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AULA QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

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CURSO DE DIREITO
PROCESSO PENAL I
Assunto: Das Questões e Processos Incidentes
Profa. Eliane Seffair
Das Questões e Processos Incidentes - Art. 92 a 154 CPP
1.QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES: são circunstâncias
acidentais, episódicas ou eventuais que podem incidir sobre a demanda.
É toda aquela controvérsia que sobrevém no curso do processo e deve ser
decidida pelo juiz antes da questão principal.
Incidente: um fato secundário que ocorre
durante o desenvolvimento de um fato principal (sobrevém, é acessório)
Questão: controvérsia.
Ex. Idade do acusado em processo criminal que não tem documentos
comprobatórios.
1.1.Espécies: a) Questões prejudiciais: art.92 a 94,CPP
b) Processos incidentes:
exceções: 95 a 111,CPP;
incompatibilidades e impedimentos: 112,CPP;
conflito de jurisdição: 113 a 117,CPP;
restituição de coisas apreendidas:118 a 124,CPP;
medidas assecuratórias:125 a 144,CPP;
incidente de falsidade:145 a 148,CPP; e
incidente de insanidade do acusado: 149 a 154,CPP.
2.DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS: art.92 a 94,CPP
Conceito: questão jurídica que, em meio a ação penal, versa sobre elemento do crime,
podendo provocar a suspensão da ação. Condiciona a solução da demanda, pois existe
uma dependência lógica entre ambas.
Elementos essenciais da prejudicialidade:
a)Anterioridade Lógica: influi diretamente no julgamento do mérito da questão
principal.
b)Necessariedade: Trata-se de um antecedente necessário do mérito.
Ex. acusado de bigamia alega que o primeiro casamento é nulo.
c)Autonomia: Possibilidade da questão incidental alegada figurar em processo
autônomo.
d)Competência na Apreciação: Julgadas pelo próprio juízo penal (excepcionalmente
pelo cível).
2.1CLASSIFICAÇÕES:
a)Quanto ao mérito ou natureza ou caráter:
a1.Homogênea (comum ou imperfeita): Matéria comum (mesmo ramo do direito) entre a
questão principal e a prejudicial.
Ex.delito antecedente ao crime de lavagem de dinheiro (penal x penal)
a2.Heterogênea (perfeita ou jurisdicional): Matérias pertencem a ramos do direito
diversos.
Ex.furto e propriedade do objeto. (penal x civil)
b)Quanto ao grau de influência da questão prejudicada
b1.Total: Refere-se ao grau de interferência na ação principal.
(Ex.crime de bigamia, processo de divorcio)
b2.Parcial: Diz respeito a uma circunstancia (atenuante, qualificadora).
(Ex.idade do acusado +18-21=atenuante)
c)Quanto ao efeito:
c1.Devolutivas obrigatória ou necessária: Acarreta a suspensão do processo. O juiz não
tem competência para apreciá-la e, por essa razão, deve paralisar o processo até que o
juízo cível se manifeste. (estado familiar, cidadania e capacidade civil)
Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de controvérsia,
que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal
ficará suspenso até que no juízo cível seja a controvérsia dirimida por sentença passada
em julgado, sem prejuízo, entretanto, da inquirição das testemunhas e de outras provas
de natureza urgente.
Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando
necessário, promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a
citação dos interessados.
Ex. crime de bigamia, validade do 1º casamento.
C2.Devolutivas facultativas: O juiz pode ou não suspender o processo.
Art. 93. Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão sobre
questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e se neste
houver sido proposta ação para resolvê-la, o juiz criminal poderá, desde que essa questão
seja de difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, suspender o
curso do processo, após a inquirição das testemunhas e realização das outras provas de
natureza urgente.
Ex. Crime de furto e propriedade do objeto
Procedimentos:
§ 1o O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser razoavelmente prorrogado, se
a demora não for imputável à parte. Expirado o prazo, sem que o juiz cível tenha
proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo, retomando sua competência
para resolver, de fato e de direito, toda a matéria da acusação ou da defesa.
§ 2o Do despacho que denegar a suspensão não caberá recurso.
§ 3o Suspenso o processo, e tratando-se de crime de ação pública, incumbirá
ao Ministério Público intervir imediatamente na causa cível, para o fim de
promover-lhe o rápido andamento.
Art. 94. A suspensão do curso da ação penal, nos casos dos artigos anteriores, 
será decretada pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes.
C3.Prejudiciais Não Devolutivas: Questões homogêneas, onde será sempre
competente o juízo penal.
Ex. receptação e furto
Suspensão da prescrição: A suspensão pode ser provocada pelo MP, pelo
acusado ou decretada ex officio pelo juiz.
