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Vesícula Biliar Localizada sob a superfície do lobo direito do fígado; Armazena a bile, que é produzida no fígado (Capacidade máxima: 40 – 70 mL); Concentra de 5 – 20 vezes a bile. ANATOMIA Concentrar Armazenar Excretar Água e eletrólitos reabsorvidos pela mucosa Entre as refeições Durante as refeições Vesícula Biliar FUNÇÕES Bile Solução aquosa secretada pelo fígado continuamente (6–10 vezes). pH alcalino. Fluxo: 600 – 1000 mL/dia. COMPOSIÇÃO Água Metabólitos endógenos Eletrólitos Bilirrubina Fosfolipídios (lecitina) Colesterol Proteínas Sais biliares* *Produzidos nos hepatócitos a partir do colesterol. Essenciais para a digestão e absorção de gorduras, vitaminas lipossolúveis e alguns minerais. Secretados no intestino e reabsorvidos pela circulação êntero hepática no íleo terminal. Homeostase dos esterois, particularmente o colesterol. Durante e depois de uma refeição, a vesícula se contrai para expulsar a bile, a qual entra no conduto cístico → colédoco, para chegar ao duodeno. Chegada de alimentos no duodeno Liberação de CCK e secretina (células intestinais) Estimulam a vesícula biliar e pâncreas a liberar suas secreções Auxiliam no relaxamento do esfíncter de Oddi Passagem do fluxo pancreático e biliar para o duodeno. Bile EXCREÇÃO Doenças Definição Colelitíase ou Litíase Biliar Formação de cálculos biliares. Coledocolitíase Cálculos migram e se introduzem no colédoco, causando obstrução. Colecistite Inflamação da vesícula biliar. Colangite aguda Inflamação do ducto biliar. Colangite esclerosante Inflamação das vias biliares por obstrução, estenose ou neoplasias Colestase Redução ou ausência do fluxo biliar. Doenças da Vesícula Biliar Colelitíase ou Litíase Biliar Geralmente assintomáticos Formação de cálculos biliares na ausência de infecção da vesícula biliar. História clínica Raio X Ultrassonografia abdominal Ressonância Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica* Colelitíase ou Litíase Biliar DIAGNÓSTICO *São observados radiologicamente, após introdução de um produto de contraste através da papila de Vater, canulada com um endoscópio chamado duodenoscópio, os ductos biliares, vesícula e pâncreas. Esta técnica permite, numa mesma sessão, detectar e tratar anomalias da árvore biliar e/ou do canal pancreático principal, recorrendo a diversos acessórios especializados que se passam através do duodenoscópio. É possível durante uma CPRE extrair cálculos, executar dilatações do canal com balão ou colocar uma prótese. CPRE é uma técnica complexa que, comparativamente a outros procedimentos endoscópicos, está mais associada a complicações. Colelitíase ou Litíase Biliar Obesidade* *Perda rápida de peso pode retardar o esvaziamento da vesícula biliar ou causar um desequilíbrio nos sais biliares e colesterol, causando a formação de cálculos biliares. Idade Gestação Resistência a insulina Diabetes Mellitus tipo 2 Dislipidemias Etnia História familiar Dieta Sedentarismo Colelitíase ou Litíase Biliar FATORES DE RISCO frequentemente têm níveis ↑ de colesterol e triglicerídeos; medicamentos para baixar os níveis de colesterol pode aumentar o risco de cálculos biliares, porque o colesterol atravessa a vesícula biliar. Dor tipo cólica em epigástrio e hipocôndrio direito Náuseas Sintomas dispépticos Colelitíase ou Litíase Biliar SINTOMAS Vômitos hipocolia fecal Icterícia Coledocolitíase Quando os cálculos se deslocam para os condutos biliares (colédoco) e se introduzem ali, produzindo obstrução, dor e cólicas. Colecistite aguda Caso os cálculos obstruam o ducto biliar, levando ao retorno da bile. Câncer das vias biliares Colelitíase não tratada. Colelitíase ou Litíase Biliar - COMPLICAÇÕES Cirrose biliar secundária Quando o retorno da bile causa inflamação e obstrução prolongada dos canais biliares, iniciando uma fibrose seguida por cicatrização do tecido. Pancreatite Quando o cálculo migra para o conduto pancreático, o obstrui e o bloqueia. TRATAMENTO CIRÚRGICO Colecistectomia: ressecção da vesícula biliar. Principal indicação, baseada no risco dos cálculos migrarem e causarem inflamação e/ou obstrução das vias biliares. OBS: Pode ser colocado o dreno de Kher, localizado no intestino, para remover transudatos pós- operatórios e biliares. Colelitíase ou Litíase Biliar TRATAMENTO CIRÚRGICO Laparotomia aberta tradicional Videolaparoscópica Colelitíase ou Litíase Biliar TRATAMENTO CIRÚRGICO Litotripsia por onda de choque extracorpórea: procedimento que visa reduzir o tamanho