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UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CCBS – CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA - CAMPUS CASCAVEL
Toxoplasmose
 
Disciplina: Parasitologia
Cascavel, 04 de agosto de 2017
Introdução
A toxoplasmose é uma zoonose, ou seja, um exemplo de doença infecciosa de ocorrência típica nos animais, que pode ser transmitida aos humanos. Dentre os grupos de animais, os principais afetados são os mamíferos (principalmente carneiro, cabra e porco) e as aves. O gato e alguns outros felinos são os hospedeiros definitivos, sendo o homem e os outros animais os hospedeiros intermediários.
O transmissor da doença é o protozoário Toxoplasma gondii, cuja distribuição geográfica é mundial, com alta prevalência sorológica. Estudos apontam que em determinados países mais de 60% da população pode ser atingida. No entanto, os casos de doença clínica são menos frequentes. Nestes, a forma mais grave é encontrada em crianças recém-nascidas.
Um aspecto interessante desse parasito é ter sido encontrado no mesmo ano - 1908 - em dois países: na Tunísia, por Nicolle e Manceaux, de formas oriundas do roedor Ctenodatylus gondi e no Brasil, por Splendore, por meio de formas evolutivas encontradas em coelhos doentes ou mortos "naturalmente", em laboratório. Em 1909, Nicolle e Manceaux descreveram o parasito e criaram o gênero Toxoplasma e a espécie T. gondii. A partir da década de 70, os estudos sobre o parasito aumentaram consideravelmente com o conhecimento de sua ampla distribuição geográfica por meio de testes sorológicos e do grande número de mamíferos (inclusive o homem) e aves atingidos. Posteriormente, os estudos aprofundaram-se quanto à morfologia do parasito, aos hospedeiros definitivos e intermediários, os ciclos biológico e epidemiológico, melhores métodos para diagnóstico e tratamento.
Morfologia
A morfologia do Toxoplasma gondii depende do hábitat e do estágio evolutivo do mesmo, sendo encontrado em vários tecidos e células do organismo. Nos felinos, as formas do ciclo sexuado são encontradas nas células do epitélio intestinal, as do ciclo assexuado em outros locais do hospedeiro, e as de resistência no meio exterior junto com as fezes desses animais, após completar a fase intestinal.
As formas infectantes que o parasito apresenta durante o ciclo biológico são: taquizoítos, bradizoítos e esporozoítos. Todas as três possuem organelas citoplasmáticas características do filo Api-complexa, que constituem o complexo apical: conóide, anel polar (em número de dois), microtúbulos subpeliculares, roptrias, micronemas e grânulos densos.
Taquizoíto: É a forma encontrada durante a fase aguda da infecção, sendo denominada forma proliferativa, forma livre ou trofozoíto. Possui aspecto semelhante a um arco (toxon = arco), tendo uma das extremidades mais afilada e a outra arredondada, medindo cerca de 2 x 6µm, com o núcleo em posição central.
Bradizoíto: Encontrada em vários tecidos (musculares esqueléticos e cardíacos, nervoso, retina), geralmente durante a fase crônica da infecção, sendo também denominada cistozoíto. A parede do cisto é resistente e elástica, que isola os bradizoítos da ação dos mecanismos imunológicos do hospedeiro. Seu tamanho é variável dependendo da célula parasitada e do número de bradizoítos no seu interior, podendo atingir até 200µm.
Oocistos: É a forma de resistência que possui parede dupla bastante resistente às condições do meio ambiente. Os oocistos são produzidos nas células intestinais de felinos e eliminados imaturos junto com as fezes. Geralmente são esféricos, medindo cerca de 12,5 x 11µm e após esporulação no meio ambiente contêm dois esporocistos, com quatro esporozoítos cada.