CP Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não
corre: I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que
dependa o reconhecimento da existência do crime;
Efeitos: a decisão do juiz cível que concluir pela inexistência de infração penal
tem força vinculante para o juiz criminal. A decisão cível faz coisa julgada na
área criminal, no que diz respeito à questão prejudicial.
Recursos: Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho
ou sentença: XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de
questão prejudicial
3. Dos Processos incidentes:
3.1. Das exceções: 95 a 111,CPP: mecanismo processual por meio do qual o
acusado exerce sua defesa indireta, provocando a apreciação de matéria que
pode levar a extinção da ação ou ao retardamento de seu exercício.
3.1.1.Modalidades:art.95,CPP: EXCEÇÕES: suspeição; incompetência do
juízo; litispendência; ilegitimidade de parte, coisa julgada e
art.112,CPP: impedimento
Requisitos da exceção: Deve ser interposta por petição assinada pela própria
parte ou por procurador com poderes especiais, devendo ser fundamentada e
acompanhada de prova documental e rol de testemunhas, se necessário. (Ação
de exceção de incompetência do juiz)
Nomenclatura:
Excipiente: Aquele que alega a exceção (MP, assistente de
acusação, partes). Mirabete insiste na impossibilidade do assistente de acusação
arguir tal exceção.
Excepto: Contra quem se argui a exceção.
3.1.2.Classificação:
a)DILATÓRIAS: se destinam a procrastinar o desenvolvimento do processo:
exceções de suspeição, incompetência e ilegitimidade ad processum.
b)PEREMPTÓRIAS: se destinam a extinguir o processo: exceções de coisa
julgada, litispendência e ilegitimidade ad causam.
3.1.3 .SUSPEIÇÃO: É alegada quando a parte pretende rejeitar o juiz com base em
suposta imparcialidade do juiz ou outros motivos relevantes que ensejem suspeitas em
relação ao julgamento dele sobre a causa.
Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de:
I - suspeição;
As causas de suspeição estão previstas no artigo 254 do CPP: Art. 254. O juiz dar-se-á
por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;(das partes, não do advogado)
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato
análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive,
sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das
partes;(no conceito de cônjuge, inclui-se a união estável).
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz
ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta
ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável,
as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes.REGRAS DE SUSPEIÇÃO:
Art. 96. A arguição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando fundada em motivo
superveniente.
Art. 97. O juiz que espontaneamente afirmar suspeição deverá fazê-lo por escrito, declarando o motivo
legal, e remeterá imediatamente o processo ao seu substituto, intimadas as partes.
Art. 98. Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo em petição assinada por ela
própria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razões acompanhadas de prova
documental ou do rol de testemunhas.
Art. 99. Se reconhecer a suspeição, o juiz sustará a marcha do processo, mandará juntar aos autos a
petição do recusante com os documentos que a instruam, e por despacho se declarará suspeito, ordenando
a remessa dos autos ao substituto.
Art. 100. Não aceitando a suspeição, o juiz mandará autuar em apartado a petição, dará sua resposta
dentro em três dias, podendo instruí-la e oferecer testemunhas, e, em seguida, determinará sejam os autos
da exceção remetidos, dentro em vinte e quatro horas, ao juiz ou tribunal a quem competir o julgamento.
Art. 103. No Supremo Tribunal Federal o juiz que se julgar suspeito deverá declará-lo
nos autos e, se for revisor, passar o feito ao seu substituto na ordem da precedência, ou, se
for relator, apresentar os autos em mesa para nova distribuição.
Art. 104. Se for argüida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de
ouvi-lo, decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de
três dias.
Art. 105. As partes poderão também arguir de suspeitos os peritos, os intérpretes e os
serventuários ou funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso, à vista
da matéria alegada e prova imediata.
Art. 106. A suspeição dos jurados deverá ser arguida oralmente, decidindo de plano do
presidente do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo recusado, não for
imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata.
Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito,
mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
Efeitos da suspeição: O magistrado é afastado da presidência do processo e os atos 
processuais são julgados nulos (retroagindo seus efeitos): 
Art. 101. Julgada procedente a suspeição, ficarão nulos os atos do processo principal,
pagando o juiz as custas, no caso de erro inescusável; rejeitada, evidenciando-se a malícia
do excipiente, a este será imposta a multa de duzentos mil-réis a dois contos de réis.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
3.1.4.INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO: Fundamenta-se na ausência de capacidade
funcional do juiz.
Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: II - incompetência de juízo;
Para sua proposição, é necessário que uma ação esteja em andamento em foro
incompetente. Deve ser observada as regras de competência do art.69,CPP.
