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UNIVERSIDADE FEDERAL DO R IO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE AGRONOMIA
DEPARTAMENTO DE SOLOS
Porto Alegre, RS, quarta-feira, 24 de maio de 2017
NITROGÊNIO
NO SOLO
E
ADUBAÇÃO
NITROGENADA
AGR03026 
FERTILIDADE DO SOLO PARA ZOOTECNIA
Profª. Amanda Posselt Martins
amanda.posselt@ufrgs.br 
AULA 9
▪ Nitrogênio (N) no solo e adubação nitrogenada
• Contextualização e importância
• Formas e funções nas plantas
• Matéria orgânica e nitrogênio no solo
• Transformações no solo (Ciclo do N)
• Adubos nitrogenados
• Manejo da adubação nitrogenada
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
DISTRIBUIÇÃO DO N NO PLANETA
Ambi-
ente
Porcen-
tagem
Forma
Magma 98,0
Nitretos metálicos
(50 mg/kg)
Atmos-
fera
1,9 N2 (78% do ar)
Solo 0,1 MOS, NO3
-, NH4
+
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
N APLICADO COMO FERTILIZANTE
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ENTRADA, SAÍDA E BALANÇO DE N
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
QUANTIDADE DE N EXIGIDO (KG/HA)
500 500 450 410 350 300 270 260 260 250 240 235 200 130 125
0
100
200
300
400
500
600
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
USO DE N (FERTILIZANTE) X POPULAÇÃO
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
USO DE N (FERTILIZANTE) X POPULAÇÃO
Pág. 39 – Manual Internacional de Fertilidade do Solo (IPNI, 1998)
Consumo 
diário de 
proteína: 
40 g/pessoa Consumo 
anual de 
proteína: 
80 milhões 
de toneladas
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ADUBAÇÃO COM N E TEOR DE PROTEÍNA
Pág. 39 – Manual Internacional de Fertilidade do Solo (IPNI, 1998)
7,3
10,0
11,5
8,0 8,5
9,5
0 90 180
Dose de N (kg/ha)
Milho
2,4 2,9 3,0 3,3
11,1
12,6
13,6 14,0
0 34 67 100
Dose de N (kg/ha)
Trigo
 Rendimento de grãos (t/ha)  Teor de proteína (%)
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
N NO SOLO: ORIGEMDA PROTEÍNAANIMAL
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
N-soloN-plantaN-animal
N-“nós” ☺
América Latina: 
144 milhões de toneladas
Brasil:
62 milhões de toneladas
Até 2050: 
aumentar em 200 milhões de 
toneladas no mundo 
(total de 470 milhões de toneladas)
FORMAS E FUNÇÕES NA PLANTA
Absorção do N pela planta
Formas existentes no solo Fórmula química
Nitrato (2-5% em solo aerado) NO3
-
Dióxido de nitrogênio (gás) NO2
Nitrito NO2
-
Óxido nítrico (gás) NO
Óxido nitroso (gás) N2O
Nitrogênio elementar (gás) N2
Amônia (gás) NH3
Amônio (2-5% em solo alagado) NH4
+
N orgânico (95-98%) R-NH2
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
FORMAS E FUNÇÕES NA PLANTA
Absorção do N pela planta
Formas existentes no solo Fórmula química
Nitrato (2-5% em solo aerado) NO3
- (disp.)
Dióxido de nitrogênio (gás) NO2
Nitrito (tóxico e instável) NO2
-
Óxido nítrico (gás) NO
Óxido nitroso (gás) N2O
Nitrogênio elementar (gás) N2
Amônia (gás) NH3
Amônio (2-5% em solo alagado) NH4
+ (disp.)
N orgânico (95-98%) R-NH2
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
FORMAS E FUNÇÕES NA PLANTA
Compostos e funções
Na planta, o nitrogênio está predominantemente na forma
de compostos orgânicos:
Integrante de todos 
os aminoácidos
Constituinte de 
ácidos nucléicos
Clorofila
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
FORMAS E FUNÇÕES NA PLANTA
Sintomas de deficiência = sempre relacionados à função na planta
Diminuição da clorofila = cor amarela, a partir das folhas basais
(clorose) e pouco desenvolvimento da planta pela baixa formação
de proteína.
