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100 DICAS DE
PROCESSO CIVIL 
ANA PAULA BLAZUTE
 
 
@PROFANABLAZUTE
Damiana da Rocha Cordeiro 
oabcronogramas@gmail.com
 
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido 
qualquer tipo de repasse. 
 
1 
 
DICAS FATAIS 
PROCESSO CIVIL 
 
PROFª ANA PAULA BLAZUTE 
 
PROF. RAFAEL ALBUQUERQUE 
 
DICA 01 Lembre que o CPC/15 prestigia o uso dos métodos alternativos de resolução de conflito. A 
conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por 
juízes, advogados, defensores públicos e membros do MP, inclusive no curso do processo judicial. Ou seja, 
devem ser estimulados antes de surgir um processo, mas também (inclusive) no curso do processo (CPC, 3º, 
§ 3º). 
 
DICA 02 Como exemplo desse estímulo, o CPC prevê que quando o oficial de justiça for realizar uma 
citação ou intimação, deverá certificar eventual proposta de autocomposição apresentada por qualquer 
das partes (CPC, 154, VI), cabendo ao juiz intimar a parte contrária para se manifestar em 5 dias, 
entendendo-se seu silêncio como recusa (CPC, 154, p. ú.). O CPC também diz que nas ações de família, 
todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual, devendo o juiz disposto do auxílio de 
profissionais de outras áreas. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo 
enquanto as partes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento domiciliar (CPC, 694) 
 
DICA 03 A regra é que o juiz não proferirá decisão contra uma das partes sem ela ser previamente ouvida 
(CPC, 9º). Mas isso não se aplica no caso de concessão de tutela de urgência (que pode ser concedida 
liminarmente) (CPC, 9º, p. ú., I c/c 300, § 2º), bem como nos casos de concessão de tutela de evidência 
quando: i) as alegações de fato forem comprovadas documentalmente e houver tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou súmula vinculante; ou ii) for caso de pedido reipersecutório 
(restituição de um bem), com base em prova documental (escrita) de contrato de depósito (CPC, 9º, p. ú., II 
c/c art. 311, p. ú.) 
 
DICA 04 Proposta uma ação possessória dentro de ano e dia da turbação ou esbulho, estando a petição 
inicial devidamente instruída, o juiz expedirá mandado liminar de manutenção ou reintegração de posse 
(CPC, 558 c/c 562) 
 
DICA 05 O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual 
não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual 
deva decidir de ofício (CPC, 10). Vedação à decisão surpresa. 
 
DICA 06 Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade (CPC, 18). O interesse do autor 
pode se limitar à declaração de (in)existência ou modo de ser de uma relação jurídica; ou sobre 
autenticidade/falsidade de documento (CPC, 19). O autor pode propor ação meramente declaratória, 
mesmo que tenha ocorrido violação de direito (CPC, 20) 
 
DICA 07 Foro competente para ação de inventário = domicílio do autor da herança (falecido) CPC, 48. Se 
não possuía domicílio certo, será o foro de situação dos bens imóveis. Se houver imóveis em foros diferentes, 
poderá ser no lugar de qualquer um deles. Não havendo imóveis, pode ser no local de qualquer bem do 
espólio (CPC, 48, p. ú.) 
Damiana da Rocha Cordeiro 
oabcronogramas@gmail.com
 
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido 
qualquer tipo de repasse. 
 
2 
 
 
DICA 08 Foro competente para ação de divórcio, separação, anulação de casamento e 
reconhecimento/dissolução de união estável (CPC, 53, I) = 
i) foro de domicílio do guardião de filho incapaz; 
ii) se não tiver filho incapaz, será o foro do último domicílio do casal; 
iii) se ninguém mais morar no local de último domicílio, será o foro de domicílio do réu 
iv) foro de domicílio da vítima de violência doméstica 
 
DICA 09 Foro competente para ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de 
veículos = domicílio do autor ou do local do fato (CPC, 53, V) 
 
DICA 10 Ações possessórias imobiliárias serão propostas no foro de situação do bem imóvel, e neste 
caso, trata-se competência absoluta (CPC, 47, § 2º) 
 
DICA 11 As partes podem eleger o foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações (cláusula 
de eleição de foro). Mas esta eleição só produz efeito se constar de instrumento escrito. Esse foro 
contratual obriga as partes e seus sucessores. CPC, 63. O juiz pode, de ofício, reputar ineficaz a cláusula 
de eleição de foro se ela for abusiva, antes mesmo de citar o réu. Se isso não acontecer e o réu for citado, 
compete a ele alegar a abusividade na contestação, sob pena de preclusão. CPC, 63, § 3º e 4º. 
 
DICA 12 Salvo a hipótese acima, o juiz não pode conhecer de ofício a incompetência relativa. A 
incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo juiz. CPC, 64. Compete ao réu alegar a 
incompetência relativa em preliminar de contestação. Se não fizer, ocorrerá prorrogação da 
competência (CPC, 65). A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de 
jurisdição (CPC, 64, § 1º), e inclusive ser fundamento para a propositura de ação rescisória (CPC, 966, II). A 
relativa, não. 
 