O juiz deve declarar sua incompetência de ofício, mesmo em se tratando de
incompetência relativa.
Posicionamento contrário: STJ considera que se não alegada a incompetência ocorrerá
preclusão, por tratar-se de questão de nulidade relativa, a qual reputa-se sanada se não
alegada na defesa prévia.
Súmula 33 STJ – A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício.
Art. 108. A exceção de incompetência do juízo poderá ser oposta, verbalmente ou por
escrito, no prazo de defesa.
§ 2o Recusada a incompetência, o juiz continuará no feito, fazendo tomar por termo a
declinatória, se formulada verbalmente.
Art. 109. Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que o torne
incompetente, declará-lo-á nos autos, haja ou não alegação da parte, prosseguindo-se na
forma do artigo anterior.
Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo,
quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
3.1.5 .LITISPENDÊNCIA: é a situação que se origina da existência simultânea de duas ou
mais ações idênticas.
Há litispendência quando uma ação repete outra já em curso (no processo penal isso ocorre
quando se inicia mais de um processo contra o agente pela mesma conduta delituosa). Tem
fundamento no princípio do non bis in idem.
Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: III - litispendência;
Prazo: não há prazo para interposição.
Cabimento da exceção de coisa julgada: Identidade de partes; identidade de pedidos;
identidade de causa de pedir e processo anterior sem transito em julgado.
Ex. Florisbela respondeu processo por crime de roubo (art.157,CP) praticado contra Vera,
cujo processo tramita na 2ª Vara Criminal de Manacapuru, desde 10.12.19. Em 28.03.20, foi
citado para respondeu pelo mesmo crime, mesma vítima, pelo juiz da 2ª Vara Criminal de
Manaus.
3.1.6. ILEGITIMIDADE DE PARTE:
Atinge não só a titularidade do direito de ação, como também a capacidade de exercício
necessária para a prática dos atos processuais.
Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: IV - ilegitimidade de parte;
Casos de admissibilidade: Queixa oferecida no caso de ação pública, denúncia oferecida
em ação privada, querelante incapaz ou sem representante legal e quando da ação
personalíssima oferecida por sucessor da vítima.
A exceção inclui a legitimidade ad processum (capacidade processual) e ad causam
(titularidade da ação).
Efeitos: reconhecida a ilegitimidade, o processo será anulado.
Recurso: admitido recurso em sentido estrito.
3.1.7.DA COISA JULGADA: Fundada também no princípio do non bis in idem, fiz
respeito a impossibilidade de novo processo versando sobre fato sobre o qual já houve
decisão transitada em julgado.
Com o trânsito em julgado a decisão final adquire a qualidade de se tornar imutável
Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: V - coisa julgada.
Cabimento da exceção de coisa julgada: Identidade de partes; identidade de pedidos;
identidade de causa de pedir e sentença anterior com transito em julgado.
Ex.Melvio respondeu processo por crime de roubo (art.157,CP) praticado contra Tício,
sendo condenado a 5 anos de reclusão, pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Manacapuru,
cuja sentença transitou em 20.11.2019. Em 28.01.20, foi citado para respondeu pelo
mesmo crime, mesma vítima, pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Manaus.
4.DO CONFLITO DE JURISDIÇÃO: 113 a 117,CPP .Ocorre quando, em qualquer fase do
processo, um ou mais juízes, concomitantemente, tomam ou recusam tomar conhecimento do
mesmo fato delituoso.
Art. 113. As questões atinentes à competência resolver-se-ão não só pela exceção própria, como
também pelo conflito positivo ou negativo de jurisdição.
Art. 114. Haverá conflito de jurisdição:
I - quando duas ou mais autoridades judiciárias se considerarem competentes, ou incompetentes,
para conhecer do mesmo fato criminoso;
II - quando entre elas surgir controvérsia sobre unidade de juízo, junção ou separação de
processos.
Conflito positivo de jurisdição: Dois ou mais juízes se julgam competentes para julgar o fato
delituoso.
Conflito negativo de jurisdição: Dois ou mais juízes se julgam incompetentes para julgar o fato
delituoso.
SÚMULA 59 STJ não há conflito de competência se já existe sentença com transito em julgado,
proferida por um dos juízos conflitantes.
5.RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS: 118 a 124,CPP
Coisas apreendidas: durante a feitura do Inquérito Policial, poderá haver buscas e
apreensões. Essas apreensões são feitas nos objetos que tiverem relação com o fato
delituoso.