Sintomas: deficiência de N
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
FORMAS E FUNÇÕES NA PLANTA
Crescimento exagerado e acamamento das plantas.
Fraca sustentação, retardamento da frutificação e queda no
rendimento.
Sintomas: excesso de N
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
MATÉRIA ORGÂNICA E N NO SOLO
A grande reserva de N no solo (mais de 95 % do N total) encontra-se
predominantemente na forma de compostos orgânicos, portanto intimamente
relacionado ao ciclo do carbono.
O ciclo do carbono no sistema solo-planta pode ser resumido em 2 processos:
Fotossíntese: 
CO2 + H2O + energia solar  (CH2O)n + O2
Decomposição/mineralização: 
(CH2O)n + O2  CO2 + H2O + energia
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
DECOMPOSIÇÃO/MINERALIZAÇÃO
Decomposição = mineralização: C6H12O6 + 6O2 CO2 + H2O + energia
NH3 + H2O NH4
+
Produto final:
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
MINERALIZAÇÃO E IMOBILIZAÇÃO
Déficit 
de N Suprimen-
to adequa-
do de N
N 
indisponi-
bilizado
para as 
plantas
N 
disponi-
bilizado
para as 
plantas
9
7
-9
9
% 1-3
%
N no solo:
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
TRANSFORMAÇÕES DO N NO SOLO
N org. NH4
+ NO2
- NO3
-
Mineralização
Imobilização
Nitrificação Nitrificação
N2
SOLO
ATMOSFERA
Fixação do 
nitrogênio
Desnitrificação
Imobilização
Lixiviação
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
Ciclo do N
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
MINERALIZAÇÃO DO N NO SOLO
• É a conversão de N-orgânico em N-inorgânico (NH4
+).
• Esse processo é realizado por microrganismos heterotróficos do
solo, que utilizam os compostos orgânicos como fonte de
energia.
• Condições ótimas para a mineralização do N orgânico do solo:
pH de 6 a 7, condição aeróbica, umidade de 50 a 70 %.
R-NH2 + H
+ + H2O  R-OH + NH4
+
Proteína + H2O R-NH2 + CO2 + E + outros produtos
R-NH2 + H2O R + NH3 + E
NH3 + H
+ NH4
+
aminoácido desidrogenase
protease
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
MINERALIZAÇÃO DO N NO SOLO
Contribuição da matéria orgânica em suprir N às culturas, considerando:
- 5,0 % da matéria orgânica é constituída de N
- 3,0 % da matéria orgânica é mineralizada por ano (clima subtropical)
Portanto, se um solo tiver 3,5 % de MO, quanto de N é liberado em 4 meses?
Área = largura (m) x comprimento (m)
Área = 100 100
Área = 10.000 m²
Volume = Área (m²) x profundidade (m)
Volume = 10.000 0,2
Volume = 2000 m³
Massa = Volume (m³) x densidade (kg/m³)
Massa = 2.000 1.300
Massa = 2.600.000 kg
N disponib. = 2.600.000 x 0,035 x 0,050 x 0,030 x 4/12 = 46 kg de N/ha
100 kg de ureia/ha
=
2 sacos de ureia/ha
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
MINERALIZAÇÃO DO N NO SOLO
In
cr
em
en
to
 n
o 
re
nd
im
en
to
 (%
)
Milho Cevada
Feijão Trigo
1,8 % MO
3,6 % MO
5,5 % MO
2,0 % MO
2,9 % MO
1,9% MO
3,6 % MO
5,5 % MO
2,4 % MO
3,7 % MO
5,9 % MO
Doses de nitrogênio 
Doses de nitrogênio
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
MINERALIZAÇÃO DO N NO SOLO
Destinos do amônio (NH4
+) no solo:
- Imobilização pelos próprios microrganismos
- Absorvido pelas plantas
- Adsorvido em minerais de argila
- Oxidado a nitrato (nitrificação)
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
IMOBILIZAÇÃO DO N NO SOLO
▪ É um processo que ocorre concomitantemente com a
mineralização, porém no sentido inverso.