DICA 13 O juiz nomeará curador especial ao: i) incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses 
deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; ii) réu preso revel, bem como ao réu revel 
citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. A curatela especial será 
exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. (CPC, 72) 
 
DICA 14 O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real 
imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens (CPC, 73). A falta desse 
consentimento pode ser suprida judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, 
ou quando lhe seja impossível concedê-lo (CPC, 74). A falta de consentimento, quando necessário e não 
suprido pelo juiz, invalida o processo (CPC, 74, p. ú.). Ambos os cônjuges serão necessariamente citados 
para a ação: i) que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação 
absoluta de bens; ii) resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; 
iii) fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; iv) que tenha por objeto o 
reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. CPC, 
73, § 1º 
 
 
 
 
 
 
Damiana da Rocha Cordeiro 
oabcronogramas@gmail.com
 
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3 
 
DICA 15 
 
Verifica-se 
 
incapacidade 
processual 
 
ou 
 
irregularidade 
representação 
da parte 
 
Juiz suspende 
processo 
 
+ 
 
Designa prazo 
razoável para 
que vício seja 
sanado 
 
 
 
 
Determinação 
não 
cumprida 
 
Na 
instância 
originária 
 
Pelo autor 
 
Processo é extinto 
 
Pelo réu 
 
Considerado revel 
 
 
Na fase 
recursal 
Pelo 
recorrente 
Recurso não é 
conhecido 
Pelo recorrido Desentranhamento 
das contrarrazões 
 
DICA 16 De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, entre 1% e 
10% do valor da causa. Se este for irrisório ou inestimável, multa pode ser fixada em até 10 (dez) salários-
mínimos. CPC, 81, caput e § 2º. Quando forem dois ou mais litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um 
na proporção do seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar 
a parte contrária (CPC, 81, § 1º) 
 
DICA 17 A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a 
legitimidade das partes. O adquirente ou cessionário não poderá ingressarem juízo, sucedendo o 
alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária. Todavia, o adquirente ou cessionário poderá 
intervir no processo como assistente litisconsorcial do alienante ou cedente. Estendem-se os efeitos da 
sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou cessionário (CPC, 109) 
 
DICA 18 O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes quando este 
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. O 
requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação 
da decisão que o solucionar (CPC, 113, §§ 1º e 2º) 
 
DICA 19 O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo 
da tramitação do processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de 
advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes 
assegurem o pagamento (CPC, 83). Esta caução não será exigida: i) quando houver dispensa prevista em 
acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte; ii) na execução fundada em título extrajudicial e no 
cumprimento de sentença; iii) na reconvenção (CPC, 83, § 1º) 
 
DICA 20 A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor, os quais serão 
fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito 
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC, 85, caput e § 
2º). Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da 
causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa (CPC, 85, § 1º). 
 
DICA 21 São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou 
definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente (CPC, 85, § 1º). O 
tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho 
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adicional realizado em grau recursal, respeitando o limite de 20% (CPC, 85, § 11). Os honorários serão 
devidos quando o advogado atuar em causa própria (CPC, 85, § 17) 
 
DICA 22 Caso a decisão seja omissa quanto aos honorários, cabe embargos de declaração. Se, todavia, ela 
transitar em julgado sendo omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação 
autônoma para sua definição e cobrança (CPC, 85, § 18) 
 
DICA 23 
 
Sentença fundada em Tipo Quem paga despesas e 
honorários? 
Fique atento 
Desistência da ação Sem 
mérito 
Quem desistiu 
(autor/reconvinte) 
 
Renúncia à pretensão que 
fundamenta a ação 
Com 
mérito 
Quem renunciou 
(autor/reconvinte) 
 
Reconhecimento da 
procedência do pedido 
Com 
mérito 
Quem reconheceu 
(réu/reconvindo) 
Se a parte reconhecer e, simultaneamente, 
cumprir integralmente a prestação, 
honorários são reduzidos pela metade. 
 
Transação 
Com 
mérito 
Conforme acordado. 
Se não tiverem disposto, 
serão divididas igualmente 
Se a transação ocorrer antes da sentença, 
partes ficam dispensadas do pagamento 
das custas remanescentes, se houver 
 
 
DICA 24 A concessão de gratuidade da justiça não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas 
despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência, assim como o dever 
de pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas (CPC, 98, §§ 2º e 4º). Vencido o beneficiário, 
as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e 
somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão 
que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que 
justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário 
(CPC, 98, § 3º) 
 
DICA 25 A gratuidade da justiça pode ser concedida em relação a todos os atos ou a apenas alguns, ou 
então consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso 
do procedimento (desconto) CPC, 98, § 5º. Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao 
parcelamento de despesas processuais (CPC, 98, § 6º). 
 
DICA 26 Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. 
Se o pedido for feito por pessoa jurídica, este deve provar a insuficiência, para fins de obtenção de 
gratuidade (CPC, 99 § 3º). O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte ou a 
sucessor do beneficiário, salvo requerimento e deferimento expressos (CPC, 99 § 6º). A assistência do 
requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça (CPC, 99 § 4º) 
 
 
 
 
 
 
 
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DICA 27 
 
 
 
Pedido de 
gratuidade 
da justiça 
Deferido Réu deve impugnar em preliminar de contestação (CPC, 100 e 337, XIII) 
Indeferido Cabe agravo de instrumento (CPC, 101 e 1015, V) 
Revogado Cabe agravo de instrumento (CPC, 101 e 1015, V) 
Mantido Réu pode questionar em preliminar de apelação (CPC, 1009, § 1º) 
 
DICA 28 Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de 
comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se 
indeferi-lo, fixar prazo para realização do recolhimento (CPC, 99 § 7º) 
 
DICA 29 
 
 Denunciação da lide 
(CPC, 125) 
Chamamento ao processo 
(CPC, 130) 
 
 
 
 
Cabimento 
ao alienante imediato, no processo relativo à coisa 
cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim 
de que possa exercer os direitos que da evicção lhe 
resultam 
do afiançado, na ação em que o fiador 
for réu 
dos demais fiadores, na ação proposta 
contra um ou alguns deles 
àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo 
contrato, a indenizar, em ação regressiva, o 
prejuízo de quem for vencido no processo 
dos demais devedores solidários, 
quando o credor exigir de um ou de 
alguns o pagamento da dívida comum 
Quem 
pode fazer 
Autor, na petição inicial 
Réu, na contestação 
Apenas o réu, na contestação 
 
Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato 
na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo 
promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma 
(CPC, 125, §2º) 
 
