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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE ROLIM DE MOURA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL DISCIPLINA: PLANEJAMENTO, COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL. ALINE OLIVEIRA SCHNEIDER AMANDA DA SILVA VIEIRA DALTRO MIGUEL HENZ JÚNIOR DIEGO PEREIRA DA COSTA LAYSSA CARLA RODRIGUES MAYARA MENDONÇA SANTOS TATIANE RUFATTO DE AVILA VANIA CRISTINA CAFFER TAVARES PROJETO DE IMPLANTAÇÃO, MANUNTEÇÃO, CONDUÇÃO, COLHEITA E TASNPORTE DE UM POVOAMENTO FLORESTAL DE Eucalyptus grandis NA REGIÃO DE TRÊS LAGOAS - MS Rolim de Moura 2014 ALINE OLIVEIRA SCHNEIDER AMANDA DA SILVA VIEIRA DALTRO MIGUEL HENZ JÚNIOR DIEGO PEREIRA COSTA LAYSSA CARLA RODRIGUES MAYARA MENDONÇA SANTOS TATIANE RUFATTO DE AVILA VANIA CRISTINA CAFFER TAVARES PROJETO DE IMPLANTAÇÃO, MANUNTEÇÃO, CONDUÇÃO, COLHEITA E TASNPORTE DE UM POVOAMENTO FLORESTAL DE Eucalyptus grandis NA REGIÃO DE TRÊS LAGOAS - MS Projeto apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal de Rondônia, como requisito de avaliação parcial na disciplina de Planejamento, colheita e transporte florestal. Rolim de Moura 2014 SUMÁRIO Conteúdo SUMÁRIO .................................................................................................................................. 3 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4 1.1 Objetivo............................................................................................................................. 5 2. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 5 2.1 Descrição do gênero e espécie .......................................................................................... 5 2.1.1 Gênero Eucalyptus ..................................................................................................... 5 2.1.2 Eucalyptus grandis Hill ex Maiden ............................................................................ 6 2.2 Mercado de celulose ......................................................................................................... 7 2.3 Descrição da área de implantação do empreendimento .................................................... 8 2.3.1 Localização da área .................................................................................................... 8 2.3.2 Clima .......................................................................................................................... 8 2.3.3 Solo e relevo .............................................................................................................. 9 2.3.4 Condução ................................................................................................................ 10 2.3.5 Construções de Estradas e Aceiros .......................................................................... 10 3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO .............................................................................. 11 3.1 Colheita ........................................................................................................................... 11 3.1.1 Corte da Floresta ...................................................................................................... 11 3.1.2 Extração da madeira ................................................................................................. 14 3.1.3 Carregamento da madeira ........................................................................................ 17 3.2 Transporte ....................................................................................................................... 19 3.2.1 Especificações técnicas do caminhão e dos semi-reboques ..................................... 20 3.2.2. Custo para aquisição dos equipamentos ................................................................. 21 3.2.3 Descrição geral do trajeto a ser percorrido .............................................................. 21 3.2.4 Legislação de transportes rodoviários ...................................................................... 22 3.2.5 Custo operacional..................................................................................................... 23 3.3 Análise de viabilidade econômica .................................................................................. 23 4. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 24 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 25 4 1. INTRODUÇÃO Dentre as principais atividades do agronegócio no Brasil, encontra-se a atividade florestal, que vem se consolidando com um desenvolvimento crescente e competitivo, fortalecendo a investigação incessante de conhecimento e de novas tecnologias, a fim de promover condições inovadoras aos diferentes elos da cadeia produtiva do agronegócio florestal, de forma a propiciar a inovação, qualidade, desenvolvimento e a otimização dos recursos empregados. A atividade florestal instalou-se no país nos primeiros anos após seu descobrimento, por meio da exploração do pau-brasil, e por muito tempo constitui-se na principal atividade econômica. A indústria de base florestal, principalmente a vinculada aos setores de celulose e papel, siderurgia a carvão vegetal e painéis de madeira reconstituída, vive um momento de grande expansão. Aspectos como o crescimento dos mercados domésticos e internacional, bem como as vantagens competitivas do setor de base florestal brasileiro, frente aos competidores internacionais tem criado ambiente altamente favorável para o crescimento desses segmentos no brasil. Esse contexto tem levado empresas nacionais e internacionais a promoverem estudos com vistas a expansão de novos empreendimentos florestais industriais no pais (ABRAF, 2007). A colheita florestal pode ser definida como um conjunto de operações efetuadas no maciço florestal, que envolvem desde a preparação e a extração da madeira ate o local de transporte, mediante uso de técnicas e de padrões estabelecidos, com a finalidade de transformar essa mesma madeira em produto final. A colheita destaca-se como a fase mais importante do ponto de vista técnico-econômico e inclui as etapas de corte (derrubada, desgalhamento e processamento ou traçamento); de descascamento, quando executado no campo; e de extração e carregamento (MACHADO, 2002). A colheita florestal pode ser definida como o trabalho executado desde o preparo das arvores para o abate ate o transporte para o local de uso final. Dependendo da situação, a operação de colheita envolve também o planejamento da operação, a medição, o recebimento no pátio da indústria e a comercialização da madeira. Antes de começar a colheita de madeira uma empresa deve esclarecer a ideia básica de suas ações e o proposito de sua colheita. Para atingi-la, requerem-se objetivos formulados e ordenados numa sequencia logica de tempo. Nestas bases, pode ser formulada a estratégia de 5 colheita de madeira, o que significa que as atividades vão conduzir ao cumprimento da meta (KANTOLA; HARSTELA, 1994). Segundo os mesmos autores a primeira fase é o planejamento estratégico para: exploraras possibilidades de produção, formular as politicas para silvicultura e a colheita, especificar um plano de implementação. Diferentes pontos devem ser comparados, por exemplo, deve-se decidir se a colheita será feita com equipamentos próprios da empresa ou por empreiteiros. O planejamento das atividades de desenvolvimento também deve estar incluído neste planejamento estratégico. 1.1 Objetivo Este projeto tem como objetivo elaborar um planejamento de colheita florestal adequado visando obter o melhor rendimento e menores custos na condução e realização da colheita de uma floresta de Eucalyptus grandis, localizada na fazenda Olho D’água em Três Lagoas - MS. 2. APRESENTAÇÃO Serão abordados a seguir os aspectos técnicos referentes a espécie, ao mercado e a área de implantação. 2.1 Descrição do gênero e espécie Nesta sessão serão citados os aspectos técnicos que estão relacionados ao gênero Eucalyptus e a espécie Eucalyptus grandis. 2.1.1 Gênero Eucalyptus O gênero Eucalyptus é o mais plantado no mundo, com mais de 17,8 milhões de hectares, sendo o Brasil o segundo país em área plantada, com cerca de três milhões de hectares, ultrapassado apenas pela Índia, cujos plantios totalizam oito milhões de hectares, aproximadamente. (FAO Apud ALFENAS et al., 2004). 6 O Eucalyptus é originário da Austrália, onde existem mais de 600 espécies. A partir do início do século passado, o eucalipto teve seu plantio intensificado no Brasil, sendo usado durante algum tempo nas ferrovias, como dormentes e lenha para as marias-fumaças e mais tarde como poste para eletrificação das linhas. Hoje se encontra muito disseminado, desde o nível do mar até 2.000 metros de altitude, em diversos tipos de solos. O gênero Eucalyptus tem demonstrado a sua importância econômica e é hoje o gênero mais usado em reflorestamentos no Brasil. 