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PRODUÇÃO TEXTUAL CRACK UM PROBLEMA DE TODA A SOCIEDADE SERVIÇO SOCIAL

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Serviço Social
_________________________________________
CRACK: um problema de toda a sociedade
Teresópolis/RJ
2015
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Serviço Social
__________________________________
CRACK: um problema de toda a sociedade
Produção Textual apresentada à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR – como requisito para aprovação na disciplina.
Teresópolis/RJ
2015
RESUMO 
O crack está cada dia mais presente à realidade brasileira, através de seu uso abusivo, o que atinge todo o contexto social, familiar e político.
Para lidar com essa situação e preciso que os profissionais possam fazer uma abordagem onde se conquista a confiança do dependente, porque ele não acredita em ninguem,vive cada dia como se fosse o último .O crack mata sonhos e destroi familias. É necessário dar assistência às nossas crianças, jovens e famílias. O governo tem a missão de promover mais projetos sociais. O trabalho do Assistente Social entra nesse exato momento em parceria com a ajuda dos órgãos governamentais.
Palavras-chaves: Crack - Sociedade - Governo - Assistente Social
SUMÁRIO
4Introdução	�
DESENVOLVIMENTO:
51. O CRACK EM NOSSA SOCIEDADE	�
72. O ASSISTENTE SOCIAL E O COMBATE AO CRACK	�
83. URBANIZAÇÃO X POPULAÇÃO - LIGAÇÃO COM O CRACK	�
104. REPRESENTAÇÃO SOCIAL / DROGADIÇÃO / CONSEQUÊNCIAS EMOCIONAIS / PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA	�
12CONCLUSÃO	�
13Referências:	�
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introdução
O uso e abuso de substâncias transformou-se em um grave problema de saúde pública em praticamente todos os países do mundo. Está altamente associado com comportamentos violentos e criminais, como acidentes de trânsito e violência familiar, principalmente entre indivíduos com histórico de agressividade e com complicações médicas e psiquiátricas, elevando drasticamente os índices de morbidade e mortalidade (Chalub & Telles, 2006; Kolling, Silva, Carvalho, Cunha & Kristensen, 2007; Nassif, 2004). 
O crack está entre as drogas mais usadas no Brasil e cada vez mais encontra-se em ascenção. Os jovens estão substituindo a maconha e a cocaína pelo crack, uma vez que seu custo é considerado bem menor, e seu efeito avassalador, capaz de deixar o usuário em êxtase total, mais ainda do que a maconha e a cocaína. 
Conforme o Relatório Mundial do Escritório da Organização das Nações Unidas de Combate às Drogas e Crimes (United Nations Office for Drug Control and Crime Prevention - UNODCCP, 2006), estima-se que 5% da população mundial entre 15 e 64 anos faz uso regular de algum tipo de substância ilícita, contabilizando aproximadamente 200 milhões de pessoas. A nível de curiosidade, dentre as substâncias lícitas, o álcool é mundialmente a substância mais consumida, seguido pelo tabaco. O mesmo ocorre no Brasil.
Já entre as substâncias ilícitas, no Brasil em primeiro lugar vem a maconha, seguida de solventes, ccocaína e crack. Embora o crack venha em um aparente quarto lugar, a droga já chama atenção pelo seu crescimento constante e acelerado na última década, principalmente.
O consumo de substâncias ilícitas como o crack, por exemplo, pode se dar por variados motivos como: hedonismo, curiosidade, alívio da dor e sofrimento que, provavelmente, persistirão após a dependência, como também, com o objetivo de vivenciar novas experiências. No entanto, as consequências desse consumo são desastrosase podem causar autodestruição e alterações comportamentais como: violência, indiferença, isolamento e desprezo. O uso do crack afeta não apenas o usuário, mas também sua família e todos que o cercam. 