DICA 30 O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou 
do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. O juiz não pode instaurar de ofício. Esse 
incidente pode ser instaurado em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de 
sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial, e suspenderá o processo. O incidente 
será resolvido por decisão interlocutória da qual cabe agravo de instrumento (CPC, 133-137) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DICA 31 
 
 
Amicus curiae 
 
Quem pode ser? Quando é cabível? Prazo para 
manifestação? 
Pode recorrer? 
pessoa natural ou jurídica, 
órgão ou entidade 
especializada, com 
representatividade 
adequada 
Processo envolver matéria 
relevante, o tema do objeto 
da demanda for específicoou a controvérsia tiver 
repercussão social 
15 dias, de sua 
intimação 
Em regra, não. 
Mas pode opor embargos 
de declaração ou recorrer 
da decisão que julga IRDR 
 
 
DICA 32 Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente 
capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar 
sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo (negócio 
jurídico processual). De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções, recusando-
lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que 
alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. (CPC, 190). De comum acordo, o juiz 
e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. Dispensa-se a 
intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido 
designadas no calendário (CPC, 191) 
 
DICA 33 Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias 
úteis (apenas se for prazo processual) (CPC, 219). Não se contam os feriados, que de acordo com a lei, além 
dos declarados em lei, são: os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense (CPC, 
216) 
 
 
Litisconsortes 
diferentes procuradores 
de escritórios distintos 
(CPC, 229) 
 
Prazo em dobro 
todas as manifestações 
qualquer juízo ou tribunal 
independe de requerimento 
Cessa a contagem do prazo em dobro se, 
havendo apenas 2 réus, é oferecida defesa por 
apenas um deles 
Não se aplica aos processos em autos 
eletrônicos (apenas aos processos físicos) 
 
 
DICA 34 Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do 
mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, 
poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da 
correspondência está ausente (CPC, 248, § 4º) 
 
DICA 35 É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do 
correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento. O ofício de 
intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença (CPC, 269, §§ 1º e 2º). 
 
 
 
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DICA 36 
 
A toda a causa será atribuído valor certo, o qual constará da petição inicial ou da reconvenção, e 
será (CPC, 292): 
 
ação de cobrança de dívida 
soma monetariamente corrigida do principal, dos 
juros de mora vencidos e de outras penalidades, 
se houver, até a data de propositura da ação 
ação que tiver por objeto a existência, a validade, o 
cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição 
ou a rescisão de ato jurídico 
o valor do ato ou o de sua parte controvertida 
ação de alimentos soma de 12 prestações mensais pedidas pelo 
autor 
ação de divisão, de demarcação e de reivindicação valor de avaliação da área ou do bem objeto do 
pedido 
ação indenizatória, inclusive a fundada em dano 
moral 
valor pretendido 
ação em que há cumulação de pedidos soma dos valores de todos eles 
ação em que os pedidos são alternativos o de maior valor 
ação em que houver pedido subsidiário valor do pedido principal 
 
 
ação em que pede prestações vencidas e vincendas 
Somatória das prestações vencidas, mais o valor 
das prestações vincendas, que será: 
- uma prestação anual, se a obrigação for por 
tempo indeterminado ou tempo superior a 1 ano 
- soma das prestações, se obrigação for por 
tempo inferior a 1 ano 
 
O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa (CPC, 292, § 3º). O réu poderá impugnar, em 
preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão (CPC, 293 c/c 337, 
III) 
 
DICA 37 A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem: probabilidade do 
direito + perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. O juiz pode, conforme o caso, exigir 
caução (CPC, 300, caput e § 1º). Se a parte que se beneficiar da tutela de urgência perder no final do 
processo, fica obrigada a reparar os prejuízos sofridos pela parte contrária. Essa indenização será liquidada 
nos próprios autos, sempre que possível (CPC, 302) 
 
DICA 38 Nos casos de urgência, a petição inicial pode se limitar ao requerimento da tutela antecipada 
(CPC, 303). Trata-se da tutela antecipada requerida em caráter antecedente. Caso o juiz a defira e a parte 
contrária não interponha recurso, haverá a estabilização da tutela (CPC, 304). Ocorrendo a estabilização, 
qualquer das partes pode demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
antecipada estabilizada. O juízo que concedeu a tutela será prevento para julgar essa ação, que pode ser 
proposta em até 2 anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo (CPC, 304, §§) 
 
DICA 39 A tutela cautelar também pode ser requerida em caráter antecedente (CPC, 305). Se ela for 
deferida, a parte terá o prazo de 30 dias para formular o pedido principal. Esse prazo inicia a partir da 
efetivação da tutela (CPC, 308). Caso não seja feito o pedido principal nesse prazo, cessará a eficácia da 
medida cautelar (CPC, 309, I). O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o 
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pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o 
reconhecimento de decadência ou de prescrição (CPC, 310) 
 
DICA 40 
 
 
A tutela de evidência 
será concedida, 
 
Independentemente da 
demonstração de perigo 
de dano ou risco ao 
resultado útil do 
processo 
 
Quando (CPC, 311): 
ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o 
manifesto propósito protelatório da parte 
Não pode liminar 
as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas 
documentalmente e houver tese firmada em julgamento 
de casos repetitivos ou em súmula vinculante 
 
Pode liminar 
se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova 
documental adequada do contrato de depósito, caso em 
que será decretada a ordem de entrega do objeto 
custodiado, sob cominação de multa 
 
Pode liminar 
a petição inicial for instruída com prova documental 
suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a 
que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida 
razoável 
 
Não pode liminar 
 
DICA 41 
 
Hipótese Prazo 
convenção das partes Até 06 meses 
quando a sentença de mérito: a) depender do julgamento de outra causa ou da 
declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto 
principal de outro processo pendente; ou b) tiver de ser proferida somente após a 
verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo 
Até 01 ano 
pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo 
constituir a única patrona da causa 
30 dias 
quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e 
tornar-se pai 
08 dias 
 