2.1.2 Eucalyptus grandis Hill ex Maiden Dentre as diversas espécies do gênero Eucalyptus, o Eucalyptus grandis, destaca-se por possuir excelente adaptação e grande produtividade. O Eucalyptus grandis é originário da Austrália e seu local de origem apresenta as seguintes características: latitude de 26º-32ºS, chegando até 17ºS; altitude média de 0 – 300 metros tendo sua ocorrência máxima aos 900 m; precipitação média de 1000 – 1750 mm por ano, com verão chuvoso e uma estação seca raramente severa que dura até três meses; a temperatura do mês mais quente varia entre 29 – 32ºC, e a temperatura mínima do mês mais frio é de 5 – 6ºC. (FAO, 1979). Os dados da FAO (1999) esclarecem que o Eucalyptus grandis é uma espécie da família Mirtaceae, tratando-se de uma árvore alta (de 43 a 55 metros em média), com diâmetros moderados em relação à altura (1,2 a 1,8 metros em média). Apresenta fuste claro, de boa forma e ocupa 2/3 da altura total da árvore. A copa é espalhada e um pouco aberta. As folhas juvenis são alternadas, pecioladas curtas, lanceoladas e levemente onduladas, as adultas são bastante semelhantes, formando-se um pouco mais longas e não mais onduladas. A madeira de Eucalyptus grandis é de tom rosado a um marrom avermelhado, sendo usada na Austrália para a construção de casas, quando a árvore já está na idade adulta, e no fabrico de caixas para frutas com madeira de árvores jovens. (FAO, 1979) O Eucalyptus foi introduzido oficialmente no Brasil em meados de 1900-1910, por Navarro de Andrade, para atender a necessidade da madeira como fonte de energia para as locomotivas a vapor da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Nos últimos anos, o Eucalyptus grandis vem adquirindo importância como matéria- prima para construção civil, moveleira e celulose. Utilizado também em construções rurais e produção de moirões. 7 Devido ao seu bom desenvolvimento, bem como a crescente utilização de sua madeira, para os mais diversos fins, principalmente para celulose, muitas empresas estão investindo na formação de grandes povoamentos de Eucalyptus grandis. 2.2 Mercado de celulose Segundo a EMBRAPA FLORESTAS (2003), nosso país conta com, aproximadamente, 530 milhões de hectares de Florestas Nativas, 43,5 milhões de hectares em Unidades de Conservação Federais e 4,8 milhões de hectares de florestas plantadas com pinus, eucalipto e acácia-negra. Com a exploração de áreas de florestas, sejam elas nativas ou plantadas, o Brasil gera mais de 2 milhões de empregos, contribui com mais de US $ 20 bilhões para o produto interno bruto (PIB), exporta mais de US$ 4 bilhões (8% do agronegócio) e contribui com 3 bilhões de dólares em impostos, ao ano, arrecadados de 60.000 empresas. A SBS Sociedade Brasileira de Silvicultura (2005) relata que as áreas de florestas no mundo estão dividas em 3,682 bilhões de hectares, ou seja, 95% das áreas naturais, e 187 milhões de hectares, (ou 5% com florestas plantadas), mostrando uma extrema necessidade de aumentar as áreas de florestas plantadas, visando preservar as florestas naturais. Ainda segundo a mesma fonte, as florestas naturais suprem o consumo de madeira no mundo na ordem de 65%, contra 35% de contribuição das plantadas, sendo que a cultura do eucalipto ocupa apenas 0,35% do território do Brasil, o que é injustificável, uma vez que o consumo brasileiro é de, aproximadamente, 300 milhões de m3 de madeira ao ano. De acordo com OLIVEIRA et al (2005), o eucalipto produzido no Brasil se destina basicamente à produção de celulose e papel e ao carvão que abastece as siderúrgicas. As indústrias brasileiras que usam o eucalipto como matéria-prima para a produção de papel, celulose e demais derivados representam 4% do nosso PIB, 8% das exportações e geram aproximadamente 150 mil empregos. Hoje, o Brasil tem a maior área plantada de eucaliptos do mundo (mais de 3 milhões de hectares),é o maior produtor mundial da celulose (cerca de 6,3 milhões de toneladas por ano) e alcançamos o maior índice médio de produtividade (40m3/ha/ ano). A prática da monocultura florestal é bastante condenada (principalmente no caso do eucalipto), onde ambientalistas sem o menor conhecimento técnico o julgam danoso ao meio ambiente. Segundo DOUROJEAMI (2001), o eucalipto não é apenas uma espécie única, mas sim são centenas de espécies, sendo todas originárias da Austrália. Algumas extensamente 8 cultivadas no mundo atualmente, especialmente na América Latina, onde chegaram por volta do século XIX. O autor ainda afirma que os danos ambientais decorrentes do cultivo do Eucalipto como monocultura são os mesmos que provocam qualquer outra planta exótica importada pelos colonizadores e aqui cultivada da mesma forma. A EMBAPA FLORESTAS (2003) advoga que as florestas plantadas nacionais, estão distribuídas estrategicamente, em sua maioria, nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Tais florestas visam a garantia do suprimento de matéria-prima para as indústrias de papel e celulose, siderurgia a carvão vegetal, lenha, serrados, compensados e lâminas e painéis reconstituídos (aglomerados, chapas de fibras e Medium Density Fiberboard - MDF). 2.3 Descrição da área de implantação do empreendimento 2.3.1 Localização da área A floresta de Eucalipto será implantada na Fazenda Olho D’água a 70 km do município de Três Lagoas localizado na Mesorregião do Leste de Mato Grosso do Sul – Brasil. A área total da gleba é de 5000 ha, sendo que 4000 ha é a área de floresta plantada como pode ser observado na figura 1. Área de implantação consiste no espaçamento 3,0 entre linhas e 2,0 metros entre plantas de eucalipto. Com esse espaçamento, a densidade de plantiofoi de 1667 plantas por hectare sendo um total de 4000 ha, povoamento tem em torno de 6.668.000 plantas. 