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A REALIDADE DO ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

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A REALIDADE DO ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
População de idosos vai triplicar até 2050 no Brasil, revela pesquisa
População com 60 anos ou mais chegará a 66,5 milhões - 29,3% do total - até a metade do século, segundo estudo do IBGE. Mudança demográfica exigirá alterações profundas nas políticas públicas de saúde e previdência, entre outras.
Publicação lançada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 40 anos, a população idosa vai triplicar no Brasil, passando de 19,6 milhões (10% do total), em 2010, para 66,5 milhões de pessoas em 2050 (29,3%). O aumento do número de idosos implicará mudanças profundas em políticas públicas de saúde, assistência social e previdência, entre outras.
As estimativas são de que a virada no perfil da população acontecerá em 2030, quando o número absoluto e o porcentual de brasileiros com 60 anos ou mais de idade vão ultrapassar o de crianças de até 14 anos. Daqui a 14 anos, os idosos chegarão a 41,5 milhões (18% da população) e as crianças serão 39,2 milhões, ou 17,6%, segundo estimativas do IBGE.
2texto.http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/08/30/internas_economia,546485/populacao-idosa-vai-triplicar-ate-2050-revela-pesquisa.shtml.
2.1 O processo de envelhecimento da população brasileira (aqui você poderá discutir os aspectos biológicos, sociais, culturais, econômicos deste processo).
# Fatores determinantes no processo de envelhecimento
Já vimos que hoje, com razão, se distinguem os idosos “jovens” dos idosos, “idosos”. Ou seja, além da idade cronológica é preciso ter presentes as várias etapas e as diferentes circunstâncias que marcam a vida das pessoas de mais idade. Na busca de uma melhor compreensão dos fatores determinantes, ainda que sabidamente todos eles habitualmente atuem de forma conjugada, talvez convenha sinalizar alguns que se colocam com maior evidência e outros que nem sempre são devidamente avaliados. No tocante aos primeiros bastam alguns acenos. 
No que se refere aos segundos convém fazer algumas distinções e considerações um pouco mais desenvolvidas.
Entre os fatores em maior evidência em nossos dias se coloca naturalmente o patrimônio genético. Embora haja uma forte tendência para o reducionismo, no sentido de remeter ganhos e perdas automaticamente e quase que exclusivamente para a genética, não há como negar sua influência na provável longevidade. E naturalmente junto com os fatores genéticos não podem ser negados os fatores biológicos, que, de uma maneira ou de outra vão imprimindo suas marcas físicas e psíquicas mais ou menos acentuadas.
Tão ou mais importantes do que os fatores assinalados, são aqueles que nem sempre são devidamente avaliados, e que no entanto exercem um peso importante na configuração de uma velhice bem, ou então mal sucedida. Entre esses fatores sobressaem alguns de cunho pessoal, na linha da psicologia e da afetividade, e outros de cunho mais social e na linha das denominadas políticas públicas.
# A saúde é a principal preocupação dos idosos.
Para 77% dos brasileiros, o maior temor sobre a velhice são os problemas de saúde. Além disso, a preocupação financeira figura como a pior parte do processo de envelhecimento. Depois, vem aparência física, nível de responsabilidade e energia. Os dados são de pesquisa da QualiBest a pedido da Pfizer.
# Em se tratando do Brasil não se pode deixar de reconhecer a existência das duas realidades simultâneas. Por um lado foram criadas instituições que, teoricamente garantiriam a todos a tão sonhada qualidade de vida. Afinal temos um Plano de Ação Governamental para o desenvolvimento da Política Nacional do Idoso, que prevê atendimento asilar; centros de convivência; casas-lar; oficinas abrigada de trabalho; Universidade aberta para a terceira idade; grupos de convivência; centros de cuidados diurnos; atendimento domiciliar; cuidadores de idosos…. Belos projetos teóricos. Por outro, são palpáveis as deficiências. No Brasil não faltam disposições legais para garantir condições de um envelhecimento saudável. Além do que determinam a Constituição e seus desdobramentos, merece destaque o Estatuto do Idoso. Existe mesmo um Plano Nacional Integrado, para conjugar os vários organismos e as múltiplas instituições. Conselhos Estaduais e Municipais devem zelar para que todo esse complexo institucional cumpra a missão para a qual foi criado. Entretanto, como em outros campos, também nesse a realidade fica bem longe do que se deveria esperar. Há uma série de carências que não podem passar desapercebidas
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/08/30/internas_economia,546485/populacao-idosa-vai-triplicar-ate-2050-revela-pesquisa.shtml
 