DESENVOLVIMENTO
1. O CRACK EM NOSSA SOCIEDADE
Ao longo das últimas décadas, o Brasil vem sofrendo um aumento consideravelmente do uso de drogas e, especificamente, na última década, um aumento do crack, uma droga altamente destruidora e avassaldora. Infelizmente não não estamos vendo políticas públicas que possam atenuar o impacto causado pelo uso dessa droga tão poderosa, que vem cada vez mais abalando a nossa sociedade. Sim, porque não apenas o usuário e sua família sofrem as consequências desse consumo de crack, mas principalmente toda uma socidade fica a mercê desses usuários e de seus atos incosequentes quando possuídos por tal veneno, que é o crack.
A partir do meio dos anos 90, o crack surgiu na cidade de São Paulo, lentamente e de maneira estável, porém foi se expandindo para o interior do estado e na última década se espalhou por todo o país. O crack, na verdade, é um tipo de cocaína refinada, que pode ser fumada, tornando-a muito mais poderosa na criação de dependência e de uma série de problemas, especialmente a violência. Comprovadamente, através de relatos e pesquisas, todas as cidades onde o crack apareceu relatam um aumento da violência, explícita em diversos tipos de crimes. A primeira vítima da violência relacionada ao crack, sem dúvida, é a própria família do usuário, uma vez que é muito comum que os usuários de crack comecem a roubar objetos diversos de suas próprias casas, de seus familiares e parentes, para com isso poderem comprar a droga. Logo após, vem a outra grande vítima do usuário do crack: toda a socieade. Poius uma vez esgotada a fonte que vem da família, os usuários partem para crimes conta a sociedade, como roubo de carros, assaltos e até homicídios.
É sabido que os milhares de brasileiros são dependentes do crack e de outras drogas ilícitas e tão nocivas, acabam não recebendo a devida assistência causando um enorme problema para as suas famílias e para a sociedade como um todo, como já dissertamos anteriormente. É dever do governo agir rapidamente para que amenize o principal problema causado pelo uso abusivo de drogas, que é a violência. Violência esta que está atingindo todo um paíse e crescendo assustadoramente. Deve-se propor uma mudança substancial na forma como a assistência a essas pessoas é feita, garantindo que cada brasileiro possa receber o melhor tratamento possível.  
2. O ASSISTENTE SOCIAL E O COMBATE AO CRACK
O consumo do crack já tem registro em 90% das cidades brasileiras, o poblema de saúde que surge nas maiorias das metrópoles passaram a ser desafios para a sociedade de todo país e tomaram conta tambem do interior. As drogas causam destruição mesmo nas regiões mais pobres. O problema do crack pode ser visto também sociologicamente ou políticamente de uma forma sistêmica. A partir daí, surge a figura do Assistente Social como o grande auxiliador e até mesmo mediador entre o usuário, sua família, a própria sociedade até mesmo o governo.
A primeira etapa que pode ser realizada pelo Assitente Social é se apoderar do conhecimento sobre as drogas, sua classificação, seus efeitos, atualizar-se quando a sua dinâmica na sociedade, pesquisando e estudando formas de estratégias que fortaleçam os fatores de proteção, considerando os aspectos biológicos, familiares, a convivência ou contato com a droga. O segundo passo é ajudar no fortalecimento da sociedade, contribuindo na redução de danos, criando vínculos, exercitando a solidariedade e cidadania, considerando o acolhimento, a cooperação, disponibilidade, e a generosidade para com o usuário de drogas. 
O Assistente Social tem por objetivo encontrar uma resposta objetiva, ou seja, uma fórmula a ser seguida, em busca de questões que envolvem a dificuldade e a imprevisibilidade do processo de uso do crack. É importante pontuar que a questão do uso de drogas é um problema de saúde publica, associado intimamente à violência e ao aumento excessivo de criminalidade e práticas antissociais, abordando as pessoas de variadas formas, por vários motivos e em diferentes ambientes e situações. O assistente social vem desta forma, atuar em conjunto formando uma equipeauxiliar, na tentativa de combater junto à sociedade, à saúde pública e ao governo, o uso cada vez mais assustador dessa droga tão poderosa que é o crack.