2.3.2 Clima O tipo climático é o Aw, de acordo com a classificação de Köppen. O tipo Aw caracteriza-se como clima tropical quente e úmido. A temperatura média local é de 26 °C. Possui estação chuvosa no verão e seca no inverno. O total anual das precipitações em áreas de influência direta do tipo Aw está compreendido entre 900 mm e 1.400 mm. Devido a sua posição, no entanto, Três Lagoas, com as massas de ar vindas do sul, do leste e do oeste que se encontram sobre seu território, possui peculiaridades quanto ao seu clima, que é diferente do centro de Mato Grosso do Sul e do oeste paulista. No inverno, geralmente não há chuvas durante três meses, do início de junho ao fim de agosto e, às vezes, até meados de setembro. Entre julho e setembro, há um déficit hídrico 9 anual pouco superior a 30 mm, mas a água permanece no solo durante a maior parte da estiagem. O trimestre de maior precipitação reflete o verão austral (novembro, dezembro e janeiro), dezembro sendo o mês de maior precipitação, com tempestades de verão sempre vindas do sul. Figura 1 – Croqui da Área da Fazenda Olho D’agua com a delimitação da área total e área de floresta Plantada; 2.3.3 Solo e relevo O solo é composto, principalmente, dos tipos latossolo vermelho escuro e podzólico vermelho escuro, com teor de acidez entre 4,3 e 6,2 de pH. Trata-se de solos minerais, não hidromórficos, altamente intemperizados, apresentando horizonte B latossólico e podendo ser profundos ou muito profundos, bem drenados ou acentuadamente drenados, friáveis e muito porosos. Os outros tipos de solo que podem ser encontrados em Três Lagoas são latossolo roxo distrófico (em regiões cobertas por faixas de Mata Atlântica), podzólico vermelho- amarelo, planossolo álico, glei pouco húmico distrófico, areias quartzosas álicas e solos 10 litólicos distróficos. A altitude varia de 260 metros a 518 metros, sendo a altitude média de 320 metros. 2.3.4 Condução Foi realizado divisão das unidades de manejo e colheita florestal, detalhando-as em relação a sua área total, distribuição geográfica, produção, e outras informações relevantes ao sistema de manejo. A divisão em talhões depende de características geográficas (relevo, estradas) e visam facilitar e setorizar as atividades. O estabelecimento dos talhões levou em conta a topografia do terreno estradas já existentes e a serem planejadas e alocadas, dimensões ótimas para a colheita, plantio e manutenção, bem como a experiência acumulada da empresa na realização de plantios e gerenciamento de florestas. 2.3.5 Construções de Estradas e Aceiros A rede viária foi basicamente formada por três estradas: Estradas Principais de acesso Teve como característica principal a largura de pelo menos 8 metros, com inclinação de 8 a 10% e raio mínimo de 30m. Apresenta capacidade de trafegabilidade durante o ano tudo. Para evitar gastos excessivos, um critério técnico seguido consiste em uma drenagem eficiente, a qual depende do tipo de solo, declividade, dentre outros. Construção de sulcos adequados, paralelos às estradas, especialmente em lugares de depressão. Estradas Secundárias (divisores de talhões e grupos de talhões) No contexto do projeto florestal as estradas secundárias têm largura de pelo menos 6 m, com inclinação entre 10 e 12% e raio mínimo de 20 m. Na época da colheita, foram abertas trilhas de arraste. Estas são caminhos usados pelos tratores para o arraste de madeira do local de corte aos pontos de carregamento da madeira. Normalmente este tipo de estrada é aberto pelo trator de esteira. A largura de tais trilhas fica em torno de 3,5 a 4 m e inclinações previstas de até no máximo 25%. Acima desta declividade podem ocorrer danos ao solo, além do aumento considerável dos riscos no trabalho. Estradas (aceiros) prevenção de incêndios Serão estradas de proteção nos perímetros das propriedades. Sua função, além do transporte, é de prevenir incêndios e permitir fácil acesso aos plantios florestais. Os aceiros 11 apresentam abaulamento e canaletas laterais, sendo que as águas da canaleta lateral situada a montante do carreador devem ser retiradas através de passagens naturais existentes. 