Às vezes, a apreensão é feita de modo singelo, no próprio local do delito. As autoridades
encarregadas da elucidação do crime encontram, no local onde se verificou o fato típico,
instrumentos utilizados para a prática do ato delituoso e outros objetos que, de certa
forma, podem conduzi-los à elucidação. Outras vezes, a apreensão somente é feita
havendo diligências nesse sentido.
São as buscas domiciliares e pessoais, podendo ser feita pela própria autoridade ou por
pessoa a ela subordinada. Essas são chamadas de buscas e apreensões.Busca é a diligência que se faz a fim de ser encontrado o que se procura. Havendo êxito, procede-
se à Apreensão, que vem ser o objetivo da busca.
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova,
acompanharão os autos do inquérito.
Coisas que podem ser apreendidas: Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1º - busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou
contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim
delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja
suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
Coisas que não podem ser apreendidas: As coisas ou valores que constituam proveito auferido
pelo agente com a prática do fato criminoso, mediante sucessiva especificação (jóia feita com
ouro roubado), ou conseguidos mediante alienação (objeto adquirido com o dinheiro furtado,
não podem ser apreendidos. Tampouco os objetos adquiridos com o bem ou valor dado ao
criminoso como recompensa pelo crime cometido ou por cometer.
Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas não poderão ser
restituídas enquanto interessarem ao processo.
Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou juiz,
mediante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
Coisas que podem e que NÃO PODEM SER RESTITUÍDAS.
Instrumentos do crime: não se tratando de coisas confiscáveis, nada impede sua restituição ao
criminoso e, com muito mais razão, ao lesado ou terceiro de boa-fé, pouco importando haja
sentença condenatória transitada em julgado.
Art. 121. No caso de apreensão de coisa adquirida com os proventos da infração, aplica-se o
disposto no art. 133 e seu parágrafo.
Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do
interessado, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público.
Parágrafo único. Do dinheiro apurado, será recolhido ao Tesouro Nacional o que não couber ao
lesado ou a terceiro de boa-fé.
Art. 123. Fora dos casos previstos nos artigos anteriores, se dentro no prazo de 90 dias, a contar da
data em que transitar em julgado a sentença final, condenatória ou absolutória, os objetos
apreendidos não forem reclamados ou não pertencerem ao réu, serão vendidos em leilão,
depositando-se o saldo à disposição do juízo de ausentes.
Art. 124. Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da União for decretada, e as coisas
confiscadas, de acordo com o disposto no art. 100 do Código Penal, serão inutilizados ou recolhidos
a museu criminal, se houver interesse na sua conservação.
6.MEDIDAS ASSECUTÓRIAS: 125 a 144,CPP : Conjunto de medidas cautelares que serve para
a garantia da responsabilização pecuniária do criminoso.
Busca-se ASEGURAR futuro ressarcimento do ofendido ou herdeiros. Assegurar o ressarcimento
da vítima!
Espécies: SEQUESTRO, HIPOTECA LEGAL E ARRESTO
a)DO SEQUESTRO: retenção da coisa litigiosa, por ordem JUDICIAL, quando houver dúvida
sobre a origem desse bem.
A dúvida reside: esse bem foi comprado com o dinheiro oriundo de infração penal? Ou seja se
adquiridos com os proventos da infração. Pode ser de bens móveis ou imóveis. Se imóveis, o juiz
manda registrar no Registro de Imóveis.
É necessário que sejam produzidos indícios suficientes para a convicção de que o imóvel foi
adquirido com produto do crime, como a coincidência de valores e datas, documentos e depósitos
relacionados com o crime etc.
Art. 125. Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos
da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
Art. 126. Para a decretação do seqüestro, bastará a existência de indícios veementes da
proveniência ilícita dos bens.
Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou
mediante representação da autoridade policial, poderá ordenar o seqüestro, em qualquer
fase do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia ou queixa.
Perde o efeito se na ação principal vem a ser reconhecida a extinção de punibilidade ou
se é absolvido o agente.
Dos Bens Móveis: desde que haja indícios suficientes à conclusão de que foram adquiridos com o
produto do crime.
Cumpre distinguir os bens de origem criminosa (adquiridos com os proventos da infração
penal), que são objeto de sequestro, dos bens que constituem o próprio objeto material do crime
(coisa sobre a qual recai a conduta do agente), que são objeto de busca e apreensão, por serem
prova da existência da infração penal.
Art. 132. Proceder-se-á ao seqüestro dos bens móveis se, verificadas as condições previstas no
art. 126, não for cabível a medida regulada no Capítulo Xl do Título Vll deste Livro.
E SE O ACUSADO NÃO FOR DONO DO BEM sequestrado? DEPENDE. Temos 2 (duas)
respostas para isso.