DICA 42 A petição inicial indicará nome e qualificação completa do autor e do réu. Se o autor não tiver todas 
as informações do réu, poderá requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. A petição não será 
indeferida se, a despeito da falta de informações, for possível a citação do réu (CPC, 319, §§). O juiz, ao 
verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais ou que apresenta defeitos e irregularidades 
capazes de dificultar o julgamentode mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a 
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado (CPC, 321) 
 
DICA 43 O pedido deve ser certo. Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e 
as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios (pedidos implícitos) CPC, 322 O pedido 
deve ser determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico: i) nas ações universais, se o autor não 
puder individuar os bens demandados; ii) quando não for possível determinar, desde logo, as consequências 
do ato ou do fato; iii) quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que 
deva ser praticado pelo réu (CPC, 324) 
 
 
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DICA 44 
 
Alteração do pedido ou da causa de pedir (CPC, 329) 
Até a citação Após a citação, mas antes do saneamento Após o saneamento 
É possível, independentemente 
de consentimento do réu 
É possível, desde que haja consentimento 
do réu 
Não é mais possível 
 
DICA 45 
 
 
Indeferimento da petição inicial 
 
 
Improcedência liminar do pedido 
 
A petição inicial será indeferida quando 
Nas causas que dispensem a fase instrutória 
Independentemente de citação do réu 
Juiz julgará liminarmente improcedente o pedido 
que contrariar 
 
for 
inepta 
lhe faltar pedido ou causa de pedir; enunciado de súmula do Supremo Tribunal 
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; o pedido for indeterminado, ressalvadas as 
hipóteses legais em que se permite o 
pedido genérico; 
acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal 
ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos; da narração dos fatos não decorrer 
logicamente a conclusão; 
 
entendimento firmado em incidente de resolução 
de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência 
contiver pedidos incompatíveis entre si. 
a parte (autora) for manifestamente ilegítima; 
 
o autor carecer de interesse processual 
enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre 
direito local. 
 
 
se verificar, desde logo, a ocorrência de 
decadência ou de prescrição. 
O autor não emendar no prazo de 15 dias, depois do 
juiz determinar 
Se o advogado, ao postular em causa própria, deixar 
de informar na petição, seu número de OAB e o 
nome da sociedade da qual participa, e não suprir a 
falta em 5 dias, depois de ordenado pelo juiz 
 
Sentença SEM resolução do mérito 
 
 
Sentença COM resolução do mérito 
 
 
O autor pode interpor recurso de apelação, no prazo de 15 dias 
 
 
Admite-se, pelo juiz, a retratação, no prazo de 05 dias. Se não houver retratação, juiz mandará citar o réu 
para que responda o recurso, o qual será, em seguida, encaminhado ao tribunal 
 
 
 
 
 
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10 
 
DICA 46 Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do 
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 
(trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. Autor será 
intimado na pessoa do seu advogado (CPC, 334, caput e § 3º) 
 
A 
audiência 
não será 
realizada 
CPC, 
334, § 4º 
quando a causa não admitir a autocomposição 
se ambas as partes manifestarem, 
expressamente, desinteresse na composição 
consensual. Havendo litisconsórcio, o 
desinteresse na realização da audiência deve 
ser manifestado por todos. 
Autor na petição inicial 
 
Réu 
petição, apresentada com 10 
(dez) dias de antecedência, 
contados da data da audiência 
 
 
DICA 47As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos (CPC, 334, § 
9º). A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para 
negociar e transigir (CPC, 334, §10). O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência 
de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até 
dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou 
do Estado (CPC, 334, § 8º) 
 
DICA 48 
 
 
Réu pode 
oferecer 
contestação 
no prazo de 
15 dias 
Termo inicial será a data Quando 
Da audiência de conciliação ou mediação, 
ou da última sessão 
Qualquer parte não comparecer ou se não 
tiver autocomposição 
Do protocolo do pedido de cancelamento 
da audiência apresentado pelo réu 
Audiência não ocorrer por desinteresse de 
ambas as partes 
Prevista no art. 231, de acordo com o modo 
como foi feita a citação 
Demais casos 
 
 
DICA 49 
 
 
 
 
Incumbe ao réu, antes de 
discutir o mérito, alegar as 
seguintes preliminares na 
contestação 
Inexistência ou nulidade da citação 
Incompetência absoluta e relativa 
Incorreção do valor da causa 
Inépcia da petição inicial 
Perempção, litispendência, coisa julgada ou conexão 
Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização 
Convenção de arbitragem 
Ausência de legitimidade ou de interesse processual 
Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar 
Indevida concessão do benefício de gratuidade da justiça 
 
 
 
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O juiz pode conhecer as matérias preliminares de ofício, 
salvo 
Incompetência relativa Convenção de arbitragem 
Se réu não alegar, 
ocorrerá prorrogação de competência 
Se réu não alegar, 
haverá renúncia ao juízo arbitral e aceitação da 
jurisdição estatal 
 
DICA 50 Se o réu alegar sua ilegitimidade, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da 
petição inicial para substituição do réu. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará 
os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da 
causa. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica 
discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o 
autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. No prazo de 15 dias, o autor poderá fazer a 
substituição (pagando as despesas e honorários, conforme explicado acima), ou incluir, como litisconsorte 
passivo, o sujeito indicado pelo réu. (CPC, 338 e 339) 
 
DICA 51 Se o réu alegar incompetência relativa ou absoluta, poderá protocolar a contestação no foro de 
seu domicílio, antes mesmo da audiência de conciliação ou mediação. Essa contestação será submetida a 
livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta. 
Esse protocolo será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico. A 
realização da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada, será suspensa. Reconhecida 
a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta 
precatória será considerado prevento. Definida a competência, o juízo competente designará nova data para 
a audiência de conciliação ou de mediação. (CPC, 340) 
 