3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 3.1 Colheita No setor florestal, a colheita e o transporte de madeira são as etapas mais importantes, economicamente, dada a sua alta participação no custo final do produto e os riscos de perdas envolvidos nessas atividades. Dentro das atividades da colheita florestal inserem-se principalmente aquelas atividades de corte, extração e carregamento da madeira da floresta, já que estas são bastante onerosas, devido ao alto grau de tecnificação das máquinas e equipamentos utilizados. Após a consolidação do povoamento, será executado o corte raso final com a finalidade da utilização da madeira para celulose. O corte será efetivado num ciclo de 7 anos. A operação de corte raso será mecanizada, ou seja, para a derrubada das árvores serão utilizadas máquinas de alta tecnologia, como Harvesters que serão utilizados na derrubada, desgalhe, descasque e seccionamento, e o Forwarder que será utilizado para o baldeio e empilhamento das toras de madeira. A operação de corte raso será realizada objetivando otimizar o rendimento do sistema de produção. 3.1.1 Corte da Floresta 3.1.1.1 Recursos Humanos Os harvesters serão operados por uma equipe de 18 operadores especializados em turnos de oito horas diárias por operador, sendo que ao início de cada turno haverá parada de 30 min para manutenção e abastecimento. O corte da madeira da floresta será realizado 24 horas ao dia, sendo um operador por máquina, por turno (Tabela1). 12 Tabela 1 Jornada de trabalho dos operadores da Harvester. Jornada trabalho / turno (h) 08h00min Manutenção / turno (h) 00h30min Turnos / Dia 3 Jornada trabalho efetiva / turno (h) 07h30min Jornada trabalho diária (h) 22h30min Jornada trabalho mensal (h) 450h00min O salário dos operadores de harvester será de R$ 5.000,00 desconsiderando encargos sociais. 3.1.1.2 Cronograma das Atividades Na tabela 2, observa-se o cronograma para o corte do povoamento. Tabela 2 - Cronograma de atividades de corte da floresta de Eucalipto na fazenda Olho d’água – MS. Operação Agosto de 2021 Setembro de 2021 ... Maio de 2022 Junho de 2022 Corte X X X X X As atividades de corte terão um período de duração de onze meses, tendo início em agosto de 2021 se estendendo até junho de 2022. 3.1.1.3 Dimensionamento das Máquinas e Recursos Humanos Serão adquiridos 06 harvesters máquina base Volvo, sendo cada um no valor de R$ 1.415.000,00 para o corte, descasque, desgalhe e seccionamento da madeira. A capacidade operacional de um Harvester é de 35,4 m³.h-1 (Tabela 3). 13 Tabela 3– Capacidade operacional (CO) dos harvesters. Quantidade CO (m³ h-1) Consumo Diesel (l m-3) Dias a trabalhar Meses Horas a trabalhar total Horas Trabalho por máquina Harvester 6 35,4 0,53 220 11 29.700 4.950 A compra dos harvesters foi financiada em três meses com juro de 0,5% ao mês, com valor de aquisição de R$ 8.490.000,00 e financiado por R$ 8.574.920,00 (Tabela4). Sendo considerada uma vida útil de 28.000 horas. Tabela 1 – Cálculo da amortização da compra dos harvesters. Nº Parcela Amortização (R$) Custo Financeiro(R$) Valor Parcela (R$) 1 R$ 2.830.000,00 R$ 42.450,00 R$ 2.872.450,00 2 R$ 2.830.000,00 R$ 28.320,00 R$ 2.858.320,00 3 R$ 2.830.000,00 R$ 14.150,00 R$ 2.844.150,00 Total R$ 8.490.000,00 R$ 84.920,00 R$ 8.574.920,00 3.1.1.4 Custos do Corte Na Tabela 5 estão descritos os custos operacionais na fase de corte da floreta de E. grandis, na fazenda Olho d’água. Para estes custos operacionais da Tabela 5 foram considerados os 06 harvesters adquiridos para a implantação do projeto. 14 Tabela 5 – Custo operacional do corte da floresta. R$ / hora Mão-de-obra R$ 337,5 Reparos R$ 121,29 Consumo Diesel R$ 479,76 Seguro R$ 49,16 Depreciação R$ 242,58 Garagem R$ 151,62 TOTAL R$ 1381,91 No valor da mão-de-obra foi adicionado o 13º salário, encargos sociais (80% do valor do salário) levando em consideração os 18 operadores contratados. Em reparos (graxa lubrificante, óleo motor, óleo hidráulico, filtro de óleo e de ar e demais reparos com peças da máquina) foram considerados 50% do valor da depreciação. Na depreciação foi usado o número de horas gastos para a operação de corte. O custo operacional total do corte foi de R$ 15.415.374,50. O valor de revenda dos harvesters após toda a operação de corte, considerando apenas as horas de uso das máquinas em junho de 2022 será de R$ 7.374.149,00. 3.1.2 Extração da madeira 3.1.2.1 Recursos Humanos As maquinas forwarders, serão operadas por pessoal especializado em turnos de oito horas diárias por operador, sendo que no começo de cada turno acontecerá uma parada de 30 min para manutenção e abastecimento da máquina totalizando um operador por máquina por turno, conforme a Tabela 6. A extração da madeira será realizada 16 horas ao dia contando com as paradas. 15 Tabela 62 - Jornada de trabalho de cada operador de forwarder. Jornada trabalho / turno (h) 08h00min Manutenção / turno (h) 00h30min Turnos / Dia 2 Jornada trabalho diária (h) 15h00min Jornada Trabalho mensal (h) 300h00min O salário dos operadores de forwarder será de R$ 3.500,00 desconsiderando encargos sociais. 