Se o 3.º, comprador do bem, comprou com má-fé, sabendo da origem ilícita do bem, devolve
tudo e perde o bem. Se ele estava de boa-fé, EMBARGA e pega o bem de volta.
Como eu sei se é caso de SEQUESTRO ou BUSCA E APREENSÃO?
No sequestro o bem é comprado com o $ produto da infração. Na Busca e Apreensão, eu
busco o próprio produto na infração, e não o bem comprado com ele depois.
b)HIPOTECA LEGAL: O ofendido pode pedir essa especialização a qualquer momento
do processo.
Para que seja pedida a hipoteca legal dos imóveis do indiciado, basta que haja certeza da
infração e indícios suficientes de autoria.
a HIPOTECA LEGAL não tem relação com a ORIGEM do bem ser lícita ou ilícita.
Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida pelo ofendido
em qualquer fase do processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes da
autoria.
Art. 135. Pedida a especialização mediante requerimento, em que a parte estimará o valor da
responsabilidade civil, e designará e estimará o imóvel ou imóveis que terão de ficar especialmente
hipotecados, o juiz mandará logo proceder ao arbitramento do valor da responsabilidade e à
avaliação do imóvel ou imóveis.
Hipoteca legal só de bem IMÓVEL. Se prestar caução, o imóvel não será levado à inscrição.
E se o réu for condenado? Os autos de hipoteca legal são levados para o Cível. Executa lá.
A Especialização da HL pode demorar muito. Então eu ARRESTO o imóvel antes de especializá-
lo.
c)ARRESTO: Incide sobre o patrimônio lícito do suspeito/réu.
Se não houver imóveis no valor suficiente, poderá ser requerido o arresto de bens móveis
suscetíveis de penhora, nos mesmos termos em que é feito o pedido de hipoteca.
Art. 136. O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no prazo
de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal.
Art. 137. Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente, poderão
ser arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca
legal dos imóveis.
Art. 140. As garantias do ressarcimento do dano alcançarão também as despesas processuais e
as penas pecuniárias, tendo preferência sobre estas a reparação do dano ao ofendido.
Art. 141. O arresto será levantado ou cancelada a hipoteca, se, por sentença irrecorrível, o réu
for absolvido ou julgada extinta a punibilidade.
Observações: Em suma, quando os bens (móveis ou imóveis) são produto de infração, cabe
sequestro. Se não há evidência de que os bens são produtos de infração, cabe hipoteca legal
quanto aos imóveis e, se insuficientes, arresto quanto aos móveis. Para evitar a demora da
hipoteca legal dos imóveis, é possível pedir a antecipação da restrição, chamado de arresto. A
reparação do ofendido tem preferência em saber as despesas processuais e as penas pecuniárias.7.INCIDENTE DE FALSIDADE: artigo 145 ao 148, CPP trata-se da possibilidade de arguição
de falsidade de documento nos autos.
Conceito de documento: art. 232 cpp = quaisquer escritos, instrumentos ou papeis, públicos ou
particulares (fotografia autenticada do documento também)
A finalidade do incidente de falsidade documental é unicamente a de constatar a idoneidade do
documento como elemento probatório; não é seu objeto a apuração de possível delito de
falsidade. Caberá ao juiz declarar, na sentença que julgar o incidente de falsidade, se o
documento é falso ou verdadeiro.
A falsidade pode ser levantada de ofício pelo juiz ou a requerimento das partes. Quando feita
por procurador, depende de poderes especiais.
Caberá ao juiz declarar, na sentença que julgar o incidente de falsidade, se o documento é falso
ou verdadeiro. Caso declare a falsidade do documento, esta decisão somente fará coisa julgada
no próprio processo, não vinculando o juiz no processo-crime pelo crime falso.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10667785/artigo-145-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10660169/artigo-232-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
Art. 145. Arguida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz observará o
seguinte processo:
I – mandará autuar em apartado a impugnação, e em seguida ouvirá a parte contrária, que, no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, oferecerá resposta;
II – assinará o prazo de 3 (três) dias, sucessivamente, a cada uma das partes, para prova de suas
alegações;
III – conclusos os autos, poderá ordenar as diligências que entender necessárias;
IV – se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o documento e
remetê-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Público.
Art. 146. A argüição de falsidade, feita por procurador, exige poderes especiais.
Art. 147. O juiz poderá, de ofício, proceder à verificação da falsidade.
Art. 148. Qualquer que seja a decisão, não fará coisa julgada em prejuízo de ulterior processo
penal ou civil.
8.INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO: art.149 a 154,CPP:
O incidente é instaurado quando há dúvidas acerca da integridade mental do autor de
um crime.