3. URBANIZAÇÃO X POPULAÇÃO - LIGAÇÃO COM O CRACK 
A vinda da família real portuguesa para o Brasil se deu no ano de 1808, após a invasão das tropas de Napoleão Bonaparte a Portugal.
Começava assim, o processo de urbanização o Brasil que atravessa os dias de hoje. 
Já em 1808, não se poderia mais falar que o Brasil era uma colônia, pois com a chegada da familia real e da corte Portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, isso já proporcionou reflexos nos negócios. O centro Sul da América Portuguesa passou a cumprir um papel de metropoles. Além da abertura dos Portos, a presença da família real gerou uma maior dinâmica urbana como aumento de sub atividades, característica que permanece no Rio de Janeiro até os dias de hoje. A massa populacional aumenta consideravelmente do campo para a cidade. 
Urbanização significa o aumento da proporção da população que vive nas cidades em relação à que vive no campo. A urbanização é mais acelerada ainda em países em desenvolvimento, como é o caso Brasil, ou em países com pouco desenvolvmento. Desde 2008, segundo institutos de pesquisas, a população urbana mundial é maior que a rural, e essa proporção continua crescendo.
Brasil urbano – Desde meados da década de 1960, a população brasileira passou a ter maioria urbana. Atualmente, o Brasil está entre os países mais urbanizados do mundo, com mais de 80% de sua população morando em áreas urbanas. 
Regiões metropolitanas – O Brasil possui 31 regiões metropolitanas, que abrigam um terço dos domicílios urbanos e 30% da população do país. A maior delas, a Grande São Paulo, é uma megalópole com 18 milhões de habitantes. A urbanização em São Paulo ocorreu praticamente da mesma forma que ocorreu no restante do paíse, mas por ser o Estado de maior industrialização do país, São Paulo é o Estado, sem dúvida que mais sofre com a urbanização, ou seja, ainda é o Estado que tem mais êxodo rural (vinda da área rual para a área urbana).
Problemas ligados à urbanização – A urbanização desordenada causa a desigualdade social. E com a pobreza imperando vem uma série de problemas. Entre eles, o grande congestionamento de pessoas na área urbana, leva à falta de moradias suficientes para milhares de pessoas, o que contribui para o crescimento da população de rua e crescente favelização, o que leva essa população ao desespero e ao consequente uso de drogas como o crack, por exemplo, e assim surge o aumento da criminalidade, da violência. Ou seja, a urbanização desordenada gera uma série de problemas que também estão sob a responsabilidade principal dos órgãos governamentais. Fica assim a sociedade à mercê de respostas e soluções de tantos problemas que precisam ser solucionados na esperança de uma sociedademais justa e igualitária.
4. REPRESENTAÇÃO SOCIAL / DROGADIÇÃO / CONSEQUÊNCIAS EMOCIONAIS / PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA
Para o sucesso do tratamento do usuário de crack e consequente sucesso na parte emocional, a preseça da família é indispensável, pois faz com que o dependente químico se sinta motivado a aceitar e permanecer com o tratamento. A família é o porto seguro do usuário. 
O tratamento, por sua vez, também tem a visão de um novo estilo de vida, não é só a busca para ausência das drogas. A vistia e o apoio constante dos familiares também estimula o tratamento e sua continuidade.
Os familiares tornam-se peças fundamentais no processo de tratamento do usuário, no entanto precisam saber como lidar com as situações estressantes, evitando comentários críticos ao paciente ou se tornando exageradamente super protetores, dois fatores que certamente provocam recaídas. Torna-se muito importante que os familiares dosem o grau de exigências em relação ao paciente, exigindo assim mais do que ele pode realizar em dado momento, porém sem deixá-lo abandonado, ou sem participação na vida familiar.