2.2 Implicações do envelhecimento nas relações familiares e sociais da população idosa.
O processo de envelhecimento populacional no país vai exigir novas prioridades na área das políticas públicas. Como exemplo dessas prioridades, destaca-se, dentro de um plano, a formação urgente de recursos humanos para o atendimento geriátrico e gerontológico, além de providências com relação à previdência social, que deverá se adequar a essa nova configuração demográfica, além de melhorias urgentes nas redes de atendimento hospitalar, ajustando-as a esta nova configuração populacional que tende a um crescimento cada vez mais intenso”, diz o texto.
“A não adequação da estruturas de saúde e econômica a essa nova realidade, por certo, trará efeitos negativos sobre a qualidade de vida da população brasileira que está vivenciando o processo de transição, em que, a curto e médio prazos, os idosos serão a grande maioria, com necessidades altamente diferenciadas em relação à situação anterior”, afirma o estudo.
A redução do número de filhos por mulher se acentuou de forma rápida nos anos 1980. A taxa de fecundidade passou de 6,16 filhos por mulher em 1940 para 4,35 em 1980, 2,39 em 2000 e 1,7 em 2014. O declínio foi bem mais rápido do que o verificado por países desenvolvidos, que demoraram mais de um século para atingir níveis similares https://exame.abril.com.br/brasil/quem-sao-e-como-vivem-os-idosos-do-brasil)
Precisa-se ainda, derrubar preconceitos sobre o envelhecimento e suas facetas,  buscando a valorização dessa fase da vida que  precisa ser vista como mais uma etapa do ser humano que pode e deve ser capaz  de  viver  e participar de forma   ativa  na  sociedade. “O profissional do Serviço Social frente a instrumentalidade do serviço ao idoso”. Por Ravanildo Oliveira, Íria Prates, Maria Aparecida e Vilma Teles. http://www.semana7.com.br/noticia/4984/o-profissional-do-servico-social-frente-a-instrumentalidade-do-servico-ao-idoso.html
2.3. As manifestações da Questão Social no cotidiano dos usuários do Lar Ebenezer.
De alguma forma podemos afirmar que são os preconceitos que se encontram na raiz das várias formas de violência e na eclosão de mecanismos de auto destruição. Além daqueles que as pessoas têm que enfrentar por sua raça, sua situação econômica, sua fisionomia, sua estatura, há uma série de estereótipos sobre as pessoas de idade, que facilmente se transformam numa pedra de tropeço. Esses preconceitos são tantos e tão pouco consistentes que basta simplesmente elencar alguns deles: velhice seria um processo cronológico progressivo e universal de decadência; desinteresse pelo presente e pelo futuro; senilidade; enfermidade; deteriorização da inteligência; incapacidade de novos aprendizados; tendência ao isolamento, ou relações limitadas a outras pessoas de idade; peso para a sociedade; morte próxima ( CF 2003, pp. 17ss.). A urbanização, industrialização com os avanços da tecnologia científica e da informática parecem estar reforçando ainda mais a distância das gerações: até crianças pequenas sabem mais do que pessoas de idade, e isso sob os mais diversos assuntos ( Maria Eliane Catunda de Siqueira, Velhice e políticas públicas, in Idosos no Brasil…, 212; Sara Nigri Goldman, Envelhecimento e exclusão digital: uma questãode política pública, in Envelhecimento e vida saudável, 297ss). Entre todos esses preconceitos um merece maior atenção por se constituir num pressuposto totalmente falso e por isso mesmo causador de mágoas profundas: a improdutividade. Pessoas de idade seriam um peso para si, para a família e para a sociedade. Ora, justamente no quadro brasileiro um grande número de famílias vive do salário dos aposentados. Isso sem esquecer que são numerosas as famílias monoparentais, ou seja, mantidas por um dos cônjuges, e muitas vezes justamente os de mais idade. Não se pode esquecer ainda a femenelização da velhice: não só as mulheres têm vida mais longa, mas parecem mais produtivas e são o sustentáculo de filhos e netos. Artigo publicado Revista Eclesiástica Brasileira número 277 de janeiro/2010, Vozes.