Ciclo Biológico
Apresenta ciclo heteroxênico, no qual os gatos são considerados hospedeiros definitivos por possuírem um ciclo coccidiano, apresentando uma fase sexuada dentro do vacúolo parasitóforo do citoplasma, nas células epiteliais do intestino e um ciclo assexuado ocorrendo em outros tecidos. Desta forma, possui duas fases distintas:
Fase assexuada: Ocorre quando um hospedeiro suscetível ingere oocistos maduros contendo esporozoítos, encontrados em alimentos ou água contaminada, cistos contendo bradizoítos encontrados na carne crua, ou, mais raramente, taquizoítos eliminados no leite. As formas de taquizoítos que chegam ao estômago serão destruídas, mas as que penetram na mucosa oral ou inaladas poderão evoluir do mesmo modo que os cistos e oocistos, apresentando o ciclo:
Cada esporozoíto, bradizoíto ou taquizoíto, liberado no tubo digestivo, sofrerá intensa multiplicação intracelular, como taquizoítos, após rápida passagem pelo epitélio intestinal e invadirá vários tipos de célula do organismo formando um vacúolo parasitóforo onde sofrerão divisões sucessivas por endodiogenia, formando novos taquizoítos (fase proliferativa) que irão romper a célula parasitada, liberando novos taquizoítos que invadirão novas células. Essa disseminação do parasito no organismo ocorre através de traquizoítos livres na linfa ou no sangue circulante, que poderão provocar um quadro polissintomático, cuja gravidade dependerá da quantidade de formas infectantes adquiridas, cepa do parasito (virulenta ou avirulenta) e da suscetibilidade do hospedeiro. Essa fase inicial de infecção – fase proliferativa – caracteriza a fase aguda da doença. Neste ponto, a evolução poderá ir até a morte do hospedeiro, o que poderá ocorrer em fetos ou em indivíduos com comprometimento imunológico, ou diminuir e cessar pelo aparecimento de resposta imune específica. Com o aparecimento da imunidade, os parasitos extracelulares desaparecem do sangue, da linfa e dos órgãos viscerais, ocorrendo uma diminuição de parasitismo. Alguns parasitos evoluem para a formação de cistos, cuja fase é denominada crônica, podendo permanecer por longo período no organismo. Durante essa fase, ocorrem dois processos:
- Edodiogenia: representa uma forma especializada de divisão assexuada na qual duas células-filhas são formadas dentro da célula-mãe;
- Endopoligenia: representa o mesmo processo supracitado, porém mais rápido e com maior formação de taquizoítos.
Fase Coccidiana: Ocorre somente em células epiteliais, principalmente do intestino delgado de gato e de outros felinos jovens. Durante o desenvolvimento desse ciclo ocorre uma fase assexuada e outra sexuada do parasito. Por esse motivo, esses animais são considerados hospedeiros definitivos. Deste modo, um gato jovem e não-imune, infectando-se oralmente por oocistos, cistos ou taquizoítos, desenvolverá o ciclo sexuado.
Os esporozoítos, bradizoítos ou taquitoítos ao penetrarem nas células do epitélio intestinal do gato sofrerão um processo de multiplicação por endodiogenia e merogonia, dando origem a vários merozoítos. O conjunto desses merozoítos formados dentro do vacúolo parasitóforo da célula é denominado meronte ou esquizonte maduro. O rompimento da célula parasitada libera os merozoítos que penetrarão em novas células epiteliais e se transformarão nas formas sexuadas masculinas ou femininas: os gametófitos ou gamontes, que após um processo de maturação formarão ou gametas masculinos móveis – microgametas (com dois flagelos) e femininos móveis – macrogametas. O macrogameta permanecerá dentro de uma célula epitelial, enquanto os microgametas móveis sairão de sua célula e irão fecundar o macro-gameta, formando o ovo zigoto. Este evoluirá dentro do epitélio, formando uma parede externa dupla, dando origem ao oocisto. A célula epitelial sofrerá rompimento em alguns dias, liberando o oocisto ainda imaturo. Esta forma alcançará o meio exterior com as fezes. A sua maturação no meio exterior ocorrerá por um processo denominado esporogonia, após um período de cerca de quatro dias, e apresentará dois esporocistos contendo quatro esporozoítos cada. O gato jovem é capaz de eliminar oocistos durante um mês, aproximadamente. O oocisto, em condições de umidade, temperaturae local sombreado favorável, é capaz de se manter infectante por cerca de 12 a 18 meses.
O tempo decorrido entre e infecção e o aparecimento de novos oocistos nas fezes dos felinos (período pré-patente) dependerá da forma ingerida. Este período será de três dias, quando a infecção ocorrer por cistos, 19 dias ou mais, por taquizoítos e 20 ou mais dias, por oocistos.
Transmissão
A infecção pelo T.gondii é uma das zoonoses mais difundidas no mundo. Onde mais de 300 espécies animais e humanas podem apresentar o parasita. Cerca de 40 a 70% dos adultos apresentam variação positiva para a toxoplasmose em testes sorológicos. Essa prevalência pode ser originária de fatores, sendo eles: geográficos climáticos, hábitos alimentares, tipo de trabalho etc..
Dentre os mecanismos de infecção, o ser humano pode adquirir a Toxoplasmose por três vias principais:
1) Ingerindo oocistos que estejam presentes em alimento ou água contaminada, jardins, caixas de areia, latas de lixo ou disseminados mecanicamente por moscas, baratas, minhocas etc.
