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15/04/2018 1 IMUNOLOGIA VETERINÁRIA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA Definição Anemia infecciosa equina ou AIE, como é conhecida, é uma doença viral de equídeos. Serão infectados os cavalos, os jumentos, e a cruza do asinino com o equino, que são os muares. A AIE tem comportamento singular. Em geral, não mata o cavalo rapidamente. Possui três fases. Contexto Os primeiros casos de AIE foram registrados no Brasil no final da década de 1960. O Ministério da Agricultura adotou um protocolo que inclui, entre outras medidas, o sacrifício do animal infectado. Exceto o Pantanal. O Pantanal tem em torno de 100 mil animais. 40% desse rebanho é portador do vírus. (EMBRAPA, 2004). Sinonímia Febre dos pântanos Malária equina Tifo-anemia infecciosa AIDS equina Mal do Cochilo 15/04/2018 2 Etiologia Gênero Lentivírus Família Retroviridae baseado em sua estrutura, organização genética, atividade de transcriptase reversa e reatividade sorológica cruzada. Relaciona-se intimamente com outros lentivírus, incluindo o vírus da Arterite Encefalite Caprina, o vírus Maedi/Visna dos ovinos e o vírus da Imunodeficiência Felina e Humana. Vírus da anemia infecciosa equina (VAIE) Patogenia Replicação Imediata; Primariamente em macrófagos maduros; Vírions descendentes são liberados na circulação; Cavalos infectados são incapazes de remover completamente o vírus! Imunologia Cada episódio da doença tende a ser mais brando; O vírus sofre mutações aleatórias e novas variantes, antigenicamente diferentes, são produzidas; A eliminação dessas variantes é determinada pela presença de anticorpos neutralizantes e linfócitos T citotóxicos; Conforme a produção destes isolados diferentes ocorre, os equinos infectados sintetizam anticorpos neutralizantes contra as novas variantes e, em decorrência disso, a viremia diminui; Os equinos infectados apresentam níveis baixos de IgG3; Porém as variantes aparecem de forma rápida e aleatória e o aparecimento de uma variante não neutralizável leva a recaída clínica. Depois que o vírus sofreu várias dessas mutações e o animal respondeu a todas elas, o espectro de anticorpos neutralizantes no soro do indivíduo se torna muito amplo e a viremia diminui bastante. O receptor do macrófago para o AIE foi denominado receptor de Lentivírus equino-1. Esta molécula é membro da família do receptor de TNF. Infecção/Transmissão Equídeos infectados; Agulhas de uso múltiplo, instrumental, esporas e etc.; Período de incubação: 2 a 4 semanas. Intrauterina; Leite materno; Sêmen; Insetos hematófagos (5%) (GLOBO RURAL, 2017). 15/04/2018 3 Sintomatologia Aguda: Nos primeiros dias de infecção Sintomas: Tristeza, Inchaço em partes baixas (barriga, ventre, peito). Febre (até 40,6º C); Pode ir a óbito. Assintomática: Possui o vírus, mas não aparenta estar doente e pode continuar assim por anos. Crônica: Apresenta os sintomas, melhora, volta a adoecer e assim vai, podendo até morrer. Perda de peso e anemia. Diagnóstico TESTE SOROLÓGICO Teste de IDGA – Imunodifusão em gel ágar. Ou Teste de Coggins. São necessários 2,0 ml (Congelado ou Resfriado); Este teste tem validade de 2 meses (60 dias). Tratamento Não existe. O tratamento sintomático pode recuperar o animal, porém será portador por toda vida. 15/04/2018 4 Profilaxia Interditar a propriedade, isolamento de animais suspeitos e soropositivos e proibir a participação em eventos; Animais positivos no primeiro teste devem ser retestados 15 dias após. Se positivo, faz-se eutanásia; Controlar insetos vetores; Desinfetar estábulos com caiação e passar vassoura de fogo (sensíveis ao calor e detergentes). Profilaxia Art. 269 do Código Penal (6 meses a 2 anos) Referências JUNIOR, Valmir Assunção Velozo. Anemia Infecciosa Equina (AIE). Disponível em: < https://goo.gl/qvABGd > Acesso em 05 de julho de 2017. MAIA, C.A. et al. Anemia Infecciosa Equina - Revisão de literatura. PUBVET, Londrina, V. 5, N. 11, Ed. 158, Art. 1067, 2011. MELDAU, Débora Carvalho. Anemia Infecciosa Equina. 2017. Disponível em: < https://goo.gl/yemzQf > Acesso em 24 de junho de 2017. SILVA, Roberto Aguilar Machado Santos et al. Anemia Infecciosa Equina: Epizootiologia, Prevenção e Controle no Pantanal. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2001. 30p. (Embrapa Pantanal. Circular Técnica, 29). Disponível em: < https://goo.gl/xJznPQ > Acesso em: 22 de junho de 2017. SILVA, Roberto Aguilar Machado Santos et al. Programa de Prevenção e Controle da Anemia Infecciosa Equina no Pantanal Sul-Mato-Grossense. – Corumbá: Embrapa Pantanal, 2004. 17p.; 16 cm. (Documentos / Embrapa Pantanal, ISSN 1517-1973; 68). Disponível em: < https://goo.gl/rJYEc5 > Acesso em: 22 de junho de 2017. TIZARD, Ian R. Imunologia veterinária / Ian R. Tizard ; tradução Luciana Medina , Mateus D. Luchese. - 9. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2014. Obrigado
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