▪ A imobilização é definida como a transformação do N
inorgânico em N orgânico.
▪ Os responsáveis são os microrganismos que incorporam o N
inorgânico disponível no solo às suas células.
N org. NH4
+ NO2
- NO3
-
Mineralização
Imobilização
Nitrificação Nitrificação
SOLO
Imobilização
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
IMOBILIZAÇÃO DO N NO SOLO
• A direção para onde os processos de mineralização-imobilização
tendem depende da relação carbono:nitrogênio (C/N) do
material em decomposição.
Relação C/N alta (>30:1)
Favorece a imobilização temporária do N pelosmicrorganismos
Relação C/N baixa (<30:1)
Favorece a liberação do N que pode ser 
absorvido pelas plantas
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
RELAÇÃOC/N DORESÍDUOAFETAAMINERALIZAÇÃODON
Material Relação C/N
Feno de alfafa 13
Trevo (florescimento) 15
Aveia (perfilhamento) 17
Trevo (velho) 26
Aveia (espigamento) 27
Aveia (maturidade) 40
Resteva de milho 50
Aveia (palha) 74
Palha de trigo 84
Serragem de madeira 300
C/N > 30:
uso de N na 
biomassa 
microbiana
(“imobilização 
líquida”)
C/N < 30 e > 10:
liberação de N 
da biomassa 
microbiana
(“mineralização 
líquida”)
C/N = 10:
estabilização 
da matéria 
orgânica
Gramínea > Leguminosa
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
IMOBILIZAÇÃO DO N NO SOLO
Resíduos culturais 
ricos em N
(folhas de 
leguminosas)
Resíduos culturais 
ricos em C e 
pobres em N
(folhas de 
gramíneas)
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
RELAÇÃO C/N E EQUILÍBRIO DA MOS
Matéria 
orgânica 
estabilizada
Humificação crescente
>
CO2
Resíduo de 
plantas
CO2
Fração leve da 
matéria orgânica
Relação C:N
Alta Alta Baixa
Reservatório ativo Reservatório estável
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
LIBERAÇÃO DE N POR DIFERENTES RESÍDUOS
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
NO CONTEXTO DA CULTURA DO MILHO...
Pós-gramínea:
Atividade da
microbiota
Tempo
N mineral
EQ
U
IL
ÍB
R
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O
B
IL
IZ
A
Ç
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O
M
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Ç
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AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
NO CONTEXTO DA CULTURA DO MILHO...
Pós-gramínea:
Atividade da
microbiota
Tempo
N mineral
EQ
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IL
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ZA
Ç
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O
Manejo da 
cultura
IM
O
B
IL
IZ
A
Ç
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O
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
NO CONTEXTO DA CULTURA DO MILHO...
Pós-gramínea:
Atividade da
microbiota
Tempo
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B
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Manejo da 
cultura
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
NO CONTEXTO DA CULTURA DO MILHO...
Pós-gramínea: Pós-leguminosa:
Atividade da
microbiota
Tempo
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Atividade da
microbiota
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Manejo da 
cultura
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Manejo 
da cultura
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
NO CONTEXTO DA CULTURA DO MILHO...
Pós-gramínea: Pós-leguminosa:
Atividade da
microbiota
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Manejo da 
cultura
Manejo 
da cultura
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AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
NO CONTEXTO DA CULTURA DO MILHO...
Pós-gramínea: Pós-leguminosa:
Atividade da
microbiota
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Manejo da 
cultura
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
NO CONTEXTO DA CULTURA DO MILHO...
Pós-gramínea: Pós-leguminosa:
Atividade da
microbiota
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Atividade da
microbiota
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Manejo da 
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AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
NO CONTEXTO DA CULTURA DO MILHO...