dos cálculos por meio de esmagamento ou trituração, permitindo que sejam expelidos pelas vias adequadas. Colelitíase ou Litíase Biliar TRATAMENTO CLÍNICO Dissolução química com a administração de medicamentos chamados ácidos quenodesoxicólicos ou ácidos ursodesoxicólicos (Ursacol® Urtal®) e também de sais biliares. Não é utilizado com frequência! Toxicidade Os cálculos podem retornar após o término do tratamento. OBS: Não há um tratamento específico para indivíduos suscetíveis. Colelitíase ou Litíase Biliar TRATAMENTO NUTRICIONAL Após colecistectomia, a alimentação oral é reassumida desde que haja o retorno da peristalse, evoluindo de acordo com a aceitação do paciente. Durante permanência do dreno: dieta hipolipídica! (geralmente de 10 – 15 dias) Após colecistectomia, a bile é secretada do fígado diretamente no intestino! Preparações hiperlipídicas podem gerar esteatorreia! OBS: Adaptação em 2 meses de pós operatório. Lipídios reintroduzidos gradativamente! Colelitíase ou Litíase Biliar Atenção! Inflamação da vesícula biliar. Epidemiologia: Mais frequente em mulheres; Incidência aumenta após 40 anos de idade; Presença de cálculos biliares; Histórico de colecistite aguda. Cálculos biliares obstruem o conduto biliar (colecistite calculosa), levando ao retorno da bile. Sintomas: Dor tipo cólica em epigástrio, hipocôndrio direito com irradiação para região escapular direita; Náuseas; Vômitos; Febre; Icterícia discreta. Colecistite Prognóstico: Necrose; Perfuração para órgãos adjacentes ou peritôneo; Pancreatite, caso haja obstrução do conduto pancreático. Diagnóstico: História e exame físico; Hemograma; Raio X. Colecistite CIRÚRGICO COLECISTECTOMIA NUTRICIONAL Aguda: VO dieta zero . NPT em pacientes desnutridos ou em dieta zero por longo período. Retorno da VO: dieta com baixo teor de lipídio (hipolipídica). Crônica: Baixo teor de lipídio em longo prazo (hipolipídica). Retirar alimentos que não são tolerados (queixas de flatulência); Repor vitaminas lipossolúveis, caso haja má absorção de gordura. Colecistite TRATAMENTO CLÍNICO ANTIBIOTICOTERAPIA TRATAMENTO NUTRICIONAL Após colecistectomia, a alimentação oral é reassumida desde que haja o retorno da peristalse, evoluindo de acordo com a aceitação do paciente. Durante permanência do dreno: dieta hipolipídica! (geralmente de 10 – 15 dias) Após colecistectomia, a bile é secretada do fígado diretamente no intestino! Preparações hiperlipídicas podem gerar esteatorreia! OBS: Adaptação em 2 meses de pós operatório.Lipídios reintroduzidos gradativamente! Colelitíase ou Colecistite Atenção! Recomendações Observações Energia Normocalórica Proteínas Normo/hiperproteica Lipídios Limite inferior da normalidade (25-35%) Reintroduzir gradativamente para evitar esteatorreia. Água Ingestão aumentada Glicídios Normoglicídica Fibras DRIs Fibras insolúveis: ↓ a reabsorção e o tempo de permanência dos sais biliares no duodeno. Vitaminas e minerais DRIs Colelitíase ou Colecistite Conduta Dietoterápica Características Físicas Recomendações Consistência De acordo com o tolerado. Fracionamento Normal ou Aumentado Volume Normal Temperatura Adequada às preparações. Colelitíase ou Colecistite Conduta Dietoterápica Colangite Aguda Inflamação dos ductos biliares Líquidos Antibióticos Colangite Aguda TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO Colecistectomia Stent biliar percutâneo: colocado na região da obstrução para facilitar o caminho fisiológico da bile ao intestino. TRATAMENTO CIRÚRGICO Estase do órgão por ausência de estímulos. Pouca ou nenhuma bile é secretada ou o fluxo biliar no TGI está obstruído. Pacientes em dieta zero ou NPT prolongada Ausência de estímulos! Pode predispor à colecistite acalculosa! Prevenção: Estimulação da mobilidade intestinal e biliar, e secreções por alimentações enterais mínimas. Terapia medicamentosa. Colestase Câncer de Vesícula Câncer de Vesícula Causas e Sintomas Inflamação Crônica: cálculos biliares é mais propenso. Os cálculos fazem a bile ser liberada mais lentamente, deixando as células da vesícula expostas aos agentes químicos presentes na bile por mais tempo. Anomalias de transporte: obstruções anormais nos dutos. O refluxo da bile irrita as células da parede da vesícula, assim como nos casos de inflamação crônica. Hereditariedade Exposição química: Exposição constante a radiações e agentes químicos O sintomas são semelhantes à colelitíase/colecistite. Surgem com a doença em estágio avançado.
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