Pode ser instaurado em qualquer fase da persecução penal, seja durante a ação penal,
seja no inquérito policial.
É sempre o juiz quem determina a instauração do incidente, seja de ofício, por
requerimento do Ministério Público, defensor, curador, cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão, ou ainda por representação da autoridade policial.
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz
ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do
ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame
médico-legal.
O procedimento é o seguinte:
A) O juiz determina a instauração do incidente através de uma portaria, oportunidade em que
nomeará um curador ao réu ou indiciado.
B) Na forma do art. 149, § 2°, do Código de Processo Penal, o juiz ordenará a suspensão da
ação principal, ressalvada a possibilidade de realização de atos processuais que possam ser
eventualmente prejudicados.
C) As partes serão obrigatoriamente intimidas para que apresentem quesitos: porém, o seu
oferecimento é facultativo.
D) Os peritos médicos realizam os exames. O prazo para a realização destes é de 45 dias,
prorrogável pelo juiz a pedido dos peritos (CPP, art. 150, §1°).
E) Juntada do laudo com as conclusões dos peritos: se os peritos concluírem que o réu era
inimputável ou semi-imputável em razão de doença mental, ao tempo da ação ou omissão o
processo principal retomará o seu curso normal, só que com a presença do curador.
Se os peritos concluírem que o réu adquiriu a doença mental após a prática do crime, o processo
ficará suspenso, retomando a sua marcha caso o réu ou indiciado se restabeleça antes do prazo
prescricional.
Hipóteses em relação ao incidente: 1º hipótese ) O acusado era ao tempo da infração
inimputável → Prosseguimento do feito com a nomeação de um curador e segue para apreciação
da necessidade de medida de segurança. Neste caso há 2 opções:
I) Acusado era ao tempo da infração inimputável (incapacidade total) incide o
artigo 26 CP isenção de pena. Sendo assim o acusado será absolvido nos termos do
art 386 VI CPP podendo se com imposição de medida de segurança ou sem imposição de
medida de segurança.
II) O acusado era ao tempo da infração penal semiimputável, ou seja possuía uma capacidade
parcial de discernimento , aplica-se o art 26 do CP, que determina uma redução de pena de um a
dois terço caso haja a condenação.
Exemplos:1.Iniciada ação penal por crime punido com pena de reclusão, em decorrência do
surgimento de dúvida quanto à integridade mental do réu, o juiz suspendeu o processo e ordenou a
realização de exame de sanidade mental. Feito o exame, os peritos concluíram, conforme laudo, que
a doença mental e a inimputabilidade do réu sobrevieram à infração. Nessa situação, o processo
continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, salvo no que se refere às diligências que
possam ser prejudicadas pelo adiamento
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637167/artigo-26-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10643765/artigo-386-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10643530/inciso-vi-do-artigo-386-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637167/artigo-26-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
2.Em 2012, Tício, contando com 20 anos de idade, teve conjunção carnal com Malévola,
que contava com 13 anos de idade. Tício foi denunciado e, no curso do processo,
confessou os fatos. O auto de corpo de delito comprovou a conjunção carnal. O exame de
insanidade mental revelou que Tício, por doença mental, era, ao tempo do ato,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato.” A sanção penal, aplicada dois
anos após os fatos, foi medida de segurança consistente em internação em hospital de
custódia e tratamento psiquiátrico.
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se,
todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a
tratamento ambulatorial.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10628559/artigo-97-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
Em síntese:
Das Questões e Processos Incidentes :
Art. 92 a 154 CPP: são questões que ocorrem durante a ação penal, ou seja
no processo e que devem ser resolvidas antes da sentença.
Espécies: a)Questões prejudiciais:
Art.93, CPP Obrigatórias e rt.94,CPP facultativas.
Podem ser homogêneas(penal x penal) ou heterogêneas (penal x outro ramo
do direito).
b)Processos incidentes:
b1.:Exceções: suspeição; incompetência do juízo; litispendência;
ilegitimidade de parte, coisa julgada. Art.95,CPP
b2.impedimento;
b3.Conflito de jurisdição: 113 a 117,CPP;
b4.Restituição de coisas apreendidas:118 a 124,CPP;
b5.Medidas assecuratórias:125 a 144,CPP: Sequestro: bens ilícitos Hipoteca
legal: lícitos e ilícitos Arresto: lícitos
b6.Incidente de falsidade:145 a 148,CPP;
b7. Incidente de insanidade mental do acusado: 149 a 154,CPP.
É uma petição autônoma e que correrá em autos apartados.
Todos devem ser analisados e decididos antes do julgamento da ação penal,
exceto a incompetência absoluta do juiz que pode ser alegada a qualquer
tempo ou grau de jurisdição.