0
1
2
3
4
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6
7
8
9
Gramínea Leguminosa Gramínea Leguminosa
P
ro
d
u
ti
vi
d
ad
e
 (
t/
h
a)
N do solo N da pré-cultura N do aduboOrigem do nitrogênio:
Sem N Com N
Pré-cultura:
Adubação 
do milho:
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
NO CONTEXTO DA CULTURA DO MILHO...
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1
2
3
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0 40 80 120
P
ro
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vi
d
ad
e
 (
t/
h
a)
Dose de N aplicada (kg/ha)
Pousio Gramínea LeguminosaCultura antecedente:
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
NITRIFICAÇÃO DO N NO SOLO
• Disponibilidade de NH4
+
• Oxigênio
• Acidez do Solo (pH) – abaixo de pH 4 a nitrificação é inibida
• Temperatura do solo
• Umidade do solo
Passagem de amônio (NH4
+) para nitrato (NO3
-), em condições de solos
bem drenados (oxidados). O processo ocorrem em duas etapas:
2NH4
+ + 3O2 2NO2
- + 2H2O + 4H
+
Nitrosomonas sp.
2NO2
- + O2 2NO3
-
Nitrobacter sp.
Fatores que afetam a nitrificação:
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
DESNITRIFICAÇÃO DO N NO SOLO
É definida como um processo respiratório, que acontece na
ausência de O2, no qual óxidos de N servem como receptores finais
de elétrons.
NO3
- NO2
- NO 2 N2O N2
Gás Gás Gás
A desnitrificação é o principal
processo biológico pelo qual o N
reativo retorna à atmosfera na
forma de N2.
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
DESNITRIFICAÇÃO DO N NO SOLO
Ocorre em sítios anaeróbicos no interior
dos agregados.
Devido a lenta difusão de oxigênio,
consumo de oxigênio devido a respiração.
Além disso, quanto maior o tamanho do
agregado, maior a chance de haver sítios
anaeróbicos.
Em solos não saturados ocorre a 
desnitrificação?
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
VOLATILIZAÇÃO DO N NO SOLO
Transformação de amônio (NH4
+) em amônia (NH3)
CO(NH2)2 + 2H2O (NH4)2CO3
1) Hidrolise enzimática da ureia
2NH4
+ + OH- + HCO3
-
2) O Carbonato de amônio é instável e se decompõe rapidamente
(NH4)2CO3 + H2O
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
VOLATILIZAÇÃO DO N NO SOLO
NH4
+ + OH- NH3 + H2O
NH4
+ + 1,5O2 NO2
- + H2O + 2H
+
pH
pH
NO2
- + 0,5 O2 NO3
-
A volatilização depende 
do pH do solo
da umidade
da temperatura (volatilização)
da CTC (adsorve amônio)
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
VOLATILIZAÇÃO DO N NO SOLO
Por que há pouca ou nenhuma perda de NH3 quando é aplicado o
sulfato ou o nitrato de amônio em solos com pH ácido?
Nome Fórmula
Sulfato de amônio (NH4)2SO4
Nitrato de amônio NH4NO3
Mas... Solos alcalinos ou com pH>7 qualquer fertilizante nitrogenado que
contém N amoniacal está sujeito a perdas de NH3 por volatilização.
É muito baixa no Brasil a ocorrência de solos com essa característica.
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
VOLATILIZAÇÃO DO N NO SOLO
Controle de perdas de NH3
a) Incorporação da ureia ao solo: enterrar 10 a 15 cm de profundidade.
Problema
Incorporação do N de cobertura é difícil em solos com palha na superfície
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
VOLATILIZAÇÃO DO N NO SOLO
Controle de perdas de NH3
b) Fertilizantes de liberação lenta: em relação a uma fonte solúvel de
referência, e incluem fertilizantes recobertos, encapsulados, insolúveis em
água ou lentamente solúveis em água.
Ureia recoberta com enxofre (S)
O produto final contém entre 32 e 36 % de
N e 10 a 16 % de S.
Custo do N é de cerca de 2 a 3 vezes o do N
da ureia.