2texto.http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/08/30/internas_economia,546485/populacao-idosa-vai-triplicar-ate-2050-revela-pesquisa.shtml
  O assistente social trabalha com pessoas e famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social e apresentam múltiplas expressões da questão social em seu contexto atual, como: desemprego, dependência química, violência, abandono, entre outros. Tais fatores não se limitam apenas às pessoas com baixo poder aquisitivo, estando presentes em todas as classes sociais. 
As expressões da questão social são facilmente encontradas nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) 
 https://scaelife.com.br/blog/o-servico-social-e-as-ilpis. O SERVIÇO SOCIAL E AS ILPIS. Amanda Coleone Assistente Social (CRESS:53.047)
Assistente Social Graduada em Serviço Social pela Instituição Toledo de Ensino - ITE Bauru. Trabalha como assistente social no Lar São Vicente de Paulo – Ibitinga/SP e também na Prefeitura Municipal de Itápolis/SP. Possui em seu currículo realização de trabalho voluntário junto da "The Salvation Army" (Canadá) e Rotaract Club de Ibitinga
3. POLÍTICAS SOCIAIS IMPLICADAS NA PROTEÇÃO DA PESSOA IDOSA.
A Política Nacional do Idoso será efetivada na sua integralidade através dos programas, projetos e serviços das diversas políticas sociais.
No entanto não ressaltamos o papel da política de assistência social no item anterior, para ressaltá-la neste item. Conforme reza o artigo 10 da PNI:
Contudo a assistência Social deverá desenvolver ações para o atendimento das necessidades básicas do idoso, ressalta a política sobre a participação família, da sociedade e das entidades governamentais, dentre as demais competências citadas acima.
O Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à fome, é um serviço de Proteção Social Básica prevista na Política Nacional de Assistência Social (PNAS) visando a proteção de risco através do desenvolvimento de potencialidades e de desenvolvimento de Fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
“O profissional do Serviço Social frente a instrumentalidade do serviço ao idoso”. Por Ravanildo Oliveira, Íria Prates, Maria Aparecida e Vilma Teles. http://www.semana7.com.br/noticia/4984/o-profissional-do-servico-social-frente-a-instrumentalidade-do-servico-ao-idoso.html
3.1 Consolidação de direitos da pessoa idosa na Constituição Federal de 1988.
O primeiro dever da sociedade é reconhecê-los como seres humanos dignos de todo o respeito e gratidão. O idoso, além de prosseguir gozando de todos os direitos que já possuía, passa a ser titular de alguns outros. Exatamente aqueles que estão relacionados no Estatuto do Idoso.
 
Dentre os direitos específicos dos idosos podem-se relacionar o atendimento preferencial, imediato e individualizado junto a órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; o direito de ser bem cuidado e atendido por sua própria família, o direito de receber do Poder Público, gratuitamente, medicamentos e outros recursos relativos ao tratamento de saúde; principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuito, assim como a de próteses e órteses; É obrigatória a reserva de 3% das unidades residenciais para os idosos nos programas habitacionais públicos ou subsidiados por recursos públicos.   
       
A realização desses direitos depende de cada um, respeitando a pessoa idosa na vida quotidiana, conferindo-lhe tratamento digno e valorização.
 
É dever de todos, igualmente, a não submissão das pessoas idosas a situações de constrangimento e a denúncia às autoridades de casos de abandono, abuso ou violência a que possam ser submetidas.
 
As pessoas idosas também possuem o direito de serem cuidadas e amadas, de se sentirem felizes e valorizadas. Ao Estado, incumbe, ainda, assegurar-lhes tudo o que for necessário à sua preservação, à alimentação adequada, ao lazer, à educação, à previdência social, dentre outros.
 
Então, por constituírem deveres de justiça, de ética e de moral, além de obrigação legal, cabe a cada um e a todos o respeito, o cuidado e a asseguração dos direitos das pessoas idosas.