REVISÃO: QUESTÕES OBJETIVAS
1.No que se refere a questões e processos incidentes, julgue os próximositens. A restituição de coisas
apreendidas em poder do investigado, no âmbito do inquérito policial, pode ser ordenada pela autoridade
policial, desde que não haja vedação legal à restituição das coisas e inexista importância à prova da
infração ou desde que a restituição não sirva à reparação do dano causado pelo crime e seja induvidoso o
direito do reclamante, após oitiva obrigatória do MP.
C.Certo
E.Errado
2. Considerando que, em audiência de instrução e julgamento à qual compareceu a mãe do acusado como
testemunha de acusação arrolada pelo Ministério Público, a defesa tenha, imediatamente, suscitado
questão de ordem requerendo ao juiz que não tomasse seu depoimento por notório impedimento, julgue o
próximo item conforme as normas previstas no Código de Processo Penal sobre provas. Nessa situação, o
juiz deve indeferir a questão de ordem suscitada pela defesa, mas deve informar à mãe do réu que ela pode
abster-se de depor e que, mesmo que tenha interesse em prestar seu depoimento, não estará
compromissada a dizer a verdade.
C.Certo
E.Errado
3.Acerca da competência, das questões e dos processos incidentes e das provas, julgue os itens a seguir. É
admissível incidente de insanidade mental para apurar doença desencadeada após a prática do ato
criminoso imputado ao acusado.
C.Certo E.Errado
4.Caso o julgamento de ação penal dependa da solução de controvérsia séria e fundada acerca do estado
civil das pessoas, caberá ao próprio juízo penal o julgamento da questão prejudicial.
C.Certo E.Errado
5. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de controvérsia, que o Juiz repute séria e
fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal ficará suspenso por até 1 (um) ano.
Expirado o prazo, sem que o Juiz cível tenha proferido decisão, o Juiz criminal fará prosseguir o processo.
C.Certo E.Errado
6. Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono das coisas apreendidas, o Juiz remeterá as partes
para o juízo cível, ordenando o depósito das coisas em mãos de depositário ou do próprio terceiro que as
detinha, se for pessoa idônea.
C.Certo E.Errado
II- REVISÃO QUESTÕES OBJETIVAS
1.Quanto às questões e aos processos incidentes, assinale a opção incorreta.
A) Não pode o juiz dar início, de ofício, à exceção de competência
B) A parte que injuriar o juiz não terá reconhecida a suspeição deste, se a argüir.
C) Não cabe argüição de incompetência do Órgão do Ministério Público.
D) A argüição de falsidade documental só poderá ser deduzida por procurador, se este tiver poderes
especiais.
2.Assinale a alternativa correta, nos termos do quanto previsto no Código de Processo Penal.
A.A arguição de suspeição manifestamente improcedente deverá ser rejeitada liminarmente pelo juiz ou
relator, independentemente de prévio contraditório.
B.A oposição de suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito será julgada pelo juiz prevento ou
a quem for distribuído o inquérito policial.
C.Quanto às exceções, as arguições de litispendência e de coisa julgada precedem às demais, pois ninguém
pode ser julgado pelo mesmo fato duas vezes.
D.Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de controvérsia, que o juiz repute séria e
fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal poderá ficar suspenso até que no juízo cível
seja a controvérsia dirimida por sentença passada em julgado.
3.Com relação a questões e processos incidentes, assinale a opção correta.
A.Não poderá ser arguida a suspeição dos intérpretes.
B.Não poderá ser arguida a suspeição dos funcionários da justiça.
C.Não poderá ser arguida a suspeição do órgão do Ministério Público.
D.Não poderá ser arguida a suspeição das autoridades policiais nos atos do inquérito.
E.Não poderá ser arguida a suspeição dos peritos.
4. Assinale a opção correta acerca de questões e processos incidentes.
A. As exceções de litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada devem ser processadas em autos
apartados, ficando suspenso o andamento da ação penal.
B.O pedido de restituição de coisas apreendidas não pode ser manejado pelo terceiro de boa-fé, a quem
compete impetrar mandado de segurança para tal fim.
C.A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado pode ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do
processo, desde que haja certeza da infração e da autoria.
D.A decisão judicial que resolve questão incidental de restituição de coisa apreendida tem natureza
definitiva, o que desafia recurso de apelação.
E.A exceção de suspeição do juiz, quando subscrita pela parte, não dispensa procuração com poderes
especiais
5.A respeito da restituição de coisas apreendidas, assinale a opção correta.
