da doença; 
 
 Além da cura dos sintomas orgânicos, uma melhor 
compreensão do seu processo de adoecimento e; 
 
 No caso de pacientes terminais, apesar de não haver 
melhoria dos sintomas, a existência de uma sensação 
subjetiva de bem estar geral faz com que a cura passe 
a se restabelecer num outro patamar. 
 
 
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3.1- Leis de Cura 
 
 A melhora dos sintomas ocorre de cima para baixo, de 
dentro para fora, do mental para o físico; 
 
 Aliviam-se primeiro os órgãos mais importantes, a pele 
e a mucosa ao final; 
 
 Os sintomas desaparecem na ordem inversa de seu 
aparecimento e; 
 
 A medida que desaparecem os últimos sintomas 
aparecidos, pode acontecer o reaparecimento sintomas 
antigos. 
 
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Leis de Cura 
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3.2- Obstáculos à Cura 
 
 Hábitos de vida, dieta, ocupação, relações sociais 
e domésticas e em condições eventuais da 
enfermidade (como tratamentos cirúrgicos): tudo o 
que se deve remover para permitir que o 
medicamento atue profundamente. 
 
 Os pacientes agredidos em sua constituição vital 
por tratamentos agressivos e freqüentes, ao longo 
de sua vida, possuem um grave obstáculo à cura 
homeopática. 
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3.3 – Limitações da Homeopatia 
 
 Pacientes lesionais (cirrose hepática, artrite destrutiva, 
artrose deformante, diabete insulino-dependente e 
outros): 
 
 A cura se verificará com limitações, a homeopatia não 
pode restituir lesões. 
 
 Melhoria do estado geral do paciente, recuperação do 
ritmo do sono, diminuição das dores, aumento da 
motricidade e diminuição geral daquelas limitações que 
o impediram de realizar suas tarefas habituais. 
 
 Diminuição da quantidade de medicamentos. 
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4- Prognóstico: evolução do tratamento homeopático 
 
- Agravação Homeopática, Agravação 
Medicamentosa ou Boa Agravação: Consiste na 
intensificação passageira do sintoma do paciente, 
após a administração de um medicamento 
semelhante, eleito segundo às leis e os princípios 
da doutrina homeopática. 
 
- Agravação Patogenética ou Má Agravação: É o 
aparecimento de sintomas novos, estranhos ao 
paciente, pertencentes a patogenesia do 
medicamento. 
 
 
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- Supressão: Decorre da ação medicamentosa 
paliativa, que acarreta inibição ou remoção de 
sintomas antes da cura do problema original, 
fazendo com que ocorra seu retorno ou de outros 
problemas mais graves depois de certo tempo. 
 
- Exoneração: Fenômeno de eliminação para 
liberação da carga mórbida em sentido centrífugo, 
do interior para o exterior, de preferência ao nível 
da pele ou mucosas. A exoneração pode ocorrer 
por exaltação das funções fisiológicas, secreções, 
eliminação de corpos estranhos e parasitas. 
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- Metástase Mórbida: Aparecimento de fenômenos 
reprimidos que desviam a doença para planos mais 
profundos.São perturbações causadas pela 
supressão que ao eliminar os sintomas, faz uma 
reversão mórbida a níveis mais profundos e 
perigosos. 
 
 
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Referências Bibliográficas: 
 
FONTES, O. L. Farmácia Homeopática: teoria e prática. 3 
ed. Barueri: Manole, 2009. 
 
HAHNEMANN, S. Organon da Arte de Curar. 3 ed. São 
Paulo: GESP Benoit Mure, 2007. 
 
NASSIFI, M.R.G. Compêndio de Homeopatia. São Paulo: 
Robe Editorial, 1997. 
 
Notas de Aula do Curso de Especialização da AMFH (2007) 
ministradas pelos médicos: Dr. Otávio de Freitas Rocha e 
Patrícia Saporetti.