 
Segundo o Artigo 230 da Constituição Federal "A Família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida". https://www.pereirabarreto.sp.gov.br/noticias/23-saude/2851-os-direitos-dos-idosos-e-os-deveres-da-sociedade.html
3.2 O Estatuto do Idoso como instrumento da garantia de direitos do cidadão idoso.
A família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurar ao idoso os direitos de cidadania, garantido sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem estar e o direito de vida. (POLITICA NACIONAL DO IDOSO, artigo 3º, inciso I) 
É possível uma sociedade que garanta de fato os direitos do idoso, mediante a implementação de políticas sociais que propiciem a inclusão social das pessoas em todas as etapas dos ciclos da vida, sem sofrimento e abandono social, com o respeito e a valorização do outro, da natureza e da humanidade.
“O profissional do Serviço Social frente a instrumentalidade do serviço ao idoso”. Por Ravanildo Oliveira, Íria Prates, Maria Aparecida e Vilma Teles. http://www.semana7.com.br/noticia/4984/o-profissional-do-servico-social-frente-a-instrumentalidade-do-servico-ao-idoso.html
4. O PROCESSO DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO LAR EBENEZER. 
E é por essa razão que abrir caminho para uma nova realidade se torna um imperativo primordial para as próprias pessoas, para o círculo familiar e para a sociedade no seu todo. Para isso acontecer vão se impondo certas exigências, que talvez possam ser resumidas na palavra “estimulação”.. Existem vários ângulos a serem considerados quando se fala de estimulação. Devemos ressaltar ao menos três: o nível físico, o nível intelectual, e o nível psíquico-afetivo e espiritual. Aqui não vem ao caso descrever o que pode ser feito em cada um desses ângulos. Basta ter presente que se trata de exercitar, instigar, animar, encorajar as pessoas idosas para, de acordo com os limites de sua condição pessoal incrementar ainda mais aquilo que eventualmente já vinha executando em fases anteriores. Ademais a toda uma série de atividades que conjugam realização e prazer e que encontram nessa altura da vida um espaço mais propício .: Artigo publicado Revista Eclesiástica Brasileira número 277de janeiro/2010, Vozes.http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/08/30/internas_economia,546485/populacao-idosa-vai-triplicar-ate-2050-revela-pesquisa.shtml
 o profissional do Serviço Social torna-se capaz de realizar uma leitura analítica da conjuntura local, regional e nacional, tomando como referência as políticas públicas e a legislação social.
O desafio do serviço social, é muito grande na questão do idoso pois o mesmo vive momentos de exclusão social. O assistente social durante sua formação o profissional estuda o ser humano e sua inserção na sociedade, para depois trabalhar com os cidadãos, seus direitos e deveres, e assegurar a efetivação dos seus direitos e pela reeducação sobre a importânciada pessoa idosa na família como um valor histórico a ser preservado, valorizado e difundido.
A capacitação de profissionais para atuar na área de envelhecimento e saúde do idoso é uma das ações prioritárias da política nacional do idoso no Brasil.
A relação da sociedade com a família do idoso como sob várias formas em particular, nos debates sobre os direitos sociais dos idosos, seu lugar privilegiado de atuação é a família, sendo que esta, em função de sua busca da sobrevivência, não tem estrutura para acolher os idosos e os as transformam no objeto empírico menos privilegiado.
Atenta-se, contudo, que jamais deve isolar os idosos de suas famílias, consideradas seu lugar por excelência e um conjunto de ações e experiências vividas no cotidiano articuladas com o Serviço Social, a família tem o compromisso e o dever de conscientizar-se da importância do apoio na Terceira idade levando-se em conta que na contemporaneidade registra-se um processo de descaso da família ao idoso, sendo uma temática que impõe um objeto de reflexão em diversos campos do saber, enfatizando a Sociedade, o Serviço Social e o Assistente Social.
O papel do serviço social é relevante numa realidade, mas é preciso que saiba munir-se de instrumentos do interesse pelo bem estar e garantir os direitos do idoso em prática profissional, portanto poderá estar contribuindo para que eles ganhem mais saúde, disposição, qualidade de vida e alegria, pois o idoso que possui uma boa capacidade funcional poderá ser um idoso mais feliz e independente, contribuindo para sua saúde geral e seu bem-estar.
