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Medidas assecuratórias servem para assegurar que a vítima será indenizada ou reparada em virtude da prática da infração penal e também para garantir que o acusado não tenha proveito em virtude da prática do crime, elas são divididas em três principais que são: sequestro, arresto e especialização da hipoteca legal, a seguir abordaremos cada uma delas: Sequestro: Medida assecuratória que incide sobre bens imóveis adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, mesmo que tenham sido transferidos a terceiros, o mesmo poderá ser decretado quando houver indícios veementes da proveniência dos bens. Poderá ser decretado em qualquer fase do processo ou ainda antes de ser a denúncia ou queixa. Poderá ser embargado em duas situações, quando o acusado provar que tenha adquirido o bem imóvel de maneira lícita ou quando o terceiro ter adquirido por boa fé, mas a decisão sobre os embargos só poderá acontecer se a sentença condenatória passar para julgado. O sequestro poderá ser levantado se não for iniciada uma ação penal em até 60 dias da data do sequestro, ou se o terceiro prestar caução no valor do bem, ou ainda se o réu for julgado inocente. Caberá também o sequestro de bens móveis, quando os mesmos não forem passíveis de apreensão, quando for julgado a sentença em condenatória os bens serão avaliados e vendidos por leilão público. O sequestro é decretado em virtude do caráter ilícito dos bens provenientes da infração, ou seja, para parar o enriquecimento ilícito, que é relativo aos proventos decorrentes da infração penal. Já no arresto e hipoteca legal a natureza é o direito real de garantia, elas servem para que eventuais ressarcimentos a serem feitos a vítima sejam garantidos e para o pagamento de danos. O arresto tem caráter cautelar, pois pode ser solicitado de início, mas dentro do prazo de 15 dias deve haver a inscrição da hipoteca legal do bem imóvel. A hipoteca legal só pode ser solicitada pela parte interessada pelo interessado ou pelo ministério público, não por meio de ofício. A hipoteca legal pode ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do processo. Tanto o arresto quanto a hipoteca legal, não têm relação com a origem do bem, seja ilícito ou licito. Hipoteca só incide sobre bens imóveis, caso o réu seja condenado os autos da hipoteca serão executados no cível. Incidente de falsidade é em relação aos documentos do processo, a arguição da falsidade será tratada em apartado e o juiz ouvirá a parte contrária em até 48 horas. Após isto o juiz dará o prazo de 3 dias para cada uma das partes comprovar suas alegações, e após isto poderá ordenar as diligências que entender necessária. Se o juiz reconhecer a falsidade o documento será desentranhado do processo e remetido ao ministério público. Qualquer uma das partes pode arguir o incidente de falsidade documental. Independente da falsidade ou não do documento, o processo continuará de forma normalmente.