2) Ingerindo cistos, que são encontrados em carne crua ou mal cozida, especialmente a do porco e do carneiro. Os cistos resistem por semanas ao frio, mas o congelamento a 12ºC ou o aquecimento acima de 67ºC os mata.
3) De forma congênita ou transplacentária: o risco de transmissão uterina cresce de 14% no primeiro trimestre da gestação após a infecção materna primária, até 59% no último trimestre da gestação. Mulheres que apresentam sorologia positiva antes da gravidez têm menos chance de infectar seus fetos do que aquelas que apresentarem a primo-infecção durante a gestação.
Em casos mais raros, a transmissão pode ocorrer por ingestão de taquizoítos em leite contaminado ou saliva, acidentes de laboratório, e por transplantes de órgãos infectados.
Dentre as transmissões apresentadas, a forma congênita é a mais grave, pois é possível do feto apresentar algumas anomalias devido a transmissão. A as vias mais prováveis de transmissão para o feto são:
Transplacentária: quando a gestante adquire a Toxoplasmose apresentando a fase aguda da doença, poderá transmitir T.gondi para o feto.
Rompimentos de cistos no endométrio: A gestante apresentando a fase crônica da doença, pode conter alguns cistos no endométrio que por sua vez se rompendo liberariam os bradizoítos que penetrariam no feto.
Patogenia
Segundo os especialistas, o número de pessoas com sorologia positiva para T.gondii é enorme, sendo talvez o protozoário mais difundido entre a população humana e animal (incluindo as aves e excetuando-se os animais de sangue frio). A patogenia na espécie humana parece estar ligada a alguns fatores importantes, como cepa do parasito, resistência da pessoa e o modo pelo qual ela se infecta. Entretanto, a transmissão congênita é frequentemente a mais grave, e a toxoplasmose adquirida após o nascimento pode apresentar uma evolução variável. Conforme salientado, a patogenicidade da toxoplasmose humana depende muito da virulência da cepa. Alguns experimentos realizados com T gondii oriundos de casos humanos e inoculados em animais de laboratório comprovam este fato: há cepas que matam os animais (camundongos, hamsters, ratos, coelhos, cobaias) em poucos dias; outras apenas provocam emagrecimento, anemia, queda de pêlo com posterior estabelecimento do animal. Com o uso de quimioterapia para transplante de órgãos e da medula óssea e, com o surgimento de sindrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), a incidência de infecção oportunista por T.gondii tem aumentado, principalmente nas duas últimas décadas, apresentando quadros muito graves desta doença, especialmente no sistema nervoso central.
Imunologia
As respostas imunes de um hospedeiro a toxoplasmose são complexas e envolvem mecanismos humoral e celular. Quando um hospedeiro se infecta com o parasito, ocorre sua multiplicação na porta de entrada e depois sua dissipação pelas vias linfáticas e sanguíneas. Nesse período se inicia a formação de anticorpos específicos e o desenvolvimento de mecanismos imunes celulares que são responsáveis pela destruição dos taquizoítos extracelulares. Como consequência da fase crônica, somente os bradizoítos persistem e são responsáveis pela manutenção de títulos sorológicos que podem durar a vida toda no hospedeiro.
Imunidade Humoral
A produção de imunoglobulinas da classe IgM aparece inicialmente seguida de IgG, após a infecção do hospedeiro. Dentro de 8 a 12 dias após a infecção pelo T. gondii as imunoglobulinas da classe IgG podem ser detectadas. O diagnóstico de toxoplasmose congênita é feito por meio de pesquisa de IgM em recém nascidos pois, não atravessa a placenta e quando presente no soro indica a produção pelo próprio feto, em resposta a uma infecção pelo T.gondii. A infecção, via oral, em alguns hospedeiros pode induzir formação de anticorpos IgA. Apesar dos altos títulos de anticorpos verificados em infecções humanas e animais, os mesmos, nem sempre conferem imunidade protetora ao hospedeiro.
A infecção, via oral, em alguns hospedeiros pode induzir formação de anticorpos IgA. Apesar dos altos títulos de anticorpos verificados em infecções humanas e animais, os mesmos, nem sempre conferem imunidade protetora ao hospedeiro.