DICA 52 O réu pode propor reconvenção para manifestar pretensão própria, desde que conexa com a ação 
principal ou com o fundamento da defesa. A reconvenção pode ser proposta independentemente de 
contestação, mas se o réu for contestar e reconvir, será feita uma peça só. A reconvenção pode ser proposta 
pelo réu em litisconsórcio com terceiro, contra o autor e terceiro. A desistênciada ação ou a sua 
extinção por qualquer motivo não impede o prosseguimento do processo para análise da reconvenção 
(CPC, 343) 
 
DICA 53 
 
Se o réu não contestar a 
ação, será considerado 
revel e presumir-se-ão 
verdadeiras as alegações 
de fato formuladas pelo 
autor, salvo se... 
Havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação 
O litígio versar sobre direitos indisponíveis 
A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere 
indispensável à prova do ato 
As alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem 
em contradição com prova constante dos autos 
 
Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no 
órgão oficial. O revel pode intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se 
encontrar (CPC, 346) 
 
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DICA 54 O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I 
- não houver necessidade de produção de outras provas; II - o réu for revel, ocorrer a presunção de 
veracidade e não houver requerimento de novas provas (CPC, 355) 
 
DICA 55 O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela 
deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, por não haver mais 
necessidade de produção de outras provas. Essa decisão, como está julgando apenas parcela do mérito, 
será uma decisão interlocutória, da qual é cabível agravo de instrumento. A parte poderá liquidar ou 
executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, 
independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto. Se houver trânsito em 
julgado da decisão, a execução será definitiva (CPC, 356) 
 
DICA 56 Se o processo necessitar ir para fase instrutória, o juiz deverá proferir decisão de saneamento do 
processo, na qual deve delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, 
especificando os meios de prova admitidos, bem como definir a distribuição do ônus da prova. Realizado o 
saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 
(cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável. Mas as partes podem apresentar ao juiz, para 
homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito. Se a causa apresentar 
complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento 
seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a 
integrar ou esclarecer suas alegações. (CPC, 357) 
 
DICA 57 Se o juiz determinar a produção de prova testemunhal, fixará prazo comum não superior a 15 
(quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. Caso o juiz tenha designado audiência para 
que o saneamento seja feito em cooparticipação com as partes, estas devem levar o rol de testemunhas para 
a audiência. O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no 
máximo, para a prova de cada fato (CPC, 357) 
 
DICA 58 Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora 
e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. Essa intimação a ser feita pelo 
advogado deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado juntar aos 
autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de 
intimação e do comprovante de recebimento. A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à 
audiência, independentemente da intimação, presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte 
desistiu de sua inquirição. A intimação da testemunha só será feita pela via judicial quando: i) for frustrada 
a intimação feita pelo advogado; ii) sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz; iii) 
figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o requisitará ao chefe da 
repartição ou ao comando do corpo em que servir; iv) a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério 
Público ou pela Defensoria Pública; v) a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454 do CPC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DICA 59 
 
 
Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as (CPC, 447) 
 
 
Incapazes (§ 1º) 
 
 
Impedidos (§ 2º) 
 
Suspeitos (§ 3º) 
I - o interdito por enfermidade 
ou deficiência mental; 
II - o que, acometido por 
enfermidade ou retardamento 
mental, ao tempo em que 
ocorreram os fatos, não podia 
discerni-los, ou, ao tempo em 
que deve depor, não está 
habilitado a transmitir as 
percepções; 
III - o que tiver menos de 16 
(dezesseis) anos; 
IV - o cego e o surdo, quando a 
ciência do fato depender dos 
sentidos que lhes faltam. 
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente 
e o descendente em qualquer grau e o 
colateral, até o terceiro grau, de alguma das 
partes, por consanguinidade ou afinidade, 
salvo se o exigir o interesse público ou, 
tratando-se de causa relativa ao estado da 
pessoa, não se puder obter de outro modo 
a prova que o juiz repute necessária ao 
julgamento do mérito; 
II - o que é parte na causa; 
III - o que intervém em nome de uma parte, 
como o tutor, o representante legal da 
pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros 
que assistam ou tenham assistido as partes. 
I - o inimigo da parte 
ou o seu amigo íntimo; 
II - o que tiver 
interesse no litígio. 
Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas. 
Esses depoimentos serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor 
que possam merecer (§§ 4º e 5º) 
 
 
DICA 60 Havendo necessidade de produção de prova oral (testemunha, depoimento pessoal...), o juiz 
designará a realização de audiência de instrução e julgamento. Esta audiência pode ser adiada: i) por 
convenção das partes; ii) se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva 
necessariamente participar; ou iii) por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) 
minutos do horário marcado (CPC, 362). A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em 
áudio, diretamente por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial (CPC, 367, §§ 5º 
e 6º) 
 
DICA 61 O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que 
considerar adequado, observado o contraditório (trata-se da chamada prova emprestada) (CPC, 372). O juiz 
apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará 
na decisão as razões da formação de seu convencimento (CPC, 371). A produção antecipada da prova será 
admitida nos casos em que: i) haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a 
verificação de certos fatos na pendência da ação; ii) a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a 
autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; iii) o prévio conhecimento dos fatos possa 
justificar ou evitar o ajuizamento de ação (CPC, 381) 
 
DICA 62 Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo 
tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas 
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respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os 
embargos à execução fiscal. (remessa necessária) CPC, 496 
 
Não se aplica a remessa necessária quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de 
valor certo e líquido inferior a 
1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público 
500 (quinhentos) salários-
mínimos 
para os Estados, o DF, as respectivas autarquias e fundações de direito 
público e os Municípios que constituam capitais dos Estados 
100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de 
direito público 
Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: I - súmula de 
tribunal superior; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - entendimento coincidente com orientação 
vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, 
parecer ou súmula administrativa 
 