3.1.2.2 Cronograma das Atividades O cronograma para extração do povoamento está descrito na tabela 7. Tabela 7 – Cronograma de atividades envolvendo a extração do povoamento de Eucalyptus grandis, na Fazenda Olho d’água, MS. Operação Agosto de 2014 Setembro de 2014 ... Agosto de 2015 Setembro de 2015 Extração X X X X X A operação de extração da floresta terá início em agosto de 2014 e termino em setembro de 2015 perfazendo um período de 14 meses de duração. 3.1.2.3 Dimensionamento das Máquinas e Recursos Humanos Para a extração da madeira da área de plantio será adquirido 06 forwarders, sendo cada um no valor de R$ 902.750,00. A capacidade operacional de um forwarder é de 42,8 m³.h-1 conforme a Tabela 8. Tabela 8– Capacidade operacional (CO) dos equipamentos forwarders. Quantidade CO (m³ h-1) Consumo Diesel (l m-3) Dias a trabalhar Meses Horas a trabalhar total Horas Trabalho por máquina Forwarder 6 42,8 0,40 273 14 24.570 4.095 16 Considerou-se para fins de cálculo, uma vida útil de 24.000 horas de trabalho para cada máquina. O valor de aquisição dos equipamentos foi de R$ 5.416.500,00 sendo que a compra dos forwarders foi financiada em três meses com juro de 0,5% ao mês (Tabela 9), com e financiado por R$ 5.470.465,00. Tabela 9 – Cálculo da amortização da compra dos equipamentos de forwarders. Nº Parcela Amortização (R$) Custo Financeiro (R$) Valor Parcela (R$) 1 R$ 1.805.500,00 R$ 27.082,50 R$ 1.832.582,50 2 R$ 1.805.500,00 R$ 18.055,00 R$ 1.823.355,00 3 R$ 1.805.500,00 R$ 9.027,50 R$ 1.814.527,50 Total R$ 5.416.500,00 R$ 62.800,00 R$ 5.470.465,00 3.1.2.4 Custos da extração Os custos operacionais na fase de extração da floreta de E. grandis, na fazenda Olho d’água estão descritos na Tabela 10. Para estes custos operacionais foram considerados os 06 forwarders adquiridos. Tabela 10 – Custo operacional da extração da floresta na fazenda Olho d’água. R$ / hora Mão-de-Obra R$ 258,46 Reparos R$ 90,27 Consumo Diesel R$ 468,72 Seguro R$ 6,15 Depreciação R$ 180,55 Garagem R$ 25,08 TOTAL R$ 1.029,23 No valor da mão-de-obra foi adicionado o 13º salário, encargos sociais (80% do valor do salário) levando em consideração os 12 operadores contratados. Em reparos (graxa lubrificante, óleo motor, óleo hidráulico, filtro de óleo e de ar e demais reparos com peças da máquina) foram considerados 50% do valor da depreciação. O custo operacional total da 17 extração foi de R$ 9.685.465,00. O valor de revenda dos forwarders após toda a operação de extração, em setembro de 2015 será de R$ 4.731.112,75. 3.1.3 Carregamento da madeira 3.1.3.1 Recursos Humanos O carregamento da madeira será realizado por pessoal especializado, em turnos de oito horas diárias, totalizando 16 horas ao dia, sendo realizada no começo de cada turno uma parada de 30 min para manutenção e abastecimento da máquina, necessitando assim de dois operadores por máquina, conforme a Tabela 11. Tabela 11 - Jornada de trabalho de cada operador do carregador com grua. Jornada trabalho / turno (h) 08h00min Manutenção / turno (h) 00h30min Turnos / Dia 2 Jornada trabalho diária (h) 15h00min Jornada Trabalho mensal (h) 300h00min O salário dos operadores de carregador será de R$ 1.800,00 desconsiderando encargos sociais. 3.1.3.2 Cronograma das Atividades Na tabela 12, observa-se o cronograma para o carregamento da madeira nos estaleiros. Tabela 12 – Cronograma de atividades envolvendo o carregamento do povoamento de Eucalyptus grandis, na Fazenda Olho d’água. Operação Agosto de 2021 Setembro de 2021 ... Setembro de 2022 Outubro de 2022 Carregamento X X X X X A operação de carregamento da floresta inicia em agosto de 2021 e termina em outubro de 2022 tendo um período de 14 meses de duração. 18 3.3.3.3 Dimensionamento das Máquinas e Recursos Humanos Serão necessários 7 carregadores de esteira com grua para o carregamento da madeira do estaleiro, sendo o valor de aquisição de cada um de R$ 640.000,00. A capacidade operacional de um carregador é de 34,4 m³.h-1 (Tabela 13). O valor de revenda foi considerado apenas as horas de uso das máquinas. Tabela 13 – Capacidade operacional (CO) dos carregadores. Quantidade CO (m³ h- 1) Consumo Diesel (l m-3) Dias a trabalhar Meses Horas a trabalhar total Horas trabalho por máquina Grua de esteira 7 34,4 0,32 271 14 28.455 4.065 A compra dos carregadores foi financiada em três meses com juro de 0,5% ao mês (Tabela 14), com valor de aquisição de R$ 4.480.000,00 e financiado por R$ 4.704.000,00. Considerou-se para fins de cálculo, uma vida útil de 30.000 horas de trabalho para cada máquina. Tabela 14 – Cálculo da amortização da compra dos carregadores. Nº Parcela Amortização (R$) Custo Financeiro (R$) Valor Parcela (R$) 1 R$ 1.493.333,33 R$ 22.400,00 R$ 1.515.733,33 2 R$ 1.493.333,33 R$ 14.933,33 R$ 1.508.266,66 3 R$ 1.493.333,33 R$ 7.466,67 R$ 1.500.800,00 Total R$ 4.480.000,00 R$44.800,00 R$ 4.524.800,00 3.1.3.4 Custos do carregamento Na Tabela 15 estão descritos os custos operacionais na fase de carregamento da floresta de E. grandis, na Fazenda Olhos d’agua. Para estes custos operacionais foram considerados os 7 carregadores com grua adquiridos para a implantação do projeto. 