Imunidade Celular
A infecção de T. gondii inicia-se quando os taquizoítos atingem o interior de células, onde se multiplicam. A multiplicação do parasito em macrófagos é inibida quando ocorre a fusão entre fagossomos e lisossomos. Os taquizoítos estimulam os macrófagos a produzir interleucina (IL- 12) que por sua vez ativa as células natural killer (NK) e células T para a produção do interferon - y (IFN-y) que são essenciais para a resistência. IFNy e fator de necrose tumoral (TNF) agem sinergisticamente para mediar a morte dos taquizoítos pelos macrófagos. A combinação dessas duas citocinas resulta numa grande produção de óxido nítrico (NO), os quais podem efetuar a morte dos parasitos. Entre as populações de células T, CD8+ são consideradas as células efetoras maiores, responsáveis pela proteção contra T.gondii, com as células CD4+ atuando em sinergismo. Macrófagos e IFN-y são componentes importantes na imunidade contra T.gondii.
Diagnóstico Clínico e Laboratorial
O diagnóstico da toxoplasmose pode ser realizado de forma clínica ou laboratorial, porém não é de fácil realização, já que casos agudos podem levar a morte ou evoluir para a forma crônica. Esta doença pode vir a se manifestar assintomaticamente ou então se assemelhar a outras doenças (mononucleose, por exemplo). Sendo assim, a suspeita clínica deverá ser confirmada por meio de diagnóstico laboratorial.
Para que seja observada a presença do parasito, o exame deverá ser realizado durante a fase aguda, podendo estar presente em líquido amniótico, sangue, etc., na forma de taquizoíto. Na fase crônica, é possível observar a presença de cistos realizando biópsia
de diversos tecidos, podendo ser inoculado em camundongos ou ser utilizado para o diagnóstico histopatológico.
Utiliza-se também a técnica de utilizar testes imunológicos que indiquem o título de anticorpos circulantes correspondentes à fase da doença, para demonstração do parasito.
Epidemiologia
Esse parasito é encontrado em quase todos os países, em diferentes climas e condições sociais, já que sua disseminação ocorre via ingestão de carne contendo taquizoítos ou bradizoítos, via disseminação de oocistos na água, alimentos por insetos, interferindo na sua distribuição. Observou-se a presença de indivíduos contaminados em países da Europa Central, como Áustria, Bélgica, França, Alemanha e Suíça, na América Latina nos países Brasil, Cuba, Jamaica, Venezuela e também no Sudeste Asiático, em países como China e Coréia.
Praticamente todos os mamíferos e aves são suscetíveis a infecção, no Brasil podendo apresentar índices de infecção bem distribuídos entre gatos, suínos, bovinos, ovinos, equinos e caprinos. Tendo o gato uma importância fundamental, pois é a partir de gatos jovens não-imunes que há a produção de cerca de 100 milhõesde oocistos, que serão eliminados nas fezes.
Por outro lado, não se conhece nenhum artrópode que possa transmitir a doença, mas algumas espécies de moscas e baratas podem veicular alguns oocistos nas patas.
Para os seres humanos, o contágio pode ocorrer através da ingestão de oocistos que podem estar presentes na água ou em alimentos, no solo, areia, jardins, latas de lixo ou qualquer lugar contaminado com fezes de gato ou cujos oocistos foram disseminados por artrópodes, outra forma de contaminação, é a ingestão de cistos presentes em carnes, podendo continuar viáveis a temperaturas baixas, (4ºC) por alguns meses, sobreviver no congelador mais de uma semana, mas não sobrevivem em temperaturas iguais ou superiores à 67ºC.
Profilaxia
Podemos citar alguns procedimentos para aplicação de medidas profiláticas, são eles: não ingerir carne crua ou malcozida de qualquer animal ou leite cru; controlar a reprodução de gatos nas cidades e em fazendas; e quando a presença de gatos, mantê-los dentro de casa e alimentá-los com carne cozida ou seca, ou ração; incinerar as fezes de gatos; realizar exame de toxoplasmose pré-natal em gestantes; tratar gestantes em fase aguda com medicamento indicado (espiramicina); desenvolvimento de vacinas adequadas para combater a doença.
Tratamento
Não existe ainda um medicamento eficaz contra a doença, para a fase crônica da infecção, as drogas atualmente utilizadas, atuam especialmente contra taquizoítos, mas não contra cistos.
Porém a utilização dessa medicação é recomendada apenas em casos agudos, da toxoplasmose ocular e dos indivíduos imunodeficientes com toxoplasmose de qualquer tipo ou fase, já que as drogas são tóxicas em uso prolongado.
Medicamentos utilizados para combate a essa doença, são a pirimetamina associada com sulfadiazina ou sulfadoxina, cloridrato de clindamicina, mericorten, azitromicina e clindamicina, cada medicação associada para o tipo de toxoplasmose.
Referências 
NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2004

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