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Fundações – ENG01142 - 1 - Recalques de Fundações Diretas INTRODUÇÃO Três parcelas contribuem para recalques de Fundações diretas ρt = ρi + ρa + ρs onde: ρt = recalque total ρi = recalque imediato (resultante das deformações do solo a volume constante) ρa = recalque por adensamento (resultante da dissipação de pressões neutras em solos argilosos) ρs = recalque secundário ou “creep” (varia com o tempo, porém a pressões efetivas constantes) Cálculo dos recalques ρi = Teoria da elasticidade ou métodos empíricos z Parâmetros Elásticos obtidos por: Prova de carga de placa; Ensaios de laboratório; Sondagens (correlações). ρa = Teoria do adensamento z Parâmetros de adensamento obtidos por: Ensaio de adensamento; Correlação com limites de Atterberg; Tempo de adensamento ensaio de CPTU. ρs = Métodos empíricos ou Elementos finitos. CÁLCULO DE RECALQUES EM SOLOS GRANULARES A capacidade de suporte de solos granulares, não é normalmente o fator crítico de projeto de fundações superficiais, mas sim o máximo recalque admissível. São exceção os casos de pequenas fundações (<1m de largura) em solos fofos. RECALQUES PREDOMINANTES = RECALQUES IMEDIATOS UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 2 - Tabela – Determinação de propriedades de deformabilidade de solos granulares ENSAIOS CÁLCULOS OBSERVAÇÕES Laboratório - Impossibilidade de amostragem SPT Empíricos Difícil previsão do módulo de deformabilidade Cone Empíricos Difícil previsão do módulo de deformabilidade Pressiômetro E’ – Teoria da elasticidade Epress. - empírico Medida do comportamento tensão x deformação Placa E’ – Teoria da elasticidade Eplaca. - empírico Medida do comportamento tensão x deformação Os métodos que serão apresentados foram desenvolvidos estatisticamente por acompanhamentos de recalques em fundações existentes ou por realização de ensaios e são baseados no valor N medido no ensaio de SPT. z Terzaghi e Peck – Modificado por Meyerhof (1965) Este método é útil por poder ser aplicado rapidamente, porém, é bastante simplista e conservador, sendo pouco aconselhável o seu uso na prática de engenharia. ρi = 2(q/Nspt) onde: q - (kN/m2) Nspt = média do número de golpes tomado da base da fundação até 1,5B abaixo da mesma. ρi - (mm) z Burland, Broms & de Mello (1977) Para este método é utilizado um valor médio de SPT, obtido pela média aritmética do número de golpe do nível da fundação até uma profundidade de 1,5B, sendo B a largura da fundação. z ρmax = q (0,32 B0,3) Æ para areias fofas ( Nspt < 10); z ρmax = q (0,07 B0,3) Æ para areias medianamente compactas (10< Nspt < 30); z ρmax = q (0,035 B0,3) Æ para areias compactas (Nspt > 30); ρprovável = ½ ρmax Sendo q expresso em (kPa) , ρ em (mm) e B em (m). UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 3 - z Schultze e Sherif (1973) Utilizando correlações estatísticas entre recalques e SPT, os autores desenvolveram um método de estimativa de recalques que utiliza o comprimento, a largura e a profundidade da fundação e a espessura da camada granular para a obtenção de um coeficiente S, chamado coeficiente de recalque, utilizado na determinação do recalque. onde: S = coeficiente de recalque obtido no gráfico abaixo (cm3/kg) ρi = recalque (cm) Nspt – valor médio de SPT D = profundidade da fundação (m) B = largura da fundação (m) L =comprimento da fundação (m) σ = pressão de contato (kg/cm2) ds espessura da camada granular compressível (m) )]/(4,01[ 87,0 BDN S spt i += σρ UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 4 - Quando a espessura da camada granular considerada é menor que o dobro da largura da área carregada, os autores sugerem a utilização de fatores de redução obtidos da tabela abaixo. z Método de Burlund & Burbidge (1985) Os autores compilaram registros de recalques em uma base de dados de mais de 100 casos de obra. O tratamento estatístico dos resultados permitiu definir um recalque médio em areias normalmente adensadas. onde: ρi = recalque; q = pressão média efetiva na fundação (kN/m2); Ic = índice de compressão (Figura abaixo). 4,1/71,1 NIc =ci IqB 7,0=ρ Na obtenção do índice de compressão, é necessário corrigir a medida de NSPT em dois casos particulares: 1) silte arenoso, abaixo do nível d’água: Ncorrigido= 15+0,5(Nmedido-15), para N>15 2) cascalho ou cascalho e areia: Ncorrigido= 1,25 Nmedido UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 5 - A figura abaixo permite ainda determinar a profundidade de influência abaixo do elemento de fundação, Z1, para casos nos quais NSPT é constante ou aumenta com a profundidade. Para os casos em que o NSPT reduz com a profundidade, Z1 deve ser adotado como o menor valor entre 2B ou a distância à camada rígida “incompressível” abaixo da fundação. Método de Burland & Burbidge (1945) UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 6 - EXERCÍCIO: )Prova de carga contratada pelo Banco do Brasil na localidade de Tramandaí/RS. álculo para a sondagem S1: : D = 1,6m Pa Terzaghi & Peck: A C DADOS B = 0,8m qmáx = 200k sptmédio= (12+16+24)/3 = 17,33 0/17,33 urland, Broms & de Mello: N ρ = 2q/N ρ = 2 x 20 ρ = 23,1mm B sptmédio= (12+16+24)/3 = 17,33 0<N<30 x/2 = 13,1 / 2 = 6,55mm Schultze e Sherif: N ρmáx = q(0,07B0,3) Æ 1 ρmáx = 200(0,07 x 0,80,3) ρmáx = 13,1mm ρprovável = ρmá sptmédio= (12+16+24)/3 = 17,33 D/B))) 4(1,6/0,8))) urland & Burbidge: N ρ = (s . q)/(N0,87(1+0,4( ρ = (0,37 x 200)/(17,330,87(1+0, ρ = 3,44mm B sptmédio= (12+16)/2 = 14 Ic areia siltosa Æ N = 15+0,5(14-15) = 14,5 = 6,92mm Recalque obtido na Prova de carga PC2: 3,85mm N ρ = q’ B0,7Ic ρ = 200 x 0,80,7 Ic = 1,71/14,51,4 = 0,0405 ρ UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 7 - B) Prova de Carga ULOSE DO álculo para a sondagem S425: DADOS: D = 2m a Terzaghi & Peck: contratada pela RIOCEL RIO GRANDE CIA DE CEL SUL, localizada em Guaíba/RS. C B = 0,71m qmáx = 800kP sptmédio= (56+37)/2 = 46,5 0/46,5 urland, Broms & de Mello: N ρ = 2q/N ρ = 2 x 80 ρ = 34,4mm B sptmédio= (56+37)/2 = 46,5 ) Æ N<30 /2 = 25,27 / 2 = 12,63mm Schultze e Sherif: N ρmáx = q(0,035B0,3 ρmáx = 800(0,035 x 0,710,3) ρmáx = 25,27mm ρprovável = ρmáx sptmédio= (56+37)/2 = 46,5 +0,4(D/B))) (2/0,71))) urland & Burbidge: N ρ = (s . q)/(N0,87(1 ρ = (0,32 x 800)/(46,50,87(1+0,4 ρ = 4,26mm B sptmédio= 56 Å Z1 = 0,71m 1 Ic 1,71/561,4 = 0,0061 = 3,84mm Recalque obtido na Prova de carga PC1: 8,69mm N ρ = q’ B0,7Ic 0,7ρ = 800 x 0,7 Ic = ρ UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 8 - C) Prova de Carga o Tigre/RS. álculo para a sondagem S5: DADOS: D = 1,975m Terzaghi & Peck: contratada pelo Banco do Brasil na localidade Arroio d C B = φ = 0,8m qmáx = 300kPa sptmédio= (30+10)/2 = 20 0/20 urland, Broms & de Mello: N ρ = 2q/N ρ = 2 x 30 ρ = 30mm B sptmédio= (30+10)/2 = 20 3) Æ N<30 x/2 = 19,6 / 2 = 9,8mm Schultze e Sherif: N ρmáx = q(0,07B0, ρmáx = 300(0,07 x 0,80,3) ρmáx = 19,6mmρprovável = ρmá sptmédio= (30+10)/2 = 20 (1+0,4(D/B))) ,975/0,8))) urland & Burbidge: N ρ = (s . q)/(N0,87 ρ = (0,37 x 300)/(200,87(1+0,4(1 ρ = 4,12mm B sptmédio= 20 Å Z1 = 0,8m Ic N = 15+0,5(20-15) = 17,5 = 8mm Recalque obtido na Prova de carga PC2: 8,2mm N ρ = q’ B0,7Ic ρ = 300 x 0,80,7 Ic = 1,71/17,51,4 = 0,031 ρ UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 9 - Cálculo para a sondagem S3: DADOS: D = 2,65m Terzaghi & Peck: B = φ = 0,8m qmáx = 300kPa sptmédio= (59+31)/2 = 45 0/45 urland, Broms & de Mello: N ρ = 2q/N ρ = 2 x 30 ρ = 13,33mm B sptmédio= (59+31)/2 = 45 0,3) Æ N>30 x/2 = 9,82 / 2 = 4,91mm Schultze e Sherif: N ρmáx = q(0,035B ρmáx = 300(0,035 x 0,80,3) ρmáx = 9,82mm ρprovável = ρmá sptmédio= (59+31)/2 = 45 (1+0,4(D/B))) ,65/0,8))) urland & Burbidge: N ρ = (s . q)/(N0,87 ρ = (0,37 x 300)/(450,87(1+0,4(2 ρ = 1,74mm B sptmédio= 59 Å Z1 = 0,8m Ic N = 15+0,5(59-15) = 37 = 2,8mm Recalque obtido na Prova de carga PC1 para qmáx: 3,15mm N ρ = q’ B0,7Ic ρ = 300 x 0,80,7 Ic = 1,71/371,4 = 0,011 ρ UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 10 - D) Prova de Carga realizada por Roberto Cudmani (mestrado) em Cachoeirinha/RS. álculo para a sondagem S3 e placa60120: DADOS: D = 1,2m m a Terzaghi & Peck: C B = φ = 0,6 qmáx = 212,2kP sptmédio= 5 2,2/5 urland, Broms & de Mello: N ρ = 2q/N ρ = 2 x 21 ρ = 84,5mm B sptmédio= 5 x = q(0,32B0,3) Æ N<10 x/2 = 58,2 / 2 = 29,1mm Schultze e Sherif: N ρmá ρ = 212,2(0,32 x 0,6máx 0,3) ρmáx = 58,2mm ρprovável = ρmá sptmédio= 5 0,87(1+0,4(D/B))) 1,2/0,6))) urland & Burbidge: N ρ = (s . q)/(N ρ = (0,32 x 212,2)/(50,87(1+0,4( ρ = 9,29mm B sptmédio= 5 Å Z1 = 0,6m ,6 Ic N = 15+0,5(5-15) = 10 = 10,09mm máx: 9mm N ρ = q’ B0,7Ic 0,7ρ = 212,2 x 0 Ic = 1,71/101,4 = 0,068 ρ Recalque obtido na Prova de carga PLAC60120 para q UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 11 - Cálculo pa DADOS: D = 1,2m m a Terzaghi & Peck: ra a sondagem S3 e placa40120: B = φ = 0,4 qmáx = 238,8kP sptmédio= 5 8,8/5 urland, Broms & de Mello: N ρ = 2q/N ρ = 2 x 23 ρ = 95,5mm B sptmédio= 5 x = q(0,32B0,3) Æ N<10 máx/2 = 58 / 2 = 29mm Schultze e Sherif: N ρmá ρmáx = 238,8(0,32 x 0,40,3) ρmáx = 58mm ρprovável = ρ sptmédio= 5 0,87(1+0,4(D/B))) ,2/0,4))) urland & Burbidge: N ρ = (s . q)/(N ρ = (0,3 x 238,8)/(50,87(1+0,4(1 ρ = 1,74mm B sptmédio= 5 Å Z1 = 0,4m ,4 Ic N = 15+0,5(5-15) = 10 = 8,56mm máx: 8,5mm N ρ = q’ B0,7Ic 0,7ρ = 238,8 x 0 Ic = 1,71/101,4 = 0,068 ρ Recalque obtido na Prova de carga PLAC40120 para q UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 12 - Conclusão: Como ferramenta para analisar os casos estudados, foi confeccionada a tabela Terzaghi & Peck Burland, Broms & de Mello Schultze & Scherif Burland and Burbidge Prova de Carga abaixo, expondo todos os recalques, tanto os calculados pelos métodos teóricos como os obtidos em campo por provas de carga. No gráfico, após a tabela, temos, para cada localidade, a razão entre recalque teórico e recalque real para cada método, o que nos possibilita visualizar quais os métodos que se aproximam da realidade, e em que medida. Tramandaí - S1 23,10 6,55 3,44 6,92 3,85 Tramandaí - S3 36,36 6,55 5,10 8,27 5,62 Guaíba - S425 34,40 12,63 4,26 3,84 8,69 Arroio do Tigre - S5 30,00 9,80 4,12 8,00 8,20 Arroio do Tigre - S3 13,33 4,91 1,74 2,80 3,15 Cachoeirinha - P60120 84,50 29,10 9,29 10,09 9,00 Cachoeirinha - P40120 95,50 29,00 8,00 8,56 8,50 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 Tr am an da í - S 1 Tr am an da í - S 3 G ua íb a - S 42 5 Ar ro io d o Ti