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DIAGNOSTICO.SAE.3

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Sistematização do cuidar I
Diagnóstico de enfermagem
Professores: Ruth Cristini Torres de Meneses e Lino Eduardo Farah
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 O enfermeiro após ter analisado os dados colhidos no histórico e exame físico, identificará os problemas de Enfermagem, as necessidades básicas afetadas, grau de dependência e fará um julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da família e comunidade aos problemas/processos de vida vigentes ou potenciais. 
(PELLISON, et al. 2007)
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
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	Definição apresentada na 9ª Conferência da NANDA:
 “É um julgamento clínico das respostas do indivíduo, da família ou da comunidade aos processos vitais ou aos problemas de saúde reais ou potenciais, os quais fornecem a base para a seleção das intervenções de enfermagem, para atingir resultados pelos quais o enfermeiro é responsável”.
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Análise e interpretação dos dados
Durante essa etapa, os dados coletados na investigação são analisados e interpretados criteriosamente.
Para realizar diagnósticos de enfermagem, o enfermeiro deverá ter capacidade de análise, de julgamento, de síntese e de percepção, ao interpretar dados clínicos.
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Os diagnósticos de enfermagem baseiam-se tanto nos problemas reais (no presente) quanto nos problemas potenciais (voltados para o futuro), que podem ser sintomas de disfunções fisiológicas, comportamentais, psicossociais ou espirituais (Carpenito, 1997).
Os diagnósticos devem ser identificados e listados em ordem de prioridades, com base no grau de ameaças ao nível de bem-estar do cliente, proporcionando, assim, um foco central para as etapas subseqüentes.
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TAXONOMIA: termo que se refere à ciência de classificação; é um sistema de organização baseado em uma lógica e no relacionamento entre os itens a serem classificados;
NANDA: desenvolveu uma taxonomia usando padrões de respostas humanas; consiste na ordenação dos DE em pequenos grupos sub títulos definidos;
OUTRAS: os DE podem ser organizados alfabeticamente ou de acordo com outros sistemas (como os padrões funcionais de Gordon).
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DE
A primeira listagem de diagnósticos foi desenvolvida por enfermeiros assistenciais, educadores, pesquisadores e teóricos, e os diagnósticos foram organizados por ordem alfabética e posteriormente evoluíram para um sistema conceitual que direcionou a classificação dos diagnósticos em uma taxonomia (Ciência da classificação).
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1982 – uma listagem alfabética de 50 DE tinha sido desenvolvida e aceita para testes clínicos e as conferências, antes restrita a um pequeno grupo, foram abertas à comunidade de enfermagem.
1982 – o grupo adotou um regimento interno e foi criada a NANDA.
Foi criada a TAXONOMIA I, seus princípios foram baseados nos 9 padrões de resposta humana: trocar, comunicar, relacionar, valorizar, escolher, mover, perceber, conhecer, sentir.
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2000 – Acontece a 14ª conferência, onde há modificações na maneira de organizar e apresentar o DE, e foi proposta a taxonomia II, tornando-se mais adequada para utilização em banco de dados.
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Estrutura atual da taxonomia
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Domínios do DE (NANDA)
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Domínios e Classes
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Domínios e Classes
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Domínios e Classes
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A taxonomia NANDA (North American
Nursing Diagnosis Association)
A taxonomia da NANDA é, atualmente, o sistema de classificação mais usado no mundo; traduzida para 17 idiomas (33 países), está incorporada a alguns sistemas de informática desses países.
As conferências da NANDA são realizadas a cada dois anos, onde são discutidos e aprovados novos diagnósticos e novos componentes para a taxonomia.
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COMPONENTES ESTRUTURAIS DO DE
Título
Definição
 Características definidoras
Fatores relacionados
 Fatores de risco (somente em diagnósticos potenciais, de risco)
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Afirmação: nome propriamente dito 
Sintomatologia: características definidoras
Etiologia: fatores relacionados
Exemplo:
Mobilidade física prejudicada, caracterizada por inabilidade de mover-se significativamente no leito, relacionada a depressão severa.