19 Tabela 15 – Custo operacional do carregamento da floresta. R$ / hora Mão-de-Obra R$ 156,10 Reparos R$ 60,33 Consumo Diesel R$ 380,31 Seguro R$ 4,07 Depreciação R$ 120,66 Garagem R$ 16,73 TOTAL R$ 738,20 No valor da mão-de-obra foi adicionado o 13º salário, encargos sociais (80% do valor do salário) levando em consideração os 14 operadores contratados. Em reparos (graxa lubrificante, óleo motor, óleo hidráulico, filtro de óleo e de ar e demais reparos com peças da máquina) foram considerados 50% do valor da depreciação. Na depreciação foi usado o número de horas gastos para a operação de corte. O custo operacional total do carregamento foi de R$ 7.525.583,00. O valor de revenda dos carregadores após toda a operação de corte, em outubro de 2022 será de R$ 4.034.317,10. 3.2 Transporte No início da década de 80, Simões et al. (1981) afirmavam que o principal modo de transporte de madeira no setor florestal brasileiro era o rodoviário, com poucas empresas utilizando-se do modo ferroviário. Machado (1984) comentava também que o transporte florestal principal era praticamente representado pelo caminhão. Essa situação pouco se alterou, algumas empresas transportam parte da sua madeira por ferrovias e o transporte fluvial mais restrito á região Amazônica. Além dessa dependência, a importância do transporte por caminhões é marcante principalmente pela participação na composição do custo final da madeira posto fábrica. No caso particular de algumas empresas de celulose e chapas no estado de São Paulo, o custo do transporte de madeira de florestas implantadas variava entre 38 a 66%do custo final da aquisição da madeira, para distâncias medias ente 45 a 240 km (Duraflora, 1894; Salmeron, s.d.). Hakkilaet al. (1992) comenta que o custo do transporte de madeira no Brasil era de aproximadamente 44%. No caso específico de veículos de transporte florestal, os fatores que 20 mais contribuem para o aumento do custo operacional são o desgaste prematuro das estradas florestais, por acarretar maior consumo de pneus e de peças (LEITE e SOUSA, 2003). Além disso, é de extrema importância a escolha correta dos equipamentos a serem utilizados para o transporte da matéria-prima conforme as características dos equipamentos e as leis rodoviárias param se evitar transtornos e atrasos na entrega do material ao seu destino. Logo, faz-se necessário o transporte por meio rodoviário, sendo utilizado caminhões Volvo FH (cavalo mecânico) e de dois semi-reboques, cujo conjunto se denomina bitrem. Na figura 2 pode ser observado a foto do bitrem (cavalo mecânico e semi-reboques, respectivamente). Figura 2 – Cavalo mecânico e semi-reboque. 3.2.1 Especificações técnicas do caminhão e dos semi-reboques O cavalo mecânico é um o Volvo FH é a melhor opção em produtividade, disponibilidade, conforto, velocidade e economia. A nova motorização do FH leva a tecnologia SCR (Selective Catalytic Reduction ou Redução Catalítica Seletiva), que atende às normas de emissões de poluentes Proconve P7/Euro 5. Conta com uma potência de 420cv, motor D13A, I-Shift (caixa automática) e eixo traseiro sem redução nos cubos, dotado de uma carcaça fundida e maior capacidade de tração, freio motor VEB com ate 500cv de força de frenagem. O sistema foi criado especialmente para o transporte de toras reflorestadas, ou seja, o bitrem intercambiável ganha facilmente a configuração de tritrem em rodovias nas quais esta composição é permitida com a simples colocação de um semi-reboque intermediário. Os semi- reboques são da marca Randon®, este sistema está de acordo com as leis rodoviárias para o transporte de toras. O sistema possui cintas para amarrar a carga e longarinas laterais e verticais prevenindo o espalhamento e o avanço da carga, respectivamente, atingindo o cavalo mecânico quando for necessário freadas bruscas. 21 3.2.2. Custo para aquisição dos equipamentos Antes da aquisição dos equipamentos para o transporte foram realizados diversos orçamentos em várias empresas. O custo para aquisição de um sistema é de R$535.000,00 e R$ 120.000,00 para semi-reboques. Sendo necessários 28 sistemas Bitrem (cavalo + semi- reboque) e mais 28 semi-reboques, o valor total será de R$ 18.340.000,00. 