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100 DICAS DE PROCESSO CIVIL ANA PAULA BLAZUTE @PROFANABLAZUTE Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 1 DICAS FATAIS PROCESSO CIVIL PROFª ANA PAULA BLAZUTE PROF. RAFAEL ALBUQUERQUE DICA 01 Lembre que o CPC/15 prestigia o uso dos métodos alternativos de resolução de conflito. A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do MP, inclusive no curso do processo judicial. Ou seja, devem ser estimulados antes de surgir um processo, mas também (inclusive) no curso do processo (CPC, 3º, § 3º). DICA 02 Como exemplo desse estímulo, o CPC prevê que quando o oficial de justiça for realizar uma citação ou intimação, deverá certificar eventual proposta de autocomposição apresentada por qualquer das partes (CPC, 154, VI), cabendo ao juiz intimar a parte contrária para se manifestar em 5 dias, entendendo-se seu silêncio como recusa (CPC, 154, p. ú.). O CPC também diz que nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual, devendo o juiz disposto do auxílio de profissionais de outras áreas. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto as partes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento domiciliar (CPC, 694) DICA 03 A regra é que o juiz não proferirá decisão contra uma das partes sem ela ser previamente ouvida (CPC, 9º). Mas isso não se aplica no caso de concessão de tutela de urgência (que pode ser concedida liminarmente) (CPC, 9º, p. ú., I c/c 300, § 2º), bem como nos casos de concessão de tutela de evidência quando: i) as alegações de fato forem comprovadas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou súmula vinculante; ou ii) for caso de pedido reipersecutório (restituição de um bem), com base em prova documental (escrita) de contrato de depósito (CPC, 9º, p. ú., II c/c art. 311, p. ú.) DICA 04 Proposta uma ação possessória dentro de ano e dia da turbação ou esbulho, estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz expedirá mandado liminar de manutenção ou reintegração de posse (CPC, 558 c/c 562) DICA 05 O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício (CPC, 10). Vedação à decisão surpresa. DICA 06 Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade (CPC, 18). O interesse do autor pode se limitar à declaração de (in)existência ou modo de ser de uma relação jurídica; ou sobre autenticidade/falsidade de documento (CPC, 19). O autor pode propor ação meramente declaratória, mesmo que tenha ocorrido violação de direito (CPC, 20) DICA 07 Foro competente para ação de inventário = domicílio do autor da herança (falecido) CPC, 48. Se não possuía domicílio certo, será o foro de situação dos bens imóveis. Se houver imóveis em foros diferentes, poderá ser no lugar de qualquer um deles. Não havendo imóveis, pode ser no local de qualquer bem do espólio (CPC, 48, p. ú.) Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 2 DICA 08 Foro competente para ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento/dissolução de união estável (CPC, 53, I) = i) foro de domicílio do guardião de filho incapaz; ii) se não tiver filho incapaz, será o foro do último domicílio do casal; iii) se ninguém mais morar no local de último domicílio, será o foro de domicílio do réu iv) foro de domicílio da vítima de violência doméstica DICA 09 Foro competente para ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos = domicílio do autor ou do local do fato (CPC, 53, V) DICA 10 Ações possessórias imobiliárias serão propostas no foro de situação do bem imóvel, e neste caso, trata-se competência absoluta (CPC, 47, § 2º) DICA 11 As partes podem eleger o foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações (cláusula de eleição de foro). Mas esta eleição só produz efeito se constar de instrumento escrito. Esse foro contratual obriga as partes e seus sucessores. CPC, 63. O juiz pode, de ofício, reputar ineficaz a cláusula de eleição de foro se ela for abusiva, antes mesmo de citar o réu. Se isso não acontecer e o réu for citado, compete a ele alegar a abusividade na contestação, sob pena de preclusão. CPC, 63, § 3º e 4º. DICA 12 Salvo a hipótese acima, o juiz não pode conhecer de ofício a incompetência relativa. A incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo juiz. CPC, 64. Compete ao réu alegar a incompetência relativa em preliminar de contestação. Se não fizer, ocorrerá prorrogação da competência (CPC, 65). A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição (CPC, 64, § 1º), e inclusive ser fundamento para a propositura de ação rescisória (CPC, 966, II). A relativa, não. DICA 13 O juiz nomeará curador especial ao: i) incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; ii) réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. (CPC, 72) DICA 14 O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens (CPC, 73). A falta desse consentimento pode ser suprida judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo (CPC, 74). A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo (CPC, 74, p. ú.). Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: i) que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; ii) resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; iii) fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; iv) que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. CPC, 73, § 1º Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 3 DICA 15 Verifica-se incapacidade processual ou irregularidade representação da parte Juiz suspende processo + Designa prazo razoável para que vício seja sanado Determinação não cumprida Na instância originária Pelo autor Processo é extinto Pelo réu Considerado revel Na fase recursal Pelo recorrente Recurso não é conhecido Pelo recorrido Desentranhamento das contrarrazões DICA 16 De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, entre 1% e 10% do valor da causa. Se este for irrisório ou inestimável, multa pode ser fixada em até 10 (dez) salários- mínimos. CPC, 81, caput e § 2º. Quando forem dois ou mais litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção do seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária (CPC, 81, § 1º) DICA 17 A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a legitimidade das partes. O adquirente ou cessionário não poderá ingressarem juízo, sucedendo o alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária. Todavia, o adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial do alienante ou cedente. Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou cessionário (CPC, 109) DICA 18 O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar (CPC, 113, §§ 1º e 2º) DICA 19 O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo da tramitação do processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento (CPC, 83). Esta caução não será exigida: i) quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte; ii) na execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença; iii) na reconvenção (CPC, 83, § 1º) DICA 20 A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor, os quais serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC, 85, caput e § 2º). Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa (CPC, 85, § 1º). DICA 21 São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente (CPC, 85, § 1º). O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 4 adicional realizado em grau recursal, respeitando o limite de 20% (CPC, 85, § 11). Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria (CPC, 85, § 17) DICA 22 Caso a decisão seja omissa quanto aos honorários, cabe embargos de declaração. Se, todavia, ela transitar em julgado sendo omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança (CPC, 85, § 18) DICA 23 Sentença fundada em Tipo Quem paga despesas e honorários? Fique atento Desistência da ação Sem mérito Quem desistiu (autor/reconvinte) Renúncia à pretensão que fundamenta a ação Com mérito Quem renunciou (autor/reconvinte) Reconhecimento da procedência do pedido Com mérito Quem reconheceu (réu/reconvindo) Se a parte reconhecer e, simultaneamente, cumprir integralmente a prestação, honorários são reduzidos pela metade. Transação Com mérito Conforme acordado. Se não tiverem disposto, serão divididas igualmente Se a transação ocorrer antes da sentença, partes ficam dispensadas do pagamento das custas remanescentes, se houver DICA 24 A concessão de gratuidade da justiça não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência, assim como o dever de pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas (CPC, 98, §§ 2º e 4º). Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário (CPC, 98, § 3º) DICA 25 A gratuidade da justiça pode ser concedida em relação a todos os atos ou a apenas alguns, ou então consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento (desconto) CPC, 98, § 5º. Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais (CPC, 98, § 6º). DICA 26 Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. Se o pedido for feito por pessoa jurídica, este deve provar a insuficiência, para fins de obtenção de gratuidade (CPC, 99 § 3º). O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte ou a sucessor do beneficiário, salvo requerimento e deferimento expressos (CPC, 99 § 6º). A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça (CPC, 99 § 4º) Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 5 DICA 27 Pedido de gratuidade da justiça Deferido Réu deve impugnar em preliminar de contestação (CPC, 100 e 337, XIII) Indeferido Cabe agravo de instrumento (CPC, 101 e 1015, V) Revogado Cabe agravo de instrumento (CPC, 101 e 1015, V) Mantido Réu pode questionar em preliminar de apelação (CPC, 1009, § 1º) DICA 28 Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do recolhimento (CPC, 99 § 7º) DICA 29 Denunciação da lide (CPC, 125) Chamamento ao processo (CPC, 130) Cabimento ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam do afiançado, na ação em que o fiador for réu dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum Quem pode fazer Autor, na petição inicial Réu, na contestação Apenas o réu, na contestação Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma (CPC, 125, §2º) DICA 30 O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. O juiz não pode instaurar de ofício. Esse incidente pode ser instaurado em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial, e suspenderá o processo. O incidente será resolvido por decisão interlocutória da qual cabe agravo de instrumento (CPC, 133-137) Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 6 DICA 31 Amicus curiae Quem pode ser? Quando é cabível? Prazo para manifestação? Pode recorrer? pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada Processo envolver matéria relevante, o tema do objeto da demanda for específicoou a controvérsia tiver repercussão social 15 dias, de sua intimação Em regra, não. Mas pode opor embargos de declaração ou recorrer da decisão que julga IRDR DICA 32 Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo (negócio jurídico processual). De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções, recusando- lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. (CPC, 190). De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário (CPC, 191) DICA 33 Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis (apenas se for prazo processual) (CPC, 219). Não se contam os feriados, que de acordo com a lei, além dos declarados em lei, são: os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense (CPC, 216) Litisconsortes diferentes procuradores de escritórios distintos (CPC, 229) Prazo em dobro todas as manifestações qualquer juízo ou tribunal independe de requerimento Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 réus, é oferecida defesa por apenas um deles Não se aplica aos processos em autos eletrônicos (apenas aos processos físicos) DICA 34 Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente (CPC, 248, § 4º) DICA 35 É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento. O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença (CPC, 269, §§ 1º e 2º). Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 7 DICA 36 A toda a causa será atribuído valor certo, o qual constará da petição inicial ou da reconvenção, e será (CPC, 292): ação de cobrança de dívida soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico o valor do ato ou o de sua parte controvertida ação de alimentos soma de 12 prestações mensais pedidas pelo autor ação de divisão, de demarcação e de reivindicação valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral valor pretendido ação em que há cumulação de pedidos soma dos valores de todos eles ação em que os pedidos são alternativos o de maior valor ação em que houver pedido subsidiário valor do pedido principal ação em que pede prestações vencidas e vincendas Somatória das prestações vencidas, mais o valor das prestações vincendas, que será: - uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou tempo superior a 1 ano - soma das prestações, se obrigação for por tempo inferior a 1 ano O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa (CPC, 292, § 3º). O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão (CPC, 293 c/c 337, III) DICA 37 A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem: probabilidade do direito + perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. O juiz pode, conforme o caso, exigir caução (CPC, 300, caput e § 1º). Se a parte que se beneficiar da tutela de urgência perder no final do processo, fica obrigada a reparar os prejuízos sofridos pela parte contrária. Essa indenização será liquidada nos próprios autos, sempre que possível (CPC, 302) DICA 38 Nos casos de urgência, a petição inicial pode se limitar ao requerimento da tutela antecipada (CPC, 303). Trata-se da tutela antecipada requerida em caráter antecedente. Caso o juiz a defira e a parte contrária não interponha recurso, haverá a estabilização da tutela (CPC, 304). Ocorrendo a estabilização, qualquer das partes pode demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. O juízo que concedeu a tutela será prevento para julgar essa ação, que pode ser proposta em até 2 anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo (CPC, 304, §§) DICA 39 A tutela cautelar também pode ser requerida em caráter antecedente (CPC, 305). Se ela for deferida, a parte terá o prazo de 30 dias para formular o pedido principal. Esse prazo inicia a partir da efetivação da tutela (CPC, 308). Caso não seja feito o pedido principal nesse prazo, cessará a eficácia da medida cautelar (CPC, 309, I). O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 8 pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição (CPC, 310) DICA 40 A tutela de evidência será concedida, Independentemente da demonstração de perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo Quando (CPC, 311): ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte Não pode liminar as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante Pode liminar se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa Pode liminar a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável Não pode liminar DICA 41 Hipótese Prazo convenção das partes Até 06 meses quando a sentença de mérito: a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente; ou b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo Até 01 ano pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única patrona da causa 30 dias quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai 08 dias DICA 42 A petição inicial indicará nome e qualificação completa do autor e do réu. Se o autor não tiver todas as informações do réu, poderá requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. A petição não será indeferida se, a despeito da falta de informações, for possível a citação do réu (CPC, 319, §§). O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamentode mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado (CPC, 321) DICA 43 O pedido deve ser certo. Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios (pedidos implícitos) CPC, 322 O pedido deve ser determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico: i) nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; ii) quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; iii) quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu (CPC, 324) Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 9 DICA 44 Alteração do pedido ou da causa de pedir (CPC, 329) Até a citação Após a citação, mas antes do saneamento Após o saneamento É possível, independentemente de consentimento do réu É possível, desde que haja consentimento do réu Não é mais possível DICA 45 Indeferimento da petição inicial Improcedência liminar do pedido A petição inicial será indeferida quando Nas causas que dispensem a fase instrutória Independentemente de citação do réu Juiz julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar for inepta lhe faltar pedido ou causa de pedir; enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência contiver pedidos incompatíveis entre si. a parte (autora) for manifestamente ilegítima; o autor carecer de interesse processual enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. O autor não emendar no prazo de 15 dias, depois do juiz determinar Se o advogado, ao postular em causa própria, deixar de informar na petição, seu número de OAB e o nome da sociedade da qual participa, e não suprir a falta em 5 dias, depois de ordenado pelo juiz Sentença SEM resolução do mérito Sentença COM resolução do mérito O autor pode interpor recurso de apelação, no prazo de 15 dias Admite-se, pelo juiz, a retratação, no prazo de 05 dias. Se não houver retratação, juiz mandará citar o réu para que responda o recurso, o qual será, em seguida, encaminhado ao tribunal Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 10 DICA 46 Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. Autor será intimado na pessoa do seu advogado (CPC, 334, caput e § 3º) A audiência não será realizada CPC, 334, § 4º quando a causa não admitir a autocomposição se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual. Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos. Autor na petição inicial Réu petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência DICA 47As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos (CPC, 334, § 9º). A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir (CPC, 334, §10). O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado (CPC, 334, § 8º) DICA 48 Réu pode oferecer contestação no prazo de 15 dias Termo inicial será a data Quando Da audiência de conciliação ou mediação, ou da última sessão Qualquer parte não comparecer ou se não tiver autocomposição Do protocolo do pedido de cancelamento da audiência apresentado pelo réu Audiência não ocorrer por desinteresse de ambas as partes Prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação Demais casos DICA 49 Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar as seguintes preliminares na contestação Inexistência ou nulidade da citação Incompetência absoluta e relativa Incorreção do valor da causa Inépcia da petição inicial Perempção, litispendência, coisa julgada ou conexão Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização Convenção de arbitragem Ausência de legitimidade ou de interesse processual Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar Indevida concessão do benefício de gratuidade da justiça Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 11 O juiz pode conhecer as matérias preliminares de ofício, salvo Incompetência relativa Convenção de arbitragem Se réu não alegar, ocorrerá prorrogação de competência Se réu não alegar, haverá renúncia ao juízo arbitral e aceitação da jurisdição estatal DICA 50 Se o réu alegar sua ilegitimidade, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. No prazo de 15 dias, o autor poderá fazer a substituição (pagando as despesas e honorários, conforme explicado acima), ou incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu. (CPC, 338 e 339) DICA 51 Se o réu alegar incompetência relativa ou absoluta, poderá protocolar a contestação no foro de seu domicílio, antes mesmo da audiência de conciliação ou mediação. Essa contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta. Esse protocolo será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico. A realização da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada, será suspensa. Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento. Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de conciliação ou de mediação. (CPC, 340) DICA 52 O réu pode propor reconvenção para manifestar pretensão própria, desde que conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. A reconvenção pode ser proposta independentemente de contestação, mas se o réu for contestar e reconvir, será feita uma peça só. A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro, contra o autor e terceiro. A desistênciada ação ou a sua extinção por qualquer motivo não impede o prosseguimento do processo para análise da reconvenção (CPC, 343) DICA 53 Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor, salvo se... Havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação O litígio versar sobre direitos indisponíveis A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato As alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial. O revel pode intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar (CPC, 346) Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 12 DICA 54 O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas; II - o réu for revel, ocorrer a presunção de veracidade e não houver requerimento de novas provas (CPC, 355) DICA 55 O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, por não haver mais necessidade de produção de outras provas. Essa decisão, como está julgando apenas parcela do mérito, será uma decisão interlocutória, da qual é cabível agravo de instrumento. A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto. Se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva (CPC, 356) DICA 56 Se o processo necessitar ir para fase instrutória, o juiz deverá proferir decisão de saneamento do processo, na qual deve delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos, bem como definir a distribuição do ônus da prova. Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável. Mas as partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito. Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações. (CPC, 357) DICA 57 Se o juiz determinar a produção de prova testemunhal, fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. Caso o juiz tenha designado audiência para que o saneamento seja feito em cooparticipação com as partes, estas devem levar o rol de testemunhas para a audiência. O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a prova de cada fato (CPC, 357) DICA 58 Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. Essa intimação a ser feita pelo advogado deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento. A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à audiência, independentemente da intimação, presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte desistiu de sua inquirição. A intimação da testemunha só será feita pela via judicial quando: i) for frustrada a intimação feita pelo advogado; ii) sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz; iii) figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que servir; iv) a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública; v) a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454 do CPC. Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 13 DICA 59 Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as (CPC, 447) Incapazes (§ 1º) Impedidos (§ 2º) Suspeitos (§ 3º) I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental; II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções; III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos; IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam. I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; II - o que é parte na causa; III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes. I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; II - o que tiver interesse no litígio. Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas. Esses depoimentos serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer (§§ 4º e 5º) DICA 60 Havendo necessidade de produção de prova oral (testemunha, depoimento pessoal...), o juiz designará a realização de audiência de instrução e julgamento. Esta audiência pode ser adiada: i) por convenção das partes; ii) se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva necessariamente participar; ou iii) por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado (CPC, 362). A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, diretamente por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial (CPC, 367, §§ 5º e 6º) DICA 61 O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório (trata-se da chamada prova emprestada) (CPC, 372). O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento (CPC, 371). A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: i) haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; ii) a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; iii) o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação (CPC, 381) DICA 62 Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibidoqualquer tipo de repasse. 14 respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. (remessa necessária) CPC, 496 Não se aplica a remessa necessária quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público 500 (quinhentos) salários- mínimos para os Estados, o DF, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: I - súmula de tribunal superior; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa DICA 63 A apelação é o recurso cabível contra sentença, no prazo de 15 dias (salvo nos juizados especiais, onde a sentença é desafiada por recurso inominado no prazo de 10 dias). É interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau (art. 1.010), o qual intimará o apelado para apresentação de contrarrazões (art. 1.010, § 1º). Após isso, os autos são remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade (art. 1.010, § 3º). Não se esqueça: apelação endereçada para juízo de primeiro grau, e esse não faz a admissibilidade, manda logo pro tribunal (rimou! Rs) DICA 64 Em regra, a apelação não admite retratação pelo juízo que proferiu a sentença. O juiz de primeiro grau só pode se retratar, se se tratar de apelação interposta contra: i) sentença de indeferimento da inicial (art. 331), ii) sentença de improcedência liminar (art. 332, § 3º), ou iii) sentença terminativa (sem resolução do mérito) (art. 485, § 7º). Nesses casos, o juiz pode se retratar em cinco dias. DICA 65 A apelação, em regra, tem efeito suspensivo (art. 1012), salvo quando a lei dispuser em sentido contrário (ex.: sentença que condena a pagar alimentos, sentença que confirma, concede ou revoga tutela provisória, sentença que rejeita embargos à execução, etc) (art. 1.012, § 1º). Quando a apelação, por força de lei, não tiver efeito suspensivo, pode a parte interessada fazer requerimento para atribuição. Este requerimento será dirigido: i) ao tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame, prevento para julgá-la; ii) ao relator, se já distribuída a apelação (art. 1.012, § 3º). Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 15 DICA 66 Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. (CPC, 942). Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do prosseguimento do julgamento. DICA 67 O agravo de instrumento é o recurso cabível contra as interlocutórias arroladas no art. 1.015 do CPC. Leia esse artigo! Ex.: decisão interlocutória que versa sobre tutela provisória, que rejeita pedido de justiça gratuita ou a revoga, que versa sobre incidente de desconsideração da personalidade jurídica, que rejeita alegação de convenção de arbitragem, que julga o mérito de um dos pedidos ou então que reconhece a prescrição de um dos pedidos, etc. Se for uma interlocutória não agravável (ou seja, que não está no 1015), a parte poderá discutir em preliminar de apelação, a ser interposta após a decisão final (sentença). DICA 68 Se o processo for físico, o agravo de instrumento deve ser instruído com algumas cópias obrigatórias, além do agravante ter que comunicar a interposição do agravo ao juízo de primeiro grau (a quo). Na falta da cópia de qualquer peça que deve instruir o agravo ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade, o relator deve conceder o prazo de 5 dias para saneamento do vício (art. 1.017, § 3º). Mas atenção: se o processo tramitar em autos eletrônicos, a juntada de cópias e comunicação não são obrigatórias. O agravo é dirigido diretamente ao tribunal competente (diferente da apelação, que é dirigida ao juízo de primeiro grau). DICA 69 Os embargos de declaração cabem contra qualquer decisão acometida de omissão, obscuridade, contradição ou erro material. Considera-se omissa a decisão que deixe de se manifestar sobre tesa firmada em julgamento de casos repetitivos aplicável ao caso sob julgamento, sendo cabível a oposição de embargos de declaração (art. 1.022, p. ú.). DICA 70 Os embargos de declaração são opostos no prazo de 05 dias, não se sujeitam a preparo (art. 1.023), não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para interposição de recurso (art. 1.026). Lembre-se: ED interrompe prazo para outro recurso (não é “suspende”, é “interrompe”, ok?). DICA 71 Se de uma mesma decisão uma parte opor ED, e outra interpor outro recurso, este espera o julgamento daquele. Se não houver alteração na decisão, o recurso é processado independentemente de ratificação. Se houver alteração, a parte que já havia recorrido terá o prazo de quinze dias para complementar as suas razões, nos exatos limites da modificação. DICA 72 Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa. Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios. DICA 73 O recurso extraordinário (RE) e o recurso especial (REsp) são interpostos no tribunal de origem, onde será feito o juízo de admissibilidade. Apenas se este for positivo (recurso conhecido) é que será enviado ao STF/STJ. Se, no tribunal de origem, for negado seguimento pelo fato do recurso estar contrário a precedente (súmula, acórdão, etc), a parte interessada pode interpor agravo interno, julgado no próprio Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 16 tribunal. Agora, se o RE/RESP for não conhecido por outro motivo, cabe agravo em RE ou RESP, o qual é enviado ao STF/STJ. DICA 74 O RE/REsp não são dotados de efeito suspensivo. Porém, este efeito pode ser atribuído mediante requerimento. O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relatordesignado para seu exame prevento para julgá-lo; II - ao relator, se já distribuído o recurso; III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 DICA 75 Contra decisão proferida pelo relator (decisão monocrática) caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado. Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor dessa multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final (CPC, 1021) DICA 76 Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais. Sendo vencidos autor e réu (sucumbência recíproca), ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro (recurso adesivo). O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, e pode ser interposto no prazo de que a parte dispõe para responder o recurso independente, apresentado pela outra parte. É admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial. O recurso adesivo não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível (CPC, 997) DICA 77 O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso (CPC, 998). A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte (CPC, 999) DICA 78 No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal. O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o Interposição de RE/REsp perante tribunal de origem Recebido pelo Presidente ou Vice do tribunal de origem Juiz de admissibilidade feito pelo Presidente ou Vice NÃO CONHECE Recurso em desconformidade com precedente NÃO CONHECE Outro motivo (ex.: intempestividade, rediscussão de fatos e provas, etc Cabe agravo interno Cabe agravo em RE ou RESP Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1037 Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 17 recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção (CPC, 1007) DICA 79 Cabe recurso ordinário Para o STF Contra a decisão que julga os mandados de segurança, habeas data e mandados de injunção, decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão Para o STJ Contra a decisão que julga os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão Contra a sentença proferida nos processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País DICA 80 De acordo com o CPC, é cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) quando houver: i) efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito; e ii) risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica (art. 976). O pedido de instauração do incidente é dirigido ao presidente do tribunal (art. 977). Se o incidente for admitido, o relator suspenderá os processos pendentes que tramitam no Estado ou na região (art. 982). O incidente será julgado no prazo de 1 ano (art. 980) e, após julgamento, a tese jurídica definida será aplicada a todos os processos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do tribunal (art. 985). De decisão que julga o IRDR, cabe RE ou REsp, com efeito suspensivo e, uma vez apreciado o mérito do recurso, a tese adotada será aplicada em todo território nacional (art. 987) DICA 81 Cabe ação rescisória contra decisão de mérito, transitada em julgado, quando I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar manifestamente norma jurídica; OBS.: Cabe ação rescisória, com base nesse fundamento, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 18 DICA 82 Na petição inicial da ação rescisória, deverá o autor cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo; bem como depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente. A exigência desse depósito não se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça. DICA 83 A ação rescisória pode ser proposta no prazo de 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. Se ela for fundada na descoberta de prova nova (inciso VII do 966), o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. DICA 84 São títulos executivos JUDICIAIS São títulos executivos EXTRAJUDICIAIS I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública,pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; VII - a sentença arbitral; VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 19 X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; DICA 85 O cumprimento de sentença é feito quando o exequente tiver