 
DICA 63 A apelação é o recurso cabível contra sentença, no prazo de 15 dias (salvo nos juizados especiais, 
onde a sentença é desafiada por recurso inominado no prazo de 10 dias). É interposta por petição dirigida 
ao juízo de primeiro grau (art. 1.010), o qual intimará o apelado para apresentação de contrarrazões (art. 
1.010, § 1º). Após isso, os autos são remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de 
admissibilidade (art. 1.010, § 3º). Não se esqueça: apelação endereçada para juízo de primeiro grau, e esse 
não faz a admissibilidade, manda logo pro tribunal (rimou! Rs) 
 
DICA 64 Em regra, a apelação não admite retratação pelo juízo que proferiu a sentença. O juiz de primeiro 
grau só pode se retratar, se se tratar de apelação interposta contra: i) sentença de indeferimento da inicial 
(art. 331), ii) sentença de improcedência liminar (art. 332, § 3º), ou iii) sentença terminativa (sem resolução do 
mérito) (art. 485, § 7º). Nesses casos, o juiz pode se retratar em cinco dias. 
 
DICA 65 A apelação, em regra, tem efeito suspensivo (art. 1012), salvo quando a lei dispuser em sentido 
contrário (ex.: sentença que condena a pagar alimentos, sentença que confirma, concede ou revoga tutela 
provisória, sentença que rejeita embargos à execução, etc) (art. 1.012, § 1º). Quando a apelação, por força de 
lei, não tiver efeito suspensivo, pode a parte interessada fazer requerimento para atribuição. Este 
requerimento será dirigido: i) ao tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua 
distribuição, ficando o relator designado para seu exame, prevento para julgá-la; ii) ao relator, se já 
distribuída a apelação (art. 1.012, § 3º). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DICA 66 Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a 
ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente 
definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado 
inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os 
novos julgadores. (CPC, 942). Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do 
prosseguimento do julgamento. 
 
DICA 67 O agravo de instrumento é o recurso cabível contra as interlocutórias arroladas no art. 1.015 do 
CPC. Leia esse artigo! Ex.: decisão interlocutória que versa sobre tutela provisória, que rejeita pedido de 
justiça gratuita ou a revoga, que versa sobre incidente de desconsideração da personalidade jurídica, que 
rejeita alegação de convenção de arbitragem, que julga o mérito de um dos pedidos ou então que 
reconhece a prescrição de um dos pedidos, etc. Se for uma interlocutória não agravável (ou seja, que não 
está no 1015), a parte poderá discutir em preliminar de apelação, a ser interposta após a decisão final 
(sentença). 
 
DICA 68 Se o processo for físico, o agravo de instrumento deve ser instruído com algumas cópias 
obrigatórias, além do agravante ter que comunicar a interposição do agravo ao juízo de primeiro grau (a 
quo). Na falta da cópia de qualquer peça que deve instruir o agravo ou no caso de algum outro vício que 
comprometa a admissibilidade, o relator deve conceder o prazo de 5 dias para saneamento do vício (art. 
1.017, § 3º). Mas atenção: se o processo tramitar em autos eletrônicos, a juntada de cópias e comunicação 
não são obrigatórias. O agravo é dirigido diretamente ao tribunal competente (diferente da apelação, que é 
dirigida ao juízo de primeiro grau). 
 
DICA 69 Os embargos de declaração cabem contra qualquer decisão acometida de omissão, obscuridade, 
contradição ou erro material. Considera-se omissa a decisão que deixe de se manifestar sobre tesa firmada 
em julgamento de casos repetitivos aplicável ao caso sob julgamento, sendo cabível a oposição de embargos 
de declaração (art. 1.022, p. ú.). 
 
DICA 70 Os embargos de declaração são opostos no prazo de 05 dias, não se sujeitam a preparo (art. 
1.023), não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para interposição de recurso (art. 1.026). 
Lembre-se: ED interrompe prazo para outro recurso (não é “suspende”, é “interrompe”, ok?). 
 
DICA 71 Se de uma mesma decisão uma parte opor ED, e outra interpor outro recurso, este espera o 
julgamento daquele. Se não houver alteração na decisão, o recurso é processado independentemente de 
ratificação. Se houver alteração, a parte que já havia recorrido terá o prazo de quinze dias para 
complementar as suas razões, nos exatos limites da modificação. 
 
DICA 72 Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão 
fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre 
o valor atualizado da causa. Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa 
será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso 
ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de 
gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 
(dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios. 
 
DICA 73 O recurso extraordinário (RE) e o recurso especial (REsp) são interpostos no tribunal de origem, 
onde será feito o juízo de admissibilidade. Apenas se este for positivo (recurso conhecido) é que será 
enviado ao STF/STJ. Se, no tribunal de origem, for negado seguimento pelo fato do recurso estar contrário 
a precedente (súmula, acórdão, etc), a parte interessada pode interpor agravo interno, julgado no próprio 
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tribunal. Agora, se o RE/RESP for não conhecido por outro motivo, cabe agravo em RE ou RESP, o qual é 
enviado ao STF/STJ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 74 O RE/REsp não são dotados de efeito suspensivo. Porém, este efeito pode ser atribuído mediante 
requerimento. O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial 
poderá ser formulado por requerimento dirigido: I – ao tribunal superior respectivo, no período 
compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relatordesignado para seu exame prevento para julgá-lo; II - ao relator, se já distribuído o recurso; III – ao 
presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do 
recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido 
sobrestado, nos termos do art. 1.037 
 
DICA 75 Contra decisão proferida pelo relator (decisão monocrática) caberá agravo interno para o 
respectivo órgão colegiado. Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou 
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante 
a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. A interposição 
de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor dessa multa, à exceção da Fazenda 
Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final (CPC, 1021) 
 
