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PROVA DE FILOSOFIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO


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PROVA DE FILOSOFIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO - FILOSOFIA
DE ACORDO COM O CONHECIMENTO ADQUIRIDO E AS DISCUSSÕES REALIZADAS EM SALA, FAÇA UMA REDAÇÃO EXPOSITIVA (MÁX. 30 LINHAS; MÍN. 15)
TEXTO DE APOIO
O existencialismo consiste em um conjunto de teorias que são caracterizadas em centrar sua análise na existência, entendida não como fato de ser, mas como realidade individual (BARSA, 2005, vol. 6, p. 165). Kierkegaard foi um autor influente no pensamento do século XX e é difícil enquadra-lo em uma corrente teórica ou religiosa, por ser um pensador de múltiplas faces, um agostiniano que tem muito a contribuir para a compreensão contemporânea da fé e da relação que existe entre a fé e a razão. Foi conhecido como percursor do existencialismo, nos leva a refletir sobre as problemáticas levantadas sobre fé e razão (BARSA, 2005, vol. 8, p. 404). De acordo com o Dicionário Michaells (2009), a angústia pode ser definida como um estado de exagerada aflição, ansiedade e sofrimento. Oposto a esse conceito, Kierkegaard diz que tais sensações são apenas categorias que o ser humano vivencia, e a angústia deve ser entendida como sendo uma vertigem da liberdade, na qual existe uma ambiguidade gerada no fato do indivíduo sentir atração e repulsa por esta liberdade. A mesma não é momentânea, não possui um objeto específico, e é tida como fundamental para que o homem adquira sua autonomia.
Sören Aabye Kierkegaard (1813 -1855) foi o primeiro autor a escrever sobre o existencialismo, que foca, principalmente, sobre o aparente sentido da vida (ou a falta dele), sobre a busca de sair do tédio existencial e sobre as escolhas livres, já que o homem precisa da liberdade para definir sua própria natureza. A infância de Kierkegaard é marcada pela figura paterna e sua influência sobre ele para se conhecer a bíblia, a língua grega e o latim, o que o fez-se decidir pela carreira teológica como forma, também de devoção e celebração divinas. Na Universidade de Copenhague, conheceu a filosofia do alemão Hegel e seu racionalismo na busca do absoluto. Porém, após um estudo profundo sobre as obras do autor, começa a discordar da abordagem que este faz das questões ligadas à fé e o cotidiano, pois a verdade conceitual proposta por Hegel não o convencia por completo, já que a pessoa e suas vivências imediatas e intransferíveis estavam afastadas em prol da racionalidade.
Esta filosofia apresentou aos vivos e sobreviventes as interrogações que lhes eram pertinentes e próprias: qual é o sentido da existência? Da morte? Da dor? Da liberdade? Do desespero? Da angústia?” A Existência vem antes da essência, ou seja, não existe uma essência humana que determine o homem, mas ele constitui a sua essência na sua existência. Com essa essência provinda das experiências, o homem é capaz de realizar novas escolhas, tornando-se assim um homem livre. Assim, o filósofo acreditava que se a condição de existência humana era essa, então o ser humano vive em uma constante angústia, tendo que escolher o próximo caminho a todo o momento e, consequentemente, refletindo sobre si, sobre seus feitos e sobre as próximas ações o tempo todo, como representa uma de suas frases, ilustrada abaixo. Outra importante característica é o desespero, aquilo que nos torna quem somos pode ser perdido e nos deixar em desespero e toda a existência humana está assim, visto que o homem precisa de coisas externas (as quais não controla) para se sentir quem ele é. Somos livres para escolher, mas isso nos traz angústia e, eventualmente, o desespero do medo de perder tudo. Estamos desamparados, não temos muletas, desculpas ou quem ficar culpando por nossas escolhas.
O existencialismo é o conjunto de ideias que coloca no ser humano a responsabilidade por se construir e por seus atos. Não há desculpas ou justificativas para nossas ações, o que somos ou o que fazemos não é produto da nossa história, da nossa criação, do destino ou da divindade. Estamos sozinhos, lançados no mundo para nos inventar, pois não há nada anterior à nossa existência para definir o que somos. Um existencialista é um sujeito que coloca o foco em sua existência pessoal, preza acima de todas as coisas, o livre arbítrio e a autonomia do indivíduo. Kierkegaard nos ensina a ousar, a não ter medo de ir contra a corrente. A verdade segundo ele está sempre junto com a minoria, com ele também aprendemos o valor de tomar riscos na vida. 
É válido ressaltar que “A decepção mais comum é não podermos ser nós próprios, mas a forma mais profunda de decepção é escolhermos ser outro, antes de nós próprios”. (KIERKEGAARD, 1968). Diante de tal afirmação, depreendemos que o homem possui certo medo de enfrentar suas próprias angústias e, como consequência, prefere deixar sua individualidade de lado, se integrando às massas sociais, adaptando suas características a elas, como meio de se sentir aceito pela própria sociedade somática e imagética. Dessa forma, então, o ser deixa o seu poder de criticidade para se submeter a esse estilo de vida padronizado.
BOA PROVA!!!