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
VOLATILIZAÇÃO DO N NO SOLO
Controle de perdas de NH3
c) Fertilizantesestabilizados: contêm aditivos para aumentar o tempo
de disponibilidade no solo, tais como inibidores de nitrificação,
inibidores de urease.
Fundamento:
Controlar ou retardar a volatilização da amônia da ureia para dar
mais tempo para incorporar ao solo pela chuva e/ou irrigação
NBPT (tiofosfato de N-butiltriamida) é o composto mais promissor
desenvolvido até o momento.
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
UREIACOMUMX UREIACOMINIBIDORDEUREASE
Irrigação 7 dias após adubação
Dias após adubação
0 2 4 6 8 10 12
0
5
10
15
20
25
30
Uréia
Uréia com inibidor
de urease
c)
Irrigado posterior à adubação
0 2 4 6 8 10 12
P
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20
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30
Uréia
Uréia com inibidor
de urease
b)
Irrigação anterior à adubação
0 2 4 6 8 10 12
0
5
10
15
20
25
30
Uréia
Uréia com inibidor
de urease
a)
Dias após a adubação
Irrigação/chuva 
anterior à 
adubação
Irrigação/chuva 
posterior à 
adubação
Irrigação/chuva 
7 dias após a 
adubação
P
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(%
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ad
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)
Viero et al. (2012)
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
UREIAC/ INIBIDOR: RESULTADO NAPRODUÇÃO
Tabela 1. Produtividade de milho em resposta à aplicação de ureia e ureia
com NBPT em plantio direto e perdas cumulativas de NH3 após a aplicação
de N em milho.
Produto Produtividade de grãos (kg ha-1) Volatilização de amônio (%)
Ureia 6.960 62,3
Ureia com NBPT 7.868 12,2
Fonte: Cantarella et al. (2004)
Incremento = 908 kg ha-1
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
LIXIVIAÇÃO DO N NO SOLO
• Consiste no movimento vertical de íons ou de moléculas no perfil do solo para
profundidades abaixo daquelas exploradas pelas raízes.
• O nitrato não é adsorvido especificamente, sua adsorção é apenas
eletrostática, dependendo exclusivamente da carga do solo.
• É o processo mais importante que ocorre com o nitrogênio em áreas com alta
precipitação pluviométrica.
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO N NO SOLO
Para a maioria das 
leguminosas, o N fixado pelas 
bactérias é suficiente para 
produtividades elevadas –
soja > 4,00 t/ha.
Retirada de nitrogênio do ar por bactérias fixadoras dos gêneros
Rhizobium e Bradyrhizobium em simbiose com leguminosas.
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
Ciclo do N
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ADUBOS NITROGENADOS
Fixação industrial de nitrogênio
½ O2 + N2 + CH4 + H2O 2NH3 + CO2
Processo Haber-Bosch:
Amônia
Nitrato de amônio
Ureia
Sulfato de amônio
MAP / DAP
Ácido nítrico
CO2
H2SO4
H3PO4
Ar Gás natural
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ADUBOS NITROGENADOS
Todos solúveis em água e tendem a formar nitrato. 
Nessa forma, podem ser facilmente perdidos por lixiviação.
Nome Fórmula % de N
Ureia CO(NH2)2 45
Sulfato de amônio (NH4)2SO4 21 + (24% S)
Nitrato de amônio NH4NO3 34
Fosfato diamônico (DAP) [(NH4)2HPO4] 16 + (38% P2O5)
Fosfato monoamônico (MAP) (NH4H2PO4) 9 + (44% P2O5)
Principais adubos nitrogenados produzidos industrialmente
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ADUBOS NITROGENADOS
Poder acidificante
2NO3
- + 2H2O + 4H
+ 2NH4
+ + 4O2
Após solubilizados, são de reação ácida liberam H+ no processo de nitrificação.
Fertilizante Equivalente CaCO3
(1)
Ureia 0,84
Sulfato de amônio 1,10
Nitrato de amônio 0,58
(1)CaCO3 necessário (kg) para neutralizar a acidez gerada por 1,0 kg de fertilizante.