DICA 76 Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências 
legais. Sendo vencidos autor e réu (sucumbência recíproca), ao recurso interposto por qualquer deles poderá 
aderir o outro (recurso adesivo). O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, e pode ser 
interposto no prazo de que a parte dispõe para responder o recurso independente, apresentado pela outra 
parte. É admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial. O recurso adesivo não será 
conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível (CPC, 997) 
 
DICA 77 O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir 
do recurso (CPC, 998). A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte (CPC, 999) 
 
DICA 78 No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação 
pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. São 
dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério 
Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos 
que gozam de isenção legal. O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o 
Interposição 
de RE/REsp 
perante 
tribunal de 
origem 
Recebido pelo 
Presidente ou Vice do 
tribunal de origem
 
Juiz de 
admissibilidade 
feito pelo 
Presidente ou 
Vice 
NÃO CONHECE 
Recurso em 
desconformidade 
com precedente 
NÃO CONHECE 
Outro motivo (ex.: 
intempestividade, 
rediscussão de 
fatos e provas, etc 
Cabe 
agravo 
interno 
Cabe agravo 
em RE ou 
RESP 
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qualquer tipo de repasse. 
 
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recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu 
advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção (CPC, 1007) 
 
DICA 79 
 
 
 
Cabe 
recurso 
ordinário 
Para o 
STF 
Contra a decisão que julga os mandados de segurança, habeas data e mandados 
de injunção, decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando 
denegatória a decisão 
 
Para o 
STJ 
 
Contra a decisão que julga os mandados de segurança decididos em única 
instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos 
Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão 
Contra a sentença proferida nos processos em que forem partes, de um lado, 
Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa 
residente ou domiciliada no País 
 
DICA 80 De acordo com o CPC, é cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas 
(IRDR) quando houver: i) efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão 
unicamente de direito; e ii) risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica (art. 976). O pedido de 
instauração do incidente é dirigido ao presidente do tribunal (art. 977). Se o incidente for admitido, o 
relator suspenderá os processos pendentes que tramitam no Estado ou na região (art. 982). O incidente será 
julgado no prazo de 1 ano (art. 980) e, após julgamento, a tese jurídica definida será aplicada a todos os 
processos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do tribunal (art. 
985). De decisão que julga o IRDR, cabe RE ou REsp, com efeito suspensivo e, uma vez apreciado o mérito 
do recurso, a tese adotada será aplicada em todo território nacional (art. 987) 
 
DICA 81 
 
 
 
 
 
 
 
Cabe ação rescisória 
contra decisão de 
mérito, transitada em 
julgado, quando 
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção 
do juiz; 
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; 
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte 
vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
IV - ofender a coisa julgada; 
V - violar manifestamente norma jurídica; OBS.: Cabe ação rescisória, com base 
nesse fundamento, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão 
proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a 
existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório 
que lhe deu fundamento. 
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal 
ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; 
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja 
existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe 
assegurar pronunciamento favorável; 
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
 
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qualquer tipo de repasse. 
 
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DICA 82 Na petição inicial da ação rescisória, deverá o autor cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o 
de novo julgamento do processo; bem como depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da 
causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou 
improcedente. A exigência desse depósito não se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos 
Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria 
Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça. 
 
DICA 83 A ação rescisória pode ser proposta no prazo de 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da 
última decisão proferida no processo. Se ela for fundada na descoberta de prova nova (inciso VII do 966), o 
termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) 
anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. 
 
DICA 84 
 
São títulos executivos JUDICIAIS São títulos executivos EXTRAJUDICIAIS 
I - as decisões proferidas no processo civil que 
reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar 
quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a 
duplicata, a debênture e o cheque; 
II - a escritura pública ou outro documento público 
assinado pelo devedor; II - a decisão homologatória de autocomposição 
judicial; III - o documento particular assinado pelo devedor 
e por 2 (duas) testemunhas; III - a decisão homologatória de autocomposição 
extrajudicial de qualquer natureza; IV - o instrumento de transação referendado pelo 
Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela 
Advocacia Pública,pelos advogados dos transatores 
ou por conciliador ou mediador credenciado por 
tribunal; 
IV - o formal e a certidão de partilha, 
exclusivamente em relação ao inventariante, aos 
herdeiros e aos sucessores a título singular ou 
universal; 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as 
custas, emolumentos ou honorários tiverem sido 
aprovados por decisão judicial; 
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, 
anticrese ou outro direito real de garantia e aquele 
garantido por caução; 
VI - a sentença penal condenatória transitada em 
julgado; VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte 
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
VII - a sentença arbitral; 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo 
Superior Tribunal de Justiça; VIII - o crédito, documentalmente comprovado, 
decorrente de aluguel de imóvel, bem como de 
encargos acessórios, tais como taxas e despesas de 
condomínio; 
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a 
concessão do exequatur à carta rogatória pelo 
Superior Tribunal de Justiça; 
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, correspondente aos créditos inscritos 
na forma da lei; 
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X - o crédito referente às contribuições ordinárias 
ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas 
na respectiva convenção ou aprovadas em 
assembleia geral, desde que documentalmente 
comprovadas; 
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de 
registro relativa a valores de emolumentos e demais 
despesas devidas pelos atos por ela praticados, 
fixados nas tabelas estabelecidas em lei; 
 
DICA 85 O cumprimento de sentença é feito quando o exequente tiver um título executivo judicial (ver art. 
515) (lembre-se que a sentença arbitral é título judicial e não precisa de homologação). O executado é 
intimado para pagar em 15 dias. Se não pagar, incide multa de 10% e honorários advocatícios de 10%. 
Se o pagamento for parcial, multa e honorários incidem sobre o valor não pago. 
 