3.2.3 Descrição geral do trajeto a ser percorrido O transporte é uma das atividades que mais geram custos dentro do setor florestal, tanto no Brasil quanto no exterior. Existem diversos fatores que afetam o desempenho de caminhões e o custo do transporte rodoviário florestal. Entre estes fatores podem-se citar aqueles relacionados com o tipo de veículo, com a rede rodoviária florestal, com as condições locais (clima e altitude), com o método de trabalho e, ainda, com os fatores inerentes ao ser humano (Leite, 1992) Segundo (Leite, 1992), a distância é um dos fatores que mais afetam o custo de transporte e este varia de acordo com a localização da fábrica em relação às áreas de produção da madeira. Seja pelo sistema de transporte rodoviário, ferroviário ou hidroviário, o custo do transporte da madeira varia diretamente com a distância. Marques (1994) cita também o tempo de carga e de descarga como outro fator que influência o custo de transporte. Para transporte será utilizado a BR-262 que se encontra a 70 km da Cidade de Três Lagos - MS. Devido ser o caminho mais próximo até o nosso cliente a Unidade Três Lagoas da empresa de celulose FIBRIA, que está localizada no Mato Grosso do Sul. A BR-262 é uma rodovia transversal, que interliga os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Ela começa em Vitória (ES) passa por Belo Horizonte, Uberaba, Três Lagoas e Campo Grande e termina em Corumbá, junto à fronteira com a Bolívia (Figura 3). Quanto ao trafego de veículos, pode ser considerado intenso, Sendo o crescimento populacional e o aumento sensível da frota de veículos e motos, a grande causa do alto índice de acidentes de trânsito urbano. 22 Figura 3 - Foto da BR-262 e os estados que são interligados pela mesma. 3.2.4 Legislação de transportes rodoviários Parte do Código Nacional de Trânsito, como por exemplo, a chamada “Lei da Balança”, foi elaborada na década de 60 e posta em prática a partir de 1974, sendo um conjunto de artigos do referido código que influem nas limitações de dimensões e de peso para os veículos de carga e passageiros de fabricação nacional (Scania, 1997). O Peso Bruto Total (PBT) do caminhão, ou o Peso Bruto Total Combinado (PBTC) da composição veicular, não pode ultrapassar a Capacidade Máxima de Tração (CMT) estabelecida de 4,2 kW/t (5,71 cv/t), restringindo-se ainda ao limite máximo de 45 t. Machado et al. (2000) comentam que, de acordo com a Resolução 68/98, as combinações de veículos de carga (CVC), com mais de duas unidades, incluindo a unidade tratora (ex.: rodotrens, treminhões e tritens) ou duas articulações (ex.: bitrens), somente poderão circular portando uma Autorização Especial de Trânsito (AET). Estas combinações não poderão possuir PBTC superior a 74 toneladas, respeitando-se a CMT, ter comprimento máximo de 30 m e limitar-se ao peso máximo estabelecido por eixo.Duas novas Resoluções resultaram da proposta de consenso encaminhada ao Contran pela Anfavea, Anfir, Simefre e NTC&Logística, além de passarem pelo rigoroso critério da Câmara Temática de Assuntos Veiculares (CTAV) do Denatran. Para evitar a concentração de cargas sobre as pontes, a Resolução 184 já estabelecia uma relação de aproximadamente 3 toneladas/metro entre peso bruto e comprimento das composições. A nova resolução manteve a exigência de que, a partir de 5 de novembro de 2010, os caminhões tratores das CVCs de 57t deverão sair de fábrica com tração 6x4. 23 3.2.5 Custo operacional Comercialmente o valor do custo operacional é apresentado em R$/ha. Na Tabela 16 temos: Tabela 16 - Custo operacional em R$/ha da fase de colheita. Número de caminhão (cavalo mecânico) Custo Operacional (R$) Custo Operacional (R$/ha) 1 333.332,50 83,33 28 9.319.496,70 2.329,87 Portanto o custo operacional por hectare será 2.329,87 R$. 3.3 Análise de viabilidade econômica Na Tabela 17 está o fluxo de caixa com seus respectivos valores na entrada e saída do investimento. Para a remuneração da madeira foi firmado um contrato com a Unidade Três Lagoas para a compra da madeira. Esta pagaria R$ 5.199.600,00 por mês (R$ 75,00 por m³). Tabela 17 – Fluxo de caixa do empreendimento florestal. SAÍDA (R$) ENTRADA (R$) Ano Implantação Condução Colheita Transporte TOTAL Madeira 1 4.781.186,98 312.702,04 5.093.889,02 2 171.209,2 171.209,2 3 149.693,5 149.693,5 4 69.515,70 69.515,70 5 48.000,00 48.000,00 6 69.515,70 69.515,70 7 48.000,00 11.057.517,13 2.292.084,00 13.349.601,13 25.998.000,00 8 5.429.326,00 9.319.496,70 14.748.822,70 52.002.000,00 TOTAL 33.700.246,95 78.000.000,00 24 Os valores observados tanto da colheita quanto do transporte, foram apresentados conforme venda dos maquinários adquiridos. 4. CONCLUSÕES Depois de realizada toda a análise de mercado, calculada a quantidade de máquinas, simulação de diferentes cenários, e baseado nos resultados e na análise apresentada neste projeto, o grupo conclui e considera que é tecnicamente e economicamente viável a implantação e colheita de floresta de Eucalyptus grandis no Município de Três lagoas – MS. 25 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALFENAS, A. C., et al. Clonagem e Doenças do Eucalipto. Viçosa: Ed. da UFV, 2004. 442p. 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