Componentes do diagnóstico de Enfermagem
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TÍTULO
Estabelece um nome para o diagnóstico. É um termo ou frase concisa que representa um padrão de sugestões. Diz o que é.
 Exemplos (os títulos diagnósticos estão em vermelho)
 1) Integridade tissular prejudicada, evidenciada por ferida com área de solapamento (8 cm), na região trocantérica direita, relacionada a imobilização física e circulação alterada.
 2) Capacidade adaptativa intracraniana diminuída, evidenciada por PIC (pressão intracraniana) de 25 mmHg, PPC (pressão de perfusão cerebral) de 55 mmHg, relacionada a lesões cerebrais.
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CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS
São os sinais e os sintomas, ou melhor, são as manifestações clínicas, as evidências que levaram o profissional a concluir que o problema existe. Podem ser descritas como "evidenciadas por" ou "caracterizadas por".
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 Exemplos (as características definidoras estão em destaque).
1) Integridade tissular prejudicada, evidenciada por ferida com área de solapamento (8 cm) na região trocantérica direita, relacionada a imobilização física e circulação alterada.
 2) Capacidade adaptativa intracraniana diminuída, evidenciada por PIC (pressão intra craniana) de 25 mmHg, PPC (pressão de perfusão cerebral) de 55 mmHg, relacionada a lesões cerebrais.
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Fatores Relacionados
São fatores do ambiente, do paciente ou da interação de ambos que favorecem a ocorrência do diagnóstico;
Nem sempre é possível identificá-los;
Há diagnósticos que ainda não têm indicação de fatores relacionados;
Auxiliam na seleção de intervenções
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Fatores relacionados – em vermelho
1) Integridade tissular prejudicada, evidenciada por ferida com área de solapamento (8 cm), na região trocantérica direita, relacionada a imobilização física e circulação alterada
2) Capacidade adaptativa intracraniana diminuída, evidenciada por PIC (pressão intracraniana) de 25 mmHg, PPC (pressão de perfusão cerebral) de 55 mmHg, relacionada a lesões cerebrais.
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Fatores de risco
Fatores ambientais e elementos fisiológicos, psicológicos, genéticos ou químicos que aumentam a vulnerabilidade de um indivíduo, de uma família ou de uma comunidade a um evento insalubre.
 Exemplos (os fatores de risco estão em destaque)
 1) Risco de infecção relacionado a procedimentos invasivos (sonda vesical de demora, tubo endotraqueal, acesso venoso central em subclávia direita).
 2) Risco de integridade da pele prejudicada relacionado a imobilização física, idade avançada e proeminências ósseas.
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Exemplos do NANDA
Título diagnóstico: padrão respiratório ineficaz 
Definição: inspiração e/ou expiração que não proporciona ventilação adequada
Título diagnóstico: amamentação interrompida
Definição: quebra na continuidade do processo de amamentação de incapacidade ou de não ser aconselhável colocar a criança no peito para mamar
Título diagnóstico: risco de aspiração
Definição: estar em risco de entrada de secreções gastrintestinais, secreções orofaríngeas, sólidos ou fluidos nas vias traqueobrônquicas.
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A Definição do Diagnóstico
Ajuda
A verificar se estamos aplicando o nome do diagnóstico de “acordo com o problema de enfermagem encontrado”
 Então:
É sempre válido conferir....
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Diagnóstico
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Diagnósticos de risco
Risco de quedas
Risco de infecção
Risco de constipação
Risco de sentimento de impotência
Têm FATORES DE RISCO e não características definidoras.
A maioria não têm fatores relacionados
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Risco de Quedas
Definição: suscetibilidade aumentada para quedas que podem causar dano físico
	
Fatores de risco
História de quedas
Idade superior a 65 anos
Mulher (se idosa)
Uso de aparelhos de auxílio para locomoção
Força diminuída nas extremidades inferiores
Dificuldade na marcha
Ambiente com móveis
e objetos em excesso
Dificuldades visuais
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Diferenças de Diagnósticos
Médico
Descreve o processo de doença;
Orientado para a patologia;
Mantém-se constante;
Guia as ações médicas;
Complementa o DE;
Sistema de Classificação bem definido.