A.Os instrumentos do crime, se a perda for decretada em favor da União, bem como as demais
coisas confiscadas, deverão ser inutilizados, sendo vedado que tais instrumentos ou coisas
recebam qualquer outra destinação.
B.A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou pelo juiz,
mediante termo nos autos, desde que não haja dúvida quanto ao direito do reclamante.
C.Após ter sido formulado o pedido de restituição de bens apreendidos, o juiz poderá dispensar a
oitiva do MP e decidir o pleito de imediato.
D.Caso seja facilmente deteriorável, a coisa apreendida deverá ser avaliada e, em seguida, deverá
ser vendida, sem que seja necessário realizar leilão público.
E.As coisas apreendidas, ainda que deixem de ser diretamente importantes ao processo, não
poderão ser restituídas antes do trânsito em julgado da sentença final.
6.Exceção de suspeição de magistrado deve ser julgada procedente quando o juiz
A.permitiu, antes do recebimento da denúncia, dilação de prazo para conclusão do
inquérito policial.
B.prolatou sentença em feito desmembrado.
C.já proferiu, em outros processos, decisões desfavoráveis ao excipiente.
D.não acolheu pretensão do excipiente em relação à suposta parcialidade da Procuradora
da República.
E.for acionista de sociedade interessada no processo.
7. Considerando as disposições do CPP relativas às exceções e às questões prejudiciais, assinale a opção
correta.
A.As exceções de suspeição do juiz e do membro do MP devem ser julgadas pelo tribunal recursal
competente.
B.As exceções serão processadas e julgadas em autos apartados e, em regra, suspendem o andamento da
ação penal.
C.Autoridades policiais exercem atividade meramente administrativa, razão pela qual não podem declarar-
se suspeitas.
D.Quanto ao efeito, a questão prejudicial pode ser obrigatória, quando necessariamente se acarreta a
suspensão do processo, ou facultativa, quando o juiz criminal tiver a faculdade de suspender ou não a ação.
As duas situações são previstas pelo CPP.
E.Existindo questão prejudicial ao deslinde da ação penal, deve o juiz suspender o processo pelo prazo
improrrogável de seis meses. Expirado tal prazo sem que o juiz cível tenha proferido decisão, o juiz
criminal deve fazer prosseguir o processo, decidindo todas as teses de acusação e defesa.
8.Melinda Cunha foi denunciada pela prática do crime de bigamia. Ocorre que existe ação em
curso no juízo cível onde se discute a validade do primeiro casamento celebrado pela
denunciada. Entendendo o magistrado penal que a existência da infração penal depende da
solução da controvérsia no juízo cível e que esta é séria e fundada, estaremos diante de
a)prejudicial obrigatória, o que levará à suspensão do processo criminal e do prazo
prescricional.
b)prejudicial facultativa, podendo o magistrado suspender o processo por, no máximo, 06 meses.
c)prejudicial obrigatória, o que levará à suspensão do processo criminal, mas não do curso do
prazo prescricional.
d)prejudicial facultativa, podendo o magistrado suspender o processo por, no máximo, 01 ano.
9.Wilson está sendo regularmente processado pela prática do
crime de furto. Durante a instrução criminal, entretanto, as
testemunhas foram uníssonas ao afirmar que, para a subtração, Wilson utilizou-
se de grave ameaça, exercida por meio de uma faca.
A partir do caso narrado,assinale a opção correta.
a)A hipótese é de emendatio libelli e o juiz deve absolver o réu relativamente ao crime que lhe foi
imputado.
b)Não haverá necessidade de aditamento da inicial acusatória, haja vista o fato de que as alegações
finais orais acontecem após a oitiva das testemunhas e, com isso, respeitam-
se os princípios do contraditório e da ampla defesa.
c)A hipótese é de mutatio libelli e, nos termos da lei, o Ministério Público deverá fazer o respectivo
aditamento.
d)Caso o magistrado entenda que deve ocorrer o aditamento da inicial acusatória, se o promotor de
justiça e, recusar-se a fazê-lo, o juiz estará obrigado a absolver o réu da imputação que lhe foi
originalmente atribuída.
10.No curso de uma investigação policial que apurava a ocorrência dos delitos de
sonegação fiscal e evasão de divisas, o Procurador da República "X" requereu ao Juízo
Federal Criminal medida assecuratória, já que obteve documentos que informavam os
bens que teriam sido adquiridos pelo investigado com proventos da infração penal. O
Juiz Federal decretou a medida assecuratória, que foi cumprida a contento.
A partir do caso apresentado, assinale a alternativa que indica a medida assecuratória
adotada.
a)Busca e Apreensão
B)Arresto.
c)Sequestro.
d)Hipoteca Legal.
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