Sendo o Assistente Social conceituado com esse perfil pode ser sintetizado em formar recursos humanos capazes de compreender o "ser velho" e o processo de envelhecimento em suas dimensões conceituais, sociais, políticas, profissionais e éticas e formular e implementar propostas para o enfrentamento das questões do Idoso na sociedade contemporânea de modo eficaz, eficiente e efetivo como marcos de um modelo de capacitação que tem como eixos a integralidade, a interdisciplinaridade e o cuidado. O profissional do Serviço Social frente a instrumentalidade do serviço ao idoso. Por Ravanildo Oliveira, Íria Prates, Maria Aparecida e Vilma Teles. http://www.semana7.com.br/noticia/4984/o-profissional-do-servico-social-frente-a-instrumentalidade-do-servico-ao-idoso.html
4.1 A identificação da realidade dos idosos institucionalizados no Lar Ebenezer.
Sabe-se que a grande maioria das instituições não está preparada para proporcionar aos seus residentes, serviços individualizados que respeitem a personalidade, privacidade e modos de vida diversifi cados. Há uma desvalorização das necessidades do idoso, por se acreditar que estas se limitam a certas prioridades fi siológicas (alimentação, vestuá- rio, moradia, cuidados de saúde e higiene) remetendo ao esquecimento as de nível social, afetivo e sexual (PIMENTEL, 2001). Pimentel justifi ca seu pensamento, explicando que ao longo de nossa vida, criamos hábitos, adaptamos e transformamos o nosso espaço, possuímos nossos objetos pessoais e construímos uma rede de relações. A nossa história é construída, a partir de todas essas construções simbólicas e, caso haja uma perda total ou parcial delas, para os idosos representa um corte com o seu mundo de relações e com sua história. Portanto, o idoso tem difi culdade em assumir aspectos da sua vivência, enquanto pessoa plena, isolando-se afetiva e socialmente, negando ou desvalorizando as suas capacidades. Na verdade, eles não se sentem partes integrantes do espaço onde vivem, não se sentem “pertencer”, contrariando o sentimento de comunidade, fi cando claro que o asilo não apresenta condições de vida comunitária para os seus residentes; vivem num mundo à parte, onde perdem sua individualidade, entram aos poucos num processo de isolamento e deixam de “existir”. Negam-se as possibilidades de elaboração de projetos, por viverem num mundo sem signifi cado pessoal. Goffman (2001, p. 23) coloca que os internos chegam à instituição com uma “cultura aparente”, derivada de um “mundo da família”, parte de um esquema amplo - um conjunto de experiência que confi rmava uma concepção tolerável do eu e permitia um conjunto de formas de defesa, exercidas de acordo com sua vontade, para enfrentar confl itos, dúvidas e fracassos. Com o tempo ocorre uma mudança cultural no que se refere ao afastamento de algumas oportunidades de comportamento e ao fracasso para acompanhar as mudanças sociais recentes no mundo externo. Dessa forma acaba perdendo alguns papéis em virtude da barreira que o separa do mundo externo. Esses fatos se comprovam no cotidiano da realidade asilar, por serem comuns da maioria dos idosos, falas que se repetem numa rotina, como se a expressão por palavras, de modo exaustivo, ocasionasse a realização de um desejo, tornando-o uma verdade: “[ . . . ] vou fi car aqui por pouco tempo, logo, logo, meu fi lho me busca”, “Logo que fi car bom da saúde [ . . . ]”, “vou voltar para casa, se Deus quiser”, “[ . . . ] estou esperando minha fi lha, daqui a pouco ela chega para me levar de volta para casa”. A idéia de pertencimento, o sentimento de “pertencer” ao grupo em que vive, é o que fundamenta a relação social, portanto, a existência de comunidade torna-se necessária, porque permite um espaço onde os indivíduos possam estabelecer relações de maior proximidade, de intimidade, relações mais pessoais, como explica Mercadante (2002) positivas à vida cotidiana asilar. É importante que o indivíduo se sinta pertencendo, pois é primordial “sentir-se gente entre os pares” (SAWAIA, 1995, p. 23). Os residentes constroem uma imagem interna que infl uencia as suas práticas e condiciona a sua maneira de ser. Em certos casos, sentem que há uma imagem tão desvalorizante, que se conformam e agem de acordo com ela, uma vez que não lhes é dada a possibilidade de demonstrar que esta é infundada ou distorcida Moragas (1997, p. 239)8 acredita em uma “morte social”, em decorrência de um processo de internação em uma instituição, já que esta, muitas vezes, restringe os contatos sociais dos residentes com o exterior e rompe os seus laços sociais habituais. É identifi cada como uma perda do papel ativo e econômico e a passagem para um papel passivo, tanto econômico como também social. Além da institucionalização, o autor explica que existem outras manifestações de morte social do idoso, como aposentadoria, mudança de habitação ou bairro, ruptura de laços sociais habituais e prisão.
