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cpeças pratica simulada I semana 09

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AO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DO MUNICIPIO.../UF...
PROCESSO Nº: ...
BANCO CONFIANÇA, pessoa jurídica de direito privado inscrito no CNPJ sob o nº..., com endereço na Rua..., Nº..., bairro ..., cidade..., UF..., CEP..., endereço eletrônico..., por seu advogado in fine assinado, com endereço para fins de intimações na Av...., Nº..., bairro..., cidade..., UF..., CEP..., endereço eletrônico..., vem perante este douto juízo com base nos artigos 847 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), c/c os artigos 336 e 343 do Código de Processo Civil (CPC) apresentar 
CONTESTAÇÃO c/c RECONVENÇÃO
à ação trabalhista em epigrafe, ajuizada por PAULO..., já devidamente qualificado na petição inicial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I - DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO
 O RECLAMANTE ajuizou a ação em 25.01.2017, por meio de seu advogado, conforme consta na inicial. No entanto, não juntou aos autos a procuração do seu representante.
 Já que o autor optou por ser representado na Reclamação Trabalhista, deve-se ressaltar a obrigação de juntar o instrumento de mandato nos autos, em observância ao que dispõe o art. 104 do CPC, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou praticar ato reputado urgente. No caso em tela, pode-se suscitar a prescrição parcial. Mas, mesmo assim, a procuração deve ser exibida no prazo legal. Não sendo cumpridas as determinações, é cabível a extinção do feito sem resolução de mérito, por defeito de representação e, portanto, ausência de pressupostos de constituição válida e regular do processo, nos termos do art. 76, § 1º, I, combinado com os arts. 337, IX, e 485, IV, do CPC.
 Sendo assim, requer o RECLAMADO a extinção do processo sem resolução de mérito.
II - DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
 Tendo em vista que a presente Reclamatória foi ajuizada em 25.01.2017, cabe arguir a prescrição quinquenal da pretensão do RECLAMANTE, observado o biênio subsequente à extinção do contrato de trabalho, com base no art. 7º, XXIX, da Constituição Federal (CF) e art. 11, I, da CLT, aclarados pela Súmula 308, I, do Superior Tribunal do Trabalho (TST).
 Portanto, devem ser consideradas prescritas as parcelas relativas ao período laborado anterior a 25.01.2012.
III - DA INAPLICABILIDADE DAS HORAS EXTRAS
 O RECLAMANTE exercia o cargo de gerente-geral do Banco Confiança. Percebia, além do salário efetivo, 100% (cem por cento) como gratificação de função. Postula, na inicial, o pagamento de horas extras prestadas desde o ano de 2010.
 Ocorre que são indevidas horas extras quando o empregado exerce cargo de gestão e recebe 40% (quarenta por cento) ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação prevista no art. 62, II, e parágrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 287 do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
 Com clareza e concisão, o mestre Amador Paes de Almeida ensina:
“... como deixa claro o parágrafo único do dispositivo legal sob análise, para que os gerentes ou diretores estejam excluídos do recebimento de horas suplementares, é fundamental que os seus salários (inclusive gratificação de função, se houver) sejam superiores, em 40%, ao salário base, anteriormente a promoção...”(Amador Paes de Almeida em sua obra “ CLT Comentada, 2ª edição, Editora Saraiva, págs. 77 e 78)
 Nesse sentido tem-se consolidado na jurisprudência:
TRT-4 - Recurso Ordinário RO 00003815920115040204 RS0000381-59.2011.5.04.0204 (TRT-4) 
Data de publicação: 20/02/2014
Ementa: HORAS EXTRAS. CARGO DE GERENTE. Não há direito a horas extrasquando comprovado o cargo de gestão, com remuneração diferenciada e efetivo poder de gestão. Aplicação do art. 62, II, da CLT. Recurso ordinário da reclamante improvido.ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL. A presença de empregado em áreas de abastecimento, de modo eventual, sem operação da bomba de abastecimento, não é suficiente a caracterizar exposição permanente com risco acentuado. Diante disso, não há direito ao pagamento do adicional de periculosidade, nos termos da Súmula nº 364, I, do TST.Recurso ordinário da reclamante ao qual se nega provimento, no item. 
 Portanto, ao RECLAMANTE não é devido o pagamento de horas extras, por exercer um cargo de gestão na qualidade de gerente-geral e perceber 100% (cem por cento) de gratificação de função, tampouco são devidos os reflexos de tais horas extras.
IV - DA RECONVENÇÃO
 Conforme disposição expressa do art. 343 do CPC, pode o Réu na contestação propor Reconvenção, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir.
 O RECONVINTE/RECLAMADO custeou para o RECONVINDO/RECLAMANTE a realização do curso de MBA em Finanças a título de capacitação, ao investir um total de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), estipulando em contrato cláusula de permanência de 2 (dois) anos na instituição, após o término da especialização profissional, sob pena de ressarcimento da quantia, caso ele viesse a se desligar antes deste prazo. Apesar disso, o RECONVINDO/RECLAMANTE pediu demissão 6 (seis) meses depois de concluído o curso.
 Ora Excelência, o RECONVINDO/RECLAMANTE, mesmo tendo acordado com o Banco sua permanência mínima de 2 (dois) anos após o término do curso, pediu demissão, acarretando prejuízos ao RECONVINTE/RECLAMADO, que contava com a colaboração qualificada do empregado durante pelo menos este período. Esta situação enquadra-se no que dispõe o art. 462, § 1º, da CLT, ao autorizar o desconto do prejuízo causado, já que tal possibilidade foi acordada entre as partes e também deve-se ressaltar a aplicabilidade dos artigos 186 e927 ambos do Código civil.
 Diante dessa exposição, requer o recebimento desta Reconvenção, para fins de condenar o Reclamante ao ressarcimento da quantia de RS 30.000,00 (trinta mil reais).
 Dá-se a reconvenção o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais)
V – DAS PROVAS
 Protesta por todos os meios de prova admitidos em direito e sua produção em momento oportuno
VI – DOS REQUERIMENTOS
 Por todo o exposto, reque:
 A – O acolhimento da preliminar sobre o defeito de representação com a extinção do feito sem resolução do mérito;
 B – O acolhimento da prejudicial de prescrição quinquenal com a aplicabilidade da sumula 308 do TST, considerando prescritas as parcelas anteriores a 25/01/2012;
 C – Sejam julgados improcedentes os pedidos de horas extras formulados pelo RECLAMANTE;
 D – Seja acolhido o pedido formulado na reconvenção;
 E – que o RECLAMANTE/RECONVINDO seja condenada a pagar honorários advocatícios no percentual de 15% na forma do artigo 791-A da CLT.
VII - DOS REQUERIMENTOS FINAIS
 Requer a IMPROCEDENCIA dos pedidos formulados pelo RECLAMANTE.
 Requer A PROCEDENCIA dos pedidos formulados na RECONVENÇÃO e a condenação do RECLAMANTE/ RECONVINDO a arcar com os ônus da sucumbência e a pagar os honorários advocatícios.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Local, data 
 Advogado e nº OAB

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