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Argonautas do Pacífico Ocidental

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TEXTO: Argonautas do Pacífico Ocidental. Introdução e Cap lll.
 O texto se inicia com uma descrição da população que habita a região costeira das Ilhas do Pacífico Sul. Segundo o autor, os habitantes são exímios navegadores, comerciantes e artesãos. Há uma separação dos artigos produzidos de acordo com a especifidade herdada por cada tribo, diferentes artigos são produzidos em regiões distintas.
 Após descrever alguns aspectos destas tribos, o autor relata o início de seu trabalho de campo. Sua primeira tentativa de estabelecer um contato com os nativos, foi através da troca de tabaco. Logo em seguida nos é apresentado os pilares de um trabalho etnográfico, que precisa conter, objetivos científicos claros e pré definidos, conhecimento acerca dos critérios da antropologia moderna, bem como, fixação do pesquisador na aldeia (objeto de estudo), por último, a aplicação de métodos de coleta de dados e manipulação destes. Estes dados podem ser apresentados como gráficos, mapas, diagramas etc.
 As sociedades nativas possuem instituições, regras, princípios e uma organização complexa. Para o autor, é equivocado e medíocre resumir tudo isto a achismos e conceitos baseados no animismo, além de opiniões e pré conceitos.
 Para um trabalho bem sucedido, é necessário, portanto, observar também as sutilezas da vida cotidiana e buscar compreender de maneira teórica e críticas, os mecanismos que existem por trás da ação. Os fatos cotidianos, aspectos íntimos, relações entre as tribos, ponto de vista e opiniões dos nativos, devem ser relatados por meio da coleta de dados, que permite, a interpretação dos mecanismos sociais. A metodologia é aplicada, principalmente por meio de quadros sinóticos, que por sua vez, constituem um importante material de documentação.
 O Kula é uma forma de comércio entre tribos distintas. Os artigos circulam em direções opostas. Os colares viajam no sentindo horário e os colares no sentido oposto. A troca é feita entre parceiros e esta parceria é permanente. O Kula permite que as mais diversas atividades se relacionem a ele, há uma grande mobilização da estrutura social para tal, como, artigos artesanais e a construção de canoas. As datas são pré estabelecidas e tudo é regido por rituais e cerimônias.
 Os colares e braceletes são reservados apenas a ocasiões festivas. O que importa não é a posse, mas sim, a história que existe por trás delas, representam em sua maioria a glória para o povo da tribo. O número de parceiros é limitado de acordo com a posição e importância social. O parceiro além mar representa a garantia da segurança pessoal em um domínio desconhecido. 
 Para concluir, é importante salientar que o Kula permite uma troca cultura que interliga milhares de pessoas. O código social regula as trocas e impedem a tendência aquisitiva do homem. A riqueza, portanto, significa poder, a generosidade sinal de riqueza.

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