Na realidade cotidiana asilar, a sensação que se tem é de um lugar onde o tempo estagnou. As horas preguiçosas estendem-se, resistem e, no seu marasmo, contaminam todo o ambiente, num quase nada acontecer em suas diferentes horas: idosos sentados estáticos, muitas vezes, um ao lado do outro, sem conversas ou, quando se ouve alguma voz, na maioria das vezes é solitária. Idosos conversam, mas não se ouvem. Uns gritam, sem motivo aparente, outros vagam. A sensação é de desistência da vida. Permanece um tempo vazio de “espera” da morte. Uma “história”, uma tática, um conto triste – um tipo de lamentação e defesa – como explica Goffman (2001, p. 64), uma forma de explicar a baixa posição do internado no presente, levando-o ao excesso de piedade por si mesmo, junto ao intenso sentimento, de que, o tempo passado na instituição é perdido, destruído ou tirado da vida da pessoa e precisa ser “cumprido”, “preenchido” ou “arrastado” de alguma forma. 
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A velhice aponta para um presente onde o futuro se torna cada vez mais próximo e os sonhos cada vez menos fascinantes. A sensação básica de quem avança em idade é a de que na sua frente se encontra um muro, cada vez mais próximo e que deve ser ultrapassado, sem que se saiba exatamente o que se vai encontrar do outro lado.
É neste contexto que se evidencia que a longevidade bem sucedida não acontece por acaso, mas que deve ser construída passo a passo em todos os sentidos: no sentidofísico, no sentido intelectual, no sentido dos hábitos e costumes, e sobretudo no sentido espiritual. A palavra chave e quase que mágica para percorrer a última etapa da vida é exatamente essa: “ sentido”. Só será capaz de se preparar devidamente quem encontra um sentido último para seu viver, e por que não, um sentido último também para o seu morrer. Em compensação, na medida em que as pessoas encontram esse sentido em todas as direções, mesmo em meio a eventuais limites que vão se impondo com o tempo, a velhice passa a ser vivida como um período tão ou mais promissor do que os períodos anteriores, e até com certas vantagens. Significativamente a Bíblia, que apresenta uma visão realista da velhice, ressaltando tanto aspectos negativos quanto positivos, ressalta a velhice como a oportunidade de se chegar à sabedoria. 
Artigo publicado Revista Eclesiástica Brasileira número 277 de janeiro/2010, Vozes.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/08/30/internas_economia,546485/populacao-idosa-vai-triplicar-ate-2050-revela-pesquisa.shtml
E é por essa razão que abrir caminho para uma nova realidade se torna um imperativo primordial para as próprias pessoas, para o círculo familiar e para a sociedade no seu todo. Para isso acontecer vão se impondo certas exigências, que talvez possam ser resumidas na palavra “estimulação”.. Existem vários ângulos a serem considerados quando se fala de estimulação. Devemos ressaltar ao menos três: o nível físico, o nível intelectual, e o nível psíquico-afetivo e espiritual. Aqui não vem ao caso descrever o que pode ser feito em cada um desses ângulos. Basta ter presente que se trata de exercitar, instigar, animar, encorajar as pessoas idosas para, de acordo com os limites de sua condição pessoal incrementar ainda mais aquilo que eventualmente já vinha executando em fases anteriores. Ademais a toda uma série de atividades que conjugam realização e prazer e que encontram nessa altura da vida um espaço mais propício .: Artigo publicado Revista Eclesiástica Brasileira número 277de janeiro/2010, Vozes.http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/08/30/internas_economia,546485/populacao-idosa-vai-triplicar-ate-2050-revela-pesquisa.shtml
4.2 O processo de trabalho do assistente social junto aos familiares e idosos institucionalizados no Lar Ebenezer
O trabalho do Profissional do Serviço Social em se tratando do idoso se caracteriza por ser um trabalho reflexivo, que depende da colaboração de saberes distinto como o científico, o técnico, os sociais e os provenientes de dimensões éticas e políticas.