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ADUBOS NITROGENADOS
Poder acidificante
2H+
OH-
H+ consome
libera
OH-
NH4
+
NO3
-
Saldo 0 H+
Saldo 1H+
NO3
-
NH4
+
NO3
-
libera
NO3
-
Saldo 2H+
Saldo 1 H+
(a) (b)
N-org
N-
amoniacal
Saldo 0 H+ Saldo 1 H+
N2N2
2H+
N-ureia
ARNUTI, F. (2014)
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ADUBOS “VERDES” COMO FONTE DE N
Cultivo de plantas de cobertura com o objetivo de proteger o 
solo, fixar nitrogênio (leguminosas) e ciclagem de nutrientes 
(gramíneas e crucíferas).
Culturas Nitrogênio – kg/ha
Inverno Verão 0 120
----------- t/ha ------------
Solo descoberto Milho 1,90 6,65
Pousio Milho 3,34 6,05
Aveia preta Milho 1,80 6,65
Aveia + trevo subterrâneo Milho 4,11 7,47
Aveia + ervilhaca Milho + caupi 4,65 6,80
Rendimento de milho vs. plantas de plantas de cobertura e nitrogênio
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ADUBOS ORGÂNICOS COMO FONTE DE N
- Utilizados de forma exclusiva por muito tempo
- Utilizados até hoje em agricultura de subsistência, em áreas
pequenas ou para aproveitamento dos dejetos geradas na
propriedade (negócio??? $$$)
- Junto com leguminosas, única fonte de N em agricultura orgânica
Resíduos de origem animal (estercos)
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ADUBOS ORGÂNICOS COMO FONTE DE N
- Baixo teor em nutrientes, quantidade elevada de aplicação
- Necessidade de pré-tratamento (compostagem)
- Dificuldade de manuseio
- Dependente de mão de obra
- Mineralização depende da relação C:N e da sua composição
(lignina, celulose,..)
Limitações de uso em grandes extensões
0,3 a 5,0% 
de N total
46% de N
solúvel
Aula 14
13 de 
julho
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
ADUBAÇÃO NITROGENADA NO RS E SC
O que se leva em conta para determinar a quantidade 
de N a ser aplicada pela adubação?
- Teor de matéria orgânica do solo
- Cultura antecedente 
- Expectativa de rendimento da cultura a ser adubada
- Perdas do sistema (imobilização, volatilização e 
lixiviação)
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INTERPRETAÇÃO DA MO P/ ADUBAÇÃO DE N
Grãos: p. 101-134
Hortaliças: p. 155-181
Frutíferas: p. 189-232
Florestais: p. 233-249
Medicinais, aromá-
ticas e condimen-
tares: p. 251-264
Ornamentais: p. 265-277
Cana: p. 280-282
< 2,5 2,6-5,0 > 5,0
Forrageiras: p. 135-154 < 1,6 1,6-2,5 2,6-3,5 3,6-4,5 > 4,5
Tabaco: p. 282-284 < 1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-4,0 4,1-5,0 > 5,0
Cultura: Faixa de teor de MO do solo (%)
Manual de Calagem e Adubação RS/SC (2016)
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
CULTURA ANTECEDENTE DETERMINANDO ADUBAÇÃO DE N
Manual de Calagem e Adubação RS/SC (2016)
Grãos: p. 101-134
(aveia branca, aveia 
preta, centeio, cevada, 
trigo e triticale)
Gramínea Leguminosa
Milho:
p. 125-127
(muitas observações 
específicas!!!)
Gramínea
-Média produção
-Alta produção 
(> 4 t/ha)
Consorciação 
ou pousio
-Baixa produção (< 4 t/ha)
-Média produção
Leguminosa
-Média produção
-Alta produção 
(> 3 t/ha)
Cultura: Cultura antecedente
AGR03026 – Fertilidade do Solo para Zootecnia
EXPECTATIVADERENDIMENTODETERMINANDOADUBAÇÃODEN
Manual de Calagem e Adubação RS/SC (2016)
Todas as culturas possuem
um rendimento referência.