um título executivo judicial (ver art. 515) (lembre-se que a sentença arbitral é título judicial e não precisa de homologação). O executado é intimado para pagar em 15 dias. Se não pagar, incide multa de 10% e honorários advocatícios de 10%. Se o pagamento for parcial, multa e honorários incidem sobre o valor não pago. DICA 86 O executado pode ofertar impugnação ao cumprimento de sentença, em 15 dias, que iniciam após o prazo para pagamento. Nessa sua defesa, o executado poderá alegar I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; II - ilegitimidade de parte; III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; IV - penhora incorreta ou avaliação errônea; V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença. Se o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução DICA 87 A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e se o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação DICA 88 Considera-se inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo STF, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo STF como incompatível com a CF, em controle de constitucionalidade concentrado ou difuso. Para que esta inexigibilidade possa ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença, a decisão do Supremo Tribunal Federal deve ser anterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda. Se tal decisão for proferida após o trânsito em julgado da decisão exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo STF. DICA 89 Se o exequente tiver um título executivo extrajudicial (ler art. 784), pode propor ação de execução (lembre-se que créditos condominiais são título extrajudicial). Juiz fixa de plano honorários advocatícios de 10% e executado é citado para pagar em 03 dias ou para apresentar embargos à execução em 15. Se pagar, honorários são reduzidos pela metade. Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 20 DICA 90 Nos 15 dias, executado pode requerer parcelamento, depositando 30% e o restante é pago em até 6 vezes. Nesses casos, não poderá mais embargar. Atenção: esse parcelamento não é admitido no cumprimento de sentença. Deferido o parcelamento, suspendem-se os atos executivos, até total quitação do débito. O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente: I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o imediato reinício dos atos executivos; II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não pagas. DICA 91 Nos embargos à execução, o executado/embargante poderá alegar: I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; II - penhora incorreta ou avaliação errônea; III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa; V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à do título, o embargante declarará na petição inicial o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o seu único fundamento; DICA 92 Os embargos à execução não terão efeito suspensivo, mas o juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte restante. A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não embargaram quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante DICA 93 Perceba que tanto a impugnação ao cumprimento de senteça, como os embargos à execução, independem, para sua apresentação, que o juízo esteja garantido. Mas essa garantia será necessária se o executado quiser atribuir efeito suspensivo à sua defesa. DICA 94 A lei assegura a impenhorabilidade de alguns bens (ler art. 833 do CPC). As quantias depositadas na caderneta de poupança são impenhoráveis, até o limite de 40 salários mínimos. O que exceder, pode ser penhorado. Se se tratar de execução de alimentos, pode penhorar valores em poupança (mesmo que inferior a 40 saláriosmínimos) DICA 95 De acordo com a Lei 8.009/90, o imóvel usado para moradia da família também é impenhorável (bem de família). Se o imóvel é usado para moradia de uma pessoa solteira, divorciada ou viúva, o imóvel também é impenhorável. A impenhorabilidade do bem de família não se aplica quando se tratar de execução de alimentos, execução de valores relativos à aquisição ou construção do próprio bem, execução de imposto, taxas e contribuições devidos em função do imóvel familiar, execução por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação (ver art. 3º da Lei 8.099/90) DICA 96 Nos casos em que o devedor de obrigação se deparar com algum obstáculo na hora de pagar o que deve (por exemplo, recusa do credor em receber), ele pode propor ação de consignação em pagamento. Na petição inicial, autor deve requerer autorização para fazer depósito em 5 dias. Se for uma consignação por haver dúvida sobre quem deve, legitimamente, receber o pagamento, deve-se requerer a citação de todos os possíveis titulares do crédito. Se for obrigação em dinheiro, pode ser feita a consignação extrajudicial, através de depósito em estabelecimento bancário. Nesse caso, o credor é notificado para se manifestar em 10 dias. Se apresentar recusa escrita, o devedor deverá propor ação no prazo de 01 mês Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 21 (nesse caso, a petição inicial não precisará do requerimento para depósito, pois o autor comprova o depósito feito no banco, bem como apresenta a recusa escrita apresentada pelo credor). DICA 97 Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado. DICA 98 A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. DICA 99 Na ação monitória, se o juiz tiver dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento comum. Caso contrário, sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa DICA 100 Cabe ação monitória contra a Fazenda Pública. Nesta ação, é admitida todas as formas de citação. O réu pode apresentar defesa, que se chama embargos monitórios, inclusive reconvenção. Damiana da Rocha Cordeiro oabcronogramas@gmail.com
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