Este profissional deve efetivar a promoção, prevenção, proteção, como está posto nos princípios do SUS, podendo ser realizado também trabalhos educativos com a comunidade, fortalecendo também as ações e serviços de atenção básica, pois estes são portas de entrada do sistema de saúde.
O profissional do Serviço Social frente a instrumentalidade do serviço ao idoso. Por Ravanildo Oliveira, Íria Prates, Maria Aparecida e Vilma Teles. http://www.semana7.com.br/noticia/4984/o-profissional-do-servico-social-frente-a-instrumentalidade-do-servico-ao-idoso.html.
Dessa forma, segundo Mota (2010) fica visível uma nova relação entre profissionais e usuários, tendo como compromisso garantir uma construção de cidadania para todos. Assim, o profissional de Serviço Social em Instituições de Acolhimento a Idosos tem como prerrogativa se posicionar contra o abandono, desigualdade e vulnerabilidade social, onde os idosos têm seus direitos violados, seja por ação ou omissão do Estado, familiares ou comunidade, cabendo o profissional fazer a intervenção necessária para assim garantir o bem estar do idoso institucionalizado. Conforme sustentam os artigos 229 e 230 da Constituição Federal de 1988. At. 229 – Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. Art. 230 – A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando a sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo-lhes o direito a vida. (BRASIL, 1998) A atuação do profissional de Serviço social é de extrema importância no enfrentamento das expressões da questão social, podendo desvelar a realidade concreta diante das complexidades existentes. Assim, construindo estratégias que envolvem as particularidades do usuário que estão em situação de vulnerabilidade ou exclusão social. Pg 11.
O trabalho do assistente social pode produzir resultados concretos nas condições materiais, sociais e culturais da vida de seus usuários, em seu acesso e usufruto de políticas sociais, programas, serviços, recursos e bens, em seus comportamentos, valores, seu modo de viver e de pensar, suas formas de luta e organização, suas práticas de resistência. (YASBEK, 2002). Contudo, a atuação do assistente social, está relacionada às técnicas de intervenção para promover atividades que elevem a autoestima do idoso e o fortalecimento de vínculos familiares, que é de suma importância para a evolução física e mental do idoso. Também são atribuição do profissional garantir o direito ao acesso as políticas públicas dos idosos institucionalizados, levando em consideração a articulação com outros profissionais e com a instituição.pg 12
Percepções do assistente social sobre o trabalho que realiza em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos - ILPI Acadêmica: Eduarda Vasconcelos dos Santos
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No entanto, o que se procura chamar a atenção não diz respeito apenas ao foco na família como reprodutor da violência, porém busca-se apreender de que maneira tal família encontra-se amparada, na atual conjuntura societária, para superar as situações de violências ocorridas em suas dinâmicas.
No tange à família e à sociedade civil, o Serviço Social tem como missão precípua, tecer considerações e reflexões sobre a questão do idoso, baseado numa visão transformadora e crítica, despertando em ambas o cuidado e o respeito pela pessoa idosa. Isso nos servirá como sinal de valorização do respeito pelo nosso próprio futuro, pois haveremos de adquirir idade e inevitavelmente nos confrontaremos com a velhice.
 O Envelhecimento (como) expressão da Questão Social e algumas considerações pertinentes ao Exercício Profissional Jessica Bieger Lais Santos Silva Claudia Cristina Wagner Fritzke Manuela Richetti Caron
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