É importante, então, que o familiar conheça melhor a doença e tenha um diagnóstico claro, pois assim a família passa a ser um aliado eficiente em conjunto com a medicação e a terapêutica trabalhada pela equipe profissional. O Assistente social pode ser um elo de ligação, ou seja, um mediador, intermediário, entre o usuário e a família.
O papel da família e importantíssimo em todas as fases do processo terapêutico, porém principalmente no inicio do tratamento onde o usuário paciente ainda não percebe claramente que aquilo que acontece com ele é decorrente de uma doença, ou seja, o paciente não se aceita como doente, como viciado, pois para este alucinações e delírios são reais. E dizer ao paciente que tudo não passa de sua imaginação não resolve. Ao contrário, isso aumenta ainda mais sua resistência ao tratamento. Tanto a família quanto a equipe responsável pelo paciente necessitam trabalhar em conjunto, se restrições, objetivando adquirir confiança e vínculo, para que seja criada uma relação de confiança e de aceitação ao tratamento, o que garantirá a efetivação do tratamento e consequente melhora. Percebe-se que a recuperação de uma pessoa com dependência química é um processo longo, e em diversos casos gradual e lento, no entanto combinando várias abordagens, com o apoio da família, um bom serviço de Assistência Social, os resultados tornam-se positivos e satisfatórios em muitos casos, salvando os usuários das drogas e retornando-os para o convívio saudável em sociedade.
CONCLUSÃO
A sociedade atual, marcada pelo crescimento dos centros urbanos capitalistas, tem como características a racionalidade, a tecnologia e a supervalorização do consumo, que, além de outros fatores, constituem importantes mecanismos de informação, intervenção e de controle de determinadas realidades sociais. Nessa sociedade cada vez mais tão consumista e urbana, o crack vem ganhando seu espaço e destruindo lentamente a sociedade.
O problema social das drogas se torna cada vez mais sério e ganha destaque institucional no Brasil. O problema das drogas desestabiliza e ameaça a ordem moral, a saúde e a segurança públicae atinge como vimos, não apenas o usuário, mas sua família, parentes, amigos e toda a sociedade que o cerca.
Referências:
ALCANTARA, Geisa Souza. GOMES, Juliana da Silva. O papel da família no processo de ressocialização de pessoas acometidas por transtornos psíquicos. Trabalho de conclusão de curso- Faculdade Vasco da Gama. Salvador. 2011.
Cartilha da Redução de Danos para agentes comunitários em saúde, disponível em http://www.vivacomunidade.org.br, acesso em 07/05/2015.
CFESS. Conselho Federal de Serviço Social. O serviço social tem alternativas à internação compulsória. Disponível em http://www.aems.edu.br. Acesso em: 10 maio de 2015.
Família Real no Brasil. Disponível em http://www.escolakids.com/a-familia-real-portuguesa-no-brasil.htm. Acesso em 10 de maio de 2015.
QUEIROZ, Isabela Saraiva de. Os programas de redução de danos como espaços de exercício da cidadania dos usuários de drogas. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932001000400002&script=sci_arttext
Acesso em 10 de maio de 2015.
RIBEIRO, M; LARANJEIRA, R. O Tratamento do Usuário de Crack. Casa de Leitura Médica, São Paulo, 2010.
SCHEFFER, Morgana; PASA, Graciela Gema  and  ALMEIDA, Rosa Maria Martins de. Dependência de álcool, cocaína e crack e transtornos psiquiátricos. Psic.: Teor. e Pesq. [online]. 2010, vol.26, n.3, pp. 533-541.ISSN 0102-3772.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000300016. Acesso em 10 de maio de 2015.
SILVA, Myltainho Severiano da. Se Liga! O Livro das Drogas. São Paulo: Editora Record, 2012.
Urbanização no Brasil. Disponível em http://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/as-formas-de-urbanizacao-no-brasil#. Acesso em 10 e maio de 2015.

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