Almejando-se produzir mais ou
menos, deve-se somar ou subtrair,
respectivamente, à quantidade de
N a ser aplicada, o valor informado
nas notas de rodapé das tabelas
(kg de N/ha por unidade de produto a
mais/menos a ser produzido).
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MILHO: 
SISTEMA DE RECOMENDAÇÃO “MAIS COMPLE(T/X)O” PARA N
p. 125 - Manual de Calagem e Adubação RS/SC (2016)
Teor de matéria 
orgânica do solo
Nitrogênio (semeadura + cobertura)
Cultura antecedente(1)
Leguminosa
Nabo, consor-
ciação ou pousio
Gramínea
............. % ............. ....................................... kg de N/ha .......................................< 2,5 70 80 90
2,6-5,0 50 60 70
> 5,0 < 40 < 40 < 50
Para produção de MS mé-
dia. Se alta (> 3 t/ha), dimi-
nuir em até 20 kg N/ha.
Para produção de MS mé-
dia. Se baixa (< 4 t/ha), au-
mentar em até 20 kg N/ha.
Para produção de MS mé-
dia. Se alta (> 4 t/ha), au-
mentar de 20 a 40 kg N/ha.
Para expectativa de 
rendimento maior que 
6 t/ha, acrescentar 15 
kg N/ha por t adicional.
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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
UTILIZAÇÃO DO CONHECIMENTO BÁSICO!
p. 118 - Manual de Calagem e Adubação RS/SC (2016)
“Em regiões mais frias e solos com alto teor de matéria orgânica
(Campos de Cima da Serra do RS, por exemplo), as doses de N
indicadas podem ser aumentadas, para maior expressão do
potencial de rendimento e a obtenção de maior produtividade.”
“Em regiões de clima mais quente (por exemplo, nas Missões do
RS), de menor altitude, ou em áreas com solos argilosos e com
teores médios a altos de matéria orgânica e aveia antecedida por
soja de alto rendimento, restringir ou suspender a aplicação de N
em cobertura, para evitar o acamamento.”
Ex.: na recomendação da aveia (branca/preta):
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MANEJO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA
Nitrogênio:
1. Independentemente da fonte, tende a formar nitrato, que é móvel
2. A quantidade a utilizar é elevada (raramente < 70 kg/ha por ano)
Adubação: época (“quando?”) é muito importante!!!
uma pequena parte na semeadura e o restante em cobertura (uma ou mais aplicações)
Culturas anuais
Pastagem
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MANEJO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA
Por que a época de aplicação é tão importante?
1. Sincronismo entre a taxa de liberação do N do solo ou
de resíduos vegetais, com a taxa de absorção pelas
plantas.
2. Alta mobilidade do N no solo = favorece perdas de N
por lixiviação.
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Manejo da adubação nitrogenada
Adub. de 
base
Adub. de 
cobertura
N
N
N
EM TODAS AS CULTURAS:
Coincidir com a definição 
dos componentes de 
rendimento
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
▪ Manual de Calagem e Adubação para os Estados do Rio 
Grande do Sul e de Santa Catarina (CQFS RS/SC, 2016)
Capítulo 6 – “Diagnóstico da fertilidade do solo e recomendação 
da adubação”
▪ Manual Internacional de Fertilidade do Solo (IPNI, 1998)
Capítulo 3 – “Nitrogênio” (p. 37-50)
▪ Fertilidade do Solo e Manejo de Nutrientes (Raij, 2011)
Capítulo 9 – “Nitrogênio” (p. 201-216)
▪ Guia de Fertilidade do Solo (Lopes, 2003)
Capítulo 4 – “Nitrogênio” (p. 109-138)
▪ Fertilidade do Solo (Novais et al., 2007)
Capítulo 7 – “Nitrogênio” (p. 375-470)
LIVROS
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PRÓXIMA AULA (31/5)
AGR03005 – Fertilidade do Solo

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