gr e - S 5 Ar ro io d o Ti gr e - S 3 C ac ho ei rin ha - P6 01 20 C ac ho ei rin ha - P4 01 20 Terzaghi & Peck Burland, Broms & de Mello Schultze & Scherif Burland and Burbidge Prova de Carga UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 13 - CÁLCULO DE RECALQUES EM SOLOS ARGILOSOS ecalque em Argila – Imediato R Quando ocorrem carregamentos do tipo rápido (não drenado) em solos argilosos satura to de uma camada submetida a um carregamento superficial q (ten z Teoria da Elasticidade – Camada infinita Para uma sapata de diâmetro B apoiada em uma camada argilosa homogênea com módu onde: q = pressão média aplicada; nsão da sapata; epende da forma e rigidez da sapata; Fatores de forma, Is, para carregamentos na superfície (Id = 1,0) de um meio de espes Fator de influência Is Sapata Flexível Rígida dos, utiliza-se a teoria da elasticidade para a previsão dos recalques imediatos (distorção elástica) da camada. O recalque vertical imedia são) pode ser obtido através da expressão: lo de deformabilidade constante Es constante com a profundidade. B = diâmetro ou menor dime s s i IE Bq ⎥⎦⎢⎣ =ρ 1 2 ⎤⎡ −ν ν = coeficiente de Poisson; Is = fator de influência que d Es = módulo de Young. sura infinita (Ih = 1,0) estão mostrados na Tabela abaixo: Forma Ce a Médio ntro Bord C 0,79 ircular 1,00 0,64 0,85 Quadrada 1,12 0,56 0,95 0,99 L/B = 1,5 1,36 0,67 1,15 L/B = 2 1,52 0,76 1,30 L/B = 3 1,78 0,88 1,52 L/B = 5 2,10 1,05 1,83 L/B = 10 2,53 1,26 2,25 L/B = 100 4,00 2,00 3,70 UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 14 - Fatores de embutimento devem ser usados com restrições. Na realidade, o efeito da profu z Teoria da Elasticidade – Camada finita z Em muitos casos a camada de argila possui uma espessura finita, sobreposta a um onde: z Iu = fator de influência dado pelo produto de µo por µ1 ndidade se deve mais ao fato de se alcançar um material de diferentes propriedades do que pelo efeito geométrico previsto nas soluções da Teoria da Elasticidade. Assim, é recomendável desprezar este fator. material que pode ser considerado como rígido (rocha ou areia muito compacta). Nesse caso a recalque imediato em uma camada argilosa é dado pela equação (Janbu et al, 1959). z s oiu s i E I E 1µµρρ == BqBq UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 15 - Módulo de deformabilidade e Coeficiente de Poisson orrelações empíricas C z Argilas não-drenadas z Eu/Su = 400 a 500 (pequenas deformações, alto FS) z Demais solos: z Es = α qc * Ensaios de laboratório, ensaios de campo (pressiômetro e placa) são meios confiáveis de Coeficientes α e K (Teixeira & Godoy, 1996) z qc = K Nspt z Es = α K Nspt determinação de módulo. Solo α Areia 3 Silte 5 Argila 7 Solo K (MPa) Areia co regulho m ped 1,1 Areia 0,9 Areia Siltosa 0,7 Areia Argilosa 0,55 Silte arenoso 0,45 Silte 0,35 Argila arenosa 0,30 Silte argiloso 0,25 Argila siltosa 0,20 Coeficientes ν (Teixeira & Godoy, 1996) Solo ν Areia pouco compacta 0,2 Areia compacta 0,4 Silte 0,3 a 0,5 Argilasaturada 0,5 A a 0,1 a 0,3 rgila não Saturad UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 16 - Teoria do Adensamento onde: índice de vazios; ada étrica; rgilas Normalmente adensadas e = H = espessura da cam mv = coeficiente de compressibilidade volum = variação da tensão efetiva. ∆p A (σ’v,0=σ’v,a): Ensaio oedométrico em argila (a) normalmente adensada e (b) sub-adensada pva o a Hm e H ∆= += ρ ρ 1 e∆ UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 17 - UFRGS – Escola de Engenharia Neste caso a expressão aplicada é: onde: incide de vazios inicial; H = espessura da camada ade; l; trada a curva obtida em laboratório e aquela que seria btida sem amolgamento, segundo Schmertmann (1955). Nesta figura está também dicad rgilas Sub-adensadas e0 = Cc = índice de compressibilid σ’v,0 = tensão efetiva inicia σ’v,f = tensão efetiva final. Na Figura acima está mos o in a a obtenção da tensão vertical de pré-adensamento, σ’v,a , pelo método de Casagrande. A (σ’v,0>σ’v,a): a é: onde: incide de vazios inicial; H = espessura da camada ade; l; rgilas Sobre-adensadas Neste caso, a expressão utilizad e0 = Cc = índice de compressibilid σ’v,0 = tensão efetiva inicia σ’v,a = tensão de pré-adensamento. A (σ’v,0<σ’v,a): Figura abaixo (a) se a pressão final ultrapassa ou ão a tensão de pré-adensamento. Têm-se as seguintes possibilidades: • Caso σ’v,f < σ’v,a (figura abaixo caso (b)): • Caso σ f > σ’v,a (figura abaixo caso (c)): Neste caso, a expressão utilizada vai depender de n ’v, ⎟⎠⎜⎝ ⎟⎞⎜+= ' 0, ' ,log 1 v fv o a He Cc σρ ⎛σ ⎟⎠ ⎟⎞ ⎝+ , ' , 1 av f oe σ⎜ ⎜⎛= 'log va HCc σρ ⎟⎠⎜ ⎟⎞ ⎝+ = ' 0, ' ,log 1 v fv o a He σ σρ ⎜⎛rC ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ++⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ += ' , ' , ' 0, ' , log 1 log 1 av fv o c v av o r a He CH e C σ σ σ σρ Fundações – ENG01142 - 18 - Os casos mais comuns de sobre-adensamento são processos naturais, tais como: erosão, elevação do nível d’água; processos artificiais, como: sobre-aterros, rebaixamento temporário do nível d’água (processos para tirar proveito do sobre-adensamento); escavações (para implantação de fundações “compensadas”); e envelhecimanto (aging). Ensaio oedométrico em argila sobre-adensada. UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 19 - Segundo Skempton e Bjerrum (1957), o recalque final de uma fundação sobre argila turada pode ser estimado pela soma do recalque instantâneo (não-drenado) com o recalqu nde µ depende do par A (que é função do tipo de solo e do nível e carregamento) e da geometria do carregamento, sendo fornecido pelo ábaco abaixo. sa e por adensamento 3-D. Skempton e Bjerrum (1957) propuseram que o resultado do cálculo 1-D (recalque instantâneo convencional) fosse corrigido por um fator µ. Assim: O âmetro de poro-pressão d Fator de correção µ (Skempton e Bjerrum, 1957) calculadocorrigido aa ρµρ .= UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 20 - Recalques Secundários: r que o ensaio de adensamento inclui uma parcela de deformação iscosa (creep), comumente chamada de adensamento secundário. As deformações viscosa inuam se processando nos solos argilosos muito plásticos e orgânicos após a endo: Ca = índice de com ríodo de tempo de interesse, normalmente considerado como sendo o tempo O mado como sendo a deformação específica por um ciclo do logaritmo do tempo no gráfico recalque x log tempo. normal Æ Ca=0005 a 0,02 É interessante nota v s são usualmente admitidas após cessar o processo de dissipação dos excessos de poro-pressão, embora na realidade ocorram ao mesmo tempo. Assim, quanto maior for o tempo em que uma amostra é mantida em carga, maior será a parcela da deformação viscosa incorporada. A terceira parcela dos recalques de uma fundação a ser considerada decorre dessas deformações que cont dissipação da poro-pressão. A experiência mostra que os recalques secundários evoluem lenta e linearmente com o logaritmo do tempo, e são calculados