Enfermagem
Descreve uma resposta individual;
Orientado para o indivíduo;
Muda com as respostas;
Guia o cuidado independente;
Complementa o diag. médico;
Não é universalmente aceito.
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Dicas importantes
O título diagnóstico será fornecido pela NANDA, e sempre deve ser escrito na íntegra, conforme encontrado nessa taxonomia.
Em cada diagnóstico de enfermagem só pode haver um título diagnóstico.
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EXEMPLO
Risco de integridade da pele prejudicada relacionado ao débito cardíaco diminuído.
ERRADO - Estão sendo utilizados dois títulos diagnósticos.
Caso não identifique o fator relacionado listados na NANDA, o enfermeiro deverá fazer uso do pensamento crítico, e escrevê-los na evolução em termos daquilo que foi detectado.
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Plano de ações que enfatiza a comunicação entre o cuidador e paciente; 
Direciona os cuidados e a documentação;
Cria um registro que pode ser usado posteriormente para avaliações e pesquisa;
Fornece informações das necessidades de atendimento de saúde;
Planejamento da Assistência
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Etapas do planejamento
O estabelecimento de prioridades para os problemas diagnósticos;
A fixação de resultados com o cliente, se possível, a fim de corrigir, minimizar ou evitar os problemas;
O registro escrito de diagnósticos de enfermagem (NANDA), dos resultados esperados (NOC) e das prescrições de enfermagem (NIC) de modo organizado.
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Estabelecendo prioridades
O planejamento se inicia pela priorização dos diagnósticos de enfermagem que foram estabelecidos.
 O enfermeiro e sua equipe analisam e determinam quais problemas ou necessidades são urgentes e precisam de atendimento imediato e aqueles cujo atendimento poderá ser a médio ou a longo prazo.
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O que são problemas urgentes?
São aqueles que interferem na estabilidade do cliente, levando-o a correr risco de morte.
Quando possível o cliente deverá ser envolvido na discussão das prioridades de seus problemas.
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Resultados esperados - NOC
Ao avaliar o alcance dos resultados o enfermeiro poderá definir posteriormente se o diagnóstico de enfermagem (NANDA) foi minimizado ou solucionado — ou seja, se as prescrições de enfermagem (NIC) foram eficazes.
Os resultados esperados (NOC) são de extrema importância na fase de avaliação do processo de enfermagem, tornando-se indicadores do sucesso do plano estabelecido.
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Próximo passo... Implementação da Assistência de Enfermagem
 A prescrição de enfermagem é o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro, que direciona e coordena a Assistência de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e contínua, objetivando a prevenção, promoção, proteção, recuperação e manutenção da saúde.
(TANNURE; GONÇALVES, 2008)
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TANNURE, M. C. ; PINHEIRO, A.M. . Sistematização da Assistência de Enfermagem Guia Prático segunda edição. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. v. 1. 298 p.
Horta WA. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU; 1979.
BULECHEK, G. M; BUTCHER, H. K; DOCHTERMAN, J.M. NIC – Classificação das intervenções de enfermagem. 5 ed.Rio de Janeiro:Elsevier, 2010.
CUBAS, M.R;SILVA, S.H; ROSSO, M. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem: uma revisão de literatura. Rev. Eletr. Enf., v. 12, n. 1, 2010, p.186-94.
GUIMARÃES, HCQCP; BARROS ALBL de. Classificação das intervenções enfermagem. Rev Esc Enf USP. São Paulo, v. 35, n. 2, jun, 2001, p. 130-4.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION (NANDA). Diagnóstico de Enfermagem da Nanda - 2012-2014.
North American Nursing Diagnosis Association. Nursing Diagnoses: definitions & classification, 2009-2011. Oxford: Wiley-Blackwell; 2008.
MOORHEAD, S. et al. NOC – Classificação dos resultados de enfermagem. 4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
SAMPAIO, R.S. et al. A classificação das intervenções de enfermagem na prática clínica de enfermeiros brasileiros. Rev Acta Paul Enf, v. 24, n. 1, 2011, p. 120-6.
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