DICA 86 O executado pode ofertar impugnação ao cumprimento de sentença, em 15 dias, que iniciam 
após o prazo para pagamento. Nessa sua defesa, o executado poderá alegar I - falta ou nulidade da citação 
se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; II - ilegitimidade de parte; III - inexequibilidade do 
título ou inexigibilidade da obrigação; IV - penhora incorreta ou avaliação errônea; V - excesso de execução 
ou cumulação indevida de execuções; VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VII - 
qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação 
ou prescrição, desde que supervenientes à sentença. Se o executado alegar que o exequente, em excesso de 
execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que 
entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. Não apontado o 
valor correto ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o 
excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será processada, mas o 
juiz não examinará a alegação de excesso de execução 
 
DICA 87 A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de 
expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com penhora, 
caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e se o 
prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou 
incerta reparação 
 
DICA 88 Considera-se inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato 
normativo considerado inconstitucional pelo STF, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato 
normativo tido pelo STF como incompatível com a CF, em controle de constitucionalidade concentrado ou 
difuso. Para que esta inexigibilidade possa ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de 
sentença, a decisão do Supremo Tribunal Federal deve ser anterior ao trânsito em julgado da decisão 
exequenda. Se tal decisão for proferida após o trânsito em julgado da decisão exequenda, caberá ação 
rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo STF. 
 
DICA 89 Se o exequente tiver um título executivo extrajudicial (ler art. 784), pode propor ação de execução 
(lembre-se que créditos condominiais são título extrajudicial). Juiz fixa de plano honorários advocatícios de 
10% e executado é citado para pagar em 03 dias ou para apresentar embargos à execução em 15. Se 
pagar, honorários são reduzidos pela metade. 
 
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qualquer tipo de repasse. 
 
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DICA 90 Nos 15 dias, executado pode requerer parcelamento, depositando 30% e o restante é pago em 
até 6 vezes. Nesses casos, não poderá mais embargar. Atenção: esse parcelamento não é admitido no 
cumprimento de sentença. Deferido o parcelamento, suspendem-se os atos executivos, até total quitação do 
débito. O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente: I - o vencimento das 
prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o imediato reinício dos atos executivos; II - a 
imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não pagas. 
 
DICA 91 Nos embargos à execução, o executado/embargante poderá alegar: I - inexequibilidade do título ou 
inexigibilidade da obrigação; II - penhora incorreta ou avaliação errônea; III - excesso de execução ou 
cumulação indevida de execuções; IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução 
para entrega de coisa certa; V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VI - qualquer 
matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. Quando alegar que o 
exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à do título, o embargante declarará na petição 
inicial o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. 
Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução serão 
liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o seu único fundamento; 
 
DICA 92 Os embargos à execução não terão efeito suspensivo, mas o juiz poderá, a requerimento do 
embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da 
tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. 
Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, 
esta prosseguirá quanto à parte restante. A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um 
dos executados não suspenderá a execução contra os que não embargaram quando o respectivo 
fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante 
 
DICA 93 Perceba que tanto a impugnação ao cumprimento de senteça, como os embargos à execução, 
independem, para sua apresentação, que o juízo esteja garantido. Mas essa garantia será necessária se o 
executado quiser atribuir efeito suspensivo à sua defesa. 
 
DICA 94 A lei assegura a impenhorabilidade de alguns bens (ler art. 833 do CPC). As quantias depositadas 
na caderneta de poupança são impenhoráveis, até o limite de 40 salários mínimos. O que exceder, pode 
ser penhorado. Se se tratar de execução de alimentos, pode penhorar valores em poupança (mesmo que 
inferior a 40 saláriosmínimos) 
 
DICA 95 De acordo com a Lei 8.009/90, o imóvel usado para moradia da família também é impenhorável 
(bem de família). Se o imóvel é usado para moradia de uma pessoa solteira, divorciada ou viúva, o imóvel 
também é impenhorável. A impenhorabilidade do bem de família não se aplica quando se tratar de 
execução de alimentos, execução de valores relativos à aquisição ou construção do próprio bem, execução 
de imposto, taxas e contribuições devidos em função do imóvel familiar, execução por obrigação decorrente 
de fiança concedida em contrato de locação (ver art. 3º da Lei 8.099/90) 
 
DICA 96 Nos casos em que o devedor de obrigação se deparar com algum obstáculo na hora de pagar o 
que deve (por exemplo, recusa do credor em receber), ele pode propor ação de consignação em pagamento. 
Na petição inicial, autor deve requerer autorização para fazer depósito em 5 dias. Se for uma consignação 
por haver dúvida sobre quem deve, legitimamente, receber o pagamento, deve-se requerer a citação de 
todos os possíveis titulares do crédito. Se for obrigação em dinheiro, pode ser feita a consignação 
extrajudicial, através de depósito em estabelecimento bancário. Nesse caso, o credor é notificado para se 
manifestar em 10 dias. Se apresentar recusa escrita, o devedor deverá propor ação no prazo de 01 mês 
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(nesse caso, a petição inicial não precisará do requerimento para depósito, pois o autor comprova o depósito 
feito no banco, bem como apresenta a recusa escrita apresentada pelo credor). 
 
DICA 97 Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que 
possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu 
desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. Os embargos podem ser opostos a 
qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no 
cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da 
alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Os 
embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado. 
 
DICA 98 A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem 
eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II 
- a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação 
de fazer ou de não fazer. 
 
DICA 99 Na ação monitória, se o juiz tiver dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada 
pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento 
comum. Caso contrário, sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de 
pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao 
réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por 
cento do valor atribuído à causa 
 
DICA 100 Cabe ação monitória contra a Fazenda Pública. Nesta ação, é admitida todas as formas de citação. 
O réu pode apresentar defesa, que se chama embargos monitórios, inclusive reconvenção. 
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