pela expressão: ⎟⎠⎜⎝ ras t ⎟⎞⎜⎛= stHC logρ S pressão secundária; ts = pe de vida útil da obra considerada; tr = tempo de ocorrência do recalque primário. índice de compressão secundária, Ca, é to Valores típicos do índice de compressão secundária são: • Argilas pré-adensadas (OCR>2) Æ Ca<0,001 • Argilas normalmente adensadas e de atividade • Argilas muito plásticas e orgânicas Æ Ca>0,03 • Turfas Æ Ca>0,08 UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 21 - RECALQUES LIMITES R 6122/96, a tensão admissível e a carga admissível dependem a sensibilidade da construção projetada aos recalques, especialmente aos recalques diferen De acordo com a NB d ciais, os quais geralmente são os que podem prejudicar sua estabilidade ou funcionamento. A B C D SP1 SP2 SP4SP3 ESTRUTURA minρρmax α φmax max δmax LAB SP1 A SP2 max∆ ESTRUTURA SP4SP3 D max SP1 A β SP3SP2 ωmaxB C ESTRUTURA SP4 D ωmax UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 22 - Com base em observações de cerca de uma centena de edifícios, Skempton & acDonald (1956), associaram a ocorrência de danos com valores limite para distorção angula Segundo Skempton & MacDonald (1956): edifícios δ/ℓ = 1:150 – danos estruturais em vigas e colunas de edifícios correntes. jerrum (1963) e Vargas e Silva apresentam uma relação mais completa dos valores e distorções angulares e danos associados: M r β = δ/ℓ, em que δ é o recalque diferencial entre dois pilares e ℓ a distância entre eles. δ/ℓ = 1:300 – trincas em paredes de B d 1/100 1/200 1/300 1/400 1/500 1/600 1/700 1/800 1/900 1/1000 Limite a partir do qual são temidas dificuldades com máquinas sensíveis a recalques. Limite de perigo para pórticos com contraventamento. Edifícios estreitos: não são produzidos danosou inclinações. Limite de segurança para edifícios em que não são admitidas fissuras. Edifícios largos: não são produzidos danos ou inclinações. Edifícios largos (B>15m) fissuras na alvenaria Edifícios estreitos (B<15m) fissuras na alvenaria Limite em que são esperadas dificuldades com pontes rolantes. Limite em que são esperadas as primeiras fissuras em paredes divisórias. Edifícos estreitos: fissuras na estrutura e pequenas inclinações. Limite em que o desaprumo de edifícios altos e rígidos se torna visível. Edifícios estreitos: fissuras na estrutura, inclinação notável, necessidae de reforço. Edifícios Largos: fissuras graves, pequenas inclinações. Limite de segurança para paredes Flexíveis de alvenaria (h/l <1/4). Limite em que são temidos danos estruturais nos edifícios em geral. Edifícios largos: fissuras na estrutura, inclinação notável, necessidade de reforço. Bjerrum Vargas e Silva UFRGS – Escola de Engenharia Fundações – ENG01142 - 23 - Recalques totais limites Para estruturas usuais de concreto e de aço, são recomendados os seguintes valores limite de recalque totais: Areias: ρmax = 25 mm (Terzaghi & Peck 1967) ρmax = 40 mm para sapatas isoladas(Skempton & MacDonald 1956) ρmax = 40 a 65 mm para radiers (Skempton & MacDonald 1956) Argilas: ρmax = 40 mm (Terzaghi & Peck 1948) ρmax = 65 mm para sapatas isoladas (Skempton & MacDonald 1967) ρmax = 65 a 100 mm para radiers (Skempton & MacDonald 1956) Terzaghi & Peck (1967) recomendam valores admissíveis para o recalque diferencial e total em areias de: δ (recalque diferencial) = 20 mm ρ (recalque total) = 25 mm A prática brasileira tem adotado: ρmax = 25 mm UFRGS – Escola de Engenharia
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